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EXPLICAÇÃO SOBRE FAMÍLIA
O conceito “comum” que temos de família é: grupo de pessoas que estão juntas por laços
consangüíneos (que normalmente vivem no mesmo lar). Esses laços são, não obstante,
fortalecidos por fatores tais quais a tradição, a religião, o nome, as vitórias, etc.
Normalmente os entes familiares procuram manter estes laços, ainda que, no fundo não
as agrade totalmente. Desta maneira somos, em geral, influenciados pelas tradições,
costumes, estruturações psicológicas, religiões, etc. de nossos parentes.
A esses laços invisíveis que prendem os entes de uma família dá-se o nome de
APEGO.
O APEGO é um sentimento que, erroneamente, constantemente se confunde com
o amor, mas ao contrário deste, o apego é um sentimento negativo, daninho e chega
muitas vezes a ser perverso, sendo prejudicial para todos, ou seja, tanto para aqueles que
o sentem, como para aqueles que são o motivo dele. Não obstante, muitos poucos de nós
estamos livres de sentirmos tal sentimento, bem como de sermos vítimas dele.
O AMOR por sua vez, como dissemos acima, não tem nada a ver com o apego. O
AMOR nada cobra; quer apenas que a outra pessoa seja feliz, ainda que longe da gente...
Ainda que não compartilhemos dos mesmos ideais... Ainda que não trilhemos os mesmos
caminhos... O AMOR não tem rancor, nem guarda mágoas.
Muitas vezes, quando opera o defeito psicológico do APEGO em uma relação, ela
fica privada de bom senso. Daí, acabamos por perdoar, quando deveríamos repreender;
calamos, quando deveríamos falar; falamos, quando deveríamos calar...
Muitas vezes, ainda, acabamos por fazer aquilo que não achamos correto e
cedemos somente para agradar, devido ao apego.
O APEGO É UM SENTIMENTO MUITO NEGATIVO. Devemos nos analisar
profundamente durante o dia e, durante essas observações, quando surgir o apego, tratar
de compreendê-lo. Que cada um tire seu próprio conhecimento interior destas
observações e compreendam por si mesmos aquilo que vos escrevo nesta lição. Somente
assim estarão maduros para pedirem de instante em instante, de momento em momento,
toda vez que sentirem o ‘gosto psicológico’ do apego em si mesmos, a eliminação de tal
defeito.
Disse o Cristo: “ Não julgueis que vim trazer a paz sobre a terra. Vim trazer não a
paz, mas a espada (obs: o fogo sagrado). Eu vim fazer a divisão entre o filho e o pai,
entre a filha e a mãe, entre a nora e a sogra, e os inimigos do homem serão as pessoas
de sua própria casa.
Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu
filho mais que a mim, não é digno de mim. Quem não toma a sua cruz e não me segue
não é digno de mim. Aquele que tentar salvar a sua vida, perdê-la-á. Aquele que a perder,
por minha causa, reencontrá-la-á.” (Matheus 10, 34-39)
“Vieram ter com ele sua mãe e seus irmãos e não podiam aproximar-se por causa
da concorrência do povo. E lhe comunicaram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e
querem ver-te. Ele, porém, lhes responderam: Minha mãe e meus irmãos são aqueles
que ouvem a palavra de Deus e a praticam.” (Lucas 8, 19-21)
QUANDO DESDOBRAMOS EM ASTRAL CONSCIENTEMENTE OUDESENCARNAMOS:
FAMÍLIA É TODA A HUMANIDADE
Reflitamos... Se ampliarmos o conceito de família, levando em conta os
mandamentos do Cristo (amar uns aos outros como a si mesmos, fazer aos outros o que
gostaríamos que fizessem a nós...) poderemos dizer, então, que a verdadeira família são
todas as pessoas do mundo. Admitamos, de uma vez, que uma pessoa depende da outra
- independentemente do trabalho que faça e de seu nível de ser pessoal - e, deste modo,
ajudamos alguns e somos ajudados por muitos. Isso nos faz lembrar, pois ambos falam
das mesmas coisas, da COMPAIXÃO pregada pelo Buda. Porém, não façamos da
caridade uma religião. A caridade, não obstante, é uma obrigação. Aliviar o sofrimento dos
outros é, sim, uma obrigação de todos nós. A compaixão é uma característica da
essência. A compaixão provém do coração e da consciência. Deve ser algo natural,
suave; assim como tudo que provém do coração tranqüilo.
Por isso, repetimos, é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que
um rico entrar no reino dos céus. Rico é aquele que se ilude com o mundo do poder e das
aparências e deixa de tratar as pessoas com igualdade. Rico é aquele que pensa valer
mais que os outros. Rico é, finalmente, aquele que não ama aos outros como a si mesmo.
Precisamos com urgência máxima cumprirmos os mandamentos do Cristo. Não em
palavras, ou atitudes exteriores, mas sim estabelecendo este estado de bem-aventurança
dentro de nós mesmos, definitivamente, com os TRÊS FATORES DE REVOLUÇÃO DA
CONSCIÊNCIA.
Portanto, o defeito psicológico do apego é responsável por nos induzir a tratar com
discriminação aqueles que não são da nossa família consangüínea; fazendo com que não
tratemos todas as pessoas do mundo de forma igual. Porém, cuidado aí, quando nos
referimos a tratar com igualdade, quer dizer, tratar com justiça, sabedoria e amor.
Ainda, para encerrar, e aproveitando para ampliar um pouco aquilo que se pode
escrever sobre o apego, diremos que ele, por exemplo, nos pode impedir de realizar o
desdobramento astral. Trata-se do apego ao nosso próprio corpo físico. Assim, deste
modo, como acima dissemos, se estamos seguros em seguir o caminho da sabedoria,
devemos analisarmo-nos profundamente através da auto-observação e, ato contínuo,
pedirmos a Nossa Divina Mãe Kundalini para que elimine de nossa psique todas essas
pequenas raízes, formas diminutas do defeito do apego, os quais, por sua vez, alimentam
a grande árvore deste sentimento que facilmente nos pode tirar do caminho secreto.
Existe alguns postulados, muito usados na escola gnóstica, que vem bem ao caso
textualizá-los aqui: “a senda do fio da navalha é mais amarga que o fel” (seja pelas
crises de arrependimento que necessariamente todos devem passar, conforme vamos
nos conscientizando dos nossos próprios defeitos, que por vezes custam a morrer; seja
por causa das pedras, farpas, incompreensões que nos lançam, por sermos fiéis em fazer
a coisa certa - lembremos que o próprio Cristo foi humilhado por somente dizer verdades,
apontar o caminho real a todos quantos quisessem ouvi-lo e amar a todos como a si
mesmo); “temos que aprender a sacrificar os nossos próprios sofrimentos” (temos
que matar as raízes mais profundas do ego, para que surja a verdadeira compreensão da
verdade, que, como dissemos, vem de Deus).