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Jornada do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais B e C
Experiência do Município de São Paulo na investigação de criança
exposta às hepatites B e C
31 de agosto de 2016
Programa Municipal de Hepatites Virais
Centro de Controle de Doenças - CCD
Coordenação de Vigilância em Saúde – COVISA
Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo – SMS/SP
Município de São Paulo
População:11.638.802 hab Fonte: Estimativa da Fundação SEADE - estimativa 2016
Território 1.509 Km2
Nascidos Vivos: 176.256 nv
Fonte: SINASC/CEInfo/SMS-SP – estimativa 2015
96 Distritos Administrativos
31 subprefeituras
Secretaria Municipal de Saúde
• 6 Coordenadorias Regionais de
Saúde (CRS)
• 1 Coordenação de Vigilância em
Saúde (COVISA)
• 25 Supervisões Técnicas de Saúde
(STS) /26 Supervisões de Vigilância
em Saúde (SUVIS)
• Equipamentos:
• 449 UBS;
• 8 HD/Rede Hora Certa;
• 32 AE e AMA E;
• 13 SAE;
• 13 CTA.
Considerações Iniciais -
Transmissão vertical da Hepatite B
principalmente no momento do parto,
- A infecção pelo VHB quando ocorre ao nascimento é
assintomática;
- a chance de se tornar portador crônico é de até 90%;
- em torno de 25% destes portadores desenvolvem cirrose
ou hepatocarcinoma;
Considerações Iniciais
Transmissão vertical das Hepatites B
-Portanto, mesmo com a realização adequada da
profilaxia para prevenção da Transmissão Vertical
da Hepatite B, teremos uma porcentagem de
crianças adquirindo a infecção ao nascimento.
- As medidas usadas para prevenção da transmissão
vertical do VHB imunização ativa (vacina) e passiva
(imunoglobulina) - administradas até 24 horas após o
nascimento, tem demonstrado alta eficácia, reduzindo-a
em 85% a 95%.
Considerações Iniciais
TRASMISSÃO VERTICAL HEPATITE C
predominantemente, no momento do parto.
- A transmissão vertical da hepatite C em torno de 5% a 6%, sendo
duas a três vezes maior se a mãe for coinfectada com HIV.
- Teste para hepatite C (anti VHC) nas gestantes não é indicado na
rotina do pré-natal, exceto quando apresentarem fatores de risco para
infecção pelo VHC como: coinfecção HIV, uso de drogas ilícitas,
antecedentes de transfusão ou transplante antes de 1993,
mulheres submetidas a hemodiálise.
Etapas do planejamento
* Perguntas:
-Como identificar estas crianças? Qual definição
de caso de crianças infectadas pelo VHB e
VHC?
-Quantas são no município de São Paulo?
- Como e onde acompanhar ?
Definição de caso de Criança Exposta -
-Recém nascido ou criança com até
24 meses de idade, filho de mãe com
Hepatite B (HBsAg reagente) ou
Hepatite C (VHC-RNA reagente)
- Como identificar estas crianças? Qual definição
de caso de crianças infectadas pelo VHB e VHC?
- Levantamento das crianças que receberam
imunoglobulina hiperimune para hepatite B (HBIG):
Ano - RN exposto
2011 - 253
2012 - 225
2013 - 236
2014 - 295
*Dados até dezembro de 2014
•Mães portadoras de Hepatite B notificadas no **SINAN: 39,6%
** Hepatite B e C são Doenças de Notificação Compulsória desde
1999.
Conhecer o número de crianças expostas ao VHB :
Quantas são as crianças infectadas pelo VHB no
município de São Paulo?
252/ ano
Proposta para acompanhamento da criança exposta:
Controle sorológico Hepatite B:
- 30 a 60 dias após a última dose da vacina:
HBsAg e anti-HBs quantitativo
- 18 meses de vida:
HBsAg, anti-HBc Total e anti-HBs
Controle sorológico Hepatite C:
- 18 meses de vida:
Anti-VHC e VHC-RNA
Onde fazer o acompanhamento da criança exposta:
Hospital Menino Jesus - Ambulatório
- Como e onde acompanhar ?
Etapas do planejamento
-Como identificar estas crianças? Qual definição
de caso de crianças infectadas pelo VHB e
VHC?
-Quantas são no município de São Paulo?
- Como e onde acompanhar ?
Implantação da Notificação e acompanhamento da
criança exposta aos vírus das hepatites B e C
- Apresentação do projeto para as SUVIS (Supervisões de Vigilância em Saúde)
e Serviços especializados pelo Programa Municipal de Hepatites Viras e
Hospital Menino Jesus – (Setembro 2012);
- SUVIS divulgam o projeto da notificação da criança exposta para as Unidades
de Saúde da sua área de abrangência – (a partir de 2012);
- Início das notificações em janeiro de 2013;
- “ I Simpósio de transmissão Vertical” para a rede de assistência ambulatorial e
hospitalar, tanto pública quanto privada (2013).
- Sistema on-line no FormSUS para registro das notificações e do
acompanhamento da criança até o diagnóstico final (2015);
- Descentralização do atendimento da criança exposta para diminuir a
perda de seguimento ( 2015/2016);
-Implantação da notificação da gestante portadora de Hepatite B e C
(2016/2017).
Implantação da Notificação e acompanhamento da
criança exposta aos vírus das hepatites B e C
Notificação e acompanhamento ds gestante portadora de hepatite B/C no pré-natal;
Elaboração de FIE da gestante :
Avaliação - crianças expostas ao vírus da Hepatite
B e C, município de São Paulo
Dados retirados do banco de criança exposta FormSUS em 24
de agosto de 2016
Janeiro de 2013 até agosto 2016 : notificados 453
RNs expostos ao VHB (324) e VHC (129);
10 residentes em outro município:
- 7 expostos ao VHB (Embú/ Guarulhos/ Osasco/
Rio Grande da Serra/ São Caetano) e
- 3 ao VHC (Itapecerica da Serra/
Itaquaquecetuba/ Osasco)
• Vacina APÓS 24 horas de vida: 2 RNs (0,6 %), 16 sem registro ou ignorado;
• Não Receberam HBIG 27 (8,5 %) RNs – período em falta: segundo semestre 2012;
• 13 casos: mãe HBsAg reagente pela vacina ;
• País: Bolívia- 11, China-10, Angola- 3, Haiti- 2, Nigéria-1 (Total- 27)
• Encerrados 74 casos: 62 “não infectado”, 47 “perda de seguimento”,
3 “óbito por outras causas” e 2 “infectado”.
*Fonte: banco de criança exposta FormSUS em 24/08/2016
Notificações de RNs expostos ao VHB, nascidos e
residentes no Município de São Paulo, 2013 a 2016 :
317 notificações
NOTIFICAÇÃO CRIANÇA EXPOSTA AO VHB
caso 1 – Mãe e 2 filhos com hepatite B:
Notificação do RN pelo HMLMB em 24/04/2013
recebeu vacina e HBIG
Data do parto= 06/02/2013
mãe - HBsAg reagente /Anti-HBc total reagente/ Anti-HBc IgM negativo
HBeAg reagente
* Mãe e avó brasileiras notificadas no SINAN desde 2008.
Sorologia da criança em 2016, com 3 a 1m= HBsAg reagente / AntiHBc total
reagente/ AntiHBc IgM negativo
Investigação de comunicantes:
- irmã, 8 anos, HBsAg reagente / AntiHBc total reagente/ AntiHBc IgM negativo
NOTIFICAÇÃO CRIANÇA EXPOSTA AO VHB
caso 2 – Notificação do RN pelo UBS VP – caso acompanhado desde pré-
natal
Data do parto= 24/05/2015
mãe - HBsAg reagente /Anti-HBc total reagente/ Anti-HBc IgM
negativo
HBeAg reagente
Origem : China
criança recebeu vacina e HBIG
sorologia da criança em 25/06/16 1ano e1m = HBsAg reagente/ Anti-
HBc total reagente/ Anti-HBc IgM negativo
Notificações de RNs expostos ao VHC, nascidos e
residentes no Município de São Paulo, 2013 a 2016
-Definição de caso : Recém nascido ou criança
com até 24 meses de idade, filho de mãe com
Hepatite C (VHC-RNA reagente)
- 44 gestantes só anti-VHC
- 82 gestantes VHC-RNA reagente
*Fonte: banco de criança exposta FormSUS em 24/08/2016
• Encerrados 32 casos: 20 “não infectado”, 8 “perda de
seguimento” e 4 “infectado”
• 4 infectados:
1 mãe coinfecção HIV e usuária de drogas;
1 mãe recebeu transfusão antes de 1993;
2 mães não foi possível identificar o risco.
• 1 criança com PCR indetectável aos 2 anos e 11 meses .
*Fonte: banco de criança exposta FormSUS em 24/08/2016
TRÊS GERAÇÕES DE HEPATITE C? :
Notificação pelo HC-FMUSP de RN nascido em 21/03/2016, sexo
feminino, como criança exposta à hepatite C
Mãe DN=05/11/1994, HCV POR TRANSMISSÃO VERTICAL
Avó DN=09/10/1965, HVC POR USO DE DROGAS
Fonte: banco de criança exposta FormSUS em 25/04/2016
- Inclusão deste agravo na legislação que define as Doenças de
Notificação Compulsória ;
- Fluxo adequado: coleta da sorologia antes da vacinação da gestante;
- Diminuir a subnotificação :
Relacionar as notificações de crianças expostas com notificações das
mães no SINAN;
Levantamento das gestantes HBsAg reagente no sistema laboratorial
do município;
Relacionar os dados: crianças que receberam HBIG /crianças e mães
notificadas;
- Diminuir a perda de acompanhamento;
- Implantar a notificação da gestante com hepatite B e C durante o pré-
natal.
PROPOSTAS/DESAFIOS:
CENTRO DE CONTROLE DE DOENÇAS: Rosa Maria Dias Nakazaki
SUBGERENTE DE DOENÇAS CRÔNICAS TRANSMISSIVEIS:
Inês Kazue Koizumi
PMHV
Celia Regina Cicolo da Silva – COORDENADORA
Carlos Marquez Alvarez
Clóvis Prandina
Helena A. Barbosa
Maiara Martininghi
Maria Eunice Rebello Pinho
Ricardo Antonio Lobo