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R. Turiassú, 127, cj. 42 – Perdizes – São Paulo/S.P – CEP 05005001 – tel (11)38682729 – fax (11) 35646653 – email: [email protected] 1
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA MM. VARA CÍVEL DO FORO
CENTRAL DE SÃO PAULO – CAPITAL
A SEÇÃO SINDICAL DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, denominada
ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO – ADUSP Seção
Sindical do ANDES Sindicato Nacional, inscrita no CNPJ sob número 51.688.943/0001
90, com endereço na Rua Professor Almeida Prado, 1366, São Paulo, SP., CEP 05508
070, conforme autorizado pelo art. 4 º, item 5 do Estatuto da entidade (Doc. 01 e 02),
no âmbito dos docentes da Universidade de São Paulo, representada por seu Diretor
Presidente, Rodrigo Ricupero, brasileiro, casado, portador do RG n. 25.077.8579 e
inscrito no CPF/MF sob o n. 136.134.37880, em conformidade com as disposições
estatutárias em anexo (Docs. 03 e 04), na qualidade de substituto processual, vem
respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de suas procuradoras abaixo
assinadas (Doc. 05), com fundamento nos art. 5º e 12 da Lei da Ação Civil Pública e art.
81 e 82 do Código de Defesa do Consumidor, propor a presente
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
em face de BRADESCO SEGURO SAÚDE, com sede na Rua Barão de Itapagipe nº 225,
Bairro Rio Comprido, CEP 20.261000, Rio de Janeiro, RJ, inscrita no CNPJ sob nº
92.693.118/000160; e em face de QUALICORP, com sede na Rua Doutor Plínio Barreto,
365, 1º andar Bela Vista, São Paulo/SP, CEP: 01313020, CNPJ sob n.º 07.755.207/0001
15, na pessoa de seus respectivos representantes legais, pelos fatos e fundamentos a
seguir articulados.
R. Turiassú, 127, cj. 42 – Perdizes – São Paulo/S.P – CEP 05005001 – tel (11)38682729 – fax (11) 35646653 – email: [email protected] 2
I. DO OBJETO
A presente ação tem por objeto, em síntese, a adequação do
contrato entabulado entre os docentes da Universidade de São Paulo –USP, ora
substituídos, e as empresas Bradesco Saúde e Qualicorp (Doc. 06), aos preceitos do
Código de Defesa do Consumidor e Resoluções da ANS. Especificamente, trata este
processo da 1) nulidade de cláusula contratual que prevê a rescisão unilateral do
contrato pela demissão ou aposentadoria do beneficiário; 2) ausência de cláusula
assegurando a continuidade do plano aos dependentes, em caso de morte do titular,
denominado benefício da remissão, nos moldes da contratação anterior (Doc. 07).
II. PRELIMINARMENTE
II.1. DA LEGITIMIDADE ATIVA
A parte Autora é entidade sindical atuando em substituição
processual dos servidores integrantes de sua base, como lhe faculta o art. 3º da Lei
8.073/901, bem como o que dispõe o artigo 8°, inciso III, da Constituição Federal de
1988, que prediz que “ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou
individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas”. Ophir
Cavalcante Junior, leciona, comentando o art. 8º, inciso III, da Constituição Federal:
Não se trata de mero princípio programático ou que encerre
simples representação processual onde haveria necessidade de
outorga de poderes é sim, ao revés, o coroamento em nível
constitucional do instituto da substituição processual,
porquanto, se confere às entidades sindicais poderes para
1 Art. 3º As entidades sindicais poderão atuar como substitutos processuais dos integrantes da
categoria.
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promover, em seu próprio nome, a defesa dos interesses dos
empregados em demandas administrativas e judiciais.2
A legitimidade do SindicatoAutor, ainda, é ancorada nas
disposições contidas nos artigos 1º, inciso IV, 5º, 18 e 21, da Lei nº 7.347/85, combinados
com os artigos 81, parágrafo único, inciso III, e 82, inciso IV, da Lei nº 8.078/90 (Código
de Defesa do Consumidor), na medida em que atua na defesa de direitos individuais
homogêneos de que os substituídos são titulares.
Com efeito, há muito a jurisprudência tem se firmado no sentido
de assegurar aos sindicatos o direito de atuação em juízo para preservar interesses
individuais ou coletivos da categoria representada, senão, vejamos:
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
DEFESA DE DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS DE
SERVIDORES PÚBLICOS. CABIMENTO. LEGITIMIDADE DO
SINDICATO. CONCESSÃO DE BENEFÍCIO DE ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA GRATUITA. IMPOSSIBILIDADE PORQUE NÃO
COMPROVADA TEMPESTIVAMENTE A MISERABILIDADE DO
SINDICATO. ISENÇÃO DE CUSTAS. APLICAÇÃO DO ART. 18 DA LEI
N. 7.347/85.
1. Tratase, na origem, de agravo de instrumento contra decisão
que indeferiu o processamento da presente demanda sob o rito
da Lei de Ação Civil Pública e o pedido de assistência judiciária
gratuita. O acórdão manteve este entendimento.
2. Nas razões recursais, sustenta a parte recorrente ter havido
violação aos arts. 5º e 21 da Lei n. 7.347/85 e 81 e 87 da Lei n.
2 Rev. LTr. Vol 53, nº 10, outubro de 1989.
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8.078/90 postulando o cabimento de ação civil pública ajuizada
por sindicato em defesa de direitos individuais homogêneos da
categoria que representa e 4º da Lei n. 1.060/58 requerendo
a concessão de benefício de assistência judiciária gratuita.
Aponta, ainda, divergência jurisprudencial a ser sanada.
3. Em primeiro lugar, pacífico o entendimento desta Corte
Superior no sentido de que o art. 21 da Lei n. 7.347/85, com
redação dada pela Lei n. 8.078/90, ampliou o alcance da ação
civil pública também para a defesa de interesses e direitos
individuais homogêneos não relacionados a consumidores.
Precedentes.
4. É cabível o ajuizamento de ação civil pública em defesa de
direitos individuais homogêneos não relacionados a
consumidores, devendo ser reconhecida a legitimidade do
Sindicato recorrente para propor a presente ação em defesa de
interesses individuais homogêneos da categoria que representa.
Precedente em caso idêntico.
5. O Superior Tribunal de Justiça entende que mesmo as pessoas
jurídicas sem fins lucrativos devem comprovar situação de
miserabilidade para fins de concessão do benefício de assistência
judiciária gratuita. Precedente da Corte Especial.
6. Com o processamento da presente demanda na forma de ação
civil pública, plenamente incidente o art. 18 da lei n. 7.347/85,
com a isenção de custas, ainda que não a título de assistência
judiciária gratuita.
7. Recurso especial parcialmente provido.
(STJ, 2ª Turma, REsp nº 1257196/RS, Rel. Ministro Mauro
Campbell Marques, julgado em 16/10/2012, DJe 24/10/2012)
grifamos.
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Nesse sentido, verificase que a Carta Magna reservou às
entidades sindicais legitimidade extraordinária, que abrange tanto os direitos coletivos,
quanto os individuais homogêneos e heterogêneos da categoria substituída pela
entidade sindical.
Inclusive, nessa medida, o Egrégio Supremo Tribunal Federal
manifestouse, confirmando a mens legis do constituinte de 1988, por intermédio da r.
decisão exarada no Mandado de Injunção nº 3575, na sessão plenária de 7/5/93, tendo
como Relator o E. Ministro NÉRI DA SILVEIRA3. À oportunidade, o Plenário da Corte
Constitucional entendeu, à unanimidade, que o inc. III do art. 8º da Constituição Federal
trata do instituto da substituição processual, estabelecendo, ainda, ser tal dispositivo
autoaplicável, reconhecendo expressamente a legitimidade de entidade sindical para
figurar em juízo. Outro não é o posicionamento adotado pelo Egrégio Superior Tribunal
de Justiça:
Processual civil e Tributário. Ação Civil Pública. Abstenção da
cobrança de contribuição social previdenciária. Legitimidade
ativa de Sindicato. Direitos individuais homogêneos.
Desnecessidade de autorização expressa dos sindicalizados.
Precedentes do Colendo STF e desta Corte Superior.
1. Nos termos da vasta e pacífica jurisprudência do Superior
Tribunal de Justiça Portanto, tem legitimidade ativa o sindicato
para propor ação civil pública na qual se almeja a abstenção de
cobrança de contribuição social previdenciária, relativo a todos
os servidores a ele associados, independentemente de
autorização dos sindicalizados, por se tratar de direitos
3 Acórdão publicado no DJ de 8/4/199.
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individuais homogêneos. “Nos moldes de farto entendimento
jurisprudencial desta Corte, os sindicatos não dependem de
expressa autorização de seus filiados para agir judicialmente em
favor deles, no interesse da categoria por ele representada.”
(REsp nº 410374/RS, 5ª Turma, DJ de 25/08/2003, Rel. Min. JOSÉ
ARNALDO DA FONSECA) “A Lei nº 8.073/90 (art. 3º), em
consonância com as normas constitucionais (art. 5º, incisos XXI e
LXX, CF/88), autorizam os sindicatos a representarem seus
filiados em juízo, quer nas ações ordinárias, quer nas seguranças
coletivas, ocorrendo a chamada substituição processual.
Desnecessária, desta forma, autorização expressa (cf. STF, Ag.
Reg. RE 225.965/DF, Rel. Ministro CARLOS VELLOSO, DJU de
05.03.1999)”. (REsp's nºs 444867/MG, DJ de 23/06/2003,
379837/MG, DJ de 11/11/2002, e 415629/RR, DJ de 11/11/2002,
5ª Turma, Rel. Min. JORGE SCARTEZZINI) “Os precedentes
jurisprudenciais desta eg. Corte vêm decidindo pela legitimidade
ativa 'ad causam' dos sindicatos para impetrar mandado de
segurança coletivo, em nome de seus filiados, sendo
desnecessária autorização expressa ou a relação nominal dos
substituídos.” (Resp nº 253607/AL, 2ª Turma, DJ de 09/09/2002,
Rel. Min. FRANCISCO PEÇANHA MARTINS) “Tem o sindicato
legitimidade para defender os direitos e interesses de seus
filiados, prescindindo de autorização destes.” (REsp nº
352737/AL, 1ª Turma, DJ de 18/03/2002, Rel. Min. GARCIA
VIEIRA) “Conforme já sedimentado, os Sindicatos possuem
legitimação ativa, como substitutos processuais de seus
associados, para impetrar mandado de segurança em defesa de
direitos vinculados ao interesse da respectiva categoria
funcional, independentemente de autorização expressa de seus
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filiados. Interpretação conjugada dos artigos 8º, III e 5º, XVIII,
da Constituição Federal. Precedentes: MS nº 4256 DF, Corte
Especial STJ; MS nº 22.132 RJ, Tribunal Pleno STF.” (MS nº
7867/DF, 3ª Seção, DJ de 04/03/2002, Rel. Min. GILSON DIPP)
“Não depende o sindicato de autorização expressa de seus
filiados, pela assembleia geral, para a propositura de mandado
de segurança coletivo, destinado à defesa dos direitos e
interesses da categoria que representa, como entendem a
melhor doutrina nacional e precedentes desta Corte e do STF.”
(MS nº 4256/DF, Corte Especial, DJ de 01/12/1997, Rel. Min.
SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA).
2. Precedentes das 1ª, 2ª, 5ª e 6ª Turmas, das 1ª e 3ª Seções e
da Corte Especial do STJ. 3. Recurso não provido4.
Especificamente no que concerne ao tema debatido na presente
ação, cláusulas contratuais do Plano de Saúde dos substituídos, ou seja, embate de
direitos teoricamente individuais dos consumidores, cabe enfatizar que a análise deve
ser feita sob a perspectiva da permissão da tutela simultânea. Há uma origem comum
no pleito dos substituídos, disputável de forma coletiva, que, ao final, é perfeitamente
divisível entre os lesados.
Nessa esteira, colacionase ementa de decisão também advinda
do Superior Tribunal de Justiça:
RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E CONSUMIDOR. AÇÃO
COLETIVA DE CONSUMO. INTERESSES INDIVIDUAIS
4 Recurso Especial nº 530201/RS (2003/00712187), DJ de 20/10/2003, p. 229, Relator Min. JOSÉ
DELGADO, J. 9/9/2003, 1ª Turma (íntegra do Acórdão em anexo).
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HOMOGÊNEOS. CARACTERIZAÇÃO. ORIGEM COMUM.
SITUAÇÃO FÁTICA OU DE DIREITO GENÉRICA. CONEXÃO DE
INTERESSES PELA CAUSA DE PEDIR REMOTA OU PRÓXIMA.
SUFICIÊNCIA. LEGITIMIDADE ATIVA. SINDICATO. EXISTÊNCIA.
1. Cuidase de ação coletiva de consumo, ajuizada pelo
recorrente, por meio da qual questiona a validade de cláusulas
inscritas em Cédulas de Crédito Rural Pignoratícias e
Hipotecárias e seus Aditivos, assinadas por seus sindicalizados
em virtude de programa de financiamento destinado à
modernização da frota de máquinas colheitadeiras e tratores
agrícolas.
2. O propósito do presente recurso especial é determinar se a
discussão a respeito de cláusulas contratuais inseridas em
cédulas de crédito rural configura interesse individual
homogêneo, apto a ser tutelado por meio de ação coletiva, e se,
consequentemente, o sindicato recorrente possui legitimidade
para a presente ação de consumo.
3. A origem comum, que caracteriza o interesse individual
homogêneo, referese a um específico fato ou peculiar direito
que é universal às inúmeras relações jurídicas individuais, a
partir dos quais haverá conexão processual entre os interesses,
caracterizada pela identidade de causa de pedir próxima ou
remota.
4. A divisibilidade e a presença de notas singulares são também
características fundamentais dos interesses individuais
homogêneos, as quais não os desqualificam como interesses
coletivos em sentido amplo ou impedem sua tutela em ação
civil coletiva de consumo.
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5. Na hipótese em exame, a petição inicial delimitou a
controvérsia aos elementos genéricos das relações jurídicas
singulares de cada um dos associados da recorrente, constantes
em contratos assinados no contexto de programa de
financiamento destinado à modernização da frota de máquinas
colheitadeiras e tratores agrícolas e implementos denominado
FINAME agrícola, estando caracterizada a origem comum dos
direitos vindicados.
6. Recurso especial conhecido e provido.
(REsp 1537856/MT, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA
TURMA, julgado em 28/08/2018, DJe 31/08/2018) grifamos.
Nos termos do voto proferido pela Eminente Ministra Nancy
Andrighi, Relatora do Acórdão acima colacionado:
Especificamente no que se refere aos direitos individuais
homogêneos, a possibilidade dessa tutela simultânea se deve às
propriedades genéricas e gerais desses interesses, proveniente
de sua origem comum.
Com efeito, a união pela origem comum traz como
consequência a existência de elementos que podem ser
enfrentados de forma abstrata e abrangente, o que ocorre na
primeira fase da ação civil pública, para a qual exigemse
“questões de fato ou de direito comuns ao grupo, ou seja, as
pessoas representadas devem ter o mesmo interesse”, bastando,
nesse caso, “que haja uma única questão comum, desde que
significante” (DINAMARCO. Pedro da Silva. Ação Civil Pública.
São Paulo: Saraiva, 2001, p. 132).
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Referida origem comum referese, portanto, a um específico fato
ou peculiar direito que é universal às inúmeras relações jurídicas
individuais, a partir dos quais haverá conexão processual entre
os interesses, caracterizada pela identidade de causa de pedir
próxima ou remota.
É, realmente, a divisibilidade e a presença de notas singulares
é característica fundamental dos interesses individuais
homogêneos, o que não retira sua homogeneidade nem os
desqualifica como interesses coletivos em sentido amplo.
(grifamos)
Deste modo, na espécie, encontrandose delimitada a origem
comum do interesse individual homogêneo, qual seja, adesão a contrato de plano de
saúde celebrado pelos docentes, com cláusulas e disposições idênticas em todos os
instrumentos contratuais, consubstanciada está a legitimidade ativa do sindicato ora
postulante. Há comunhão de circunstâncias fáticas e jurídicas, caracterizada pela
identidade de causa de pedir idêntica.
Cumpre destacar, por fim, que consoante as decisões dos
Tribunais Superiores, em se tratando de substituição processual, a autorização
específica dos interessados é dispensável, pois não é da essência da substituição a
exigência de tal formalidade. Do contrário, estarseia diante de uma representação via
mandato, o que não é o caso dos autos. Como substituto, então, pode o sindicato
defender os interesses vinculados ao presente pleito, eis que abrangentes da
coletividade nesse sintetizada.
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II.2 DA LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM
A origem deste processo encontrase no questionamento de
cláusulas do contrato firmado pelos substituídos com a Bradesco Saúde e a Qualicorp.
Cabe destacar, nesse sentido, a solidariedade entre os participantes da cadeia de
fornecimento – Qualicorp e Bradesco Saúde , que decorre do Código de Defesa do
Consumidor, consoante se afere da redação contida no art. 7º, do CDC. Na esteira desse
entendimento:
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.
CONSUMIDOR. SEGURADORA DE SAÚDE. PRELIMINAR DE
ILEGITIMIDADE. INVIABILIDADE. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA.
NEGATIVA DE COBERTURA.
Não há que se falar, in casu, de ilegitimidade passiva da
operadora de saúde, tendo em vista que por se tratar de
relação de consumo, e que todos aqueles que integram a
respectiva cadeia devem responder solidariamente por
eventuais prejuízos causados ao consumidor, este pode acionar
judicialmente qualquer integrante.
É abusiva a conduta de operadora de saúde que nega cobertura
de atendimento a conveniado sob o argumento de que a
eventual inadimplência do segurado gerou a automática e
unilateral extinção contratual, sem, contudo, dar atendimento
aos ditames da legislação de regência, notadamente a exigência
constante no inciso II do parágrafo único do artigo 13 da Lei nº
9.656/98.
O fato de o consumidor ter que recorrer ao Poder Judiciário para
garantir o direito a tratamento de sua saúde gera desgaste
adicional a quem já se encontrava em situação de debilidade
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física e psíquica, e demonstra elevado grau de descaso da
operadora de saúde para com a norma protetiva da vida e para
com a qualidade da vida alheia, pelo que esse fato transcende o
mero descumprimento contratual, indenizável, desse modo, por
meio de danos morais.
Ambos os apelos foram conhecidos. O recurso do apelante
requerido restou desprovido; deuse provimento ao apelo do
autorapelante, para majorar o valor da condenação em danos
morais.”
(Acórdão n.913615, 20140110727687APC, Relator: GILBERTO
PEREIRA DE OLIVEIRA, Revisor: MARIA DE LOURDES ABREU, 3ª
TURMA CÍVEL, Data de Julgamento: 16/12/2015, Publicado no
DJE: 27/01/2016. Pág.: Sem Página Cadastrada.) grifamos.
Assim, na medida em que a presente lide se move contra os
efeitos danosos que o dito contrato poderá trazer aos substituídos, é inequívoca a
legitimidade das rés para figurar no polo passivo da lide.
III. DOS FATOS
A FUSP Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo,
entidade de direito privado criada com o principal objetivo de dar execução a atividades
da Universidade de São Paulo, apoiando e dando suporte às Unidades, Núcleos de
Apoio, Institutos, firmou, há mais de 20 anos, por meio de empresa de corretagem
(Bolsa de Seguros), contratos individuais de planos de Saúde junto à Bradesco Saúde,
tendo administrado esse plano de seguros desde então.
Ocorre que no dia 16 de maio do corrente ano, os segurados do
contrato vigente com FUSP e Bradesco Saúde, constituídos de uma boa parcela da
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categoria dos docentes da USP, ativos e aposentados, foram surpreendidos com uma
correspondência informando que seria necessária a realização de migração do benefício
do plano de saúde existente, para a modalidade coletiva por adesão, a fim de adequação
à Resolução Normativa nº 195 da ANS.
Este novo plano, também operado pela Bradesco Saúde, possui
como administradora a empresa Qualicorp, registrada na ANS sob o nº 417173, e o
contrato foi estabelecido por meio do vínculo Associativo com a SASPB Sociedade
Assistencialista dos Servidores Públicos do Brasil, entidade conveniada à Qualicorp. A
modalidade contratual foi modificada, portanto, de contrato coletivo empresarial para
contrato coletivo por adesão.
Todavia, há irregularidades presentes no contrato entabulado,
as quais devem ser sanadas. Primeiramente, referente aos servidores demitidos e
aposentados, prevê, na Cláusula 22, a descontinuidade do Plano:
22. Não haverá nenhuma continuidade deste benefício nas
hipóteses previstas nos artigos 30 e 31 da Lei nº 9.656/98, que
cuidam da continuidade assistencial em casos de demissão e
aposentadoria em contratos coletivos empresariais, hipóteses
essas totalmente diversas das que se aplicam a este benefício.
Ademais, o contrato entabulado não possui cláusula tratando da
hipótese do falecimento dos usuários, de modo que não há previsão acerca da
continuidade do Plano aos dependentes dos servidores neste caso específico.
Diferentemente, no contrato anterior, constava a previsão de
que, em caso de falecimento do Segurado titular na vigência do contrato de seguro,
havia a garantia contratual de que os dependentes principais incluídos na apólice
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permaneceriam sob a cobertura durante, ao menos, 1 (um) ano desobrigados do
prêmio.
Nesta senda, cabe enfatizar que, conforme previsto no artigo 20
da Resolução Normativa 254/2011 da ANS, nenhuma adaptação ou migração de
contrato pode ocorrer por decisão unilateral da operadora, ficando assegurado aos
responsáveis pelos contratos ou beneficiários, que por elas não optarem, a manutenção
do contrato de origem. No entanto, no caso em avaliação não foi oportunizada essa
escolha, sendo determinada a migração sem a opção de manutenção do contrato
originário.
Deste modo, cabível a adequação deste contrato aderido pelos
substituídos aos ditamos legais, a fim de evitar maiores prejuízos e posterior ingresso
com diversas demandas judiciais, conforme a seguir exposto.
IV. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO
IV.1. Da Cláusula 22 Patente nulidade na vedação expressa na continuidade do plano
em relação a servidores demitidos e aposentados.
A cláusula 22 do Contrato de Adesão em análise dispõe:
Não haverá nenhuma continuidade deste benefício nas
hipóteses previstas nos artigos 30 e 31 da Lei 9.656/98, que
cuidam da continuidade assistencial em casos de demissão e
aposentadoria em contratos coletivos empresariais, hipóteses
essas totalmente diversas das que se aplicam a este benefício.
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Tentam a administradora e a operadora, de forma abusiva, diferenciar o
contrato coletivo por adesão do contrato coletivo empresarial no que tange à
continuidade do plano nas situações mencionadas.
Sobre o tema, o art. 30 da Lei 9.656/1998, Lei dos Planos de Saúde, dispõe
que o consumidor que contribuir para plano ou seguro privado coletivo de assistência à
saúde, em caso de rescisão do vínculo empregatício ou demissão sem justa causa, pode
continuar usufruindo do plano, desde que passe a pagar integralmente as mensalidades:
Art. 30. Ao consumidor que contribuir para produtos de que
tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, em decorrência de
vínculo empregatício, no caso de rescisão ou exoneração do
contrato de trabalho sem justa causa, é assegurado o direito de
manter sua condição de beneficiário, nas mesmas condições de
cobertura assistencial de que gozava quando da vigência do
contrato de trabalho, desde que assuma o seu pagamento
integral.
§ 1o O período de manutenção da condição de beneficiário a
que se refere o caput será de um terço do tempo de permanência
nos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o, ou
sucessores, com um mínimo assegurado de seis meses e um
máximo de vinte e quatro meses.
§ 2o A manutenção de que trata este artigo é extensiva,
obrigatoriamente, a todo o grupo familiar inscrito quando da
vigência do contrato de trabalho.
§ 3o Em caso de morte do titular, o direito de permanência é
assegurado aos dependentes cobertos pelo plano ou seguro
privado coletivo de assistência à saúde, nos termos do disposto
neste artigo.
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§ 4o O direito assegurado neste artigo não exclui vantagens
obtidas pelos empregados decorrentes de negociações coletivas
de trabalho.
§ 5o A condição prevista no caput deste artigo deixará de existir
quando da admissão do consumidor titular em novo emprego
§ 6o Nos planos coletivos custeados integralmente pela
empresa, não é considerada contribuição a coparticipação do
consumidor, única e exclusivamente, em procedimentos, como
fator de moderação, na utilização dos serviços de assistência
médica ou hospitalar.
Já o artigo 31 assegura esse direito aos aposentados:
Art. 31. Ao aposentado que contribuir para produtos de que
tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, em decorrência de
vínculo empregatício, pelo prazo mínimo de dez anos, é
assegurado o direito de manutenção como beneficiário, nas
mesmas condições de cobertura assistencial de que gozava
quando da vigência do contrato de trabalho, desde que assuma
o seu pagamento integral. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 2.17744, de 2001)
§ 1o Ao aposentado que contribuir para planos coletivos de
assistência à saúde por período inferior ao estabelecido no caput
é assegurado o direito de manutenção como beneficiário, à razão
de um ano para cada ano de contribuição, desde que assuma o
pagamento integral do mesmo. (Vide Medida
Provisória nº 1.90820, de 1999) (Redação dada pela
Medida Provisória nº 2.17744, de 2001)
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§ 2o Para gozo do direito assegurado neste artigo, observarse
ão as mesmas condições estabelecidas nos §§ 2o, 3o, 4o, 5o e 6o
do art. 30.
§ 3o Para gozo do direito assegurado neste artigo, observarse
ão as mesmas condições estabelecidas nos §§ 2o e 4o do art. 30.
(Vide Medida Provisória nº 1.665, de 1998)
Além do citado regramento para manutenção do plano ao
funcionário demitido ou aposentado, o direito ao uso do plano é extensivo
obrigatoriamente ao grupo familiar que estava inscrito quando da vigência do contrato
de trabalho, se assim desejar o exempregado.
Conforme anteriormente exposto, a contratação do plano de
saúde em questão foi realizada na modalidade coletivo por adesão, estabelecida por
meio do vínculo Associativo com a SASPB Sociedade Assistencialista dos Servidores
Públicos do Brasil, entidade conveniada à Qualicorp.
Nesse ínterim, cabível aterse no objetivo dos artigos 30 e 31 da
Lei nº 9.656/1998, porquanto o foco de proteção legal é o estado de desemprego
involuntário do trabalhador, seja por demissão, seja por aposentadoria.
E, em relação ao caso em concreto, apesar de o vínculo com o
plano se dar de forma associativa, as situações de desvinculação contratual podem ser
equiparadas a uma dispensa de um trabalhador submetido ao regime celetista (art. 30
da Lei nº 9.656/1998).
Isto porque a importância da manutenção da assistência à saúde
aos consumidores de planos coletivos foi uma preocupação do legislador, ao estabelecer
o marco regulatório da prestação dos serviços de saúde suplementar. A Lei n. 9.656/98,
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ao albergar o contribuinte de plano coletivo que sofreu com a perda do vínculo
trabalhista, disciplinada no art. 30, e o empregado aposentado, disciplinado no art. 31,
demonstra clara preocupação na garantia ao contribuinte do direito de manter a
condição de beneficiário, nas mesmas condições anteriores à dispensa ou aposentadoria
(desde que preenchidas determinadas condições).
Essa preocupação em não deixar desamparado o consumidor de
plano de saúde na modalidade de contratação coletiva, de forma a não frustrar suas
expectativas de segurança quanto à eliminação de riscos à sua saúde e de seus
dependentes, que tinha ao ingressar no contrato coletivo, se mostra clara pela leitura
da regra, com a realização da necessária interpretação legislativa.
Acerca deste debate, cumpre ressaltar que, considerando que os
servidores da Universidade de São Paulo USP são, majoritariamente, servidores
públicos estatutários – em grande maioria com estabilidade no cargo o ponto de maior
atenção se dá em relação à vedação expressa na cláusula referente à continuidade do
plano no caso de aposentadoria.
Nesse seguimento, ainda que a lei não faça referência expressa
ao contrato coletivo por adesão, cabível a aplicação do mesmo princípio protetivo
presente no 31 da Lei 9.656/98 a este tipo de contrato, utilizandose de interpretação
analógica, diante da necessidade de se proteger o consumidor de plano coletivo
aposentado.
Importante também ressaltar que a ANS assegura ao
aposentado o direito de manter um ou todos os familiares já vinculados ao plano de
saúde antes do fim do contrato laboral, desde que este assuma o pagamento
correspondente.
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Em suma, nos planos coletivos em que há participação do
beneficiário no custeio do plano, devem constar os direitos dos demitidos sem justa
causa e dos aposentados da manutenção da condição de beneficiário e, ainda, garantia
de ingresso em plano individual ou familiar no caso de cancelamento deste benefício
coletivo pelo empregador.
Nesse sentido, ementa de decisão advinda do Superior Tribunal
de Justiça:
CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. CLÁUSULA ABUSIVA.
NULIDADE. RESCISÃO UNILATERAL DO CONTRATO PELA
SEGURADORA. LEI 9.656/98. É nula, por expressa previsão legal,
e em razão de sua abusividade, a cláusula inserida em contrato
de plano de saúde que permite a sua rescisão unilateral pela
seguradora, sob simples alegação de inviabilidade de
manutenção da avenca. Recurso provido” (STJ, REsp 602397RS,
rel. Min. Castro Filho, 3a. Turma, DJ 1.8.2005, p. 443). grifamos.
Ainda, o Conselho de Saúde Suplementar CONSU, órgão
instituído pela Lei nº 9.656/98, para desempenhar as atribuições normativas da
prestação dos serviços de saúde suplementar – antes da criação da ANS , levou em
consideração a importância da manutenção da assistência à saúde aos consumidores de
planos coletivos e redigiu resolução estabelecendo como obrigação das operadoras a
absorção do universo de consumidores oriundos de planos coletivos liquidados ou
encerrados. A Resolução n. 19 do CONSU estabelece no seu art. 1o. que:
As operadoras de planos ou seguros de assistência à saúde, que
administram ou operam planos coletivos empresariais ou por
adesão para empresas que concedem esse benefício a seus
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empregados, ou exempregados, deverão disponibilizar plano ou
seguro de assistência à saúde na modalidade individual ou
familiar ao universo de beneficiários, no caso de cancelamento
desse benefício, sem necessidade de cumprimento de novos
prazos de carência.
O parágrafo segundo desse mesmo artigo estende a obrigação
da operadora, quanto à continuidade da prestação dos serviços de assistência à saúde,
a todo o grupo familiar vinculado ao beneficiário titular, senão, vejamos:
Art. 2º Os beneficiários dos planos ou seguros coletivos
cancelados deverão fazer opção pelo produto individual ou
familiar da operadora no prazo máximo de trinta dias após o
cancelamento.
Parágrafo único – O empregador deve informar ao empregado
sobre o cancelamento do benefício, em tempo hábil ao
cumprimento do prazo de opção de que trata o caput.
Deste modo, a vedação expressa no apontado artigo 22 do
contrato de adesão analisado padece de nulidade, pois abusiva, por afrontar o sistema
protetivo estabelecido no Código de Defesa do Consumidor, na Lei n° 9.656/98 e nas
demais regulamentações apresentadas.
Destacase que, nos termos da Súmula 608 editada pelo Superior
Tribunal de Justiça, aplicase o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano
de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão.
Destarte, da ótica do diploma consumerista, denotase que são
perfeitamente identificáveis os sujeitos ativos e passivo, obrigatoriamente constantes
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dessa relação: consumidores (substituídos) e fornecedor (ré). Os conceitos de
consumidor e fornecedor encontramse redigidos nos artigos 2° e 3° do Código
Consumerista, os quais se traz à colação:
Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire
ou utiliza produtos ou serviço como destinatário final.
(destacouse)
Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou
privada nacional ou estrangeira, bem como os entes
despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção,
montagem, criação, construção, transformação, importação,
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou
prestação de serviços.
[...]
§ 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza
bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as
decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Assim sendo, já no art. 4º, inciso I, do Código Consumerista
encontramse óbices às práticas desmedidas da parte ré, senão vejamos:
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por
objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o
respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus
interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida,
bem como a transparência e harmonia das relações de
consumo, atendidos os seguintes princípios:
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I reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no
mercado de consumo; (destacamos)
Acerca das vedações aos fornecedores de produtos, dispõe o
artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor:
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre
outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de
11.6.1994)
I condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao
fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa
causa, a limites quantitativos;
II recusar atendimento às demandas dos consumidores, na
exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de
conformidade com os usos e costumes;
III enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia,
qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;
IV prevalecerse da fraqueza ou ignorância do consumidor,
tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição
social, para impingirlhe seus produtos ou serviços;
V exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
VI executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e
autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes
de práticas anteriores entre as partes;
VII repassar informação depreciativa, referente a ato praticado
pelo consumidor no exercício de seus direitos;
VIII colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou
serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos
oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem,
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pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade
credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);
IX recusar a venda de bens ou a prestação de serviços,
diretamente a quem se disponha a adquirilos mediante pronto
pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados
em leis especiais; (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
X elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços.
(Incluído pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
XI Dispositivo incluído pela MPV nº 1.89067, de 22.10.1999,
transformado em inciso XIII, quando da conversão na Lei nº
9.870, de 23.11.1999
XII deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua
obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo
critério. (Incluído pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
XIII aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou
contratualmente estabelecido. (Incluído pela Lei nº 9.870, de
23.11.1999)
XIV permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou de
serviços de um número maior de consumidores que o fixado pela
autoridade administrativa como máximo. (Incluído pela Lei nº
13.425, de 2017)
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos
ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III,
equiparamse às amostras grátis, inexistindo obrigação de
pagamento.
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Além disso, também diante do disposto no artigo 51 do CDC,
mostrase abusiva a cláusula imposta, pois visivelmente o consumidor encontrase em
desvantagem perante a Bradesco Seguros e à Qualicorp:
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas
contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços
que:
I impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do
fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e
serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos. Nas
relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa
jurídica, a indenização poderá ser limitada, em situações
justificáveis;
II subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia
já paga, nos casos previstos neste código;
III transfiram responsabilidades a terceiros;
IV estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que
coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam
incompatíveis com a boafé ou a eqüidade;
V (Vetado);
VI estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do
consumidor;
VII determinem a utilização compulsória de arbitragem;
VIII imponham representante para concluir ou realizar outro
negócio jurídico pelo consumidor;
IX deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato,
embora obrigando o consumidor;
X permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação
do preço de maneira unilateral;
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XI autorizem o fornecedor a cancelar o contrato
unilateralmente, sem que igual direito seja conferido ao
consumidor;
XII obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de
sua obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra o
fornecedor;
XIII autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o
conteúdo ou a qualidade do contrato, após sua celebração;
XIV infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;
XV estejam em desacordo com o sistema de proteção ao
consumidor;
XVI possibilitem a renúncia do direito de indenização por
benfeitorias necessárias.
§ 1º Presumese exagerada, entre outros casos, a vantagem que:
I ofende os princípios fundamentais do sistema jurídico a que
pertence;
II restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à
natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou
equilíbrio contratual;
III se mostra excessivamente onerosa para o consumidor,
considerandose a natureza e conteúdo do contrato, o interesse
das partes e outras circunstâncias peculiares ao caso.
§ 2° A nulidade de uma cláusula contratual abusiva não invalida
o contrato, exceto quando de sua ausência, apesar dos esforços
de integração, decorrer ônus excessivo a qualquer das partes.
§ 3° (Vetado).
§ 4° É facultado a qualquer consumidor ou entidade que o
represente requerer ao Ministério Público que ajuíze a
competente ação para ser declarada a nulidade de cláusula
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contratual que contrarie o disposto neste código ou de qualquer
forma não assegure o justo equilíbrio entre direitos e obrigações
das partes.
Diante do exposto, requer seja declarada a nulidade da cláusula
que possibilita a rescisão unilateral imotivada do contrato em caso de demissão e
aposentadoria, qual seja, cláusula 22 do contrato firmado entre os docentes ora
substituídos e as empresas rés.
IV.2. Da ausência de cláusula referente ao benefício da remissão – Proibição em
relação à rescisão unilateral.
A cláusula de remissão, pactuada em alguns planos de saúde,
consiste em uma garantia de continuidade da prestação dos serviços de saúde
suplementar aos dependentes inscritos após a morte do titular, por lapso que varia de
1 (um) a 5 (cinco) anos, sem a cobrança de mensalidades. Objetiva, portanto, a proteção
do núcleo familiar do titular falecido, que dele dependia economicamente, ao ser
assegurada, por certo período, a assistência médica e hospitalar, a evitar o desamparo
abrupto. (REsp 1457254/SP, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA
TURMA, julgado em 12/04/2016, DJe 18/04/2016)
Anteriormente à referida migração, a Apólice 8270 previa que,
em caso de falecimento do Segurado titular, na vigência do contrato de seguro, os
dependentes principais incluídos na apólice permaneceriam sob a cobertura durante 1
(um) ano desobrigados do prêmio (artigo 22 – cláusula adicional de remissão por morte
de segurado titular). Já o atual contrato não possui disposição em relação a esse tipo
de situação.
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No que concerne a legislação, prevê o parágrafo 3º do artigo 30
da Lei nº 9.658/98 que, em caso de morte do titular, resguardase o direito de
permanência dos dependentes:
Art. 30. Ao consumidor que contribuir para produtos de que
tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, em decorrência de
vínculo empregatício, no caso de rescisão ou exoneração do
contrato de trabalho sem justa causa, é assegurado o direito de
manter sua condição de beneficiário, nas mesmas condições de
cobertura assistencial de que gozava quando da vigência do
contrato de trabalho, desde que assuma o seu pagamento
integral. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.17744, de
2001)
(...)
§ 3o Em caso de morte do titular, o direito de permanência é
assegurado aos dependentes cobertos pelo plano ou seguro
privado coletivo de assistência à saúde, nos termos do disposto
neste artigo.
(...)
Ou seja, devese considerar também para o caso de morte do
titular as regras impostas às situações de rescisão e exoneração, ou seja, proibição na
rescisão unilateral do plano, bem como o dever da operadora em ofertar o ingresso em
plano individual, com a assunção do pagamento integral pelo dependente (caput).
Em outras palavras, da leitura dos parágrafos 1º e 3º do art. 30
da Lei 9.656/98, depreendese que, caso o titular venha a óbito, seus dependentes têm
assegurado o direito de manutenção da condição de beneficiários. O direito à
permanência dos dependentes em caso de morte do segurado está garantido pela
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legislação infraconstitucional, de modo que deve ser garantido contratualmente pelas
operadoras dos planos de saúde.
Apesar dessa previsão, é comum a recusa por parte das
operadoras e administradoras na continuidade do plano nessa hipótese, justificando a
negativa no fato de que os dependentes não preenchem o requisito de elegibilidade,
consistente na condição de serem vinculados a entidades de caráter profissional,
classista ou setorial, segundo o disposto nas Resoluções Normativas nº s 195 e 196 da
ANS, isto nos casos de planos coletivos por adesão. Nessa hipótese, o entendimento
errôneo das operadoras tem sido reformado pelo judiciário:
PLANO DE SAÚDE. Morte do titular do plano. Rescisão
unilateral. Descabimento. Em caso de morte do titular há
direito de permanência dos dependentes. Artigo 30, § 3º, da Lei
9.656/98. Situação que não se enquadra nas hipóteses de
resilição unilateral do artigo 13, da Lei nº 9.656/98. Cabível o
reembolso dos valores pagos a maior, relativos ao beneficiário
falecido. Honorários majorados. Recurso não provido. (TJSP;
Apelação Cível 101221531.2018.8.26.0011; Relator (a):
Fernanda Gomes Camacho; Órgão Julgador: 5ª Câmara de
Direito Privado; Foro Regional XI Pinheiros 1ª Vara Cível; Data
do Julgamento: 08/08/2019; Data de Registro: 08/08/2019)
grifamos
Apelação cível. Plano de saúde coletivo. Ação de obrigação de
fazer. Falecimento do titular do plano. Cancelamento
compulsório do contrato da autora, dependente do plano de
saúde. Sentença de procedência determinando a manutenção do
contrato. Inconformismo das corrés. Ilegitimidade passiva
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suscitada pela administradora do plano de saúde.
Desacolhimento. Administradora e operadora do plano de saúde
que perante o consumidor integram a mesma cadeia de
fornecimento. Responsabilidade solidária. Aplicação do art. 7º,
par. único do CDC. Preliminar rejeitada. Código de Defesa do
Consumidor. Aplicabilidade. Artigos 2º e 3º da Lei nº 8.078/1990.
Súmulas nº 100 deste Egrégio Tribunal de Justiça e nº 608 do
Colendo Superior Tribunal de Justiça. Fornecedor que deve
assumir o risco do negócio que está fornecendo. Caveat venditor.
Extinção do contrato com o falecimento do titular.
Impossibilidade. Aplicação, por analogia, do § 3º, art. 30 da Lei
9.656/98 e Súmula 13 da ANS. Continuidade da cobertura
garantida, excluindose da prestação mensal a cota do titular
falecido. Sentença mantida. Recursos desprovidos. (TJSP;
Apelação Cível 100279735.2019.8.26.0011; Relator (a): Rodolfo
Pellizari; Órgão Julgador: 6ª Câmara de Direito Privado; Foro
Regional XI Pinheiros 3ª Vara Cível; Data do Julgamento:
06/08/2019; Data de Registro: 06/08/2019) grifamos.
Conforme citado, no contrato anterior de plano de saúde
assinado pelos substituídos junto à Bradesco Seguros, por intermédio da FUSP, não só
estava garantida a permanecia dos dependentes, como estava garantido o benefício
de remissão, que assegura a permanência por tempo determinado destes sem
pagamento das mensalidades.
Todavia, consoante legislação vigente, não só deve ser garantida
a permanência dos dependentes no plano após a morte do titular, como a ANS publicou
a Súmula Normativa nº 13, que dá o entendimento de que o término do período de
remissão – sequer previsto neste contrato não extingue o contrato de plano:
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SÚMULA NORMATIVA N° 13, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2010.
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde
Suplementar – ANS, no uso da competência que lhe conferem os
arts. 3º e 4º, incisos II, XXIV e XXVIII, combinado com o art. 10,
inciso II, da Lei 9.961, de 28 de janeiro de 2000, e em
conformidade com o inciso III do art. 6º do Regimento Interno,
aprovado pela Resolução Normativa – RN n° 197, de 16 de julho
de 2009.
Considerando os princípios dispostos no texto da Constituição da
República de 1988, especialmente o da igualdade (art. 5º, caput),
o da dignidade da pessoa humana (art. 1º, inciso III), o da
liberdade (art. 5º, caput), o da proteção da segurança jurídica e
o da proteção à entidade familiar (art. 226, § 4º);
Considerando as hipóteses de manutenção de titularidade,
previstas no art. 6º, § 2º, da RN nº 186, de 14 de janeiro de 2009,
e no art. 3º, § 1º, da RN n° 195, de 14 de julho de 2009.
RESOLVE:
Adotar o seguinte entendimento vinculativo:
1 – O término da remissão não extingue o contrato de plano
familiar, sendo assegurado aos dependentes já inscritos o direito
à manutenção das mesmas condições contratuais, com a
assunção das obrigações decorrentes, para os contratos
firmados a qualquer tempo. (grifo nosso)
Significa dizer que os dependentes, após o período de remissão,
assumem o pagamento das mensalidades e têm garantido o direito de manutenção do
plano nas mesmas condições contratuais, arcando nesta oportunidade com os valores
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desse contrato de plano de saúde. A extinção desses contratos é considerada infração
legal, passível de multa.
Nesse contexto, também considerando que os substituídos não
tiveram a oportunidade de optar pela migração de seu contrato, devem os direitos
anteriores assegurados permanecerem garantidos. O não reconhecimento desse
direito padece de abusividade por não permitir, ou, ao menos, não garantir ao usuário
dependente a continuidade de contratação do plano que é vinculado, com o
pagamento das mensalidades devidas.
No caso do contrato em análise, com o intuito de evitar futuro
ingresso com múltiplas ações judiciais, diante da ausência de cláusula que trate do
benefício de remissão, apesar da proteção legislativa, pleiteiase, ao menos, o
reconhecimento deste direito, com a inclusão de cláusula que trate da continuidade
do plano aos dependentes no caso de falecimento do titular, nos moldes do contrato
anterior.
A medida visa resguardar o consumidor que eventualmente se
encontrar nessa situação, servidor da USP, como espécie de tutela inibitória do agir das
empresas rés, intuindo a preservação dos direitos dos substituídos.
A natureza deste requerimento se alia ao regramento acerca da
manutenção do plano quando ocorrida a demissão do segurado, é consequência lógica
do chamado princípio da conservação dos contratos. Por este princípio, há
indeterminação de prazo do contrato de plano de saúde. O fenômeno da catividade
intrínseca a esses contratos faz com que a operadora de plano de saúde não possa se
desligar unilateralmente do vínculo contratual, resultando na impossibilidade da
cessação da prestação de serviços ao segurado.
R. Turiassú, 127, cj. 42 – Perdizes – São Paulo/S.P – CEP 05005001 – tel (11)38682729 – fax (11) 35646653 – email: [email protected] 32
Destacase que o entendimento ao que ora se filia é de que
mesmo após os prazos de benefício previstos nos artigos 30 e 31, da Lei nº 9.656/98 o
consumidor não poderá ser excluído do plano. Nos termos do já referido, é proibida a
rescisão unilateral do contrato, sendo obrigatória sua manutenção, se assim desejar o
consumidor, ainda que não mais no plano coletivo, mas sim em um plano individual,
com o devido pagamento da mensalidade.
Por fim, cabível citar que, ao impor ao consumidor a migração
de Plano, formatando o contrato como que melhor lhe coube, aproveitase a
administradora da ignorância do beneficiário em proveito próprio. Tal ato oportuniza à
seguradora a imposição ou retirada de quaisquer cláusulas contratuais, ainda que o ato
seja extremamente desfavorável ao contratante, o que é vedado pelo Código de Defesa
do Consumidor, conforme artigo 39, citado anteriormente.
Salientase que, além das regras dispostas no diploma
consumerista, é da teoria geral dos contratos o dever mútuo de observância dos
princípios de probidade e boafé na conclusão e na execução do vínculo contratual, nos
termos do disposto no art. 422, do Código Civil. Nas palavras de Arnaldo Rizzardo
(Contratos, Rio de Janeiro: Forense, 2010. pp. 3233):
as partes são obrigadas a dirigir a manifestação da vontade
dentro dos interesses que as levaram a se aproximarem, de
forma clara e autêntica, sem o uso de subterfúgios ou intenções
outras que as não expressas no instrumento formalizado. A
segurança das relações jurídicas depende, em grande parte, da
probidade e da boafé, isto é, da lealdade, da confiança
recíproca, da justiça, da equivalência das prestações e
contraprestações, da coerência e clarividência dos direitos e
deveres.
R. Turiassú, 127, cj. 42 – Perdizes – São Paulo/S.P – CEP 05005001 – tel (11)38682729 – fax (11) 35646653 – email: [email protected] 33
Deste modo, cabível o acolhimento do pleito para condenar as
rés na obrigação de fazer no sentido de garantir o direito à permanência dos
dependentes do plano em caso de morte do titular, com a inclusão da previsão
contratual acerca do benefício da remissão, nos moldes do contrato anterior.
V. DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requerse seja julgada totalmente
procedente a presente ação, para:
a. Declarar a abusividade da Cláusula 22, com sua consequente
anulação, a qual veda a continuidade do plano em caso de demissão ou aposentadoria
do servidor e;
b. Condenar as rés na obrigação de fazer no sentido de garantir
o direito à permanência dos dependentes do plano em caso de morte do titular, com a
inclusão da previsão contratual acerca do benefício da remissão, nos moldes do contrato
anterior.
Isto posto, requerse a procedência integral dos pedidos ora
deduzidos e sejam as Rés citadas para, querendo, apresentarem contestação no prazo
legal, sob pena de reputaremse verdadeiros os fatos alegados na inicial;
Protestase pela produção de todas as provas admitidas em
direito, bem como a inversão do respectivo ônus, a teor do art. 6º, VIII, do Código de
Defesa do Consumidor, em razão da verossimilhança das alegações e da inequívoca
hipossuficiência dos consumidores frente ao caso concreto.
R. Turiassú, 127, cj. 42 – Perdizes – São Paulo/S.P – CEP 05005001 – tel (11)38682729 – fax (11) 35646653 – email: [email protected] 34
Requerse a condenação das Rés ao pagamento das despesas
processuais e verbas da sucumbência.
Por fim, requerse que todas as intimações sejam feitas em
nome de Lara Lorena Ferreira, com escritório à R. Turiassú, 127, cj. 42/43 – Perdizes
São Paulo/S.P, [email protected], tel. (11) 38682729.
Atribuise à causa o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais)
para efeitos de alçada, haja vista inexistência de valor pecuniário a ser recebido.
Termos em que pede deferimento.
São Paulo, 09 de outubro de 2019.
Lara Lorena Ferreira
OAB/SP 138.099
Luísa Stopassola
OAB/SP 430.517
Paula Nocchi Martins
OAB/SP 415.137