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Experiência Brasileira na pesagem de cargas Líquidas

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Experiência Brasileira na pesagem de cargas Líquidas

A fiscalização de peso nas rodovias é feita por diversos motivos, sendo os principais:

A) Preservar o pavimento;

B) Garantir a segurança dos usuários das rodovias;

Outras fiscalizações visando segurança:

Em 2006 houve questionamento sobre a eficácia dos sistemas de RaioX e detecção de metais utilizados nos aeroportos.

Resposta: A fiscalização passou a ser feita com MAIS rigor até que essas questões fossem resolvidas.

Em 2003 houve questionamento sobre a eficácia dos sistemas de pesagem dinâmica para fiscalização de cargas líquidas.

Resposta: A fiscalização foi suspensa.

Algum tempo depois, a fiscalização foi retomada de forma precária (pelas notas fiscais) e até hoje é feita apenas dessa forma, quando possível.

Qual o questionamento?

A OIML não recomenda explicitamente a utilização de instrumentos de pesagem dinâmica para cargas líquidas.

Nota: A OIML não proíbe, nem faz nenhuma recomendação contra a utilização de instrumentos de pesagem dinâmica para a pesagem de cargas líquidas. Apenas não cita o assunto em suas recomendações.

A OIML também não recomenda explicitamente a utilização de instrumentos de pesagem dinâmica para:

• Pesagem de contêineres com conteúdo desconhecido no momento da pesagem

• Fiscalização noturna • Cargas vivas Essas cargas seguem sendo fiscalizadas normalmente. Porque o INMETRO proibiu a utilização de instrumentos

de pesagem dinâmica APENAS para cargas líquidas? Existe uma ALEGAÇÃO de que o peso se desloca entre os

eixos causando resultados indevidos.

Quais a evidências desses supostos erros?

? Na impossibilidade da realização de testes mais

conclusivos, a fiscalização foi proibida. No entender da comunidade envolvida na

fiscalização, isso é um convite ao trafego de veículos sobrecarregados.

A comunidade então se reuniu para confirmar a veracidade (ou não) dessa alegação.

• 2001 O IPEM-SP realiza uma “avaliação de desempenho” utilizando

dois caminhões com carga líquida (água) na Rodovia dos Imigrantes e na Rodovia Anchieta;

• 2005 O Laboratoire Central des Ponts et Chaussés, na França realiza testes

de pesagem dinâmica envolvendo quatro veículos com carga sólida e um com carga líquida, comparando os resultados;

• 2007 O INMETRO realiza testes de pesagem dinâmica com carga líquida (água) em

balanças localizadas na Rodovia Anhanguera, operada pela AutoBAn, utilizando seis caminhões com carga líquida (especialmente água);

Conclusões:

Esses testes (realizados em 2001, 2005 e 2007) não foram considerados conclusivos nem pelo INMETRO nem pelos demais interessados:

A) por terem sido realizados em um passado longínquo e não terem contado com a participação mais intensa dos interessados (os de 2001);

B) pela divulgação considerada insuficiente;

C) Por terem apresentado resultados questionados pelos transportadores, especialmente os de 2007, em função de terem sido realizados num equipamento com um pequeno desvio de calibração.

Importante ressaltar aqui, que mesmo nos testes de 2007, os resultados se enquadraram dentro das tolerâncias operacionais de 5%

Mas, todos esses testes não foram em vão! Motivaram toda a comunidade para a realização de ensaios mais completos e conclusivos, e com divulgação mais ampla.

Os testes de 2010 Utilização de líquidos normalmente transportados nas

rodovias: • Álcool • Acrilato de butila • Emulsão asfáltica • Gasolina • Glicol • Amônia • Soda cáustica • GLP • Cargas sólidas • Etc.

Os testes de 2010 Utilização de veículos de diversas classificações

diferentes: • 3C (Inclusive o caminhão padrão do IPEM-SP)

• 2S3

• 3S3

• 3I3

• 3S2B2

Os testes de 2010 Pesagem veículos em condições adversas:

• Veículos com meia carga

• Veículos com e sem “quebra-onda”

• Veículos com problemas de suspensão (mola quebrada)

• Veículos com pneu furado (utilizando rodoar)

• Veículos com pneus descalibrados

• Veículos trafegando a velocidades ACIMA da permitida pelo equipamento

Os testes de 2010 Foram realizadas milhares de pesagens, com a participação de

representantes de diversas instituições, entre elas: • INMETRO e IPEM-SP • Associações/transportadores (ABIQUIM, Ultracargo, ABTLP, NTC,

etc.) • DENATRAN • Fiscalizadores (ANTT, DER-SP) • Fabricantes de balanças (PAT, Toledo, Politran, Omega) • Universidade Federal de Santa Catarina • Ministério dos Transportes • Concessionárias (Ecovias, CCR) • Operadores (DIEFRA, LENC) • ABCR

3S3 carregado com GLP, sendo pesado com um pneu furado mantido a 70 PSI pelo rodoar

Para TODOS os veículos, os resultados se enquadraram como APROVADOS em todos os critérios de avaliação determinados pela portaria de aprovação de modelo do instrumento utilizado (TOLEDO CET 10/6).

Nenhuma pesagem apresentou erro superior às tolerâncias permitidas (5% para o PBT e 7,5% para os grupos de eixos)

NENHUM caminhão com peso legal teria sido multado a partir dessas pesagens!

Não obstante, segue a proibição da fiscalização de peso através de instrumentos de pesagem dinâmica nas rodovias brasileiras.

Porque ?

Obrigado!

Roberto Mastrangelo

PAT Traffic – Diretor de tecnologia.