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Exercícios de toda apostila CAPÍTULO: NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Conceitos de Administração Pública O conceito de Administração Pública em sentido objetivo ou material NÃO abrange (Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro / Prova para investigador policial / Cesgranrio / fevereiro de 2006). (A) fomento. (B) intervenção. (C) serviço público. (D) polícia administrativa. (E) agentes públicos. Resposta: E No conceito de Direito Administrativo, pode-se entender ser ele um conjunto harmonioso de normas e princípios, que regem relações entre órgãos públicos, seus servidores e administrados, no concernente às atividades estatais, mas não compreendendo (Técnico da Receita Federal / 2003 / ESAF). a) a administração do patrimônio público. b) a regência de atividades contenciosas. c) nenhuma forma de intervenção na propriedade privada. d) o regime disciplinar dos servidores públicos. e) qualquer atividade de caráter normativo. Resposta: B Acerca do Estado, do governo e da administração pública, assinale a opção correta: (TRE/GOIÁS –Técnico Judiciário/2005/Cespe). a) Atualmente, considera-se que a característica essencial dos Estados é a separação dos poderes. Em virtude dessa separação, cada um dos órgãos com funções executivas, legislativas e judiciárias é especializado em suas funções e não pratica atos com natureza própria dos demais ramos. b) Do ponto de vista subjetivo, a administração pública não se compõe apenas dos órgãos do Poder Executivo. c) Nos moldes das teorias publicistas historicamente consolidadas, a Federação brasileira é constituída apenas pelos seguintes componentes: União, estados-membros e Distrito Federal. d) O que caracteriza o governo e a administração pública é a produção de atos políticos e a atuação politicamente dirigida, traduzida em comando, iniciativa e fixação de objetivos do Estado. Resposta: B Sobre a noção de Administração Pública, analise as afirmativas a seguir: (Agente da Polícia Civil- DF/ 2005 / UFRJ). I. A função administrativa do Estado será desempenhada por órgãos e agentes de todos os poderes, ainda que predominantemente pelo Poder Executivo. II. No sentido material, considera-se Administração Pública o desempenho da função administrativa, como por exemplo, a gestão de bens e de serviços públicos. III. Através da desconcentração administrativa é possível atribuir a particulares, por ato administrativo, ou por contrato, a execução de serviços públicos. São verdadeiras somente as afirmativas: a) I e II; b) I e III;

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Exercícios de toda apostila

CAPÍTULO: NOÇÕES INTRODUTÓRIAS

Conceitos de Administração Pública O conceito de Administração Pública em sentido objetivo ou material NÃO abrange (Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro / Prova para investigador policial / Cesgranrio / fevereiro de 2006). (A) fomento. (B) intervenção. (C) serviço público. (D) polícia administrativa. (E) agentes públicos. Resposta: E No conceito de Direito Administrativo, pode-se entender ser ele um conjunto harmonioso de normas e princípios, que regem relações entre órgãos públicos, seus servidores e administrados, no concernente às atividades estatais, mas não compreendendo (Técnico da Receita Federal / 2003 / ESAF). a) a administração do patrimônio público. b) a regência de atividades contenciosas. c) nenhuma forma de intervenção na propriedade privada. d) o regime disciplinar dos servidores públicos. e) qualquer atividade de caráter normativo. Resposta: B Acerca do Estado, do governo e da administração pública, assinale a opção correta: (TRE/GOIÁS –Técnico Judiciário/2005/Cespe). a) Atualmente, considera-se que a característica essencial dos Estados é a separação dos poderes. Em

virtude dessa separação, cada um dos órgãos com funções executivas, legislativas e judiciárias é especializado em suas funções e não pratica atos com natureza própria dos demais ramos.

b) Do ponto de vista subjetivo, a administração pública não se compõe apenas dos órgãos do Poder Executivo.

c) Nos moldes das teorias publicistas historicamente consolidadas, a Federação brasileira é constituída apenas pelos seguintes componentes: União, estados-membros e Distrito Federal.

d) O que caracteriza o governo e a administração pública é a produção de atos políticos e a atuação politicamente dirigida, traduzida em comando, iniciativa e fixação de objetivos do Estado.

Resposta: B Sobre a noção de Administração Pública, analise as afirmativas a seguir: (Agente da Polícia Civil- DF/ 2005 / UFRJ). I. A função administrativa do Estado será desempenhada por órgãos e agentes de todos os poderes, ainda que predominantemente pelo Poder Executivo. II. No sentido material, considera-se Administração Pública o desempenho da função administrativa, como por exemplo, a gestão de bens e de serviços públicos. III. Através da desconcentração administrativa é possível atribuir a particulares, por ato administrativo, ou por contrato, a execução de serviços públicos. São verdadeiras somente as afirmativas: a) I e II; b) I e III;

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c) II e III; d) I, II e III; e) nenhuma. Resposta: A Comentários do professor: Podemos conceituar a Administração Pública em dois sentidos: sentido formal (também denominado de subjetivo ou orgânico) e sentido material (também chamado de objetivo ou funcional). Em sentido FORMAL, a Administração Pública corresponde ao conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas que executam as atividades da Administração. Cuidado! Administração Pública engloba, neste caso, todos os órgãos e agentes da Administração Direta, todos os poderes de Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário) e todas as entidades e agentes da Administração Indireta que estejam exercendo função administrativa.

Fontes do Direito Administrativo

No que se refere a fontes e princípios do direito administrativo, julgue os itens seguintes. (Delegado da Poliia Federal/Cespe/2004) __ A jurisprudência é fonte do direito administrativo, mas não vincula as decisões administrativas, apesar de o direito administrativo se ressentir de codificação legal. Resposta: Correta A primordial fonte formal do Direito Administrativo no Brasil é (SRF / Área Tributária e Aduaneira / ESAF / 2006): a) a lei. b) a doutrina. c) a jurisprudência. d) os costumes. e) o vade-mécum. Resposta: A

Estado São elementos originários e indissociáveis do Estado (Câmara Municipal de Goiânia / Assessor Técnico Legislativo / Universidade Salgado de Oliveira / 2006): a) Povo, Território e Governo soberano. b) União, Estados e Município. c) União, Estados e Bairros. d) Povo, União e Estados. e) Território, Mares e Rios. Resposta: A

CAPÍTULO: PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Princípios da Administração Pública

Com base no direito administrativo e na legislação aplicável, julgue os itens seguintes (Ministério do Meio Ambiente/Analista Ambiental/Cespe/2008).

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83 De acordo com o princípio da legalidade presume-se que todos os atos da administração pública sejam verdadeiros e praticados com observância das normas legais pertinentes. Por se tratar de presunção relativa, a presunção da legalidade admite prova em contrário, cujo efeito é o de inverter o ônus da prova. Comentários do professor: A banca do Cespe interligou o conhecimento do candidato quanto ao princípio da legalidade com a presunção de legitimidade e de veracidade. Resposta: Correta Com relação aos princípios básicos da administração pública, julgue os seguintes itens (Agente de Inteligência/Abin/Cespe/2008). 113 Com base no princípio da publicidade, os atos internos da administração pública devem ser publicados no diário oficial. Resposta: Errada Com relação aos princípios básicos da administração pública, julgue os seguintes itens (Agente de Inteligência/Abin/Cespe/2008) 111 Não viola o princípio da motivação dos atos administrativos o ato da autoridade que, ao deliberar acerca de recurso administrativo, mantém decisão com base em parecer da consultoria jurídica, sem maiores considerações. Resposta: Correta. Com base no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal — Decreto n.º 1.171/1994 —, julgue os itens que se seguem (PRF/Oficial de Inteligência/Cespe/2008). 118 Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da administração pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão um comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. Resposta: 118- Correta A Constituição Federal traz, em seu texto, vários princípios a serem observados pelo administrador público. Acerca desses princípios, julgue os itens que se seguem. (Agente da Polícia Civil/TO/Cespe/2008): I - A redução do desperdício de dinheiro público enquadra-se na definição do princípio da poupança dos recursos do Estado. II - Um princípio que ganhou destaque na Constituição de 1988 é o da administração compartilhada de recursos humanos. Resposta: I – Errada II - Errada Com relação aos princípios da administração pública, julgue os próximos itens (Ministério Público/AM – Agente Administrativo – Cespe – 2008). I - O princípio da eficiência concedeu ao cidadão o direito de questionar a qualidade das obras e atividades públicas exercidas diretamente pelo Estado ou por seus delegatários. II - Para atuar em respeito à moral administrativa, é suficiente que o agente cumpra a letra fria da lei. Resposta: I – Correta II - Errada Em relação ao princípio da moralidade administrativa, assinale a opção correta (Governo da Paraíba/Auditor de Constas Públicas/Cespe/2008).

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a) A moralidade administrativa, por traduzir conceito jurídico indeterminado, não se submete, em sua acepção pura, ao controle judicial. b) Na realização de ato administrativo, o agente público não precisa observar o princípio da moralidade administrativa para condutas entre órgãos da administração direta e da indireta. c) Na prática de atos administrativos vinculados, o administrador não está obrigado a observar a moralidade administrativa, mas apenas os limites previstos em lei. d) A moralidade administrativa surgiu inicialmente como explicação para o controle jurisdicional do desvio de poder. e) A veiculação de propaganda de obra pública que promova o administrador público, se autorizada por lei, não implica violação da moralidade administrativa. Resposta: D Em relação à motivação dos atos administrativos, assinale a opção correta. (Governo da Paraíba/Auditor de Constas Públicas/Cespe/2008). a) Na hipótese de motivação de um ato discricionário, as razões anotadas pelo agente público serão determinantes no exame de sua validade pelo Judiciário. b) A motivação do ato administrativo deve ser sempre prévia ao ato. c) Os atos administrativos simples dispensam a motivação. d) A administração pode alterar em juízo os motivos determinantes do ato administrativo discricionário. e) O Judiciário, quando instado a se manifestar sobre a motivação do agente público, pode revogar o ato administrativo por entendê-lo inconveniente aos interesses da administração. Resposta: A Os princípios informativos do Direito Administrativo (TRF5R/Técnico Judiciário/FCC/2008):

a) Ficam restritos àqueles expressamente previstos na Constituição Federal. b) Consistem no conjunto de proposições que embasa um sistema e lhe garante a validade. c) Ficam restritos àqueles expressamente previstos na Constituição Federal e nas Constituições

Estaduais. d) São normas previstas em regulamentos da Presidência da República sobre ética na

Administração Pública. e) São regras estabelecidas na legislação para as quais estão previstas sanções de natureza

administrativa. Resposta: B Julgue os itens seguintes, relativos aos princípios básicos da administração pública. (Ministério Público do Amazonas/Analista de Banco de Dados/Cespe/2008) I - O princípio da eficiência foi acrescentado à Constituição Federal de 1988 pela Emenda Constitucional n.º 19/1998, chamada de reforma administrativa. II - A administração pode anular seus próprios atos se estes estiverem eivados de vícios que os tornem ilegais. III - Considere que uma empresa privada que presta serviços públicos a um município por delegação tenha suspendido a prestação desse serviço em virtude da interrupção, sem justificativa prévia, dos pagamentos mensais feitos pelo referido município. Nessa situação, a empresa agiu corretamente, pois o município descumpriu o contrato ao não efetuar os pagamentos devidos. IV- Em um município que não disponha de imprensa oficial, a fixação de um ato administrativo na sede da prefeitura atende ao princípio da publicidade. V- A existência das chamadas cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos visa atender ao princípio da supremacia do interesse público.

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VI - O princípio da legalidade determina que a administração, além de não poder atuar contra a lei ou além da lei, somente pode agir segundo a lei. VII - Fere o princípio da eficiência a atitude praticada pelo prefeito de uma cidade do interior que, com o objetivo de valorizar sua propriedade, abre processo de licitação para asfaltar a estrada que liga a cidade à sua fazenda. Resposta: I- C II-C III-E IV-C V-C VI-C VII-E A administração pública é orientada por princípios de índole constitucional, cuja observância proporciona aos administrados a sensação de respeito à coisa pública. A respeito desse tema, julgue os itens que se seguem. (Delegado de Polícia Civil do Tocantins/Cespe/2008). I - O princípio da vinculação política ao bem comum é, entre os princípios constitucionais que norteiam a administração pública, o mais importante. II - Em toda atividade desenvolvida pelos agentes públicos, o princípio da legalidade é o que precede todos os demais. Resposta: I – Errada II – Correta Considere que, ao avaliar a execução das determinações descritas no texto, o chefe da divisão de segurança tenha observado que um dos agentes de segurança a ele subordinados atuava com racismo e preconceito, fazendo verificação cuidadosa de determinadas pessoas e, sistematicamente, deixando outras pessoas passarem sem qualquer tipo de verificação. Em função disso, o chefe tomou as providências cabíveis para possibilitar a instauração de sindicância que apurasse a referida situação. Tendo em vista essa situação hipotética, julgue o item abaixo. (TST/Técnico Judiciário/Cespe/2008) I - O referido agente de segurança atuou em desconformidade com os princípios constitucionais da administração pública e praticou infração administrativa disciplinar. Resposta: Correta Relativamente ao direito administrativo, julgue o item a seguir.(TST/Anal Jud/Área Adm/Cespe/2008) A introdução, no texto constitucional, do princípio administrativo da economicidade tornou inconstitucional a realização de licitações de tipo melhor técnica. Resposta: Errada O exercício de uma função pública é, antes de tudo, poder trabalhar em prol do bem comum. Por isso, existem regras próprias para disciplinar tal mister sob todos os aspectos. Julgue os itens a seguir, a respeito do exercício de função pública. (Delegado de Policia Civil do Tocantins/Cespe/2008). I - Um delegado de polícia civil, ainda que já tenha adquirido a estabilidade, poderá ser demitido por insuficiência de desempenho, conforme estabelecido em lei complementar e observada a ampla defesa em todo o processo. Resposta: Correta Carlos, servidor público lotado no TRT da 10.a Região e que exerce a função de oficial de justiça, recebeu a incumbência de executar mandado judicial de busca e apreensão de um determinado bem, que está na residência do seu proprietário. Durante a busca e apreensão, Carlos esbarrou em uma estante e derrubou uma escultura de porcelana que se quebrou, causando prejuízo de R$ 1.000,00 ao dono do bem que seria apreendido. Julgue os itens a seguir, considerando as

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informações contidas na situação hipotética acima descrita. (TRT10R/Anal Jud/ Área Adm/Exec Mandatos/CESPE/2004) I - Na execução do mandado, Carlos deverá observar os princípios administrativos da legalidade, da moralidade e da eficiência. Resposta: Correta Com relação aos princípios constitucionais da Administração Pública, considere (TJ-Pernambuco/Analista/FCC/2007): I. A Constituição Federal proíbe expressamente que conste nome, símbolo ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou servidores públicos em publicidade de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos. II. Todo agente público deve realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional. As afirmações citadas correspondem, respectivamente, aos princípios da (A) impessoalidade e eficiência. (B) publicidade e moralidade. (C) legalidade e impessoalidade. (D) moralidade e legalidade. (E) eficiência e publicidade. Resposta: A Considerando que a ANVISA é uma autarquia federal, julgue o item a seguir (ANVISA/Técnico Administrativo/Cespe-UNB/27-03-07). I. Aplicam-se à ANVISA os princípios administrativos da moralidade, da eficiência e da autotutela. Resposta: Correta Os princípios da Administração Pública estabelecidos expressamente na Constituição Federal são (TRF-4ª/Analista/Área Judiciária/ FCC/março de 2007): a) eficiência, razoabilidade, objetividade, indisponibilidade e finalidade. b) capacidade, pessoalidade, razoabilidade, finalidade e publicidade. c) moralidade, eficiência, razoabilidade, autotutela e disponibilidade. d) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. e) impessoalidade, capacidade, eficiência, autotutela e finalidade. Resposta: D Comentários do professor: se a questão colocasse, ainda, os princípios do contraditório e da ampla defesa, além dos elencados na letra “d”, ainda assim a resposta estaria correta, pois o cabeçalho da questão NÃO se reportou exclusivamente aos princípios expressos no artigo 37 da CF/88. Acerca da atividade administrativa, julgue os itens subseqüentes (TCE-AC/Analista/ Espec. Administração Pública/UNB/dez. de 2006)- questão reduzida pelo professor:

I. Pelo princípio da legalidade, na sua concepção atual, exige-se a adequação formal da atividade administrativa ao conteúdo literal da lei.

Resposta: E Acerca dos princípios de direito administrativo, julgue os itens seguintes (TCE-AC/Analista/ Espec. Administração Pública/UNB/dez. de 2006):

I. O princípio da segurança jurídica permite que o reconhecimento da ilegitimidade de um ato administrativo possa gerar efeitos ex nunc e não ex tunc como é a regra.

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II. Como forma de concretização do princípio da segurança jurídica, a Lei n.º 9.784/1999, no art. 54, estabeleceu prazo decadencial de 5 anos para que a administração possa anular seus próprios atos quando eles estabelecerem efeitos favoráveis à pessoa do destinatário e quando forem praticados com boa-fé. Dessa forma, na hipótese de um ato administrativo ilegal, datado de 10/1/1998, o processo administrativo visando anulá-lo, instaurado em 10/1/2000, deveria estar concluído em 9/1/2003, data limite para o prazo decadencial. Resposta: 81. C 82. E

No que tange aos princípios da Administração Pública, considere (TRF 1ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Especialidade Execução de Mandatos / FCC / dezembro-06). I-Os atos e provimentos administrativos são imputáveis não ao agente que os pratica, mas ao órgão ou entidade da Administração Pública, que é o autor institucional do ato. II-A Constituição Federal exige, como condição para a aquisição da estabilidade, a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. As proposições citadas referem-se, respectivamente, aos princípios da: a)Impessoalidade e eficiência. b)Hierarquia e finalidade pública. c)Impessoalidade e moralidade. d)Razoabilidade e eficiência. e)Eficiência e Especialidade. Resposta: A Comentários do professor: Inciso I: na frase “Lula construiu a ponte”, se perguntarmos, à luz do Direito Administrativo, quem construiu a ponte, a resposta não será Lula, e sim, a Administração Pública Federal, tendo em vista a obediência que se deve ter ao princípio da impessoalidade (ou finalidade). Inciso II: a avaliação especial de desempenho tem a finalidade, dentre outras, de observar se o servidor está desempenhando as suas atividades com eficiência. Se não estiver, o mesmo será “convidado” a se retirar do órgão, através da exoneração. O princípio constitucional que subordina os atos do administrador público à lei e determina que sua função é fazer cumprir lei preexistente, é o da (Câmara Municipal de Goiânia / Gestor Público / Universidade Salgado de Oliveira / 2006): a) legalidade b) motivação c) impessoalidade d) finalidade e) moralidade Resposta: A Comentários do professor: a finalidade precípua, principal, do Poder Executivo é a de executar as leis preexistentes, devidamente editadas pelo Poder Legislativo. A Administração somente fará aquilo que a lei mandar ou autorizar, em obediência ao princípio da legalidade. É decorrente do princípio constitucional da moralidade administrativa e impõe ao servidor público a obrigação de jamais desprezar este tipo de conduta. Referimo-nos ao: (Câmara Municipal de Goiânia / Assessor Técnico Legislativo / Universidade Salgado de Oliveira / 2006): a) Dever de lealdade b) Dever da obediência c) Dever de conduta ética d) Dever da legalidade e) Dever da urbanidade

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Resposta: C Comentários do professor: o princípio da moralidade está relacionado à conduta interna do servidor junto à Administração na qual ele desempenha as suas atividades, devendo obedecer à lei ética do seu órgão. Todo ato administrativo, de qualquer autoridade ou poder, para ser legítimo e operante há de obedecer os seguintes princípios: (Câmara Municipal de Goiânia / Assessor Técnico Legislativo / Universidade Salgado de Oliveira / 2006): a) Legalidade – Balneabilidade – Finalidade – Eficiência – Temporalidade b) Legalidade – Honestidade – Moralidade – Temporalidade – Ética c) Espontaneidade – Legalidade – Ética – Moralidade – Finalidade d) Legalidade – Ética – Espontaneidade – Temporalidade – Balneabilidade e) Legalidade – Moralidade – Finalidade – Publicidade – Eficiência Resposta : E Comentários do professor: O artigo 37, caput, da CF/88 traz os seguintes princípios: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Lembramos que alguns doutrinadores preferem utilizar o vocábulo “finalidade” como sinônimo de “impessoalidade”. É correto dizer que (Juiz / Tribunal de Justiça do Estado de Goiás / Comissão de Seleção e Treinamento / 2006): a) o princípio da razoabilidade se encontra expressamente previsto na Constituição de 1988, razão pela qual é largamente reconhecido pela comunidade jurídica pátria. b) é árdua a tarefa de distinguir os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, sendo que grande parte da doutrina e da jurisprudência emprega os dois termos indistintamente, como sinônimos. c) o princípio da proporcionalidade tem uma função negativa (não ultrapassar os limites do juridicamente aceitável), ao passo que o princípio da razoabilidade tem uma função positiva (demarcar aqueles limites, indicando como se manter dentro deles). d) existe legislação própria regulamentando a aplicação dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Resposta: B Comentários do professor: O princípio da razoabilidade não está expresso na CF, e sim, implícito, subentendido nela. É de se verificar, também, que por haver grande carga de subjetivismo, não é possível elaborar uma Lei dispondo as circunstâncias em que o ato administrativo é ou deixa de ser proporcional ou razoável. Deixemos, portanto, ao administrador, a análise do caso concreto e a decisão da melhor forma de solucionar o problema, desde que o faça de maneira proporcional e razoável. Por último, registramos que, embora alguns doutrinadores adotem as expressões como sinônimas, a Lei 9.784/99, que trata do processo administrativo na esfera federal os adota como princípios distintos. Assinale a opção incorreta (Juiz / Tribunal de Justiça do Estado de Goiás / Comissão de Seleção e Treinamento / 2006): a) o princípio da publicidade tem por escopo manter a total transparência na prática dos atos da Administração Pública. b) o princípio da moralidade está normalmente associado ao princípio da legalidade, isso porque, em algumas ocasiões, a imoralidade consistirá na ofensa direta à lei e aí violará o princípio da legalidade. c) o princípio constitucional da eficiência não tem gerado mudança no comportamento funcional da Administração Pública dado o seu caráter meramente programático. d) o princípio da impessoalidade visa impedir que o administrador pratique ação ou omissão para beneficiar a si próprio ou a terceiros.

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Resposta: C Comentários do professor: o princípio da eficiência foi expressamente elencado no artigo 37 da CF. É requisito objetivo para que magistrados possam ser promovidos por merecimento; servidores estáveis podem perder o cargo se forem ineficientes; a administração deve garantir a razoável duração dos processos administrativos protocolados em suas repartições, conforme determina a emenda constitucional n. 45/2004 etc. Portanto, o princípio não é mero programa futurístico, e sim meio de controle e coação por parte da sociedade visando a prestação de serviços rápidos, desburocratizados, baratos e eficientes por parte do Poder Público. A doutrina aponta como restrições excepcionais ao princípio da legalidade (BNDES/Profissional Básico de Direito/Fundação Cesgranrio/23-04-2006): I - as normas contidas nas medidas provisórias; II - o estado de defesa; III - o estado de sítio. Está(ão) correta(s): (A) II, apenas. (B) III, apenas. (C) I e II, apenas. (D) I e III, apenas. (E) I, II e III. Resposta: E Assinale a opção que elenque dois princípios norteadores da Administração Pública que se encontram implícitos na Constituição da República Federativa do Brasil e explícitos na Lei n. 9.784/99 (Técnico Administrativo / ANEEL / ESAF / 04-04-06). a) Legalidade / moralidade. b) Motivação / razoabilidade. c) Eficiência / ampla defesa. d) Contraditório / segurança jurídica. e) Finalidade / eficiência. Resposta: B Comentários do professor: veja que o princípio da finalidade, elencado na letra “e”, mais uma vez é considerado como sinônimo de “impessoalidade”. A motivação é princípio explícito na CF quando tratamos do Poder Judiciário, uma vez que Ela exige a motivação de suas decisões judiciais. Porém, a CF nada fala expressamente quanto à Administração Pública, ficando, portanto, implícito na mesma. Correlacione as duas colunas e identifique a ordem correta das respostas, tratando-se de institutos e princípios correlatos de Administração Pública. (Controladoria Geral da União / cargo de Analista de Finanças e Controle / área Tecnologia da Informação / Esaf/ 2006). 1 – segurança jurídica 2 – impessoalidade 3 – moralidade 4 – eficiência 5 – razoabilidade ( ) economicidade ( ) preclusão administrativa ( ) isonomia ( ) costumes da sociedade ( ) proporcionalidade

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a) 5/3/2/1/4 b) 1/4/2/3/5 c) 4/1/2/3/5 d) 5/2/4/1/3 e) 4/5/3/2/1 Resposta: C Comentários do professor: agir com eficiência è praticar preços módicos, baratos. Por esta razão, a eficiência está ligada à economicidade. Como a Administração deve agir sempre de maneira impessoal, para ela, todos são iguais perante a lei. Por este motivo o princípio da finalidade ou impessoalidade relaciona-se com o da igualdade. Não constitui um dos princípios da administração pública direta e indireta expressamente previstos no artigo 37, da Constituição Federal de 1988, a (Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região / Fundação Carlos Chagas / Técnico Judiciário / Área Administrativa / Março de 2006). a) publicidade b) eficiência c) impessoalidade d) moralidade e) proporcionalidade Resposta: E Comentários do professor: o correto seria “legalidade”. Observe a seguinte proposição referente às características dos contratos administrativos: (Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Fundação Carlos Chagas / Março de 2006 / questão reduzida pelo professor). I. O contratado poderá argüir a exceção do contrato não cumprido quando a Administração atrasar, por mais de 30 dias, o pagamento estipulado no ajuste. Resposta: Falsa Comentários do professor: o art. 477 do atual Código Civil admite que quando uma das partes descumpre o contrato, a outra poderá descumpri-lo também, alegando a denominada exceptio non adimpleti contractus (exceção do contrato não adimplido). Porém, quando uma das partes é a Administração Pública, não poderá, em regra, o particular, utilizar da exceção, tendo em vista os princípios da continuidade dos serviços públicos e da supremacia do interesse público sobre o privado. Assim, deverá o particular continuar prestando o serviço mesmo que a Administração esteja inadimplente, cabendo, porém, a ele, o direito de requerer judicial ou administrativamente a rescisão contratual e pleitear a indenização pelos prejuízos existentes. Contudo, a doutrina atual tem abrandado tal rigor, aceitando a exceptio non adimpleti contractus em situações onde a falta do Poder Público cria um encargo extraordinário e insuportável ao contratado. A vedação de aplicação retroativa de nova interpretação de norma administrativa respeita, especificamente o princípio da (Tribunal Regional Eleitoral do Amapá / Técnico Judiciário / Área Administrativa /2006/ Fundação Carlos Chagas). (A) Impessoalidade (B) Motivação (C) Segurança Jurídica (D) Publicidade (E) Supremacia do Interesse Público Resposta:C

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O princípio que exige objetividade no atendimento do interesse público, vedando a promoção pessoal de agentes ou autoridades; e aquele que impõe a todo agente público a realização de suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento funcional, denominam-se, respectivamente (Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região / Fundação Carlos Chagas/Analista Judiciário/Área Judiciária/Março de 2006). a) impessoalidade e eficiência. b) publicidade e impessoalidade. c) impessoalidade e moralidade. d) eficiência e legalidade. e) publicidade e eficiência. Resposta: A No que se refere aos princípios administrativos, considere (Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região/Fundação Carlos Chagas/Analista Judiciário/Área Administrativa/Março de 2006). I – como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. II – a Administração Pública, no exercício de faculdades discricionárias, deve atuar em plena conformidade com critérios racionais, sensatos e coerentes, fundamentados nas concepções sociais dominantes. As proposições I e II dizem respeito, respectivamente, aos princípios da: A) eficiência e razoabilidade. B) moralidade e eficiência. C) eficiência e impessoalidade. D) imperatividade e razoabilidade. E) publicidade e motivação. Resposta: A Com relação aos princípios estabelecidos pela Lei Federal nº. 9.784/99, que estabelece normas básicas sobre processo administrativo, numere a segunda coluna de acordo com a primeira. (Analista de Gestão Administrativa / AGANP / 19-03-2006 / UEG). 1. Motivação 2. Moralidade 3. Razoabilidade 4. Finalidade ( )Uma espécie de impessoalidade, o administrador deve praticar o ato para seu fim legal. ( )Indicando o fato, o administrador público justifica sua finalidade, ação que enseja o ato e os preceitos jurídicos. ( )Conhecido como princípio da probidade, significa atendimento à legalidade. ( )Coerência lógica que as decisões e medidas administrativas devem ter para que seja possível adequar os meios aos fins. Marque a seqüência CORRETA: a) 1-4-2-3 b) 4-1-3-2 c) 4-1-2-3 d) 2-3-1-4 Resposta: C Os princípios da Administração Pública estão presentes em todos os institutos do Direito Administrativo. Assinale, no rol abaixo, aquele princípio que melhor se vincula à proteção do

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administrado no âmbito de um processo administrativo, quando se refere à interpretação da norma jurídica (APO - MP/ESAF / 2005). a) legalidade b) proporcionalidade c) moralidade d) ampla defesa e) segurança jurídica Resposta: E Uma vez que o comportamento real dos seres humanos é afetado por considerações éticas, e influenciar a conduta humana é um aspecto central da ética, deve-se admitir que as concepções de bem-estar têm algum impacto sobre o comportamento real e, em conseqüência, devem ser importantes para a ética da logística moderna (TRT16R/Anal Jud/Área Jud/Execução de Mandados/Cespe/2005): I - O exercício de cargo público deve ser pautado na verdade dos fatos. O servidor público não deve omitir a verdade, a menos que ela seja contrária a interesses da administração pública. Comentários do Professor: O agente público deve pautar seus atos com ética, honestidade, justiça e verdade, evidenciando o princípio constitucional da moralidade. Resposta: E Assinale a alternativa correta. Cinco são os princípios constitucionais, referentes à Administração Pública, expressa mencionados no caput do artigo 37 da Constituição Federal. São eles: (TRE do Espírito Santo/ Técnico Judiciário / Área Administrativo / /CESPE / 2005). a) legitimidade, boa-fé, prevalência do interesse público sobre o particular, revogação e anulação. b) necessidade de licitação, poder de polícia, cláusulas exorbitantes, controle judicial e controle administrativo. c) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. d) legalidade, impessoalidade, eficácia, aposentadoria compulsória ao titular efetivo após os 70 anos de idade e proibição de acumulação de cargos públicos remunerados. Resposta: C Dentre os princípios constitucionais da Administração Pública, pode-se asseverar (TRT17R/Analista Judiciário/Oficial de Justiça Avaliador/FCC/2004): I – A Administração deve agir, de modo rápido e preciso, para produzir resultados que satisfaçam a população. II – Os programas, obras, serviços e campanhas de órgãos públicos deverão ter caráter educativo. III – É vedado à Administração editar atos ou tomar medidas contrárias às normas do ordenamento jurídico. As afirmativas I, II e III correspondem, específica e respectivamente, aos princípios da

a) legalidade, moralidade e eficiência. b) Legalidade, publicidade e moralidade. c) Impessoalidade, legalidade e finalidade. d) Eficiência, impessoalidade e legalidade. e) Finalidade, impessoalidade e moralidade.

Resposta: D Acerca do direito administrativo, julgue os itens a seguir. (TST/Analista Judiciário/Área Judiciária/Cespe/2004)

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61. A expressa fundamentação é um requisito de validade dos atos administrativos vinculados, mas não dos atos administrativos discricionários. Resposta: Falsa Comentários do Professor: devemos nos lembrar de que se a lei exigir a motivação de algum ato discricionário, a mesma deverá ser feita pela Administração. Se a lei for omissa quanto à necessidade de motivação, entende a doutrina majoritária que o ato deverá ser motivado (justificado). Exemplo clássico de ato dispensado pela lei de ser motivado é o da nomeação para cargo em comissão (de livre nomeação e livre exoneração). Aristóteles Júnior teve reconhecido determinado direito com base em interpretação de certa norma administrativa, adotada em caráter uniforme para toda a Administração. Posteriormente, visando melhor atendimento de sua finalidade, o Poder Público modificou referida interpretação, em caráter normativo, de forma retroativa, afetando a situação de Aristóteles, que já se encontrava consolidada na vigência da anterior situação. A situação narrada afrontou o princípio denominado (TRT22R/Anal Jud/Área Adm/FCC/2004):

a) Eficiência. b) Impessoalidade. c) Publicidade. d) Razoabilidade. e) Segurança jurídica.

Resposta: E Comentários do professor: lembramos que o princípio da segurança jurídica possui efeito não retroativo, ou seja, “ex nunc”. A nova interpretação não retroage, pelo contrário, só vale para os casos futuros. No que se refere às fontes e princípios do direito administrativo, julgue os itens seguintes. (Delegado da Polícia Federal/Cespe/2004) ___ A veiculação do ato praticado pela administração pública na Voz do Brasil, programa de âmbito nacional, dedicado a divulgar fatos e ações ocorridos ou praticados no âmbito dos três poderes da União, é suficiente para ter-se como atendido o princípio da publicidade. Resposta: Errada Assinale a afirmativa correta (Auditor Fiscal da Receita Federal / 2003 / ESAF ). a) A exigência de concurso público de provas ou de provas e títulos, estabelecida no art. 37, inciso II, da Constituição Federal, pode ser excepcionada por lei que autorize a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. b) A remuneração do AFRF pode ser estabelecida de forma vinculada ao subsídio do Ministro da Fazenda. c) O princípio da irredutibilidade dos vencimentos possui natureza absoluta, não comportando qualquer exceção. d) A proibição de acumulação remunerada de cargos públicos não se aplica quando um cargo for exercido na administração direta e o outro numa subsidiária de sociedade de economia mista, desde que haja compatibilidade de horários. e) De acordo com o princípio constitucional da legalidade, estabelecido no caput do art. 37 da Constituição Federal, tudo que não estiver proibido por lei é lícito ao administrador público. Resposta:A O estudo do regime jurídico-administrativo tem em Celso Antônio Bandeira de Mello o seu principal autor e formulador. Para o citado jurista, o regime jurídico-administrativo é

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construído, fundamentalmente, sobre dois princípios básicos, dos quais os demais decorrem. Para ele, estes princípios são (Auditor Fiscal da Receita Federal / ESAF / 2003): a) indisponibilidade do interesse público pela Administração e supremacia do interesse público sobre o particular. b) legalidade e supremacia do interesse público. c) igualdade dos administrados em face da Administração e controle jurisdicional dos atos administrativos. d) obrigatoriedade do desempenho da atividade pública e finalidade pública dos atos da Administração. e) legalidade e finalidade. Resposta: A Um dos princípios da Administração Pública que a diferencia da Administração Privada é a LEGALIDADE. Nas opções que se seguem, marque a que melhor interpreta o significado desse princípio. a) Embora a iniciativa privada deva submeter-se à lei, somente a Administração Pública é rigorosamente fiscalizada. O Administrador deve observar esse princípio estritamente, em detrimento de quaisquer outros. b) Legalidade é o atendimento à lei e permite que o Administrador na sua observância defenda o interesse público secundário. c) A legalidade é um conceito que incorpora em si a observância da lei, o atendimento do interesse público primário e a ética profissional. d) A ação do dirigente de uma empresa pública tem força de lei em qualquer circunstância, já que a investidura do cargo obedece à Constituição Federal. e) Qualquer ato ou decisão praticados pelo Administrador Público é considerado legal, inclusive nos casos em que há a necessidade de disponibilização de bens ou erários públicos fora dos limites da lei. Resposta: C Sobre os princípios administrativos, assinale a alternativa CORRETA: (Delegado da Polícia Civil/GO/2003). a) O princípio da moralidade pública opõe-se ao da impessoalidade, visto que impõe ao administrador público atuação que não seja voltada para seus próprios interesses. b) O princípio da publicidade impõe a ampla divulgação dos atos praticados pela Administração Pública e não comporta exceções. c) O princípio da eficiência impõe a todo agente público realizar suas atribuições buscando alcançar os melhores resultados para a Administração Pública, independentemente dos meios usados para tal. d) O princípio da motivação implica, para a Administração Pública, o dever de justificar os seus atos, apontando-lhes os fundamentos de direito e de fato. Resposta: D A faculdade conferida à Administração Pública de poder anular ou revogar seus próprios atos, quando eivados de vícios ou por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial, relaciona-se ao princípio da: (Delegado da Polícia Civil/GO/2003). a) Legalidade. a) Autotutela. b) Finalidade c) Anterioridade

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Resposta: B Um ato administrativo estará caracterizando desvio de poder, por faltar-lhe o elemento relativo à finalidade de interesse público, quando quem o praticou violou o princípio básico da: (AGU/98/ESAF): a) economicidade b) eficiência c) impessoalidade d) legalidade e) moralidade Resposta: C A respeito dos princípios administrativos, julgue os itens subsequentes: I) A vedação de aplicação retroativa de nova interpretação de norma administrativa encontra-se

consagrada no ordenamento jurídico pátrio e decorre do princípio da segurança jurídica. II) O princípio da legalidade pode ser afastado ante o princípio da supremacia do interesse público,

especialmente nas hipóteses de exercício do poder de polícia. III) Regras relativas a impedimentos e suspeições são aplicadas a servidores públicos como

corolário do princípio da impessoalidade. IV) A revogabilidade dos atos administrativos, derivada do princípio da autotutela, comporta

hipóteses em que a revogação não é possível. V) O princípio da presunção de legitimidade ou de legalidade, que tem aplicação no campo

probatório, impõe ao particular provar o vício do ato administrativo. Resposta: C E C C C Quanto aos princípios da administração pública, julgue os itens a seguir: (TRE/GO - Analista Judiciário/2005/Cespe) I - Com fundamento no princípio da legalidade, a administração pública tem liberdade condicionada e vontade limitada, uma vez que o poder discricionário do administrado não vai além do que a lei permite. Desta forma, conclui-se que ao administrador é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe. II – O princípio da impessoalidade, ou princípio da finalidade, é assim denominado porque, por esse princípio, o administrador público tem como objetivo o interesse público, de sorte que todo ato que tiver caminho diverso está suscetível a invalidação por desvio de finalidade. III – O princípio da moralidade constitui pressuposto de validade do ato administrativo, portando o administrador não tem de obedecer apenas à lei jurídica, mas também à lei ética da própria instituição, pois a moral administrativa é imposta ao agente público para sua conduta interna, segundo as exigências da instituição a que serve e segundo a finalidade de sua ação. IV – O princípio da publicidade consiste na divulgação do ato para conhecimento público. Portanto, tais lei, atos e contratos da administração pública que produzem conseqüências jurídicas foras dos órgãos que as emitem, para ter validade perante as partes e terceiros, precisam ser publicados no Diário Oficial ou nos jornais de grande circulação. V – A eficiência não é princípio da Administração Pública, mas, como o objetivo da administração pública é o bem comum, indiretamente a atividade administrativa está vinculada a um princípio geral da eficiência, devendo buscar o rendimento funcional, ou seja, agir de forma transparente, imparcial, eficaz e sem burocracia, objetivando a melhor utilização possível dos recursos públicos, evitando desperdícios. Estão certos apenas os itens: a) I e II b) I e IV c) II e III d) III e V e) IV e V

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Comentários do professor: segundo doutrina de Hely Lopes Meirelles, “a moral comum é imposta ao homem para sua conduta externa; a moral administrativa é imposta ao agente público para sua conduta interna, segundo as exigências da instituição a que serve e a finalidade de sua ação: o bem comum. Resposta: C Lançando mão do conceito de administração pública em seu sentido orgânico, isto é, no sentido de conjunto de órgãos e pessoas destinado ao exercício da totalidade da ação executiva do estado, a CF positivou os princípios gerais norteadores da totalidade de funções, considerando todos os entes que integram a Federação brasileira (União, estados, DF e municípios). Assim, os princípios inerentes à administração pública são aqueles expostos no art. 37 da CF. Alguns foram positivados de forma expressa, e outros, de forma implícita ou tácita. Acerca do assunto abordado no texto acima, julgue os itens subsequentes: (TRE/ALAGOAS –Técnico Judiciário/2005/Cespe) I – O princípio da legalidade está definido na Constituição Federal quando esta declara que ninguém será obrigado à fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. II – O princípio ou regra de moralidade da administração pública pode ser definido como aquele que determina que os atos realizados pela administração pública, ou por ela delegados, são imputáveis não ao funcionário que os pratica, mas ao órgão ou entidade administrativa em nome do qual age o funcionário. III – A publicidade é um requisito de forma do ato administrativo, e não, de moralidade. IV – De maneira geral, eficiência significa fazer acontecer com racionalidade, o que implica medir os custos que a satisfação das necessidades públicas importam em relação ao grau de utilidade alcançado. Assim, o princípio da eficiência orienta a atividade administrativa no sentido de se conseguirem os melhores resultados com os meios escassos de que se dispõe e a menor custo. Rege-se, pois, pela regra de consecução do maior benefício com o menor custo possível. V – A prescritibilidade, como forma de perda da exigibilidade de direito, pela inércia de seu titular, é um princípio geral do direito, que não se aplica aos ilícitos administrativos. VI – O agente público que vier a causar dano a terceiro somente trará para o Estado o dever jurídico de ressarcir esse dano caso tenha agido com culpa ou dolo. Respostas: C E E C E E Depois de ingressar nos quadros do executivo federal mediante concurso público, o servidor em estágio probatório foi dispensado por não convir à Administração a sua permanência, após ter sido apurado, em avaliação especial de desempenho realizada por comissão instituída para essa finalidade, assegurada a ampla defesa, que realizou atos incompatíveis com a função do cargo em que se encontrava investido. Referida dispensa está embasada principalmente, no (TRT22R/Anal Jud/Área Adm/FCC/2004):

a) Elemento da impessoalidade. b) Requisito da publicidade. c) Princípio da eficiência. d) Princípio da imperatividade. e) Requisito de presunção de veracidade.

Resposta: C Comentários do professor: durante toda sua vida funcional, o servidor deve ser eficiente. Enquanto está sujeito ao estágio probatório, se não for considerado eficiente, será “convidado” a se retirar através da exoneração (e não demissão).

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A administração pública, em sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos para a consecução dos objetivos dos governos; em sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. No que se refere à administração pública, aos seus agentes e aos serviços públicos que realiza, julgue os itens que se seguem (DETRAN-DF / Agente de Trânsito / CESPE / 2003). _ A administração pública submete-se ao princípio da impessoalidade, que a impede de fazer distinção aleatória entre os administrados. Resposta: Correta A finalidade, como elemento essencial à validade dos atos administrativos, é aquele reconhecido como o mais condizente com a observância pela Administração do princípio fundamental da (Técnico da Receita Federal / ESAF / 2002): a) legalidade b) impessoalidade c) moralidade d) eficiência e) economicidade Resposta: B Entre os fenômenos, cuja ocorrência assegura a observância do princípio legal da segurança jurídica, destaca-se a preclusão, em razão da qual, com relação a determinado questionamento, diz-se que (INSS/ Auditor Fiscal/ Área de Administração Tributária Previdenciária/ESAF/2002): a) fica exaurida a instância administrativa. b) fica inviabilizado o controle jurisdicional. c) o ato respectivo ganha presunção de legalidade. d) o ato respectivo passa a ser auto-executável. e) o ato respectivo torna-se irrevogável. Resposta: A Entre os princípios de Direito Administrativo, que a Administração Pública está obrigada a obedecer e observar nos seus atos, por força de expressa previsão constitucional e legal, os que se correspondem entre si, quanto à escolha do objeto e ao alcance do seu resultado, porque a violação de um deles importa de regra na inobservância do outro, são (INSS/ Auditor Fiscal/ Área de Administração Tributária Previdenciária/ESAF/2002): a) legalidade e motivação. b) motivação e razoabilidade. c) razoabilidade e finalidade. d) finalidade e impessoalidade. e) impessoalidade e legalidade. Resposta: D Acerca dos princípios do Direito Penal e da Administração Pública, considere as seguintes proposições (Polícia Civil de Goiás / Agente de Polícia / UEG / junho de 2004): 1 I. O princípio da presunção da inocência significa a obrigação de o acusado provar a sua própria inocência. 2 II. De acordo com o princípio da legalidade, por mais imoral que seja uma conduta humana, a ela só corresponderá uma sanção penal se, antes de sua prática, houver entrado em vigor uma lei considerando-a crime.

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3 III. Conforme o princípio da retroatividade da lei penal benéfica, a lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, salvo se decididos por sentença condenatória transitada em julgado. 4 IV. Segundo o princípio da impessoalidade, a atividade administrativa deve ser destinada a todos os administrados, dirigida aos cidadãos em geral, sem a determinação de pessoa ou discriminação de qualquer natureza.

Marque a alternativa CORRETA: a) Apenas as proposições I, II e III são verdadeiras. b) Apenas as proposições II e IV são verdadeiras. c) Apenas as proposições III e IV são verdadeiras. d) Todas as proposições são verdadeiras. Resposta:B A administração pública, segundo a Constituição da República, é regida pelos seguintes princípios (Secretaria da Fazenda / Gestor Fazendário/ UEG / 2004): a) Legalidade, impessoalidade, moralidade, proporcionalidade e publicidade. b) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e especialidade. c) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. d) Legalidade, publicidade, finalidade, impessoalidade e moralidade. e) Legalidade, moralidade, razoabilidade, segurança jurídica e eficiência. Resposta: C Julgue os itens a seguir, relativos aos poderes e aos princípios regentes da Administração Pública (Assistente Jurídico de 2ª Categoria da Secretaria de Gestão Administrativa do Distrito Federal/Cespe/2001):

1 ... 2 No princípio da impessoalidade, traduz-se a idéia de que a administração tem que tratar todos os

administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas. 1. No princípio da legalidade, a Administração e seus agentes têm de atuar na conformidade dos

princípios éticos. Acresça-se que esse princípio vincula-se ao núcleo semântico da probidade administrativa prevista na Constituição da República.

2. ... 3. O princípio da publicidade relaciona-se à divulgação oficial do ato para conhecimento público.

Resposta: 2-Correta. Comentários do Professor: devemos ter um pouco de cautela na análise desta questão, uma vez que não são proibidas, de maneira absoluta, as discriminações. Sempre que for de interesse público e houver previsão legal, a Administração poderá aplicar alguma restrição ao administrado. Ex: desapropriação. Lembramos da necessidade de tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais. Resposta: 3-Errada. Comentários do Professor: Aqui vemos o Cespe fazendo uma clara distinção entre legalidade e ética. Pelo princípio da legalidade a Administração deve atuar conforme determina ou autoriza a lei. Por conseqüência, ela não pode atuar se não houver lei. A atuação em conformidade com os princípios éticos está relacionada ao princípio da moralidade. Além disso, é este último princípio que mais se aproxima do princípio da probidade administrativa, devidamente expresso no artigo 37, parágrafo quarto da CF e tratado na Lei 8.429/92 (Lei de Improbidade Administrativa). Com relação aos

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princípios da moralidade e da probidade, devemos observar que o primeiro é mais amplo que o segundo. Resposta: 5-Correta Comentários do Professor: vide artigo 5º, XXXIII, da CF/88. O governador de um estado-membro do Brasil nomeou dez pessoas para exercerem o cargo de delegado de polícia sem a realização de concurso público, alegando a necessidade de provimento do cargo e o fato de os nomeados serem agentes de polícia com larga experiência na atividade policial. Ele tinha sido cientificado pela sua consultoria jurídica de que tal conduta era contrária ao ordenamento jurídico; não obstante, prosseguiu com a execução do ato (Assistente Jurídico de 2ª Categoria da Secretaria de Gestão Administrativa do Distrito Federal do Distrito Federal/Cespe/2001): 1. O princípio da impessoalidade da administração deve refletir-se e concretizar-se, também, no acesso a cargos públicos por concurso público; na hipótese em análise, este princípio foi frontalmente violado. Resposta: Correta Marcos é o governador de um estado-membro do Brasil e, por isso, tem o poder de remover os servidores públicos de uma localidade para outra, para melhor atender ao interesse público. Um servidor do Estado namorava a filha de Marcos, contrariamente a sua vontade. A autoridade, desejando pôr fim ao romance, removeu o servidor para localidade remota, onde, inclusive, não havia serviço telefônico (Procurador Federal de 2ª Categoria da Advocacia Geral da União/Cespe/2002). Acerca da situação apresentada e considerando os preceitos constitucionais da Administração Pública, a doutrina e a legislação de improbidade administrativa (Lei n. 8.429/92), julgue os itens que se seguem: 1. O princípio da impessoalidade da Administração reflete-se e se concretiza, também, na reprovação de casos como o descrito, no qual há um desvio claro da função pública de proteção do interesse do bem comum. Não são princípios a que sempre a Administração Pública deve obediência: (Procurador da Justiça do Trabalho/1990). a) Oportunidade e Conveniência. b) Legalidade e Publicidade. c) Moralidade e Impessoalidade. d) Impessoalidade e Publicidade. Resposta: A

CAPÍTULO : PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Questões Mistas Considere que, ao avaliar a execução das determinações descritas no texto, o chefe da divisão de segurança tenha observado que um dos agentes de segurança a ele subordinados atuava com racismo e preconceito, fazendo verificação cuidadosa de determinadas pessoas e, sistematicamente, deixando outras pessoas passarem sem qualquer tipo de verificação. Em função disso, o chefe tomou as providências cabíveis para possibilitar a instauração de

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sindicância que apurasse a referida situação. Tendo em vista essa situação hipotética, julgue os itens abaixo. (TST/Técnico Judiciário/Cespe/2008) II - O chefe da divisão de segurança tem poder disciplinar sobre o referido agente de segurança e, portanto, poderia ter aplicado, de ofício, a pena de advertência, desde que houvesse dado ao agente chance para que apresentasse sua defesa. Resposta: Correta Sobre os poderes e deveres do Administrador Público, considere (TRF5R/Técnico Judiciário/FCC/2008): I – os poderes concedidos ao Administrador Público podem ser usados em quaisquer circunstâncias, dentro ou fora do exercício do cargo ou função pública, porquanto é atributo pessoal do agente. II – Se o agente usa da autoridade pública ou a invoca quando despido da função ou fora do exercício do cargo, apenas para sobrepor-se aos demais cidadãos, ele pratica abuso de poder. III – Entre os deveres do Administrador Público, ocupante de cargo em comissão, não se incluem o da eficiência, da probidade e da prestação de contas. IV – O poder tem, para o agente público, o significado de dever para com a comunidade e para com os indivíduos, no sentido de que quem o detém está sempre na obrigação de exercitá-lo. V – O abuso de poder só ocorre na execução de um ato ilegal. Está correto o que consta APENAS em:

a) I, III e IV b) II, III e V c) II e IV d) I e III e) IV e V

Resposta: C No que tange aos poderes administrativos, considere (TRT17R/Analista Judiciário/Área Adm e Jud/FCC/2004): I – o condicionamento e a restrição ao uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. II – o poder de delegar e avocar atribuições e o de rever atos administrativos. Nesses casos, estão presentes, respectivamente, os poderes

a) de polícia e hierárquico. b) disciplinar e regulamentar. c) Sancionador e controlador. d) Hierárquico e disciplinar. e) Controlador e sancionador.

Resposta: A No que diz respeito aos poderes administrativos, considere (TRT17R/Analista Judiciário/Oficial de Justiça Avaliador/FCC/2004): I – A faculdade de que dispõem os Chefes do Executivo de expedir decretos para a fiel execução da lei. II - A prerrogativa inerente à Administração Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas ao regime administrativo; é o caso dos que com ela contratam. III – O Poder de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes. As afirmativas I, II e III correspondem, respectivamente, aos poderes:

a) Hierárquico, de polícia e vinculado.

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b) Hierárquico, disciplinar e normativo. c) Discricionário, de polícia e disciplinar. d) Normativo, hierárquico e disciplinar. e) Regulamentar, disciplinar e hierárquico.

Resposta: E Considere as assertivas relacionadas aos Poderes Administrativos (MPU/Analista/Área Administrativa/FCC/fev. de 2007):

I. A punição decorrente do poder disciplinar e a resultante da Justiça Criminal têm fundamentos idênticos quanto à natureza e à substância das penas, diferenciando-se apenas quanto ao seu grau.

II. Poder vinculado ou regrado é aquele que a Lei confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização.

III. A discricionariedade é sempre relativa e parcial, porque, quanto à competência, à forma e a finalidade do ato, a autoridade está subordinada ao que a lei dispõe, como para qualquer ato vinculado.

IV. O poder regulamentar é a faculdade de que dispõem os agentes públicos em geral para avocar funções atribuídas a subordinados ou rever atos, invalidando-os de ofício, podendo ser delegado a qualquer subordinado.

V. O poder hierárquico do agente público não retira a capacidade de apreciação da conveniência e da oportunidade das determinações legais pelos subordinados, ainda que exerçam atribuições meramente administrativas.

É correto o que consta APENAS em

a) I, II e III b) I e IV c) I, II e V d) II e III e) III, IV e V

Resposta: D Comentários do porfessor: quanto ao inciso III, lembre-se que competência, finalidade e forma são elementos SEMPRE vinculados, tanto nos atos discricionários quanto nos atos vinculados. O inciso IV diz respeito ao Poder Hierárquico. No que tange aos poderes administrativos, é INCORRETO afirmar que (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Fundação Carlos Chagas / dezembro-06). a) a faculdade que o chefe do Executivo dispõe de explicitar a lei, para sua correta aplicação, decorre do poder normativo. b) o poder hierárquico tem como objetivo estabelecer uma relação de coordenação e subordinação entre os órgãos que integram a Administração Pública. c) por meio do Poder de Polícia a Administração Pública limita o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público. d) o poder discricionário vincula o administrador público à forma, objeto e motivo do ato, deixando livre a opção quanto ao juízo de mérito.

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e) a Administração pública, em virtude do poder disciplinar apura infrações e aplica penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. Resposta: D Em matéria de poderes e deveres NÃO é próprio do Administrador Público o poder e o dever, respectivamente (Técnico Judiciário do Amapá / Fundação Carlos Chagas / Área Administrativa / Janeiro de 2006). a) regulamentar e o de eficiência b) discricionário e o de prestar contas c) arbitrário e de improbidade d) de polícia de agir e) vinculado e o de boa administração Resposta: C Quanto às prerrogativas da Administração Pública, consubstanciadas nos poderes administrativos, considere as proposições abaixo (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais / Analista Judiciário / Área Judiciária / Fundação Carlos Chagas / Julho de 2005) I-o poder inerente aos Chefes do Poder Executivo, no sentido de editar normas complementares à lei, objetivando a sua fiel execução. II – o Poder de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre seus servidores do seu quadro de pessoal. Elas correspondem, respectivamente, aos poderes: a) hierárquico e disciplinar b) discricionário ou vinculado e de polícia c) regulamentar e hierárquico d) disciplinar e regulamentar e) discricionário e normativo Resposta: C No que diz respeito aos poderes administrativos, considere as proposições abaixo (TRE- MG / 2005 / Analista/ Fundação Carlos Chagas). I – O poder disciplinar traduz-se na possibilidade de a Administração Pública apurar e punir as infrações funcionais praticadas pelos agentes públicos. II – O poder de polícia é aquele de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens , direitos e atividades dos particulares, em benefício do interesse coletivo. III - A distribuição e escalonamento das funções dos órgãos públicos, bem como a ordenação e revisão da atuação dos agentes, são características do poder regulamentar. IV – A faculdade conferida ao administrador de extrapolar os limites legais ou agir em desacordo com o ordenamento jurídico, decorre do poder discricionário. Está correto o que contém APENAS em a) I e II b) I e III c) II e III d) II e IV e) III e IV Resposta: A

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Considere os seguintes grupos de verbos (Agente Penitenciário Federal / Cespe / 2005). A ordenar, controlar, coordenar; B apurar, julgar, punir; C restringir, condicionar, limitar. A respeito dos diversos poderes da administração que os verbos acima evocam, julgue as associações propostas nos itens que se seguem. 146 (A) ações no âmbito do poder disciplinar 147 (B) ações no âmbito do poder hierárquico 148 (C) ações no âmbito do poder de polícia administrativa Respostas: 146-E 147-E 148-C No que tange ao exercício dos poderes do Estado, assinale a opção correta: a) Devido à presunção de validade dos atos administrativos, a doutrina brasileira entende que o vício

seja explícito, ostensivo, para a invalidação do ato com base em alegação de abuso de poder. b) Os órgãos estatais, nos três poderes e também no Ministério Público, estruturam-se todos com base

no princípio hierárquico, seja em suas áreas administrativas, seja naquelas ligadas à chamada atividade-fim. Com isso, os órgãos superiores podem ordenar, rever e avocar as funções dos inferiores.

c) Com base no poder disciplinar, a administração pública pode punir, nos termos da lei, tanto seus agentes públicos quanto os de outras esferas de governo que infrinjam as normas administrativas, desde que, em qualquer caso, seja assegurado o exercício de ampla defesa.

d) Com a promulgação da emenda constitucional que ampliou o poder regulamentar do presidente da República, deixaram de ser vedados, no Brasil, os chamados decretos contra legem e praeter legem.

e) É juridicamente possível que o abuso de poder se caracterize tanto em atos comissivos quanto em omissões da administração pública, desde que, no segundo caso, se trate de ato ao qual o poder público estava obrigado.

Resposta: E Tratando-se dos poderes administrativos, correlaciona-se as duas colunas, vinculando a cada situação o respectivo poder (AFT / ESAF / 2003): 1 – poder hierárquico 2 – poder disciplinar 3 – poder discricionário 4 – poder de polícia ( ) penalidade em processo administrativo. ( ) nomeação para cargo de provimento em comissão. ( ) delegação de competências. ( ) limitação do exercício de direitos. a) 2/3/1/4 b) 4/2/1/3 c) 4/3/2/1 d) 2/1/3/4 e) 4/2/3/1 Resposta: A

Revogação e Anulação QUESTÃO 1 - Com relação aos atos administrativos, assinale a opção correta (Procurador de Estado-CE/Cespe/2008). A A revogação do ato administrativo incide sobre ato inválido. B A revogação do ato administrativo tem efeitos ex tunc.

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C Somente a administração pública possui competência para revogar os atos administrativos por ela praticados. D O Poder Legislativo pode invalidar atos administrativos praticados pelos demais poderes. E O ato administrativo discricionário é insuscetível de exame pelo Poder Judiciário. Resposta: C Acerca da competência revogatória da administração pública, assinale a opção correta (OAB-SP/Cespe/2008). a) Na ausência de dispositivo legal que regule a matéria, no exercício das funções administrativas, a competência para revogar um ato administrativo é sempre da autoridade que o tenha praticado. b) Ao Poder Judiciário não se reconhece competência para revogar atos administrativos. c) O exercício da competência revogatória é decorrência do princípio da publicidade dos atos administrativos. d) A competência revogatória pode ser exercida mesmo após a consumação e o exaurimento dos efeitos do ato administrativo praticado. Comentários do professor: Esta questão nos faz meditar acerca daquela “velha” situação: o Poder Judiciário pode revogar atos administrativos quando tais atos forem editados por ele mesmo, no exercício de sua função atípica administrativa? Sim, pode. Mas, observamos pelo enunciado da questão, que o Cespe não abriu a discussão para esta situação. Desta forma, concluímos que, se for afirmado pela banca que o Judiciário é incompetente para revogar atos administrativos, “feche” os olhos e marque como verdadeira a assertiva. Resposta: B Acerca do direito administrativo, julgue os itens a seguir (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome/Técnico de Nível Superior/Cespe/2008). 28 Se a administração pública reconhecer que praticou ato administrativo ilegítimo ou ilegal, deverá haver a revogação desse ato, que poderá ser feita pela própria administração ou pelo Poder Judiciário. 30 Em regra, o direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários não se sujeita a prazo de decadência. Comentários do professor: 28 - Ato ilegítimo (ilegal ou inválido) pode ser anulado (e não revogado). Utilizo a expressão “pode”, tendo em vista a possibilidade de convalidação do ato. 30 – O prazo de decadência, devidamente descrito na Lei 9.784/99, é de cinco anos. Resposta: 28-E 30- E Na segunda fase do concurso para provimento de cargo de policial, Flávio matriculou-se no curso de formação, já que tinha sido aprovado nas provas objetivas, no exame psicotécnico e no teste físico, que compunham a chamada primeira fase. No entanto, a administração pública anulou o teste físico, remarcando nova data para a sua repetição, motivo pelo qual foi anulada a inscrição de Flávio no curso de formação. Acerca dos atos administrativos referentes à situação hipotética apresentada, julgue os itens subseqüentes (Oficial de Inteligência/ABIN/Cespe/2008). 120 A anulação do exame físico está inserida no poder de autotutela da administração, não sendo imprescindível que haja contraditório e ampla defesa, pois o ato em si não trouxe qualquer prejuízo para Flávio — já que ele irá refazer o teste físico — nem para os demais candidatos. Resposta: Errada. A revogação do ato administrativo (TRF5aR/Analista Judiciário/Área Adm/FCC/2008): a) ocorre quando, sendo o ato ilegal, não mais convir à Administração a sua existência. b) é sempre feita pelo Poder Judiciário.

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c) ocorre quando, sendo o ato legal, não mais convir à Administração a sua existência. d) ocorre desde que, a pedido do administrado o qual se sinta lesado. e) tem efeito retroativo, voltando no tempo até à data da sua expedição. Resposta: C Uma autoridade administrativa do TST, no exercício de sua competência, editou ato administrativo que determinava a instalação de detectores de metais nas entradas da sede do Tribunal e estabelecia que todas as pessoas deveriam submeter-se ao detector e que somente poderiam ingressar no edifício ou sair dele caso apresentassem aos agentes da segurança todos os pertences de metal. Porém, seis meses depois da instalação dos detectores, as reclamações dirigidas à administração do TST fizeram com que a autoridade editasse ato anulando a referida determinação, por considerar que ela não alcançou devidamente os seus objetivos. Acerca da situação hipotética descrita no texto, julgue os itens a seguir. (TST/Técnico Judiciário/Cespe/2008). I - Os motivos alegados pela referida autoridade para invalidar o ato deveriam conduzir à sua revogação, e não, à sua anulação. Resposta: Correta Segundo Meirelles, o ato que nasce afetado de vício insanável por ausência ou defeito substancial em seus elementos constitutivos ou no procedimento formativo, denomina-se ato (Prefeitura de Goiânia/Assistente/Nível Médio/UFG/junho de 2007): a) abdicatório b) modificativo c) nulo d) válido Resposta: C Com relação à anulação dos atos administrativos, é correto afirmar que (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 03-12-06). a) opera efeitos ex nunc e não alcança os atos que geram direitos adquiridos e os que exauriram os seus efeitos. b) apenas os atos vinculados emitidos em desacordo com os preceitos legais serão invalidados pela própria Administração com efeitos ex nunc. c) o Poder Judiciário deverá anular os atos discricionários por motivo de conveniência e oportunidade. d) o Poder Judiciário não poderá declarar a nulidade dos atos administrativos discricionários eivados de vícios quanto ao sujeito. e) o desfazimento do ato que apresente vício quanto aos motivos produz efeitos retroativos à data em que foi emitido. Resposta: E O ato administrativo praticado no exercício da competência discricionário (Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região / área judiciária / Analista Judiciário / Fundação Carlos Chagas / Março de 2006). a) pode ser revogado pelo Judiciário ou Legislativo quando inadequado ou inoportuno. b) não é passível de controle judicial, administrativo ou legislativo. c) pode ser apreciado judicialmente, desde que sobre o mérito. d) não goza do atributo da presunção de legitimidade. e) pode ser passível de apreciação judicial quanto aos aspectos da legalidade.

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Resposta: E Quanto à anulação do ato administrativo, é correto afirmar (Juiz / Tribunal de Justiça do Estado de Goiás / Comissão de Seleção e Treinamento / 2006): a) a Administração pode rever seus próprios atos através do exercício do poder de autotutela, contudo, a revisão pode alcançar unicamente aspectos de legalidade do ato. b) a Administração pode anular seus próprios atos através do exercício do seu poder de autotutela, todavia, não poderá fazê-lo “ex offício”, pois depende necessariamente de alguém que o solicite. c) a anulação do ato administrativo opera “ex tunc”. d) a convalidação é o processo de que se vale a Administração para aproveitar atos administrativos com vícios insanáveis, fazendo-o por meio da reforma do ato inquinado de vício de legalidade. Resposta: C Assinale a alternativa que indica características e efeitos da anulação de um ato administrativo como forma de Controle da Administração Pública (NCE/ATE-AM/2005): (A) a anulação pode ser feita pela Administração e pelo Poder Judiciário, incide, em princípio, somente sobre atos discricionários e seus efeitos vão retroagir à data em que o ato foi praticado; (B) a anulação pode ser feita somente pela Administração, incide, como regra, sobre atos discricionários e vinculados e seus efeitos não retroagem ex nunc; (C) a anulação pode ser feita somente pela Administração Pública, incide, em princípio, sobre atos administrativos discricionários e seus efeitos não retroagem; (D) a anulação pode ser feita pela Administração e pelo Poder Judiciário, incide sobre atos vinculados e discricionários e retroage à data da prática do ato; (E) a anulação pode ser feita somente pela Administração, incide sobre atos vinculados e discricionários e seus efeitos vão retroagir à data em que o ato foi praticado. Resposta: D Considerando que Mariana ocupa cargo público de provimento efetivo no TRE/AL, julgue os itens subsequentes: (TRE/ALAGOAS –Técnico Judiciário/2005/Cespe) I – suponha que Mariana tenha praticado um ato discricionário e, uma semana depois, tenha percebido que esse ato não atendia a um requisito exigido em lei. Nesse caso, Mariana somente poderia anular o referido ato se alguma das partes interessadas o impugnasse mediante recurso administrativo ou judicial. Resposta: E O direito de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que forem praticados, salvo comprovada má-fé. Entretanto, em razão de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á (TRT17R/Analista Judiciário/Oficial de Justiça Avaliador/FCC/2004): a) da data da assinatura do ato. b) da publicação do ato. c) da percepção do primeiro pagamento. d) do recebimento do último pagamento. e) da data do pedido formulado pelo destinatário do ato. Resposta: C A respeito do processo administrativo no âmbito da administração pública do estado de Goiás, julgue os itens abaixo, marcando V ou F: (Auditor Fiscal da Receita Estadual/GO/2004/UEG):

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( ) O órgão competente poderá declarar extinto o processo quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão tornar-se impossível, inútil ou prejudicado por fato superveniente. ( ) Os atos que apresentarem defeitos sanáveis não poderão ser convalidados pela própria administração, ainda que não acarretem lesão ao interesse público nem prejuízos a terceiros. ( ) A administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. ( ) O direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decais em seis anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. ( ) Nos processos administrativos será observado o critério de interpretação da norma administrativa de forma que melhor garanta o atendimento de sua finalidade pública, permitida a aplicação retroativa de nova interpretação. Respostas: V E V E E No que se refere à anulação dos atos administrativos, considere (TRT17R/Analista Judiciário/ Área Adm e Jud/FCC/2004): I – A anulação decorre de ilegalidade, sendo competente para praticá-la a Administração Pública e o Poder Judiciário, gerando efeitos ex tunc. II – Enquanto a revogação pode ser praticada pela Administração e pelo Poder Judiciário, a anulação é privativa deste último, gerando efeitos ex tunc e ex nunc, respectivamente. III – O Poder Judiciário é competente para anular e revogar, a Administração Pública só pode revogar, sendo que em todos os casos os efeitos serão ex nunc. IV – A revogação e a anulação geram efeitos ex nunc, sendo essas duas espécies de anulação de competência da Administração Pública. V – A revogação é ato privativo da Administração Pública decorrente de conveniência e oportunidade, gerando efeitos ex nunc. Está correto somente o que se afirma em:

a) I e IV b) I e V c) II e V d) III e IV e) IV e V Resposta: B Carlos é ocupante de cargo público de provimento efetivo na ABIN e exerce suas atividades em Brasília. Na semana passada, foi publicado ato determinando, de ofício, a remoção de Carlos para Recife, remoção essa que contrariava sua vontade expressamente declarada. A propósito da situação hipotética acima, julgue os itens subseqüentes (ABIN / Analista de Informações / CESPE / 2004). __ Se, antes de Carlos se mudar para Recife, a autoridade competente revogasse o ato de remoção, pelo fato de outro servidor mostrar-se disposto a mudar-se para essa cidade, a revogação seria descabida, por ser esse um caso em que a forma adequada de invalidação do ato seria a sua anulação. Resposta: E Um determinado ato administrativo, tido por ilegal, não chega a causar dano ou lesão ao direito de alguém ou ao patrimônio público, mas a sua vigência e eficácia, por ter caráter normativo continuado, pode vir a prejudicar o bom e regular funcionamento dos serviços de certo setor da Administração, razão pela qual, para a sua invalidação, torna-se particularmente cabível e/ou necessário (Analista de Finanças e Controle - AFC/CGU / ESAF / 2003/3/2004 ): a) aplicar o instituto da revogação. b) aplicar o instituto da anulação. c) aguardar reclamação ou recurso cabível. d) o uso da ação popular.

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e) o uso do mandado de segurança. Resposta: B

Desvio de finalidade, Excesso de Poder e Abuso de Poder Com relação aos atos e contratos administrativos, julgue os itens a seguir (Ministério da Saúde/Agente Administrativo/Cespe/2008): 74 Se a administração remover, de ofício, um funcionário público, a fim de puni-lo por ter procedido de forma desidiosa, o ato de remoção será ilegal, por ter sido praticado com finalidade diversa da prevista em lei. Resposta: Correta. O prefeito de determinado município houve por bem desapropriar terreno com vistas a construir um hospital. No entanto, em vez de hospital, foi construída uma escola pública. Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itens seguintes, que dizem respeito aos atos administrativos (Agente de Inteligência/Abin/Cespe/2008): 117 Na situação considerada, não houve desvio de finalidade, sendo o decreto de desapropriação amparado pelo ordenamento jurídico. Resposta: Correta. A situação em que o agente público pratica ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência, caracteriza, nos termos da definição legal, o vício dito (Tribunal de Contas-SP/Auditor/FCC/2008): a) vício de forma. b) desvio de finalidade. c) ilegalidade do objeto. d) inexistência dos motivos. e) incompetência. Resposta: B Sobre o abuso de poder, considere (TRF5R/Analista Judiciário/Área Judiciária/FCC/2008). I – Ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa os limites de suas atribuições ou se desvia das suas finalidades administrativas. II – O abuso de poder só pode ocorrer na sua forma comissiva, nunca na omissiva. III – Desvio de finalidade não caracteriza abuso de poder. IV – O desvio de finalidade ou de poder ocorre quando a autoridade, atuando fora dos limites da sua competência, pratica o ato com fins diversos dos objetivados pela lei ou exigidos pelo interesse público. V – O excesso de poder ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, vai além do permitido e exorbita no uso das suas faculdades administrativas. Está correto o que contém APENAS em:

a) I e V b) I, II e IV c) I, II e V d) II e V e) III, IV e V

Resposta: A Comentários do professor: pelos incisos I e V, observamos que a FCC aceita a tese de que, no excesso de poder, o agente público tem competência para a prática do ato administrativo, contudo ele a

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extrapola, excede, ultrapassa. Tal comentário é pertinente haja vista algumas questões trazerem como afirmativa certa a de que, no excesso de poder, o agente público atua FORA dos limites da sua competência. No tocante a abuso de poder e a ato administrativo, julgue os itens a seguir (Delegado da Pol. Fed/ Cespe/2004). __ O abuso de poder, na modalidade de desvio de poder, caracteriza-se pela prática de ato fora dos limites da competência administrativa do agente. Resposta: Falsa. Comentários do professor: trata-se de abuso de poder, na espécie excesso de poder. Observe que o Cespe, nesta questão, adotou a doutrina majoritária que diz ocorrer o excesso de poder quando o agente público pratica atos FORA dos limites da sua competência, embora alguns doutrinadores prefiram ensinar que no excesso o agente pratica atos DENTRO da sua competência, porém ele a excede ou extrapola. A remoção de servidor público ocupante de cargo efetivo para localidade muito distante, com o intuito de puni-lo, caracteriza (TRE-PA/Analista Judiciário/Cespe/2007). a) exercício regular de direito. b) exercício do poder hierárquico. c) abuso de forma. d) impropriedade de procedimento. e) desvio de poder. Resposta: E Na hipótese de a autoridade pública classificar um concorrente por favoritismo sem atender aos fins objetivados pela licitação, estará agindo com (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais / Técnico Judiciário / Serviços Gerais / Fundação Carlos Chagas / 2005): a) uso do poder regulamentar. b) excesso de poder administrativo. c) uso do poder discricionário. d) desvio de finalidade ou de poder. e) usurpação do poder hierárquico. Resposta: D Em que pese a lei permitir a remoção ex officio do funcionário apenas para atender a necessidade do serviço público, o servidor competente para aplicar penalidades disciplinares utilizou-se de tal expediente com o único propósito de punir seu subordinado. Em virtude da situação narrada, o ato de remoção será (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Fundação Carlos Chagas / dezembro-06). a) declarado nulo por vício quanto à forma. b) invalidado com efeitos ex nunc, em razão de vício quanto à motivação. c) anulado por desvio de finalidade. d) julgado inexistente ante a ilegalidade de seu objeto. e) revogado, posto que praticado em desacordo com a regra de competência. Resposta: C Ocorre quando, a autoridade, embora competente para praticar o ato, ultrapassa o limite das suas atribuições ou se desvia das atividades administrativas. Estamos nos referindo ao: (Câmara Municipal de Goiânia / Assessor Técnico Legislativo / Universidade Salgado de Oliveira / 2006):

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a) Uso do poder b) Excesso de poder c) Abuso do poder d) Desvio de finalidade e) Omissão administrativa Resposta: C Comentários do professor: algumas entidades realizadoras de provas de concursos públicos preferem adotar o pensamento de alguns doutrinadores no sentido de que o abuso de poder é um gênero que comporta as espécies “excesso de poder” e “desvio de poder”, sendo que, em ambos os casos, o agente é competente para o ato. Assim, para elas, o excesso ocorre quando o agente, embora competente, extrapola, excede, ultrapassa os limites de sua competência, e o desvio ocorre quando o agente, embora competente, desvia-se das finalidades ou atividades públicas. O Diretor Administrativo da Secretaria de Educação de determinado Estado da Federação, atuando nos limites da sua competência no sentido de autorizar a abertura de licitação na modalidade Tomada de Preços, inseriu no edital determinada condição a ser comprovada pelas licitantes para fins de habilitação técnica privilegiando determinada empresa. Esta conduta caracteriza (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais / Analista Judiciário / Área Judiciária / Fundação Carlos Chagas / Julho de 2005) a) desrespeito ao julgamento objetivo b) abuso de poder sob a forma de desvio da finalidade c) excesso de poder como espécie de abuso do poder d) inobservância do princípio da vinculação ao edital e) desvio do princípio da publicidade Resposta: B Comentários do professor: se a questão afirma que o diretor administrativo atuou “nos limites da sua competência”, isto quer dizer que ele não agiu com “excesso de poder”. O edital deve garantir a isonomia entre os licitantes e não privilegiar uns em detrimento de outros. Uma vez que o diretor era a autoridade competente, mas não buscou o interesse público (e sim o interesse particular), ele agiu com desvio de poder (ou de finalidade), que é uma espécie (ou modalidade) de abuso de poder (ou de autoridade). Se a autoridade competente remove determinado agente público apenas por razões de desavenças pessoais entre eles, alegando, contudo, conveniência da Administração Pública, está caracterizando o (TRE- MG / 2005 / Analista / Fundação Carlos Chagas). a) regular procedimento punitivo vinculado b) excesso de poder c) exercício do poder discricionário d) exercício do poder regulamentar e) desvio de poder Resposta: E

O chamado desvio de poder é vício do ato administrativo que deriva do(a): (BNDES – 2004 – Fundação CESGRANRIO). a) defeito do fim. b) defeito de motivo. c) defeito de forma. d) ilegalidade do objeto. e) incompetência.

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Resposta: A Um ato administrativo estará caracterizando desvio de poder, por faltar-lhe o elemento relativo à finalidade de interesse público, quando quem o praticou violou o princípio da (AGU – 98 – ESAF). a) economicidade; b) eficiência; c) impessoalidade; d) legalidade; e) moralidade. Resposta: C No tocante a abuso de poder e a ato administrativo, julgue os itens a seguir: (Delegado da Polícia Federal – 2004 – CESPE). I. O abuso de poder, na modalidade de desvio de poder, caracteriza-se pela prática de ato fora dos limites da competência administrativa do agente. Resposta: E O chamado desvio de poder é vício do ato administrativo que deriva do(a): (BNDES – 2004 – Fundação CESGRANRIO). a) defeito do fim. b) defeito de motivo. c) defeito de forma. d) ilegalidade do objeto. a) incompetência. Resposta: A Marcos é o governador de um estado-membro do Brasil e, por isso, tem o poder de remover os servidores públicos de uma localidade para outra, para melhor atender ao interesse público. Um servidor do Estado namorava a filha de Marcos, contrariamente a sua vontade. A autoridade, desejando pôr fim ao romance, removeu o servidor para localidade remota, onde, inclusive, não havia serviço telefônico (Procurador Federal de 2ª Categoria da Advocacia Geral da União/Cespe/2002). Acerca da situação apresentada e considerando os preceitos constitucionais da Administração Pública, a doutrina e a legislação de improbidade administrativa (Lei n. 8.429/92), julgue os itens que se seguem: 5. O ato descrito está viciado por desvio de finalidade. Resposta: 5- correta

Poder De Polícia Assinale a opção correta a respeito dos conselhos de fiscalização profissional (OAB-SP/135º /Cespe/2008): A Os serviços de fiscalização de profissões regulamentadas não constituem atividade típica de Estado. B Os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas têm natureza jurídica de associações. C As relações que abrangem esses conselhos e as pessoas físicas ou jurídicas podem ser equiparadas à relação de trabalho.

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D A fiscalização desses conselhos sobre as pessoas físicas ou jurídicas é uma expressão do poder de polícia. Resposta: D No que concerne aos poderes públicos, julgue os itens que se seguem (Agente de Inteligência/Abin/Cespe/2008). 114 O poder de polícia do Estado pode ser delegado a particulares. Resposta: Errado Comentários do professor: Particulares não podem exercer Poder de Polícia, pois têm personalidade jurídica de direito privado e não exercem atividades típicas de Estado. Contudo, podem exercer atividades no âmbito do Poder de Polícia, ou seja, realizar atividades materiais (de execução) sob a determinação da Administração, como por exemplo, a instalação de lombadas eletrônicas em rodovias estaduais. No que diz respeito aos meios de atuação do poder de polícia, julgue os próximos itens (Procurador do Estado da Paraíba/Cespe/2008): I- Segundo entendimento majoritário na doutrina e na jurisprudência, admite-se a delegação do poder de polícia a pessoa da iniciativa privada prestadora de serviços de titularidade do estado. II- A autorização é o ato administrativo vinculado e definitivo pelo qual a administração reconhece que o particular detentor de um direito subjetivo preenche as condições de seu gozo. III- A licença não pode ser negada quando o requerente satisfaça os requisitos legais para sua obtenção. IV- O alvará pode ser de licença ou de autorização. Estão certos apenas os itens a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) III e IV. Resposta: E Comentários do Professor: questão interessante elaborada pelo Cespe, uma vez que nos apresenta o pensamento da entidade quanto à não possibilidade de delegação do poder de polícia a pessoa da iniciativa privada prestadora de serviços públicos cuja titularidade dos mesmos permanece com o Estado. No que tange ao Poder de Polícia, é correto afirmar que (TJ-Pernambuco/Oficial de Justiça/FCC/maio de 2007): (A) a medida de polícia, como todo ato administrativo discricionário, não encontra limitações legais ou normativas. (B) possui caráter exclusivamente repressivo, já que se destina a reprimir atividades privadas nocivas ao interesse público. (C) dentre os seus atributos, a auto-executoriedade permite à Administração Pública distribuir e escalonar as funções de seus órgãos e rever a atuação de seus agentes. (D) consiste na faculdade de que dispõe os órgãos públicos de apurar e punir internamente as faltas funcionais de seus servidores. (E) corresponde à atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público. Resposta: E

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No que tange ao poder de polícia, é INCORRETO afirmar que a (TRE-Paraíba/Anal.Jud/Área Adm/Espec.Direito/FCC/07). (A) sua finalidade só deve atender ao interesse público, sendo injustificável o seu exercício para beneficiar ou prejudicar pessoa determinada. (B) Administração Pública exerce tal poder, dentre outras formas, por meio de atos administrativos com características preventivas, com o fim de adequar o comportamento individual à lei, como ocorre na autorização. (C) Administração Pública exerce tal poder, dentre outras formas, por meio de atos administrativos com características repressivas, com o fim de coagir o infrator a cumprir a lei, como ocorre na interdição de um estabelecimento. (D) discricionariedade, a auto-executoriedade e a coercibilidade são considerados atributos do poder de polícia. (E) Administração Pública sempre atuará com discricionariedade, pois ao limitar o exercício dos direitos individuais, poderá decidir qual o melhor momento para agir. Resposta:E Considere que um agente público da ANVISA lavrou auto de infração contra determinada empresa, por violação de normas jurídicas relativas à vigilância sanitária. Nessa situação hipotética, julgue os próximos itens (ANVISA/Técnico Administrativo/CESPE-UNB/2007). 73 Caso a autuação fosse ilegal, ela poderia ser invalidada de ofício por autoridade hierarquicamente superior ao agente que autuou a empresa. 74 A referida autuação configura exercício de poder de polícia administrativa. 75 Caso a empresa considere ilegal essa autuação, é cabível impugná-la mediante mandado de segurança. Resposta: 73. Correta 74. Correta 75. Correta Dentre os instrumentos que a Administração Pública dispõe para atingir seus objetivos, o Poder de Polícia (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Especialidade Execução de Mandatos / Fundação Carlos Chagas / dezembro-06). a) possui como um de seus atributos a discricionariedade, presente em todas as medidas de polícia administrativa. b) detém caráter exclusivamente preventivo, já que se destina a limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público. c) possibilita que o Legislativo crie, por lei, as chamadas limitações administrativas ao exercício das liberdades públicas. d) constitui-se em prerrogativa funcional e renunciável da Administração Pública, que não encontra barreiras legais no ordenamento jurídico. e) pode ser exercido por meio das licenças, cujas características principais são a discricionariedade e a precariedade. Resposta: C A receita tributária que tem como fato gerador o exercício do Poder de Polícia ou de serviços públicos específicos e divisível prestado ou posto a disposição do contribuinte, é a: (Câmara Municipal de Goiânia / Gestor Público / Universidade Salgado de Oliveira / 2006): a) Receita de contribuição b) Imposto c) Receita patrimonial d) Taxa e) Contribuição de melhoria

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Resposta: D Determinado fiscal de vigilância sanitária fechou temporariamente, com fundamento em lei municipal, restaurante que vendia comida estragada. Com base no texto, julgue os itens a seguir (questão de jornal de concursos, devidamente modificada – 2005): I. o ato do fiscal resultou do poder de polícia da administração pública; II está errado dizer que o ato do fiscal foi inválido, alegando que o fechamento de restaurante, ainda que temporariamente, depende de autorização judicial; III. está errado dizer que o auto de infração deve ser encaminhado ao juízo competente; IV. o ato do fiscal foi dotado de presunção de legitimidade; V. contra o ato do fiscal pode o dono do restaurante insurgir-se administrativamente; VI. está errado dizer que somente a policia judiciária poderia ter tomado a providência adotada pelo fiscal. Resposta: C C C C C C Um dos tributos que podem ser cobrados no Brasil tem como fato gerador o exercício do poder de polícia. Assinale a alternativa que indica essa modalidade tributária: (Agente Penitenciário da Polícia Civil/DF – 2005 – UFRJ). a) imposto; b) contribuição de melhoria; c) taxa; d) pedágio e) preço público. Resposta: C A respeito do poder de polícia administrativa, julgue os itens seguintes (Agente Penitenciário Federal / Cespe / julho de 2005). 140 Com a finalidade de levar o infrator a cumprir a lei, o poder de polícia pode ser manifestado em medidas como a dissolução de reunião, a interdição de atividade e a apreensão de mercadorias deterioradas. 141 Por caracterizar atividade tipicamente administrativa, o poder de polícia pode ser delegado a particulares. 142 Por ser discricionária, a medida de polícia não está sujeita a limitações impostas pela lei. Resposta: 140- C 141-E 142-E Quanto ao Poder de Polícia, é incorreta a seguinte afirmativa: a) Trata-se de restrição a direito individual. b) A diferenciação entre a polícia judiciária e a administrativa encerra-se no caráter repressivo da

primeira e no preventivo da segunda. c) As limitações administrativas são formas de atuação desse poder. d) A discricionariedade é um de seus atributos. Resposta: B Julgue os itens a seguir, concernentes ao direito constitucional e ao direito administrativo. (Prefeitura de Boa Vista/RR-Anal/Área Jurídica/Cespe/2004) __ Em sentido amplo, o poder de polícia pode ser entendido como a atividade estatal de condicionar a liberdade e a propriedade dos administrados, ajustando-as aos interesses da coletividade. Seus atributos ou características seriam a discricionariedade, a auto-executoriedade — desdobrada por alguns autores em exigibilidade e executoriedade — e a

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coercibilidade. Resposta: Correta Comentários do Professor: lembramos que o atributo da imperatividade também é denominado por alguns doutrinadores de coercibilidade ou coercitividade. A atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão do interesse público concernente à segurança, higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do poder público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais e coletivos consiste na exteriorização do poder: (Auditor Fiscal da Receita Estadual/GO/2004/UEG): a) De polícia. b) Regulamentar. c) Disciplinar. d) Hierárquico. e) Discricionário. Resposta: A O poder de polícia administrativa tem o seu conceito legal na legislação tributária em razão de seu exercício ser o fundamento para a cobrança da seguinte modalidade de tributo: ( IRB – 2004 – ESAF). a) taxa b) tarifa c) imposto d) contribuição de melhoria e) contribuição de intervenção no domínio econômico Resposta: A Tratando-se de poder de polícia, sabe-se que podem ocorrer excessos na sua execução material, por meio de intensidade da medida maior que a necessária para a compulsão do obrigado ou pela extensão da medida ser maior que a necessária para a obtenção dos resultados licitamente desejados. Para limitar tais excessos, impõe-se observar, especialmente, o seguinte princípio: (AFRF – 2003 – ESAF). a) legalidade b) finalidade c) proporcionalidade d) moralidade e) contraditório Resposta: C O poder de polícia está intimamente relacionado, de um lado, com as prerrogativas da administração pública para garantia do bem-estar coletivo, e, de outro, com as liberdades individuais dos cidadãos. Acerca desse tema, julgue os itens subseqüentes ( DETRAN-DF / Agente de Trânsito / CESPE / 2003) . __ A licença para dirigir veículo automotor é ato administrativo vinculado, decorrente do poder de polícia. __ O condutor profissional que tiver seu veículo apreendido pela autoridade de trânsito poderá impetrar habeas corpus com o objetivo de garantir a liberação do automóvel e assim manter seu direito de livre locomoção.

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__ A restrição à liberdade individual em razão da segurança coletiva é o núcleo ideológico do poder de polícia de trânsito. _ A autoridade administrativa não pode, a seu juízo, definir a sanção que entender adequada à infração cometida. _ O esgotamento da via recursal administrativa não pode, em razão do princípio do devido processo legal, sofrer nenhum condicionamento. __ A circunstância de determinada infração administrativa configurar crime não inibe a sanção do poder de polícia. __ A multa administrativa, mesmo depois de aplicada, comporta revogação. __ O mandado de segurança pode ser utilizado preventivamente para obstar punição decorrente do poder de polícia. Resposta: C E C C E C E C Conforme a doutrina, o poder de polícia administrativa não incide sobre: (Procurador do BACEN/2002/Esaf): a) direitos b) atividades c) bens d) pessoas e) liberdades Resposta: D Julgue os itens abaixo, relativos aos atos administrativos e aos bens públicos (Assistente Jurídico/Secretaria de Gestão Administrativa do Distrito Federal/Cespe2001): 4. A intervenção administrativa da autoridade pública no exercício das atividades individuais suscetíveis de comprometimento do interesse geral, denomina-se polícia judiciária. Comentários do professor: o conceito se refere ao exercício do poder de polícia (e não polícia judiciária). Resposta: Errada. Com respeito à Administração Pública, julgue... (Agente da Polícia Federal/Cespe/2000): 2. Apesar de as polícias civil e federal desempenharem a função de polícia judiciária, ambas são órgãos do Poder Executivo e não do Poder Judiciário. Comentários do professor: A atividade precípuas das polícias civil e federal é a de apurar a autoria e a materialidade dos crimes e contravenções (função administrativa), possibilitando a instauração da ação penal cabível no âmbito do Poder Judiciário (função jurisdicional). A polícia civil está subordinada ao Governador de Estado (vide art. 144, &6º, CF/88). Resposta: Correta A respeito dos atos administrativos, dos poderes da Administração e do regime jurídico dos agentes públicos da União, julgue os itens que se seguem (Titular de Serviços Notariais e Registrais do DF/Cespe/2000): 2. Acerca do poder de polícia, é juridicamente correto afirmar que a competência para seu exercício é, em princípio, da entidade política competente para legislar acerca da matéria, que sua teoria geral é a mesma dos atos administrativos e que, no exercício desse poder, a Administração Pública pode impor restrições a direitos e liberdades constitucionalmente assegurados. Comentários do professor: A entidade política competente para legislar acerca da matéria (Administração Direta) possui a denominada competência originária de poder de polícia. Tal competência pode ser exercida pela sua Administração Indireta, momento em que a competência é dita

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derivada. Observe que a competência para exercer o poder de polícia se encontra no âmbito da Administração Direta ou Indireta, sendo proibido delegá-la a particulares. Estes últimos possuem competência apenas para exercer atos de execução (atos materiais) no âmbito do poder de polícia cuja titularidade permanece, sempre, nas “mãos” da Administração. Assim, quando vemos uma empresa particular instalando “pardais” ou lombadas eletrônicas, ela não está exercendo poder de polícia, mas tão somente executando uma atividade no âmbito de referido poder. Resposta: Correta

Poder Disciplinar QUESTÃO 12 - João, servidor público federal, trabalhou desidiosamente, durante 4 dias, em determinado procedimento administrativo. Paulo, seu chefe imediato, observando tal situação, aplicou a João uma advertência e determinou que ela fosse registrada nos assentamentos funcionais de João (OAB-SP/Cespe/2008). Em face da situação hipotética apresentada e das regras que regem a aplicação de punição disciplinar aos servidores públicos federais, segundo a Lei n.º 8.112/1990, assinale a opção correta. A) A aplicação de advertência a João, sem a instauração de sindicância, em que o servidor teria assegurada ampla defesa, configura nulidade absoluta. B) A advertência não pode ser registrada em assentamentos funcionais, por se caracterizar como ato oral. C) O registro nos assentamentos funcionais de João corresponde a um ato de indiciação. D) Como a infração cometida por João sujeita-se à penalidade de advertência, a ação disciplinar contra o servidor estaria prescrita em 120 dias. Comentários do professor: Não pode a Administração praticar qualquer ato de punição sem, antes, proporcionar ao acusado o direito ao contraditório e à ampla defesa. Resposta: A Acerca do direito administrativo, julgue os itens a seguir (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome/Técnico de Nível Superior/Cespe/2008). 31 O Poder disciplinar é discricionário. Assim, se o administrador tiver conhecimento de falta praticada por servidor, terá a liberdade de escolha entre punir e não punir. Comentários do professor: se o administrador tiver conhecimento de falta praticada por servidor, terá a obrigação de apurar o ilícito. Caso contrário, sua conduta caracterizará condescendência criminosa. Quanto aos poderes públicos, julgue os próximos itens (Oficial de Inteligência/Abin/Cespe/2008): 125 Decorre do poder disciplinar do Estado a multa aplicada pelo poder concedente a uma concessionária do serviço público que tenha descumprido normas reguladoras impostas pelo poder concedente. Resposta: Correta. Comentários do professor: Em regra, está certo afirmar que o Poder Disciplinar decorre do Poder Hierárquico. Mas esta regra não tem caráter absoluto. Entre Poder Concedente e Concessionária não há que se falar em hierarquia, embora se possa falar na possibilidade de o Poder Concedente punir o delegatário que descumprir com as normas contratuais impostas com base no Poder Disciplinar da Administração Pública. Quanto aos poderes públicos, julgue os próximos itens. (Oficial de Inteligência/ABIN/Cespe/2008).

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125 - Decorre do poder disciplinar do Estado a multa aplicada pelo poder concedente a uma concessionária do serviço público que tenha descumprido normas reguladoras impostas pelo poder concedente. Resposta: Correta. Comentários do professor: Os delegatários de serviço público devem obedecer às normas impostas pela Administração, sendo cabível o poder disciplinar caso não obedeçam a tais regras. Contudo, entre eles (os delegatários de serviço público) e a Administração, não há que se falar em poder hierárquico, haja vista que não há hierarquia entre as partes. Neste caso em especial, não podemos afirmar que o poder disciplinar decorre do poder hierárquico. Considere que, ao avaliar a execução das determinações descritas no texto, o chefe da divisão de segurança tenha observado que um dos agentes de segurança a ele subordinados atuava com racismo e preconceito, fazendo verificação cuidadosa de determinadas pessoas e, sistematicamente, deixando outras pessoas passarem sem qualquer tipo de verificação. Em função disso, o chefe tomou as providências cabíveis para possibilitar a instauração de sindicância que apurasse a referida situação. Tendo em vista essa situação hipotética, julgue os itens abaixo. (TST/Técnico Judiciário/Cespe/2008) I - O chefe da divisão de segurança tem poder disciplinar sobre o referido agente de segurança e, portanto, poderia ter aplicado, de ofício, a pena de advertência, desde que houvesse dado ao agente chance para que apresentasse sua defesa. Resposta: I- Errada. A Administração Pública, por meio do regular uso do poder Disciplinar (Tribunal de Justiça-Pernambuco/Analista Judiciário/FCC/2007): (A) distribui, ordena, escalona e revê a atuação de seus agentes, de modo que as atividades por eles desempenhadas obedeçam ao princípio da eficiência. (B) apura infrações e aplica penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. (C) edita normas complementares à lei, que disponham sobre organização administrativa ou relações entre os particulares que estejam em situação de submissão especial ao Estado. (D) condiciona e restringe o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado. (E) pratica atos administrativos de sua competência, com liberdade de escolha quanto à sua conveniência, oportunidade, forma e conteúdo. Resposta: B A Administração Pública, por meio do regular uso do poder Disciplinar (TJ-Pernambuco/Analista/FCC/2007): (A) distribui, ordena, escalona e revê a atuação de seus agentes, de modo que as atividades por eles desempenhadas obedeçam ao princípio da eficiência. (B) apura infrações e aplica penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. (C) edita normas complementares à lei, que disponham sobre organização administrativa ou relações entre os particulares que estejam em situação de submissão especial ao Estado. (D) condiciona e restringe o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado. (E) pratica atos administrativos de sua competência, com liberdade de escolha quanto à sua conveniência, oportunidade, forma e conteúdo.

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Resposta: B

Lúcia foi exonerada do cargo que ocupava na administração direta federal por ter sido reprovada no estágio Probatório (TRT-10a Região/Analista Judiciário/Área Administrativa/2005/CESPE). Com base nesse situação hipotética, julgue os itens seguintes. I - O ato de exoneração de Lúcia não constitui exercício de poder administrativo disciplinar. II - Para ter direito de impugnar judicialmente sua exoneração, Lúcia deve primeiramente esgotar os recursos administrativos possíveis. Resposta: C – E Julgue os itens a seguir, considerando que Kleber é servidor público federal administrativamente condenado a cinco dias de suspensão. (Agente da Polícia Federal – MJ/PF – 2004 – CESPE). I - A aplicação da referida penalidade a Kleber caracteriza exercício de poder administrativo disciplinar. II - Kleber pode impugnar judicialmente a aplicação da mencionada penalidade, mesmo que se abstenha de oferecer recurso administrativo contra tal punição. Resposta: I-C II-C Julgue os itens a seguir, relativos aos poderes e aos princípios regentes da Administração Pública (Assistente Jurídico/Secretaria de Gestão Administrativa do DF/Cespe/2001): 1. Coordenar, controlar, ordenar e corrigir as atividades administrativas, no âmbito da Administração Pública, incluem-se entre os objetivos fundamentais do poder disciplinar. Comentários do professor: referido conceito refere-se ao poder hierárquico. Resposta: Errada.

Poder Hierárquico Acerca do Poder Executivo, julgue os itens seguintes (Agente de Inteligência/Abin/Cespe/2008): 106 O presidente da República pode delegar aos ministros de Estado, conforme determinação constitucional, a competência de prover cargos públicos, a qual se estende também à possibilidade de desprovimento, ou seja, de demissão de servidores públicos. Resposta: Correta. Considerando que a ANVISA é uma autarquia federal, julgue os itens a seguir (ANVISA/Técnico Administrativo / CESPE-UNB/ 2007). I. A ANVISA é subordinada ao Ministério da Saúde (MS). Resposta: Falsa Comentários do professor: lembre-se que entre a Administração Direta (U/E/DF/M) e a Administração Indireta NÂO há hierarquia ou subordinação, mas vinculação. É exemplo do exercício do poder hierárquico da Administração a (Tribunal de Contas do Estado da Paraíba / Cargo de Auditor de Contas Públicas / Qualquer nível superior / Carlos Chagas / 2006): a) aplicação de multa de trânsito. b) decretação da pena de perdimento de bens. c) Interdição de estabelecimento comercial. d) Avocação de competência. e) Revisão de decisão mediante pedido de reconsideração.

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Resposta: D O Capítulo XIII do Regulamento de Pessoal da CONAB trata dos deveres dos seus empregados, além daquelas estabelecidas pela CLT. Sobre os deveres do empregado da Companhia analise as seguintes afirmativas (Conab / Analista de Sistemas / 2006): I – Cumprir as determinações dos superiores hierárquicos exceto quando reconhecidamente ilegais. II – Guardar sigilo sobre informações a que tenha acesso em razão da função que exerce. III – Manter sigilo sobre as irregularidades que conhecer e que possam acarretar prejuízos para o patrimônio da Companhia. IV – Valer-se da sua condição funcional para obter, direta ou indiretamente, qualquer vantagem pessoal. Assinale: A) apenas I e II; B) apenas III e IV; C) apenas II e III; D) apenas I e IV; E) apenas III e IV. Resposta: A Por decorrência do poder hierárquico da Administração Pública, surge o instituto da delegação de competências. Assinale, entre as atividades abaixo, aquela que não pode ser delegada. (Controladoria Geral da União / Cargo de Analista de Finanças e Controle / área Tecnologia da Informação / Esaf/ 2006 ). a) Matéria de competência concorrente de órgão ou entidade. b) Edição de atos de nomeação de servidores. c) Aplicação de pena disciplinar a servidor. d) Homologação de processo licitatório. e) Decisão de recursos administrativos. Resposta: E A hierarquia administrativa pressupõe o exercício de determinados poderes e faculdades pelo superior hierárquico, tais como dar ordens ao subordinado e controlar sua atividade, podendo, em regra, avocar atribuições e delegar-lhe competências. Nesse sentido, em que situação se admite uma relação tipicamente hierárquica? ( Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro / Prova para investigador policial / Cesgranrio /2006). (A) Nas estruturas administrativas desconcentradas. (B) No Poder Judiciário, entre juízes de instância inferior e juízes de instância superior. (C) No Poder Legislativo, entre a Câmara e o Senado. (D) Nos casos em que há atribuição legal de competências exclusivas a determinados órgãos administrativos de uma mesma estrutura. (E) Entre entes descentralizados e os poderes centrais. Resposta: A Tendo em vista os poderes administrativos, é certo que (Técnico Judiciário do Amapá / Fundação Carlos Chagas / Área Administrativa / 2006). a) o poder de polícia pode ser arbitrário, sendo sempre discricionário, podendo restringir ou suprimir o direito individual.

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b) Não há hierarquia nos Poderes Judiciário e Legislativo no que tange às suas funções típicas constitucionais, mas há hierarquia quando se trata das funções atípicas ou administrativas desses poderes. c) embora seja vinculado na aplicação de sanções, o poder disciplinar é facultativo e sua inércia só constitui infração administrativa. d) o poder regulamentar é o que tem os chefes do Executivo, Legislativo e Judiciário, para detalhar a lei por decreto, podendo, em certos casos, ir além da norma legal. e) face à correlação entre o poder hierárquico e o poder disciplinar, assim como entre este e o poder de polícia, eles se confundem entre si, podendo caracterizar apenas uma situação. Resposta: B Sobre as entidades da Administração Pública Indireta, analise as afirmativas: (TRT-10a Região/Analista Judiciário/Área Administrativa/2005/CESPE – questão reduzida). I. As entidades da Administração Indireta estão sujeitas ao controle hierárquico próprio do ente estatal a que estão vinculadas. Resposta: F Quanto à afirmação de ser o Presidente da República autoridade hierarquicamente superior ao dirigente da sociedade de economia mista, essa noção (TRT3R/Analista Judiciário/Área Judiciária/FCC/2005): a) Conflita com a regra consagrada pela doutrina, posto que, segundo esta, não há relação de hierarquia entre autoridades da Administração direta e autoridades da Administração indireta. b) Conflita com a regra consagrada pela doutrina, posto que a relação hierárquica se estabelece entre um Ministro e as autoridades da Administração indireta vinculadas ao respectivo Ministério. c) Conflita com a regra consagrada pela doutrina, posto que a noção de hierarquia apenas se aplica aos órgãos militares da Administração Pública. d) Está harmônica com a regra consagrada pela doutrina, posto que se trata do Presidente da República e de sociedade de economia mista federal. e) Está harmônica com a regra consagrada pela doutrina, posto que o Presidente da República é a autoridade de máxima hierarquia da Administração do País, independentemente de se cogitar de sociedade de economia mista federal, estadual ou municipal. Resposta: A Em razão do poder hierárquico existente no âmbito da Administração Pública, analise as afirmativas: (Agente Penitenciário da Polícia Civil/DF – UFRJ /2004). I – Uma autoridade pode controlar o mérito e a legalidade dos atos praticados por seus subordinados. II – Haverá hierarquia no Poder Judiciário e no Poder Legislativo quando eles estiverem desempenhando a função administrativa. III – Um agente público pode deixar de cumprir a ordem de seu superior hierárquico quando constatar que a mesma é manifestamente ilegal. São verdadeiras somente as afirmativas: a) I e II; b) I e III; c) II e III; d) I, II e III; e) nenhuma. Resposta: D

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Uma determinada autoridade administrativa, de um certo setor de fiscalização do Estado, ao verificar que o seu subordinado havia sido tolerante com o administrado incurso em infração regulamentar, da sua área de atuação funcional, resolveu avocar o caso e agravar a penalidade aplicada, no uso da sua competência legal, tem este seu procedimento enquadrado no regular exercício dos seus poderes (Analista de Finanças e Controle - AFC/CGU / ESAF/2004): a) disciplinar e vinculado b) discricionário e regulamentar c) hierárquico e de polícia d) regulamentar e discricionário e) vinculado e discricionário Resposta: C O ato de autoridade administrativa que aplica uma penalidade de advertência a servidor seu subordinado, pela inobservância de um determinado dever funcional, estará contido no contexto, particularmente, do exercício regular de seu poder (Técnico da Receita Federal / ESAF / 2003). a) discricionário e de polícia. b) discricionário e de império. c) disciplinar e hierárquico. d) regulamentar e de polícia. e) vinculado e de gestão. Resposta: C Julgue os itens seguintes, relativos aos atos da Administração Pública (Assistente Jurídico de 2ª Categoria da Secretaria de Gestão Administrativa do Distrito Federal/Cespe/2001): 1. O controle hierárquico resulta automaticamente do escalonamento vertical dos órgãos, em que os inferiores estão subordinados aos superiores. Resposta: Correta

Poder Regulamentar e Decretos Autônomos Acerca da organização dos poderes, conforme o entendimento do STF, julgue os itens subseqüentes (Ministério da Saúde/Agente Administrativo/Cespe/2008). 70 O decreto do presidente da República é instrumento hábil para dispor sobre a extinção de cargo público vago. Comentários do professor: Vide art. 84, VI, “b”, que dispõe acerca dos decretos autônomos. Resposta: Correta. Quanto aos poderes públicos, julgue os próximos itens. (Oficial de Inteligência/ABIN/Cespe/2008). 124 O ato normativo do Poder Executivo que contenha uma parte que exorbite o exercício de poder regulamentar poderá ser anulado na sua integralidade pelo Congresso Nacional. Resposta: 124 - Errada. Com relação ao poder regulamentar da Administração Pública, é correto afirmar (Juiz / Tribunal de Justiça do Estado de Goiás / Comissão de Seleção e Treinamento / 2006): a) sob o enfoque de que os atos normativos podem ser originários e derivados, o poder regulamentar é de natureza originária, uma vez que somente é exercido à luz de lei preexistente. b) compete exclusivamente ao Congresso Nacional anular os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.

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c) o Executivo pode se eximir de regulamentar a lei omissa quanto à fixação de prazo para a sua regulamentação. d) o sistema jurídico pátrio não contempla norma autorizadora da edição de regulamentos autônomos. Resposta: D Atribuição dos Chefes do Poder Executivo e derivados do Poder Regulamentar, os regulamentos visam explicar a lei e facilitar sua execução (regulamento de execução); por isso: a) podem dispor sobre matéria ainda não tratada em lei; b) podem ser delegados para o Ministro de estado ao qual o assunto legal está afeto; c) podem dispor sobre todas as matérias de competência da União; d) devem ser publicados, da mesma forma que é publicada a lei que pretendem regulamentar. Resposta: D Julgue o item que segue, acerca do Tribunal regional Eleitoral de Alagoas (TRE/Al – técnico judiciário – 2005 – CESPE): I. Considere que o TRE/AL editou resolução alterando o seu regimento interno. Essa resolução não pode ser considerada um ato que configure exercício de poder regulamentar. Resposta: V Comentários do professor: Lembramos que o poder regulamentar é exclusivo dos Chefes do Executivo. No que se refere ao Direito Administrativo, julgue os itens abaixo (Papiloscopista da Polícia Federal/Cespe/2000): O Presidente da República pode, ao regulamentar uma lei, estatuir todos os direitos e deveres necessários ao cumprimento da lei regulamentada, ainda que nela não tenham sido expressamente previstos. Resposta: Errada. Comentários do Professor: O poder regulamentar infralegal atribuído aos Chefes do Executivo depende de lei prévia para ser exercido. Tem a finalidade de conferir-lhe aplicabilidade. Não pode a autoridade máxima do Poder Executivo extrapolar os termos postos na lei, criando obrigações e restrições não amparadas nela. Da mesma forma, não pode o Presidente ampliar o alcance das obrigações e restrições validamente estabelecidas na lei, sob pena do ato ser inválido. Veja-se que a CF/88 determina que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei” (o artigo não utiliza a expressão “senão em virtude de lei ou regulamento”.

Poder Vinculado O prefeito de determinado município houve por bem desapropriar terreno com vistas a construir um hospital. No entanto, em vez de hospital, foi construída uma escola pública. Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itens seguintes, que dizem respeito aos atos administrativos. 116 O decreto desapropriatório é considerado ato vinculado. Resposta: Errado. Comentários do professor: A Administração possui poder discricionário de, após analisar a oportunidade e a conveniência, declarar um imóvel escolhido por ela como de utilidade pública para fins de desapropriação.

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Considera-se vinculado o ato administrativo no qual a lei já indica o objeto que necessariamente será adotado pela Administração Pública. Esse tipo de ato administrativo também é chamado de: (Agente da Polícia Civil- DF/ 2005 / UFRJ). a) legal; b) regrado; c) legítimo; d) vinculante; e) originário. Resposta: B Determinada empresa foi inabilitada em uma concorrência pública relativa a contrato de serviço de manutenção de computadores. Irresignada, ela recorreu administrativamente do ato que determinou sua inabilitação, mas esse recurso foi denegado. A respeito da situação hipotética apresentada acima, julgue os item seguinte (questão reduzida / ABIN / Analista de Informações / CESPE / 2004). __ A inabilitação da referida empresa caracterizou exercício de poder administrativo vinculado. Resposta: V

Poder Discricionário Com base no direito administrativo e na legislação aplicável, julgue os itens seguintes (Ministério do Meio Ambiente/Analista Ambiental/Cespe/2008): 86 A nomeação para determinados cargos com base no critério de notório saber é uma típica manifestação do exercício da discricionariedade por parte do administrador público. Resposta: Correta Quanto aos atos administrativos e aos servidores públicos, cada um dos itens subseqüentes apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 69 Uma autarquia federal realizou concurso público para alguns cargos e fixou seu prazo de validade em apenas um ano, improrrogável. Nessa situação, nada há de irregular na conduta do mencionado ente público, pois se trata de ato discricionário. Resposta: 69 - Correta Encontrando-se entre os poderes administrativos, o poder discricionário é (TRF5R/Analista Judiciário/Área Administrativa/FCC/2008):

a) A faculdade de que dispõem o Presidente da República, os Governadores e os Prefeitos, de explicar a lei para a sua correta execução.

b) A liberdade que o administrador tem para decidir de acordo com a sua consciência, mesmo que a decisão seja contrária à lei.

c) O que a Lei confere à Administração para a prática de ato de sua competência determinando os elementos e requisitos necessários à sua formação.

d) O de que dispõe o Poder Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos e de ordenar e rever a atuação dos seus agentes.

e) O que o Direito concede à Administração para a prática de atos administrativos com liberdade na escolha da sua conveniência, oportunidade e conteúdo.

Resposta: E Uma autoridade administrativa do TST, no exercício de sua competência, editou ato administrativo que determinava a instalação de detectores de metais nas entradas da sede do Tribunal e estabelecia que todas as pessoas deveriam submeter-se ao detector e que somente

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poderiam ingressar no edifício ou sair dele caso apresentassem aos agentes da segurança todos os pertences de metal. Porém, seis meses depois da instalação dos detectores, as reclamações dirigidas à administração do TST fizeram com que a autoridade editasse ato anulando a referida determinação, por considerar que ela não alcançou devidamente os seus objetivos. Acerca da situação hipotética descrita no texto, julgue os itens a seguir. (TST/Técnico Judiciário/Cespe/2008). I - O ato que determinou a instalação dos detectores de metais é um ato administrativo discricionário. Resposta: I - Correta O ato administrativo, – para cuja prática a Administração desfruta de uma certa margem de liberdade, porque exige do administrador, por força da maneira como a lei regulou a matéria, que sofresse as circunstâncias concretas do caso, de tal modo a ser inevitável uma apreciação subjetiva sua, quanto à melhor maneira de proceder, para dar correto atendimento à finalidade legal, – classifica-se como sendo (Técnico da Receita Federal / Tecnologia da Informação / ESAF / 06-02-06) a) complexo. b) de império. c) de gestão. d) vinculado. e) discricionário. Resposta: E Carlos é ocupante de cargo público de provimento efetivo na ABIN e exerce suas atividades em Brasília. Na semana passada, foi publicado ato determinando, de ofício, a remoção de Carlos para Recife, remoção essa que contrariava sua vontade expressamente declarada. A propósito da situação hipotética acima, julgue o item subseqüente (questão reduzida / ABIN / Analista de Informações / CESPE / 2004). __ Considere que Carlos impugne judicialmente o ato de remoção, argumentando ser inexistente o motivo alegado pelo agente que o praticou. Nessa situação, o juiz deverá indeferir o pedido de Carlos, por ser vedado o controle judicial do mérito administrativo de atos discricionários. Resposta: F O mérito administrativo, na atuação do administrador público, cujo controle jurisdicional sofre restrições, condiz em particular com o exercício regular do seu poder (AFC / ESAF / 2003): a) disciplinar b) hierárquico c) de polícia d) discricionário e) vinculado Resposta: D

Deveres da Administração

Sobre dever de probidade administrativa, podemos afirmar: (Câmara Municipal de Goiânia / Assessor Técnico Legislativo / Universidade Salgado de Oliveira / 2006): a) Não se trata de assunto constitucional, mas apenas de lei ordinária. b) Deve ser tratado apenas no âmbito administrativo, mas jamais no policial. c) Deve ser tratado apenas no âmbito policial.

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d) Não só estão presentes na legislação administrativa brasileira, como também na Constituição Federal. e) Deve ser tratado apenas politicamente Resposta: D

CAPÍTULO: ATOS ADMINISTRATIVOS

Conceito/características dos Atos Administrativos

Com relação aos atos e contratos administrativos, julgue os itens a seguir. 71 Pelo critério subjetivo, ato administrativo é somente aquele praticado no exercício concreto da função administrativa, seja ele editado pelos órgãos administrativos, seja pelos órgãos judiciais e legislativos. Assim, juízes e parlamentares desempenham algumas atribuições tipicamente administrativas, que dizem respeito ao funcionamento interno de seus órgãos e servidores. Comentários do professor: referido conceito refere-se ao critério objetivo (vide capítulo Organização Administrativa, item: conceitos de Administração Pública). Resposta: Errada. Todo ato lícito que tenha por fim imediato, entre outros, resguardar, transferir ou modificar direitos, denomina-se (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 2001): (A) ato jurídico. (B) fato jurídico. (C) representação jurídica. (D) interesse jurídico. (E) capacidade jurídica. Resposta: A O ato administrativo é espécie do gênero ato (Tribunal Regional Federal da 2ª Região / Fundação Euclides da Cunha / Analista Judiciário / Sem especialidade / 2001): A) judicial; B) jurídico; C) do administrador; D) formal; E) enunciativo. Resposta: B O seguinte instituto não se inclui entre os decorrentes das prerrogativas do regime jurídico-administrativo (APO - MP/ ESAF / 2005 ): a) presunção de veracidade do ato administrativo. b) autotutela da Administração Pública. c) faculdade de rescisão unilateral dos contratos administrativos. d) auto-executoriedade do ato de polícia administrativa. e) equilíbrio econômico-financeiro dos contratos administrativos. Resposta: E

No que diz respeito ao conceito de ato administrativo, considera-se como um de seus elementos (Tribunal Regional Eleitoral do Amapá / Técnico Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 2006):

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a) não estar sujeito, de regra, ao controle do Poder Judiciário. b) a existência de uma declaração do Estado ou de quem lhe faça as vezes. c) a incidência preponderante do regime jurídico de direito privado. d) não ser capaz de produzir efeitos jurídicos imediatos. e) o exercício de um poder incondicionado e ilimitado. Resposta: B

No conceito de ato administrativo, arrolado pelos juristas pátrios, são assinaladas diversas características. Aponte, no rol abaixo, aquela que não se enquadra no referido conceito. (Controladoria Geral da União / Cargo de Analista de Finanças e Controle / área Tecnologia da Informação / ESAF/ 2006).

a) Consiste em providências jurídicas complementares da lei, em caráter necessariamente vinculado. b) É exercido no uso de prerrogativas públicas, sob regência do Direito Público. c) Trata-se de declaração jurídica unilateral, mediante manifestação que produz efeitos de direito. d) Provém do Estado ou de quem esteja investido em prerrogativas estatais. e) Sujeita-se a exame de legitimidade por órgão jurisdicional, por não apresentar caráter de definitividade. Resposta: A

Elementos (requisitos) dos atos administrativos Com relação aos atos e contratos administrativos, julgue os itens a seguir (Ministério da Saúde/Agente Administrativo/Cespe/2008): 73 A competência é inderrogável, seja pela vontade da administração, seja por acordo com terceiros, porque a competência é conferida em benefício do interesse público. Resposta: Correta. São requisitos ou condições de validade dos atos administrativos (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás/ Analista de Sistemas/ Quadrix/04-05-2008): a) legalidade, territorialidade, temporalidade e forma. b) sujeitos, objeto, forma, tempo e local. c) menção à lei que autoriza a sua prática. d) sujeitos, objeto e territorialidade. e) competência, finalidade, forma, motivo e objeto. Resposta: E Comentários do professor: são requisitos de validade dos atos administrativos, ou seja, todos os atos deverão ter estes elementos rigorosamente de acordo com a lei, quais sejam: a competência, a finalidade, a forma, o motivo e o objeto. José Augusto, analista judiciário do TRT da 9 Região, ao praticar ato que não se inclui nas suas atribuições legais, preteriu o requisito do ato administrativo denominado (TRT17R/Analista Jud/Área Jud/FCC/2004):

a) Forma. b) Finalidade. c) Competência. d) Motivo. e) Objeto.

Resposta: C

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Comentários do professor: agente que atua fora dos poderes ou atribuições conferidos pela lei para que ele atue sempre que o interesse público assim o exigir configura vício no elemento “competência”. A constatação de que a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido, revela a preterição do requisito do ato administrativo denominado (TRE- MG/Analista/FCC/2005). a)motivo b)finalidade c)imperatividade d)competência e)presunção de legitimidade Resposta: A Alegando falta de verbas públicas, o Prefeito de uma cidade litorânea exonerou, ad nutum, determinado servidor. No dia seguinte, sem qualquer modificação na situação financeira do município, nomeou outro funcionário para a mesma vaga. Em virtude deste fato, o ato de exoneração será nulo em virtude da inobservância do requisito do ato administrativo denominado (Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região / área judiciária / Analista Judiciário / Fundação Carlos Chagas / Março de 2006). a) imperatividade b) competência c) forma d) motivo e) autoexecutoriedade Resposta: D No que tange aos requisitos dos atos administrativos, é correto afirmar que (TRT da 24ª Região / Analista Judiciário / Especialidade Execução de Mandados / Fundação Carlos Chagas / 2006): a) A preterição do procedimento administrativo para a demissão do servidor estável torna inválida a punição, já que não observou o requisito da legalidade. b) O agente público que desapropria um imóvel para perseguir seu proprietário pratica um ato com desvio de finalidade. c) A competência decorre sempre de lei, mas pode ser derrogada pela vontade da Administração Pública. d) Está caracterizado o vício quanto ao motivo quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou. e) A inexistência do objeto se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente. Resposta: B Tendo em vista os requisitos do ato administrativo, é correto afirmar que (Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais / Técnico Judiciário / Serviços Gerais / Fundação Carlos Chagas / 2005): a) a inexistência de forma não implica a inexistência do ato administrativo, por não ser substancial. b) No Direito Privado, a liberdade da forma do ato jurídico é regra; no Direito Público, é exceção. c) Em nenhuma hipótese, é admitido um ato administrativo não escrito por ser seu revestimento exteriorizador. d) Na licitação, a forma é o conjunto de operações para a sua perfeição, enquanto o procedimento é a cobertura material do ato.

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e) A revogação ou modificação do ato administrativo não necessita obedecer à mesma forma do ato originário. Resposta: B

É a condição principal para a validade do ato administrativo. Nenhum ato –discricionário ou vinculado - pode ser realizado validamente, sem que o agente disponha de: (Câmara Municipal de Goiânia / Assessor Técnico Legislativo / Universidade Salgado de Oliveira / 2006): a) Competência b) Jurisprudência c) Anuência d) Sucumbência e) Motivo Resposta: A Relativamente à vinculação e discricionariedade dos atos administrativos, correlacione as colunas apontando como vinculado ou discricionário cada um dos elementos do ato administrativo e assinale a opção correta (Técnico Administrativo / ANEEL / ESAF / 04/04/2006): (1) Vinculado (2) Discricionário ( ) Competência. ( ) Forma. ( ) Motivo. ( ) Finalidade. ( ) Objeto. a) 1 / 1 / 2 / 1 / 2 b) 2 / 2 / 1 / 1 / 2 c) 1 / 1 / 1 / 2 / 2 d) 2 / 2 / 2 / 1 / 1 e) 1 / 2 / 2 / 1 / 2 Resposta: A Entre os elementos sempre essenciais à validade dos atos administrativos, destaca-se um deles que se refere, propriamente, à observância do princípio fundamental da impessoalidade, pelo qual deve atender ao interesse público, sintetizado no termo (Técnico da Receita Federal/ ESAF / 2003) a) competência b) legalidade c) forma d) motivação e) finalidade Resposta: E

É correta a decisão proferida em mandado de segurança que invalida ato administrativo discricionário com o seguinte fundamento (AFR – RJ):

a) evidente inoportunidade de sua prática; b) ausência de expressa motivação de sua prática; c) maior onerosidade do modo por que foi praticado; d) inconveniência manifesta dos fins objetivados pelos atos; e) finalidade diversa da implicitamente estabelecida em lei.

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Resposta: E (a finalidade, a forma e a competência são elementos vinculados do ato administrativo)

Dentro do tema discricionariedade e controle jurisdicional, qual das assertivas abaixo não reflete a importância e necessidade da motivação do ato administrativo? (Promotor de Justiça MPE-GO 2004).

A-( ) a necessidade de motivar ou fundamentar, obrigatoriamente, os atos administrativos é um princípio geral do direito administrativo contemporâneo; B-( ) a fundamentação obrigatória é penhor de boa administração e, ao mesmo tempo, garantia democrática dos administrados; C-( ) a omissão ou defeito grave da fundamentação não produz nulidade por vício de um elemento essencial, haja vista que tal obrigatoriedade só é exigida para as decisões jurisdicionais; D-( ) a motivação é um aspecto da jurisdicionalização ou extensão dos princípios do devido processo à atividade administrativa. Resposta: C Um dos elementos do ato administrativo é o motivo. Recente norma federal (Lei nº. 9784/99) arrolou os casos em que o ato administrativo tem de ser motivado. Assinale, no rol abaixo, a situação na qual não se impõe a motivação. (Analista de Planejamento e Orçamento / ESAF / 2º semestre de 2005). a) Decisão de recurso administrativo. b) Decisão de processo administrativo de seleção pública. c) Dispensa de processo licitatório. d) Revogação de ato administrativo. e) Homologação de processo licitatório. Resposta: E (ver artigo 50 da Lei 9.784/90, art. 50). Não constitui requisito ou elemento essencial de validade, dos atos administrativos em geral, o de (Técnico Administrativo / ANEEL / 2004 / ESAF): a) agente capaz. b) autoridade competente. c) finalidade de interesse público. d) forma própria. Resposta: A O ato administrativo possui elementos constitutivos ou requisitos que integram a sua estrutura. Sobre a matéria, é INCORRETO afirmar que (Polícia Civil do Distrito Federal / Agente de Polícia / UFRJ / 2005): a) o elemento capacidade significa que o agente público deve ter atribuição legal para praticar o ato administrativo; b) a alteração da finalidade expressa na norma legal ou implícita no ordenamento caracteriza desvio de poder, causa de nulidade do ato; c) a forma é um dos elementos necessariamente vinculados do ato administrativo; d) não são todos os atos administrativos que devem ser motivados; e) os elementos motivo e objeto podem ser vinculados ou discricionários.

Resposta:A

O vício de objeto do ato administrativo, como definido no direito positivo brasileiro, ocorre quando: A) o interesse público a atender é mediato

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B) o interesse público coincide com o interesse privado no conteúdo do ato C) o administrador deixa de explicitar as razões e os fundamentos da decisão D) o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo Resposta: D O vício de motivo do ato administrativo, como definido no direito positivo brasileiro, se verifica quando: A) a autoridade praticou o ato contrariamente ao parecer de órgão técnico B) a relação custo-benefício proporcionada pelo ato for inferior ao resultado esperado C) a autoridade avaliou incorretamente as circunstâncias determinantes da ação administrativa D) a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido. Resposta: D

Teoria dos Motivos Determinantes

Com relação aos diversos aspectos que regem os atos administrativos, assinale a opção correta (OAB-SP/Cespe/2008). A Segundo a teoria dos motivos determinantes do ato administrativo, o motivo do ato deve sempre guardar compatibilidade com a situação de fato que gerou a manifestação de vontade, pois, se o interessado comprovar que inexiste a realidade fática mencionada no ato como determinante da vontade, estará ele irremediavelmente inquinado de vício de legalidade. B Motivo e motivação do ato administrativo são conceitos equivalentes no direito administrativo. C Nos atos administrativos discricionários, todos os requisitos são vinculados. D A presunção de legitimidade dos atos administrativos é uma presunção jure et de jure, ou seja, uma presunção absoluta. Comentários do professor: Letra “b”: “motivo” não se confunde com “motivação”, da mesma maneira que não devemos confundir “coco de grilo” com “crocodilo”, rs. Letra “c”: os requisitos vinculados dos atos discricionários são: competência, finalidade e forma. Letra “d”: a presunção de legitimidade e de veracidade é juris tantum (relativa). Portanto, a letra “a” conceitua com maestria a “teoria dos motivos determinantes”. Resposta: A Na segunda fase do concurso para provimento de cargo de policial, Flávio matriculou-se no curso de formação, já que tinha sido aprovado nas provas objetivas, no exame psicotécnico e no teste físico, que compunham a chamada primeira fase. No entanto, a administração pública anulou o teste físico, remarcando nova data para a sua repetição, motivo pelo qual foi anulada a inscrição de Flávio no curso de formação. Acerca dos atos administrativos referentes à situação hipotética apresentada, julgue os itens subseqüentes (Oficial de Inteligência/ABIN/Cespe/2008). 121 Considerando que a motivação apresentada pela administração não seja a medida mais adequada para anular o teste físico de Flávio, o juiz poderá aplicar a teoria dos motivos determinantes para anular o ato anulatório. Resposta: 121 - Correta. Comentários do professor: Veja-se que se a Administração praticou ato inadequado (o que se verifica pela motivação apresentada). Assim, ato inadequado representa violência ao princípio da razoabilidade, tornando o mesmo ilegal e passível de anulação pelo Poder Judiciário. Lembramos que ato razoável é ato adequado, necessário e proporcional (para alguns doutrinadores).

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No dia 13 de agosto de 2004, por meio de Alvará, a Administração Pública concedeu autorização a Elizabete para utilizar privativamente determinado bem público. No dia seguinte, revogou referido ato administrativo, alegando, para tanto, a necessidade de utilização pública do bem. Posteriormente, no dia 15 de agosto do mesmo ano, sem que a Administração tenha dado qualquer destinação ao bem em questão, autorizou Marcos Sobrinho a utilizá-lo privativamente. Referida atitude comprovou que os pressupostos fáticos da revogação eram inexistentes. Diante do fato narrado, Elisabete (TRT22R/Anal Jud/Área Adm/FCC/2004):

a) terá que acatar a decisão da Administração Pública, já que a autorização é ato unilateral, vinculado e precário.

b) Nada poderá fazer, uma vez que a autorização é ato administrativo bilateral, discricionário e precário.

c) Somente poderá pleitear indenização, em ação judicial, pelos prejuízos porventura suportados. d) Poderá pleitear a invalidação da revogação, em virtude da teoria dos motivos determinantes. e) Poderá requerer, junto à Administração Pública, a invalidação da revogação, em razão do

instituto da “Verdade Sabida”. Resposta: D Um servidor público, ocupante de cargo em comissão, é demitido. No ato de demissão apresenta-se como motivo o cometimento de determinada conduta faltosa por parte do servidor. Ocorre que o servidor logra comprovar que não cometera tal conduta, sendo vítima de perseguição pela autoridade superior que decidiu demiti-lo. Nessa situação, o (Tribunal de Contas do Estado da Paraíba / Cargo de Auditor de Contas Públicas / Qualquer nível superior / Carlos Chagas / novembro de 2006). a) ato de demissão permanece válido, pois a autoridade superior pode exonerar o subordinado, ocupante de cargo em comissão, independentemente de motivo. b) ato de demissão deve ser convalidado, desconsiderando-se o motivo apontado. servidor demitido pode pleitear a anulação do ato de demissão, invocando a teoria dos motivos determinantes. c) ato de demissão é nulo, pois a exoneração de ocupante de cargo em comissão não deve ser motivada. d) ato de demissão permanece válido, sendo intempestiva a comprovação do não cometimento da conduta faltosa pelo servidor. Resposta: C

Atributos (ou Características) dos Atos Administrativos

Com relação aos atos e contratos administrativos, julgue os itens a seguir (Ministério da Saúde/Agente Administrativo/Cespe/2008): 72 Se a administração pública conceder a determinada empresa uma licença para construir, então, nesse caso, por se tratar de ato que confere direitos solicitados pelo administrado, o atributo da imperatividade, pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente da concordância destes, inexistirá. Comentários do professor: Não há imperatividade em se tratando de atos negociais (licenças, permissões e autorizações). Resposta: Correta. Acerca do direito administrativo, julgue os itens a seguir (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome/Técnico de Nível Superior/Cespe/2008).

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33 Os atos administrativos gozam de presunção juris tantum de legitimidade (atributos do ato administrativo). Desse modo, presume-se, até prova em contrário, que os atos administrativos tenham sido emitidos com observância da lei. Comentários do professor: presunção juris tantum equivale a dizer presunção “relativa”. Considerando-se que os atos administrativos trazem em si certos atributos que o distinguem dos atos jurídicos privados e lhes emprestam características especificas e condições peculiares de atuação, é incorreto afirmar que (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás/ Analista de Sistemas/ Quadrix/04-05-2008): a) a presunção de legitimidade autoriza imediata execução ou operatividade dos administrativos, mesmo que argüidos os vícios ou defeitos que o levem à invalidade. b) a presunção de veracidade, inerente à legitimidade, refere-se aos fatos alegados e afirmados pela Administração para a prática do ato, os quais são tidos e havidos como verdadeiros até prova em contrário. c) os atos administrativos gozam de presunção de legitimidade, desde que norma legal assim estabeleça. d) a presunção de veracidade dos atos administrativos decorre do princípio da legalidade da Administração, razão pela qual, os atestados, certidões, informações e declarações da Administração gozam de fé pública. e) argüida a nulidade do ato por vício de forma, ou de motivo, a prova do defeito ficará sempre a cargo do impugnante e, até sua anulação, o ato terá plena eficácia. Resposta: C Comentários do professor: todos os atos administrativos e não-administrativos gozam do atributo da presunção de legitimidade, independente de qualquer previsão legal dispondo acerca disto. Assim, não há necessidade de lei expressa determinando que o ato é tido como legal até prova em contrário, pois esta característica é inerente a todos os atos da administração, sejam eles praticados com base no regime jurídico administrativo ou com base no regime jurídico de direito privado Dentre os atributos do ato administrativo, a imperatividade (TJ-Pernanbuco/Analista/FCC/2007): (A) garante ao Poder Público a execução de determinado ato administrativo, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário. (B) autoriza a Administração Pública a executar os atos que não respeitaram os requisitos necessários para sua formação válida, enquanto não decretada sua nulidade pelo Judiciário. (C) exige que os atos administrativos correspondam a figuras definidas previamente na lei como aptas a produzir determinados resultados. (D) permite que determinado ato obrigacional expedido pela Administração Pública se imponha a terceiros, independentemente de sua concordância. (E) é o resultado que a Administração quer alcançar com a prática de atos que conferem direitos solicitados pelos administrados. Resposta: D Em relação ao ato administrativo, considere (TRE-Paraíba/Técnico Judiciário /Área Adm/Qualquer Espec./FCC/17-04-07). I. O mérito administrativo refere-se à oportunidade e à conveniência. II. No ato administrativo discricionário e que foi motivado, a verificação da ocorrência do motivo declarado não importa à sua validade. III. Ato complexo é o que resulta da vontade única de um órgão, mas sempre depende da verificação e ratificação por parte de outro.

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IV. Os atributos da presunção de veracidade e de legitimidade não se confundem. É correto o que consta APENAS em: (A) I e II. (B) II e IV. (C) I e IV. (D) I, II e III. (E) I, III e IV. Resposta: C Comentários do professor: Para o ato ser válido, o motivo declarado dever ser verdadeiro. Atos que dependam de verificação ou ratificação são tidos como “atos compostos” e não complexos. Além disso, o complexo resulta da vontade de mais de um órgão. A respeito dos atributos do ato administrativo, é INCORRETO afirmar que (TRE-Paraíba/Anal.Jud/Área Adm./FCC/17-04-07) (A) a presunção de legitimidade é relativa ou juris tantum. (B) a imperatividade ocorre naqueles atos em que impõem obrigações a terceiros, independentemente de sua concordância. (C) o ato administrativo pode ser praticado pela própria Administração Pública, independentemente da intervenção do Poder Judiciário, em face da autoexecutoriedade. (D) a presunção de legitimidade tem o conceito de que os fatos alegados pela Administração supõem-se como verdadeiros. (E) decorrem dos interesses que a Administração Pública representa quando atua, isto é, os interesses da coletividade. Comentários do professor: observe, aluno, que a FCC considera o vocábulo “presunção de legitimidade” diferente do vocábulo “presunção de veracidade”, pois, somente este último vocábulo é que possui o significado descrito na letra “d”. Assim, pela presunção de veracidade, os fatos alegados pela Administração supõe-se como verdadeiros. Pela presunção de legitimidade, há uma presunção relativa (juris tantum) de que os atos realizados pela Administração estão em consonância com a lei. Resposta: D Com relação aos atos administrativos, analise as seguintes alternativas (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Especialidade Execução de Mandatos / Fundação Carlos Chagas / dezembro-06). I- Enquanto não for decretada sua invalidade, o ato administrativo nulo pode ser executado em virtude da presunção de legitimidade. II- .... III- A permissão é o ato administrativo bilateral, vinculado e precário, pelo qual a Administração Pública faculta ao particular a execução de determinado serviço público. IV- A auto-executoriedade permite que o ato administrativo seja posto em execução pela própria Administração Pública, sem necessidade de intervenção do Judiciário. Está correto o que se afirma SOMENTE em: a)I e IV b)II e III c)III e IV d)I, II e III e)I, II e IV Resposta: A Comentários do professor:

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“Inciso I”: este é um dos efeitos da presunção de legitimidade, segundo a qual o ato é legal até que se prove o contrário e, portanto, deve ser obedecido. “Inciso III”: analisaremos a permissão mais adiante. “Inciso IV”: este é o conceito de auto-executoriedade. Observemos que não há necessidade de intervenção do Judiciário, do Legislativo, do Tribunal de Contas, do Ministério Público etc. O atributo da imperatividade garante que os atos Administrativos obrigacionais sejam (TRT da 20ª Região / Analista Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 2006): a) Revogados pela própria Administração, em razão de seu poder de autotutela. b) Executados pela própria Administração Pública, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário. c) Considerados verdadeiros e conforme o ordenamento jurídico. d) Convalidados ante a constatação de sua nulidade absoluta, com efeitos ex nunc. e) Impostos a terceiros, independentemente de sua concordância. Resposta: E Considere as assertivas a respeito da discricionariedade e vinculação dos atos administrativos (TRT da 6ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Fundação Carlos Chagas / setembro de 2006): I. O ato de exoneração ex officio de funcionário nomeado para cargo de provimento em comissão possui motivo discricionário. II. Não é possível o controle judicial dos atos administrativos discricionários, uma vez que nesses atos a administração goza de ampla liberdade administrativa. III. Quando legalmente a ciência de determinado ato ao interessado puder ser dada por meio de publicação ou notificação direta, existirá discricionariedade quanto à forma do ato. É correto o que consta apenas em: a) I e II b) I e III c) II e III d) III e) II Resposta: B O atributo do ato administrativo, consistente na prerrogativa da Administração Pública de impor unilateralmente as suas determinações, válidas, desde que dentro da legalidade, é conhecido por (TRF da 1ª Região / Técnico Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / outubro de 2001): a) exigibilidade b) imperatividade c) auto-executoriedade d) tipicidade e) presunção de legitimidade Resposta: B Em relação aos atributos do ato administrativo considere (Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região / Técnico Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 2006): I. Uma das conseqüências da presunção de legitimidade e veracidade é a transferência do ônus da prova de invalidade do ato administrativo para quem invoca.

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II. A eficácia do ato administrativo é a disponibilidade do ato para produzir imediatamente seus efeitos finais, ao passo que a exeqüibilidade do ato administrativo é, tão somente, aptidão para atuar. III. O atributo da imperatividade do ato administra tivo, como sendo aquele que impõe a coercibilidade para seu cumprimento ou execução, não está presente em todos os atos, a exemplo dos atos enunciativos. Está correto APENAS o que se afirma em: a) I b) I e II c) I e III d) II e III e) III Comentários do professor: observe que para a Fundação Carlos Chagas, tanto a presunção de legitimidade quanto a de veracidade produzem o efeito da inversão do ônus da prova. Para a professora Maria Sylvia, apenas a presunção de veracidade é que produz este efeito. Resposta: C Dentre outros, são considerados requisitos e atributos, respectivamente, dos atos administrativos praticados pela Administração Pública, no uso de seus poderes estatais, a (Tribunal Regional Eleitoral do Amapá / Técnico Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 2006): a) competência e a presunção de legitimidade. b) auto-executoriedade e a forma. c) imperatividade e o motivo. d) exigibilidade e o objeto. e) tipicidade e a finalidade. Resposta: A O atributo que autoriza o poder público a editar atos administrativos obrigacionais que interferem na esfera jurídica dos administrados, independentemente da respectiva aquiescência, denomina-se (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 03-12-06). a) Imperatividade b) Auto-executoriedade c) Coercibilidade d) Exigibilidade e) Presunção de Veracidade Resposta: A Comentários do professor: O reconhecido doutrinador José dos Santos Carvalho Filho, em sua obra – Manual de Direito Administrativo - 15a edição, pág. 106, ensina que o atributo da imperatividade também é denominado de coercibilidade. No mesmo sentido, Elias Freire, em seu livro Direito Administrativo, 4a Edição, pág. 89, também utiliza as denominações imperatividade ou coercibilidade. O material do Curso do renomado Professor Damásio de Jesus, em seu módulo III, utiliza as expressões imperatividade, coercitividade ou exigibilidade como sinônimas. Assim, vê-se que esta questão possui duas respostas como corretas (letras “a” e “c”), tendo em vista as divergências doutrinárias acerca do tema em questão.

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O atributo do ato administrativo através do qual o mesmo é imposto a terceiros constituindo-se em obrigações é a: (Câmara Municipal de Goiânia / Gestor Público / Universidade Salgado de Oliveira / 2006): a) legitimidade b) executoridade. c) exigibilidade d) imperatividade e) excepcionalidade. Resposta: D O ato administrativo, mesmo que eivado de vícios ou defeitos, é tido como verdadeiro e conforme o direito até prova em contrário, em virtude do atributo da (TRE-MG / Analista / Fundação Carlos Chagas/ 2005). a) imperatividade b) auto-exigibilidade c) finalidade d) presunção de legitimidade e) coercibilidade Resposta: D Partindo-se da concepção de Direito Processual Público, entendido como a parte do Direito Processual que regula os processos judiciais que tenham ou como objeto o Direito Público ou como parte a Administração Pública, percebe-se que há um conjunto de múltiplas e importantes situações em que a Administração Pública, como autora, não pode invadir a esfera jurídica do administrado por ato próprio (auto-executórios), tornando-se necessário usar o Poder Judiciário para a efetivação do interesse público. Constituem exemplos típicos de tais medidas judiciais (Promotor de Justiça MPE-GO 2004): A-( )execução fiscal, ação discriminatória e ação de desapropriação; B-( )ação popular, ação civil pública e mandado de segurança; C-( )mandado de segurança, execução fiscal e processo administrativo disciplinar; D-( )ação discriminatória, mandado de segurança e ação popular. Resposta: A O atributo que autoriza a imediata execução ou operatividade dos atos administrativos, mesmo que argüidos de vícios ou defeitos que os levem à invalidade, denomina-se (TRT17R/Analista Judiciário/Oficial de Justiça Avaliador/FCC/2004): a) imperatividade, com origem no princípio da eficiência. b) auto-executoriedade, originário do princípio da finalidade. c) presunção de legitimidade, decorrente do princípio da legalidade. d) eficácia, em razão do princípio da motivação. e) indisponibilidade, em decorrência do princípio da publicidade. Resposta: C O órgão da prefeitura responsável pela fiscalização de bares e restaurantes verificou, em visita de rotina, que um estabelecimento estava servindo a seus clientes alimentos com data de validade expirada. Tendo em vista tal fato, confiscou imediatamente referidos produtos e os incinerou. O atributo do ato administrativo que possibilitou a apreensão dos gêneros alimentícios em questão pela Administração Pública, sem a necessidade de intervenção judicial, denomina-se (TRT22R/Anal Jud/Área Adm/FCC/2004):

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a) Legalidade. b) Eficiência. c) Imperatividade. d) Auto-executoriedade. e) Presunção de veracidade. Resposta: D Comentários do professor: A Administração pode praticar certos atos independentemente de autorização do Poder Judiciário. Ela poderá, desta forma, embargar uma obra, interditar uma atividade, aplicar uma multa, apreender mercadorias ou destruir coisas sem precisar de autorização prévia ou posterior do Poder Judiciário. As constantes ausências imotivadas de Manoel Tadeu ao serviço, analista judiciário do TRT22R, levaram o seu superior imediato a aplicar-lhe a pena de suspensão de 15 dias. Publicada no Diário Oficial a penalidade, Manoel recusou-se a cumprir aquela sanção, sob a argumentação de que a maioria das ausências foi motivada por problemas de saúde de sua mãe, fatos esses que sequer foram alegados e nem mesmo provados no decorrer do processo administrativo instaurado para apurar aquelas faltas. Conseqüentemente, não concordando em cumprir a penalidade aplicada, estarão sendo INOBSERVADOS os seguintes atributos do correspondente ato administrativo (TRT22R/Anal Jud/Área Jud/FCC/2004): a) coercibilidade e finalidade. b) motivo e auto-executoriedade. c) imperatividade e presunção de legitimidade. d) veracidade e motivo. e) tipicidade e vinculação. Resposta: C Comentários do professor: não devemos confundir atributos (ou características) com elementos (ou requisitos). Assim, podemos excluir as alternativas “a”, “b” e “d” por serem elementos. Com relação à letra “e”, verificamos que “vinculação” não é atributo e que alguns doutrinadores apresentam a “tipicidade” como atributo dos atos administrativos. Contudo, esse atributo é questionado por alguns doutrinadores (vide comentários acerca da tipicidade na apostila no capítulo “Atos Administrativos”). Assim, ficamos com a letra “C” como a resposta correta, e olha que sequer é preciso analisar os conceitos de imperatividade e presunção de legitimidade, pois basta saber que ambos são atributos dos atos administrativos. Seja vivo! Os atos administrativos não são dotados do atributo de (Técnico Administrativo / ANEEL / 2004 / ESAF): a) auto-executoriedade. b) imperatividade. c) irrevogabilidade. d) presunção de legitimidade. e) presunção de verdade. Resposta: C Julgue os itens: Os atos administrativos no Direito brasileiro I) possuem auto-executoriedade, que pode ser permitida por necessidade inarredável de desempenho da tutela do valor jurídico, de interesse público albergado na norma, se necessário for, no momento em que haja necessidade e na justa medida (proporcionalidade) desta necessidade. II) podem ser extintos por caducidade. III) podem ser invalidados ou revogados pelo controle jurisdicional.

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IV) estão sujeitos a controle, quer sejam discricionários, quer sejam vinculados. Resposta: V V F V As questões de números 33 e 34 contêm duas afirmações. Assinale na folha de resposta abaixo (Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte / Cargo de Serviços Auxiliares / 2005) (A) se as duas asserções forem verdadeiras e a segunda for uma justificativa correta da primeira. (B) se as duas asserções forem verdadeiras e a segunda não for uma justificativa correta da primeira. (C) se a primeira asserção for uma proposição verdadeira e a segunda uma proposição incorreta. (D) se a primeira asserção for uma proposição incorreta e a segunda uma proposição verdadeira. (E) se tanto a primeira como a segunda forem proposições incorretas. 33) Os atos administrativos gozam de presunção de legitimidade e veracidade PORQUE Os atos administrativos se impõem a terceiros independentemente de sua concordância. Resposta: B A Administração Pública pode impor ao administrado cumprimento ou execução dos atos administrativos. Esse atributo do ato administrativo denomina-se (Polícia Civil do Distrito Federal / Agente Penitenciário / UFRJ / 2005): a) imperatividade; b) presunção de legitimidade; c) auto-executoriedade; d) eficiência; e) discricionariedade. Resposta: A A presunção de legitimidade é o atributo próprio dos atos administrativos (Técnico da Receita Federal / ESAF / 2002): a) que não admite prova de vício formal e/ou ideológico. b) que os torna irrevisíveis judicialmente. c) que impede sua anulação pela Administração. d) que autoriza sua imediata execução. e) que lhes dá condição de ser insusceptível de controle quanto ao mérito. Resposta: D

Classificação/Espécies dos Atos Administrativos Acerca do Poder Executivo, julgue os itens seguintes (Agente de Inteligência/Abin/Cespe/2008) 105 A celebração dos tratados internacionais e a incorporação deles à ordem jurídica interna decorrem, no sistema adotado pelo Brasil, de ato subjetivamente complexo, resultante da conjugação de duas vontades homogêneas: a do Congresso Nacional, que resolve, definitivamente, mediante decreto legislativo, questões sobre tratados, acordos ou atos internacionais, e a do presidente da República, que, além de poder celebrar esses atos de direito internacional, tem a competência para promulgá-los mediante decreto. Resposta: 105 - Correta Pertencem à espécie dos denominados atos administrativos enunciativos (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás/ Analista de Sistemas/ Quadrix/04-05-2008):

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a) certidões, atestados e apostilas. b) certidões, protocolos e avisos. c) certidões, homologações e apostilas. d) certidões, vistos e resoluções. e) certidões, portarias e circulares. Resposta: A Comentários do professor: ao lado das certidões, atestados e apostilas, encontramos, ainda, os pareceres (normativos ou técnicos), e as declarações como típicos atos enunciativos. Protocolos, homologações e vistos são atos negociais. Resoluções são atos normativos. Avisos, portarias e circulares são exemplos de atos ordinatórios. A nomeação do Procurador Geral da República depende de prévia aprovação pelo Senado, em conformidade com o artigo 128, parágrafo 1º, da Constituição de República. A correta classificação deste ato, segundo a melhor doutrina, é (Tribunal Regional Federal da 2ª Região / Fundação Euclides da Cunha / Analista Judiciário / Execução de mandatos / 2003): A) complexo; B) geral; C) composto; D) simples; E) pendente. Resposta: C Comentários do professor: Observe que a Fundação Euclides da Cunha acata o posicionamento da professora Maria Sylvia Z. Di Pietro, ao considerar a nomeação do Procurador Geral como ato composto, ao passo que diversos outros estudiosos consideram referida nomeação como ato complexo. Segundo Meirelles, a interdição administrativa de atividade é o ato pelo qual a administração veda a alguém a prática de atos sujeitos ao seu controle ou que incidam sobre seus bens. Trata-se de ato administrativo que se enquadra como ato (Prefeitura de Goiânia/Assistente/Nível Médio/UFG/junho de 2007): a) ordinatório b) normativo c) punitivo d) enunciativo Resposta: C Segundo Meirelles, os atos administrativos que visam à disciplina, ao funcionamento da administração e à conduta funcional de seus agentes, denominam-se (Prefeitura de Goiânia/Assistente/Nível Médio/UFG/junho de 2007): a) legais b) normativos c) decretos d) ordinatórios Resposta: D Segundo disposto na Constituição Federal compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições, referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República. Neste caso, a manifestação da vontade de ambos os órgãos, ao se fundir para formar um ato único, resulta no denominado ato administrativo (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 03-12-06).

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a) coligado, sendo que o referendo é pressuposto necessário para legitimar a vontade do Chefe do Executivo Federal. b) complexo, em que se verifica identidade de conteúdo e fins. c) coletivo, posto que se praticam dois atos, um principal e outro acessório. d) colegiado, já que o á que o referendo complementa a manifestação de vontade principal. e) composto, em que a vontade de um é instrumental em relação a de outro, que edita o principal. Resposta: B Em relação ao ato administrativo, quanto ao seu conteúdo, é INCORRETO afirmar que poderá ser um ato (TRT da 20ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Fundação Carlos Chagas / 2006): a) Modificativo o que tem, por fim, alterar situações preexistentes, sem suprimir direitos ou obrigações. b) Declaratório, ou seja, que visa preservar direitos, reconhecer situações preexistentes ou, mesmo, possibilitar seu exercício. c) Abdicativo, como sendo aquele que põe termo, provisoriamente, a situações jurídicas individuais. d) Alienativo, como sendo aquele que opera a transferência de bens ou direitos de um titular a outro. e) Constitutivo, ou seja, o que cria uma nova situação jurídica individual para seus destinatários, em relação à Administração. Resposta: C Não podem ser considerados atos discricionários aqueles (TRT da 20ª região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Especialidade Execução de mandatos / Fundação Carlos Chagas / 2006): a) Nos quais o motivo é definido pela lei utilizando noções vagas ou conceitos jurídicos indeterminados. b) que encontram fundamento e justificativa na complexidade e variedade dos problemas do Poder Público que a lei não pôde prever. c) Que a Administração pode praticar com liberdade de escolha de seu conteúdo, destinatário, conveniência, oportunidade e modo. d) Para os quais só pode haver a discricionariedade dos meios e modos de administrar, nunca os fins a atingir. e) Para os quais a lei estabelece os requisitos e condições de sua realização. Resposta: E Com relação às espécies de atos administrativos, são considerados atos administrativos enunciativos a (TRT da 6ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Fundação Carlos Chagas / setembro de 2006): a) certidão e o parecer b) permissão e a autorização c) licença e a aprovação d) circular e a portaria e) dispensa e o visto Resposta: A Quando a lei deixa certa margem para atividade pessoal do administrador na escolha da oportunidade ou da conveniência do ato a exemplo da determinação de mão única ou mão dupla de trânsito numa via pública, está presente o ato administrativo (TRF da 1ª Região / Técnico Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / outubro de 2001): a) de gestão b) arbitrário

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c) vinculado d) discricionário e) atípico Resposta: D É característica do ato administrativo discricionário (TRT da 3ª Região / Técnico Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 2005): a) Não pode ser questionado perante o Poder Judiciário. b) Permitir certa margem de escolha ao administrador, dentro de limites estabelecidos na lei. c) Exigir sempre motivação. d) Não conter aspectos de legalidade, mas apenas de mérito. e) Ser praticado com conteúdo precisamente determinado na lei, afastando a margem de decisão do administrador. Resposta: B O mérito do ato administrativo está relacionado com (Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte / Técnico Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 2005): a) a oportunidade e a conveniência. b) a coercibilidade e a executoriedade. c) o controle da autonomia e a publicidade. d) a competência e a finalidade. e) o controle da legalidade, que é exclusivo do Poder Judiciário. Resposta:A A discricionariedade está presente no ato administrativo que (Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte / Técnico Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 2005): a) concede isenção fiscal a contribuinte que atende as condições estabelecidas pela legislação. b) nomeia servidores aprovados em concurso público, observada a ordem de classificação. c) aposenta servidor público em razão da idade. d) exonera servidor público concursado e que foi reprovado no estágio probatório. e) declara de utilidade pública determinado imóvel para fins de desapropriação e com o objetivo de construir uma escola. Resposta: E Em matéria de espécies de atos administrativos, considere (Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região / Técnico Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 2006): I – Atos administrativos ordinatórios internos contendo determinações e instruções que a Corregedoria ou tribunais expedem para regularização e uniformização de serviços, especialmente os de Justiça, com o objetivo de evitar erros e omissões na observância da lei. II – Atos administrativos normativos expedidos pelas altas autoridades de Executivo (mas não pelo Chefe do Executivo) ou pelos presidentes dos tribunais, órgãos legislativos e colegiados administrativos, para disciplinar matéria de sua competência específica. Esses atos administrativos dizem respeito técnica e respectivamente, a) às circulares e às deliberações. b) às ordens de serviço e aos regimentos. c) aos provimentos e às resoluções. d) às portarias e aos regulamentos. e) às resoluções e às instruções normativas. Resposta: C

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Segundo disposto na Constituição Federal compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições, referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República. Neste caso, a manifestação da vontade de ambos os órgãos, ao se fundir para formar um ato único, resulta no denominado ato administrativo (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 03-12-06). a) coligado, sendo que o referendo é pressuposto necessário para legitimar a vontade do Chefe do Executivo Federal. b) complexo, em que se verifica identidade de conteúdo e fins. c) coletivo, posto que se praticam dois atos, um principal e outro acessório. d) colegiado, já que o á que o referendo complementa a manifestação de vontade principal. e) composto, em que a vontade de um é instrumental em relação a de outro, que edita o principal. Resposta: B São atos administrativos normativos ou decisórios emanados de órgãos colegiados. Quando normativos, são chamados de atos gerais e quando decisórios de atos individuais. Trata-se dos (as): (Câmara Municipal de Goiânia / Assessor Técnico Legislativo / Universidade Salgado de Oliveira / 2006): a) Atos ordinatórios. b) Decisões Administrativas. c) Deliberações. d) Resoluções. e) Instruções. Resposta: C Comentários do professor: as deliberações que criam normas são denominadas de normativas e as que decidem, de deliberações decisórias. Atos administrativos internos, não atingem nem obrigam aos particulares, pela manifesta razão de que os cidadãos não estão sujeitos ao poder hierárquico da Administração Pública, conforme vem decidindo o STF. Trata-se da (o): (Câmara Municipal de Goiânia / Assessor Técnico Legislativo / Universidade Salgado de Oliveira / 2006): a) Editais b) Avisos c) Circulares d) Instruções e) Portarias Resposta: E O ato administrativo que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, cujas vontades se unem para formar um ato único, denomina-se ato (Secretaria da Fazenda / Gestor Fazendário / UEG / 2004): a) singular. b) complexo. c) composto. d) duplo. e) procedimental. Resposta: B

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Os atos administrativos emanados de autoridades outras que não os Chefes do Poder Executivo, a exemplo dos Presidentes de Tribunais, órgãos legislativos e colegiados administrativos, para disciplinar matéria de suas competências específicas, denominam-se (Analista Judiciário/Área Judiciária/TRT8R/FCC/2004): a) deliberações. b) resoluções. c) decretos. d) regulamentos. e) regimentos. Resposta: B Conforme a doutrina, o ato administrativo, quando concluído seu ciclo de formação e estando adequado aos requisitos de legitimidade, ainda não se encontra disponível para eclosão de seus efeitos típicos, por depender de um termo inicial ou de uma condição suspensiva, ou autorização, aprovação ou homologação, a serem manifestados por uma autoridade controladora, classifica-se como (Auditor da Receita Federal/ ESAF / 2003): a) perfeito, válido e eficaz b) perfeito, válido e ineficaz c) perfeito, inválido e eficaz d) perfeito, inválido e ineficaz e) imperfeito, inválido e ineficaz Resposta: B A Medida Provisória é um ato normativo, com força de lei, editado quando ocorre extraordinária urgência e necessidade, cuja eficácia cessa, retroativamente, se não aprovado pelo Congresso Nacional. Tal evento é editado pelo (a): (Câmara Municipal de Goiânia / Assessor Técnico Legislativo / Universidade Salgado de Oliveira / 2006): a) Somente pelo Presidente da República b) Pelo Presidente da República e pelos Senadores c) Pelo Presidente da República e pelos Deputados d) Somente pelos Senadores e) Somente pelos Deputados Resposta: A

Permissões, Concessões, Autorizações e Licenças

Considera-se modalidade de licitação necessária para contrato de concessão de direito real de uso (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás/ Analista de Sistemas/ Quadrix/04-05-2008): a) tomada de preço. b) leilão c) convite d) concorrência e) concurso Resposta: D

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A respeito das prescrições da Lei n. 8.987, de 13/2/1995, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, assinale a opção incorreta (ANEEL / Analista Administrativo / ESAF / 2006). a) As concessões estão sujeitas à fiscalização contínua e exclusiva pelo poder concedente responsável pela delegação. Por sua vez, as permissões, por serem delegações a título precário, sujeitam-se à fiscalização pelo poder concedente com a cooperação dos usuários. b) Um município de um estado brasileiro que, no passado, tenha sido território pode ser poder concedente. c) As condições de prestação de um serviço adequado incluem continuidade, cortesia na prestação e modicidade das tarifas. d) Os usuários devem levar ao conhecimento do poder público e da concessionária as irregularidades de que tomem conhecimento, relativas ao serviço prestado. e) Os contratos relativos à concessão de serviços públicos poderão prever mecanismos de revisão tarifária, com a finalidade de manter-se o equilíbrio econômico-financeiro. Resposta: A A licença caracteriza-se como ato administrativo (Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região / área judiciária / Analista Judiciário / Fundação Carlos Chagas / Março de 2006). a) bilateral e discricionário, que proporciona ao particular que preencha os requisitos legais a fruição de certo bem particular. b) unilateral, discricionário e precário, segundo o qual a Administração faculta ao particular o uso privativo de determinado bem público. c) unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública faculta àquele que preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade. d) unilateral, discricionário, precário e gratuito, pelo qual a Administração Pública faculta ao particular a execução de serviço público. e) unilateral e vinculado, segundo o qual a Administração Pública reconhece a legalidade de um ato jurídico. Resposta: C Julgue e marque como certa (C) ou errada (E) cada uma das afirmativas subseqüentes sobre as concessões, permissões e autorizações de prestação de serviço público relacionadas ao setor de energia elétrica (ANEEL / Analista Administrativo / ESAF / 2006). ( ) De acordo com a Lei n. 8.987/95, permissão de serviço público consiste na delegação da prestação de serviços públicos que é feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. ( ) As autorizações são concedidas pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica mediante licitação prévia do bem público e desde que não provoque nenhum prejuízo à coletividade que se utiliza do referido bem. ( ) Considere que uma concessão foi legalmente obtida para fins de aproveitamento de um potencial hidrelétrico de 3.000 kW. Em tal situação, pode ser dispensada a licitação prévia visando à obtenção da concessão. ( ) Modo, forma e condições de prestação do serviço devem ser previstos em cláusulas do contrato de concessão. ( ) As autorizações são concedidas a título precário, não rendendo a revogação direito a indenização. Assinale a opção que corresponde à seqüência correta de marcações. a) C – E – E – C –C. b) C – E – C – C - E. c) E – C – C – E - C.

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d) E – C – E – E - E. e) C – C – C – E - C. Resposta: A O que existe em comum, sob o aspecto jurídico-doutrinário, entre a concessão, permissão e autorização de serviços públicos, é a circunstância de (Técnico da Receita Federal / Tecnologia da Informação / ESAF / 06-02-06) a) constituírem outorga a título precário. b) formalizarem-se por meio de ato administrativo unilateral. c) formalizarem-se por meio de contrato administrativo. d) serem atos administrativos discricionários. e) poderem ser modalidades de serviços públicos delegados a particulares. Resposta: D Correlacione os institutos abaixo com a sua respectiva natureza jurídica e assinale a opção correta (Aneel / Analista Administrativo / ESAF /16-04-2006). (1) Ato administrativo. ( ) Contrato administrativo. ( ) Autorização de uso de bem público. ( ) Concessão de uso de bem público. ( ) Permissão de uso de bem público. ( ) Cessão de uso de bem público. ( ) Concessão de direito real de uso. a) 1 / 2 / 1 / 2 / 1 b) 2 / 2 / 1 / 1 / 1 c) 2 / 2 / 2 / 1 / 1 d) 1 / 2 / 1 / 1 / 2 e) 1 / 1 / 1 / 2 / 2 Resposta: D O ato administrativo discricionário e precário pelo qual o poder público torna possível ao particular a realização de certa atividade, serviço ou utilização de bens particulares ou públicos, de seu exclusivo interesse, é (AGANP / Assistente de Gestão Administrativa/ UEG/ 12-03-2006). a) uma autorização. b) uma permissão. c) uma concessão. d) um convênio. Resposta: A Comentários do Professor: observe que a atividade é de exclusivo interesse do particular, sendo uma das características do ato de “autorização”. A licença caracteriza-se como ato administrativo (Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região / área judiciária / Analista Judiciário / Fundação Carlos Chagas / Março de 2006). a) bilateral e discricionário, que proporciona ao particular que preencha os requisitos legais a fruição de certo bem particular. b) unilateral, discricionário e precário, segundo o qual a Administração faculta ao particular o uso privativo de determinado bem público. c) unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública faculta àquele que preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade.

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d) unilateral, discricionário, precário e gratuito, pelo qual a Administração Pública faculta ao particular a execução de serviço público. e) unilateral e vinculado, segundo o qual a Administração Pública reconhece a legalidade de um ato jurídico. Resposta: C Enumere a coluna da direita de acordo com a coluna da esquerda (Gestor de Finanças e Controle / Aganp / UEG / março de 2006). I. Permissão II. Autorização III. Concessão ( ) é ato administrativo, discricionário e precário pelo qual o poder público torna possível ao particular a realização de certa atividade, serviço ou utilização de determinados bens particulares ou públicos, de seu exclusivo ou predominante interesse, que a lei condiciona aquiescência prévia da administração. ( ) é o ato unilateral, precário e discricionário, através do qual o poder público transfere a alguém o desempenho de um serviço público, proporcionando a possibilidade de cobrança de tarifa dos usuários. ( ) é o contrato através do qual o Estado delega a alguém o exercício de um serviço público e este aceita prestá-lo, mas por sua conta e risco, remunerando-se pela cobrança de tarifas diretamente dos usuários do serviço e tendo a garantia de um equilíbrio econômico-financeiro. Assinale a seqüência correta: a) III – II – I b) III – I – II c) II – I – III d) II – III – I Resposta: C Comentários do Professor: observe que a UEG considerou o conceito descrito no segundo parênteses como Permissão. Contudo, descreveu a permissão como “ato” e não como “ato administrativo”, evitando o conflito doutrinário onde alguns consideram a permissão como ato administrativo e outros como contrato administrativo. Visando evitar questionamentos e recursos, simplesmente chamou a permissão de ato (em sentido amplo). Os atos administrativos são agrupados em espécies, de acordo com suas características. A licença é considerada espécie de ato administrativo (Polícia Civil do Distrito Federal / Agente Penitenciário / UFRJ / 2005): a) negocial; b) enunciativo; c) normativo; d) discricionário; e) ordinatório. Resposta: A Os atos administrativos são agrupados em espécies, de acordo com suas características. A licença é considerada espécie de ato administrativo (Polícia Civil do Distrito Federal / Agente Penitenciário / UFRJ / 2005): a) negocial; b) enunciativo; c) normativo;

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d) discricionário; e) ordinatório. Resposta: A Para a realização de uma tradicional festa de rua, o poder público municipal da cidade de Vento Forte expediu, no interesse privado do utente, ato administrativo unilateral, discricionário e precário, que facultou a interdição de uma via pública, pelo prazo de dois dias, para abrigar o evento. O instituto que possibilitou o uso do bem público denomina-se (TRT22R/Anal Jud/Área Adm/FCC/2004):

a) Concessão de uso. b) Autorização de uso. c) Permissão de uso. d) Cessão de uso. e) Concessão de direito real de uso.

Resposta: B A respeito de serviços públicos e responsabilização da administração, julgue os itens seguintes (Delegado da Polícia Federal/Cespe/2004). __ A permissão de serviço público, formalizada mediante celebração de contrato de adesão entre o poder concedente e a pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para o seu desempenho, por sua conta e risco, tem como características a precariedade e a possibilidade de revogação unilateral do contrato pelo poder concedente. Resposta: Correta. Comentários do professor: no contrato de adesão não há discussão acerca das cláusulas do contrato. Ou o concessionário aceita referidas cláusulas impostas pela Administração (daí o porque da permissão ser tida como ato unilateral para alguns doutrinadores), ou ele está fora. O ato administrativo, vinculado ou discricionário, segundo o qual a Administração Pública outorga a alguém, que para isso se interesse, o direito de prestar um serviço público ou usar, em caráter privativo, um bem público, caracteriza-se como (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Fundação Carlos Chagas / 2001): (A) homologação. (B) licença. (C) autorização. (D) concessão. (E)) permissão. Resposta: E O poder de polícia está intimamente relacionado, de um lado, com as prerrogativas da administração pública para garantia do bem-estar coletivo, e, de outro, com as liberdades individuais dos cidadãos. Acerca desse tema, julgue os itens subseqüentes (DETRAN-DF / Agente de Trânsito / CESPE / 12-10-2003). __ A licença para dirigir veículo automotor é ato administrativo vinculado, decorrente do poder de polícia. Resposta: verdadeira A administração pública, em sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos para a consecução dos objetivos dos governos; em sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico,

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dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. No que se refere à administração pública, aos seus agentes e aos serviços públicos que realiza, julgue os itens que se seguem (DETRAN-DF / Agente de Trânsito / CESPE / 2003). __A prestação de serviços públicos é insuscetível de concessão a empresas privadas. Resposta: Errada O ato administrativo, vinculado ou discricionário, segundo o qual a Administração Pública outorga a alguém, que para isso se interesse, o direito de prestar um serviço público ou usar, em caráter privativo, um bem público, caracteriza-se como (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Fundação Carlos Chagas / 2001): (A) homologação. (B) licença. (C) autorização. (D) concessão. (E)) permissão. Resposta: E As licenças, permissões e autorizações incluem-se entre os atos administrativos ditos (Gestor Público / UEG / dezembro de 2001): a) negociais b) enunciativos c) ordinatórios d) normativos e) abdicativos Resposta: A Comentários do professor: questão clássica, comumente cobrada em provas de concursos públicos.

Extinção dos Atos Administrativos Em relação ao controle da administração pública, assinale a opção correta (OAB-GO/Cespe/2007): a) Um ato administrativo que viole a lei deve ser revogado pela própria administração, independentemente de provocação. b) A anulação do ato administrativo importa em análise dos critérios de conveniência e oportunidade. c) Um ato nulo pode, eventualmente, deixar de ser anulado em atenção ao princípio da segurança jurídica. d) A administração tem o prazo prescricional de 5 anos para anular os seus próprios atos, quando eivados de ilegalidade. Comentários do professor: o erro na alternativa “d” consiste na utilização da expressão “prazo prescricional”, pois o correto, tecnicamente falando, é “prazo decadencial”. Resposta: C Um servidor público, ocupante de cargo em comissão, é demitido. No ato de demissão apresenta-se como motivo o cometimento de determinada conduta faltosa por parte do servidor. Ocorre que o servidor logra comprovar que não cometera tal conduta, sendo vítima de perseguição pela autoridade superior que decidiu demiti-lo. Nessa situação, o (Tribunal de Contas do Estado da Paraíba / Cargo de Auditor de Contas Públicas / Qualquer nível superior / Carlos Chagas / novembro de 2006).

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a) ato de demissão permanece válido, pois a autoridade superior pode exonerar o subordinado, ocupante de cargo em comissão, independentemente de motivo. b) ato de demissão deve ser convalidado, desconsiderando-se o motivo apontado. c)servidor demitido pode pleitear a anulação do ato de demissão, invocando a teoria dos motivos determinantes. d)ato de demissão é nulo, pois a exoneração de ocupante de cargo em comissão não deve ser motivada. e)ato de demissão permanece válido, sendo intempestiva a comprovação do não cometimento da conduta faltosa pelo servidor. Resposta: C

Com relação à anulação dos atos administrativos, é correto afirmar que (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 2006). a) opera efeitos ex nunc e não alcança os atos que geram direitos adquiridos e os que exauriram os seus efeitos. b) apenas os atos vinculados emitidos em desacordo com os preceitos legais serão invalidados pela própria Administração com efeitos ex nunc. c) o Poder Judiciário deverá anular os atos discricionários por motivo de conveniência e oportunidade. d) o Poder Judiciário não poderá declarar a nulidade dos atos administrativos discricionários eivados de vícios quanto ao sujeito. e) o desfazimento do ato que apresente vício quanto aos motivos produz efeitos retroativos à data em que foi emitido. Resposta: E No que se refere à revogação dos atos administrativos (TRT da 20ª Região / Analista Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 2006): a) Os atos vinculados podem ser revogados com efeitos ex tunc, de acordo com a conveniência e a oportunidade. b) A revogação opera efeitos ex nunc e não alcança os atos administrativos que exauriram os seus efeitos. c) O Judiciário sempre pode revogar os atos discricionários que se verificaram inconvenientes e inoportunos, com efeitos ex nunc. d) É prerrogativa exclusiva da Administração Pública revogar, com efeitos retroativos, os atos administrativos vinculados eivados de vícios ou defeitos. e) Os atos discricionários podem ser revogados pela própria Administração Pública com base em seu poder de autotutela, por razões de ilegalidade. Resposta: B Em matéria de anulação e revogação dos atos administrativos, considere (TRT da 20ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Fundação Carlos Chagas / 2006): I. Os efeitos da anulação de um ato administrativo sempre geram efeitos ex tunc, ou seja, retroagem, às suas origens, vedado o reconhecimento de eventual efeito ex nunc, ou seja, a partir da anulação. II. A anulação do ato administrativo funda-se no poder discricionário da Administração para rever sua atividade interna e encaminhá-la adequadamente à realização de seus fins específicos. III. A revogação do ato administrativo é privativa da Administração, considerada esta quando exercida pelo Executivo e também pelos Poderes Judiciário e Legislativo em suas funções atípicas de Administração.

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IV. A anulação do ato administrativo pode ocorrer pela própria Administração, e também pelo Poder Judiciário, em sua função típica, desde que o ato seja levado a apreciação destes pelos meios processuais cabíveis que possibilitem o pronunciamento anulatório. Nesses casos, é correto APENAS o que se afirma em: a) I e II b) I, II e IV c) I, III e IV d) II e III e) III e IV Resposta: E A invalidação de um ato é o seu desfazimento por (Tribunal Regional Eleitoral do Amapá / Técnico Judiciário / Área Administrativa / Fundação Carlos Chagas / 2006). a) força do poder regulamentar objetivando execução da lei, sendo prerrogativa do Poder Legislativo. b) motivos de conveniência e oportunidade, cuja prerrogativa é tão somente do Poder Judiciário. c) força do poder de polícia, sendo que poderá fazê-lo tão-somente a Administração Pública. d) necessidade de sua revogação discricionária, podendo ser feita pela Administração Pública e pelo Poder Legislativo. e) razões de ilegalidade, podendo ser feita pela Administração e pelo Poder Judiciário. Resposta: E São formas de extinção do ato administrativo, exceto (Técnico Administrativo / ANEEL / ESAF / 2006): a) A revogação. b) A rescisão. c) A contraposição. d) A cassação. e) A anulação. Resposta: A modalidade de extinção do ato administrativo que incide sobre o ato considerado válido no momento em que foi editado, mas ilegal na sua execução, é denominada (Polícia Civil do Distrito Federal / Agente Penitenciário / UFRJ / 2005): a) revogação; b) encampação; c) caducidade; d) cassação; e) contraposição. Resposta: D No tocante a abuso de poder e a ato administrativo, julgue os itens a seguir (Delegado da Polícia Federal / Cespe/2004). __ Ocorre a extinção do ato administrativo por caducidade quando o ato perde seus efeitos jurídicos em razão de norma jurídica superveniente que impede a permanência da situação anteriormente consentida. Resposta: Correta.

Questões Mistas

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Assinale a alternativa incorreta (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás/ Analista de Sistemas/ Quadrix/04-05-2008): a) Ato administrativo vinculado é aquele onde a lei não deixa opções, estabelecendo que, diante de determinados requisitos, a Administração deve agir de tal ou qual forma. b) Ato administrativo discricionário é aquele onde a Administração adota uma ou outra solução, segundo critérios de oportunidade, conveniência, justiça, equidade, próprios da autoridade, porque não definidos pela legislação. c) Um dos atributos do ato administrativo é a presunção de legitimidade e veracidade. d) Um dos atributos do ato administrativo é a imperatividade. e) A auto-executoriedade não é atributo do ato administrativo. Resposta: E Comentários do professor: A auto-executoriedade, ao lado da presunção de legitimidade e da imperatividade formam os atributos (ou características) dos atos administrativos. Atenção! Não se esqueça de verificar na apostila os comentários que fizemos quanto aos doutrinadores clássicos que utilizam as expressões “exigibilidade” e “executoriedade”. Tendo em vista a matéria administrativa, é correto afirmar (MPU/Analista/Área Administrativa/FCC/fevereiro de 2007): a) Ato de império é todo aquele que ordena a conduta interna da Administração e de seus servidores, ou cria direitos e obrigações entre ela e os administrados, tais como as autorizações, permissões e os contratos em geral. b) É legal a realização de atos de império ou gestão por agente simplesmente designado para “responder pelo expediente”, na vaga ou ausência temporária do titular. c) Pelo princípio da indisponibilidade do interesse público, a Administração Pública não pode dispor do interesse geral nem renunciar a poderes que a lei lhe deu para tal tutela, uma vez que o titular de tal interesse é o Estado. d) Na Administração Pública há liberdade de vontade pessoal do agente político encarregado da gestão, enquanto na administração particular só é lícito ao particular fazer o que a lei determina. e) A publicidade do ato administrativo não é requisito de sua eficácia ou moralidade, mas se constitui elemento formativo do próprio ato, que só produz efeitos jurídicos através da divulgação no órgão oficial ou pela imprensa particular. Resposta: C Com relação aos atos administrativos, analise as seguintes alternativas (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Especialidade Execução de Mandatos / Fundação Carlos Chagas / dezembro-06). I- Enquanto não for decretada sua invalidade, o ato administrativo nulo pode ser executado em virtude da presunção de legitimidade. II- O requisito da imperatividade não existe em todos os atos administrativos, mas apenas naqueles que impõem obrigações. III- A permissão é o ato administrativo bilateral, vinculado e precário, pelo qual a Administração Pública faculta ao particular a execução de determinado serviço público. IV- A auto-executoriedade permite que o ato administrativo seja posto em execução pela própria Administração Pública, sem necessidade de intervenção do Judiciário. Está correto o que se afirma SOMENTE em: a) I e IV. b)II e III.

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c)III e IV. d)I, II e III. e)I, II e IV. Resposta: A Sobre os atos administrativos, assinale a afirmação correta (BNDES/Profissional Básico de Direito/Fundação Cesgranrio/23-04-2006): (A) As autorizações, em regra, constituem atos bilaterais. (B) Os atos da Administração são, por definição, atos administrativos. (C) É vedada a prática de atos abstratos pela Administração Pública. (D) É exemplo de ato constitutivo a demissão de um funcionário público. (E) Os efeitos prodrômicos do ato administrativo são espécie de efeito típico do ato. Resposta: D Sobre os atos administrativos, analise as afirmativas a seguir: (Agente da Polícia Civil- DF/ 2005 / UFRJ). I. Os atos de gestão são aqueles em que a Administração Pública usa de sua supremacia em relação ao particular. II. Os atos administrativos complexos são aqueles que se formam pela reunião de vontades de mais de um órgão administrativo. III. No confronto entre um ato administrativo geral e um ato administrativo individual, prevalecerá a determinação contida no primeiro. São verdadeiras somente as afirmativas: a) I e II; b) I e III; c) II e III; d) I, II e III; e) nenhuma. Resposta: C Em relação aos atos administrativos, analise as afirmativas a seguir (Polícia Civil do Distrito Federal / Agente Penitenciário / UFRJ / 2005): I. O ato administrativo discricionário é aquele em que a Administração Pública não tem liberdade para valorar critérios de conveniência e oportunidade, devendo adotar o único objeto previsto na lei. II. Os atos de gestão são aqueles em que a Administração Pública não precisa usar de sua supremacia em relação ao particular. III. Os atos gerais são aqueles expedidos sem destinatários determinados, como por exemplo, o regulamento. A(s) afirmativa(s) verdadeira(s) é/são somente: a) I; b) II; c) III; d) I e II; e) II e III. Resposta: E Em relação ao ato administrativo, é correto afirmar (Analista / Área de Informática do Banco Central / ESAF / 2001): a) a auto-executoriedade do ato administrativo manifesta-se em qualquer ocasião ou circunstância, a juízo do administrador. b) os atos ditos de opinião, como pareceres e laudos, sempre vinculam a decisão da autoridade superior. c) o elemento competência do ato administrativo pode ser objeto, em qualquer caso, de delegação ou avocação.

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d) é de cinco anos o prazo decadencial para a Administração anular os atos administrativos cujos efeitos são favoráveis para os administrados. e) a convalidação do ato administrativo só é possível quando se tratar de atos discricionários. Resposta: D

CAPÍTULO: ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

Órgãos Públicos

Inseridos na estrutura do Estado, os órgãos públicos (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Fundação Carlos Chagas / dezembro-06). a) são centros de competência que congregam atribuições exercidas pelos agentes públicos que o integram com o objetivo de expressar a vontade do Estado. b) representam juridicamente a pessoa jurídica que integram, mas não possuem capacidade processual. c) são dotados de personalidade jurídica própria, razão pela qual mantém relações funcionais entre si e com terceiros. d) compostos são unidades de ação constituídas por um só centro de competência, que exerce funções auxiliares diversificadas. e) autônomos são os originários da Constituição e representativos dos três poderes do Estado, que se subordinam hierarquicamente. Resposta: A

Como centros de competência instituídos para o desempenho de funções estatais, os órgãos públicos (Tribunal de Justiça – Pernambuco/Analista Judiciário/FCC/2007): (A) gozam de capacidade processual para defesa de suas prerrogativas funcionais, posto que possuem personalidade jurídica própria. (B) possuem vontade própria e detém personalidade jurídica de direito público. (C) são dotados de vontade e capazes de exercer direitos e contrair obrigações para a consecução de seus fins institucionais. (D) representam juridicamente a pessoa jurídica que eles integram em virtude da teoria da imputação. (E) colegiados atuam e decidem por meio de um único agente, uma vez que são originários da Constituição Federal e representativos dos Poderes do Estado. Comentários do professor: Os órgãos, entes despersonalizados, realmente são dotados de vontade e capazes de exercer direitos e contrair obrigações, mas não em seu próprio nome, mas no nome da pessoa jurídica que eles integram. Resposta: C De acordo com a classificação que divide os órgãos públicos conforme a sua posição estatal, as Secretarias de Estado são consideradas órgãos: (Agente da Polícia Civil- DF/ 2005 / UFRJ). a) independentes; b) colegiados; c) autônomos; d) superiores; e) coletivos. Resposta: C Em virtude de suas características e peculiaridades jurídicas e administrativas, o Departamento de Polícia Federal, instituição integrante da estrutura do Ministério da Justiça, pode ser

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classificado, no âmbito da organização administrativa brasileira, como (APO - MP/2005 /ESAF / 2005): a) autarquia b) órgão autônomo c) fundação pública d) autarquia especial e) agência especial Resposta: B

Desconcentração e Descentralização Com base no direito administrativo e na legislação aplicável, julgue os itens seguintes (Ministério do Meio Ambiente/Analista Ambiental/Cespe/2008): 85 Na desconcentração, transfere-se a execução de determinados serviços de uma esfera da administração para outra, o que pressupõe, na relação entre ambas, um poder de controle. Já na descentralização, distribuem-se as competências no âmbito da mesma pessoa jurídica, mantido o liame unificador da hierarquia. Resposta: Errada.

Questões Mistas

Assinale a assertiva correta (Juiz / Tribunal de Justiça do Estado de Goiás / Comissão de Seleção e Treinamento / 2006): a) a fundação, a empresa pública e a sociedade de economia mista são entidades criadas por lei, sendo todas dotadas de personalidade jurídica de direito privado. b) as agências reguladoras, pessoas jurídicas de direito privado, são entidades criadas por lei com típica função de controle dos serviços e atividades exercidos sob o regime de concessão. c) as autarquias são pessoas jurídicas de direito público, criadas por autorização legal, integram a Administração Indireta, tem por finalidade desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Estado. d) os bens do patrimônio das fundações públicas de direito público são caracterizados como bens públicos, ao passo que as fundações públicas de direito privado têm seu patrimônio constituído de bens privados. Resposta: D Comentários do professor: as fundações poderão ter personalidade jurídica de direito privado ou de direito público, a depender da vontade e da autonomia político-administrativa de suas criadoras. Para tanto, a Administração se utiliza de seu poder discricionário. A respeito da organização administrativa da União, julgue os itens seguintes: (TRE/GO – Técnico Judiciário/2005/Cespe) I – Os entes da administração pública indireta não podem ajuizar ação civil pública; caso surja necessidade de ajuizar essa espécie de ação, o ente interessado deverá solicitar a propositura dela à pessoa política correspondente ou ao Ministério Público. II – É juridicamente possível o ajuizamento de ação popular contra atos praticados por entes da administração pública indireta. III – As empresas públicas e as sociedades de economia mista, por terem personalidade jurídica de direito privado, não estão sujeitas à regra constitucional da exigibilidade de licitação.

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IV – No Brasil, as agências executivas podem ser autarquias, fundações, empresas públicas ou sociedades de economia mistas. V – Em relação às agências reguladoras, o princípio da especialidade significa que cada uma atua em área que lhe foi especificamente determinada pela lei. Elas podem, em certos casos, exercer poder de polícia. Estão certos apenas os itens: a) I e III b) I e V c) II e IV d) II e V e) III e IV Resposta: D Após autorização legislativa, o Prefeito de Campo Verde criou pessoa jurídica de direito privado, destinada à prestação de serviço de limpeza pública com recursos exclusivos do Município, na forma de sociedade anônima. A entidade em questão caracteriza-se como (TRT17R/Analista Jud/Área Jud/FCC/2004):

a) sociedade de economia mista, já que tem a forma de sociedade anônima. b) Empresa pública, pois, independentemente da forma, tem capital integralmente público. c) Autarquia municipal, pois desenvolve atividade privativa do Estado. d) Fundação pública, uma vez que presta serviços públicos. e) Agência reguladora, pois tem capital integralmente público.

Resposta: B Comentários do professor: A empresa pública tem personalidade jurídica de direito público, explora atividade econômica ou presta serviço público, tem capital exclusivamente público e admite qualquer forma societária legal, inclusive, SA.

Agências Reguladoras e Executivas Com relação à doutrina que circunda a temática das agências reguladoras, julgue os itens seguintes (Prefeitura de Vitória/Procurador/Cespe/Junho de 2007). 24 A regulação que é realizada pelas agências reguladoras tem forte função gerencial sobre os entes regulados. 25 A transferência às agências reguladoras da função de executar objetivos e planos estatais demonstra a centralização que a criação dessas estruturas gera na administração pública. Resposta: 24-V 25-F Comentários do professor: o item 25 demonstra a descentralização administrativa e não a centralização.

A respeito da organização administrativa da União, julgue os itens seguintes: (TRE/GO – técnico judiciário – 2005 – CESPE). I. No Brasil, as agências executivas podem ser autarquias, fundações, empresas públicas ou sociedades de economia mistas. II. Em relação às agências reguladoras, o princípio da especialidade significa que cada uma atua em área que lhe foi especificamente determinada pela lei. Elas podem, em certos casos, exercer poder de polícia. Resposta: I-E II-C

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A respeito das Agências Reguladoras é correto afirmar que: (Procurador do Estado de Goiás/CEJUR/2003): a) O contrato de gestão é o seu principal instrumento. b) A sua independência normativa apresenta-se plena perante o Poder Legislativo. c) O seu poder de dirimir conflitos afirma sua independência perante o Poder Judiciário. d) O fato de suas decisões não poderem ser revistas por autoridades estranhas à própria entidade

afirma a sua independência perante o Poder Executivo. Resposta: D A retirada do Estado da prestação direta dos serviços ou do exercício de uma atividade econômica não significa retorno ao Estado liberal. E isso porque, ao mesmo tempo em que acontece a retração do Estado na prestação de serviços essenciais e relevantes, impõe-se a necessidade de sua regulação indireta, de modo a garantir controle e fomento dos referidos serviços, mesmo depois de sua transferência aos particulares. Nesse contexto, tem-se a criação das agências reguladoras no Brasil. Acerca dessas agências, julgue os itens subseqüentes: (Procurador do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte/2002/Cespe): I) Caracterizam-se como autarquias de natureza especial, possuindo grau de autonomia mais intenso que aquele conferido às autarquias comuns e gozando de prerrogativas estipuladas em suas leis instituidoras, embora submetam-se ao poder de supervisão do ministério ou secretaria a que se encontrem vinculadas. Assim, em que pese não poderem atuar em desconformidade com os princípios norteadores da administração pública, principalmente o da legalidade, possuem margem maior de discricionariedade, com vista a atender ao novo espírito que rege a atividade estatal. II) O seu âmbito de atuação passa por diversas áreas, sendo as mais importantes as de fiscalização, regulamentação, regulação e, por vezes, arbitragem e mediação, porém, sempre dentro dos limites que a lei impõe. Quando concebidas, as agências foram dotadas de personalidade jurídica de direito privado, sendo cada uma fruto de uma lei de criação. III) As agências estão sendo criadas de modo cuidadoso, sendo preservada a sua independência em relação ao Poder Executivo, como forma de torná-las isentas de pressões políticas. Contam com auto grau de autonomia, inclusive financeira, pois são dotadas de verbas próprias. Em virtude disso, o poder jurisdicional conferido aos entes reguladores, no plano do direito administrativo, não está subordinado ao controle do Poder Judiciário. IV) Em alguns estados, foram criadas agências que visam, da mesma forma que as agências nacionais, a regular serviços delegados. Além de suas funções específicas, as agências estaduais podem firmar convênios com agências nacionais, com o escopo de realizar serviços de regulação dentro de seu território. Entretanto, a possibilidade de formalização de convênios depende da lei de constituição das agências. Respostas: C E E C

Autarquias e Fundações Públicas Acerca da organização dos poderes, conforme o entendimento do STF, julgue os itens subseqüentes (Ministério da Saúde/Agente Administrativo/Cespe/2008). 66 Compete à justiça do trabalho o julgamento das ações propostas por servidor do MS contra a União, oriundas da relação de trabalho. Comentários do professor: A competência será da Justiça Federal. Resposta: Errado.

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Com base na doutrina e nas normas do direito administrativo, julgue os itens a seguir (Ministério do Meio Ambiente/Analista Ambiental/Cespe/2008). 69 As dívidas passivas da União e suas autarquias prescrevem em cinco anos, contados a partir da data do ato ou fato do qual se originaram. Resposta: Correta. Considere que uma lei distrital instituiu uma autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública. A respeito dessa situação hipotética, analise os itens a seguir e assinale a alternativa correta (Polícia Civil do DF/Perito Criminal/Fundação Universa/2008): I – A referida autarquia seria uma entidade da administração indireta. II – A referida autarquia seria vinculada a um órgão da administração pública direta. III – A criação da referida autarquia constitui um processo de desconcentração administrativa. IV – A referida autarquia poderia ser extinta mediante decreto do governador do DF.

a) Todas as afirmativas estão erradas. b) Há apenas uma afirmativa certa. c) Há apenas duas afirmativas certas. d) Há apenas três afirmativas certas. e) Todas as afirmativas estão certas.

Resposta: C Comentários do professor: Autarquias, ao lado das empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas, são entidades pertencentes à Administração Pública Indireta. Portanto, a alternativa I está correta. Referida autarquia, embora criada por força do poder discricionário da Administração Direta, não se encontra subordinada a esta última, mas sim vinculada a ela, tornando verdadeira a proposição II. O fenômeno que se dá entre a Administração Direta e Indireta é denominado descentralização e não desconcentração, tornando incorreta a alternativa III. Por último, já aprendemos que a Autarquia é criada através de uma lei específica e deve, portanto, ser extinta por outra lei específica e não por um simples decreto (que é ato administrativo inferior hierarquicamente à lei). Considerando que a ANVISA é uma autarquia federal, julgue os itens a seguir (ANVISA/Téc.Adm/Cespe/2007). 58 A ANVISA não é imune ao pagamento de taxas instituídas pelos estados e pelo Distrito Federal. 59 Compete aos técnicos administrativos da ANVISA a formulação e a avaliação de planos, programas e projetos relativos às atividades de regulação realizadas pela agência. 60 Aplicam-se à ANVISA os princípios administrativos da moralidade, da eficiência e da autotutela. 61 A ANVISA é uma entidade da administração indireta federal, dotada de personalidade jurídica própria. 62 A ANVISA é subordinada ao Ministério da Saúde (MS). 63 O cargo de presidente da ANVISA é privativo de brasileiros natos. 64 Um concurso público de provas e títulos para o provimento de cargos técnicos efetivos na ANVISA é uma modalidade de licitação que adota o tipo melhor técnica. 65 Violaria a Constituição Federal um decreto do presidente da República que extinguisse a ANVISA e transferisse as competências dessa agência para um órgão do MS. 66 A ANVISA é imune ao pagamento de imposto sobre propriedade predial e territorial urbana referente a imóveis utilizados para o exercício de suas competências legalmente definidas. Resposta: 58-V 59-E 60-V 61-V 62-F 63-F 64-F 65-V 66-V Comentários do professor: no item 62, a ANVISA é vinculada, e não subordinada, ao MS. No item 65, devemos nos lembrar que a Autarquia nasce por lei específica e depende de lei, também, para que seja extinta, e não por decreto do presidente da república.

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QUESTÃO 2 - Assinale a opção correta acerca das autarquias (Procurador de Estado-CE/Cespe/2006): A As autarquias são detentoras, em nome próprio, de direitos e obrigações, poderes e deveres, prerrogativas e responsabilidades. B As autarquias são hierarquicamente subordinadas à administração pública que as criou. C As autarquias são criadas e extintas por ato do chefe do Poder Executivo. D Ao criar uma autarquia, a administração pública apenas transfere a ela a execução de determinado serviço público, permanecendo com a titularidade desse serviço. E As autarquias não estão sujeitas ao controle externo do Poder Legislativo. Resposta: A Com relação ás autarquias, é correto afirmar que (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Fundação Carlos Chagas / dezembro-06). a) são pessoas jurídicas de direito privado estruturadas, obrigatoriamente, sob a forma de sociedade anônima. b) são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei específica para a prestação de determinado serviço público descentralizado. c) possuem capacidade de auto-administração e são constituídas mediante capital público e privado. d) se sujeitam ao regime próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários. e) gozam de privilégios fiscais extensivos às empresas do setor privado, quando exploram atividades econômicas. Resposta: B

São pessoas jurídicas de Direito Público, de natureza meramente administrativa, criadas por lei específica, para a realização de obras, atividades ou serviços descentralizados da entidade estatal que as criou. Trata-se das: (Câmara Municipal de Goiânia / Assessor Técnico Legislativo / Universidade Salgado de Oliveira / 2006): a) Empresas b) autarquias c) fundações d) estatais e) paraestatais Resposta: B

Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista

Uma empresa pública, que explore atividade econômica, sujeita-se em grande parte ao regime jurídico próprio das empresas privadas. No entanto (Tribunal de Contas do Estado da Paraíba / Cargo de Auditor de Contas Públicas / Qualquer nível superior / Carlos Chagas / novembro de 2006): a) está imune do pagamento de imposto sobre renda. b) tem os seus bens considerados impenhoráveis. c) paga as suas dívidas judiciais mediante precatórios. d) terá o direito de fornecer os seus serviços para a Administração mediante inexigibilidade de licitação. e) tem seu patrimônio protegido pelas regras da Lei de Improbidade Administrativa. Resposta: E

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A EC nº. 18/1998 realizou significativa modificação conceitual no regime jurídico das empresas públicas e das sociedades de economia mista que exploram atividade econômica, sujeitando-as ao regime jurídico próprio das empresas privadas. A respeito dessas empresas estatais, julgue os seguintes itens: (Procurador do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte/2002/Cespe): I) De acordo com a CF, os empregos nessas estatais, com as suas respectivas atribuições, devem ser, obrigatoriamente, criados por lei, não sendo admitida a criação por meio de simples atos internos. Essa vedação também deve ser observada nas esferas estadual e municipal. II) Nos contratos comerciais diretamente relacionados às suas atividades finalísticas, essas estatais não se sujeitam ao procedimento licitatório, imposto pela Lei nº. 8.666/93 nas hipóteses em que o referido diploma legal constituir óbice intransponível à sua atividade negocial. III) Essas empresas responderão pelas obrigações contraídas e pelos prejuízos que os seus servidores, nessa qualidade, venham a causar a terceiros ou à própria administração pública. Nessas hipóteses, a sua responsabilidade é objetiva, isto é, se inexistir culpa ou dolo, não cabe a responsabilidade. Não será assim se a empresa pública e a sociedade de economia mista forem prestadoras de serviço público, caso em que deverão responder subjetivamente, até o exaurimento de seus patrimônio, pelos danos decorrentes da execução do serviço e pelos prejuízos que os seus servidores, nessa qualidade, causarem a terceiros. IV) Em razão de sua natureza privada, essas empresas não possuem privilégios de qualquer espécie, inclusive foro ou juízo privilegiado. Isso não significa que não possam ter os privilégios que a lei autorizadora de sua instituição, ou outra, outorgar-lhes, mesmo que se trate de privilégios fiscais não-extensivos às empresas do setor privado. Respostas: C C E E

Terceiro Setor Acerca das entidades paraestatais e do terceiro setor, assinale a opção correta (OAB-GO/Cespe/2007). a) As entidades do denominado sistema S (SESI, SESC, SENAI, SENAC) não se submetem à regra da licitação nem a controle pelo TCU. b) As entidades paraestatais estão incluídas no denominado terceiro setor. c) As organizações sociais são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por iniciativa de particulares, para desempenhar atividade típica de Estado. d) As organizações da sociedade civil de interesse público celebram contrato de gestão, ao passo que as organizações sociais celebram termo de parceria. Resposta: B

CAPÍTULO: RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO P ÚBLICA A respeito da responsabilidade civil do Estado, julgue os itens Subseqüentes Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior/Analista de Comércio Exterior/Cespe/2008): 66 Os atos judiciais não geram responsabilidade civil do Estado. 67 Os atos das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos podem gerar a responsabilidade do Estado. 68 Em caso de danos causados por atos de multidões, somente é possível responsabilizar o Estado caso se comprove sua participação culposa.

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69 Prescreve em dez anos o direito de regresso do Estado contra seu agente diretamente envolvido na produção de dano a terceiro. 70 Os atos ilícitos praticados por Estados estrangeiros em território brasileiro geram a responsabilidade subsidiária do Estado brasileiro. Comentários do professor: 67 - lembramos que os delegatários de serviços públicos prestam tais atividades em seu próprio nome. Assim, os danos praticados por seus funcionários não geram para o Estado (delegante) a responsabilidade por eventuais indenizações causados pelos delegatários. 68 – em provando que o Estado agiu como culpa (em sentido amplo), caberá responsabilização. 69 – Referida ação é imprescritível. 70 – A responsabilidade será do causador do dano, qual seja, do Estado estrangeiro. Resposta: 66-E 67-E 68-C 69-E 70-E Em setembro de 2008, Marcelo, motorista de entidade da administração pública, estava dirigindo carro oficial quando colidiu com um veículo particular. O chefe imediato de Marcelo foi logo informado do fato e solicitou a realização de perícia, que foi ao local e, ao examinar os veículos e ouvir testemunhas verificou que a culpa pelo abalroamento fora de Marcelo A administração então condicionou a indenização do particular ao término do processo administrativo disciplinar de Marcelo. Em face da situação acima apresentada, julgue os itens a seguir (Ministério do Esporte/Administrador/Cespe/Nov de 2008): 81 O particular deve aguardar o término do processo administrativo disciplinar para pleitear a indenização perante o Poder Judiciário. 82 A responsabilidade civil da administração será, no caso em questão, aferida sob a modalidade objetiva. 83 A demonstração de culpa exclusiva do particular excluiria a responsabilização da administração. 84 O prazo prescricional para a administração aplicar sanção a Marcelo começou a correr a partir do momento em que seu chefe imediato teve conhecimento da sua conduta. 85 O chefe da repartição é competente para aplicar a Marcelo a penalidade de advertência ou até mesmo de suspensão, se ela for de até 30 dias. Comentários do professor: item 82- observe que o enunciado da questão não informa se se tratava de entidade com personalidade de direito público ou privado e, neste último caso, se prestadora de serviços públicos ou exploradora de atividades econômicas, não sendo possível aferir, assim, acerca da responsabilidade aplicada ao caso: se a objetiva ou a subjetiva. Assim, podemos concluir que, se o Cespe não menciona a personalidade da entidade, devemos entender que se trata de pessoas com responsabilidade objetiva. Resposta: 81 – E 82- C 83 – C 84 – C 85 - C Recente decisão do STF entendeu que a garantia constitucional de responsabilidade objetiva de pessoa privada que preste serviço público volta-se apenas ao usuário desse serviço público. De acordo com esse entendimento, não corresponderiam a caso de responsabilidade objetiva danos causados a proprietário (OAB-SP/Cespe/2008): A) de restaurante, em decorrência de suspensão por 24 horas do fornecimento de energia elétrica. B) de veículo que, em decorrência de buracos em uma estrada privatizada, tenha sofrido acidente com perda parcial do veículo. C) de veículo abalroado por ônibus de empresa de transporte coletivo. D) de hotel, por suspensão, sem motivo, do serviço de distribuição de gás canalizado. Comentários do professor: observe que as alternativas “a”, “b” e “e” trazem situações em que o terceiro prejudicado é o próprio usuário do serviço público, o mesmo não ocorrendo com a situação apresentada à letra “c”..

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Resposta: C Considere que um professor de direito tenha afirmado que “a União somente pode ser responsabilizada por indenizar os danos causados por seus servidores, no exercício de suas funções, caso reste demonstrado, em processo administrativo ou judicial, que eles agiram com dolo ou culpa”. Essa afirmação é (Polícia Civil do DF/Perito Criminal/Fundação Universa/2008):

a) Correta. b) Incorreta, pois a responsabilidade da União independe da prova de dolo ou culpa. c) Incorreta, pois a prova da culpa do servidor precisa ser feita em processo judicial. d) Incorreta, pois a responsabilidade por atos dolosos é exclusiva dos servidores. e) Incorreta, pois a responsabilidade por atos culposos é exclusiva dos servidores.

Resposta: B Comentários do professor: A responsabilidade civil da União, pelas ações causadoras de danos, praticadas por seus agentes públicos, é objetiva, ou seja, independente da prova de dolo ou culpa do agente. Assim, basta que se prove: a ação praticada pelo agente, o dano e o nexo causal entre a ação do agente e o dano causado à vítima. Não há, portanto, neste caso, que se indagar acerca da conduta culposa (dolo ou culpa) do agente público. Considerando a responsabilidade civil do Estado e a aplicação da responsabilidade objetiva, é correto afirmar (TRF5R/Anal Jud/Área Adm/FCC/2008): a) Se o dano for causado por omissão e não por ação, o Estado não está obrigado a reparar o dano ou de indenizar o terceiro prejudicado. b) O Estado só responderá por danos causados pelos seus agentes a terceiros, se provado que aqueles agiram com dolo ou culpa. c) O Estado responderá pelos danos causados a terceiros se decorrentes de fenômenos da natureza ou provocados por terceiros, porque a responsabilidade civil é objetiva. d) A culpa da vítima, mesmo que exclusiva, não exclui a responsabilidade civil do Estado, porque essa é objetiva. e) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviço público responderão pelos danos que os seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, independentemente da prova de culpa no cometimento da lesão. Comentários do professor: Letra “a”: haverá, sim, responsabilidade do Estado por ações ou omissões de seus agentes, salvo nos casos de excludente ou atenuante de responsabilidade. Letra “b”O Estado responderá pelos danos causados por seus agentes independentemente da comprovação, pela vítima, de dolo ou culpa do Estado. Letra “c”: Danos causados pela natureza não ensejam, em regra, responsabilidade do Estado, por não haver nexo causal entre o dano à vítima e a ação do Estado. Letra “d”: Quando houver culpa exclusiva da vítima não há que se falar em responsabilidade do Estado. Letra “e”: É a resposta correta. Vide art. 37, parágrafo sexto, da CF/88. Resposta: E Considere que, ao avaliar a execução das determinações descritas no texto, o chefe da divisão de segurança tenha observado que um dos agentes de segurança a ele subordinados atuava com racismo e preconceito, fazendo verificação cuidadosa de determinadas pessoas e, sistematicamente, deixando outras pessoas passarem sem qualquer tipo de verificação. Em função disso, o chefe tomou as providências cabíveis para possibilitar a instauração de

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sindicância que apurasse a referida situação. Tendo em vista essa situação hipotética, julgue os itens abaixo. (TST/Técnico Judiciário/Cespe/2008) I - A punição administrativa do referido agente de segurança não afastaria a possibilidade de sua punição nos planos penal e civil, com relação ao mesmo ato. Resposta: Correta Quanto à responsabilidade extracontratual do Estado, assinale a opção correta (OAB-GO/Cespe/2007). a)Prevalece o entendimento de que, nos casos de omissão, a responsabilidade extracontratual do Estado é subjetiva, sendo necessário, por isso, perquirir acerca da culpa e do dolo. b)A vítima de dano causado por ato comissivo deve ingressar com ação de indenização por responsabilidade objetiva contra o servidor público que praticou o ato. c)Não há responsabilidade civil do Estado por dano causado pelo rompimento de uma adutora ou de um cabo elétrico, mantidos pelo Estado em péssimas condições, já que essa situação se insere no conceito de caso fortuito. d)Proposta a ação de indenização por danos materiais e morais contra o Estado, sob o fundamento de sua responsabilidade objetiva, é imperioso que este, conforme entendimento prevalecente, denuncie à lide o respectivo servidor alegadamente causador do dano. Resposta: A Sobre a responsabilidade civil do Estado e reparação do dano, considere (TRE-Paraíba/Anal. Jud/Área Judiciária/Espec. Direito/FCC/2007). I. Não cabe a responsabilização do Estado quando o agente público causador do dano estiver agindo na condição de um simples particular, isto é, sem estar exercendo as suas atribuições. II. No Brasil, a responsabilidade do Estado é objetiva, o que implica a indenização de qualquer prejuízo causado a terceiros, ainda que não tenha sido o responsável, impedindo, assim, que se alegue excludentes de responsabilidade. III. De acordo com a Constituição Federal, a responsabilidade civil do Estado pode recair sobre as pessoas de Direito Público e de Direito Privado que prestam serviços públicos. IV. Definida a responsabilidade do Estado e, uma vez indenizado o terceiro prejudicado, segundo a teoria da responsabilidade objetiva, não cabe direito de regresso em face do agente público causador do dano. V. A responsabilidade para a Administração Pública não depende da culpa, enquanto que, para o agente público causador direto do dano, relevante é a comprovação da culpa ou do dolo para que ele possa ser responsabilizado. Está correto o que consta APENAS em (A) I e II. (B) III e IV. (C) II, III e IV. (D) II, IV e V. (E) I, III e V. Resposta: E De acordo com a Constituição Federal (CF), “As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.” E, de acordo com o Código Civil, “As pessoas jurídicas de direito público

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interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que nessa qualidade causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, se houver, por parte destes, culpa ou dolo.” (MP-GO/Procurador junto ao TCM/Cespe/2007). Considerando os dois artigos acima transcritos, assinale a opção incorreta. A) A responsabilidade objetiva estabelecida no artigo da CF acima transcrito abrange todas as empresas públicas e sociedades de economia mista federais, estaduais, distritais e municipais, uma vez que essas empresas integram a administração indireta de tais entes da Federação. B) A responsabilidade objetiva de que trata o segundo artigo acima transcrito abrange a União, os estados, o Distrito Federal (DF), os territórios, os municípios e as autarquias, inclusive as associações públicas, bem como as demais entidades de caráter público criadas por lei. C) O primeiro artigo acima transcrito não abrange os partidos políticos nem as organizações religiosas. D) A responsabilidade dos agentes públicos tratada nos artigos transcritos está ligada ao conceito de ato ilícito, definido pelo Código Civil como ato praticado por agente que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, viole direito e cause dano a outrem, ainda que exclusivamente moral. Resposta: A -Quanto à evolução doutrinária da responsabilidade civil da administração pública e à reparação do dano causado pelos agentes públicos, julgue os itens a seguir (Prefeitura de Vitória/Procurador/Cespe/Junho de 2007). 18 A doutrina da culpa administrativa representa um estágio de transição entre a doutrina da responsabilidade civilística e a tese objetiva do risco administrativo. 19 A teoria do risco integral jamais foi acolhida em quaisquer das constituições republicanas brasileiras. 20 No atual estágio da doutrina da responsabilidade da administração pública pelos atos de seus agentes, a indenização decorrente de atos lesivos limita-se aos danos materiais. Resposta: 18-V 19-V 20-F O agente público pertencente a uma autarquia estadual, durante o exercício legal de suas funções, praticou determinado ato comissivo que ocasionou danos materiais a terceiro. Em virtude deste fato, o particular atingido pela conduta lesiva ao seu patrimônio (TJ/Oficial de Justiça/FCC/maio de 2007): (A) poderá pleitear a reparação dos danos sofridos com base na teoria da responsabilidade objetiva do Estado, sob a modalidade do risco administrativo. (B) não poderá ser ressarcido dos prejuízos eventualmente sofridos, posto que a ação do agente obedeceu aos ditames legais. (C) deverá acionar diretamente o agente público, que responderá de forma objetiva, com base no risco integral. (D) será ressarcido dos prejuízos apenas se demonstrar a culpa do agente público e a omissão do Estado em fiscalizar seus servidores. (E) poderá recorrer ao Poder Judiciário visando a reparação dos prejuízos suportados, com base na teoria da responsabilidade subjetiva do Estado, sob a modalidade do risco integral. Resposta: A Marcelo, servidor público de um município, trabalhava como motorista para a prefeitura. Certa vez, ao sair do pátio da prefeitura para buscar o secretário de saúde em determinado local, imprimiu maior velocidade ao veículo e, sem querer, terminou por atropelar um colega, também motorista, que ficou gravemente ferido. Considerando a situação hipotética apresentada, julgue os itens seguintes (Agente Comunitário de Segurança/Nível Médio/Cespe/maio de 2007).

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73 Na situação apresentada configuram-se os seguintes elementos: conduta, resultado danoso, nexo de causalidade e culpa. 74 A responsabilidade do Estado pelo ato ilícito de Marcelo é subjetiva. 75 A doutrina que se aplica ao caso apresentado é a doutrina do risco administrativo. 76 Não há, na situação apresentada, nenhuma excludente de responsabilidade do Estado, como a força maior ou o caso fortuito. Respostas: 73-C 74-E 75-C 76-C Um servidor público praticou crime contra a administração pública e, por esse mesmo fato, foram instaurados procedimento administrativo disciplinar e processo criminal. Ante tais fatos, o advogado do servidor requereu a suspensão do procedimento administrativo até que transitasse em julgado a sentença penal. A propósito da situação acima descrita e considerando a jurisprudência do STF e do Superior Tribunal de Justiça aplicável ao caso, assinale a opção correta (TRE-PA/Analista Judiciário/Cespe/ fev. de 2007). a) Será considerada correta eventual decisão no sentido de suspender o procedimento administrativo até o término definitivo do processo penal, já que este último conduz a conseqüências jurídicas mais graves, que interferem na restrição ao direito de liberdade do indivíduo. b) A absolvição criminal somente terá repercussão no procedimento administrativo se ficar provado, no âmbito judicial, a inexistência do fato ou que o servidor não foi o autor do crime. c) A falta de provas no processo criminal impede a administração de aplicar penalidade ao servidor. d) A prescrição administrativa implica, de igual modo, impossibilidade de aplicação de pena no âmbito do processo judicial. e) O correto seria o Ministério Público, como fiscal da aplicação da lei, requerer a suspensão do processo judicial até que a administração concluísse o procedimento administrativo. Resposta: B Um motorista de ônibus de empresa concessionária de serviço público de transporte do município de Belém perdeu o controle do veículo, vindo a colidir com carro de particular e, em seguida, em um poste. Um passageiro do ônibus, vítima desse acidente, morreu no local. Tendo como referência a situação hipotética acima, assinale a opção correta de acordo com o entendimento jurisprudencial do STF (TRE-PA/Analista Judiciário/Cespe/ fev. de 2007). A) A empresa de ônibus responderá pelo prejuízo ocasionado ao proprietário do automóvel do particular, aplicando-se a teoria objetiva da responsabilidade civil do Estado. B) Os parentes do passageiro podem exigir indenização por danos morais e materiais da empresa de ônibus, que responderá objetivamente pelos prejuízos. C) A responsabilidade pelos danos ao proprietário do veículo particular é do município de Belém. D) Apenas o motorista responde civilmente pelos prejuízos causados, transferindo-se a responsabilidade para a empresa de ônibus apenas na hipótese de o patrimônio de seu empregado não ser suficiente para fazer frente à indenização. E) Excepcionalmente, na situação em apreço, haverá a responsabilização criminal da empresa de ônibus por não promover a adequada manutenção de sua frota. Resposta: B QUESTÃO 3 - Assinale a opção correta no que concerne à responsabilidade civil do Estado (Procurador de Estado-CE/Cespe/2006): A Nos Estados absolutistas, negava-se a obrigação da administração pública de indenizar os prejuízos causados por seus agentes aos administrados, com fundamento no entendimento de que o Estado não podia causar males ou danos a quem quer que fosse (the king can do no wrong). Segundo a classificação da doutrina, a teoria adotada nesse período era a teoria do risco integral.

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B Perante o transportado, a responsabilidade da transportadora que exerça função pública sob concessão é contratual e subjetiva. C A Constituição Federal de 1988 adotou o princípio da responsabilidade civil subjetiva para as autarquias. D De acordo com a teoria da responsabilidade objetiva, o Estado responde pelos danos causados por seus agentes a terceiros, independentemente da prova de culpa ou da demonstração do nexo causal. E Uma sociedade de economia mista prestadora de serviço público responderá por danos causados a terceiros independentemente da prova de culpa. Comentários do professor: Na alternativa “e”, entendamos o vocábulo “culpa” em seu sentido amplo, que admite as espécies “culpa em sentido estrito (ou restrito) e dolo. Resposta: E Considere as assertivas a respeito das responsabilidades, de acordo com a Lei 8.112/90 (TRT 6R/ Técnico/Área Adm/FCC/2006). I- A obrigação de reparar o dano, em regra, não se estende aos sucessores, não podendo contra eles ser executada. II-A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. III- As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. IV- A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. É correto o que consta apenas em: a) II e IV b) I, II e III c) I, III e IV d) I, II e IV e) II, III e IV Resposta: E Comentários do professor: As responsabilidades civil, penal e administrativa não se confundem. Em regra, são independentes entre si. Assim, a responsabilidade penal resulta da prática de crimes ou contravenções tipificados em lei prévia ao ato. A responsabilidade administrativa decorre de infração da legislação que rege os atos de seus agentes. A civil consubstancia-se no dever de indenizar um dano patrimonial causado à vítima. Com relação à responsabilidade do servidor público, é correto afirmar (TRE-AP/Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ FCC / 2006): a) a responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. b) as sanções civis, penais e administrativas são dependentes entre si e não poderão, em nenhuma hipótese, ser objeto de aplicação cumulativa. c) a responsabilidade penal não abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. d) a obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, podendo, inclusive, exceder o limite do valor da herança recebida. e) a responsabilidade civil e administrativa resulta, apenas, de ato comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. Resposta: A

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O servidor público, ao se omitir diante de determinada situação, quando deveria agir por dever legal, deu causa a danos na esfera patrimonial do administrado, lesou o bem público e, ainda, incidiu na prática de um delito omissivo previsto no Código Penal. Diante desta situação, o servidor responderá, em tese (TRT 20R/ Analista Judiciário/ Área Administrativa/ FCC/junho de 2006): a) perante a esfera civil, administrativa e penal, posto que independentes entre si; b) somente na esfera penal, vez que esta abrange as demais; c) apenas administrativamente, já que a referida omissão ocorreu durante o exercício funcional; d) tão-somente perante o juízo cível, posto que por ser mais abrangente tem força para absorver as demais. e) administrativa e penalmente, restando a responsabilidade civil absorvida pelas demais. Resposta: A -Um servidor público é acusado de ter cometido um ato apontado, simultaneamente, como ilícito penal e administrativo. No processo judicial penal, o servidor é absolvido, por se haver demonstrado que o ato praticado não configurava crime. Sendo assim, no processo administrativo, o servidor (Tribunal de Contas do Estado da Paraíba / Cargo de Auditor de Contas Públicas / Qualquer nível superior / Carlos Chagas / novembro de 2006): a) deverá ser absolvido, pois a absolvição penal prevalece sobre as demais instâncias. b) poderá ou não ser absolvido, devendo-se apurar falta residual. c) poderá ou não ser absolvido, pois nunca há repercussão do processo penal sobre o processo administrativo. d) poderá ou não ser absolvido, pois apenas a condenação penal repercute sobre o processo administrativo. e) deverá ser absolvido, pois, não havendo crime, não há que se falar em ilícito administrativo. Resposta: B Assinale a opção correta (Juiz / Tribunal de Justiça do Estado de Goiás / Comissão de Seleção e Treinamento / 2006): questão reduzida pelo professor. a) por serem independentes as órbitas administrativas, civil e penal, a responsabilidade administrativa do servidor nunca será afastada pela absolvição criminal. Resposta: Errada. -Para a configuração de ato ilícito, é imprescindível que haja fato lesivo, causado (TRE do Rio Grande do Norte/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ FCC/2005) a) por ação ou omissão voluntária e culposa do agente; ocorrência de um dano patrimonial ou moral, independentemente de nexo de causalidade entre o dano e o comportamento. b) somente por ação do agente; ocorrência de um dano patrimonial ou moral e nexo de causalidade entre o dano e o comportamento. c) por ação ou omissão voluntária e culposa do agente ou da vítima; ocorrência de um dano exclusivamente material e nexo de causalidade entre o dano e o comportamento. d) por ação ou omissão voluntária e culposa do agente; ocorrência de um dano patrimonial ou moral e nexo de causalidade entre o dano e o comportamento. e) somente por omissão voluntária e culposa do agente; ocorrência de um dano patrimonial ou moral e nexo de causalidade entre o dano e o comportamento. Resposta: D Julgue os itens seguintes, acerca da responsabilidade civil do Estado (SERPRO/Analista/Cespe/2005):

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68- Considere a seguinte situação hipotética. Aldo teve o seu veículo abalroado por ônibus de uma companhia de transportes urbano, empresa privada, concessionária de serviço público de transporte coletivo de determinado município. Nessa situação, Aldo deverá provar a culpa do motorista da companhia de transporte coletivo, com o objetivo de imputar-lhe a responsabilidade pelo fato, já que, nesse caso, não haverá a responsabilização objetiva do município. 69- A responsabilidade civil objetiva do Estado alcança também as empresas públicas e sociedades de economia mista que exploram atividade econômica. Resposta: 68-C 69-F Considerando que Mariana ocupa cargo público de provimento efetivo no TRE/AL, julgue o item subsequente: (questão reduzida TRE/ALAGOAS –Técnico Judiciário/2005/Cespe) I – Considere que Mariana praticou um ato tipificado tanto como infração penal quanto como infração administrativa disciplinar. Nesse caso, ela não poderá ser punida em razão desse ato simultaneamente nas esferas penal e administrativa, pois isso violaria o princípio constitucional da inacumulabilidade de sanções. Resposta: E Caso o servidor de uma autarquia cause dano a terceiros, no exercício de suas atribuições, o servidor estará submetido ao regime da responsabilidade civil (TRT3R/Analista Judiciário/Área Judiciária/FCC/2005): a) objetiva, assim como a autarquia a que pertence. b) subjetiva, assim como a autarquia a que pertence. c) objetiva, enquanto a autarquia a que pertence, estará sujeita ao regime da responsabilidade civil subjetiva. d) objetiva ou subjetiva, conforme respectivamente a autarquia preste serviço público ou não, valendo a mesma regra para a definição do regime da responsabilidade civil da autarquia. e) subjetiva, enquanto a autarquia a que pertence estará sujeita ao regime da responsabilidade civil objetiva. Resposta: E Dois servidores públicos praticaram atos que vieram a ser apurados como possíveis ilícitos ao mesmo tempo criminais e administrativos. Nos processos criminais, um servidor foi absolvido por negativa da existência do fato; outro, por negativa de autoria. Nessa situação (TRT3R/Analista Judiciário/Especialidade Engenharia/FCC/2005): a) Nem deve haver processo administrativo, sendo a questão do ilícito administrativo resolvida pelo mesmo juiz que julgar o processo criminal. b) O primeiro servidor terá de ser absolvido no processo administrativo, mas o segundo ainda assim poderá ser condenado. c) Os dois ainda assim poderão ser condenados no processo administrativo. d) Os dois terão de ser absolvidos no processo administrativo. e) O segundo servidor terá de ser absolvido no processo administrativo, mas o primeiro ainda assim poderá ser condenado. Resposta: D A respeito de serviços públicos e responsabilização da administração, julgue os itens seguintes (Delegado da Polícia Federal/Cespe/2004). __ A responsabilidade civil do Estado por conduta omissiva não exige caracterização da culpa estatal pelo não-cumprimento de dever legal, uma vez que a Constituição brasileira adota para a matéria a teoria da responsabilidade civil objetiva.

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Resposta: Falsa Comentários do professor: a conduta omissiva do Estado gera a sua responsabilidade civil subjetiva. A respeito da responsabilidade civil do Estado, em cada um dos itens abaixo é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada (Policial Rodoviário Federal / CESPE / 2004). ____Um policial rodoviário federal lavrou um auto de infração em desfavor de um motorista que disputava corrida, por espírito de emulação, em rodovia federal. O policial aplicou, ainda, as seguintes medidas Administrativas: recolhimento do documento de habilitação e remoção do veículo automotor. O veículo removido foi recolhido ao depósito da PRF, onde veio a ser danificado em decorrência de uma descarga elétrica (raio) ocorrida durante uma tempestade. Nessa situação, em face da responsabilidade objetiva do Estado, o proprietário do veículo removido poderá responsabilizar a União pelos danos sofridos. ____Um empregado de uma sociedade de economia mista integrante da administração pública indireta, a qual executava atividade econômica de natureza privada, nessa condição causou dano a um terceiro particular. Nessa situação, não se aplicará a responsabilidade objetiva do Estado, mas a responsabilidade disciplinada pelo direito privado. Resposta: E – C Em virtude de um mesmo ato comissivo praticado no desempenho de suas funções, constatou-se a responsabilidade administrativa, civil e penal do servidor público, que poderá (TRT 24R/ Técnico Judiciário/ Área Administrativa/ FCC / 2003): a) ser processado apenas na esfera penal, uma vez que esta, pela sua natureza, absorve as demais. b) responder cumulativamente pelas sanções oriundas das três esferas, já que independentes entre si. c) sofrer somente a responsabilidade administrativa, visto ser infração tipicamente administrativa. d) se passível apenas das penalidades decorrentes das esferas administrativa e penal, por ser falta disciplinar. e) responder cumulativamente somente pelas sanções administrativa e civil, restando a penal absorvida pela primeira. Resposta: B Para o servidor público, e em relação ao mesmo fato, as sanções civis, penais e administrativas (TRE-AM/Técnico Judiciário/FCC/Novembro de 2003): a) Cumular-se-ão, desde que apuradas no mesmo rito e processo. b) Poderão acumular-se, sendo dependentes umas das outras. c) Não se poderão cumular, devendo ser aplicada a mais grave. d) Poderão cumular-se, sendo independentes entre si. e) Não se poderão cumular, devendo o juiz escolher livremente a pena a ser aplicada. Resposta: D As pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, (Técnico da Receita Federal / ESAF / 2003) a) ainda que haja comprovada culpa exclusiva do paciente. b) assegurado o direito de regresso, quando couber. c) contra os quais cabe ação regressiva, independente de haver culpa ou dolo deles (agentes). d) mas só nos casos de comprovada culpa deles (agentes). e) salvo nos casos de comprovada culpa pessoal do agente, em que ele responde, diretamente, pelas conseqüências dos danos causados. Resposta: B

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-Tratando-se de responsabilidade civil do servidor público por dano causado a terceiro, assinale a opção correta. (Procurador do BACEN/Esaf/2002): a) A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. b) O servidor responderá perante a Fazenda Pública por dano causado a terceiro, em ação regressiva, desde que tenha havido denunciação à lide. c) A indenização de prejuízo dolosamente causado ao Erário será preferencialmente liquidada por meio de desconto na remuneração do servidor. d) A responsabilidade civil decorre exclusivamente de ato comissivo, doloso ou culposo. e) A responsabilidade civil do servidor independe da ocorrência de dano ao Erário ou a terceiro. Resposta: A Até atingir o estágio atual, a fixação da responsabilidade civil da administração ou do Estado atravessou longa história, que vai desde a visão privatista até a sua caracterização como instituto do direito público. Acerca dessa responsabilidade patrimonial do Estado, julgue os seguintes itens: (Procurador do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte/2002/Cespe): I) A primeira das teorias que tentam esclarecer a responsabilidade civil do Estado foi a civilista, que, como se depreende da própria denominação, tinha natureza eminentemente privada. Segundo os defensores dessa teoria, tanto no caso de atos de império – assim caracterizados quando o Estado praticava atos próprios de sua soberania – quanto no caso de atos de gestão – aqueles praticados pelo Estado nas mesmas condições de uma empresa particular – a reparação seria devida desde que caracterizada a culpa do servidor encarregado da prática do ato. II) A primeira das teorias publicistas que tentaram caracterizar a responsabilidade do Estado por danos causados a terceiros foi a da culpa administrativa, segundo a qual o particular não precisaria provar que o agente público obrara com culpa, nem mesmo individualizar a causa do evento na pessoa de um agente determinado, sendo suficiente provar que o serviço, por funcionar mal, causara-lhe dano. Em cotejo com a teoria civilista, de conteúdo nitidamente subjetivo, a teoria da culpa administrativa traz em si natureza de responsabilidade objetiva. III) A teoria do risco integral foi abandonada, na prática, por conduzir ao abuso e à iniqüidade social. Por essa fórmula radical, a administração ficaria obrigada a indenizar todo e qualquer dano suportado por terceiros, ainda que resultante de culpa ou dolo da vítima. Por isso, foi brutalmente acoimada, pelas graves conseqüências que haveria de produzir se aplicada na sua inteireza. IV) Em relação a fatos que digam respeito a fenômenos da natureza, o poder público responderá perante o prejudicado não pelo fato em si, mas por não ter executado obras suficientemente adequadas para evitar o dano ou para mitigar seu resultado, principalmente quando o fato for notório e perfeitamente previsível, como acontece na maioria das cidades sujeitas a enchentes e deslizamentos de terra. V) A CF/88 estabelece que as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Aí está a regra-matriz que disciplina, atualmente, a responsabilidade objetiva dos entes mencionados, por danos causados por agentes seus, nessa condição, a terceiros. Respostas: E E C C C Em relação à responsabilidade civil do Estado, assinale a afirmativa errada (Analista / Área de Informática do Banco Central / ESAF / 2001). a) Na teoria da responsabilidade objetiva, a indenização ocorre mesmo se não se comprovar culpa do agente público.

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b) Na teoria do risco administrativo, a culpa exclusiva da vítima afasta a responsabilidade do Estado. c) A responsabilidade objetiva alcança todas as empresas estatais, independente da natureza de sua atividade. d) A teoria da culpa anônima do serviço tem natureza subjetiva. e) O Estado só responderá pelo dano se o agente público tiver agido nesta qualidade. Resposta: C

PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR E SINDICÂNCIA Julgue os próximos itens, referentes ao regime jurídico disciplinar dos servidores públicos federais. 123 Após a abertura de processo administrativo disciplinar, é possível, como medida cautelar, o afastamento, pelo prazo de 60 dias, prorrogável pelo mesmo prazo, do servidor envolvido, sem prejuízo da sua remuneração, para que este não venha a influir na apuração da irregularidade. 124 Na fase do inquérito, a comissão de processo administrativo disciplinar promoverá a tomada de depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis, sendo assegurados ao acusado o contraditório e a ampla defesa. 125 Qualquer pessoa da família de servidor falecido poderá, a qualquer tempo, requerer a revisão de decisão punitiva que tenha a ele sido aplicada, quando houver fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência ou a inadequação da penalidade aplicada. Resposta: 123-C 124-C 125-C Claudius, servidor público federal, foi acusado de ter praticado ato considerado infração administrativa cuja sanção prevista é a demissão do serviço público. Além disso, esse ato é também capitulado como crime, cuja pena é de 6 meses a 2 anos de detenção. A administração pública teve ciência da prática desse ato por meio de denúncia anônima. Imediatamente após essa denúncia, foi aberta sindicância investigativa sigilosa, em 12/4/2004, a qual acabou por demonstrar a materialidade do fato e os indícios de participação de Claudius no evento. Em 4/3/2005, publicou-se a portaria instaurando- se o processo administrativo disciplinar, com prazo de conclusão de 60 dias, prorrogáveis por mais 60 dias, o que acabou acontecendo. Claudius se negou a participar da instrução, sendo nomeado defensor dativo. Somente em 30/7/2007, foi publicada a portaria de demissão de Claudius, fundada nas provas produzidas no processo administrativo disciplinar. Paralelamente, Claudius respondeu a ação penal, tendo sido condenado à pena de reclusão de 6 meses, que foi substituída por uma pena restritiva de direito. Com referência a essa situação hipotética e ao regime disciplinar dos servidores públicos, julgue os itens subseqüentes. (Oficial de Inteligência/Abin/Cespe/2008) 111 A denúncia anônima, na espécie, poderia justificar a instauração da sindicância investigativa sigilosa, com vistas a identificar a sua procedência, mas não poderia, por si só, justificar a imediata abertura de processo administrativo disciplinar, dado o princípio constitucional que veda o anonimato. 112 Sendo Claudius condenado à pena de detenção de 6 meses, o prazo prescricional na esfera administrativa será contado considerando-se a pena in concreto, de forma que a pretensão punitiva administrativa do Estado estava prescrita na data da publicação da citada portaria. 113 A sindicância investigativa é uma fase necessária do processo administrativo disciplinar. 114 Na hipótese em apreço, o prazo prescricional voltou a correr por inteiro depois de 140 dias a contar de 4/3/2005. 115 No âmbito do processo administrativo disciplinar, o interrogatório do acusado ocorre antes da inquirição das testemunhas, e depois da sua citação.

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116 Para o STF, viola o direito constitucional à ampla defesa e ao contraditório a nomeação de defensor dativo no processo administrativo disciplinar que não seja advogado ou formado no curso superior em Ciências Jurídicas (Direito). 117 Eventual tentativa para anular judicialmente o ato administrativo de demissão de Claudius restará limitada aos aspectos meramente formais do processo, não podendo o juiz invadir o mérito da decisão demissionária, mesmo se entender que o caso concreto poderia justificar apenas a penalidade de suspensão e não, a de demissão. Respostas: 111-C 112-C 113-E 114-C 115-E 116-E 117-E Ao meio de apuração e punição de faltas graves dos servidores públicos e demais pessoas sujeitas ao regime funcional de determinados estabelecimentos da Administração, chamamos: (Câmara Municipal de Goiânia / Assessor Técnico Legislativo / Universidade Salgado de Oliveira / 2006): a) Processo Condenatório Disciplinar b) Inquérito Administrativo Policial c) Inquérito Policial Militar d) Processo Administrativo Disciplinar e) Inquérito Disciplinar Resposta: D

AGENTES PÚBLICOS

Quanto aos atos administrativos e aos servidores públicos, cada um dos itens subseqüentes apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. 70 Dalton exerceu, por dois anos, o cargo comissionado de assessor especial de ministro de Estado. Nessa situação embora não tenha feito concurso público, durante o citado período Dalton atuou na condição de agente público. Resposta: Correta. A respeito dos agentes públicos, assinale a opção correta (OAB-GO/Cespe/2007): a) Os particulares em colaboração com o poder público são considerados servidores públicos. b) Considere que um cidadão ocupe cargo efetivo de professor em determinado município e tenha sido aprovado em concurso público de técnico judiciário, cargo acessível aos que detenham nível médio de escolaridade, em qualquer área do conhecimento. Nessa situação, os dois cargos referidos são acumuláveis. c) A demissão de servidor público tem natureza punitiva, enquanto a exoneração não tem esse caráter. d) Ao servidor público que tomou posse após a Emenda Constitucional n.º 41/2003 serão exigidos para aposentadoria por invalidez os seguintes requisitos: 10 anos de tempo de serviço público, 5 anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, idade mínima de 60 anos para os homens e 55 para as mulheres e tempo de contribuição de 35 anos para o homem e de 30 anos para as mulheres. Resposta: C De acordo com a classificação dos agentes públicos em razão das suas atribuições e responsabilidades, os servidores públicos são considerados agentes (Polícia Civil do Distrito Federal / Agente Penitenciário/UFRJ/ 2005): a) honoríficos; b) políticos; c) credenciados; d) administrativos;

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e) delegados. Resposta: D No que diz respeito aos agentes públicos, considere as seguintes situações: (TRT17R/ Anal Jud/Área Adm e Jud/FCC/ 2004) I – o particular que recebe a incumbência para prestar serviço público, executando essa atividade em nome próprio, por sua conta e risco. II – a prestação do serviço público de fornecimento de energia elétrica prestado por empresa particular, mediante concessão. III – a transferência da execução de um determinado serviço público a um permissionário, sempre mediante prévia licitação. Nesses casos, essas pessoas são denominadas agentes

a) honoríficos, por receberem uma determinada atribuição mediante designação. b) Delegados, na condição de colaboradores com a Administração. c) Políticos, haja vista que exercem atribuições específicas do Poder Público. d) Credenciados, por receberem essas atribuições mediante contrato de adesão. e) Administrativos, por executarem serviços públicos próprios do Estado.

Resposta: B

ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS 109 Considere a seguinte situação hipotética (Agente de Inteligência/Abin/Cespe/2008) Antônio é professor em uma universidade federal e em uma universidade estadual, localizadas no mesmo município. Em cada uma delas, cumpre uma carga horária de 20 horas. Recentemente, Antônio foi contratado para trabalhar como consultor, sob o regime da CLT, em uma sociedade controlada indiretamente pela PETROBRAS, com carga horária também de 20 horas. Na hipótese apresentada, há acumulação vedada de cargos remunerados. Resposta: Correta

BENS PÚBLICOS

QUESTÃO 79 - Considerando que a União seja proprietária de um prédio no qual esteja instalada a PRF, assinale a opção correta a respeito desse bem, conforme o Código Civil (PRF/Policial Rodoviário Federal/Cespe/2008). A) Trata-se de um bem público de uso comum, haja vista que é acessível aos que necessitarem dos serviços lá prestados. B) Trata-se de bem particular, tendo em vista que é utilizado pela PRF. C) Consiste em bem de uso especial, e sua alienação será vedada enquanto ele conservar tal qualidade. D) Por ser bem dominical, é possível a sua alienação por notório interesse público. E) Por se encontrar sob a utilização da PRF, o bem não pode ser considerado de uso especial, dominical ou de uso comum do povo, enquadrando-se em categoria diversa daquelas previstas no Código Civil. Resposta: C O Estado, como nação politicamente organizada, exerce poderes de soberania sobre todas as coisas que se encontram em seu território. Alguns bens pertencem ao próprio Estado; outros, embora pertencentes a particulares, ficam sujeitos às limitações administrativas impostas pelo Estado; outros, finalmente, não pertencem a ninguém, por inapropriáveis, mas sua utilização

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subordina-se às normas estabelecidas pelo Estado. Hely Lopes Meirelles. Direito administrativo brasileiro. 29.ª ed. São Paulo: Malheiros, 2003 .Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens subseqüentes a respeito dos bens públicos (ANS/Analista/Cespe/2005): 81 O domínio público, como direito de propriedade, é formado pelo conjunto de bens públicos, que tanto podem ser móveis como imóveis. 82 O domínio público, como expressão de poder de soberania interna, alcança bens particulares de interesse coletivo. 83 Museus e teatros públicos são exemplos de bens de uso comum do povo. 84 As terras devolutas são bens públicos dominicais. Resposta: 81-C 82-C 83-E 84-C Comentários do professor: Conforme leciona Cretella Júnior em seu dicionário, podemos conceituar “domínio público” como o “conjunto de bens móveis e imóveis destinados ao uso direto do Poder Público ou à utilização direta ou indireta da coletividade, regulamentados pela Administração e submetidos a regime de direito público”. Julgue os itens subseqüentes, relativos ao domínio público (SERPRO/Analista/Cespe/2005). 70 Os bens imóveis de empresa pública prestadora de serviço público, afetados ao uso especial, são impenhoráveis. 71 Os bens dominiais, ao contrário dos bens de uso especial e de uso comum, podem ser adquiridos por usucapião. Resposta: 70-C 71-F Acerca das pessoas e dos bens, julgue os itens a seguir (TCE-AC/Analista de Controle Externo/Cespe/ 2006): I- Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são afetados e sua destinação está determinada em lei, não se sujeitando, portanto, a eventual modificação de sua natureza jurídica. Essa afetação tem caráter definitivo, ou seja, os referidos bens não podem ser desafetados, são inalienáveis e vinculados à finalidade determinada. Resposta: E O Edifício Sede do Governo do Estado do Mato Grosso do Sul integra a categoria dos bens (TRT 24R/Anal Jud/Área Adm/FCC/2006): a) de uso comum do povo, já que destinado legalmente à fruição exclusiva por parte da Administração Pública. b) dominicais, que podem ser desafetados para integrar o patrimônio disponível da Administração Pública. c) de uso especial, uma vez que se destina ao uso da Administração para consecução de seus objetivos. d) dominicais, posto que destinado, por sua natureza, ao uso coletivo ou exclusivo por parte do Poder Público. e) de domínio nacional, pois encontra-se afetado à dominialidade da pessoa jurídica de direito público interno. Resposta: C Não constitui bem da União (TRT 24R/Anal Jud/Área Adm/FCC/2006): a) os recursos minerais; b) os potenciais de energia hidráulica; c) os rios que banham apenas um estado federado; d) as cavidades naturais subterrâneas;

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e) os sítios arqueológicos. Resposta: C A perda da propriedade de um bem público, por usucapião, (Tribunal de Contas do Estado da Paraíba / Cargo de Auditor de Contas Públicas / Qualquer nível superior / FCC / novembro de 2006): a) pode ocorrer quanto aos bens apreendidos como produtos de crime. b) pode ocorrer quanto às terras devolutas. c) pode ocorrer quanto aos bens dominicais. d) pode ocorrer quanto aos bens adquiridos em processo judicial. e) não é admitida no Direito brasileiro. Resposta: E

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO QUESTÃO 5 De acordo com a CF, nas ações populares (OAB-SP/Cespe/2008): A em nenhuma hipótese, será devido o pagamento de custas. B somente será devido o pagamento de custas se houver comprovada má-fé do autor da ação. C nunca haverá condenação em honorários de sucumbência. D somente será devido o pagamento de custas se houver comprovada má-fé da parte ré. Resposta: B Acerca do direito administrativo, julgue os itens a seguir (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome/Técnico de Nível Superior/Cespe/2008). 26 Caso a administração pública tenha tomado uma providência desarrazoada, a correção judicial embasada na violação do princípio da razoabilidade invadirá o mérito do ato administrativo, isto é, o campo de liberdade conferido pela lei à administração para decidir-se segundo uma estimativa da situação e critérios de conveniência e oportunidade. Resposta: Errada. Com base no direito administrativo e na legislação aplicável, julgue os itens seguintes (Ministério do Meio Ambiente/Analista Ambiental/Cespe/2008). 84 Ato lesivo ao meio ambiente pode ser objeto de ação popular, cuja característica básica consiste no fato de que a sua titularidade cabe a qualquer cidadão, que age na defesa do interesse público e não, na defesa do interesse individual. Sendo assim, seu autor, salvo comprovada má-fé, fica isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. Comentários do professor: interessante observar que o particular, ao ingressar com a Ação Popular, agem na defesa do interesse público e não do interesse particular. Resposta: Correta Com relação ao controle da administração pública, julgue os itens subseqüentes. 97 O condenado à perda de direitos políticos por improbidade administrativa não pode, enquanto perdurarem os efeitos da decisão judicial, propor ação popular. 98 Não há decadência para a impetração de mandado de segurança contra ato omissivo do administrador público. 99 O mandado de injunção não é instrumento adequado para a determinação de edição de portaria por órgão da administração direta.

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100 O Poder Judiciário pode revogar ato administrativo por ele editado, desde que o considere inconveniente e inoportuno ao serviço. Comentários do professor: O Cespe divulgou como gabarito preliminar da questão 97:“verdadeira”. Entendo que a questão está errada, pois a condenação será de “suspensão” dos direitos políticos (e não de “perda”). Resposta: 97-C 98-E 99-E 100-C Em relação ao Tribunal de Contas da União (TCU), julgue os itens seguintes, de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) (Ministério dos Esportes/Administrador/ Cespe/Nov. 2008): 86 Os julgamentos do TCU têm natureza de ato administrativo e, portanto, estão sujeitos ao controle judicial. 87 O TCU pode manter anônima, sob sigilo, a autoria de denúncia de ilícito administrativo. 88 O TCU pode determinar a quebra de sigilo bancário de agente público que tenha participado de licitação para construção de obra pública julgada superfaturada pela Corte de Contas. 89 A transferência de recursos da União, mediante convênio, para execução da totalidade de obra pública pelo estado do Paraná implica a realização do controle pelo TCU. 90 O TCU pode reexaminar sentença transitada em julgado concessiva de vantagem funcional para excluí-la em razão de manifesta ilegalidade. 91 O auditor do TCU, quando do exercício das atribuições ordinárias da judicatura, tem as mesmas garantias de juiz de tribunal regional federal. Respostas: 86-C 87-E 88-E 89-C 90-E 91-C O art. 37 da CF afirma que a administração pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Para que a administração pública atinja seus objetivos institucionais e mantenha-se dentro dos limites impostos pelos princípios constitucionais citados, é preciso que o sistema de controle público se faça sempre presente. A respeito desse assunto, julgue os itens a seguir. (Ministério dos Esportes/Administrador/ Cespe/Nov. 2008): 101 O controle é uma função administrativa em que os papéis de cada nível institucional precisam estar muito bem definidos. Assim, é possível dizer que o controle se exerce integralmente no nível estratégico, tendo como alvo a avaliação e a mensuração do nível operacional. 102 A CF definiu uma série de atribuições para os órgãos de controle externo e interno, mas deixou à legislação infraconstitucional a definição das formas e mecanismos de controle direto pela sociedade. 103 No Brasil, as funções de administração financeira e controle da gestão já estiveram submetidas a um mesmo órgão do Poder Executivo. Hoje, porém, essas funções se encontram claramente separadas na estrutura administrativa. 104 Do ponto de vista do controle judiciário, o ato administrativo é chamado de vinculado quando está restrito às condições e aos requisitos da lei, enquanto o ato denominado discricionário não está vinculado à lei. 105 Caso houvesse uma denúncia de que o Banco Central do Brasil teria comprado títulos emitidos pela União, em desacordo com as normas estabelecidas pela Lei Complementar n.º 101/ 2000 — Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) —, o TCU teria competência formal para examinar tal denúncia. Resposta: 101-E 102-E 103-C 104-E 105-C Julgue os itens a seguir, que tratam das competências do STF e do STJ (STJ/Técnico Judiciário/Área Administrativa/Cespe/2008):

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65 - Uma vez editada uma súmula vinculante, figura criada pela Emenda Constitucional n.º 45, todas as decisões judiciais e administrativas devem seguir o entendimento do STF. Quanto ao STJ, embora seja ele o uniformizador da interpretação da lei federal, não está autorizado a expedir essa espécie de súmula. Resposta: Correta. Acerca da defesa do Estado e das instituições democráticas, julgue os itens seguintes. 108 Uma vez decretado o estado de sítio ou de defesa, alguns direitos fundamentais podem ser restringidos e ficar excluídos do controle judicial, como, por exemplo, o direito de locomoção, o sigilo de comunicação telegráfica e telefônica e o direito de reunião. Resposta: 108-Errada Comentários do Professor: pelo princípio da inafastabilidade do Poder Judiciário, não se pode afastar a possibilidade de se socorrer dele em se tratando de lesões a direito. A respeito do controle externo e interno da administração pública, julgue os itens subseqüentes (Oficial de Inteligência/ABIN/Cespe/2008). 105 Devido a sua natureza singular, a ABIN não se submete ao controle externo por parte do Tribunal de Contas da União, mas apenas ao controle interno da própria Presidência da República. 106 A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos da União realizada pelo sistema de controle externo ou interno pode questionar aspectos que envolvam a própria discricionariedade do administrador. Resposta: 105 – E 106 - C O controle administrativo da Administração Pública é (TRF5R/Anal Jud/Área Adm/FCC/2008): a) exercido pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas. b) o poder de fiscalização e correção que a Administração Pública exerce sobre sua própria atuação. c) exercido pelo Ministério Público por meio da ação civil pública. d) exercido pelo Poder Judiciário por meio de ações judiciais. e) uma forma de controle externo. Resposta: B Tendo em vista a fiscalização contábil, financeira e orçamentária, observa-se que NÃO é exigida, dentre outros casos, a prestação de contas ao órgão público competente, por parte de pessoa (Tribunal de Justiça – Pernambuco/Analista Judiciário/FCC/2007): (A) física pública que gerencie bens e valores pelos quais a União responda. (B) jurídica privada que administre dinheiro, bens e valores públicos. (C) jurídica pública que gerencie bens e valores pelos quais a União responda. (D) física privada que utilize, arrecade, guarde bens e valores públicos. (E) física ou jurídica em suas operações civis ou comerciais. Resposta: E No que se refere ao princípio da inafastabilidade da jurisdição é certo que (TJ-Pernambuco/Oficial de Justiça/FCC/2007): (A) a via administrativa funciona sempre com caráter obrigatório, motivo pelo qual a pessoa deve esgotar os meios extrajudiciais para, em seguida, ter acesso ao Judiciário. (B) não cabe, de regra, qualquer exigência de prévio pedido administrativo ou de esgotamento da via administrativa para a defesa de interesses individuais, coletivos ou difusos. (C) as decisões administrativas definitivas, tornadas irrecorríveis nessa esfera, não podem mais ser objeto de reexame pelo Poder Judiciário, em razão da economia processual.

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(D) não implica na vedação da cobrança de taxas e emolumentos judiciais em valores exagerados ou não razoáveis, ainda que pudessem acarretar significativa restrição do acesso ao Judiciário. (E) o legislador ordinário poderá, desde que presente o interesse público, restringir o acesso da pessoa física ou jurídica ao Judiciário, desde que por meios administrativos. Resposta: B Tendo em vista o controle da Administração, considere as afirmações abaixo (Tribunal Regional Federal da 1ª Região / Analista Judiciário / Área Judiciária / Fundação Carlos Chagas / dezembro-06). I. Os atos interna corporis que exorbitarem em seu conteúdo, ferindo direitos individuais e coletivos poderão ser apreciados pelo Poder Judiciário. II. O controle judiciário prévio dos atos obrigacionais expedidos pela Administração Pública limita-se aos aspectos da legalidade e mérito. III. Por meio do poder de autotutela, a União exerce o controle interno sobre as entidades da Administração Indireta que instituiu. IV. O Senado Federal exerce controle prévio, dentre outras hipóteses, quando aprova, por voto secreto, após argüição pública, a escolha dos Ministros do Supremo Tribunal de Justiça. É correto o que se afirma somente em a)I e IV b)II e III c)II e IV d)I, II e III e)I, III e IV Resposta: A Em decorrência do controle da administração, conceder-se-á mandado de injunção (TRT17R/Analista Judiciário/Oficial de Justiça Avaliador/FCC/2004): a) quando a falta de norma regulamentadora tornar inviável o exercício de direitos. b) também para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. c) quando alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade. d) para a invalidação de atos praticados pelo Poder Público, lesivos ao patrimônio público ou à moralidade administrativa. e) visando a proteção de direito líquido e certo, não amparado por hábeas corpus ou hábeas data. Resposta: A Julgue os itens a seguir, relativos aos poderes e aos princípios regentes da Administração Pública (Assistente Jurídico/Secretaria de Gestão Administrativa do DF/Cespe/2001) 4. No Direito brasileiro, de acordo com o que ocorre em determinados países europeus, os atos administrativos não podem ser controlados pelo Poder Judiciário,e sim por tribunais administrativos como os tribunais de contas; assim, vige o princípio da dualidade da jurisdição. Comentários do professor: Nossa jurisdição é dita “una”. Cabe ao Poder Judiciário atuar, com definitividade das decisões, nos litígios que envolvam a Administração Pública (controle externo do Judiciário), não existindo, portanto, no Brasil, “dualidade de jurisdição”.

LICITAÇÕES E CONTRATOS

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Se durante sua execução um contrato administrativo tornar-se prejudicial ao interesse público (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás/ Analista de Sistemas/ Quadrix/04-05-2008): a) somente poderá ser rescindido por consenso entra a Administração Pública e o particular. b) somente poderá ser rescindido pela Administração Pública por meio do Poder Judiciário. c) poderá ser rescindido de maneira unilateral pela Administração Pública com o pagamento de justa indenização ao particular. d) o contrato não poderá ser rescindido em virtude do principio da obrigatoriedade das convenções. e) poderá ser rescindido de maneira unilateral pela Administração Pública, sem qualquer indenização ao particular em virtude do interesse público. Resposta: C Comentários do Professor: dentre as cláusulas exorbitantes da Administração, está a de poder, unilateralmente, sem necessidade de consenso entre ela e o particular, rescindir o contrato, desde que haja real interesse público para tanto. Ela, a Administração, está utilizando o princípio da Supremacia do interesse público sobre o interesse privado e deverá indenizar o particular pelos prejuízos sofridos. Assinale a alternativa incorreta (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás/ Analista de Sistemas/ Quadrix/04-05-2008):

a) Anula-se a licitação pela ilegalidade conhecida no procedimento, operando efeito ex tunc e não gerando direito à indenização. b) A revogação da licitação pode ensejar o direito à indenização ao licitante vencedor e que teve para si o objeto adjudicado. c) No caso de desfazimento do processo licitatório por anulação ou revogação, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa. d) Mesmo que o ato de revogação da licitação não contiver suficiente demonstração de interesse público, não pode o licitante vencedor buscar o restabelecimento do procedimento licitatório. e) A administração está obrigada a anular a licitação por ilegalidade, podendo agir de oficio ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado. Resposta: D Comentários do professor: é estranha a opção “a”, uma vez que se for a Administração quem der causa à anulação do procedimento, ela deverá se responsabilizar por eventuais prejuízos causados ao administrado. De qualquer forma, a resposta da letra “d” está incorreta, uma vez que a Administração deve sempre buscar as revogações de atos discricionários tendo como base o atendimento do interesse público. Cabe à autoridade administrativa anular licitação que entenda padecer de ilegalidade insanável. Em face dessa competência os licitantes, sendo informados oficialmente dessa intenção, podem manifestar-se ou agir (Conselho Regional de Medicina Veterinária de Goiás/ Analista de Sistemas/ Quadrix/04-05-2008): a) antes da anulação, perante a Administração e, depois, perante o Judiciário. b) só depois da anulação, perante a Administração. c) antes e depois da anulação, perante a Administração e/ou o Judiciário. d) só depois da anulação, perante o Judiciário. e) só antes da anulação, perante a Administração. Resposta: C Comentários do professor: a manifestação do particular poderá dar-se antes da anulação, no sentido de evitá-la e posteriormente a ela, como fase recursal ou de pedido de reconsideração. Com relação ao Poder Judiciário, o particular poderá provocá-lo sempre que entender ter havido qualquer ilegalidade na prática do ato.

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A respeito dos contratos administrativos, assinale a opção correta (OAB-GO/Cespe/2007): a) Os contratos administrativos diferenciam-se dos demais contratos privados no que se refere às chamadas cláusulas exorbitantes, como a cláusula que autoriza à administração impor penalidades administrativas. b) Como os contratos administrativos também se submetem ao princípio da formalidade, eles devem ser obrigatoriamente escritos. c) A administração pode alterar, de forma unilateral, os contratos que celebrar. No entanto, no que se refere à alteração quantitativa, a lei estabelece, como limite para os acréscimos d) supressões nas obras, serviços ou compras, o percentual de 50% em relação ao valor original do contrato. e) A administração pode rescindir o contrato, de forma unilateral, na ocorrência de caso fortuito ou força maior, não ficando obrigada ao pagamento de qualquer indenização. Resposta: A Julgue os itens a seguir, acerca das licitações (Banco da Amazônia/Direito/Cespe/junho de 2007): 60 Não cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou por empresa pública. 61 A Lei n.º 8.666/1993 exige, para a demonstração da habilitação jurídica de sociedade empresária, a apresentação do ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, devidamente registrado. Resposta: 60-F 61-V Determinado município deu início a procedimento licitatório. No edital, se exigia a apresentação de certidão negativa de concordata ou falência das empresas concorrentes. A empresa Beta, habilitante, atravessava concordata e recorreu ao Poder Judiciário para não apresentar a certidão, alegando violação ao princípio da legalidade. Considerando essa situação hipotética, julgue o item abaixo, segundo a Lei n.º 8.666/1993 (Banco da Amazônia/Direito/Cespe/junho de 2007): 62 Não pode o poder público, para qualquer habilitação em licitação, exigir documentação sobre a qualificação econômico-financeira de empresa habilitante, com o objetivo de buscar melhor esclarecimento sobre a capacidade financeira dessa empresa de honrar os compromissos que poderão advir da habilitação. Considerando que a ANVISA é uma autarquia federal, julgue os itens a seguir (ANVISA/Téc.Adm/Cespe/2007). 64 Um concurso público de provas e títulos para o provimento de cargos técnicos efetivos na ANVISA é uma modalidade de licitação que adota o tipo melhor técnica. 69 O convite e o pregão são modalidades licitatórias que podem ser utilizadas pela ANVISA tanto com relação à aquisição de bens quanto à contratação de serviços. Resposta: 64-F 69-V Com o propósito de definir as causas de um deslizamento de vultosa quantidade de terra sobre várias casas, a Administração Pública pretende contratar uma empresa de engenharia para a realização de perícia e apresentação de laudo técnico. Nesse caso, a Administração Pública (TRE-Paraíba/Analista/Esp.Direito/FCC/Abril de 2007): (A) deverá sempre contratar por meio de processo licitatório, ficando o agente público competente incumbido de escolher a modalidade.

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(B) poderá contratar, sem licitação, desde que se trate de um trabalho singular e a empresa a ser contratada tenha notória especialização. (C) poderá escolher a empresa de engenharia por meio de convite, por ser a modalidade de licitação mais célere. (D) deverá dispensar a licitação, porquanto trata-se de hipótese de emergência. (E) poderá escolher a empresa de engenharia por meio de tomada de preços. Resposta: B No que tange à licitação, observe as seguintes afirmações (TJ-Pernanbuco/Analista/FCC/Maio de 2007): I. Ao declarar a licitação dispensável, o órgão responsável deverá demonstrar a inviabilidade de competição ante a existência de um único objeto ou pessoa que atenda às necessidades da Administração. II. Verifica-se a licitação deserta quando não acudirem interessados na licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas. III. Dentre os tipos de licitação, o convite destina-se a escolha de trabalho técnico, artístico ou científico, mediante a instituição de um prêmio. IV. A concorrência é obrigatória, dentre outras hipóteses, para as concessões de direito real de uso. É correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I e III. (C) I, III e IV. (D) II, III e IV. (E) II e IV. Resposta: E Com relação aos contratos administrativos, é correto afirmar que (TJ-Pernambuco/Oficial de Justiça/FCC/maio de 2007): (A) todas as cláusulas dos contratos administrativos são fixadas mediante prévio acordo entre a Administração Pública contratante e o contratado. (B) quando conveniente a substituição da garantia da execução, os contratos administrativos poderão ser alterados unilateralmente pelo contratado, sem necessidade de justificação prévia. (C) o contratante é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. (D) a declaração de nulidade do contrato administrativo opera retroativamente impedindo os efeitos jurídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos. (E) o fato do príncipe compreende qualquer conduta da Administração que, como parte contratual, torne impossível a execução do ajuste ou provoque seu desequilíbrio econômico. Resposta: D

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA LEI 8.429/92

(Lei de Improbidade Administrativa) QUESTÃO 14 - Assinale a opção correta no que se refere à lei que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato,

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cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional (OAB-SP-135º concurso/Cespe/2008). A Os atos de improbidade administrativa somente serão punidos quando praticados por agentes públicos que sejam também servidores públicos. B São três as espécies genéricas de improbidade administrativa: os atos de improbidade administrativa que importam enriquecimento ilícito, os que causam lesão ao erário e os que atentam contra os princípios da administração pública. C Reputam-se como agentes públicos para fins de sanção decorrente da prática de improbidade administrativa apenas os que exercem mandato, cargo, emprego ou função administrativa permanente e mediante remuneração. D Caso o ato de improbidade configure também sanção penal ou disciplinar, não serão impostas ao ímprobo as sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa, para que não ocorra bis in idem, ou seja, dupla punição pelo mesmo fato. Comentários do professor: Chamo a atenção do concursando para a interessante a afirmação do Cespe, quando diz que as três espécies de improbidade administrativa são genéricas. Resposta: B Acerca do direito administrativo, julgue os itens a seguir (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome/Técnico de Nível Superior/Cespe/2008). 34 Na hipótese de o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá à autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para que este proponha a indisponibilidade dos bens do indiciado. 35 O servidor público que retardar, indevidamente, ato de ofício praticará ato de improbidade administrativa. Resposta: 34-C 35-C Com relação aos princípios básicos da administração pública, julgue os seguintes itens (Agente de Inteligência/Abin/Cespe/2008). 112 As sanções aplicáveis aos atos de improbidade têm natureza civil e, não, penal. Resposta: 112-Correta Durante abordagem a um carro, um PRF, ao revistar o portamalas do automóvel, verificou que mercadorias de comercialização proibida no território nacional haviam sido importadas pelo condutor e estavam sendo transportadas. O condutor informou que era desempregado e fizera viagem a país vizinho porque pretendia vender as mercadorias no DF e, ato contínuo, ofereceu ao PRF R$ 1.000,00 para que este possibilitasse a continuidade da viagem, livre de qualquer repressão. (DPRF/Policial Rodoviário Federal/Cespe/2008) Diante dessa situação hipotética e levando em consideração os ditames da Lei de Improbidade Administrativa, assinale a opção correta. A) Caso o PRF aceitasse a oferta do condutor, estaria configurada a prática de improbidade administrativa na modalidade dos atos que importam enriquecimento ilícito. B) Caso o PRF aceitasse a vantagem econômica oferecida, o condutor poderia responder criminalmente, mas não responderia por improbidade administrativa, já que é particular, ou seja, não ocupa função pública. C) Caso o PRF aceitasse a vantagem econômica oferecida, estaria sujeito às cominações previstas na lei em questão, as quais impedem, para evitar a dupla penalização, a aplicação de outras sanções civis e administrativas. D) Caso o PRF aceitasse a propina oferecida, qualquer pessoa que viesse a ter ciência do fato poderia representar à autoridade administrativa competente para a instauração de investigação destinada a

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apurar a prática do ato de improbidade. Caso a representação atendesse aos requisitos legais, a apuração dos fatos seria processada na forma do procedimento previsto no CPC. E) No caso de o PRF praticar o ato ímprobo, qualquer ação destinada a aplicar sanções previstas na lei em apreço poderia ser proposta até cinco anos após o término do exercício do mandato do PRF. Resposta: A QUESTÃO 72

Quanto às normas constitucionais sobre a administração pública e seus servidores, julgue os itens a seguir. II A prática de atos de improbidade administrativa implica a perda dos direitos políticos, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário. Resposta: Verdadeira Quanto à improbidade administrativa, assinale a opção correta. (TRT1R/Analista Judiciário/Área Judiciária/Cespe/2008) a) A Ação de improbidade proposta contra ministro do STF será processada e julgada nesse tribunal. b)Se o responsável pelas licitações de um tribunal tiver sido exonerado do cargo em 22/1/2004 por improbidade administrativa, nessa situação, se a ação de improbidade tiver sido proposta em 30/12/2004 pelo Ministério Público contra atos lesivos ao patrimônio público estará prescrita. c) A rejeição de representação de improbidade por autoridade administrativa impede o particular de requerê-la ao Ministério Público. d) Mediante concessões recíprocas em que haja recomposição do dano, será lícita a transação das partes na ação de improbidade administrativa. e) Na ação de improbidade administrativa, o réu poderá apelar da decisão que receber a petição inicial. Resposta: A Comentários do professor: O Cespe aceita o foro privilegiado dos Ministros do STF quanto a atos de improbidade administrativa praticados por seus ministros, conforme se verifica no julgado abaixo: “O Tribunal, por maioria, resolvendo questão de ordem suscitada em petição, firmou sua competência para julgar ação por ato de improbidade administrativa ajuizada contra atual Ministro do STF, à época Advogado-Geral da União, e outros, na qual se lhe imputam a suposta prática dos crimes previstos nos artigos 11, I e II, e 12, III, da Lei 8.429/92. Reportando-se à orientação fixada pela Corte na Rcl 2138/DF (pendente de publicação), entendeu-se que distribuir competência para juiz de 1º grau para julgamento de ministro da Corte quebraria o sistema judiciário como um todo. Os Ministros Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello fizeram ressalvas. Vencido, no ponto, o Min. Marco Aurélio, relator, que, na linha de seu voto na citada reclamação, e salientando estar definida a competência do Supremo de forma exaustiva na Constituição (art. 102), considerava ser do juízo da 9ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal a competência para o processamento e julgamento da ação. Em seguida, o Tribunal, por maioria, determinou o arquivamento da petição, em relação ao referido Ministro desta Corte, haja vista o fato de ele não mais ocupar o cargo de Advogado-Geral da União, e a descida dos autos ao mencionado juízo de 1ª instância, relativamente aos demais acusados. Vencido, também nessa parte, o Min. Marco Aurélio que, asseverando tratar-se de ação de natureza cível, tendo em conta a ressalva contida no art. 37, § 4º, da CF, e reconhecendo a independência das esferas cível, penal e administrativa, não extinguia o feito quanto ao MinistrodoSTF. Pet 3211 QO/DF, rel. Min. Marco Aurélio, 13.3.2008. (Pet-3211). Em relação à improbidade administrativa, assinale a opção correta. (TRT1R/Técnico Judiciário/Cespe/2008) a) Uma vez proposta ação de improbidade administrativa, o juiz, verificada a observância dos requisitos da petição inicial, determinará como primeiro ato judicial a citação dos réus, para o fim de interromper a prescrição. b) Empresa que agir em conluio com agente público na prática de ato ímprobo poderá responder pelas condutas descritas na Lei n.º 8.429/1992, e o prazo prescricional terá início após o término do contrato administrativo firmado.

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c) A aprovação das contas do agente público pelo TCU afasta a aplicação de penalidade por improbidade. d) A fluência do prazo prescricional de cinco anos para condenação por ato de improbidade administrativa praticado por governador de estado somente é iniciada após o término do exercício do mandato. e) A aplicação das penalidades por ato de improbidade depende da demonstração de dano financeiro ao patrimônio público. Resposta: D Segundo a Lei 8.429/92, permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário. Nesse caso, independente das sanções penais, civis e administrativas, previstas na legislação específica, o responsável por esse ato de improbidade está sujeito ao pagamento de multa civil (TRF5R/Anal Jud/Área Jud/Exec Mandados/FCC/2008): a) de até três vezes o valor do dano. b) de no máximo 250 salários mínimos. c) de até cinco vezes o valor do dano. d) cujo valor não poderá ultrapassar o valor do dano. e) de até duas vezes o valor do dano. Comentários do professor: diz a lei 8.429/92 que o ato que importe prejuízo ao erário estará sujeito ao pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano. Cuidado! Se a lei utiliza o vocábulo “até”, isto significa que a penalidade poderá ser menor do que duas vezes o valor do dano, mas não maior que o dobro. Resposta: E Segundo a Lei 8429, de 1992, constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições (TRT12R/Anal Jud/Área Adm/Cetro/2008): (A) receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público. (B) receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem. (C) revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo. (D) celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objetivo a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada, sem observar as formalidades previstas na lei. (E) permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado. Resposta: C Relativamente ao direito administrativo, julgue os itens a seguir. (TST/Analista Judiciário/Área Administrativa/Cespe/2008) Considere que um servidor do TST tenha sido condenado pela prática de ato de improbidade administrativa, mediante processo em que tenha ficado demonstrado que ele causou prejuízo ao erário,

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apesar de não restar provado qualquer tipo de enriquecimento ilícito. Nessa situação, a inexistência de comprovação de enriquecimento ilícito torna inválida a condenação do servidor. Resposta: Errada Nos termos da Lei no 8.429/92, o agente público que pratica ato de improbidade administrativa que cause prejuízo ao erário, está sujeito, dentre outras sanções, à suspensão dos direitos políticos de (Tribunal de Justiça-Pernambuco/Técnico Judiciário/FCC/2007): (A) quatro a sete anos e indisponibilidade dos bens por dois anos. (B) três a seis anos e multa civil de até 100 vezes o valor da remuneração pelo agente público improbo. (C) dois a cinco anos e proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de três anos. (D) cinco a oito anos e perda da função pública. (E) seis a dez anos e integral ressarcimento do dano patrimonial efetivo, acrescido da multa de vinte por cento sobre o prejuízo. Resposta: D Acerca da improbidade administrativa, assinale a opção correta (OAB-GO/Cespe/2007). A O Ministério Público deve provar, logo na inicial, o ato qualificado como de improbidade administrativa, não bastando que se afirme que o fará ao longo da instrução processual. B Prevalece o entendimento de que a ação judicial cabível para apurar e punir os atos de improbidade de natureza civil deve ser titularizada, com exclusividade, pelo Ministério Público. C A competência judicial para apurar ato de improbidade de governador de estado é do STJ. D Considere que um ex-servidor público tenha praticado ato de improbidade administrativa, mas somente três anos depois desse ato tenha sido afastado do exclusivo cargo em comissão que ocupava. Nessa situação, o prazo prescricional de 5 anos para que seja proposta a pertinente ação de improbidade tem início com o término do exercício do referido cargo e não, da prática do ato. Resposta: D Julgue os itens subseqüentes acerca da licitação, dos servidores públicos e da improbidade. (TRT9R/Técnico Judiciário/Área Administrativa/Cespe/2007) I - As penalidades previstas na lei de improbidade (Lei n.º8.429/1992) se aplicam, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma, direta ou indiretamente. Resposta: Correta. Acerca dos princípios constitucionais que informam o direito administrativo, julgue os próximos itens ( TCU/Analista de Controle Externo/Qualquer área/Cespe/2007) I - A probidade administrativa é um aspecto da moralidade administrativa que recebeu da Constituição Federal brasileira um tratamento próprio. Resposta: Verdadeira Ao julgar um processo de tomada de contas, o TCU condenou um administrador público solidariamente com uma empresa particular à restituição de determinada quantia aos cofres públicos. O administrador era ocupante de cargo efetivo e integrante dos quadros de um órgão do Poder Executivo federal. No processo, ficou comprovado o conluio do administrador e dos representantes da empresa para fraudar a licitação e desviar dinheiro público. No decorrer do processo, o administrador foi citado e notificado por meio de edital, uma vez que não tinha domicílio certo. Havia, outrossim, nos autos, informação de que o administrador havia tentado

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alienar os bens que possuía. Ante a situação hipotética acima descrita, julgue os itens seguintes. (TCU/Auditor/Cespe/2007) I - A conduta do administrador público no sentido de fraudar a licitação e desviar dinheiro público constitui ato de improbidade administrativa, fazendo que, independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, ele fique sujeito, entre outras, às seguintes cominações: ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa. Resposta: Correta Quanto à improbidade administrativa, julgue os seguintes itens.(AGU/Procurador Federal/Cespe/2007) 59 É permitida transação, acordo ou conciliação nas ações de improbidade administrativa, quando o dano causado ao erário for ressarcido. 60 Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá à autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. Ademais, a rejeição da representação realizada por particular à administração pública, por não se cumprirem as formalidades legais, não impede a representação ao Ministério Público. 61 Havendo fundados indícios de responsabilidade de servidor público por ato de improbidade administrativa, à comissão processante também será possível representar à procuradoria do órgão para que requeira ao juízo competente a decretação do seqüestro dos bens do agente ou terceiro que tenha enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público. 59- E 60- C 61-C José, prefeito do Município W, durante sua gestão, aplicou irregularmente verbas federais oriundas de convênio firmado entre o município e o Ministério da Saúde. O mandato de José terminou em 31 de dezembro de 1996. A apuração administrativa do fato ocorreu anos mais tarde e, durante a gestão de um dos prefeitos que o sucederam, o município ajuizou contra José, em 27 de abril de 2006, uma ação civil pública tendo como fundamento a prática de improbidade administrativa, cumulando na ação pedidos condenatórios, constitutivos e declaratórios. O juiz recebeu a ação e, de pronto, determinou a citação de José, abrindo prazo para contestação. Tendo como referência a situação hipotética anteriormente apresentada, julgue os itens que se seguem, acerca da ação de improbidade administrativa, segundo as orientações da Lei n.º8.429/1992. (Procurador do Município de Vitória/Cespe/2007) 14 Não havia ocorrido, na data do ajuizamento da ação contra José, a prescrição. 15 É indevida a utilização da ação civil pública para veicular discussão fundada na ocorrência de improbidade administrativa, havendo, ainda, impedimento legal quanto à cumulação de pedidos de natureza condenatória, declaratória e constitutiva na mesma ação. 16 Agiu corretamente o juiz ao determinar de imediato a citação de José, possibilitando o exercício regular de seu direito de defesa, estando tal procedimento de acordo com a Lei n.º 8.429/1992. 17 Caso a ação civil pública por improbidade administrativa contra José tenha sido ajuizada com base exclusiva na lesão a princípios administrativos, exige-se a demonstração da lesão ao erário público, acompanhada de prova de dolo ou culpa. Resposta: 14-E 15 – E 16 – E 17 - E A Constituição de determinado estado da Federação atribuiu ao respectivo tribunal de justiça a competência para processar e julgar os atos de improbidade dos procuradores do estado. Lúcia, procuradora desse estado, encontra-se respondendo a processo de improbidade. Com base nessa

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situação hipotética e nos precedentes do STF, assinale a opção correta acerca da improbidade administrativa e do processo administrativo disciplinar. (Juiz do Tocantins/TJ/Cespe/2007) A) É inconstitucional a norma da Constituição estadual, pois somente a União tem competência para legislar, por meio de lei federal, sobre competência em matéria de improbidade administrativa. B) Se Lúcia for diplomada em cargo eletivo federal, os autos deverão ser encaminhados ao STF. C) A natureza jurídica da ação de improbidade é penal. D) O Poder Executivo estadual não tem competência para aplicar administrativamente as penalidades previstas na lei de improbidade administrativa federal. Resposta: D Devem ser punidos nos termos da normativa de regência os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a Administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual. Isso posto, analise as afirmativas a seguir. (Ministério Público do RJ/Técnico Superior Administrativo/NCE-UFRJ/2007) Os atos de improbidade administrativa importam em: I - suspensão dos direitos políticos; II - perda da função pública; III - indisponibilidade dos bens; IV - ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Estão corretas somente as afirmativas: (A) I, II e III; (B) I, II e IV ; (C) I, III e IV; (D) II, III e IV; (E) I, II, III e IV. Resposta : E A Lei nº 8.429/92 apresenta distintas classes de atos de improbidade administrativa. São elas: (Ministério Público do RJ/Técnico Superior Processual/NCE-UFRJ/2007) (A) atos de improbidade administrativa dos quais decorre enriquecimento ilícito; atos de improbidade administrativa que atentem contra a hierarquia e a disciplina administrativa; e atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da Administração Pública; (B) atos de improbidade administrativa dos quais decorre enriquecimento ilícito; atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário; e atos de improbidade administrativa que atentam contra o poder de polícia; (C) atos de improbidade administrativa dos quais decorre enriquecimento sem causa; atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao administrado; e atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios gerais de Direito; (D) atos de improbidade administrativa dos quais decorre enriquecimento ilícito; atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário; e atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios da Administração Pública; (E) atos de improbidade administrativa dos quais decorre enriquecimento sem causa; atos de improbidade administrativa que atentam contra a hierarquia e a disciplina administrativa; e atos de improbidade administrativa que atentam contra os princípios gerais de Direito. Resposta: D

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Os atos de improbidade administrativa importarão: (A) o ressarcimento ao erário, exclusivamente; (B) a perda da função pública, exclusivamente; (C) a perda dos direitos políticos, exclusivamente; (D) a indisponibilidade dos bens, exclusivamente; (E) a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. Resposta:E Sobre a apuração da prática de atos de improbidade administrativa, analise as afirmativas a seguir: (Técnico Fazendário de Administração e Finanças/nível médio/Secretaria de Estado de Fazenda-MG/NCE-RJ/07-2007) I. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação pela prática de ato de improbidade. A representação deverá ser assinada pelo representante. II. A autoridade administrativa competente poderá determinar o bloqueio de bens pertencentes ao agente público investigado. III. A autoridade administrativa deverá dar ciência ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas sobre a instauração de procedimento administrativo para apurar a prática de ato de improbidade. São verdadeiras somente as afirmativas: (A) I e II; (B) I e III; (C) II e III; (D) I, II e III; (E) nenhuma. Resposta: B José da Silva celebrou contrato com a Administração Pública. Constatou-se, entretanto, fraude no procedimento licitatório que deu origem à contratação, fato que gerou prejuízo ao erário. Foi proposta ação para apuração da prática de ato de improbidade administrativa, figurando no pólo passivo os servidores públicos que participaram da fraude e José da Silva como beneficiário direto. Na sua defesa, José da Silva alega que não poderia responder a processo de improbidade administrativa por não ser servidor público. Sobre a matéria, é correto afirmar que: (Secretaria de Fazenda-MG/Gestor Fazendário/Tecnologia da Informação/Nível Superior/NCE-RJ/07-2007) (A) o processo deve ser extinto por ter sido proposto de forma indevida contra quem não ostenta a condição de servidor; (B) José da Silva deve ser excluído do processo e a ação deve prosseguir contra os servidores que deram causa ao processo fraudulento; (C) o processo deve prosseguir normalmente, pois a lei equipara a agente público todos que participaram do ato impugnado, ainda que não sejam servidores ou empregados públicos; (D) o juiz deverá notificar José da Silva e, somente após sua defesa prévia, decidir sobre sua exclusão do processo; (E) o Ministério Público, de forma discricionária, deverá decidir sobre a inclusão ou não de José da Silva no processo. Resposta: C

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Nos termos da Lei no 8.429/92, o agente público que pratica ato de improbidade administrativa que cause prejuízo ao erário, está sujeito, dentre outras sanções, à suspensão dos direitos políticos de (TJ-Pernambuco/Técnico Judiciário/FCC/2007): (A) quatro a sete anos e indisponibilidade dos bens por dois anos. (B) três a seis anos e multa civil de até 100 vezes o valor da remuneração pelo agente público improbo. (C) dois a cinco anos e proibição de contratar com o Poder Público pelo prazo de três anos. (D) cinco a oito anos e perda da função pública. (E) seis a dez anos e integral ressarcimento do dano patrimonial efetivo, acrescido da multa de vinte por cento sobre o prejuízo. Resposta: D O prazo prescricional para as ações que visam aplicar sanções da Lei 8.429/92 (lei de improbidade administrativa) ao agente público que exerce função de confiança é (TRE-Paraíba/Anal/Direito/FCC/Abril de 2007): (A) de até três anos após o término do exercício da função de confiança. (B) de até três anos, contados a partir da data do ato de improbidade. (C) de até cinco anos, contados a partir da data do ato de improbidade. (D) de até cinco anos após o término do exercício da função de confiança. (E) imprescritível, em razão do interesse público. Resposta: D QUESTÃO 5 - Francisco, presidente de determinada autarquia estadual, contratou os serviços de vigilância da empresa Zeta, com dispensa de licitação, argumentando que não havia tempo hábil para realizar procedimento licitatório e que a autarquia não poderia ficar sem aquele serviço. Posteriormente, descobriu-se que a empresa Zeta pertencia a Carlos, amigo de Francisco, e que a emergência alegada fora criada intencionalmente pelo próprio agente público, que deixou de iniciar processo licitatório mesmo ciente de que o contrato anterior estava prestes a vencer. Os valores pagos à empresa Zeta eram 50% maiores que os preços praticados no mercado. Descobriu-se, também, que Carlos depositara valores em dinheiro nas contas de Francisco. Diante desses fatos, o governador demitiu Francisco da presidência da autarquia e o Ministério Público (MP) do estado denunciou-o, juntamente com Carlos, por crimes de dispensa ilegal de licitação e corrupção. Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta. A) Francisco não poderá ser processado por improbidade administrativa com base na Lei n.º 8.429/1992 porque, em razão da demissão, não será considerado mais agente público. B) Carlos não pode ser sujeito passivo da ação de improbidade administrativa de que trata a Lei n.º 8.429/1992. C A ação de improbidade administrativa só poderá ser ajuizada se ficar constatado prejuízo financeiro aos cofres públicos. D A ação de improbidade administrativa poderá ser proposta pelo MP ou pela pessoa jurídica interessada. Caso a ação seja ajuizada pelo MP, a pessoa jurídica interessada poderá atuar ao lado do autor da ação ou abster-se de contestar o pedido, desde que isso se afigure útil ao interesse público. E Caso os envolvidos procurem o MP ou os representantes da pessoa jurídica lesada e proponham a recomposição dos prejuízos causados, as partes poderão realizar transação com o objetivo de extinguir a ação de improbidade administrativa. Resposta: D Uma das sanções previstas na Constituição para a prática de atos de improbidade administrativa é: (Técnico em Gestão Pública da Auditoria Geral do Paraná/Administração/NCE-RJ/dez de 2006)

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(A) perda de direitos políticos; (B) cassação de direitos políticos; (C) perda da função pública; (D) multa; (E) suspensão da remuneração. Resposta: C A condenação de um servidor público pela prática de ato de improbidade administrativa (TSE/Analista Judiciário/Área Judiciária/Cespe/2006) A) somente é lícita quando o servidor ocupa cargo comissionado. B) deve ocorrer mediante processo administrativo disciplinar. C) exige a comprovação de enriquecimento ilícito. D) pode acarretar suspensão de seus direitos políticos. Resposta: D Comentários do Professor: Primeiro: com relação aos direitos políticos, é possível que os mesmos sejam, dependendo da conduta do agente, perdidos ou suspensos. O que é proibida é a cassação dos mesmos. Segundo: o artigo 37 da CF/88, em seu parágrafo quarto, admite que os atos de improbidade administrativa importem em suspensão (e não perda) dos direitos políticos. O mesmo artigo determina que o agente poderá perder a função pública (e não os direitos políticos). Portanto, não façamos confusão entre suspensão dos direitos políticos e perda da função pública. Letra a) vide artigo 3º da Lei 8.429/92. Letra b) observe que poderá haver a condenação do agente público independente de processo disciplinar, desde que sejam respeitados o contraditório e a ampla defesa. Letra c) poderá o agente ter praticado ato de improbidade administrativa sem tenha havido enriquecimento ilícito, como nos casos que atentam contra os princípios da Administração pública. No atinente à improbidade administrativa, julgue os itens em seguida (TRT6R/Juiz do Trabalho/2006) I - O agente público somente poderá responder por ato de improbidade administrativa se o fato estiver simultaneamente tipificado como crime contra a administração pública, nas leis penais. II - Apenas os agentes públicos ocupantes de cargo efetivo ou de nomeação em comissão ou de emprego público podem ser responsabilizados com base na Lei da Improbidade Administrativa. III – Se um particular auferir vantagem indevida, decorrente de ato de improbidade administrativa perpetrado por agente público, o primeiro poderá, tanto quanto o segundo, figurar no pólo passivo de ação por improbidade administrativa ajuizada pelo MP, muito embora não esteja sujeito às mesmas sanções que o co-réu. IV – A responsabilidade dos agentes públicos por atos de improbidade administrativa é imprescritível. V – Se um agente público for condenado em ação por improbidade administrativa e vier a falecer antes de efetivado o ressarcimento do patrimônio público, seus herdeiros poderão responder pelo dano causado ao erário. Estão corretos os itens:

a) I e III b) I e IV c) II e IV d) II e V e) III e V

Resposta: E

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Com relação à lei de improbidade administrativa, é INCORRETO afirmar: (TRE/SP - analista judiciário - área administrativa – FCC - 2006) a) É irrelevante a aprovação das contas pelo Tribunal de Contas competente para a caracterização do ato de improbidade administrativa. b) O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará, obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. c) As sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº. 8429/92) não são obrigatoriamente cumulativas. d) É pressuposto necessário, para a tipificação dos atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário, a obtenção de vantagem patrimonial pelo agente. e) No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os bens ou valores acrescidos ilicitamente ao seu patrimônio. Resposta: D Acerca da Lei n.º8429/1992, assinale a opção correta(Escrivão da Polícia Civil do Pará/Cespe/2006): A) Considere que Pedro, servidor público, utilizando-se do seu cargo, tenha se enriquecido ilicitamente e tornado sua mãe proprietária dos bens adquiridos nesse enriquecimento. Nessa situação, a perda dos bens ou valores acrescidos ao patrimônio só ocorreria se tais bens estivessem em poder do agente público. B) Depois de empossado, o agente público deverá apresentar declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, sem a qual não poderá iniciar o seu exercício no serviço público. C) Considere que Manoel, agente público, tenha aproveitado a reforma no prédio de sua instituição para acelerar a reforma de sua casa de praia. Além de fazer uso do equipamento de terraplanagem contratado pela instituição pública, considere que Manoel tenha, ainda, solicitado a João, eletricista da instituição, que organizasse o quadro de luz da casa. Essa situação caracteriza-se como ato de improbidade administrativa. D) Apenas a autoridade administrativa competente pode representar e instaurar investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. Resposta: C Comentários do professor: Com relação à letra “b”, observemos que tanto a posse quanto o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. Em relação ao direito administrativo, julgue os itens que se seguem (Delegado de Polícia do Espírito Santo/Cespe/2006). __ No curso de uma ação de improbidade administrativa, é incabível o afastamento cautelar de agente público de seu cargo, pois a perda da função pública como sanção por improbidade administrativa efetiva-se exclusivamente por determinação legal com o trânsito em julgado. Resposta: Errada. Acerca da improbidade administrativa, assinale a opção incorreta.(TJ-RR/Analista/Cespe/2006) A) No Brasil, a improbidade administrativa alcança desde o desvio de dinheiro público até os atos de grave ineficiência funcional. B) A configuração de um ato ímprobo passa por um processo de adequação típica, diante das ações e penas previstas na lei de improbidade administrativa. C) A Lei de Improbidade Administrativa (LIA) não possui normas que necessitem ser complementadas por outras regras ou princípios a partir de legislações setoriais, pois as previsões sancionadoras da LIA não podem ser interpretadas de forma extensiva.

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D) A improbidade compreende três tipos básicos de atos detalhados na LIA: aqueles que comportam enriquecimento ilícito no exercício ou em razão das funções públicas; aqueles que produzem lesão ao erário e aqueles que atentam contra os princípios que presidem a administração pública. Resposta: C Tércio, agente político, independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, poderá ser condenado, dentre outras cominações, ao ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao seu patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública e suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, em decorrência dos seguintes atos de improbidade administrativa (TRT11R/Analista Judiciário/Área Jud/FCC/2005): a) receber vantagem econômica de qualquer natureza, mesmo que indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração de que esteja obrigado. b) revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições do cargo, que deva permanecer em segredo. c) perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza. d) permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem, ou serviço. e) realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea. Comentários do Professor: Letra “a”: refere-se a ato de improbidade administrativa que importe enriquecimento ilícito, punível com a suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos, dentre outras penalidades legais. Letra “b”: trata de ato de improbidade administrativa que importe atentado aos princípios da Administração Pública, punível com a suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos, dentre outras penalidades legais. Letra “c”: refere-se a ato de improbidade administrativa que importe enriquecimento ilícito, punível com a suspensão dos direitos políticos de 8 a 10 anos, dentre outras penalidades legais. Letra “d”: trata de ato de improbidade administrativa que importe atentado aos princípios da Administração Pública, punível com a suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos, dentre outras penalidades legais. Letra “e”: trata de ato de improbidade administrativa que importe prejuízo ao erário, punível com a suspensão dos direitos políticos de 5 a 8 anos, dentre outras penalidades legais. Resposta: E O ex-prefeito de um município praticou ato de improbidade administrativa quando no exercício do cargo. O fato tornou-se conhecido em dezembro de 1998, e o término do seu mandato se deu em 31/12/2000. (Defensor Público do Sergipe/Cespe/2005) Com base na situação hipotética descrita no texto acima, julgue os itens seguintes, acerca da improbidade administrativa e da prescrição. I - Nos termos da Lei n.º 8.429/1992, é possível punir o prefeito por ato de improbidade, se for proposta ação civil pública até 30/12/2005. II - Conforme entendimento definitivo do STF, deve-se aplicar ao ex-prefeito a Lei n.º8.429/1992 e não o Decreto n.º 201/1967, que se relaciona aos casos de crime de responsabilidade. Resposta: I- Correta II – Errada

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Comentários do Professor: O STJ (RESP nº 456649/MG, Rel. Min. Luiz Fux) já proferiu decisão no sentido de que os agentes políticos não estão sujeitos à Lei nº 8.429/92, em virtude da natureza especial do cargo por eles ocupados.

Para o doutrinador Celso Antonio Bandeira de Melo, "agentes políticos são os titulares de cargos estruturais à organização política do País, ou seja, ocupantes dos que integram o arcabouço constitucional do Estado, o esquema fundamental do Poder. Daí que se constituem nos formadores da vontade superior do Estado. São agentes políticos apenas o presidente da República, os Governadores, Prefeitos e respectivos vices, os auxiliares imediatos dos Chefes do Executivo, isto é, Ministros e Secretários das diversas Pastas, bem como os Senadores, Deputados federais e estaduais e Vereadores. O vínculo que tais agentes entretêm com o Estado não é de natureza profissional, mas de natureza política. Exercem um múnus público… A Relação jurídica que os vincula ao Estado é de natureza institucional, estatutária. Seus direitos e deveres não advêm de contrato travado com o Poder Público, mas descendem diretamente da Constituição e das leis. Donde, são por elas modificáveis, sem que caiba procedente oposição às alterações supervenientes, sub color de que vigoravam condições diversas ao tempo das respectivas investiduras." [1]- MELLO, Celso Antônio Bandeira de. "Curso de Direito Administrativo". São Paulo: Ed. Malheiros Editores, 17ª Edição, p. 230. Com relação à Lei n.º8.429/1992, que dispõe sobre a improbidade administrativa e o poder de polícia, julgue os itens a seguir. (TRT16R/Anal Jud/Área Adm/Cespe/2005). I - Constitui ato de improbidade administrativa, importando enriquecimento ilícito, receber, para si ou para outrem, bem móvel a título de gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público. II - O responsável por ato de improbidade administrativa que atentar contra os princípios da administração pública fica sujeito, entre outras penalidades, ao ressarcimento integral do dano e à suspensão dos direitos políticos por oito anos. Resposta: I – Correta II - Errada Acerca do direito administrativo, julgue os itens a seguir. (TRT10R/Analista Judiciário/Área Judiciária/Cespe/2004) I - Qualquer cidadão brasileiro é parte legítima para ingressar com ação judicial voltada à condenação de autoridade pública pela prática de ato de improbidade administrativa. Resposta: I – Correta Em cada um dos itens que se seguem, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada. I - Dorival é um servidor público federal que, de forma indevida e injustificada, retardou por dois meses a expedição de uma autorização administrativa que ele deveria ter expedido de ofício. Nessa situação, a conduta de Dorival não constitui ato de improbidade administrativa porque não acarretou prejuízo ao erário nem enriquecimento ilícito. Resposta: Errada Em razão de seu cargo, um escrivão de polícia federal soube que, na semana que vem, será realizada uma operação voltada à prisão de integrantes de uma quadrilha ligada à prática de descaminho. Apesar de saber que tal fato deveria ser mantido em sigilo, o referido escrivão revelou o local e a hora da operação a um jornalista, de modo a possibilitar cobertura jornalística ao vivo das prisões. Tendo em vista essa situação hipotética, julgue os itens a seguir. (Escrivão de Polícia Federal/Cespe/2004)

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_ Considere que o motivo de o escrivão ter revelado as informações foi o fato de o referido jornalista ter-lhe pago dinheiro para ser avisado, com antecedência, de operações policiais que provavelmente despertariam interesse da opinião pública. Nessa situação, o escrivão teria praticado ato de improbidade administrativa punível com sanções entre as quais estão a perda da função pública, a perda do dinheiro recebido do jornalista, a suspensão temporária de direitos políticos e o pagamento de multa civil. Resposta: Correta Acerca do direito constitucional, julgue os itens a seguir. (Governo do DF/Analista de Apoio às Atividades Jurídicas/Cespe/2004) 55 Seria constitucional lei distrital que permitisse que servidores condenados pela prática de atos de improbidade administrativa, em sentença judicial transitada em julgado, mantivessem os cargos públicos que ocupam. Resposta: 55- Errada Acerca do serviço público, da responsabilidade do Estado e da improbidade administrativa, julgue os itens que se seguem. (STJ/Anal Jud/Área Jud/Cespe/2004) __ A improbidade administrativa se caracteriza por conduta praticada por agente público, comissiva ou omissivamente, com efeitos jurídicos involuntários, que se mostra ofensiva aos princípios constitucionais da administração pública, com ou sem participação, favorecimento, auxílio ou indução de terceira pessoa. Resposta: Correta Assinale a assertiva correta (Esaf/Auditor de Tributos Municipais-Fortaleza/2003). a) Servidor de autarquia não está sujeito às disposições da Lei da Improbidade Administrativa. b) O terceiro, não servidor, que se beneficia do ato de improbidade administrativa, não pode ser condenado a restituir o benefício indevido. c) Não está sujeito às disposições da Lei de Improbidade Administrativa aquele que não seja agente público, mesmo que tenha concorrido para a prática do ato ímprobo. d) O herdeiro do servidor que se enriqueceu ilicitamente no exercício da função não está sujeito a perder o quinhão da herança que seja fruto do enriquecimento ilícito. e) A perda da função pública é uma das sanções cominadas na Lei da Improbidade Administrativa. Resposta: E O ato de “perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado” importa em pena de (Fiscal de Tributos estaduais – PA/ESAF/2002): a) suspensão dos direitos políticos por até dez anos. b) pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano. c) suspensão da função pública. d) proibição de contratar com o Poder Público elo prazo de cinco anos. e) perda da nacionalidade brasileira. Resposta: A Em relação à legislação referente à improbidade administrativa, assinale a opção incorreta (Fiscal de Tributos estaduais – PA/ ESAF/2002). a) O sucessor do agente público que tiver obtido enriquecimento ilícito responderá pelo ressarcimento o dano, integralmente.

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b) Os bens do indiciado como responsável pela lesão ao patrimônio público ficarão indisponíveis, ainda que não tenha havido enriquecimento lícito. c) Ocorrendo lesão ao patrimônio público, ainda que por ato culposo, haverá o integral ressarcimento o dano. d) Comprovado o enriquecimento ilícito, o terceiro beneficiário perderá os bens acrescidos ao eu patrimônio. e) As disposições desta legislação podem se aplicar mesmo às pessoas que não sejam agentes públicos. Resposta: A. Considerando a legislação sobre improbidade administrativa, Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, assinale a opção incorreta. (Auditor Fiscal da Receita Federal/ESAF/2002) a) Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário quando o autor da denúncia o sabe inocente. b) A perda da função pública só se efetiva com o trânsito em julgado da sentença condenatória. c) A autoridade administrativa ou judicial competente pode determinar o afastamento do agente público de seu cargo, sem direito a remuneração, quando a medida for necessária à instrução processual. d) A aplicação das sanções decorrentes desta legislação independe da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público. e) A prescrição para as ações destinadas a efetivar as sanções desta legislação ocorre em até cinco anos após o término do mandato eletivo. Resposta: C Comentários do Professor: Devemos ter em mente que os afastamentos preventivos adotados nos processos disciplinares em geral, na fase de instrução, não têm o cunho punitivo, mas tão-somente de evitar que a presença do agente no órgão onde desempenha suas atividades venha a embaraçar a investigação. Desta forma, não sendo ato punitivo, não pode implicar em perda da remuneração. Referida decisão de afastamento é de exclusivo interesse da Administração. Marcos é o governador de um estado-membro do Brasil e, por isso, tem o poder de remover os servidores públicos de uma localidade para outra, para melhor atender ao interesse público. Um servidor do Estado namorava a filha de Marcos, contrariamente a sua vontade. A autoridade, desejando pôr fim ao romance, removeu o servidor para localidade remota, onde, inclusive, não havia serviço telefônico (Procurador Federal de 2ª Categoria da Advocacia Geral da União/Cespe/2002). Acerca da situação apresentada e considerando os preceitos constitucionais da Administração Pública, a doutrina e a legislação de improbidade administrativa (Lei n. 8.429/92), julgue os itens que se seguem: 1. ... 2. Na hipótese, também haveria ato de improbidade, em tese, pois houve violação de princípios administrativos, mesmo sem ter havido dano direto ao erário. 3. O ato descrito sofre vício de competência. 4. O governador não pode ser sujeito passivo da ação de improbidade por não ser servidor público no sentido estrito. Resposta: 2-Correta 3- Errada 4-Errada O governador de um estado-membro do Brasil nomeou dez pessoas para exercerem o cargo de delegado de polícia sem a realização de concurso público, alegando a necessidade de provimento do cargo e o fato de os nomeados serem agentes de polícia com larga experiência na atividade policial. Ele tinha sido cientificado pela sua consultoria jurídica de que tal conduta era contrária ao ordenamento jurídico; não obstante, prosseguiu com a execução do ato (Assistente Jurídico de

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2ª Categoria da Secretaria de Gestão Administrativa do Distrito Federal do Distrito Federal/Cespe/2001): 1... 2. Na hipótese, também haveria ato de improbidade, em tese, se o governador tivesse realizado concurso interno entre os agentes policiais aptos para o cargo de delegado. 3. Só a violação de regra geral positivada enseja a improbidade administrativa. Portanto, atos de agente público que violem os princípios gerais da Administração Pública, não acarretando dano ao erário, não configuram atos de improbidade administrativa. 4. No caso, o governador não pode ser sujeito passivo de ação de improbidade administrativa por não ser servidor público no sentido estrito. 5. Só os atos que importem em enriquecimento ilícito caracterizam a improbidade administrativa; não ocorrendo tal hipótese na situação apresentada, não poderá haver ação de improbidade administrativa. Resposta: 2-Correta 3-Errada 4- Errada 5-Errada Os atos de improbidade administrativa importarão, para o servidor público, as seguintes conseqüências, exceto: (Auditor Fiscal da Receita Federal/2000) a) perda dos direitos políticos. b) responder à ação penal cabível. c) indisponibilidade dos bens. d) perda da função pública. e) ressarcimento do erário. Comentários do professor: lembre-se que a prática de ato de improbidade administrativa pelo agente público poderá ensejar a suspensão dos seus direitos políticos (e não a perda dos mesmos). Vide o artigo 37, parágrafo IV, da CF/88. Resposta: A Tratando-se de atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário, a pena prevista de suspensão dos direitos políticos está fixada (AFRF/2000): a) de oito a dez anos. b) de seis a oito anos. c) de dois a três anos. d) de três a cinco anos. e) de cinco a oito anos. Resposta: E

SERVIÇOS PÚBLICOS QUESTÃO 17 De acordo com a lei que dispõe sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, assinale a opção incorreta (OAB-SP/Cespe/2008). A) Considera-se poder concedente a autarquia, fundação, empresa pública ou sociedade de economia mista em cuja competência se encontre o serviço público precedido, necessariamente, da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão. B) Considera-se concessão de serviço público precedida da execução de obra pública a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e

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risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado. C) Considera-se concessão de serviço público a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado. D) Considera-se permissão de serviço público a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. Comentários do professor: o erro da alternativa “a”reside no fato de não ser necessária, sempre, a execução de obra pública, além do fato de que referida obra somente é possível no âmbito da concessão (e não da permissão). Resposta: A Acerca do direito administrativo, julgue os itens a seguir (Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome/Técnico de Nível Superior/Cespe/2008). 32 De acordo com o princípio da continuidade dos serviços públicos, se uma pessoa satisfizer às condições legais, ela fará jus à prestação de determinado serviço, sem qualquer distinção de caráter pessoal. Resposta: Errado. Julgue o próximo item, a respeito da administração pública e de certos princípios de que ela é informada (STJ/Técnico Judiciário/Área Administrati va/Cespe/2008): 68 A exigência de que o administrador público atue com diligência e racionalidade, otimizando o aproveitamento dos recursos públicos para obtenção dos resultados mais úteis à sociedade, se amolda ao princípio da continuidade dos serviços públicos. Resposta: Errada. “Nos termos do tratamento legal da matéria (AFTM-SP/FCC/2007)”:

a) a concessão e a permissão de serviços públicos são contratos; b) a concessão de serviços públicos é contrato, mas a permissão é ato unilateral; c) a permissão de serviços públicos é contrato, mas a concessão é ato unilateral; d) a concessão e a permissão de serviços públicos são atos unilaterais; e) a concessão de serviços públicos é contrato e a permissão de serviços públicos não mais existe.

Resposta: A Comentários do professor: esta questão define o pensamento da FCC quanto à permissão de serviços públicos, caracterizando-a como contrato ( e não como ato administrativo). Julgue os itens subseqüentes, no referente a serviços públicos, contratos administrativos e licitação. (TRT9R/Anal Jud/Área Adm/Cespe/2007) __ Prevalece o entendimento de que o conceito de serviço público deve ser pautado pelo critério orgânico ou subjetivo, segundo o qual serviço público é aquele prestado pelos órgãos ou entidades de natureza pública. Resposta: Errada A extinção do contrato de concessão de serviço público por motivo de inexecução contratual denomina-se: (Contador da prefeitura de Recife/ESAF/2003) a) encampação b) rescisão

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c) caducidade d) anulação e) reversão Resposta: C Comentários do professor: Letra “a”: conforme dispõe o art. 37 da Lei 8.987/95, “considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização.” Letra “b”: quando a falta é da Administração, estaremos diante da rescisão. Letra “c”: ocorre a caducidade (extinção da concessão), por ato discricionário da Administração concedente, quando o concessionário descumpre as cláusulas contratuais, por ação ou omissão, dolosa ou culposa. Letra “d”: a anulação estará presente quando houver alguma ilicitude na concessão ou permissão. Temos, ainda, como formas de extinção: a)Advento do termo contratual: findo o prazo pactuado, extingue-se naturalmente o contrato e b) falência da empresa ou extinção dela e o falecimento ou a incapacidade do titular, no caso de empresa individual. No âmbito do serviço público, a noção de serviço adequado abrange as seguintes condições, exceto: (MPOG/ESAF/2002) a) cortesia na sua prestação b) atualidade c) modicidade nas tarifas d) continuidade d) gerenciamento participativo Resposta: E Comentários do Professor: Segundo dispõe o art. 6º da Lei 8.987/95, serviço adequado é aquele que preenche os requisitos de regularidade; continuidade; segurança; eficiência; atualidade; generalidade; cortesia na prestação; e modicidade das tarifas. A permissão de serviço público, nos termos da legislação federal, deverá ser formalizada mediante: (Procurador da Fazenda Nacional/ESAF/2002) a) termo de permissão b) contrato administrativo c) contrato de permissão d) contrato de adesão e) termo de compromisso Comentários do Professor: Diz o artigo 40 da Lei 8.987/95: “A permissão de serviços públicos será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente”. Resposta: D No âmbito da legislação federal, sobre a concessão de serviços públicos, assinale, entre as opções abaixo, aquela que não é hipótese de caducidade de concessão. (Analista de Controle Externo - ACE – TCU/ESAF/2002) a) Quando o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço.

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b) Quando a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido. c) Quando se verificar vício insanável no procedimento de licitação que antecedeu à concessão. d) Quando a concessionária for condenada, em sentença transitada em julgado, por sonegações de contribuições sociais. e) Quando a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos. Resposta: C Tratando-se de concessão de serviços públicos, assinale a afirmativa verdadeira quanto à caducidade da concessão. (Auditor-Fiscal do Trabalho - MTE- ESAF / 2003) a) A caducidade pode ser declarada pelo poder concedente ou por ato judicial. b) Declarada a caducidade, o poder concedente responde por obrigações com os empregados da concessionária. c) A declaração de caducidade depende de prévia indenização, apurada em processo administrativo. d) A caducidade pode ser declarada caso a concessionária seja condenada por sonegação de tributos, em sentença transitada em julgado. e) Constatada a inexecução parcial do contrato impõe-se, como ato vinculado, a declaração de caducidade. Resposta: D Tratando-se do serviço público, assinale a alternativa falsa. (Procurador BACEN/ESAF/2001) a) A encampação da concessão de serviço público, por inexecução contratual por parte do concessionário, dar-se-á mediante um ato unilateral. b) É lícita a adoção do critério de menor tarifa do serviço a ser prestado, na licitação para concessão de serviços públicos. c) A modicidade das tarifas é um dos elementos do serviço adequado. d) É permitida a interrupção do serviço quando ocorrer o inadimplemento do usuário, mediante prévio aviso. e) O instrumento contratual de permissão de serviço público, ainda que precedido de licitação, tem caráter precário. Resposta: A Comentários do professor: a encampação não ocorre por inexecução contratual do concessionário, mas por razões de interesse público. A alternativa estaria correta em se tratando de caducidade. Letra “b”: vide art. 15 da Lei 8.987/95. Letra “c”: vide art. 6º da Lei 8.987/95. Letra “d”: trata-se de contrato de adesão, é ato precário e revogável a qualquer tempo (vide art. 40 da Lei 8.987/95). No âmbito do conceito de serviço público adequado, o requisito referente à modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço, denomina-se: (Analista de Comércio Exterior – ESAF/2002) a) atualidade b) eficiência c) desempenho d) efetividade e) tecnologia Gabarito: A. Comentários do professor: vide § 2º do artigo 6º da Lei 8.987/95, em que estão arroladas todas as hipóteses de caducidade. Lembramos que a caducidade decorre sempre de falta do contratado

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superveniente à celebração do contratado e que a anulação decorre de ilegalidade praticada pelo Poder Pùblico ou pelo contratado até o momento da celebração do contrato.

LEI 9.784/99 (PROCESSO ADMINISTRATIVO NA ESFERA FEDERAL)

QUESTÃO 20 - Assinale a opção correta com relação às normas que regulam o processo administrativo no âmbito da administração pública federal (OAB-SP/Cespe/2008). A As normas que regulam o processo administrativo no âmbito da administração pública federal aplicam-se apenas à administração pública direta. B As normas que regulam o processo administrativo no âmbito da administração pública federal são aplicáveis apenas ao Poder Executivo. C O administrado tem o direito de ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interessado bem como de ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas. D O processo administrativo tem seu início sempre por iniciativa da própria administração pública. Resposta: C Julgue os itens subseqüentes, acerca do processo administrativo no âmbito da administração pública federal, das licitações e do regime jurídico dos servidores públicos civis (Ministério da Saúde/Agente Administrativo/Cespe/2008). 76 Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Resposta: Correta. No que se refere às relações entre a administração e os servidores, julgue os itens seguintes (Ministério do Meio Ambiente/Analista Ambiental/Cespe/2008). 90 Um órgão administrativo e seu titular poderão delegar toda a sua competência a outros órgãos ou titulares, desde que estes lhes sejam hierarquicamente subordinados. Comentários do professor: a delegação será parcial, pois, delegação total corresponde, na prática, a uma renúncia da competência por parte do órgão ou de seu titular, o que é proibido nos termos da lei 9.784/99. Em relação ao processo administrativo, regulado pela Lei n.º 9.784/1999, julgue os itens que se seguem (STJ/Técnico Judiciário/Área Administrativa/Cespe/2008). 76 Quando os membros do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios se reúnem para decidir questões administrativas, têm de observar apenas a respectiva lei de organização judiciária e seu regimento interno, haja vista a Lei n.º 9.784/1999 ser aplicável tão-somente aos órgãos do Poder Executivo da União. 77 Como regra geral os atos administrativos devem ser motivados, com a clara indicação dos fatos e fundamentos, sendo, por esse motivo, vedadas as decisões orais. 78 Ainda que um ato praticado pela administração tenha observado todas as formalidades legais, ela poderá revogá-lo se julgar conveniente, desde que respeite os direitos adquiridos por ele gerados. Resposta: 76 – Errada 77 – Errada 78- Correta

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No que concerne aos poderes públicos, julgue os itens que se seguem (Agente de Inteligência/Abin/Cespe/2008): 115 Suponha que Maurício, servidor público federal, delegue a autoridade hierarquicamente inferior a competência que ele tem para decidir recursos administrativos. Nessa hipótese, não há qualquer ilegalidade no ato de delegação. Resposta: Errada. Comentários do Professor: conforme dispõe a Lei 9.784/99, certos atos não são passíveis de delegação. Dentre eles, é indelegável a competência para decidir recursos administrativos (vide artigo 13 da lei retromencionada). Quanto à organização do Estado, no que se refere à União e à administração pública, julgue os itens que se seguem (ABIN/ Oficial de Inteligência/ Cespe/2008): Compete à União legislar privativamente sobre direito processual, mas a competência para legislar sobre procedimentos é concorrente entre a União, os estados e o DF. Sendo assim, na ausência de legislação federal sobre normas gerais acerca de procedimentos, os estados e o DF poderão disciplinar de forma plena esse tema até que sobrevenha a lei geral federal, quando então serão as normas legais estaduais e distritais recepcionadas como leis federais. Resposta: Falsa No tocante à comunicação dos atos, de acordo com a Lei 9.784/99 a intimação, no caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou com domicílio indefinido, deve ser efetuada por meio de (TRF5R/Anal Jud/Área Jud/Exec Mandados/FCC/2008):

a) via postal com aviso de recebimento. b) publicação oficial. c) telegrama. d) via postal simples. e) mandado.

Comentários do professor: vide art. 26, § 4º da Lei 9784/99.

Resposta: B QUESTÃO 36 - Considerando a situação hipotética apresentada no texto, assinale a opção correta acerca dos atos administrativos e dos princípios de direito administrativo (Promotor de Justiça-RO/Cespe/2008). A) Maria terá de restituir as quantias recebidas indevidamente, pois, sendo o ato administrativo de concessão da aposentadoria ilegal, não poderia gerar quaisquer efeitos. B) O ato inicial de concessão de aposentadoria não será considerado ilegal, por falta de motivação, se apenas fizer referência a anterior parecer jurídico que fundamente esse entendimento. C) O ato de aposentadoria é considerado, conforme entendimento do STF, como ato composto, visto que o TCU apenas atua homologando o que já foi feito, não participando da formação do ato. D) O retorno de Maria ao serviço público denomina-se tecnicamente como reversão. E) O acórdão do TCU constitui em título executivo judicial. Comentários do professor: lembramos que a motivação (justificativa) pode se dar com base em anterior parecer jurídico que fundamente a decisão da autoridade administrativa, conforme se apreende da Lei 9.784/99. Resposta: B No tocante à instrução do processo, de acordo com a Lei 9.784/99, os interessados serão intimados de prova ou diligência ordenada, com menção de data, hora e local de realização, com antecedência mínima de (TRF5R/Anal Jud/Área Jud/Exec Mandados/FCC/2008):

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a) quinze dias úteis. b) cinco dias úteis. c) dez dias corridos. d) quinze dias corridos. e) três dias úteis.

Comentários do professor: vide art. 26, § 2º, da Lei 9784/99. Resposta: E De acordo com a Lei 9.784/99, o órgão competente perante o qual tramita o processo administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências. Quanto à data de comparecimento, a intimação observará a antecedência mínima de (TRF5R/Anal Jud/Área Adm/FCC/2008):

a) cinco dias b) três dias c) dez dias d) quinze dias e) trinta dias.

Resposta: B De acordo com a Lei 9.784/99, considere (TRF5R/Anal Jud/Área Adm/FCC/2008) I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão dificultar o exercício dos seus direitos e o cumprimento de suas obrigações. II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que seja interessado ou não, ter vista dos autos, obter cópia dos documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas. III – Formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente. IV – Fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação por força de lei. É correto afirma que, perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados, o administrado tem os direitos apontados APENAS em: a) I e IV b) I e II c) I e III d) III e IV e) II e IV Resposta: D Em consonância com o estabelecido através da Lei nº. 9784, de 29 de janeiro de 1999, nos processos administrativos será observado, entre outros, o critério de (TRT12R/Anal Jud/Área Adm/Cetro/2008): (A) atendimento a fins de interesse geral, permitida a renúncia total ou parcial de poderes ou competências. (B) adoção de formas complexas, aptas a propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos da Administração Pública. (C) garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio. (D) interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do interesse individual a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

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(E) adequação entre meios e fins, permitida a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público. Resposta: C No que tange à atividade de instrução no processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, é incorreto afirmar que (TRT4R/Anal Jud/Área Jud/Exec Mandatos/FCC/2006):

a) Cabe à Administração Pública a prova dos fatos alegados pelo interessado em virtude do princípio do interesse público e da eficiência.

b) O interessado poderá, antes de tomada a decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo.

c) Somente poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando ilícitas, impertinentes, desnecessárias ou protelatórias.

d) Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de manifestar-se no prazo máximo de 10 dias, salvo se outro for legalmente fixado.

e) Antes de tomada a decisão, a juízo da autoridade, diante da relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para debates sobre a matéria do processo.

Resposta: A Segundo expressamente dispõe a Constituição brasileira, a Administração Pública direta e indireta, para decidir qualquer processo administrativo, deve observar os princípios da (TRT3R/Técnico Judiciário/Área Administrativa/FCC/2005): a) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. b) Legalidade, eficiência, interesse público e motivação. c) Moralidade, publicidade, igualdade e dignidade da pessoa humana. d) Proporcionalidade, eficácia, do contraditório e do devido processo legal. e) Moralidade pública, eficácia, razoabilidade e do interesse social. Resposta: A Em um processo administrativo sujeito à Lei n. 9.784/99, a situação em que a autoridade responsável pelo processo seja amigo íntimo de parente de terceiro grau de algum dos interessados (TRT3R/Analista Judiciário/Área Judiciária/FCC/2005):

a) É típica de impedimento, que deve ser argüido pela parte interessada. b) É típica de impedimento, que deve ser apontado pela autoridade superior do órgão público em

questão. c) É típica de argüição de suspeição, cujo deferimento ou não caracteriza ato discricionário da

autoridade superior, portanto, irrecorrível. d) É típica de argüição de suspeição, a qual, se indeferida, é passível de recurso sem efeito

suspensivo. e) Não se caracteriza como hipótese nem de impedimento nem de suspeição.

Resposta: D Um dos elementos essenciais à validade dos atos administrativos é a motivação, que consiste na indicação dos seus pressupostos fáticos e jurídicos, o que porém e preterível naqueles que (Analista MPU/2004 – Área Administrativa): a) importem anulação ou revogação de outro anterior. b) dispensem ou declarem inexigível licitação. c) apliquem jurisprudência indicada em parecer adotado. d) importem ou agravem encargos ou sanções.

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e) neguem, limitem ou afetem direitos. Gabarito: C. Servidor Público federal, objetivando impugnar determinada decisão administrativa, apresentou recurso regulado pela Lei 9.784/99. Em virtude desse fato, considere as proposições abaixo (TRT22R/Anal Jud/Área Adm/FCC/2004): I – O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5(cinco) dias, o encaminhará à autoridade superior. II – O recurso interposto fora do prazo não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida a preclusão administrativa. III – O prazo para a interposição de recurso, salvo disposição legal específica, é de 15 dias. IV – O recurso sempre suspende os efeitos da decisão impugnada. É correto o que se contém APENAS em: a) I e II b) I e III c) I, II e III d) II e IV e) III e IV Resposta: A Comentários do professor: a alternativa “III” estaria correta se constasse o prazo de 10 dias para a interposição de recurso contra a decisão administrativa. Com relação à alternativa “IV”, devemos nos lembrar que, em regra, o recurso não suspende os efeitos da decisão impugnada. (Advogado do Instituto de Resseguros do Brasil - IRB/2004) - Quanto aos recursos administrativos, assinale a afirmativa falsa. a) Têm legitimidade para interpor recurso administrativo as associações quanto a direitos ou interesses difusos. b) O recurso administrativo, salvo disposição legal diversa, tramitará no máximo por cinco instâncias administrativas. c) Os recursos são cabíveis em face de razões de legalidade e de mérito. d) Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de caução. e) A regra geral é que o recurso administrativo não tenha efeito suspensivo. Gabarito: B. A Administração Pública expediu ato administrativo que prejudicou legítimo interesse de servidor público. Inconformado, este peticionou à autoridade responsável por referido ato, requerendo sua modificação, oportunidade em que apresentou novos procedimentos. O meio de controle administrativo em questão denomina-se (TRT22R/Anal Jud/Área Adm/FCC/2004) a) Recurso hierárquico impróprio. b) pedido de reconsideração. c) revisão administrativa. d) recurso hierárquico próprio. e) reclamação administrativa. Resposta: B Comentários do professor: conforme dispõe a Lei 9784/99, a parte que se sentiu prejudicada com a decisão da autoridade administrativa poderá interpor recurso. A autoridade que exarou a decisão poderá, dentro do prazo de cinco dias, reconsiderar. Caso contrário, ela encaminhará o procedimento administrativo à autoridade superior para decidir o recurso.

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(Analista Judiciário - TRT - 7ª Região – 2003) - A Lei Federal de processo administrativo (Lei nº 9.784/99) dispõe sobre os recursos administrativos. Conforme seu comando, não se inclui entre as hipóteses pelas quais um recurso não será conhecido quando interposto: a) por quem não seja legitimado. b) após exaurida a esfera administrativa. c) fora do prazo. d) sem o preparo prévio. e) perante órgão incompetente. Resposta: D (Auditor-Fiscal do Trabalho - MTE- 2003) - A convalidação de ato administrativo decorre de certos pressupostos. Não se inclui entre estes pressupostos: a) não acarretar lesão ao interesse público. b) não causar prejuízo a terceiros. c) o defeito ter natureza sanável. d) juízo de conveniência e oportunidade da autoridade competente. e) autorização judicial quando se tratar de matéria patrimonial. Gabarito: E (TRF/2003) - No âmbito da Administração Pública Federal, o ato administrativo, quando eivado de vício insanável de legalidade do qual tenha gerado efeitos patrimoniais, para terceiros de boa-fé, a) só pode ser anulado, administrativamente, no prazo decadencial de cinco anos. b) pode ser anulado, a qualquer tempo, com eficácia ex nunc (doravante), desde que respeitados os direitos adquiridos. c) não pode ser anulado, sequer por decisão judicial. d) só por decisão judicial é que pode vir a ser reformado. e) torna-se irreversível, em razão da presunção de legalidade e da segurança jurídica. Gabarito: A

(Oficial de Chancelaria – MRE/ESAF/2002) – As normas básicas sobre o processo administrativo, estabelecidas na Lei nº 9.784/99, inclusive no que se refere à motivação dos atos administrativos e sua anulação ou revogação. a) são de aplicação no âmbito de toda Administração Federal Direta e Indireta. b) não se aplicam aos órgãos do Poder Legislativo. c) não se aplicam aos órgãos do Poder Judiciário. d) não se aplicam aos entes da Administração Indireta. e) são de aplicação forçada, também nos órgãos estaduais e municipais, bem como nas suas entidades paraestatais. Resposta: A Comentários do professor: são exemplos de entidades paraestatais: os serviços sociais autônomos, as organizações sociais (OS) e as organizações da sociedade civil de interesse coletivo (OSCIP). (AFC/ESAF/2002) – De acordo com disposição expressa da Lei 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal, não podem ser objeto de delegação a edição de atos de caráter normativo, a decisão de recursos administrativos a as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. a) Correta a assertiva. b) Incorreta a assertiva, porque pode ser delegada a edição de atos normativos. c) Incorreta a assertiva, porque pode ser delegada a decisão em recurso administrativo.

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d) Incorreta a assertiva, porque pode ser delegada a matéria de competência exclusiva do órgão ou autoridade. e) Incorreta a assertiva, porque podem ser delegadas quaisquer das hipóteses previstas. Resposta: A (Analista de Controle Externo - ACE – TCU/ ESAF /2002) - No âmbito do processo administrativo, não pode ser objeto de delegação de competência o ato que: a) imponha a penalidade a servidor. b) instaure o procedimento de inquérito administrativo. c) decida o recurso administrativo. d) designe os membros da Comissão de Sindicância. e) determine a intimação do interessado para a ciência da decisão. Resposta: C Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá ser iniciado perante (Procurador BACEN/ESAF/2001): a) a autoridade com menor grau hierárquico para decidir. b) qualquer autoridade. c) a autoridade com competência mais próxima e similar. d) a autoridade com maior grau hierárquico para decidir. e) a autoridade com grau hierárquico para decidir. Gabarito: A (Procurador BACEN/ESAF/2001) – A recente lei federal relativa aos processos administrativos adotou diversos princípios da Administração Pública entre seus comandos. O inc. XIII do art. 2º desta Lei tem a seguinte redação: “XIII – interpretação da norma administrativa de fo rma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada aplicação retroativa de nova interpretação.” Este comando alude ao seguinte princípio: a) finalidade b) proporcionalidade c) hermenêutica d) segurança jurídica e) legalidade Gabarito: D. CÓDIGO DE ÉTICA DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL

No serviço público, o funcionário deve-se guiar pela conduta ética, que abrange aspectos da atuação e da relação com os públicos externo e interno. Julgue os itens a seguir, acerca do comportamento ético do servidor público e suas implicações. (STJ/Técnico Judiciário/Área Administrativa/Cespe/2008)

103 O funcionário, ao atender o usuário de seu serviço, deve ser cortês e interessado, mesmo que este usuário apresente comportamento irritado e indelicado, ou seja, de classe socioeconômica inferior à sua ou, ainda, ostente símbolos religiosos diferentes de sua religião.

104 O funcionário que, no exercício de suas funções, deixa o usuário de seu serviço à espera enquanto atende ligação telefônica particular por 20 minutos causa danos morais a esse usuário.

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105 Caso o chefe de um órgão público determine a seu subordinado a execução de ato vetado pelo código de ética no serviço público, o servidor deverá obedecer prontamente à determinação, pois é seu dever respeitar a hierarquia em todas as situações. 106 Caso ocorra uma tentativa de suborno por parte do usuário, compete ao funcionário recusar a proposta e registrar a ocorrência, omitindo a identificação do usuário porque, mesmo nessas condições, o funcionário tem o compromisso ético de preservar a idoneidade moral do usuário. 107 Em situações únicas, se o servidor necessitar de mão-de-obra, equipamento ou material do órgão público para atender necessidades de superiores ou imprevistos pessoais, estará impedido pelo código de ética, mas poderá pedir auxílio a colega prestador de serviço temporário e não-remunerado, pois, nessa categoria, o trabalhador não é considerado servidor público e não está submetido às mesmas restrições éticas. Resposta: 103 – C 104 – C 105 – E 106 –E 107-E No que se refere às relações entre a administração e os servidores, julgue os itens seguintes (Ministério do Meio Ambiente/Analista Ambiental/Cespe/2008). 92 No termos do Código de Ética Profissional do servidor público civil do Poder Executivo Federal, é vedado ao servidor público deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance, ou do seu conhecimento, para atendimento do seu mister. Resposta: Correta. Julgue os itens a seguir de acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo federal (Agente de Inteligência/Abin/Cespe/2008): 118 O servidor deve comportar-se com base na conduta ética, ainda que essa conduta venha a violar dispositivo legal. 119 Os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia do servidor em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional, podendo caracterizar, inclusive, violação ao Código de Ética, o que será passível de censura. Resposta: 118 – Errada 119- Correta

Competências do Presidente da República São de iniciativa privativa do presidente da República as leis que disponham sobre (OAB-SP/135º/Cespe/2008): A) normas gerais para a organização do Ministério Público e do Poder Judiciário dos estados, do Distrito Federal e dos territórios. B) a fixação do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). C) matéria tributária. D) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta. Resposta: D

Desapropriação

QUESTÃO 4 - Considerando a desapropriação no ordenamento jurídico brasileiro, assinale a opção correta (Procurador de Estado-CE/Cespe/2006).

A O procedimento da desapropriação compreende as fases declaratória e executória. Na primeira, a declaração expropriatória pode ser feita somente pelo Poder Executivo, ao passo que a fase executória desenvolve-se apenas no âmbito do Poder Judiciário.

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B Depende de autorização do presidente da República a desapropriação pelos estados, pelo Distrito Federal (DF) e pelos municípios de ações ou cotas de empresas cujo funcionamento dependa de autorização do governo federal e se subordine à sua fiscalização. C A declaração de utilidade pública não confere ao poder público o direito de penetrar no bem, ainda que para fazer verificações ou medições. D A desapropriação de imóveis rurais é sempre de competência da União. E A lei não pode atribuir poder expropriatório a entidades da administração indireta, visto que os únicos sujeitos ativos da desapropriação são a União, o DF, os estados e os municípios. Resposta: B