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EMILIANA PODDIS DOS SANTOS Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades: uma visão contextual São Paulo 2015

Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

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Page 1: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

EMILIANA PODDIS DOS SANTOS

Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades:

uma visão contextual

São Paulo

2015

Page 2: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

EMILIANA PODDIS DOS SANTOS

Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades:

uma visão contextual

Monografia apresentada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo para obtenção do título de Especialista Gerenciamento de Facilidades MBA/USP

Área de Concentração: Engenharia de Construção Civil

Orientador: Prof. Dr. Moacyr Eduardo Alves da Graça

São Paulo

2015

Page 3: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

Catalogação-na-publicação

Santos, Emiliana Poddis Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades: uma visãocontextual / E. P. Santos -- São Paulo, 2015. 82 p.

Monografia (MBA em MBA em Gerenciamento de Facilidades) - EscolaPolitécnica da Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia deConstrução Civil.

1.Engenharia [Gerenciamento] 2.Indicadores de QualidadeI.Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. Departamento deEngenharia de Construção Civil II.t.

Page 4: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

RESUMO

Nos dias atuais tem-se mudado a percepção das organizações e o gerenciamento

de facilidades são apresentados como um valor a ser agregado. Com a abertura

para a concretização do gerenciamento de facilidades como parte fundamental do

processo de desenvolvimento da organização formas de análises de desempenho

vem crescendo por meio de abordagens cada vez mais consistentes, dessa forma

auxiliando os gestores de facilidades nas melhorias de análises, suporte as decisões

e principalmente na busca por excelência. Busca-se com o presente trabalho

contextualizar metodologias que possibilitem o entendimento das necessidades

organizacionais em busca da excelência, dessa forma estabelecendo conceitos de

gerenciamento de facilidades voltados para a estratégia da organização, formas de

implementação de gerenciamento de desempenho; e auto-avaliação do

gerenciamento conforme o prêmio nacional de qualidade e o modelo de avaliação

estratégica. Para tanto, são analisados elementos e comportamentos gerenciais,

composição dos indicadores de desempenho conforme a auto-avaliação e

necessidades organizacionais de cada departamento vinculado aos gerentes de

facilidades, com o propósito de prover conhecimentos para a nova forma de

gerenciamento. Como resultado espera-se que os gerentes de facilidades adquiram

conhecimentos que os suportem na busca por excelência em seu gerenciamento.

Palavras-Chave: Engenharia [Gerenciamento]. Indicadores de Qualidade.

Page 5: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

ABSTRACT

Nowadays it has changed the perception of the organizations and facilities

management are presented as a value to be added. With the opening for the

completion of facilities management as a fundamental part of the development

process of the organization forms of performance reviews has grown through

increasingly consistent approaches, thereby assisting managers of facilities in the

analysis of improvements, support decisions and mainly in the pursuit of excellence.

Seeks to contextualize the present work methodologies that allow the understanding

of organizational needs in pursuit of excellence, thereby establishing facilities

management concepts focused on the organization's strategy, forms of performance

management implementation; and self-assessment of management as the national

award of quality and the strategic assessment model. Therefore, elements and

managerial behavior are analyzed , the composition of the performance indicators as

self-assessment and organizational needs of each department linked to facilities

managers, for the purpose of providing knowledge to the new way of management.

As a result it is expected that the facilities managers acquire knowledge that support

the pursuit of excellence in its management.

Keywords: Engineering [Management]. Quality Indicators.

Page 6: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Galleria Degli Uffizi – Florença (1565) e Life Insurance

Company Bui lding....................................................................

12

Figura 2 - The Rookery – Chicago............................................................ 12

Figura 3 - Centro Empresarial de São Paulo – Brasil............................. 13

Figura 4 - Processos de planejamento estratégico de desempenho.... 22

Figura 5 - Pré-requisitos de desempenho............................................... 23

Figura 6 - Esboço do Planejamento......................................................... 27

Figura 7 - Diagrama de Gantt.................................................................... 27

Figura 8 - Estrutura do planejamento...................................................... 28

Figura 9 - Exemplo de escolha por importância..................................... 30

Figura 10 - Fluxograma para desenvolvimento de indicadores de

desempenho..............................................................................

33

Figura 11 - Avaliação pós ocupação.......................................................... 37

Figura 12 - Modelo lista de verificação....................................................... 38

Figura 13 - Tipos de benchmarking............................................................ 40

Figura 14 - Modelo de Excelência do Gerenciamento.............................. 45

Figura 15 - Resumo dos Processos de Excelência................................... 73

Page 7: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Maturidade do gerenciamento................................................ 48

Page 8: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS

APO Avaliação Pós-Ocupação

APPA Leadership in Educational Facilities

ASTM American Society for Testing and Materials

CENESP Centro Empresarial de São Paulo

CRV Capital Renewal Index

CRV Facility Operating Current Replacement Value Index

DI Distribution Index

EFI Energy Efficiency Index

FCI Facilities Condition Índex

FNQ Fundação Nacional da Qualidade

GAP Gap Analysis

GIE Facility Operating Index

GSF Facility Operating Gross Square Foot Index

HSI High Score Index

IFMA International Facility Management Association

MEG Modelo de Excelência da Gestão

MI Average Age

N Needs Index

PDCL Plan, Do, Check e Learn

PNQ Prêmio Nacional da Qualidade

SAM The Strategic Assessment Model

TBBR Top Box-Bottom Box Ratio

WI Weighting Index

Page 9: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................ 11

1.1 Objetivo.......................................................................................... 13

1.2 Mudanças no gerenciamento de facilidades.............................. 14

2 GERENCIAMENTO DE FACILIDADES AGREGANDO

ESTRATÉGIA PARA ORGANIZAÇÃO..........................................

16

3 GERENCIAMENTO DE DESEMPENHO DE FACILIDADES....... 19

3.2 Planejamento................................................................................. 20

3.2.1 Pré-requisito de desempenho...................................................... 22

3.2.2 Planejamento de desempenho.................................................... 24

3.2.3 Execução....................................................................................... 28

3.2.4 Avaliação, revisão e renovação................................................... 29

4 CONSTRUÇÃO DE SISTEMAS DE INDICADORES DE

DESEMPENHO...............................................................................

30

4.1 Processo de desenvolvimento dos indicadores de desempenho..................................................................................

32

4.2 Avaliação pós-ocupação.............................................................. 35

4.3 Questionários................................................................................ 36

4.4 Lista de verificação....................................................................... 38

4.5 Walktrhough.................................................................................. 38

4.6 Benchmarking............................................................................... 38

4.6.1 Tipos de benchmarking................................................................ 40

4.7 Servibilidade.................................................................................. 42

5 EXCELÊNCIA EM GERENCIAMENTO......................................... 43

5.1 Auto-avaliação conforme o prêmio nacional da qualidade...... 44

5.2 Auto-avaliação conforme o modelo de avaliação estratégica. 48

5.2.1 Perceptiva financeira.................................................................... 49

5.2.2 Perceptiva processos internos.................................................... 52

Page 10: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

5.2.3 Perceptiva inovação e aprendizagem......................................... 55

5.2.4 Perceptiva cliente.......................................................................... 56

6 MÉTRICAS DE DESEMPENHO EM GERENCIAMENTO DE

FACILIDADES................................................................................

60

6.1 Gerenciamento de espaço........................................................... 60

6.2 Gerenciamento de serviço........................................................... 62

6.3 Gerenciamento de manutenção.................................................. 64

6.4 Gerenciamento de sustentabilidade........................................... 66

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................... 71

ANEXO A........................................................................................ 75

REFERÊNCIAS.............................................................................. 77

BIBLIOGRAFIAS............................................................................ 79

Page 11: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

11

1 INTRODUÇÃO

As inovações acontecem para suprir alguma necessidade. Dessa forma,

mudanças organizacionais e das edificações ocorrem a partir do momento que se

tem: inovações tecnológicas, novos sistemas, mudanças nas arquiteturas,

globalização e o mercado cada vez mais competitivo. Assim, para atender está

demanda, a habilidade das atividades de gerenciamento devem transformar as

organizações em mais eficientes e eficazes, ou seja, eficientes quanto fazer certo as

coisas com o mínimo de recurso e eficazes quanto fazer a coisa certa.

A metodologia Kaizen (“mudança para melhor”) foi um dos modelos

precursores das mudanças organizacionais. Consiste numa forma de gerenciamento

orientada para o aumento da produtividade e rentabilidade sem impactar em

aumentos representativos de custos. O Kaizen é baseado na filosofia e nos

princípios socioculturais orientais, ocorreu após a segunda guerra mundial para

atender as necessidades de crescimento do Japão e ainda hoje é muito utilizada

pelas empresas. Em entrevista realizada por Smith (2005), segundo Imai, a

metodologia foi utilizada, nos últimos cinquenta anos, pelas companhias japonesas

para criar vantagens competitivas. Em suma, a metodologia que enfatiza a melhoria

contínua, é bastante importante quando tratamos da excelência em gerenciamento.

Baseado no contexto de mudanças, Fialho (2007) comenta que com as

inovações, as concepções das edificações passaram por modificações significativas

ao longo dos anos, a figura 1 (sendo o primeiro edifício da esquerda para direita) o

edifício Galleria degli Uffizi representa um dos primeiros registros escritos sobre

arquitetura de edifícios de escritório.

A partir do ano de 1854, com a fabricação do elevador mecanizado, foi

possível construir arranha-céus. Fialho (2007) esclarece que o primeiro edifício a

utilizar o elevador de forma segura e eficiente o elevador mecanizado foi o Equitable

Life Insurance Company Building construído em Nova York entre os anos de 1868 e

1870. Como ilustra a figura 1 (segundo edifício da esquerda para a direita).

Page 12: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

12

Figura 1 – Galleria degli Uffizi – Florença (1565) e Life Insurance Company

Building

Fonte: Fialho (2007)

Burham e Root nos anos de 1885/86 desenvolveram um projeto para

construção do edifício The Rookery, pode-se dizer que foi um dos primeiros a

possuir uma mistura de lojas e escritórios, utilizando técnicas novas e

revolucionárias para a época, tais como estruturas de metal, elevador, revestimento

a prova de fogo, iluminação elétrica e placa de vidro. Nos dias de hoje é considerado

o mais antigo arranha-céu de Chicago. Edifício ilustrado conforme figura 2.

Figura 2 – The Rookery – Chicago

Fonte: Fialho (2007)

Page 13: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

13

Um exemplo brasileiro é o Centro Empresarial de São Paulo (CENESP),

como ilustra a figura 3, construído na década de 70, foi o primeiro empreendimento

no Brasil, a ser construído sob o conceito de edifícios inteligentes. O conjunto de

prédios possui uma completa rede de serviços, bancos, restaurantes e lojas. São

sete torres que foram projetadas com os mais avançados conceitos de arquitetura,

engenharia e administração predial; e possuem alta tecnologia incorporada.

Figura 3 – Centro Empresarial de São Paulo - Brasil

Fonte: http://www.centroempresarial.com.br/pt-br/o-complexo/historia.asp

Diante do exposto e enfatizado por Alexander (2005) a mudança

organizacional afeta o tamanho e a forma das organizações, padrões de trabalho e

as relações com clientes e fornecedores. Portanto, as organizações precisam estar

aptas para absorver todas as mudanças que são essências na busca de excelência

e consequentemente melhorar sua produtividade, fatores estes, que são

determinantes para se manterem competitivas no mercado globalizado.

1.1 Objetivo

Neste trabalho pretende-se apresentar diferentes metodologias com enfoque

em excelência, explorando os conceitos pertinentes ao Gerenciamento de

Facilidades. Através dos gerentes de facilidades procura-se contextualizar os

Page 14: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

14

encaminhamentos necessários para o desenvolvimento de uma visão estratégica,

para que os serviços prestados correspondam à realidade.

Com esta nova realidade de inovações e mudanças constantes, o

Gerenciamento de Facilidades se faz importante para gerir com excelência todos os

suportes que não estejam relacionados com o produto ou serviço principal da

organização.

Desse modo, o objetivo do presente trabalho é apresentar diferentes

metodologias de auxílio para busca por excelência em operações de Gerenciamento

de Facilidades, entendendo sua estrutura e os processos pertencentes ao seu

escopo, desenvolvendo e implementando planejamento conforme os objetivos

estratégicos da organização, desenvolvendo indicadores e identificando a realidade

da organização.

1.2 Mudanças no gerenciamento de facilidades

Entende-se que no início do surgimento das organizações e das construções

das edificações, os sistemas envolvidos em sua concepção eram simples não havia

mudanças significativas. Finch (2012) explica que está visão é descrita como

paradigma “gradualista”, este paradigma aborda as mudanças pequenas no

ambiente interno e externo alterando apenas parte do sistema sem alterar o todo.

No entanto, nos dias atuais, onde as edificações possuem sistemas

complexos e com muita tecnologia embarcada as mudanças são rápidas e exigem a

mesma velocidade de resposta. Gersick apud Finch (2012) sugerem uma mudança

de paradigma esta tratando pelo nome de “equilíbrio pontuado”, ou seja, uma

alternância entre longos períodos em que as infraestruturas persistentes permitem

apenas alterações incrementais em períodos curtos de mudanças rápidas. São

estas estruturas persistentes que resistem as mudanças havendo uma tendência

das organizações em sempre voltar para o ponto de equilíbrio.

Dessa forma, estende-se que o gerenciamento de facilidades deve prover

condições necessárias para atender as mudanças pequenas e as rápidas. Assim,

surgem abordagens para apresentação dos resultados, onde os gestores de

facilidades antes vistos apenas como operacional passam a integrar uma visão

estratégia em seu gerenciamento. A partir de então, um novo processo de gerir deve

ser estabelecido para atender está nova demanda.

Page 15: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

15

O estudo foi realizado por meio de pesquisas bibliográficas, entrevistas com

gestores da área e observações realizadas no ambiente de trabalho. O trabalho será

apresentando em 7 capítulos, conforme descrito abaixo:

No capítulo 2 desenvolve-se o conceito de gerenciamento de facilidades e

suas áreas de abrangência, são exploradas algumas mudanças no comportamento

dos gerentes de facilidades que influenciam sua forma de gerir, estes buscando

agregar estratégia para a organização.

No capítulo 3 realiza-se a contextualização que embasam o gerenciamento

de desempenho, são apresentados os processos de desenvolvimento e elaboração

do planejamento para implementação do gerenciamento de desempenho, com este

entendimento explica-se as principais práticas de cada processo do planejamento.

No capítulo 4 abordam-se conceitos fundamentais para o entendimento dos

indicadores de desempenho, expõem-se os processos de desenvolvimento e

elaboração dos indicadores, explicando cada etapa; e apresentam-se alguns

modelos e exemplos que podem ser aplicados na coleta dos indicadores de

desempenho.

No capítulo 5 desenvolve-se os conceitos de excelência em gerenciamento

e seus principais atributos vinculados à organização, apresentam-se duas

metodologias, sendo o Prêmio Nacional de Qualidade e o The Strategic Assessment

Model, estes sendo abordados como métodos de auto-avaliação que podem ser

usados na busca de excelência em gerenciamento, por meio de processos

contínuos.

No capítulo 6 definem-se algumas áreas de abrangência do gerenciamento

de facilidades com foco nos indicadores de desempenho e para cada área são

apresentados exemplos práticos de métricas de desempenho que podem auxiliar os

gerentes de facilidades.

No capítulo 7 aborda-se de forma resumida o processo de decisão

vinculando os conceitos e metodologias apresentada para atingir a excelência em

gerenciamento de facilidades.

Page 16: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

16

2 GERENCIAMENTO DE FACILIDADES AGREGANDO ESTRATÉGIA PARA

ORGANIZAÇÃO

O gerenciamento de facilidades é parte fundamental nos processos de

desenvolvimento de uma organização, este garante que todos os sistemas estejam

em perfeitas condições, conforme definidos. São os elementos de suporte que

asseguram a entrega de serviços e insumos necessários ao atendimento das

necessidades dos usuários, visando à eficiência e eficácia na aplicação de suas

responsabilidades e atividades para atingir os objetivos estratégicos da organização.

Para um melhor entendimento de gerenciamento de facilidades, seguem

definições:

Segundo International Facility Management Association (IFMA)

“Gerenciamento de Facilidades é uma profissão composta por múltiplas disciplinas

para garantir a funcionalidade do ambiente construído, integrando pessoas, espaço,

processos e tecnologias”.

Segundo Graça (2012) “Gerenciamento de Facilidades é uma atividade

profissional que tem por finalidade o planejamento e a operação de processos

eficientes, integrando edificações, equipamentos e serviços (meios) visando dar

suporte às pessoas, alinhada às estratégias, para a efetiva consecução dos

propósitos (fins) das organizações. A atividade de Gerenciamento de Facilidades

deve gerar experiências significativas para todos usuários (em amplo sentido),

produzindo transformações e agregando valor às diversas atividades das

organizações”.

Conforme as definições pode-se notar que a diversidade das atividades

atribuídas aos gestores de facilidades pode ser refletida em diferentes funções

dentro de uma organização, como: manutenção e operação dos sistemas prediais e

da edificação como um todo, modernização e intervenções sejam em construções

novas ou reformas, serviços técnicos e administrativos. Estas podem variar

conforme cada organização, podendo envolver as mais variadas áreas, conforme

segue:

a) Gerenciamento de desempenho, contratos, projetos, manutenção, espaço,

sustentabilidade, mudanças, comercial e outros;

b) Supervisionar e coordenar o trabalho de terceiros;

c) Supervisionar, controlar, disponibilizar novas instalações e reformas;

Page 17: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

17

d) Serviços gerais (limpeza, segurança, recepção, transportes, viagens, etc);

e) Manutenção dos sistemas prediais, ativos e propriedade;

f) Desenvolvimento de documentação.

Assim sendo, o gerenciamento de facilidades assume um papel de suma

importância no suporte de serviços e processos para o desenvolvimento do “core

business”1 da organização. Podem atuar de forma considerável no aprimoramento

dos serviços, assim, propiciando ambientes em condições de uso, traduzindo em

segurança, conforto, saúde, social e ambiental. Aspectos fundamentais para o

desenvolvimento produtivo das atividades coorporativas.

Cotts et al. (2010) esclarecem que os gerentes de facilidades estão

movendo-se de um foco técnico para líderes de negócios, onde estes, ajudam a

organização ter uma visão estratégica das suas instalações e o seu impacto na

produtividade, dessa forma, os gestores de facilidades que atendem as demandas

restritamente operacionais devem inserir no seu cotidiano mudanças de

comportamento visando à eficiência e eficácia do seu gerenciamento.

Ainda Cotts et al. (2010) considerando as tendências e expectativas dos

gerentes de facilidades desenvolveram pontos importantes para a prática da

profissão, conforme seguem:

a) Manter um bom relacionamento com os superiores, enfatizando a importância

da gestão de facilidades;

b) Ser líder do negócio;

c) Ter uma boa comunicação;

d) Ter consciência das suas responsabilidades e de seus funcionários;

e) Tomar decisões de acordo com os fatos, analisando sempre as situações;

f) Manter pessoas qualificadas na equipe, distribuir responsabilidades de acordo

com as competências, deixando os funcionários hábeis para tomar decisões

de escala reduzida, bem como prover melhorias e atingir metas;

g) Gerenciar desempenho, medindo atendimento aos usuários, eficiência e

eficácia dos sistemas;

h) Desenvolver contatos formando uma rede de especialistas;

i) Gerenciar as diversidades dentro da organização;

1 Core business: palavra inglesa utilizada para definir o produto ou serviço principal da organização.

Page 18: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

18

j) Vender as mudanças para os seus funcionários, pois existe resistência

normalmente gerada em função das mudanças, tendência ao ponto de

equilíbrio;

k) Atualizar conforme novas abordagens e técnicas;

l) Ser honesto.

Estes pontos são essenciais para mudança de comportamento dos gestores

de facilidades e inclui de forma geral todos os aspectos do empreendimento, seja o

espaço, controle ambiental, saúde, segurança, serviços de apoio, entre outros.

É comum, no gerenciamento de facilidades, encontrar problemas

administrativos com relação à operação, manutenção, gestão de projetos, espaços e

serviços. No entanto, fazendo o planejamento adequado conforme os objetivos

estratégicos da organização estes fatores passam a ser cobertos e suportados,

facilitando o gerenciamento dos mesmos.

Neste sentido, parte relevante do gerenciamento de facilidades como

estratégia da organização é o gerenciamento de desempenho, este é um tópico

crescente e importante, vem se concretizando nas empresas em decorrência da

globalização. Portanto, os próximos itens abordam o gerenciamento de desempenho

de facilidades e os passos para o desenvolvimento do planejamento.

Page 19: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

19

3 GERENCIAMENTO DE DESEMPENHO DE FACILIDADES

O gerenciamento de desempenho é um processo contínuo que compreende

a criação e alinhamento dos indicadores de desempenho com os objetivos

estratégicos da organização, desenvolvimento e melhorias, “feedback”2, avaliação,

controle, informação e auxilia na tomada de decisões.

Para um melhor entendimento de gerenciamento de desempenho, seguem

definições:

Segundo a norma EN 15221 parte 7 “Gerenciamento de desempenho é

definido como um sistema no qual as organizações determinam metas de trabalho,

padrões de desempenho, atribui e avalia o trabalho, proporciona “feedback” do

desempenho, determina as necessidades de treinamento e desenvolvimento, e

distribui recompensas”.

Conforme Aguinis apud Smither e London (2009) “Gerenciamento de

desempenho é um processo contínuo de identificação, medição, desenvolvimento de

desempenho de indivíduos e equipes, e alinhamento do desempenho com os

objetivos estratégicos da organização”.

Diante o exposto, o gerenciamento de desempenho de facilidades é

importante, pois permite que a organização faça análises abrangentes e profundas

sobre a efetividade do seu gerenciamento e dos seus resultados.

Cable et al. (2004) alegam que o propósito de medição de desempenho é

ajudar as organizações a compreender como os processos e práticas de tomada de

decisão levou ao sucesso ou fracasso e como esse entendimento pode sugerir

melhorias. Em última análise, o gerenciamento de desempenho apoiado por um

sistema eficaz de medição de desempenho, ou seja, com medições sistemáticas,

estruturadas e balanceadas dos resultados, permite que a organização por meio de

informações pertinentes e confiáveis façam intervenções necessárias à medida que

possíveis divergências entre o planejado e o realizado ocorram.

Organizações que não possuem sistema de medição de desempenho

adequada podem tomar decisões de acordo com as preferências pessoais, políticas

e outros interesses; alem de desperdiçar tempo, recursos financeiros e materiais.

2 Feedback: palavra inglesa que significa realimentar ou dar o retorno.

Page 20: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

20

Portanto, não importa o tamanho da organização o gerenciamento de

desempenho de facilidades é um dos fatores que auxilia o gerenciamento de forma

considerável, especialmente para se atingir alto nível de excelência na entrega de

serviços e infraestruturas adequadas para o desenvolvimento das atividades dos

usuários, também influenciam comportamentos e direcionam resultados conforme as

necessidades da organização e seus “stakeholders”3. Tendo em vista estas

informações, faz-se necessário a elaboração dos processos para desenvolvimento

do planejamento estratégico para implementação do gerenciamento de

desempenho.

3.2 Planejamento

O planejamento estratégico é uma metodologia gerencial que permite definir

uma direção para a organização, levando em consideração as condições de

interação com o ambiente externo e interno.

Segundo Alexander (2005) “Gerenciamento de facilidades com o aspecto

estratégico de planejamento para a prestação efetiva de serviços, oferece

oportunidades de economia, eficiência, eficácia e vantagem competitiva”. Neste

sentido, os gestores de facilidades estão numa posição onde podem interferir e

auxiliar de forma substancial na alocação de recursos, pois possuem o

conhecimento dos suportes necessários e assim conseguem distribuir de forma

adequada os gastos, bem como melhoram os processos e promovem um ambiente

adequado.

O desenvolvimento do planejamento estratégico de desempenho vai definir

políticas, identificar diretrizes e normas corporativas, assim estabelecendo a

descrição da organização, sua estrutura, procedimentos e responsabilidades. Com a

política bem definida os gestores poderão contribuir de forma substancial para as

questões vitais da organização.

Barrett e Baldry (2003) comentam que na prática, poucas organizações têm

a oportunidade de fazer o planejamento do início, ou seja, para a maioria das

organizações haverá atividades existentes, provavelmente fragmentadas,

possivelmente com lacunas no fornecimento e talvez com sobreposições e alguma

3 Stakeholders é uma palavra inglesa que refere-se às partes interessadas que devem estar de acordo com as práticas de governança coorporativa da organização em questão.

Page 21: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

21

confusão. É a partir do entendimento desta base que os gestores devem focar as

mudanças desejadas. Embora seja teoricamente possível desfazer as atuais

instalações e começar de novo, não é realista.

Para atingir altos índices de serviços a longo prazo é necessário tomar

medidas em várias frentes, desse modo, o gerenciamento de facilidades deve dispor

de informações sobre seu desempenho em toda gama de interação, ou seja, deve

alinhar as ações dos indivíduos e das instalações conforme a estratégia da

organização.

O planejamento deve ser claro para que as pessoas envolvidas saibam o

que é necessário e o que precisa ser feito, assim estas, motivadas, são capazes de

produzir soluções inovadoras.

Segundo Armstrong (2009) “O que se espera do gerenciamento

desempenho é melhorar o desempenho organizacional em geral, criando uma

cultura de desempenho em que a obtenção de altos índices de desempenho seja um

modo de vida”.

Logo, entende-se que o planejamento estratégico de desempenho é

importante e relevante para maximizar e integrar os benefícios dos seus sistemas.

Entretanto, ao desenvolver um planejamento as diferenças culturais devem ser

consideradas quando se deseja entregar os serviços adequados para a eficiência e

eficácia da organização.

Pensando na adaptabilidade de cada gerenciamento foram abordados

alguns fatores para compor o desenvolvimento do planejamento de desempenho de

forma abrangente, pois dessa forma pode-se utilizar a metodologia para qualquer

escopo pertinente aos gerentes de facilidades.

Aguinis e Grote apud Smither e London (2009) definem que os processos do

gerenciamento de desempenho são divididos em seis partes, no entanto, a estrutura

foi adaptada para ser utilizada no desenvolvimento do planejamento estratégico de

desempenho, conforme figura 4, dessa forma, tem-se: pré-requisitos, planejamento,

execução, avaliação, revisão e renovação. As partes do processo serão abordadas

separadamente nos próximos itens.

Page 22: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

22

Figura 4 – Processos do Planejamento Estratégico de Desempenho

Fonte: Adaptada de Smither e London (2009)

3.2.1 Pré-requisitos de desempenho

Os pré-requisitos de desempenho é a etapa inicial do planejamento, ou seja,

é importante conhecer de forma concisa a organização. Smither e London (2009)

comentam que há dois importantes pré-requisitos que são necessários antes que um

sistema de gerenciamento de desempenho seja implementado, sendo, primeiro o

conhecimento da missão e objetivos estratégicos, e segundo o conhecimento do

trabalho, em questão a organização. No entanto, outras informações também são

importantes para compor o quadro de conhecimento da organização, assim como a

visão, recursos e estruturas disponíveis para o trabalho que é desenvolvido.

Dessa forma, para iniciar os processos do planejamento, em síntese, tem-se

o entendimento da visão, missão e os objetivos estratégicos da organização. Vale

ressaltar que se há uma falta de clareza sobre onde à organização quer ir, ou a

relação entre a missão e as estratégias, haverá uma falta de clareza sobre o que

cada funcionário precisa fazer para conseguir ajudar a organização a chegar lá, bem

como podem implicar em planos incoerentes e ineficientes.

Com o entendimento destas informações passa para o conhecimento do

trabalho, para complementar este item algumas perguntas são relevantes, sendo:

a) Quais são os trabalhos desenvolvidos na organização?

b) Quais são as necessidades para desenvolver o trabalho?

c) Quais os recursos disponíveis?

d) Qual estrutura disponível?

Para auxílio da visualização da estrutura proposta, de forma sucinta, tem-se

ilustrado na figura 5 as etapas iniciais.

Page 23: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

23

Figura 5 – Pré-requisitos de Desempenho

Fonte: O autor (2014)

Estando com este contexto claramente definido, outro fator deve ser

avaliado para compor a análise inicial antes do desenvolvimento do planejamento

que é a situação atual da organização, este ponto deve ser analisado conforme cada

organização, no entanto, para um melhor entendimento algumas perguntas são

necessárias, tais como:

a) A condição do edifício está adequada para o objetivo ou está deteriorado

implicando na direção dos objetivos?

b) É mais viável substituir as instalações existentes ou manter e repará-los?

c) A infraestrutura disponível está adequada para os objetivos ou está

subestimada ou está inadequada? Espaço, mobiliário, instalações elétricas,

hidráulicas e outros.

d) A infraestrutura corresponde às normas e legislações vigentes?

e) Como é o entorno da edificação? Supri as necessidades dos usuários? É

acessível? Tem restaurantes, bancos, etc.?

Page 24: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

24

Essas perguntas devem ser respondidas de forma responsável,

vislumbrando a integração das pessoas com ambiente físico, normas e legislações,

saúde, segurança, social, ambiental e bem estar dos seus colaboradores.

Ao término da definição dos pré-requisitos tem-se informações suficientes

quanto às necessidades da organização, sejam elas para melhorar e/ou modificar

permitindo estruturar e desenvolver o planejamento de desempenho.

3.2.2 Planejamento de desempenho

A fase de planejamento de desempenho requer um conhecimento profundo

do sistema de gerenciamento de desempenho. Devem ser considerados os

resultados, comportamentos, estrutura e plano de desenvolvimento.

Os resultados são atribuídos de acordo com o que precisa ser feito ou com o

que se deseja alcançar. A consideração dos resultados deve incluir objetivos

específicos, este mensurável, assim ajudando estabelecer padrões de desempenho,

sendo estes aceitáveis ou não; exemplo: qualidade, custo, quantidade e tempo.

Embora seja importante medir os resultados, apenas se atentar aos resultados

pode-se obter uma imagem equivocada do desempenho. Assim, para alguns

trabalhos podem aparecer dificuldades quanto ao estabelecimento de objetivos e

procedimentos precisos e por outro lado pode se ter o controle desejável, não

apenas sobre o comportamento do desempenho, mas também sobre sua criação.

Primeiramente, para iniciar o planejamento, deve-se desenvolver a missão

do gerenciamento de desempenho, vale ressaltar que tanto a missão quanto os

objetivos que serão desenvolvidos é primordial que estejam alinhados com os

objetivos estratégicos da organização.

A missão define claramente a razão de existir e o propósito do

gerenciamento de desempenho. Estando a missão elaborada a próxima etapa é

analisar a situação atual da organização, o resultado final serão os objetivos

estratégicos do planejamento em desenvolvimento, são estes que ajudarão tornar

possível a missão, outro resultado da análise são os possíveis planos para o futuro.

Para fazer está análise podemos utilizar a matriz de “SWOT”.

A sigla “SWOT” vem dos termos em inglês: strenghts, weaknesses,

opportunities e threats, que traduzido para o português significa: forças, fraquezas,

oportunidades e ameaças. As forças e fraquezas estão relacionadas com o

Page 25: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

25

ambiente interno e as oportunidades com o ambiente externo, de forma sucinta tem-

se:

A) Ambiente interno:

− Forças: são as vantagens internas que a organização possui quando

comparada com as organizações concorrentes.

− Fraquezas: são as desvantagens que a organização possui quando

comparada com as organizações concorrentes.

B) Ambiente externo:

− Oportunidades: são aspectos positivos possíveis de melhora com

potencial crescimento diante a vantagem competitiva da organização.

− Ameaças: são aspectos negativos podendo comprometer a vantagem

competitiva da organização.

Com a matriz finalizada tem-se delineado o cenário da organização no

momento atual e assim se faz a análise confrontando os resultados, para cada ponto

criamos os objetivos versus estratégias. Com os objetivos traçados tem-se as

atividades que serão realizadas para alcançar estes objetivos.

Confrontando os resultados:

• Oportunidades x forças: são pontos de desenvolvimentos para as

vantagens competitivas.

• Oportunidades x fraquezas: são pontos de apoio para aproveitar de

uma forma melhor as oportunidades.

• Ameaças x forças: são pontos estratégicos para modificações no

ambiente em benefício da organização.

• Ameaças x fraquezas: são pontos estratégicos para modificações

profundas visando à proteção da organização no ambiente

competitivo.

Nota-se que os objetivos estratégicos são genéricos e podem incluir vários

aspectos da matriz de SWOT num mesmo objetivo, no entanto, cabe aos gestores

de facilidades e os demais envolvidos verificarem todas as possibilidades. Os

objetivos são distribuídos em forma de cascata, ou seja, dos maiores para os

menores.

Com os objetivos delineados inicia-se as premissas, estas são hipóteses

dadas como verdadeiras para os desígnios do planejamento. Elas delimitam o

Page 26: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

26

campo de desenvolvimento, fazendo-se essencial para as direções que serão

encadeadas no decorrer do planejamento.

Seguem alguns exemplos de premissas:

a) Desenvolvimento de desempenho para as atividades determinadas, tais

como: manutenção, serviços, espaço e questões ambientais;

b) Padrões e níveis de desempenho;

c) Capacitação dos funcionários ao que se refere à qualidade de atendimento;

d) Propiciar um ambiente visando à sustentabilidade;

e) Contratação de terceiros para serviços de limpeza e segurança;

f) Local adequado para o desenvolvimento das atividades.

Com os objetivos e premissas traçados faz-se necessário estabelecer os

indicadores de desempenho para cada objetivo do planejamento, a construção dos

sistemas de indicadores de desempenho está descrito no próximo capítulo. Dessa

forma, estando com os indicadores determinados à próxima etapa é descrever as

atividades que darão condução ao planejamento, assim tem-se como exemplo de

atividades:

a) Levantamento de custos financeiros e de consumo vinculados à energia e

água;

b) Levantamento de gastos financeiros atrelados à manutenção do

empreendimento;

c) Levantamento das necessidades potenciais quanto às questões ambientais;

d) Levantamento das disponibilidades do empreendimento;

e) Levantamento das condições da edificação, se existe mau uso ou não, se as

técnicas foram implementadas foram adequadas ou não, o que pode ser feito

para melhorar seu desempenho e como fazê-lo.

f) Pesquisa de satisfação do cliente para auxiliar nos ajustes de melhorias

quanto os serviços prestados;

g) Estudos de normas e legislações vigentes para adequação do

empreendimento.

Ao fim desta etapa o planejamento deverá estar esboçado conforme

apresentado na figura 6, ou seja, a missão definida, a situação da organização e

suas necessidades foram delineadas, os objetivos estão claros e complementando

os objetivos da organização, os indicadores foram elaborados e por fim as atividades

estão definidas.

Page 27: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

27

Figura 6 – Esboço do Planejamento

Fonte: O autor (2015)

A próxima etapa é fazer o cronograma para a implementação do

planejamento descrito acima. Este pode ser realizado por meio de programas de

computadores. O modelo de diagrama mais utilizado em gerenciamento é o

diagrama de Gantt, conforme ilustrado na figura 7, este modelo detalha o tempo de

cada atividade e quando finalizado pode-se verificar se há algum recurso que foi

alocado de forma desproporcional, e dessa maneira, redistribuir as atividades para

uma melhora na eficiência do tempo.

Figura 7 – Diagrama de Gantt

Atividade Semana 1 Semana 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6S T Q Q S S T Q Q S S T Q Q S S T Q Q S S T Q Q S S T Q Q S

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Fonte: Adaptado de Vargas (2009)

Page 28: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

28

Com o cronograma finalizado a próxima etapa são os custos de cada

atividade que será realizada. Vargas (2009) explica que os custos considerados para

implementação do planejamento devem ser elaborados através da estimativa de

cada atividade presente no cronograma, não se esquecendo de incluir os recursos

necessários para o desenvolvimento das atividades prescritas.

Em suma, o desenvolvimento para implementar o gerenciamento de

desempenho está completo. No entanto, para facilitar e visualizar os trabalhos

discriminados no escopo do planejamento tem-se a figura 8, está demonstra um

modelo de estrutura do planejamento.

Figura 8 – Estrutura do Planejamento

Fonte: O autor (2014)

Desenvolver a estrutura do planejamento auxilia no direcionamento da

alocação de recursos e pessoas para o desenvolvimento das atividades que serão

executadas na etapa de execução.

3.2.3 Execução

Page 29: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

29

Com o planejamento desenvolvido, busca-se realizar todas as atividades

descritas na elaboração. No decorrer da etapa de execução é importante garantir o

controle dos processos de cada atividade, assim possibilitando uma maior eficácia

para eventuais reestruturações.

As informações devem ser sempre passadas no prazo certo e de forma clara

e objetiva, assim como foi descrito no plano de gerenciamento.

A equipe que constituirá o planejamento, neste momento, deverá estar apta

para darem início as suas atividades. É importante resaltar a relevância da qualidade

no encaminhar de todo o plano, está que por sua vez dita os padrões que foram

estabelecidos.

As aquisições de recursos quando necessárias fazem parte deste processo

de execução, estas devem ser formadas no plano de gerenciamento. Assim, nesta

ocasião é que se fornecerá a condução adequada para cada atividade desenvolvida.

3.2.4 Avaliação, revisão e renovação

Nesta fase o objetivo é analisar os resultados adquiridos com o

encerramento do planejamento em conjunto com os “stakeholders” envolvidos. Uma

ou duas reuniões, dependendo das necessidades, são convocadas e todos os

resultados são divulgados para se fazer a auditoria. Tendo posse dos resultados e

fazendo a análise chega-se quando necessário à revisão e mudanças no

planejamento, traduzindo em melhorias para a organização.

Tendo em vista que parte importante do gerenciamento de desempenho são

os indicadores, o próximo capítulo trata da construção dos mesmos,

complementando o gerenciamento e vislumbrando um melhor entendimento quanto

à elaboração, funcionalidade, prioridade e informações.

Page 30: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

30

4 CONSRUÇÃO DE SISTEMAS DE INDICADORES DE DESEMPENHO

Desempenho é o comportamento em uso e os indicadores de desempenho

são métricas destinadas a corresponder-se com os objetivos organizacionais. Cable

e Davis (2004) esclarece que o propósito da medição de desempenho é ajudar as

organizações a compreender como os processos e práticas de tomada de decisão

levaram ao sucesso ou fracasso, e como esse entendimento pode sugerir melhorias.

Em outras palavras, entende-se que um sistema eficaz de medição de desempenho

deve ser utilizado para compreender os processos e seus resultados, estes

indicando quando algo não está em conformidade com as métricas estabelecidas,

quando estão conforme e/ou passiveis de mudanças.

Nas mais variadas organizações os indicadores estavam relacionados

apenas com a contabilidade e o sucesso financeiro das mesmas, no entanto, tem-se

mudado a percepção das organizações e este é apresentado como um valor a ser

agregado por meio de indicadores qualitativos e quantitativos. Na forma qualitativa

os resultados são intangíveis, subjetivos e dependem da intuição da pessoa que fará

a avaliação, é um método indutivo, já na forma quantitativa os resultados são

tangíveis e objetivos. Para os propósitos qualitativos de avaliação utilizar-se de

parâmetros identificados por escolhas de importância facilita transformar os

resultados em números, como ilustra a figura 9:

Figura 9 – Exemplo de escolhas por importância

Fonte: O autor (2015)

Page 31: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

31

Cable e Davis (2004) comentam que os principais componentes de um

sistema de medição de desempenho eficaz incluem:

a) Definição clara, acionável e metas mensuráveis, estes irão refletir a missão

organizacional a nível da gestão e do programa para o desempenho

individual;

b) Indicadores de desempenho chaves e que podem ser usados para medir

quão bem a missão, gestão, programa e metas individuais estão sendo

cumpridos;

c) Bases de referências a partir das quais estabelecidas progridem conforme a

realização dos objetivos, estes podem ser medidos;

d) Dados precisos, repetíveis e verificáveis;

e) Sistemas de “feedback” para apoiar a melhoria contínua dos processos de

uma organização, práticas e resultados.

Assim, como parte essencial do processo os indicadores devem sempre

estar relacionados com os objetivos da organização. Ainda Cable e Davis (2004)

alegam que o desenvolvimento de indicadores de desempenho em nível de portfólio

para as instalações é um desafio e estes devem ser significativos, de forma a não

perder o impacto no processo de agregação, devem informar de forma concisa o

desempenho em relação às metas estabelecidas e fornecer um foco claro para

posterior análise e ação. Também devem fornecer a base para a avaliação a longo

prazo da eficácia das decisões atuais.

Diante o exposto, os indicadores de desempenho podem ser utilizados em

diversos negócios e de diversas formas como nos departamentos de recursos

humanos, instalações, consumidores, analistas, “benchmarking”, em resumo, estes

podem e devem ser usados como método de análise e desenvolvimento buscando

melhores resultados e encontrando oportunidades de melhorias para o negócio.

Em resumo, são objetivos principais dos indicadores de desempenho:

a) Controlar quanto ao cumprimento ou não dos objetivos e metas

estabelecidas, precaver erros e reincidências;

b) Proteger os recursos;

c) Monitorar os processos de planejamento e gerenciamento;

d) Visualizar possíveis desvios;

e) Verificar a realização dos procedimentos estabelecidos.

Page 32: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

32

As atividades de gerenciamento de facilidades são bastante complexas e

podem integrar as mais variadas áreas, por conseguinte existe uma grande

abrangência de indicadores para estas avaliações. No entanto, criar indicadores

para todas as atividades pertencentes ao escopo torna o controle aleatório e por

vezes sem utilidade, pensando dessa forma, a escolha deve ser realizada conforme

a necessidade de cada organização e visando o proveito como um todo. Os

indicadores de desempenho são utilizados principalmente para:

a) Entender e melhorar os processos;

b) Encontrar possíveis problemas e consequentemente soluções;

c) Tomar decisões com embasamento;

d) Definir metas e padrões;

e) Reduzir custos mantendo a qualidade dos serviços;

f) Reduzir custos e melhorar a qualidade dos serviços;

g) Coletar informações e auxiliar no controle do gerenciamento;

h) Melhorar o uso dos recursos disponíveis;

i) Encontrar novas ideias.

Com este entendimento, não há dúvidas que os indicadores são um

importante aliado dos gerentes. Entretanto, fazer indicadores de desempenho é um

desafio e exige coleta, monitoramento e comunicação dos dados; é parte essencial

do processo manter atualizadas estas informações. Portanto, os próximos itens

tratam dos processos para o desenvolvimento dos indicadores, buscando formas

eficientes para a criação dos mesmos.

4.1 Processos de desenvolvimento dos indicadores de desempenho

Os processos de desenvolvimento dos indicadores de desempenho são

cíclicos e sua criação foi baseada no fluxograma, conforme ilustrado na figura 10,

em síntese os processos são compostos por:

Propósito, objetivos, desenvolvimento, implementação, coleta de dados,

resultados, verificação e revisão todos relacionados aos indicadores de

desempenho.

Dessa maneira, abaixo é explicado cada componente do processo.

Page 33: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

33

Figura 10 – Fluxograma para desenvolvimento de indicadores de desempenho

Fonte: O autor (2015)

Propósito:

No primeiro momento é importante verificar qual a utilidade do indicador, ou

seja, o que o empreendimento deve oferecer, quais serviços, com que qualidade,

quais utilidades devem pertencer ao seu escopo, quais são os processos, qual o tipo

de negócio e qual é o propósito. Com estes itens estabelecidos busca-se

desenvolver os objetivos e escopo dos indicadores de desempenho.

Objetivos:

Os objetivos devem ser claros e estar em concordância com os objetivos

estratégicos do negócio, indicadores que não estejam em acordo com o propósito

servem apenas como gastos de recursos e não auxiliam nas tomadas de decisões e

melhorias.

Objetivos descritos instituem o escopo. Este será concretizado de acordo

com os objetivos e deve ressaltar o que constituirá os itens que serão medidos,

efetuando comparações, estipular com o que e qual; e com que frequência realizará

as medições. Assim como os objetivos, os indicadores para serem efetivos

necessitam de clareza e discernimento quanto sua relevância.

Desenvolvendo indicadores:

Para desenvolver os indicadores de desempenhos é importante saber os

pontos que são importantes e que se deseja controlar, conforme descrito acima está

informação fica vinculada ao escopo. Dessa forma, com o escopo determinado,

passa-se para a próxima etapa que é usar métricas, ou seja, representações

Page 34: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

34

quantitativas e qualitativas que permitirão avaliar o avanço e as deficiências dos

processos dos sistemas, que por meio de uma análise crítica indicarão possíveis

correções para os dias atuais, bem como auxiliarão no planejamento futuro.

Diante o exposto, a elaboração do desempenho engloba:

a) Dimensões de desempenho que sejam relevantes;

b) Desempenho padronizado, bem como normas e expectativas integradas com

os variados níveis de desempenho;

c) Ao avaliar o desempenho as restrições devem ser levadas em consideração;

d) Os níveis de desempenho ou gradientes devem ser delimitados;

e) Estabelecimento de medidas de desempenho sejam elas baseada em

padrões absolutos ou comparativos.

Implementando:

Estando os indicadores estabelecidos e suas métricas estipuladas agora faz-

se necessário a distribuição mediante as atividades, ou seja, distribuir conforme a

área de alcance. Assim, tem-se para a área de gestão de espaço a utilização de um

indicador qualitativo medindo a satisfação do cliente / usuário, no caso da área de

manutenção pode-se utilizar um indicador quantitativo, como por exemplo: medir as

falhas dos equipamentos, e assim por diante.

Coleta de dados:

Elaborados os indicadores, coletam-se as informações que estarão

embutidas nos mesmos. Alem das informações é preciso saber avaliar os dados.

Uma vez que os dados foram coletados é importante validar, para tanto os campos

que não estiverem completos precisam ser checados. Toda informação deve ser

pertinente aos quesitos impostos pelos indicadores, estes podem ser coletados por

meio de questionários, listas, “walkthrough”, avaliação pós-ocupação, entrevistas e

outros meios.

Resultados / verificação:

Com os indicadores preenchidos pode-se avaliar os resultados. No primeiro

momento entende-se que os resultados compõem um histórico, por meio da

avaliação dos históricos, e em alguns casos aferindo os indicadores de organizações

Page 35: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

35

similares (“benchmarking”), consegue determinar as alterações possíveis e

aceitáveis dos indicadores alem de encontrar presumíveis “gaps”.

Os “gaps” podem ser negativos ou positivos, quando negativos indicam que

existe algum problema e quando positivos significa que os resultados adquiridos

estão melhores do que o esperado. Quando identificado os “gaps” é recomendado

elaborar um plano de ação para eliminar ou amenizar.

Revisão:

O plano de ação faz parte da revisão e deve conter a descrição dos “gaps” e

dos objetivos, em função de melhorias para o mesmo. Uma vez elaborado o plano

ação, após etapa de implementação e execução, é importante controlar os

resultados avaliando se conseguiu atingir o esperado ou não. Não estando de

acordo com o estabelecido deve-se iniciar outro plano de ação com novas ideias,

implementar e verificar novamente. Está etapa deve ser retomada toda vez que não

forem atingidos os resultados dos indicadores conforme titulado.

Os indicadores que não tenham mais propósito diante da organização

devem ser eliminados e à medida que os resultados são ultrapassados se faz

necessário rever o indicador. Indicadores novos devem ser criados toda vez que se

tornar necessário, sejam por inovações tecnológicas, trocas dos equipamentos,

novas instalações, mudança na legislação, entre outras.

Na coleta de dados verificam-se alguns modelos para se obter as

informações de acordo com os indicadores de desempenho, no entanto, para um

melhor entendimento e aplicabilidade os próximos itens serão dedicados a estes

modelos.

4.2 Avaliação pós-ocupação

A avaliação pós-ocupação tem como intuito instituir o desempenho do

ambiente de trabalho apropriado às necessidades básicas de saúde, conforto, bem

estar e segurança. Esta ferramenta quando aplicada avaliza o desempenho

instituído a todas as atividades, como qualidade dos projetos e utilização apropriada

da edificação.

Rheingantz et al. (1997) definem “ Avaliação Pós-Ocupação - APO é um

processo sistematizado e rigoroso de avaliação de edifícios, passado algum tempo

Page 36: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

36

de sua construção e ocupação. A APO focaliza os ocupantes do edifício e suas

necessidades, a partir das quais elabora insights sobre as consequências das

decisões de projeto na performance da edificação. Este procedimento constitui-se na

base para a criação de edifícios melhores no futuro”.

Desse modo é indicado realizar a avaliação após um período maior que três

anos de ocupação para avaliar se os mesmos estão correspondendo com as

necessidades da organização e seus usuários / clientes. As informações são

comumente coletadas por meio de entrevistas (individuais e / ou grupos focais),

análise de “walkthrough”, questionários, observações, análise de desenhos e

medições; os resultados adquiridos são elementos quantitativos e qualitativos de

análise e se referem aos aspectos positivos e negativos da edificação. Com os

resultados pode-se compreender as características dos desempenhos, aplicar

melhorias e direcionar os projetos futuros para um melhor atendimento das

necessidades em questão.

A Avaliação Pós-ocupação organiza-se conforme segue:

a) Técnico-Construtiva e Conforto Ambiental – materiais e técnicas construtivas,

e conforto ambiental;

b) Técnico-Funcional – desempenho do espaço;

c) Técnico-Econômica – relação custo / benefício;

d) Técnico-Estética – cores, texturas, etc.

e) Comportamental – visão do usuário.

f) Estrutura Organizacional – problemas de ordem funcional ou gerencial da

organização.

A avaliação pós-ocupação abrange diversas áreas que influenciam de forma

significativa o comportamento e rendimento de seus usuários, por isso a prática de

utilização traz benefícios e agrega o desempenho da edificação.

4.3 Questionários

Os questionários são normalmente aplicados quando se deseja avaliar a

satisfação dos usuários / clientes, quanto ao ambiente de trabalho, instalações e

serviços. Faz parte do desenvolvimento análises do ambiente e observações,

identificação dos aspectos de influência, número de pessoas e identificações de

Page 37: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

37

desempenho conforme perspectivas dos gestores e clientes (usuários, visitantes e

proprietários).

Os questionários podem ser aplicados de forma virtual, através de sites

específicos e e-mail, ou por meio de impressão de papel. Após aplicação para

facilitar o processo de análise dos resultados, cria-se tabelas de classificação de

acordo com as respostas obtidas. A figura 11 representa um modelo de questionário

aplicado numa avaliação de pós-ocupação.

Figura 11 – Avaliação Pós Ocupação

Fonte: O autor (2014)

Page 38: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

38

4.4 Lista de verificação

As listas de verificação auxiliam na execução da manutenção, aparência das

instalações, na avaliação pós-ocupação, “walkthrough”, projetos e outros. Podem ser

padronizadas de acordo com os objetivos pretendidos e ser inclusas em cada etapa

do processo. Após a checagem, a lista apresentará medidas tomadas ou a serem

tomadas, caso algum item contido não esteja conforme previsto. Esta ferramenta

ajuda no processo de melhoria e complementa os indicadores de desempenho,

exemplificando ver figura 12.

Figura 12 – Modelo Lista de Verificação

Fonte: O autor (2015)

4.5 Walkthrough

O “walkthrough” são rotinas de visitas estabelecidas para as diversas partes

que compõe o empreendimento. Para efetuar a análise é importante elaborar um

plano de ação com o objetivo de apresentar diretrizes, recursos materiais e humanos

visando um melhor desenvolvimento. Fichas descritivas contendo informações dos

pontos a serem verificados, pessoas qualificadas, máquina fotográfica e outros que

se fizerem necessário para o bom aproveitamento da análise. Elaborar um relatório

após a atividade faz valer as características apresentadas e estabelece pontos

focais de reparo e / ou melhoras, de tal modo, permite verificar e prevalecer-se de

possíveis oportunidades encontradas conforme os resultados obtidos.

4.6 Benchmarking

Page 39: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

39

É parte de um processo onde se procura conseguir atingir melhores níveis

de desempenho por meio de comparações similares de mercado. É a forma de

comparar os seus serviços com relação aos de outras organizações semelhantes

envolto por tipo de serviço prestado, satisfação do cliente, custo, forma de

fornecimento, etc.

Esta ferramenta é aplicada para:

a) Melhorar contínuamente diante da busca de melhores práticas;

b) Aprender com as outras organizações;

c) Justificar possíveis diferenças no mercado;

d) Melhorar a eficiência e eficácia da organização;

e) Encontrar novas formas de se prestar serviços;

f) Manter a organização atuante e competitiva no mercado.

E deve ser utilizada quando:

a) O objetivo é melhoria contínua;

b) O foco é a prestação de serviços futuros;

c) Quer melhorar o desempenho.

Segundo a norma EN 15221 parte 7, “benchmarking” pode assumir quatro

diferentes formas dependendo do ponto de vista a ser levado em consideração,

assim:

a) A pessoa que estará realizando o processo de “benchmarking”, como:

− Cliente ou gestor de facilidades;

− Gestor de facilidades da organização ou prestadores de serviços.

b) Objetivos dos processos de “benchmarking” ,conforme o ponto de vista da

pessoa que estará realizando o processo:

− Buscar novas ideias;

− Coletar informações com intuito de auxiliar na tomada de decisão, assim

como resolver possíveis competitividades de mercado;

− Minimizar custos, mas mantendo a mesma qualidade dos serviços

entregues e/ou recebidos;

− Manter os custos parecidos, no entanto melhorar a qualidade dos serviços

entregues e/ou recebidos;

− Aperfeiçoar os recursos utilizados.

Page 40: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

40

− A organização está avaliando realizar o “benchmarking” para os processos

de gestão de facilidades.

c) O “benchmarking” deve:

− Fazer comparações de acordo com os mesmos setores, ou em casos que

não sejam possíveis, procurar por atividades primárias similares;

− Fazer comparações de acordo com outros setores ou atividades primárias

similares, este caso é comumente utilizado quando se pretende encontrar

novas possibilidades de melhorias.

4.6.1 Tipos de benchmarking

Conforme a norma EN 15221 parte 7, os tipos de benchmarking são

utilizados conforme as necessidades e propósitos da organização, para tanto tem-

se:

Figura 13 – Tipos de benchmarking

Fonte: Adaptado da norma EN 15221 parte 7

Onde:

a) Conteúdo

− Benchmarking estratégico é utilizado para avaliação estratégica, auxiliando

os gestores nas tomadas decisões, na alocação de recursos, no

alinhamento com os objetivos da organização, na revisão de investimentos

e no planejamento;

− Benchmarking para processos tem como foco melhorar a efetividade dos

processos, estas traduzindo em melhorias na entrega de serviços,

minimização de riscos, verificação quanto ao atendimento das normas e

legislações vigentes, priorizar possíveis problemas encontrados, entre

outros;

− Benchmarking de desempenho são dados quantitativos ou qualitativos

comumente utilizados para verificação do desempenho de propriedades,

Page 41: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

41

custos, meio ambiente, satisfação do usuário / cliente, espaço corporativo,

instalações e outros.

b) Medida

− Benchmarking quantitativo são dados tangíveis e mensuráveis tipicamente

objetivos e comumente utilizados em rotinas comuns da organização, tais

como: custos de operação e capital, avaliação dos espaços e impactos

ambientais;

− Benchmarking qualitativo são dados intangíveis e tipicamente subjetivos,

utilizados em rotinas comuns da organização com foco nos usuários.

Basicamente faz menção a qualidade dos serviços prestados, satisfação

dos usuários e produtividade.

c) Comparador

− Benchmarking interno é quando se tem a comparação entre departamentos

ou unidades de negócios da própria organização;

− Benchmarking concorrente é quando busca a comparação entre outras

organizações concorrentes identificando as vantagens competitivas,

qualidade dos serviços e despesas financeiras;

− Benchmarking intersetorial é quando busca a comparação entre

organizações de outros setores buscando melhores práticas de

desempenho.

d) Domínio

− Benchmarking local é quando busca a comparação de níveis de

desempenho local;

− Benchmarking nacional é quando busca a comparação de níveis de

desempenho nacionais;

− Benchmarking internacional é quando busca a comparação de níveis de

desempenho internacionais, usa-se como referência outras nacionalidades.

e) Frequência

− Benchmarking um dado momento explora o desempenho de certo

momento para encontrar oportunidades e desafios de melhorias;

− Benchmarking de um período verifica o status de um intervalo diante o

período, tipicamente utilizados nas rotinas dos processos;

Page 42: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

42

− Benchmarking contínuos baseado em medições contínuas verificando o

comportamento dos desempenhos.

4.7 Servibilidade

A importância da servibilidade surgiu em 1995 quando a American Society

for Testing and Materials - ASTM desenvolveu e normalizou o conceito. A norma

ASTM E1662-95a define servibilidade como sendo a capacidade que um edifício

possui ao desempenhar a função para qual foi projetado, é usado ou solicitado para

ser usado.

Em síntese, as edificações devem prover condições estruturadas para seus

usuários desenvolverem suas atividades da melhor forma possível, para isso a

servibilidade traduz em competência o que a edificação dispõe para desempenhar

este papel. Com o uso do conhecimento de servibilidade os gestores tem a

possibilidade de melhorar os pontos não atendidos diante a demanda e oferta, ou

seja, verificando se os pontos divergentes entre a entrega de serviço e como este é

percebido pelos seus usuários podem ser creditados em formas de melhorias ou

simplesmente retirados.

A norma de servibilidade proposta pela ASTM basicamente propõe o uso de

questionários para avaliar os serviços entregues e condições dos suportes

proporcionados pela edificação, segundo a visão de seus usuários / clientes.

Este processo de avaliação traduz em informações para tomadas de

decisões estratégicas, auxiliando os gestores no planejamento estratégico, bem

como é uma ferramenta de desempenho de grande valia para o desenvolvimento

das atividades e busca de melhorias.

Page 43: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

43

5 EXCELÊNCIA EM GERENCIAMENTO

A excelência no gerenciamento aborda características determinantes

quando a organização está buscando altos índices de eficiência e eficácia na

entrega dos serviços. Trata-se em desenvolver um planejamento estratégico,

implementar este planejamento, operar, controlar, ajustar e melhorar conforme as

mudanças dos meios, estas podem ser operacionais, políticas, regulatórias e

ambientais.

Segundo Wittaker e Shouse (2013) “alguns dos atributos chaves para

organizações de alto desempenho devem incluir:

a) Abordagem estratégica para o futuro da organização;

b) Alto nível estratégico e habilidades de planejamento;

c) Forte conhecimento dos seus “stackeholders”;

d) Processos sólidos para realização das atividades;

e) Processo de melhoria continua;

f) Compromisso com o desenvolvimento dos seus funcionários”.

Logo, a excelência é um conjunto de princípios e valores que são

incorporados por uma organização, sendo praticadas no seu dia-a-dia em todos os

níveis de funcionamento e atuação e com todos os seus clientes, sejam internos ou

externos.

O processo de excelência visa transformar o ambiente de trabalho em

acessível, seguro, saudável e sustentável, estes são escopo dos gerentes de

facilidades. Os gerentes de facilidades atingem a excelência no gerenciamento

quando desenvolvem e implementam os processos conforme o planejamento

estratégico. O sucesso é visível quando os serviços entregues são mantidos dentro

de um índice estabelecido para as áreas de segurança, saúde, bem estar,

produtividade no trabalho, sustentabilidade e operam com custos eficientes.

Parte da busca por excelência são os processos de melhorias e a integração

sistêmica das atividades aplicadas na organização, com a uso da auto-avaliação

tem-se planos para o presente e futuro mantendo a organização competitiva e com

eficiência e eficácia nos serviços entregues.

Mediante estas informações os processos serão estabelecidos por meio de

dois modelos que serão descritos nos próximos itens, sendo: modelo de gestão do

Prêmio Nacional de Qualidade e The Strategic Assessment Model - SAM. O

Page 44: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

44

propósito do uso destas metodologias é fazer a auto-avaliação do gerenciamento, e

dessa maneira, proporcionar o conhecimento e posição do gerenciamento que está

sendo avaliado.

Com a auto-avaliação a organização é capaz de verificar as possíveis

melhorias na busca de excelência e implementar os planos de ação com

embasamento, não desperdiçando recursos e com foco nos resultados.

5.1 Auto-avaliação conforme o prêmio nacional de qualidade

O Prêmio Nacional da Qualidade - PNQ foi criado pela Fundação Nacional

de Qualidade – FNQ, e o processo visa melhorar a qualidade do gerenciamento e

competitividade das organizações do Brasil. No caso, a estrutura servirá como base

para a auto-avaliação do gerenciamento de facilidades em busca da excelência.

Ao avaliar as organizações usa-se o Modelo de Excelência da Gestão -

MEG, este é baseado em treze fundamentos e oito critérios.

Os fundamentos da excelência são: pensamento sistêmico, atuação em

rede, aprendizado organizacional, inovação, agilidade, liderança transformadora,

olhar para o futuro, conhecimento sobre clientes e mercados, responsabilidade

social, valorização das pessoas e da cultura, decisões fundamentadas, orientação

por processos, geração de valor. Os fundamentos são conceitos transformados em

processos gerenciais ou fatores de desempenho.

Os critérios de excelência são: liderança, estratégias e planos, clientes,

sociedade, informações e conhecimento, pessoas, processos e resultados.

Os critérios ajudam a organização a ter um melhor entendimento do seu sistema

gerencial.

A figura 6 representa os oitos critérios e simboliza a organização como um

sistema orgânico e adaptável, interagindo com o ambiente externo. Os meios

voltados para um ambiente de informação e conhecimento interagem-se com foco

nos resultados.

Estes 8 critérios utiliza o conceito de aprendizagem e melhoria contínua,

conforme o ciclo PDCL (Planejamento, Execução, Verificação e Aprendizagem).

Page 45: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

45

Figura 14 – Modelo de Excelência da Gestão

Fonte: Critérios de excelência (2010)

Cada critério de excelência representa uma pontuação, conforme segue:

a) Liderança: 110 pontos

− O critério Liderança está dividido em três subitens, sendo Governança

Coorporativa com 40 pontos, Exercício da Liderança e Promoção da

Cultura da Excelência com 40 pontos e Análise do Desempenho da

Organização com 30 pontos.

− O critério Liderança aborda processos gerenciais que contribuem para

excelência da organização sob sua direção, avalia as lideranças e como

elas se comportam como um todo, avalia o desempenho operacional e

estratégico da organização e o controle de resultados sob sua direção.

b) Estratégia e Planos: 60 pontos

Page 46: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

46

− O critério Estratégia e Planos está dividido em dois subitens, sendo

Formulação das Estratégias com 30 pontos e Implementação das

Estratégias com 30 pontos.

− O critério Estratégia e Planos aborda processos gerenciais que contribuem

para concepção e execução das estratégias, desenvolvimento de

desempenhos para dar o suporte necessário às estratégias, como os

planos de ação asseguram o atendimento das estratégias e como estes

são controlados.

c) Clientes: 60 pontos

− O critério Clientes está dividido em dois subitens, sendo Imagem e

Conhecimento do Mercado com 30 pontos e Relacionamento com Clientes

com 30 pontos.

− O critério Clientes aborda os processos gerenciais que contribuem no

atendimento das necessidades e expectativas de seus clientes,

conhecimento de mercado e dos clientes atuais e potenciais, e

comunicação dos clientes e mercado.

d) Sociedade: 60 pontos

− O critério Sociedade está dividido em dois subitens, sendo

Responsabilidade Socioambiental com 30 pontos e Desenvolvimento

Social com 30 pontos.

− O critério Sociedade aborda os processos gerenciais que contribuem no

atendimento das necessidades da sociedade e meio ambiente, como a

organização promove o desenvolvimento sustentável e o desenvolvimento

social das comunidades que são vizinhas da organização.

e) Informações e Conhecimento: 60 pontos

− O critério Informações e Conhecimento está dividido em dois subitens,

sendo Informações da Organização com 30 pontos e Ativos Intangíveis e

Conhecimento Organizacional com 30 pontos.

− O critério Informações e Conhecimento aborda como os processos

gerenciais disponibiliza e retém as informações, como transfere estas

informações e os conhecimentos de forma precisa, concisa e segura para

seus usuários e como desenvolvem e protegem seus ativos intangíveis

que são os geradores de diferenciais competitivos.

Page 47: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

47

f) Pessoas: 90 pontos

− O critério Pessoas está dividido em três subitens, sendo Sistemas de

Trabalho com 30 pontos, Capacitação e Desenvolvimento com 30 pontos

e Qualidade de Vida com 30 pontos.

− O critério Pessoas aborda como os processos gerenciais contribuem para

o alto desempenho das equipes e pessoas, como desenvolvem e

capacitam seus colaboradores e como criam um ambiente seguro e

saudável de acordo com as satisfações pessoais.

g) Processos: 110 pontos

− O critério Processos está dividido em três subitens, sendo Processos

Principais do Negócio e Processos de Apoio com 50 pontos, Processos

Relativos a Fornecedores com 30 pontos e Processos Econômico-

Financeiros com 30 pontos.

− O critério Processos aborda como os processos gerenciais implementam

seus processos principais dando o suporte necessário para os negócios e

aos apoios, como atendem as expectativas e o comprometimento das

partes interessadas e como comportam a parte econômica e financeira da

organização.

h) Resultados: 450 pontos

− O critério Resultados está dividido em seis subitens, sendo Resultados

Econômico-Financeiros com 100 pontos, Resultados Relativos a Clientes

e ao Mercado com 100 pontos, Resultados Relativos à Sociedade com 60

pontos, Resultados Relativos às Pessoas com 60 pontos, Resultados

Relativos a Processos com 100 pontos e Resultados Relativos a

Fornecedores com 30 pontos.

− O critério Resultados aborda os resultados da organização sendo:

econômico e financeiro, sociedade, clientes e mercados, responsabilidade

socioambiental e desenvolvimento social, capacitação e desenvolvimento

da qualidade de vida no ambiente de trabalho, processos do negócio e de

apoio e fornecedores. Acompanham as tendências e séries históricas

como comparativo, e verificam o desempenho das partes interessadas.

A pontuação deve ser somada no final, e com o resultado, conforme a tabela

1 de maturidade do gerenciamento, a organização pode verificar a maturidade do

Page 48: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

48

gerenciamento. Encontra-se na Faixa de Pontuação números de um a nove, para

cada nível de pontuação tem-se as descrições da maturidade do gerenciamento.

Tabela 1 – Maturidade do Gerenciamento

Faixa de Pontuação

Número

Valor da Pontuação

Número 9 851 - 1000 8 751 - 850 7 651 - 750 6 551 - 650 5 451 - 550 4 351 - 450 3 251 - 350 2 151 - 250 1 0 - 150

Fonte: Adaptada Critérios de excelência (2010)

Está metodologia pode ser aplicada para qualquer organização e de

qualquer porte, pois como visto, o modelo serve como referência de aprendizado,

levantando questionamentos, permitindo reflexão sobre o gerenciamento e ajustes

das práticas e conceitos da organização em avaliação. A aplicação da metodologia

permite atingir a excelência nas operações de gerenciamento de facilidades, assim

transformando as organizações em mais competitivas.

5.2 Auto-avaliação conforme o modelo de avaliação estratégica

O propósito da APPA, Leadership in Educational Facilities, é fornecer

excelência educacional treinando, adaptando, melhorando e transformando. A

organização APPA criou The Strategic Assessment Model - SAM que é um método

de melhoria contínua utilizada para alcançar excelência organizacional. O modelo

utiliza dados para criar indicadores de desempenho de acordo com as competências

das organizações.

Os gestores de facilidades podem utilizar o modelo para fazer uma auto-

avaliação do gerenciamento, melhorando os desempenhos, fazendo comparações

com outras organizações e podendo iniciar o processo de excelência no

gerenciamento das suas atividades.

Page 49: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

49

O modelo em questão tem quatro perspectivas, sendo: financeira, processos

internos, inovação e aprendizagem, e cliente. Cada perspectiva trata de indicadores

sob a ótica quantitativa, facilitando a auto-avaliação e coleta de dados.

5.2.1 Perspectiva financeira

A Perspectiva financeira está correlacionada com o desempenho financeiro

da organização, visando garantir que os recursos aplicados à operação e

preservação das instalações sejam eficientes e eficazes.

Indicador de Desempenho 1

CRV= Despesas Operacionais Anuais de Facilidades (R$)

Valor de Substituição Atual (R$)

Onde:

• Despesas Operacionais Anuais de Facilidades: são todas as despesas anuais

para se manter e operar as instalações, bem como os custos de

desenvolvimento educacional e os bens de capital geral.

• Valor de Substituição Atual: corresponde ao valor total das despesas,

conforme mencionado acima, necessárias para substituir a condição ideal.

Indicador de Desempenho 2

GSF= Despesas Operacionais Anuais de Facilidades (R$)

Área Total (m²)

Onde:

• Despesas Operacionais Anuais de Facilidades: inclui todas as despesas

anuais para prestação de serviços e manutenções de rotinas vinculadas com

as instalações e terrenos, estes utilizados para o desenvolvimento

educacional e os bens de capital geral. Este item também inclui o orçamento

anual financiado para o funcionamento das manutenções e operações

principais.

Page 50: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

50

• Área total: é o total de espaço educacional e bens de capital geral da

organização correspondente a todos os andares do edifício, no cálculo da

área computa as paredes exteriores, no entanto, exclui os ambientes

corporativos auxiliares.

Indicador de Desempenho 3

GIE= Despesas Operacionais Anuais de Facilidades (R$)

Gastos Institucionais Bruto (R$)

Onde:

• Despesas Operacionais Anuais de Facilidades: inclui todas as despesas

anuais para prestação de serviços e manutenções de rotinas vinculadas com

as instalações e terrenos, estes utilizados para o desenvolvimento

educacional e os bens de capital geral. Este item também inclui o orçamento

anual financiado para o funcionamento das manutenções e operações

principais.

• Gastos Institucionais Bruto: são todos os gastos da organização para fins

educacionais e propósitos gerais, excluindo os gastos com todas as funções

auxiliares.

Indicador de Desempenho 4

CRV=Capital de Renovação+Reabilitação+Despesas Modernização (R$)

Valor Anual de Reposição (R$)

Onde:

• Capital Anual de Renovação e Reabilitação e Despesas de Modernização:

são todas as despesas anuais necessárias para manter em operação as

instalações físicas atuais, considerando as renovações e substituições devido

ao desgaste das instalações.

Page 51: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

51

• Valor Anual de Reposição: são todas as despesas anuais para se manter e

operar as instalações, bem como os custos de desenvolvimento educacional

e os bens de capital geral, necessárias para substituir a condição ideal.

Indicador de Desempenho 5

FCI= Manutenções Deficientes (R$)

Valor Anual de Reposição (R$)

Onde:

• Manutenções Deficientes: está relacionada com os grandes custos adiados

de reparações e substituições das manutenções existentes, no entanto, não

inclui as manutenções projetadas e substituídas, melhorias dos sistemas e

novas construções.

• Valor Anual de Reposição: são todas as despesas anuais para se manter e

operar as instalações, bem como os custos de desenvolvimento educacional

e os bens de capital geral, necessárias para substituir a condição ideal.

Indicador de Desempenho 6

N= Capital Renovação + Manutenção + Renovação e Modernização (R$)

Valor Anual de Reposição (R$)

Onde:

• Necessidades de Capital para Renovação: é o total das despesas, sem incluir

as despesas de renovação das instalações auxiliares, prevendo as

necessidades de restauração da edificação para uma condição ideal

conforme o ciclo de vida de cada sistema, dessa forma apoiando os sistemas

avaliados.

• Necessidades de Manutenções: são os gastos adiados necessários para

atender as manutenções que não foram previstas e que não estão incluídas

na renovação de capital.

Page 52: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

52

• Necessidades de Renovação e Modernização: são todas as despesas

necessárias para atender as exigências de mudanças, sejam elas,

tecnológicas, programadas ou por motivos de legislação e normas.

• Necessidades de Valor Anual de Reposição: são todas as despesas anuais

para se manter e operar as instalações, bem como os custos de

desenvolvimento educacional e os bens de capital geral, necessárias para

substituir a condição ideal.

5.2.2 Perspectiva processos internos

A Perspectiva Processos Internos está relacionada com os serviços

primários, estes devem refletir na entrega de serviços eficientes e conforme as

necessidades do cliente.

Indicador de Desempenho 1

Duração do Ciclo = Horas para Conclusão - Hora de Início do Processo (hr)

Onde:

• Duração do Ciclo: é um indicador que quantifica o intervalo de tempo que

demora a finalizar um processo ou um elemento do processo, tem por

finalidade o tempo de conclusão, mede a capacidade de resposta e eficiência

dos processos.

Indicador de Desempenho 2

MI = Total de Idade de Transações não Concluídas de um Processo (hr)

Número Total de Transações

Onde:

• Média de Idade: é um indicador que quantifica a média de tempo que todas

as transações foram efetuadas, mas que ainda permanecem incompletas.

Page 53: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

53

Mede a capacidade de resposta e eficácia no gerenciamento de transações

dentro de um processo.

Indicador de Desempenho 3

Backlog4 = Número total de Funcionários Horas em Trabalho Incompleto (hr)

Total de Funcionários Para Trabalhos Incompletos x Horas Normais (hr)

Onde:

• Backlog: é um indicador que quantifica a produtividade e a alocação de

recursos. .

Indicador de Desempenho 4

Uso de Energia Térmica = Unidades Térmicas Britânicas (BTU)

Área Total (m²)

Onde:

• Uso de Energia Térmica: é um indicador que quantifica a energia necessária

para a iluminação, aquecimento, refrigeração e operações dos equipamentos

pela área total da organização. Devem-se transformar todos os combustíveis

e eletricidades para o seu respectivo calor (BTU), a fim de totalizar as

energias consumidas na organização. Área total: é o total de espaço

correspondente a todos os andares do edifício.

Indicador de Desempenho 5

EFI= Despesas Anuais em Ações de Eficiência Energética x 100 (%)

Gasto Energético Anual da Organização (R$)

4 Backlog é um resumo histórico referente ao acúmulo de trabalhos num determinado período de tempo.

Page 54: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

54

A Eficiência Energética é um indicador que quantifica todas as despesas

novas, de substituição ou equipamentos de “retrofit”5, e modificações que são

justificadas pela economia com os gastos de energia.

Indicador de Desempenho 6

Estimativa = Tempo ou Custos Reais (tempo ou R$)

Estimativa de Tempo ou Custos (tempo ou R$)

Onde:

• Estimativa: é um indicador que quantifica o tempo ou os custos para se fazer

os trabalhos reais pelo tempo ou custos para se fazer os trabalhos estimados.

Indicador de Desempenho 7

Custos Intangíveis do Projeto = Custos Intangíveis (%)

Custos Totais Reais do Projeto Ajustados

Onde:

• Custos Intangíveis do Projeto: é um indicador que quantifica a porcentagem

de custos intangíveis de um projeto, estes representam os custos necessários

para preparar e finalizar as necessidades não construtivas de um projeto. Os

custos intangíveis são: arquitetura, engenharia, licenças, inspeções,

consultoria e aprovação dos órgãos reguladores, são os custos antes de

iniciar a construção. Quanto menor a porcentagem mais eficiente deve ser o

uso dos recursos do projeto.

Indicador de Desempenho 8

Custos do Projeto = Custos Reais de Arquitetura e Engenharia (%)

Custos Reais Totais do Projeto

5 Retrofit é uma palavra em inglês que refere-se ao processo de revitalização das edificações, sejam modernizações ou readequações das instalações.

Page 55: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

55

Onde:

• Custos do Projeto: é um indicador que quantifica a porcentagem de custos de

arquitetura e engenharia em um projeto, estes representam todos os custos

reais cobrados pelos escritórios de arquitetura e engenharia para um

determinado projeto. Os custos totais do projeto referem-se ao total dos

custos do projeto real, necessários para completar e finalizar o projeto.

Quanto menor a porcentagem mais eficiente deve ser o uso dos recursos do

projeto.

5.2.3 Perspectiva inovação e aprendizagem

A Perspectiva Inovação e Aprendizagem estão correlacionadas com a

criação de um ambiente com um alto nível de desempenho e aprendizagem da

organização, visando garantir que as mudanças relacionadas com a inovação e a

capacidade de ampliar os conhecimentos sejam eficientes e eficazes.

Indicador de Desempenho 1

Ambiente de Trabalho = Total dos Valores Respondidos em uma Pesquisa

Número Total de Respostas da Pesquisa

Onde:

• Ambiente de Trabalho: é um indicador que quantifica a média total de todas

as respostas fornecidas por todos os respondentes.

Indicador de Desempenho 2

HSI = Número Total das Questões Respondidas com Alta Pontuação (%)

Número Total de Questões Respondidas em todos os níveis de Pontuação

Onde:

• Alta Pontuação (HSI): é um indicador que quantifica a porcentagem de

usuários satisfeitos com o ambiente de trabalho, relacionado a uma

determinada pesquisa.

Page 56: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

56

Indicador de Desempenho 3

TBBR = Número de Pontuações mais Altas que a Média

Número de Pontuações mais Baixas que a Média

Onde:

• Coeficiente de Dois Valores Altos Inferiores / Superiores (TBBR) é um

indicador que quantifica a relação entre os funcionários mais satisfeitos com

os insatisfeitos. Em geral a relação deve ser de dois para 1 (2/1), sendo dois

funcionários satisfeitos para cada um insatisfeito. Perguntas não respondidas

e respostas intermediárias não devem ser contabilizadas no cálculo.

Indicador de Desempenho 4

DI = Número de Respostas de uma Questão e um Nível de Pontuação (%)

Número de Respostas para a Questão

Onde:

• Distribuição (DI): é um indicador que quantifica a relação entre um nível

determinado de pontuação em relação à questão analisada. Exemplificando:

se uma determinada questão possui cinco respostas que variam de um a

cinco e analisando as respostas de satisfeitos que estaria no nível cinco, tem-

se como base o percentual de respostas mais satisfeitas para determinada

questão e assim por diante.

5.2.4 Perspectiva cliente

A Perspectiva Cliente está correlacionada com a forma com que a

organização determina as condições necessárias para satisfazer e atender as

expectativas e preferências dos clientes garantindo a entrega de serviços, bem

como avaliando novas oportunidades de melhoria.

Indicador de Desempenho 1

Page 57: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

57

Satisfação do Cliente = Total de Pontos s

Número Total de Respostas da Pesquisa

Onde:

• Satisfação do Cliente: é um indicador que traz conhecimento com relação à

satisfação ou insatisfação dos seus clientes de forma geral, logo, é um fator

crítico de sucesso para avaliar a entrega dos serviços. A relação é feita por

meio da media geral de todas as respostas dos respondentes, sendo a soma

total das pontuações pela quantidade total de respostas.

Indicador de Desempenho 2

HI= Total de Questões da Pesquisa com Respostas de mais Alto Nível (%)

Número Total de Questões Respondidas na Pesquisa

Onde:

• Alta Pontuação (HI): é um indicador que traz conhecimento com relação à

satisfação dos seus clientes. A relação é feita por meio da quantidade total de

questões respondidas com o mais alto nível de satisfação pelo total de

questões respondidas em todos os níveis, perguntas não respondidas não

são consideradas no cálculo.

Indicador de Desempenho 3

TBBR = Números das Pontuações mais Altas do que a Média

Número de Pontuações mais Baixas do que a Média

Onde:

• Coeficiente de Dois Valores Altos Inferiores / Superiores (TBBR): é um

indicador que quantifica a relação entre os funcionários mais satisfeitos com

os insatisfeitos. Em geral a relação deve ser de dois para 1 (2/1), sendo dois

funcionários satisfeitos para cada um insatisfeito. Perguntas não respondidas

e respostas intermediárias não devem ser contabilizadas no cálculo.

Page 58: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

58

Indicador de Desempenho 4

DI= Número de Respostas para uma Questão e um Nível de Pontuação (%)

Número de Respostas para a Questão

Onde:

• Distribuição (DI): é um indicador que quantifica a relação entre um nível

determinado de pontuação em relação à questão analisada. Exemplificando:

se uma determinada questão possui cinco respostas que variam de um a

cinco e analisando as respostas de satisfeitos que estaria no nível cinco, tem-

se como base o percentual de respostas mais satisfeitas para determinada

questão e assim por diante.

Indicador de Desempenho 5

WI = Pontuação de um Atributo x Fator de Ponderação de um Atributo

Onde:

• Ponderação (WI): é um indicador que permite quantificar pesos para cada

atributo que deva estar em destaque na pesquisa, dessa forma, pondera e

divulga os atributos de maior importância com relação às questões, e que

devam estar em atenção e protegidos. A relação multiplica a importância de

um atributo do serviço pelos pesos considerados em uma determinada

questão que aborda o atributo.

Indicador de Desempenho 6

GAP = Avaliação do Nível de Serviço - Expectativa do Nível de Serviço

Onde:

• Análise de Lacuna (GAP): é um indicador que permite quantificar se os

serviços entregues atendem de forma satisfatória ou não as expectativas dos

clientes. É calculado pela diferença entre o nível de serviço que o cliente

Page 59: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

59

espera receber pelo o nível do serviço entregue que o cliente avalia como

recebido. Exemplificando: se um cliente avalia um serviço mais do que

satisfatório, mas esperava receber um serviço satisfatório tem uma diferença

positiva na lacuna, caso a resposta seja contrária ao exposto, à lacuna é

negativa.

Nota-se que existem indicadores iguais, como exemplo, o indicador de

distribuição que está relacionado tanto com as perspectivas de inovação e

aprendizagem quanto cliente. Embora iguais, a abordagem das pesquisas devem

estar focadas para cada perspectiva, dessa maneira, a avaliação e as respostas

adquiridas estão conforme a necessidade de cada perspectiva.

Com os indicadores estabelecidos e a coleta de dados efetuada de forma

concisa utiliza-se a matriz (anexo A) para qualificar os resultados adquiridos, sendo

assim a organização pode verificar em que posição de maturidade está o seu

gerenciamento.

Após a verificação e leitura de cada indicador, tem-se dados reais que

permitem iniciar os processos de melhoria contínua em busca da excelência, através

de planejamento e planos de ação.

Mediante o exposto, a utilização da metodologia traduz em fortalecimento e

melhorias do gerenciamento, disponibilizando as informações, analisando os

resultados, sistematizando históricos, avaliando os pontos fortes e fracos,

viabilizando mudanças, estabelecendo estratégias para os problemas encontrados,

elaborando ações, implementando os planos de ações e adquirindo transparência do

gerenciamento diante a organização. Assim, entende-se que o processo de

avaliação resultará em excelência no gerenciamento de facilidades.

Page 60: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

60

6 MÉTRICAS DE DESEMPENHO EM GERENCIAMENTO DE FACILIDADES

Indicadores de desempenho bem estabelecido no campo do gerenciamento

de facilidades tornará o gerenciamento mais eficiente e eficaz, sabendo que o

mesmo estabelecerá certos comportamentos que quando ultrapassados ou

diferentes serão o indicativo para pontos de mudanças e / ou melhorias e / ou

manutenção.

Armstrong (2009) define os indicadores de desempenhos como um tipo

especial de métrica e os principais indicadores de desempenho são os resultados ou

desfechos que são identificados como sendo crucial para a obtenção de alta

performance e fornecem a base para a definição dos objetivos e medem o

desempenho.

Desse modo, as métricas de desempenho são elementares para excelência

nas operações de gerenciamento de facilidades, tendo em vista que as mesmas

proporcionarão a visualização das condições dos gerenciamentos que fazem parte

do escopo dos gerentes de facilidades. Veremos alguns exemplos auxiliando o

gerenciamento de facilidades.

6.1 Gerenciamento de espaço

Os espaços de uma organização quando não são bem dimensionados e

distribuídos podem ser um risco para os usuários, bem como improdutivos a níveis e

pessoais e de alocação.

Hoje notamos que a capacidade intelectual do individuo está mais valorizada

diante as organizações, visto que as máquinas não substituem os mesmos e a era

que vivemos está voltada para os serviços de capacidades do individuo. Tendo em

vista sua relevância o ambiente de trabalho passa ser um fator de complemento de

produtividade, segurança, saúde e bem-estar para os mesmos.

O trabalho do gerenciamento de facilidades entra como parte para definir as

necessidades de espaço, sejam elas para o hoje ou para o amanhã. Assim, as

organizações devem estar aptas para mudanças, estando alinhadas ao seu

propósito e as necessidades de mercado e os indicadores de desempenho são uma

Page 61: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

61

ferramenta de auxilio aos gestores de facilidades assegurando tomadas de decisão

estratégica.

Os desempenhos devem ser estabelecidos para todas as atividades

atreladas a gestão de espaço na organização, garantindo a qualidade dos projetos e

utilização adequada da edificação, ou seja, é preciso avaliar os espaços

minimizando ou maximizando os ambientes, buscar a melhor forma de integração

entre pessoas, espaço e equipamentos, realocar quando necessário, disponibilizar

recursos, identificar soluções, simplificar processos e evitar utilizações ineficientes e

ineficazes.

Os indicadores devem ser adequados à realidade praticada na organização,

para um melhor gerenciamento de espaços, conforme seus objetivos estratégicos.

Assim empresas que cobram seus custos de alocação e uso faz-se necessário

utilizar indicadores voltados para facilitar e verificar esta cobrança por departamento.

Abaixo tem-se alguns exemplos de indicadores de suporte a gestão de

espaço, no entanto, estes devem estar de acordo com os objetivos estratégicos de

cada organização, assim:

a) Satisfação dos usuários por meio de análise de questionários;

b) Nível de iluminamento adequado para atividade fim;

c) Condições de temperatura e umidade adequada para atividade desenvolvida;

d) Valor do mobiliário por metro quadrado que pode ser medido através da

utilização do valor residual do mobiliário no ano pela área ocupada;

e) Valor do metro quadrado:

− valor da energia consumida pela área ocupada;

− valor de toneladas de refrigeração (TR) de ar condicionado pela área

ocupada;

− valor do aluguel pela área ocupada;

− valor do mobiliário pela área ocupada;

− valor da manutenção pela área ocupada;

− custos condominiais e aluguel quando aplicável pela área ocupada.

f) Valor da ocupação por metro quadrado: quantidade de pessoas que ocupam

determinada área;

Page 62: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

62

g) Valor dos recursos utilizados por pessoa: os recursos referem-se ao

computador, programas (pacote Office, Outlook, AutoCad, etc.) e outros

necessários;

h) Taxa de ocupação dos espaços por categoria, verificando espaços vagos e

desnecessários e / ou necessidade de alocação;

i) Quantidade de ativos em desuso por departamento, evitando gastos;

j) Nível de ocupação dos espaços por categoria hierárquica;

k) Solicitações atendidas versus solicitações pendentes;

l) entre outros.

Os indicadores tem o intuito de auxiliar a gestão trazendo benefícios em

forma de melhor alocação, manutenção, custos e atendimento aos usuários. Com o

seu controle e aplicado de forma correta podem detectar desvios e com isto

oportunidades de melhorias e desenvolvimento no ambiente organizacional.

Como meio de avaliar o uso e a adaptabilidade das atividades de gestão de

espaços é preciso utilizar indicadores que sejam dimensíveis e capazes de traduzir a

eficiência e eficácia do sistema.

6.2 Gerenciamento de serviços

Conforme já descrito o mercado atual está cada vez mais competitivo e

exigente por parte dos colaboradores, neste entendimento oferecendo uma gestão

de serviços de qualidade as organizações tendem a se manter no mercado e

garantir sua existência futura, com está visão à busca por modelos gerenciais

distintos e a qualidade de seu patrimônio intelectual são encarados como

diferenciais competitivos e garantia de sobrevivência no mercado.

Os usuários estão cada vez mais conscientes quanto a sua significância

diante a organização e, no entanto mais exigentes quanto à qualidade do

atendimento a suas necessidades.

Pontos que devem ser levados em consideração na gestão de serviços:

a) Foco no usuário;

b) Trabalho em equipe;

c) Decisões tomadas diante os dados e fatos apresentados;

d) Melhorias constantes;

e) Apresentar soluções inteligentes para os problemas;

Page 63: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

63

f) Evitar ou zerar as falhas nos serviços prestados.

Estes pontos dão direcionamento a mudanças de comportamento e atitudes

diante a organização e estabelecem prioridades distintas de desempenho e

aprimoramento contínuo nos processos.

Os gestores de facilidades podem atuar em diversas áreas da gestão de

serviços, este vai depender do organograma da organização e distinção das divisões

de serviços para realização de suas atividades, o principal é garantir o bem estar de

seus usuários no ambiente de trabalho. Seguem alguns serviços:

a) Arquivamento de documentos;

b) Limpeza e conservação;

c) Help desk;

d) Paisagismo;

e) Segurança;

f) Copa e restaurante;

g) Controle de acesso;

h) Transporte;

i) Recepção;

j) Disponibilização de salas de reuniões;

k) Mensageria;

l) Atividades de apoio;

m) Treinamento;

n) Gestão de terceiros.

Os serviços podem ser feitos por funcionários contratados ou terceirizados,

dependendo do foco da empresa. Os gestores de facilidades devem tomar cuidado

quando contratar terceirizados, tendo em vista que os mesmos devem ter

conhecimento do que se espera receber do serviço contratado. As maiorias das

decisões ficam estabelecidas no intuito de reduzir os custos e na verdade o maior

fator de se contratar terceiros é que estes podem oferecer um serviço altamente

qualificado, de acordo com suas necessidades, traz sua expertise para dentro da

organização, flexibilidade nos funcionários e estão abeis para fornecer rapidamente

as necessidades requeridas quando solicitados.

Para tanto a gestão de facilidades no aporte dos serviços, sejam contratados

ou terceirizados, devem ter indicadores de desempenho funcionais para a

averiguação dos serviços entregues, assim tem-se:

Page 64: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

64

a) Satisfação dos usuários: por meio de análise de questionários;

b) Número de ordens de serviços abertas versus atendida;

c) Quantidade de treinamentos oferecidos pela a quantidade de pessoas

qualificadas;

d) Capacitação mínima entregue de acordo com o nível.

e) Nível de limpeza entregue pela exigida, pode-se usar uma lista de verificação

para se chegar ao índice conforme necessidade;

f) Quantidade de rondas de segurança pela quantidade exigida;

g) Número de acidentes;

h) Índice de absenteísmo da equipe;

i) Rotatividade da equipe;

j) Reposição do pessoal faltante;

k) Qualidade da apresentação do pessoal;

l) Efetividade no cumprimento das atividades programadas. Execução das

atividades previstas em sua totalidade de acordo com os prazos

predeterminados. Atividades programadas pelas atividades realizadas;

m) Número de reclamações por período;

n) Tempo de retorno de pendências pelas solicitações;

o) Número de horas extras por categoria;

p) Tempo até o atendimento da chamada;

q) Porcentagem de chamadas abandonadas.

6.3 Gerenciamento de manutenção

A gestão de manutenção tem como intuito manter em condições aceitáveis

as instalações e equipamentos de forma a assegurar o bom funcionamento dos

mesmos. Boa parte das empresas acredita que a manutenção está relacionada

apenas com custo, no entanto faz parte da boa manutenção manter em condições

adequadas ao ambiente de trabalho, assim traduzindo em ganhos de produtividade.

O principal objetivo da gestão da manutenção é tornar a mesma um

laboratório, compreendendo o porquê das intervenções, quais são as quantidades

de horas necessárias para que cada necessidade seja atendida, o que fazer para

eliminar estes problemas ou como contorná-los para que se minimizem as

intervenções.

Page 65: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

65

A manutenção pode ser:

a) Corretiva - manutenção realizada quando o equipamento está defeituoso ou

quando deixa de funcionar. Podemos dividir em duas categorias: planejada

quando por ordem estratégica ou por acompanhamento da manutenção

preditiva o reparo só é feito mediante falhas e a não planejada onde

acontecem as falhas sem aviso e é necessário fazer o reparo.

b) Preventiva - manutenção que engloba toda ação de controle e monitoramento

com a finalidade de minimizar ou prevenir falhas no desempenho de

equipamentos.

c) Preditiva - manutenção realizada por períodos programados e cotrolados,

baseia-se nos históricos de cada componente presente no equipamento, seus

componentes são substituídos ou reparados aproveitando ao máximo sua vida

útil e realizando a troca antes de falharem.

d) Detectiva - manutenção que atua em sistemas de proteção ou comando por

meio de detecção de falhas ocultas ou não perceptíveis.

As organizações devem estabelecer os tipos de manutenção que melhor

atenda suas necessidades conforme seus sistemas, estes podem utilizar-se de

todos ou escolher aqueles que se enquadram nas suas especificações.

A gestão de manutenção assim como a gestão de serviços pode ser

realizada por meio de profissionais contratados ou terceirizados. Com a gestão de

manutenção sendo efetuada de forma correta é possível atingir reduções

consideráveis nos impactos com os gastos, utilizando-se de estratégias que

remetem as organizações.

Os indicadores de desempenho para estas atividades tornam-se de suma

importância para manter um bom funcionamento dos sistemas, bem como evitar

gastos desnecessários. Dessa forma, tem-se:

− Satisfação dos usuários: por meio de análise de questionários;

− Número de ordens de serviços abertas versus atendida;

− Índice de absenteísmo da equipe;

− Rotatividade da equipe;

− Reposição do pessoal faltante;

Page 66: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

66

− Efetividade no cumprimento das atividades programadas. Execução das

atividades previstas em sua totalidade de acordo com os prazos

predeterminados. Atividades programadas pelas atividades realizadas;

− Número de reclamações por período;

− Tempo de retorno de pendências pelas solicitações;

− Número de horas extras por categoria;

− Tempo até o atendimento da chamada;

− Porcentagem de chamadas atendidas;

− Efetividade de cumprimento do PMOC. Executar as atividades previstas no

PMOC em sua totalidade nos prazos predeterminados. Atividades

programadas pelas realizadas.

− Índice de disponibilidade técnica;

− Tempo médio entre falhas, total de horas de funcionamento adequado pelo

tempo de parada;

− Tempo médio de reparo, soma dos tempos de reparos pelo número de

paradas no período definido;

− Temperatura média dos ambientes, soma das temperaturas coletadas pelo

número de coletas.

6.4 Gerenciamento de sustentabilidade

A gestão de sustentabilidade ainda é pouco difundida no Brasil, no entanto,

vem ganhando força com os chamados edifícios verdes, onde a eficiência e a

eficácia aliada com técnicas de sustentabilidade são fatores agregadores a gestão

de facilidades, bem como implica na redução de custos. É parte do trabalho dos

gestores de facilidades tornarem o ambiente de trabalho e o entorno habitável,

seguro, confortável e produtivo.

No século vinte e um, o empreendedorismo sustentável vem ostentando

integralmente seu comprometimento com a transformação dos recursos naturais,

transformando seus convencionais métodos de gestão em uma visão sistêmica. Na

programação do Terceiro Milênio os Estados, empresas, sociedade e as entidades

sem fins lucrativos deverão discutir o desafio de buscar soluções quanto à

Page 67: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

67

preservação ambiental, o aumento da produção e o desenvolvimento de matrizes

energéticas.

Com está visão a sustentabilidade vem sendo incorporada nas empresas e

se intensificando dentro da sociedade e das políticas ambientais, criando um papel

fundamental para a continuidade da empresa e ajudando na criação de uma

vinculação positiva de sua imagem.

Alguns aspectos que devem ser levados em consideração na gestão de

facilidades com foco na sustentabilidade.

Eficiência energética

O controle e monitoramento aliado a técnicas de melhoria contínua podem

gerar ganhos consideráveis na redução dos custos, como meios de melhorar as

arquiteturas deficientes em forma de conservação dos recursos.

Pode-se notar em grandes centros do Brasil, edifícios repletos de vidros em

sua fachada, o que se ganha em luminosidade perde-se em outros fatores, por parte

da iluminância tem-se a adequabilidade para o bom uso, mas a quantidade de calor

retido por meio de radiação e convecção torna os edifícios uma estufa sendo

necessário o uso dos condicionadores de ar em plena carga, assim os

equipamentos são maiores e consequentemente maiores são os custos com

energia.

Portanto um edifício é mais eficiente que outro quando proporciona as

mesmas condições ambientais que outro com menores custos de energia. Utilizar

equipamentos e componentes mais eficientes trás um retorno por um longo período.

Países tropicais, onde se tem muita radiação solar o uso de fachadas de

vidros remete em maiores gastos, embora hoje, encontremos no mercado vidros

com bom desempenho diante os raios solares, ainda assim os custos são maiores

quando comparamos com arquiteturas voltadas para questões sustentáveis.

Uso racional da água

A escassez de água é uma realidade e fazer o bom uso é garantir que as

gerações futuras possam desfrutar deste recurso natural que é essencial para a

sobrevivência e conforto da raça humana.

Page 68: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

68

O bom senso por parte das pessoas aliado as técnicas tornam seu uso

consciente, assim medidas simples podem ser grandes geradores de reduções e de

grande valia para a conservação deste recurso natural.

Reaproveitamento de águas pluviais, reuso de águas de cinzas, troca de

bacias sanitárias, torneiras com uso de restritores de vazão e válvulas de descargas

são exemplos de medidas para tornar o uso da água mais racional.

Coleta seletiva

Os resíduos podem ser considerados como toda matéria ou energia

inventada pelo homem e que após sua utilização não é reintegrada no meio

ambiente. Sendo os resíduos resultantes das atividades diárias dos homens em

sociedade, o crescimento populacional, implica no aumento do desenvolvimento

industrial, este em decorrência do consumismo que determina as sociedades atuais.

Assim gerando uma demanda por bens de consumo maior o que procede em

consideráveis volumes de resíduos.

Com está mentalidade podemos analisar os problemas originados pelos

descartes ineficientes dos lixos gerados e notamos a importância da minimização

desses resíduos sólidos através da redução, reuso e reciclagem do lixo. Com estas

medidas pode-se obter uma série de benefícios, tais como:

a) Redução da contaminação da água, do ar e do solo;

b) Diminui a utilização da energia elétrica;

c) Os aterros sanitários podem aumentar seu tempo de vida;

d) Redução na extração dos recursos naturais;

e) Os custos da produção são reduzidos com o reaproveitamento dos materiais

recicláveis pelas indústrias;

f) Geração de empregos melhorando a renda das famílias beneficiadas;

g) Diminuição da camada de ozônio com aumento dos gases do efeito estufa.

Não são apenas os lixões que estão contribuindo para este embate

ecológico que vem ocorrendo no planeta, este processo deu início na época da

revolução industrial e foi se intensificando com o passar dos tempos, hoje

enfrentamos diversos problemas, um exemplo da consequência destes atos são as

mudanças climáticas globais e seus reflexos regionais.

Escolha de materias e mobiliário

Page 69: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

69

Os gerentes de facilidades ao especificar os materias que devem compor

toda a edificação deve pensar nos bens gerados, tais como: escolha de tintas menos

tóxicas (visando a qualidade do ar interior), madeiras de reflorestamento, mobiliários

ergonômicos (com intuído do bem estar dos usuários), peças de fácil reposição,

produtos de limpeza bio degradáveis e quando possível materiais reciclados.

Acessibilidade

Embora entre na gestão de espaços a acessibilidade permitida no entorno

das edificações são de grande valia para se fortificar as relações com a sociedade.

Diante desse quadro o crescimento econômico sustentado implica na

redução do uso de matérias primas, energia, recursos naturais e abrange uma

tendência de potencialização das práticas sustentáveis. É importante e necessário

desenvolver uma nova concepção diante estes quesitos, reproduzindo-a de tal forma

que não seja encarada como uma restrição ou despesa e sim como um bom

investimento a longo prazo.

Para tornar a gestão de sustentabilidade palpável e controlada, ferramentas

como os indicadores de desempenho são de auxílio mutuo, uma vez que quando

encontrados índices distorcidos do esperado pode se procurar soluções alem de

buscar melhorias. Assim tem-se:

a) Número de ordens de serviços abertas versus atendida;

b) Implementação de avaliação pós-ocupação para verificação das condições do

ambiente de trabalho;

c) Percentual de reaproveitamento;

d) Percentual de reciclagem;

e) Percentual de resíduos gerados;

f) Percentual de materiais utilizados proveniente de reciclagem;

g) Quantidade de resíduos por tipo e método de acondicionamento;

h) Custo da água por mês;

i) Volume de água por mês;

j) Volume total de água referente ao tipo de fonte;

k) Percentual e volume de água reciclada versus a reutilizada;

l) Custo na energia por mês;

m) Gasto de energia por mês (kilowatts/mês);

n) Qualidade dos materiais;

Page 70: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

70

o) Número de reclamações por período;

p) Tempo de retorno de pendências pelas solicitações;

q) Avaliação de desempenho dos fornecedores.

Desta forma, tem-se estabelecidos alguns exemplos de métricas de

desempenho que podem ser utilizadas e adaptadas para as mais diversas áreas do

gerenciamento de facilidades, lembrando que cada gerente deve utilizar as métricas

conforme os objetivos estratégicos da organização.

Page 71: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

71

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A autora abordou de forma estruturada conceitos para que os gestores de

facilidades atinjam a excelência em suas operações gerenciais, contemplando as

diversas possibilidades de interação com o meio e proporcionando o suporte

adequado para atingir os objetivos estratégicos da organização.

Inicialmente foi delineado o cenário das mudanças organizacionais e das

edificações considerando o ambiente com rápidas transformações, mediante as

inovações, globalização e o mercado cada vez mais competitivo, resultando na

necessidade de organizações mais eficientes e eficazes e para tanto uma nova

forma de gerenciar foi estabelecida.

Mediante este cenário foi contextualizado o gerenciamento de facilidades,

suas atribuições e as áreas de atuação, bem como um novo comportamento por

parte dos gerentes de facilidades, onde estes, que estavam apenas focados no

operacional passam a inserir estratégia no gerenciamento, dando enfoque na

adequação das necessidades atuais integrando o gerenciamento de desempenho

como parte para atingir a excelência.

Com este entendimento, foram abordados os conceitos de gerenciamento

de desempenho de facilidades com questões relacionadas à sua importância

mediante a nova abordagem gerencial, e dessa forma, criou-se um roteiro para

implementação do gerenciamento de desempenho, onde estes contemplam os pré-

requisitos, o planejamento, execução, avaliação, revisão e análise. A metodologia

enfatiza a visão dos gestores voltados para a estratégia e busca por excelência.

No decorrer do desenvolvimento dos processos para implementação do

gerenciamento de desempenho de facilidades identificou-se a necessidade de gerar

um direcionamento para o desenvolvimento dos indicadores, pois os mesmos são de

suma importância quando se deseja atingir altos índices de serviços entregues.

Dessa maneira, em forma de roteiro foi estabelecido o caminho para a construção

de sistemas de indicadores de desempenho, também procurou-se fundamentar os

modelos de suporte para esta criação.

Com o planejamento desenvolvido e implementado, avalia se o planejado

está conforme o executado utilizando um dos fatores mais importante da excelência,

ou seja, auto-avaliação. Nesta etapa foram abordados os conceitos de excelência e

duas formas de avaliação que ajudam no processo de gerenciamento para atingir

Page 72: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

72

altos índices de desempenho. Assim, utilizando os modelos do Prêmio Nacional de

Qualidade e The Strategic Assessment Model é possível avaliar o gerenciamento e

servem como base para atingir a excelência. Ao final do processo os gestores e a

organização têm condições de avaliar e verificar o nível de maturidade do seu

gerenciamento, podendo desta forma, traçar nos planos e ações visando a

excelência.

Em resumo dos processos para busca de excelência em gerenciamento

estabelecidos no estudo, temos a figura 15, onde inicialmente é necessário fazer a

seguinte pergunta: no gerenciamento de facilidades tem gerenciamento de

desempenho implementado?

Em caso negativo, os processos se darão conforme descrição do estudo, ou

seja, inicialmente desenvolve o planejamento para implementação do gerenciamento

de desempenho, executa, avalia, revisa e muda caso seja necessário. Ao término e

um período determinado, como sugestão de seis a doze meses, inicia o processo de

auto-avaliação para verificação se as atividades estão sendo executadas conforme o

planejamento, ao final do processo como resultado tem-se o nível de maturidade do

gerenciamento, bem como indicação de melhorias e/ou revisão e/ou mudanças do

planejamento. Com os resultados é importante fazer a alteração do planejamento

conforme as necessidades encontradas e iniciar o processo novamente. Portanto,

espera um período determinado novamente, faz a auto-avaliação, melhora e/ou

revisa e/ou muda o planejamento, e assim por diante. Lembrando que os processos

de busca por excelência são sempre contínuos e estão sempre passiveis de

mudanças mediante os ambientes internos e externos.

Caso a pergunta seja positiva, o processo se dará conforme etapas de

melhorias contínuas, ou seja, será iniciado a partir da auto-avaliação e seguira

conforme descrito.

Page 73: Excelência em operações de Gerenciamento de Facilidades

73

Figura 15 – Resumo dos Processos de Excelência

Fonte: O autor (2015)

Com este entendimento os gerentes de facilidades detem o conhecimento

necessário para o desenvolvimento das atividades gerenciais com visão estratégica

do negócio. Outro fator abordado no estudo e que complementa a criação dos

indicadores são as métricas de desempenho que para o estudo foram estabelecidas

conforme alguns departamentos que são comuns no escopo dos gerentes de

facilidades, sendo assim, as áreas foram contextualizadas para o entendimento das

suas principais funções e fez-se sugestões de métricas de desempenho de forma a

complementar e moldar os conhecimentos desenvolvidos no trabalho.

Em síntese do apresentado, conclui-se que o gerenciamento de facilidades

estratégico traz benefícios mensuráveis e de fácil avaliação e verificação, traduzindo

em eficiência e eficácia para organização, bem como excelência no gerenciamento.

Nota-se que existem outros conceitos que são necessários para a qualificação dos

gerentes, no entanto, este trabalho apresentou apenas alguns dos conceitos para

atender esta necessidade, no entanto, vale ressaltar que outros fatores devem ser

considerados quando se busca a excelência do gerenciamento.

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74

Uma sugestão para continuidade deste trabalho seria um estudo de caso

elaborado conforme as diretrizes expostas, para um melhor entendimento das

mudanças vinculadas a forma de gerenciar facilidades.

Por fim, a excelência em operações de gerenciamento de facilidades é um

futuro previsível e de suma importância para as organizações se manterem

competitivas.

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ANEXO A

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76

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