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Curso de Direito DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Exemplar do Professor PLANOS DE AULA 2010.2

(Proibida a Reproduo)

DIREO DE CENTRO DE CINCIAS JURDICAS Prof Solange Moura

COORDENAO PEDAGGICA Prof Sonia Fernandes Prof Marcos Lima

ORGANIZAO Prof. Maria Ins Gerardo

Apresentao Caro aluno: A Metodologia do Caso Concreto aplicada em nosso Curso de Direito centrada na articulao entre teoria e prtica, com vistas a desenvolver o raciocnio jurdico. Ela abarca o estudo interdisciplinar dos vrios ramos do Direito, permitindo o exerccio constante da pesquisa, a anlise de conceitos, bem como a discusso de suas aplicaes. O objetivo preparar os alunos para a busca de resolues criativas a partir do conhecimento acumulado, com a sustentao por meio de argumentos coerentes e consistentes. Desta forma, acreditamos ser possvel tornar as aulas mais interativas e, conseqentemente, melhorar a qualidade do ensino oferecido. Na formao dos futuros profissionais, entendemos que no papel do Curso de Direito to somente oferecer contedos de bom nvel. A excelncia do curso ser atingida no momento em que possamos formar profissionais autnomos, crticos e reflexivos. Para alcanarmos esse propsito, apresentamos os Planos de Aula, instrumento fundamental da Metodologia do Caso Concreto. Ela contempla a soluo de uma srie de casos prticos a serem desenvolvidos pelo aluno, com auxlio do professor. Como regra primeira, necessrio que o aluno adquira o costume de estudar previamente o contedo que ser ministrado pelo professor em sala de aula. Desta forma, ter subsdios para enfrentar e solucionar cada caso proposto. O mais importante no encontrar a soluo correta, mas pesquisar de maneira disciplinada, de forma a adquirir conhecimento sobre o tema. A tentativa de solucionar os casos em momento anterior aula expositiva, aumenta consideravelmente a capacidade de compreenso do discente. Este, a partir de um pr-entendimento acerca do tema abordado, ter melhores condies de, no s consolidar seus conhecimentos, mas tambm dialogar de forma coerente e madura com o professor, criando um ambiente acadmico mais rico e exitoso. Alm desse, h outros motivos para a adoo desta Coletnea. Um segundo a ser ressaltado, o de que o mtodo estimula o desenvolvimento da capacidade investigativa do aluno, incentivando-o pesquisa e, conseqentemente, proporcionando-lhe maior grau de independncia intelectual. H, ainda, um terceiro motivo a ser mencionado. As constantes mudanas no mundo do conhecimento e, por conseqncia, no universo jurdico exigem do profissional do Direito, no exerccio de suas atividades, enfrentar situaes nas quais os seus conhecimentos tericos acumulados no sero, per si, suficientes para a resoluo das questes prticas a ele confiadas.

Neste sentido, e tendo como referncia o seu futuro profissional, consideramos imprescindvel que, desde cedo, desenvolva hbitos que aumentem sua potencialidade intelectual e emocional para se relacionar com essa realidade. E isto proporcionado pela Metodologia do Estudo de Casos. No que se refere concepo formal do presente material, esclarecemos que o contedo programtico da disciplina a ser ministrada durante o perodo foi subdividido em 15 partes, sendo que a cada uma delas chamaremos Semana. Na primeira semana de aula, por exemplo, o professor ministrar o contedo condizente a Semana n 1. Na segunda, a Semana n 2, e, assim, sucessivamente. O perodo letivo semestral do nosso curso possui 22 semanas. O fato de termos dividido o programa da disciplina em 15 partes no foi por acaso. Levou-se em considerao no somente as aulas que so destinadas aplicao das avaliaes ou os eventuais feriados, mas, principalmente, as necessidades pedaggicas de cada professor. Isto porque, o nosso projeto pedaggico reconhece a importncia de destinar um tempo extra a ser utilizado pelo professor e a seu critrio nas situaes na qual este perceba a necessidade de enfatizar de forma mais intensa uma determinada parte do programa, seja por sua complexidade, seja por ter observado na turma um nvel insuficiente de compreenso. Hoje, aps a implantao da metodologia em todo o curso no Estado do Rio de Janeiro, por intermdio das Coletneas de Exerccios, possvel observar o resultado positivo deste trabalho, que agora chega a outras localidades do Brasil. Recente convnio firmado entre as Instituies que figuram nas pginas iniciais deste caderno, permitiu a colaborao dos respectivos docentes na feitura deste material disponibilizado aos alunos. A certeza que nos acompanha a de que no apenas tornamos as aulas mais interativas e dialgicas, como se mostra mais ntida a interseo entre os campos da teoria e da prtica, no Direito. Por todas essas razes, o desempenho e os resultados obtidos pelo aluno nesta disciplina esto intimamente relacionados ao esforo despendido por ele na realizao das tarefas solicitadas, em conformidade com as orientaes do professor. A aquisio do hbito do estudo perene e perseverante, no apenas o levar a obter alta performance no decorrer do seu curso, como tambm potencializar suas habilidades e competncias para um aprendizado mais denso e profundo pelo resto de sua vida. Lembre-se: na vida acadmica, no h milagres, h estudo com perseverana e determinao. Bom trabalho. Centro de Cincias Jurdicas

PROCEDIMENTOS 1- O aluno dever, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prvia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislao, a doutrina e a jurisprudncia e apresentar solues, por meio da resoluo dos casos, preparando-se para debates em sala de aula. 2- Antes do incio de cada aula, o aluno depositar sobre a mesa do professor o material relativo aos casos pesquisados e pr-resolvidos, para que o docente rubrique e devolva no incio da prpria aula. 3- Aps a discusso e soluo dos casos em sala de aula, com o professor, o aluno dever aperfeioar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citaes de doutrina e/ou jurisprudncia pertinentes aos casos. 4- A entrega tempestiva dos trabalhos ser obrigatria, para efeito de lanamento dos graus respectivos (zero a um), independentemente do comparecimento do aluno s provas. 4.1- Caso o aluno falte AV1 ou Av2, o professor dever receber os casos at uma semana depois da prova, atribuir grau e lanar na pauta no espao especfico. 5- At o dia da AV 1 e da AV2, respectivamente, o aluno dever entregar o contedo do trabalho relativo s aulas j ministradas, anexando os originais rubricados pelo professor, bem como o aperfeioamento dos mesmos, organizado de forma cronolgica, em pasta ou envelope, devidamente identificados, para atribuio de pontuao (zero a um), que ser somada que for atribuda AV1 e AV2 (zero a nove). 5.1- A pontuao relativa coletnea de exerccios na AV3 (zero a um) ser a mdia aritmtica entre os graus atribudos aos exerccios apresentados at a AV1 e a AV2 (zero a um). 6- As provas (AV1, AV2 e AV3) valero at 9 pontos e sero compostas de questes objetivas, com respostas justificadas em at cinco linhas, e de casos concretos, baseados nos casos constantes das Coletneas de Exerccios, salvo as excees constantes do regulamento prprio.

Ttulo

Direito Processual do Trabalho

Nmero de aulas por semana Nmero de semana de aula Tema

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Introduo ao Direito Processual do Trabalho

Objetivos

O aluno deve conhecer os princpios bsicos do processo do trabalho, as formas de soluo dos conflitos, especialmente no que se refere s comisses de conciliao prvia. Deve saber as regras previstas para a instituio e funcionamento dessas comisses e quais os efeitos do acordo firmado na comisso de conciliao prvia.

Estrutura de contedo

Introduo ao Direito Processual do Trabalho: conceito, evoluo, autonomia. Princpios orientadores do processo do trabalho. Soluo dos Conflitos Trabalhistas: autodefesa, autocomposio e heterocomposio. Comisses de conciliao prvia.

Procedimentos de ensino

O aluno precisa conhecer os efeitos do acordo firmado na CCP e o alcance da expresso eficcia liberatria geral e a possibilidade de o empregado ajuizar ao trabalhista postulando verbas trabalhistas no consignadas no acordo sem ressalva. Deve ser ressaltado o entendimento do STF quanto facultatividade de submisso da demanda comisso de conciliao prvia.

Aplicao prtica e terica

Caso concreto: (CESPE/OAB 2009.3) Aps a resciso do seu contrato de trabalho, Alex, empregado da empresa Domin, procurou assistncia da comisso de conciliao prvia, que tinha atribuio para examinar a sua situao. Em acordo firmado entre ele e o representante da empresa, ambas as partes saram satisfeitas, com eficcia geral e sem qualquer ressalva. Posteriormente, Alex ajuizou reclamao trabalhista, pedindo que a empresa fosse condenada em verbas no tratadas na referida conciliao, sob a alegao de que o termo de ajuste em discusso dera quitao somente ao que fora objeto da demanda submetida comisso, de forma que no seria necessrio ressalvar pedidos que no fossem ali debatidos. Tendo em vista a situao apresentada, exponha a tese jurdica mais apropriada para a empresa Domin, fundamentando sua argumentao na CLT.

QUESTES OBJETIVAS 01. (CESPE/OAB - 2009.3) A respeito das comisses de conciliao prvia, assinale a opo correta.

a) As comisses de conciliao prvia compem a estrutura da justia do trabalho.

b) O termo de conciliao ttulo executivo extrajudicial e ter eficcia liberatria geral, exceto quanto s parcelas expressamente ressalvadas.

c) A ausncia da empresa na data designada para a tentativa de conciliao prvia implica a penalidade de revelia.

d) A provocao da comisso de conciliao prvia no suspende o prazo prescricional para a propositura da reclamao trabalhista. 02.

(CESPE/OAB - 2008.3) Manuel, contratado por uma empresa de comunicao visual, no dia 8/9/2005, para prestar servios como desenhista, foi dispensado sem justa causa em 3/11/2008. Inconformado com o valor que receberia a ttulo de adicional noturno, frias e horas extras, Manuel firmou, no dia 11/11/2008, acordo com a empresa perante a comisso de conciliao prvia, recebendo, na ocasio, mais R$ 927,00, alm do valor que a empresa pretendia pagar-lhe. A comisso de conciliao prvia ressalvou as horas extras. Considerando essa situao hipottica, assinale a opo correta.

a) O ttulo decorrente da homologao somente pode ser questionado perante a comisso de conciliao prvia.

b) Manuel no poder reclamar na justia do trabalho nenhuma parcela, visto que o acordo ocorreu regularmente.

c) Manuel pode postular na justia do trabalho o pagamento de horas

Avaliao

Critrios de correo divulgados pela banca examinadora caso concreto: A tese jurdica deve estar respaldada no art. 625-E, pargrafo nico, da CLT, que assim dispe: Aceita a conciliao, ser lavrado termo assinado pelo empregado, pelo empregador ou seu proposto e pelos membros da Comisso, fornecendo-se cpia s partes; Pargrafo nico. O termo de conciliao ttulo executivo extrajudicial e ter eficcia liberatria geral, exceto quanto s parcelas expressamente ressalvadas. Nesse sentido, no basta citar qualquer dos artigos relacionados com a matria, mas to somente o mencionado artigo da CLT, com a defesa da tese nele expressa, demonstrando-se a inteno clara do legislador de permitir a quitao plena de crditos trabalhistas submetidos s comisses de conciliao. No caso, no possui interesse processual o reclamante, haja vista que as verbas rescisrias foram discutidas no mbito da CCP, da qual resultou um termo de eficcia liberatria geral, visto que no houve ressalvas. No cabe ao reclamante, no caso, pedir proteo no Poder Judicirio. Precedente TST, SDI-I, E- ED RR 15/2004-025-02-00.5. Respostas objetivas: 1) b - conforme art. 625-E, pargrafo nico, CLT 2) c - art. 625-E, pargrafo nico, CLT

Ttulo

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Nmero de aulas por semana Nmero de semana de aula Tema

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Do Judicirio Trabalhista: rgos da Justia do Trabalho; competncia material e territorial

Objetivos

O aluno deve identificar os rgos que compem a estrutura da Justia de Trabalho e compreender que o processo poder tramitar at ao rgo mximo da Justia do Trabalho, com a interposio de recursos, podendo, inclusive, sair da esfera trabalhista na hiptese de violao constituio federal. Deve, ainda, conhecer os casos de competncia material e territorial da Justia do Trabalho.

Estrutura de contedo

Do Judicirio Trabalhista: Poder Judicirio; Organizao, composio e funcionamento da Justia do Trabalho. Competncia da Justia do Trabalho: Jurisdio e competncia; Competncia em razo da matria e das pessoas; Competncia funcional; Competncia territorial.

Procedimentos de ensino

O aluno precisa conhecer os rgos da Justia do Trabalho, inclusive aqueles que compem a estrutura interna do TST no que se refere aos rgos julgadores: Turmas, SDI e SDC, alm de saber que o art. 114 da CR/88 define a competncia material da Justia do Trabalho. Por fim, deve o aluno saber a regra geral de competncia territorial e suas excees.

Aplicao prtica e terica

Caso concreto 1: Cristina Maria foi contratada, mediante concurso pblico e sob o regime da Consolidao das Leis do Trabalho (CLT), para trabalhar em uma fundao pblica municipal. Nessa situao, considerando a existncia de litgio a respeito de verbas rescisrias a serem pagas a Cristina Maria, responda: a) Qual o rgo do Judicirio competente para julgar a demanda? Justifique. b) Se o regime de Cristina Maria fosse estatutrio, qual seria o rgo do Judicirio competente para julgar a demanda? Justifique

Caso concreto 2: (OAB/MG Exame de Ordem Agosto/2008) O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicaes do Estado de Minas Gerais ajuizou Ao Ordinria de Cobrana de Contribuio Sindical, em desfavor de Telesul Comunicaes Ltda., pessoa jurdica de direito privado perante o juzo trabalhista da 04 Vara do Trabalho de Belo Horizonte/MG, com pedido condenatrio relativo ao no recolhimento, no perodo de 2007, da contribuio compulsria retro. A empresa demandada arguiu a incompetncia absoluta, em razo da matria, da Justia do Trabalho para processar e julgar o presente feito. Considerando os fatos narrados, a empresa agiu corretamente ao suscitar a incompetncia da Justia do Trabalho? Qual deve ser a deciso proferida? Fundamente sua resposta, apontando o dispositivo legal pertinente ao caso concreto.

QUESTES OBJETIVAS 01. (CESPE/OAB 2010.1) Na hiptese de um empregado desejar mover ao de reparao de perdas e danos causados pelo clculo incorreto do benefcio previdencirio por omisso ou equvoco do empregador, o processamento e o julgamento da demanda competiro:

a) justia comum estadual.

b) ao Ministrio da Previdncia Social.

c) justia do trabalho.

d) justia federal.

02. (CESPE/OAB - 2007.1) Nas localidades no abrangidas por jurisdio de vara do trabalho, as demandas trabalhistas sero julgadas pelo juiz de direito. Recurso interposto contra deciso do juiz de direito em matria trabalhista deve ser julgado pelo:

a) tribunal de justia do estado.

b) tribunal regional federal da regio a que estiver submetida a jurisdio do estado.

Avaliao

Sugesto de resposta caso concreto 1: a) Justia do Trabalho em virtude da previso contida no art. 114, I da CRFB/88. b) Justia Comum Estadual em virtude do pedido liminar deferido pelo STF na ADI n. 3.395-6, que manteve na Justia Comum a competncia para julgamento das demandas envolvendo servidores pblicos estatutrios. Sugesto de resposta caso concreto 2: A empresa no agiu corretamente. Isso porque aps a promulgao da EC n45, as aes de cobrana de contribuio sindical propostas por sindicato, federao ou confederao respectiva contra o empregador devem ser processadas e julgadas pela Justia do Trabalho, conforme prev o art. 114, inciso III da Constituio Federal, acrescentado pela EC n 45 de 08 de dezembro de 2004. Assim, aps a emenda, tornou-se inaplicvel a Smula 222, do STJ, a qual determinava competir Justia Comum processar e julgar as aes relativas contribuio sindical prevista no art. 578 da CLT. Portanto, a deciso dever rejeitar a arguio de incompetncia absoluta da Justia do Trabalho. Respostas objetivas: 1) c art. 114, incisos I e VI da CRFB/88. 2) d art. 112 da CRFB/88.

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Nmero de aulas por semana Nmero de semana de aula Tema

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Atos, Termos, Prazos e Nulidades Processuais

Objetivos

O aluno deve conhecer as regras de incio e contagem do prazo processual trabalhista, as peculiaridades no que se refere s nulidades processuais, eis que diferem das normas do processo civil, na medida em que a parte dever arguir a nulidade na primeira oportunidade que tiver para falar nos autos ou em audincia, sob pena de precluso.

Estrutura de contedo

Atos, Termos, Prazos e Nulidades Processuais. Atos processuais: conceito; classificao; comunicao dos atos. Prazos processuais: contagem dos prazos; principais prazos trabalhistas. Nulidades processuais: conceito; espcies de vcios dos atos processuais; princpios; nulidades no Processo do Trabalho

Procedimentos de ensino

O aluno precisa saber quando ocorre o incio do prazo processual bem como sua contagem. As notificaes na Justia do Trabalho, por via postal e a presuno de recebimento. Smulas e Orientaes Jurisprudenciais sobre os temas. Alm disso o aluno precisa saber que as nulidades no Processo do Trabalho dependem de requerimento da parte na primeira oportunidade que tiver para falar nos autos, sob pena de precluso.

Aplicao prtica e terica

Caso Concreto: A 100 Vara do Trabalho do Rio de Janeiro expediu no dia 11.11.2009, quarta-feira, notificao postal para dar cincias s Partes da sentena proferida. Considerando que prazo recursal de 8 (oito) dias, quando termina o prazo para a interposio do recurso? Justifique.

QUESTES OBJETIVAS 01. (CESPE/OAB - 2009.2) No que se refere s nulidades no processo do trabalho, assinale a opo correta de acordo com a CLT:

a) Tratando-se de nulidade fundada em incompetncia de foro, sero considerados nulos os atos ordinatrios.

b) O juiz ou tribunal que declarar a nulidade declarar os atos a que ela se estende.

c) A nulidade ser pronunciada quando for possvel suprir-se a falta ou repetir-se o ato.

d) No haver nulidade quando dos atos inquinados resultar manifesto prejuzo s partes litigantes.

02. (CESPE/OAB 2010.1) Com relao aos atos, termos e prazos processuais na justia trabalhista, assinale a opo correta:

a) Os documentos juntados aos autos podem ser desentranhados sempre que a parte assim o requerer.

b) Presume-se recebida, 48 horas aps a sua postagem, a notificao para a prtica de ato processual, sendo possvel a produo de prova em contrrio.

c) Os atos processuais devem ser pblicos, salvo quando o interesse social determinar o contrrio, e tero de realizar-se nos dias teis, no horrio de expediente forense habitual.

d) No processo trabalhista, os prazos so contados com a incluso do dia em que se iniciam e do dia em que vencem.

Avaliao

Sugesto de resposta caso concreto: O prazo termina no dia 23.11.2009, segunda-feira. Expedida a notificao postal presume-se que ela chegou ao destinatrio 48 (quarenta e oito) horas aps a postagem S. 16, C. TST sexta-feira 13.11.2009 art. 774, pargrafo nico da CLT. De acordo com a S. 1 do C. TST, o prazo comea a contar na segunda-feira 16.11.2009 e termina na outra segunda-feira 23.11.2009 art. 775 da CLT. Respostas objetivas: 1) b - art. 797, CLT 2) b S. 16, C. TST.

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Nmero de aulas por semana Nmero de semana de aula Tema

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Partes e Procuradores

Objetivos

O aluno precisa distinguir o processo do trabalho do processo civil no que se refere capacidade postulatria, assistncia judiciria. Associar a sucesso processual com a sucesso trabalhista muito comum na Justia do Trabalho.

Estrutura de contedo

Partes e Procuradores. Partes: capacidade para ser parte; capacidade postulatria jus postulandi; representao por advogado; assistncia judiciria; representao e assistncia; litisconsrcio. Substituio processual. Sucesso processual

Procedimentos de ensino

O aluno precisa conhecer os entendimentos do TST sobre os temas. A recente Smula sobre o alcance da capacidade postulatria. A Smula 219 do TST e os casos de deferimento de gratuidade de justia na Justia Trabalhista.

Aplicao prtica e terica

Caso Concreto 1 - (CESPE/OAB - 2008.1) Em uma audincia trabalhista, o procurador da empresa reclamada apresentou a procurao que lhe outorgava poderes para representar a empresa em juzo, sem ter apresentado o contrato social nem o estatuto da empresa, e o advogado do reclamante no apresentou nenhuma impugnao no que diz respeito representao processual da empresa. Diante da situao hipottica apresentada, questiona-se: vlido o instrumento de procurao apresentado pelo advogado sem a apresentao do contrato social ou estatuto da empresa? Fundamente, juridicamente, a sua resposta.

Caso concreto 2: Antonio ajuizou ao trabalhista contra a empresa Beta Ltda., que presta servio empresa Gama S.A., arrolando, no plo passivo, ambas as empresas. audincia compareceram Antonio, os prepostos de ambas as empresas e um advogado para cada parte. Prolatada a sentena, a empresa Gama S.A. interps recurso ordinrio no prazo de dezesseis dias, utilizando-se da prerrogativa prevista no art. 191 do CPC, de que havia litisconsrcio passivo com procuradores diversos. Considerando que o prazo do recurso ordinrio de 8 (oito) dias, responda, de forma justificada, se o recurso foi interposto no prazo legal. Justifique

QUESTES OBJETIVAS 01. (CESPE/OAB 2008.3) No que diz respeito representao processual na justia do trabalho, assinale a opo correta:

a) Se, por doena, o empregado no puder comparecer pessoalmente em juzo, poder ser representado por outro empregado, cabendo a este transigir, confessar e desistir da ao se assim o desejar.

b) Em regra, possvel, nas reclamaes trabalhistas, o empregador ser representado por preposto, mesmo que este no seja empregado do reclamado.

c) O empregador de microempresa ou empresa de pequeno porte pode ser representado por terceiros, ainda que estes no faam parte do quadro societrio ou do quadro de empregados dessas empresas.

d) O advogado pode, no mesmo processo em que esteja na condio de patrono do empregador, ser tambm seu preposto.

02. (CESPE/OAB 2008.2) Segundo orientao do TST, na justia do trabalho, a condenao em honorrios advocatcios, necessariamente, requer:

a) a simples procurao do advogado juntada aos autos.

Avaliao

Sugesto de resposta: caso concreto 1 Sim, vlido o instrumento de procurao apresentado pelo advogado, mesmo sem a apresentao do contrato social ou estatuto da empresa, uma vez que de acordo com o entendimento consagrado na OJ n 255 da SBDI-1, do C. TST desnecessria a juntada do contrato social, tendo em vista que o disposto no art. 12, VI do CPC que no determina a exibio dos estatutos sociais da empresa demandada em juzo como condio de validade da procurao outorgada ao advogado. Salvo se houver impugnao pela parte adversa. Assim, como na situao hipottica apresentada no houve impugnao do advogado do reclamante quanto falta do contrato social ou estatuto da empresa, no h que cogitar de invalidade do instrumento de procurao desacompanhado dos referidos atos constitutivos da empresa. Sugesto de resposta caso concreto 2 No, pois no processo do trabalho no se aplica o disposto no art. 191 do CPC, que assim dispe: Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-o contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer, de modo geral, para falar nos autos. O entendimento jurisprudencial do TST no sentido da no aplicao do dispositivo processual civil em face do princpio da celeridade. De acordo com a OJ 310 da SDI-1 do TST: Litisconsortes. Prazo em dobro. A regra contida no art. 191 do CPC inaplicvel ao processo do trabalho, em decorrncia da sua incompatibilidade com o princpio da celeridade inerente ao processo trabalhista. Respostas objetivas: 1) c art. 54, Lei Complementar n 123/06. 2) b- conforme Smulas 219 e 329, TST

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Direito Processual do Trabalho

Nmero de aulas por semana Nmero de semana de aula Tema

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Dissdio Individual

Objetivos

O aluno ter que conhecer os procedimentos trabalhistas e saber quais as regras que regem ditos procedimentos, especialmente quando ser adotado o rito sumarssimo e suas peculiaridades. Dever, ainda, saber como elaborar uma petio inicial trabalhista no que se refere aos requisitos da petio inicial, condies da ao e pressupostos processuais.

Estrutura de contedo

Dissdio Individual: procedimento ordinrio; procedimento sumarssimo; procedimento sumrio; fase postulatria; requisitos da petio inicial; condies da ao; pressupostos processuais.

Procedimentos de ensino

O aluno precisa conhecer as regras previstas no rito sumarssimo, eis que tema muito cobrado no exame de ordem, bem como a aplicao das regras previstas no CPC no que se refere elaborao da petio inicial trabalhista.

Aplicao prtica e terica

Caso concreto - (CESPE 2007.2) - Manoel moveu ao trabalhista contra a empresa Gama, sob o rito do procedimento sumarssimo. Contudo, ao formular o pedido, o advogado de Manoel no indicou os valores das verbas pleiteadas, limitando-se a afirmar nos pedido o termo a apurar. Considerando o caso hipottico em apreo, redija um texto, de forma justificada, acerca de como deve proceder o juiz nessa situao.

QUESTES OBJETIVAS 1. (CESPE/OAB 2009.1) Com relao ao procedimento sumarssimo estipulado na CLT, assinale a opo correta.

a) O nmero mximo de testemunhas que cada uma das partes pode indicar trs, devendo elas comparecer audincia de instruo e julgamento independentemente de intimao ou convite.

b) Nas reclamaes enquadradas no referido procedimento, no permitida a citao por edital, incumbindo ao autor a correta indicao do nome e do endereo do reclamado.

c) Nas reclamaes enquadradas no referido procedimento, o pedido pode ser ilquido, desde que no seja possvel a parte indic-lo expressamente.

d) O procedimento sumarssimo apropriado para reclamao trabalhista com valor de at sessenta vezes o salrio mnimo vigente na data do seu ajuizamento.

2. (CESPE/OAB 2009.3) Assinale a opo correta acerca do procedimento sumarssimo.

a) No mbito desse procedimento, no ser possvel a produo de prova tcnica.

b) Tal procedimento aplicvel aos dissdios individuais e coletivos, desde que o valor da causa no exceda quarenta vezes o salrio mnimo vigente na data do seu ajuizamento.

c) Esto excludas desse tipo de procedimento as demandas em que seja parte a administrao pblica direta, autrquica, fundacional ou sociedade de economia mista.

d) A ausncia de pedido certo e determinado impe, alm do pagamento das custas sobre o valor da causa, o arquivamento da reclamao.

Avaliao

Sugesto de resposta: caso concreto No rito sumarssimo o pedido dever ser certo ou determinado e indicar o valor correspondente, de acordo com a previso contida no art. 852-B, I, da CLT. Logo, o pedido deve ser lquido no sendo permitida a utilizao da expresso a apurar. Sendo assim, se o reclamante no atender ao disposto no referido comando legal (art. 852-B, I, da CLT), importar no arquivamento da reclamao e a condenao ao pagamento de custas sobre o valor da causa, nos exatos termos da regra prevista no pargrafo 1, do art. 852-B, I, da CLT. Isso porque, as causas submetidas ao procedimento sumarssimo so aquelas em que o legislador imprimiu maior rapidez ao trmite processual, em consonncia com os princpios da celeridade e da razovel durao do processo, previstos no art. 5, LXXVIII da CRFB. Logo, como as normas de procedimento so de ordem pblica, o juiz deve proceder em conformidade com o disposto no 1 do art. 852-B, da CLT arquivando a reclamao trabalhista e condenando o Reclamante ao pagamento das custas processuais. Respostas objetivas: 1) b art. 852-B, II da CLT. 2) d art. 852-B, I e 1 da CLT.

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

Nmero de aulas por semana Nmero de semana de aula Tema

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Audincia - proposta conciliatria

Objetivos

O aluno ter que conhecer as peculiaridades trabalhistas no que se refere ausncia do Reclamante audincia, representao da reclamada por preposto. Dever, ainda, saber os efeitos da conciliao e ainda suas repercusses para as partes e para fins previdencirias.

Estrutura de contedo

Audincia; comparecimento das partes: ausncia do Reclamante arquivamento; ausncia da Reclamada - revelia e confisso. Proposta conciliatria: momento processual; efeitos.

Procedimentos de ensino

O aluno precisa conhecer as Smulas do TST sobre os temas, dentre elas: S. 122, TST; S. 377, TST. Alm disso o aluno precisa saber da necessidade de discriminao das verbas trabalhistas no acordo judicial homologado para fins previdencirios.

Aplicao prtica e terica

Caso concreto 1: (CESPE/OAB 2007.1) O advogado da empresa Delta, munido do instrumento de procurao, compareceu a uma audincia de conciliao, qual o preposto da reclamada no compareceu. Diante dessa situao hipottica, responda, de forma justificada, seguinte pergunta: Deve ser aplicada a revelia empresa Delta?

Caso concreto 2: Na audincia inicial a Reclamada apresentou defesa resistindo ao pedido postulado na ao trabalhista alegando que o Reclamante foi demitido por justa causa, caracterizado por desdia no desempenho das respectivas funes. A audincia foi adiada para a instruo, pois as testemunhas do Reclamante no compareceram. Na audincia em prosseguimento o Reclamante no compareceu. Diante da situao hipottica apresentada, responda de forma justificada se a ausncia do Reclamante implica no arquivamento da reclamao trabalhista. Justifique indicando qual a consequncia jurdica decorrente da ausncia injustificada do Reclamante audincia em prosseguimento para a qual foi intimado para prestar depoimento pessoal.

QUESTES OBJETIVAS 1. (CESPE/OAB 2008.3) A respeito da conciliao no processo trabalhista, assinale a opo correta.

a) A deciso que homologa o acordo irrecorrvel para qualquer das partes e, quando for o caso, para a previdncia social.

b) Sob pena de nulidade, a conciliao tem de ser buscada antes do oferecimento da defesa pelo ru e antes do julgamento do feito.

c) O juiz deve propiciar a conciliao to logo d incio audincia; caso no seja esta alcanada, deve o magistrado passar instruo e ao julgamento sem permitir nova possibilidade para a composio das partes.

d) Encerrado o juzo conciliatrio, as partes no mais podem celebrar acordo ante a ocorrncia da precluso.

2. (CESPE/OAB - 2009.2) No que concerne ao acordo homologado judicialmente, assinale a opo correta.

a) O termo conciliatrio transita em julgado na data da publicao da homologao judicial.

b) O acordo homologado judicialmente tem fora de deciso irrecorrvel, salvo para a previdncia social, quanto s contribuies que lhe forem devidas.

Avaliao

Sugesto de resposta - caso concreto 1: Sim, deve ser aplicada a revelia empresa Delta, nos termos do art. 844 da CLT, uma vez que obrigatria a presena do reclamante e reclamado, independentemente da presena de seus representantes, conforme prev o art. 843, caput da CLT. Nesse sentido o entendimento consagrado na Smula n 122, do C. TST, ao dispor que a ausncia da reclamada audincia em que deveria apresentar defesa implica na revelia, mesmo que seu advogado esteja presente munido de procurao. Dessa forma, se o empregador no comparecer audincia em que deveria apresentar defesa nem utilizar a faculdade prevista no 1 do art. 843, da CLT de fazer-se substituir pelo gerente ou outro preposto que tenha conhecimento dos fatos, ser revel, por aplicao na norma contida no art. 844 da CLT, o que implicar na presuno de veracidade dos fatos articulados pelo reclamante na petio inicial. Sugesto de resposta: caso concreto 2: A ausncia do reclamante audincia, quando j apresentada a defesa no implica no arquivamento do processo, conforme entendimento consagrado na Smula n. 9, do C. TST. O arquivamento da reclamao trabalhista equivale desistncia, que implica na extino do processo sem resoluo do mrito (art. 267, VIII, do CPC). Logo, aps a contestao a desistncia s pode ocorrer com a concordncia do Ru, conforme prev o art. 267, 4, do CPC o que, em regra, no acontecer uma vez que na hiptese de ter sido adiada a audincia para a instruo, e tendo as partes sido intimadas para depoimentos pessoais recprocos, sob pena de confisso, a ausncia de quaisquer das partes, implica na confisso ficta, conforme entendimento contido na Smula n. 74 do C. TST. Sendo assim, a ausncia injustificada do reclamante audincia em prosseguimento no implica no arquivamento da reclamao, a teor do entendimento contido na Smula n. 9, do C. TST, caracterizando a confisso ficta, eis que intimado para prestar depoimento pessoal no compareceu (art. 343, 2, do CPC). Nesse sentido o entendimento consubstanciado na Smula n. 74, do C. TST. Sendo assim, a ausncia injustificada do reclamante, no caso apresentado, implica na veracidade da justa causa alegada na defesa. Respostas: 1) b - art. 846, CLT c/c art. 850, CLT 2) b - conforme art. 831, pargrafo nico da CLT c/c Smula 100, V, TST

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Defesa do reclamado

Objetivos

O aluno precisa conhecer as normas celetistas que tratam da defesa e saber que o CPC tem grande aplicao nessa fase processual, ante a existncia de omisses no texto consolidado. Alm disso preciso que o aluno perceba que a defesa uma pea de resistncia e que, por tal razo, preciso encontrar os argumentos para refutar os fatos relatados na exordial, na medida em que os fatos no contestados presumem-se verdadeiros e independem de prova.

Estrutura de contedo

Defesa do reclamado: oral ou escrita; contestao; exceo; reconveno.

Procedimentos de ensino

Indicar os artigos da CLT que regem a matria, bem como os do CPC.

Aplicao prtica e terica

Caso concreto: (CESPE/OAB - 2009.1) Jos, residente em Taguatinga DF, empregado da empresa Chimarro, localizada em Luzinia GO, local onde presta servio, foi dispensado sem justa causa, no tendo recebido o pagamento de aviso prvio, frias proporcionais nem dcimo terceiro salrio proporcional, razo por que ingressou com reclamao trabalhista na vara de trabalho de Taguatinga DF. Em face dessa situao hipottica, considerando que a empresa no se conformou com o local em que foi ajuizada a reclamao, indique, com a devida fundamentao, a medida cabvel para a empresa discutir essa questo bem como o procedimento a ser adotado pelo juiz.

QUESTES OBJETIVAS 1. (CESPE/OAB 2010.1) Assinale a opo correta relativamente resposta do reclamado.

a) A perempo, a conexo e a falta de cauo ou de outra prestao, que a lei exige como preliminar, podem ser alegadas quando da discusso de mrito.

b) Cabe ao reclamado manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petio inicial, presumindo-se verdadeiros os fatos no impugnados, ainda que em contradio com a defesa, considerada em seu conjunto.

c) Quando forem notificados para a ao vrios reclamados, com diferentes procuradores, o prazo para a contestao ser contado em dobro.

d) De acordo com a CLT, o fato de o juiz ter parentesco por consanguinidade ou afinidade at o terceiro grau civil em relao pessoa dos litigantes causa de suspeio, devendo ser questionada, via exceo, no caso de no pronunciamento pelo prprio magistrado.

2. (CESPE/OAB 2009.3 - adaptado) No que diz respeito exceo de suspeio, assinale a opo correta.

a) Das decises sobre excees de suspeio e incompetncia, salvo, quanto a estas, se terminativas do feito, no caber recurso, podendo, no entanto, as partes aleg-las novamente no recurso que couber da deciso final.

b) Em razo do princpio do juiz natural, no cabe falar em suspeio do juiz na justia do trabalho.

c) Parentesco de terceiro grau civil, em relao pessoa dos litigantes, no motivo para o juiz dar-se por suspeito.

Avaliao

Sugesto de resposta: caso concreto A medida processual cabvel para que a empresa possa se insurgir contra o local em que foi ajuizada a reclamao trabalhista a apresentao da exceo de incompetncia, prevista no art. 799, caput da CLT, eis que conforme artigo 651, caput da CLT a competncia fixada pelo local da prestao de servios, mesmo que o empregado tenha sido contratado em outro lugar ou no estrangeiro. Apresentada a exceo de incompetncia, dispe o art. 800 da CLT, que o juiz deve abrir vista dos autos ao exceto, por 24 horas improrrogveis, devendo proferir deciso na audincia ou sesso que se seguir. Vale acrescentar, por oportuno, que em observncia ao princpio da celeridade e economia processual, e na ausncia de prejuzo ao exceto, nada impede que o juiz possa decidir na mesma audincia, acolhendo a exceo de incompetncia remetendo os autos para o Juzo competente, no caso, Luzinia-GO, por ser o local da prestao de servios. Respostas: 1) d artigos 801 e 802 da CLT 2) a - artigo 799, 2 da CLT.

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Fase probatria - sentena.

Objetivos

O aluno precisa saber que a prova oral muito utilizada na Justia do Trabalho, razo pela qual preciso conhecer as peculiaridades existentes, no que se refere ao procedimento a ser adotado na hiptese de indeferimento pelo juiz da prova requerida, bem como as consequncias advindas quando a parte intimada para prestar depoimento deixar de comparecer. Alm disso preciso saber que a exigncia de prova pericial para provar insalubridade e periculosidade, e os entendimentos do TST sobre os temas.

Estrutura de contedo

Fase probatria: nus da prova no processo de trabalho; meios de prova, peculiaridades. Razes finais e renovao da tentativa de conciliao. Sentena.

Procedimentos de ensino

Os alunos precisam conhecer as smulas sobre os temas abordados, em especial: S. 9, 74, 357, todas do TST.

Aplicao prtica e terica

Caso concreto 1: (CESPE/OAB - 2009.1) - Josu ajuizou reclamao trabalhista contra a empresa Alfa Ltda., alegando que foi demitido sem justa causa e requerendo o pagamento das parcelas rescisrias referentes ao perodo em que manteve vnculo empregatcio - de 1/8/2008 a 2/2/2009. Em contestao, a reclamada resistiu tese inicial, suscitando que Josu no foi demitido e, sim, abandonou o trabalho. Realizada a audincia de instruo, nenhuma das partes apresentou prova de suas alegaes. O juiz exauriu sentena, julgando improcedente a reclamatria e reconhecendo a hiptese de abandono de emprego, motivado pelo fato de o reclamante no ter se desonerado do nus de provar o trmino do contrato de trabalho. O juiz julgou corretamente o litgio?

Caso concreto 2: (CESPE/OAB 2008.1) Jos ingressou com uma reclamao trabalhista contra a empresa Lua Nova Ltda., formulando pedido de pagamento de horas extras. Afirmou que cumpria uma jornada de trabalho de 8 s 20 horas, com duas horas de intervalo, de segunda a sexta-feira. A empresa contestou o pedido, alegando, em sua defesa, que Jos no laborava em jornada extraordinria, e juntou os cartes de ponto de Jos. Todos os cartes juntados pela empresa registravam jornada de trabalho de 8 s 18 horas, com duas horas de intervalo, de segunda a sexta-feira. A empresa no produziu nenhum outro tipo de prova, a no ser os cartes de ponto de Jos. O juiz julgou procedente a demanda e condenou a empresa a pagar a Jos as horas extras, considerando a jornada de trabalho informada na inicial, ou seja, de 8 s 20 horas, com duas horas de intervalo, de segunda a sexta-feira. Na situao apresentada, est correto o posicionamento do juiz? Fundamente, juridicamente, a sua resposta.

QUESTES OBJETIVAS 1. (CESPE/OAB - 2006.3) Trcio moveu reclamao trabalhista contra a empresa Aurora Ltda. Na audincia de instruo, Trcio apresentou como sua testemunha Iram, que, por sua vez, tambm litigava contra a empresa Aurora Ltda., na condio de ex-empregado. O advogado da empresa contraditou a testemunha, alegando que, por tambm estar litigando em outro processo contra a mesma reclamada, Iram seria suspeito. Nessa situao hipottica, o juiz deve:

a) indeferir a contradita e ouvir o depoimento de Iram como testemunha compromissada, pois o fato de este estar litigando contra o mesmo empregador no o torna suspeito.

b) deferir a contradita e dispensar a oitiva de Iram, devido a sua manifesta suspeio.

c) proceder oitiva de Iram como informante, sem que este preste

Avaliao

Sugesto de resposta: caso concreto 1: O Juiz no julgou corretamente o litgio, eis que em virtude do princpio da continuidade da relao de emprego, compete ao empregador o nus de provar do despedimento, conforme entendimento consagrado na Smula n 212 do C. TST. Assim de acordo com os artigos 818 da CLT c/c art. 333, II do CPC competia ao empregador o nus de provar a justa causa, presumindo-se a dispensa imotivada na hiptese de o empregador no se desincumbir de seu encargo probatrio. Sugesto de resposta: caso concreto 2: O posicionamento do juiz est correto, pois conforme entendimento consagrado na Smula n 338, III, do TST, os cartes de ponto que apresentam horrio de entrada e sada uniformes no servem como meio de prova, eis que no refletem a realidade, implicando, por conseguinte, em inverso do nus da prova, relativo s horas extras que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada de trabalho indicada na petio inicial se o empregador no se desincumbir de seu nus probatrio. No caso apresentado como todos os cartes de ponto juntados pela empresa apresentavam o mesmo horrio, sem qualquer variao, competia ao empregador comprovar o horrio de trabalho, eis que os cartes no refletiam a realidade. Como a empresa no produziu qualquer outra prova capaz de afastar a presuno relativa de veracidade da jornada de trabalho apontada pelo obreiro, prevalece o horrio declinado na petio inicial. Respostas: 1) a - Smula n 357, C. TST. 2) d OJ n 98, da SDIII do C. TST

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Procedimentos especiais

Objetivos

O aluno precisa saber que alm do procedimento comum e especial previsto na CLT, na Justia do Trabalho aplicamos, de forma subsidiria, outras aes previstas no CPC ou em legislao especial, dentre as quais: ao de consignao em pagamento, ao cautelar, mandado de segurana, ao rescisria. Alm disso preciso compreender que o mandado de segurana utilizado com freqncia para atacar deciso interlocutria, que na Justia do Trabalho no recorrvel, em regra, de imediato.

Estrutura de contedo

Procedimentos especiais

Procedimentos de ensino

Os alunos precisam conhecer as principais smulas e orientaes jurisprudenciais sobre os temas abordados.

Aplicao prtica e terica

Caso concreto 1: (CESPE/OAB - 2008.2) Antnio moveu reclamao trabalhista contra a empresa Lua Cheia, pleiteando, em sede de antecipao de tutela, a sua reintegrao no emprego. Ao apreciar tal pedido, o juiz determinou, sem a oitiva da parte contrria, a imediata reintegrao de Antnio. Na mesma deciso, o juiz determinou a notificao das partes para comparecimento audincia inaugural. A empresa foi notificada para o cumprimento da ordem de reintegrao deferida. Considerando a situao hipottica apresentada, na condio de advogado(a) da empresa, especifique, de forma fundamentada, o instrumento processual hbil para buscar reverter a deciso do juiz.

Caso concreto 2: (OAB/RJ 12 Exame de Ordem) A empresa de construo civil, C A de Oliveira Ltda., demitiu o seu empregado, Jos da Silva, sem justa causa que, no final do aviso prvio, no compareceu ao Sindicato da categoria para a homologao do distrato, apesar de no prprio aviso prvio, constar a data e o local para o recebimento das verbas do contrato de trabalho. Em face do que determinam os pargrafos do art. 477, da Consolidao das Leis do Trabalho, possvel a empresa C A Oliveira Ltda., se precaver da multa ali contida com alguma demanda judicial? Fundamentar.

QUESTES OBJETIVAS 1. (CESPE/OAB 2007.2) Pedro e a empresa Mar Grande pactuaram acordo para resoluo de reclamao trabalhista. Formalizaram o acordo por escrito, e encaminharam petio ao juiz, com cpia do acordo em anexo, formulando pedido de homologao. O juiz, contudo, no homologou o acordo. Pedro, ento, impetrou mandado de segurana contra o juiz, pleiteando a homologao do acordo via concesso de segurana. Considerando essa situao hipottica, assinale a opo correta.

a) A homologao do acordo constitui uma faculdade do juiz, inexistindo direito lquido e certo tutelvel pela via do mandado de segurana.

b) No cabvel mandado de segurana na justia do trabalho.

c) O desembargador designado relator deve conceder a segurana, pois caberia ao juiz a homologao do acordo, uma vez que a vontade das partes deve prevalecer.

d) O desembargador designado relator no deve sequer conhecer as razes do mandado de segurana, j que o juiz de 1. grau no seria autoridade coatora, sendo, portanto, parte ilegtima.

2. (CESPE/OAB 2009.1) Com base no que dispe a CLT sobre a ao rescisria e luz do entendimento do TST sobre a matria, assinale a

Avaliao

Sugesto de resposta: caso concreto 1: O instrumento hbil para reverter a deciso judicial a impetrao do mandado de segurana, conforme previsto na Smula 414, item II, do TST, por se tratar de deciso interlocutria, a qual, segundo o art. 893, 1 da CLT e entendimento consagrado na Smula 214 do TST, no cabe recurso de imediato. Sugesto de resposta: caso concreto 2: possvel a empresa se precaver da multa propondo ao de consignao em pagamento cabvel no Processo do Trabalho de forma subsidiria, a teor do art. 769 da CLT. Respostas: 1) a smula n 418 do C. TST. 2) c conforme art. 836 da CLT.

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Recursos no Processo do Trabalho - pressupostos de admissibilidade

Objetivos

O aluno precisa conhecer os pressupostos de admissibilidade dos recursos e as peculiaridades existentes na Justia do Trabalho no que tange ao depsito recursal. Deve conhecer os entendimentos do TST sobre os temas, eis que so muito explorados no exame de ordem, da 1 e 2 fases.

Estrutura de contedo

Recursos no Processo do Trabalho: princpios e normas aplicveis aos recursos trabalhistas; pressupostos de admissibilidade: objetivos ou extrnsecos; subjetivos ou intrnsecos. Efeitos dos recursos.

Procedimentos de ensino

preciso destacar os principais entendimentos do TST sobre os pressupostos de admissibilidade, pois so os temas mais cobrados nas provas da OAB.

Aplicao prtica e terica

Caso concreto 1: (CESPE/OAB 2007.2) Antnio, advogado da empresa Alfa e mega Ltda., interps recurso ordinrio contra deciso de um juiz de direito da vara do trabalho, que estabelecera condenao empresa. Embora tenha interposto o referido recurso no terceiro dia do prazo de 8 dias que a CLT estabelece para a interposio de recurso ordinrio, o advogado da empresa efetuou o pagamento do depsito recursal apenas no oitavo dia. Diante da situao hipottica acima, questiona-se: o recurso est apto a ser conhecido? Justifique a sua resposta.

Caso concreto 2: (CESPE/OAB - 2009.2) - Uma entidade filantrpica figurou como reclamada em reclamao trabalhista movida por exempregado e obteve o benefcio da assistncia judiciria gratuita deferida pelo juiz. Aps a instruo processual, o juiz proferiu sentena, julgando procedente o pedido formulado pelo reclamante na inicial, tendo o valor da condenao alcanado o montante de R$ 9.500,00. Nessa situao hipottica, caso a entidade filantrpica tenha interesse em interpor recurso ordinrio contra a sentena proferida pelo juiz, ela deve proceder ao recolhimento do depsito recursal? Justifique a resposta.

QUESTES OBJETIVAS 1. (CESPE/OAB 2007.2) Severino, advogado da empresa Solar Ltda, interps agravo de instrumento contra deciso do presidente do tribunal regional do trabalho (TRT), que negou seguimento a recurso de revista. O prazo para a interposio do agravo de instrumento de 8 dias. A deciso que negou seguimento a referido recurso foi publicada no Dirio de Justia em uma sexta-feira, 13/07/2007. Como o dia 23/07/2007 foi feriado local, Severino protocolou o referido recurso no dia 24/07, sem, contudo, juntar cpia aos autos da prova do feriado local, para atestar que o TRT no teve expediente no citado dia. A respeito dessa situao hipottica, assinale a opo correta.

a) A parte deve comprovar, quando da interposio do recurso, a existncia de feriado local ou de dia til em que no haja expediente forense para justificar a prorrogao do prazo recursal.

b) Caberia ao relator do processo no Tribunal Superior do Trabalho solicitar ao TRT a comprovao do feriado local.

c) Cabe ao TRT providenciar a juntada aos autos da respectiva certido comprovando a existncia de feriado local, como o no funcionamento do foro no respectivo dia.

d) no existe necessidade de prova do feriado, nem de certido emitida pelo TRT, j que o feriado local constitudo por lei estadual,

Avaliao

Sugesto de resposta: caso concreto 1: Sim, o recurso ordinrio interposto pelo advogado da empresa est apto a ser conhecido, uma vez que o depsito recursal deve ser realizado e comprovado no prazo alusivo ao recurso, conforme prev o art. 7, da Lei n 5.584/70, razo pela qual a interposio antecipada do recurso no prejudica a dilao legal, conforme entendimento consubstanciado na Smula n 245 do C. TST. Assim, tendo em vista que o art. 895, I, da CLT, estabelece o prazo de 8 dias para a interposio de recurso ordinrio das decises definitivas ou terminativas das Varas do Trabalho e dos Juzes de Direito no exerccio da jurisdio trabalhista, e tendo a Reclamada realizado e comprovado o recolhimento do depsito recursal dentro do prazo de oito dias, o recurso ordinrio est apto a ser conhecido, vez que foi observado o disposto no art. 7, da Lei n 5.584/70, mesmo que o recurso ordinrio tenha sido interposto antes do prazo de oito dias. Sugesto de resposta: caso concreto 2: A entidade filantrpica ter que proceder ao recolhimento do depsito recursal, pois o aludido depsito, previsto no art. 899, 1 da CLT, visa garantir futura execuo. Assim a empresa deveria efetuar o referido depsito, eis que o deferimento da gratuidade de justia implica na dispensa do recolhimento das despesas processuais, mas no abrange o depsito recursal, justamente por ser importncia destinada ao pagamento do empregado em futura execuo. Assim, havendo condenao em pecnia, a empregadora deveria efetuar o depsito recursal. Nesse sentido S. 128, I do TST. NOTA: Embora a IN n 3 do TST, no item X, no exija depsito recursal na hiptese de concesso de assistncia judiciria gratuita, seria necessria a COMPROVAO DA INSUFICINCIA DE RECURSOS, com descrito no referido item da IN 3, TST em referncia, o que no possvel deduzir do caso apresentado, pois para o deferimento da gratuidade de justia basta a simples declarao de insuficincia de rendimentos, nos termos do art. 1 da Lei n 7.115/83. Respostas: 1) a S. 385 do C. TST. 2) b S. 383 do C. TST.

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Recursos em espcie: embargos de declarao; recurso ordinrio; recurso adesivo; agravo de instrumento

Objetivos

O aluno precisa conhecer as regras gerais e especiais dos embargos de declarao, recurso ordinrio, adesivo e agravo de instrumento, bem como os entendimentos do TST sobre os temas.

Estrutura de contedo

Recursos em espcie: embargos de declarao; recurso ordinrio; recurso adesivo; agravo de instrumento

Procedimentos de ensino

preciso demonstrar as diferenas e hipteses de cabimento de cada um dos recursos, de modo que o aluno tenha habilidade para identificar o recurso cabvel na hiptese hipottica apresentada, no esquecendo de indicar os entendimentos do TST nos casos mais importantes.

Aplicao prtica e terica

Caso concreto 1: (CESPE/OAB 2007.2) - Um juiz de direito de uma comarca do interior de um estado do Brasil no abrangida pela jurisdio de uma vara do trabalho julgou reclamao trabalhista movida por Jos contra a empresa Delta Ltda. Este, porm, no se conformou com a deciso proferida pelo juiz. Diante dessa situao, que recurso o advogado de Jos dever interpor? Que tribunal ser competente para julgar o recurso? Justifique as suas respostas.

Caso concreto 2: (OAB/RJ - 30 Exame de Ordem) Paulo Gomes Netto, ingressou com Ao Trabalhista, sendo a mesma julgada improcedente. O reclamante apresentou Recurso Ordinrio, contudo, o Juzo de 1 Grau negou seguimento. Em 06/10/2006, foi publicado o indeferimento. Paulo pediu seu advogado que tomasse alguma providncia. Pergunta-se: Qual a providncia que o advogado deve tomar? Qual o prazo?

QUESTES OBJETIVAS 1. (CESPE/OAB 2009.1) Com relao aos embargos de declarao na justia do trabalho, assinale a opo correta.

a) No passvel de nulidade deciso que acolhe embargos de declarao com efeito modificativo tomada sem que a parte contrria tenha se manifestado.

b) Os erros materiais podem ser corrigidos de ofcio ou a requerimento de qualquer das partes.

c) O embargo de declarao no est previsto taxativamente na CLT, razo pela qual se aplicam, subsidiariamente, as normas do CPC.

d) O prazo para a oposio de embargos de declarao de oito dias, a contar da data da sentena ou do acrdo.

2. (134 EXAME OAB/SP) Nos dissdios de alada exclusiva da vara do trabalho, apenas cabe recurso no caso de a questo decidida:

a) limitar-se a matria de fato.

b) versar sobre legislao ordinria federal.

c) versar sobre matria constitucional.

d) versar sobre interpretao de clusula de conveno coletiva.

Avaliao

Sugesto de resposta: caso concreto1: O recurso cabvel o recurso ordinrio, a ser interposto no prazo legal de 8 dias, conforme a regra contida no art. 895, I da CLT. Isto por que o recurso que tem previso legal e adequado para atacar decises definitivas ou terminativas da Vara do Trabalho ou de juzes de direito no exerccio da jurisdio trabalhista. A competncia para processar e julgar o recurso supramencionado ser do Tribunal do Regional do Trabalho daquela localidade, consoante dispe o art. 112, da CR/88, c/c arts. 668 e 669, da CLT. Sugesto de resposta: caso concreto 2: No caso em exame, o advogado dever interpor agravo de instrumento, que o recurso cabvel das decises que denegarem seguimento ao recurso, conforme previsto no art. 897, alnea b da CLT, cabvel no prazo de 8 (oito) dias. O recurso dever ser interposto at o dia 16.10.2006, uma vez que a deciso que denegou seguimento ao recurso foi publicada no dia 06.10.2006 (sexta-feira), o prazo comeou a fluir na segunda-feira imediata, dia 09.10.2006, conforme entendimento consagrado na Smula n. 1, do C. TST e art. 775 da CLT, cessando em 16.10.2006 segunda-feira. Portanto, o agravo de instrumento dever ser interposto at 16.10.2006, devendo ser instrudo, obrigatoriamente, com a cpia da deciso agravada, da certido da respectiva intimao, procuraes dos advogados das partes, petio inicial, contestao, deciso originria, e outras peas que forem necessrias ao deslinde da controvrsia, na forma prevista pelo pargrafo 5 do art. 897 da CLT. Respostas: 1) b art. 897-A, pargrafo nico, da CLT NOTA: Embora a banca examinadora no tenha anulado a questo em exame, entendo que a questo deveria ter sido anulada, eis que, a meu ver, o item c tambm est correto, na medida em que os embargos declaratrios no esto previstos taxativamente na CLT, j que o art. 897-A, da CLT prev o cabimento dos embargos sem disciplinar quais as hipteses, pois apenas discrimina os casos em que podem ocorrer o efeito modificativo, sendo certo que no h previso expressa quanto ao cabimento dos embargos de declarao na hiptese de obscuridade. Logo, utilizamos o art. 535 do CPC, de forma subsidiria. 2) c art. 2, 2 e 4, da Lei n 5.584/70.

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Recursos em espcie: agravo; recurso de revista; embargos; agravo de petio; dentre outros

Objetivos

O aluno precisa conhecer as regras gerais e especiais do agravo, recurso de revista, embargos no TST, recurso extraordinrio, agravo de petio, reclamao correicional identificando as hipteses de cabimento e pressupostos de admissibilidade especficos.

Estrutura de contedo

Recursos em espcie: agravo deciso monocrtica do relator; recurso de revista; embargos no TST; recurso extraordinrio; agravo de petio; reclamao correicional

Procedimentos de ensino

preciso demonstrar as diferenas e hipteses de cabimento de cada um dos recursos, de modo que o aluno tenha habilidade para identificar o recurso cabvel na hiptese hipottica apresentada, no esquecendo de indicar os entendimentos do TST nos casos mais importantes.

Aplicao prtica e terica

Caso concreto 1: (CESPE/OAB - 2008.1) A empresa Orvalho Matinal litigava contra um ex-empregado na justia do trabalho em processo que corria sob o rito sumarssimo. O juiz de 1 grau julgou procedente a ao, tendo sido a sentena confirmada pelo tribunal regional do trabalho. O advogado da empresa resolveu interpor recurso de revista. Ao fundamentar seu recurso, o advogado alegou que a deciso do tribunal regional contrariava o disposto em uma orientao jurisprudencial da SBDI 1, do Tribunal Superior do Trabalho, sendo este argumento o nico de mrito presente no recurso de revista. Na situao hipottica apresentada, o recurso de revista interposto pelo advogado da empresa Orvalho Matinal est apto a ser conhecido? Justifique a sua resposta.

Caso concreto 2: (CESPE/OAB 2007.1) O advogado da empresa Beta interps agravo de petio apresentando fundamentao genrica, sem especificar a matria e os valores impugnados. Considerando que no processo do trabalho cabvel agravo de petio das decises do juiz do trabalho em execues, responda, de forma justificada, seguinte pergunta relativa situao hipottica apresentada acima. O recurso interposto pelo advogado est apto a ser conhecido e provido?

QUESTES OBJETIVAS 1. (CESPE/OAB 2006.3) Assinale a opo correta quanto aos prazos para a interposio de recursos na justia do trabalho.

a) O prazo para a interposio de recurso de embargos de 8 dias.

b) Da deciso do ministro presidente do Tribunal Superior do Trabalho que nega seguimento ao recurso extraordinrio, cabe agravo de instrumento para o STF, no prazo de 8 dias.

c) O prazo para a interposio do recurso ordinrio o mesmo que se concede interposio da apelao no cvel.

d) O prazo para a interposio de agravo de petio de 5 dias.

2. (CESPE/OAB 2008.2) No que diz respeito ao recurso de revista, assinale a opo correta.

a) O prazo para interposio do recurso de revista de 10 dias.

b) Tal recurso possui efeitos devolutivo e suspensivo em todos os casos.

c) Esse recurso cabvel contra decises proferidas pelos tribunais regionais do trabalho ou por suas turmas, em execuo de sentena,

Avaliao

Sugesto de resposta: caso concreto 1: O recurso interposto pelo advogado da empresa Orvalho Matinal no est apto a ser conhecido, pois em processo de rito sumarssimo s cabe recurso de revista em duas nicas hipteses: quando a deciso afrontar direta e literalmente a Constituio Federal ou no caso de afronta Smula do TST, conforme prev o art. 896, 6, da CLT. A deciso que afronta Orientao Jurisprudencial no enseja recurso de revista em processo de rito sumarssimo, por falta de previso legal. Nesse sentido o entendimento consagrado na Orientao Jurisprudencial n 352 da SBDI-I do C. TST ao dispor que inadmissvel recurso de revista, nas causas sujeitas ao rito sumarssimo, por contrariedade Orientao Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho. Logo, no deve ser conhecido o recurso de revista interposto na condio apontada pela questo em exame. Sugesto de resposta: caso concreto 2: O recurso interposto no est apto a ser conhecido e provido, pois de acordo com o disposto no art. 897, 1, da CLT, o agravante dever delimitar, justificadamente, as matrias e os valores impugnados, de modo a permitir a execuo imediata da parte remanescente at o final. Trata-se de pressuposto especfico de admissibilidade do agravo de petio. Nesse sentido tambm o entendimento consagrado na Smula n 416 do C. TST que corrobora a previso normativa contida no art. 897, 1, da CLT, no que se refere a necessidade de delimitao de matrias e valores impugnados para a admissibilidade do agravo de petio. Respostas: 1) a art. 894, da CLT. 2) c art. 896, 2 da CLT.

Ttulo

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Execuo Trabalhista

Objetivos

O aluno precisa conhecer as regras gerais e especiais que regem a execuo trabalhista, em especial o fato de a CLT possuir poucos artigos sobre a execuo, razo pela qual prev a aplicao da lei de execuo fiscal que, por sua vez, prev a incidncia do CPC de forma subsidiria, fatos que geram muitas controvrsias. importante destacar que os recursos trabalhistas, por terem efeito apenas devolutivo, permitem a execuo provisria, o que imprime maior celeridade no trmite processual.

Estrutura de contedo

Execuo Trabalhista: regras gerais; execuo provisria e definitiva; liquidao de sentena: clculos, arbitramento, artigos. Citao do executado. Penhora: bens penhorveis e bens impenhorveis

Procedimentos de ensino

preciso focar a explanao nas regras previstas na CLT sobre execuo, sem muitas delongas em questes controvertidas, eis que adentrar nas diversas controvrsias pode fazer com que o aluno perca o foco das peculiaridades trabalhistas, no esquecendo de citar os entendimentos do TST sobre o tema.

Aplicao prtica e terica

Caso concreto: (CESPE/OAB 2009.1) - Joo promoveu execuo provisria, no valor de R$50.000,00, contra a empresa Mosaico Ltda., que, no momento oportuno, indicou dois veculos de sua propriedade suficientes para garantia da execuo. Entretanto, o juiz de 1 grau, a fim de dar maior garantia para o exequente, proferiu deciso estabelecendo a substituio desses bens por dinheiro, atitude que afetou o fluxo de caixa e todo o planejamento financeiro da empresa. Considerando incabvel o agravo de petio, indique a soluo jurdica adequada.

QUESTO OBJETIVA (CESPE/OAB 2009.3) Com relao ao princpio da inrcia jurisdicional no mbito da justia do trabalho, assinale a opo correta.

a) A execuo, no mbito da justia do trabalho, ter incio somente quando a parte interessada requerer o cumprimento da sentena.

b) O juiz no pode promover, de ofcio, a execuo.

c) Tratando-se de decises dos tribunais regionais, a execuo dever ser promovida, necessariamente, pelo advogado da parte credora.

d) A execuo poder ser promovida de ofcio.

Avaliao

Sugesto de resposta: caso concreto cabvel a impetrao do mandado de segurana, conforme entendimento consagrado na Smula n 417 do C. TST, eis que em se tratando de execuo provisria, fere direito lquido e certo do impetrante a determinao de penhora em dinheiro, quando o executado nomeou outros bens penhora, uma vez que o executado tem direito que a execuo se processe da forma que lhe seja menos gravosa, a teor do art. 620 do CPC. QUESTO OBJETIVA: Resposta: d art. 878, da CLT.

Ttulo

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Meios impugnativos da execuo - recurso na execuo

Objetivos

O aluno precisa conhecer os diferentes meios de impugnao da execuo, o momento prprio para sua apresentao e os requisitos necessrios para seu exerccio. Alm disso, deve conhecer o recurso prprio da execuo e seu pressuposto especfico de admissibilidade.

Estrutura de contedo

Meios impugnativos da execuo: embargos execuo; impugnao do credor; embargos de terceiros; exceo ou objeo de prexecutividade. Recurso na execuo: agravo de petio, cabimento, rito e efeitos. Trmites finais da execuo: venda do bem em hasta pblica: arrematao, adjudicao e remio. Da extino da execuo pelo pagamento

Aplicao prtica e terica

Caso concreto 1: (OAB/PARAN 03.09.2006) Aps o trnsito em julgado da sentena, o juiz da execuo determinou a penhora de bens pessoais do scio gerente da reclamada, haja vista no haver bens suficientes da empresa para garantir o crdito do reclamante. O Oficial de Justia procedeu penhora do imvel residencial do scio gerente da reclamada, Maurcio Pereira, no constando do mandado de penhora a notificao para a esposa do referido scio, Josefa Pereira (casada em regime de comunho universal de bens e que no participava da sociedade). Josefa ingressou com embargos de terceiros com a finalidade de resguardar a sua meao no imvel. Ao analisar os embargos, o juiz proferiu deciso rejeitando o pedido formulado pela embargante. Diante desta situao, responda: Na condio de advogado de Josefa, qual o remdio processual adequado para salvaguardar o direito da sua cliente e qual o prazo legal?

Caso concreto 2: (OAB/RJ 18 Exame de Ordem) Qual o recurso que cabe do despacho denegatrio de seguimento ao agravo de petio, na Vara de Trabalho do Rio de Janeiro? Fundamentar a resposta, indicando o respectivo dispositivo legal ou regimental aplicvel espcie.

QUESTO OBJETIVA (CESPE/OAB 2009.3) Assinale a opo correta no tocante aos embargos execuo e sua impugnao na justia do trabalho.

a) Considera-se inexigvel o ttulo judicial fundado em lei ou o ato normativo declarados inconstitucionais pelo STF ou em aplicao ou interpretao consideradas incompatveis com a CF.

b) Garantida a execuo ou penhorados os bens, ter o executado oito dias para apresentar embargos execuo, cabendo igual prazo ao exequente para a respectiva impugnao.

c) A matria de defesa nos embargos execuo ser restrita s alegaes de cumprimento da deciso ou do acordo.

d) Dado o princpio da celeridade, se, na defesa, tiverem sido arroladas testemunhas, defeso ao juiz ou ao presidente do tribunal a oitiva das citadas testemunhas.

Avaliao

Sugesto de resposta: caso concreto 1: O remdio processual adequado o agravo de petio. O prazo para a interposio do apelo de oito dias nos termos do art. 897, alnea a, da CLT. Sugesto de resposta: caso concreto 2: O recurso cabvel da deciso que nega seguimento ao agravo de petio o agravo de instrumento, conforme art. 897, b, da CLT, cabvel no prazo de 8 (oito) dias. Conforme o 1 do mesmo dispositivo legal, o agravo de instrumento interposto em face de deciso denegatria de agravo de petio no suspende a execuo da sentena. QUESTO OBJETIVA: Resposta: a Conforme Art.884, 5, da CLT.

Ttulo

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Dissdios Coletivos

Objetivos

O aluno precisa conhecer o meio utilizado para o exerccio do poder normativo da justia do trabalho, sua tramitao e distines dos dissdios individuais. preciso ainda saber que a ao de cumprimento visa apenas o cumprimento de normas coletivas devendo estabelecer relaes com a ao trabalhista.

Estrutura de contedo

Dissdios Coletivos. Conceito e Poder normativo da Justia do Trabalho; classificao; competncia; partes; requisitos da petio inicial; conciliao; sentena normativa; ao de cumprimento

Procedimentos de ensino

Estabelecer um paralelo entre o poder do presidente da repblica de editar normas e da justia do trabalho para auxiliar na compreenso da instituto.

Aplicao prtica e terica

Caso concreto: Em processo de dissdio coletivo de natureza econmica foi proferida sentena normativa pelo TRT concedendo categoria profissional reajuste salarial de 10%. Contra essa deciso o sindicato da categoria econmica (patronal) interps recurso ordinrio ao TST, que foi recebido sem efeito suspensivo. O aludido recurso ainda no foi julgado razo pela qual ainda no houve o trnsito em julgado. Diante dos fatos acima relatados, responda justificadamente: a) O sindicato da categoria profissional (empregados) poder cobrar em juzo o referido reajuste, antes do trnsito em julgado da sentena normativa, ou ter que aguardar o trnsito em julgado? b) Qual a medida processual adequada de que dispe o Sindicato da categoria profissional para a cobrana do reajuste salarial das empresas que no concederam o aludido reajuste?

QUESTO OBJETIVA (CESPE/OAB 2009.1) Assinale a opo correta a respeito dos dissdios coletivos do trabalho.

a) A sentena normativa no se submete a processo de execuo, mas, sim, a ao de cumprimento.

b) Da sentena normativa proferida pelo tribunal regional do trabalho cabe recurso de revista para o TST.

c) O Ministrio Pblico do Trabalho possui legitimidade para propor dissdios coletivos em qualquer situao.

d) A competncia originria para o julgamento dos dissdios coletivos do juiz do trabalho de 1. grau.

Avaliao

Sugesto de resposta: caso concreto a) O sindicato poder cobrar o reajuste em juzo, no precisando aguardar o trnsito em julgado, pois o art. 872 da CLT que exigia o trnsito em julgado da sentena normativa para o ajuizamento da ao de cumprimento foi derrogado pelo art. 7, 6 da Lei n 7.701/88 ao permitir que a ao de cumprimento fosse ajuizada partir do 20 dia subsequente ao julgamento do dissdio coletivo. b) A medida processual adequada seria a ao de cumprimento nos termos do art. 872 da CLT e art. 10 da Lei n 7.701/88. QUESTO OBJETIVA: Resposta: a conforme art. 872, CLT.