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EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
Título executivo extrajudicial
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
Legitimidadei. Ativa (art. 566 e 567 CPC)
ii. Passiva (art. 568 CPC)
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
I. Legitimidade ativa (art. 566 e 567 CPC)a. Credor – 566, I – regra geral – direito
subjetivo – para receber quantia certa, fazer, não fazer e/ou entrega de coisa
certa, por título judicial ou extrajudicialb. Ministério Público: 566, II – legitimidade
ativa extraordinária. Ex: Ações coletivas – Quando MP executar demanda que propôs por ser o próprio legitimada a
tanto – legitimado ordinário.
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
I. Legitimidade ativa (art. 566 e 567 CPC)
c. Espólio, herdeiros e sucessores do credor – Transmissão por morte = Legitimidade ativa derivada
d. Sub-rogado: nos casos de sub-rogação legal (346 do CC) ou convencional (347
do CC).
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
I. Legitimidade ativa (art. 566 e 567 CPC)c. Cessionário: direito resultante for transmitido por ato inter vivos (art. 386
CC) – Legitimidade ativa ordinária e derivada: cessão no curso do processo =
facultativa (substituto processual). Ocorrendo antes = cessionário é que se
legitima para a execução. Cessão quieta: aperfeiçoou-se entre
cessionário e cedente, mas não foi levada a registro e nem houve
notificação do devedor – Cessionário é o legitimado.
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
II. Legitimidade Passiva (art. 568)
a. O devedor reconhecido como tal no título – Ordinária originária
b. Espólio, herdeiros ou sucessores (568, II) – sucessão causa mortis e por fusão, cisão ou
incorporação nas sociedades.Morte do devedor – bens não partilhados –
execução contra o espólio.Após partilha: direto contra os herdeiros na
proporção da herança (art. 597)Se a morte ocorrer no curso da execução:
habilitação dos sucessores
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
II. Legitimidade Passiva (art. 568)
d. Fiador judicial: legitimidade passiva extraordinária – Tem benefício de ordem se a
ele não tiver renunciado, podendo nomear bens livres do devedor à penhora antes da
constrição dos seus (art. 827 do CC e 527 do CPC)
e. Responsável tributário: (c/c 128 a 138 do CTN). Exemplos: sucessor e o cônjuge meeiros pelos tributos do de cujus; inventariante com relação
aos impostos devidos pelo espólio; síndico e comissário pelos impostos da massa falida ou concordatária (legitimado extraordinário). Nos
demais, legitimação ordinária.
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
II. Legitimidade Passiva (art. 568)
f. Novo devedor que assume com o consentimento do credor, o título executivo (art. 566, III). É a
idéia de assunção de dívida (novação subjetiva).
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
III. Litisconsórcio:a. Inicial – título em que há diversos credores ou
devedores;b. Ulterior – no curso da execução ocorre a
sucessão por seus herdeiros ou sucessores;c. Facultativo – imensa maioria dos casos.
Credores e devedores solidários;d. Necessários – Execução movida contra todos
os sócios de sociedade dissolvida.
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
IV. Intervenção de terceiros
a. Incompatíveis com a execução.b. Exceção feita à assistência (discussão):
admitida para que 3o. auxilie uma das partes a obter resultado prático que refletiria na sua esfera jurídica. Ex. Fiador.
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE V. Responsabilidade
patrimonial (art. 591 do CPC)a. Devedor responde com todo o seu patrimônio:
presentes e futuros, salvo exceções previstas em lei (bens absoluta e relativamente
impenhoráveis e o bem de família).b. Qual é o marco inicial para que o bem seja
considerado presente? Idéia é a de que todos os bens existentes no patrimônio, no momento do ajuizamento da execução, respondem pela
dívida, bem como os futuros (+ especificamente a partir da citação)
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE V. Responsabilidade
patrimonialc. Bens podem ser perseguidos, nos termos do art. 592,
III, podendo valer-se os prejudicados dos embargos de terceiros (ar. 1046 do CPC).
d. Sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação
reipersecutória: O adquirente de coisa litigiosa (art. 42) é sucessor do alienante e se sujeita a todas as
condições da litigiosidade.Obrigações reipersecutórias: autor pleiteia o que lhe é
devido ou que lhe pertence, mas se acha fora do seu patrimônio, independentemente do direito com base no qual a demanda se apóie. O sucessor que
recebe o bem deve responder por sua entrega (campo de incidência: art. 461-A)
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE V. Responsabilidade
patrimoniald. Seja por ato inter vivos ou causa mortis, responderá
pela entrega do bem sempre que este garanta a execução: decorrente de ação fundada em direito real ou pessoal. O que se protege é o direito de
seqüela, tenha ele origem em direito real ou não.e. Situação do cônjuge do executado: duas situações =
Ou admite a condição de responsável pela dívida e passa a discutí-la ou a validade da execução, devendo
fazê-lo através dos embargos do devedor;Ou, negue essa sua posição de responsável pela dívida e
também busque livrar de seus bens da constrição = embargos de terceiro.
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE V. Responsabilidade
patrimonialf. Responsabilidade dos sócios pelos débitos da
sociedade:- Desconsideração das hipóteses de responsabilidade
direta do sócio (da desconsideração da personalidade jurídica da empresa).
- Sócios respondem pelos débitos da sociedade, ou seja, somente pelos limites de cada sociedade (=
art. 592, II não incide a desconsideração).- Devem ser excutidos os bens da empresa (benefício
de ordem) e depois os dos sócios.
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE V. Responsabilidade
patrimonialg. Caso específico do art. 135 do CTN = rseponsabilidade
dos sócios e administradores por fraude ou excesso de poderes, configurando um caso de CO-
RESPONSABILIDADE DIRETA DO SÓCIO, em razão de conduta ilegal por parte daquele que age em nome da sociedade; que tal conduta venha a infringir o contrato social da empresa representada; fique
expressamente caracterizado o abuso de poder do sócio(s).
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
VI. Fraude contra credores e Fraude à execução
a. Fraudar = lesar, burlar, enganar, frustrar ou inutilizar os objetivos de outrem.
b. Fraudes do devedor (Dinamarco) – ! condutas com as quais alguém, na pendência de uma
obrigação insatisfeita, procura livrar um bem da responsabilidade patrimonial que pesa sobre
ele.”c. Nessa categoria incluem-se a fraude contra
credores, e fraude de execução e venda de bem constrito judicialmente
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
VI. Fraude contra credores e Fraude à execução
d. A fraude ocorre em dois campos: fraude de execução (art. 592, V e 593 do CPC) e a fraude
contra credores (arts. 158 a 165 do CC).e. Dois espectros distintos: 1o. Protege-se o Estado
e a função da entrega da tutela jurisdicional executiva, e 2o. Protege-se o próprio credor para evitar que o devedor frustre a execução
futura mediante esvaziamento do seu patrimônio e com isso se furte ao cumprimento
de sua obrigação.
VI. Fraude contra credores e Fraude à execução
f. Fraude contra credores (106 a 113 do CC) enseja a ação pauliana e possui dois elementos
principais: i. um objeto – o “eventus damni”, ato do devedor, prejudicial aos seus credores
porque o leva à insolvência ou agrava este estado; ii. e, outro – subjetivo- o “consilium
fraudis” , que consiste na má-fé do devedor/alienante e do adquirente, que, ao
praticarem tal ato, tinham plena consciência de que seu ato poderia prejudicar os credores
(embora, nem sempre existisse a intenção de prejudicar os credores).
VI. Fraude contra credores e Fraude à execução
g. Fraude à execução (art. 593) ocorrerá quando a alienação ou oneração de bens: i. pender sobre
eles ação fundada em direito real; ii. No momento da alienação ou oneração, já corria
contra o devedor demanda capaz de reduzí-lo à insolvência; e, iii. Nos demais casos legais.
Consequência: embora alienados ou onerados os bens, se constatada a fraude à execução, os
bens continuam sujeitos à execução (art. 592, V).
VI. Fraude contra credores e Fraude à execução
h. Ineficácia X anulabilidadesi. Fraude à execução gera “ineficácia do negócio
jurídico relativamente ao credor”, de modo que o juiz deve declará-la nos autos da própria
execução;ii. Fraude contra credores – vício do negócio
jurídico – torna o ato anulável, anulação que só poderá sobrevir através da ação pauliana ou
revocatória.g. Marco inicial e requisitos da fraude à execução:
i. Citação do alienante de bens, ainda que se trate de processo de conhecimento;
ii. Insolvência é fato constitutivo do direito do credor, devendo ser por ele demonstrado.
VI. Fraude contra credores e Fraude à execução
h. Ineficácia X anulabilidades
iii. boa fé do terceiro adquirente (inexistência de consilium fraudis)
Disposições gerais
i. Aplicação subsidiária do Proc. de conhecimento
ii. Princípio da máxima utilidade da execução – (arts 600 c/c art. 599, II e 601) = atos atentatórios à dignidade da justiça...
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
Postulatória – petição inicial, arresto, citação
Instrutória – penhora, avaliação, expropriação
Satisfativa - pagamento
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
Petição Inicial instruída com:a. Titulo executivo extrajudicial
b. Demonstrativo do débito atualizado até a data da propositura da ação
c. Prova de que se verificou a condição, ou o termo;
d. Indicar a espécie de execução que prefere, quando por mais de um modo
poderá ser realizada;
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
Petição Inicial instruída com:e. Requer intimação dos credores com
garantia reais (penhor, anticrese, hipoteca)
f. Pleitear medidas acautelatórias urgentesg. provar, se for o caso, que adimpliu a contraprestação que lhe corresponde, se o executado não for obrigado a satisfazer
a sua prestação senão mediante a contraprestação do credor
EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA DEVEDOR SOLVENTE
Petição Inicial instruída com:g. Exceptio non adimpleti contractus
h. Citação do devedor.
Artigo 615-A
O exeqüente, poderá, no ato da distribuição, obter certidão comprobatória do ajuizamento da execução, com identificação das partes e valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, registro de veículos ou registro de outros bens sujeitos à penhora ou arresto.
Artigo 615-A § 1º O exeqüente deverá comunicar ao juízo as
averbações efetivadas, no prazo de 10 (dez) dias de sua concretização.
§ 2º Formalizada a penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida, será determinado o cancelamento das averbações de que trata este artigo relativas àqueles que não tenham sido penhorados.
§ 3º Presume-se em fraude à execução a alienação ou oneração de bens efetuadas após a averbação (art. 593).
§ 4º O exeqüente que promover averbação manifestamente indevida indenizará a parte contrária, nos termos do § 2º art. 18 deste Lei, processando-se o incidente em autos apartados.
§ 5º Os tribunais poderão expedir instruções sobre o cumprimento deste artigo.
Petição inicialPetição Inicial
Indicação de bens penhoráveis pelo exeqüente
Artigo 652, § 2º: O credor poderá, na inicial da
execução, indicar bens a serem penhorados (art. 655).
Deferimento da petição inicial
Determinação de citação
Fixação de honorários advocatícios
Artigo 652-A
Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários de advogado a serem pagos pelo executado (art. 20, § 4º).
Par. único. No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, a verba honorária será reduzida pela metade.
Citação Artigo 652O devedor será
citado para, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, pagar ou nomear bens à penhora.
O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida.
Citação
Por oficial de justiçaPor editalCom hora certa (?)Vedada a citação postal
Citação por precatóriaArtigo 738, § 2º
Nas execuções por carta precatória, a citação do executado será imediatamente comunicada pelo juiz deprecado ao juiz deprecante, inclusive por meios eletrônicos, contando-se o prazo para embargos a partir da juntada aos autos de tal comunicação.
Arresto
Natureza da medida (cautelar ou satisfativa) - (pré-penhora)
Direito de preferência
Conversão em penhora
Atitudes possíveis do executado
Pagamento (remição da execução)EmbargosPedido de parcelamentoOmissão
Remição da execução
Prazo de 3 dias da citação – artigo 652: O executado será citado para, no prazo de 3 (três)
dias, efetuar o pagamento da dívida.A qualquer tempo ... – artigo 651: Antes de adjudicados ou alienados os bens, pode
o executado, a todo tempo, remir a execução, pagando ou consignando a importância atualizada da dívida, mais juros, custas e honorários advocatícios.
Pedido de parcelamentoArtigo 745-ANo prazo para embargos, reconhecendo o
crédito do exeqüente e comprovando o depósito de 30% (trinta por cento) do valor em execução, inclusive custas e honorários de advogado, poderá o executado requerer seja admitido a pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e juros de 1% (um por cento) ao mês.
Artigo 745-A, §§ § 1º Sendo a proposta deferida pelo juiz, o
exeqüente levantará a quantia depositada e serão suspensos os atos executivos; caso indeferida, seguir-se-ão os atos executivos, mantido o depósito;
§ 2º O não pagamento de qualquer das prestações implicará, de pleno direito, o vencimento das subseqüentes e o prosseguimento do processo, com o imediato início dos atos executivos, imposta ao executado multa de 10% (dez por cento) sobre o valor das prestações não pagas e vedada a oposição de embargos.
Embargos
Artigo 738
Os embargos serão oferecidos no prazo de 15 (quinze) dias, contados da data da juntada aos autos do mandado de citação.
PenhoraAto de apreensão de bens para empregá-los
na satisfação do crédito exeqüendo.Natureza satisfativaEfeitos processuais:
Garante o juízo Individualiza os bens Gera direito de preferência para o exeqüente
Efeitos materiais: Retira do executado a posse direta Torna ineficazes os atos de alienação ou
oneração
Impenhorabilidade
Absoluta
Relativa
Bem de residência da família do executado
Penhora
Forma de realização: apreensão e depósito
Auto de penhora Termo de penhora Nomeação de depositário
Penhora e avaliação – artigo 652
§ 1º Não efetuado o pagamento, munido da segunda via do mandado, o oficial de justiça procederá de imediato à penhora de bens e a sua avaliação, lavrando-se o respectivo auto e de tais atos intimando, na mesma oportunidade, o executado.
§ 2º O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens a serem penhorados (art. 655).
Artigo 659Se o devedor não
pagar, nem fizer nomeação válida, o oficial de justiça penhorar-lhe-á tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal, juros, custas e honorários advocatícios.
A penhora deverá incidir em tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal, atualizado, juros, custas e honorários advocatícios.
Artigo 659
§ 1º Efetuar-se-á a penhora onde quer que se encontrem os bens, ainda que em repartição pública, caso em que precederá requisição do juiz ao respectivo chefe.
§ 1º Efetuar-se-á a penhora onde quer que se encontrem os bens, ainda que sob a posse, detenção ou guarda de terceiros.
Artigo 659 § 4º A penhora de bens
imóveis realizar-se-á mediante auto ou termo de penhora, cabendo ao exeqüente, sem prejuízo da imediata intimação do executado (art. 669), providenciar, para presunção absoluta de conhecimento por terceiro, o respectivo registro no ofício imobiliário, mediante apresentação de certidão de inteiro teor do ato e independentemente de mandado judicial
§ 4º A penhora de bens imóveis realizar-se-á mediante auto ou termo de penhora, cabendo ao exeqüente, sem prejuízo da imediata intimação do executado (art. 652, §4º), providenciar, para presunção absoluta de conhecimento por terceiros, a respectiva averbação no ofício imobiliário, mediante a apresentação de certidão de inteiro teor do ato, independentemente de mandado judicial