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REVISTA DA ESCOLA BÍBLICA REVISTA DA ESCOLA BÍBLICA REVISTA DA ESCOLA BÍBLICA REVISTA DA REVISTA DA ESCOLA BÍBLICA ESCOLA BÍBLICA REVISTA DA ESCOLA BÍBLICA EXPLORANDO O DISCIPULADO ANO 1 - EDIÇÃO 07/2017 ANO 1 - EDIÇÃO 07/2017 ANO 1 - EDIÇÃO 07/2017

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REVISTA DA ESCOLA BÍBLICAREVISTA DA ESCOLA BÍBLICAREVISTA DA ESCOLA BÍBLICAREVISTA DA REVISTA DA ESCOLA BÍBLICAESCOLA BÍBLICAREVISTA DA ESCOLA BÍBLICA

EXPLORANDOO DISCIPULADO

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Qualquer parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida desde que se faça a indicação da fonte.

PASTOR PRESIDENTE João Luiz de Sá Melo

PASTOR DE ENSINOPedro Santiago Barbuto

AUTORPedro Santiago Barbuto

REVISORESJuliana MarquesThiago Marques

ARTE & DIAGRAMAÇÃO João Gabriel Rocha

João JuniorThiago Borges

Editora GráficaGrupo Smart Printer

Sumário

Explorando o Discipulado

Cristão ou Discípulo?.....................página 2

Jesus Chama ao Seguimento......... página 4

Um Chamado de Compromisso.......página 6

Discípulos de Quem?.....................página 8

Quando Começa o Discipulado?....página 10

Onde Começa o Discipulado?........página 12

Sem Graça Não Tem Graça............página 14

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ApresentaçãoApresentaçãoApresentação

Com exceção da morte e ressureição, penso que este é um dos momen-tos mais dramáticos da História de Jesus entre nós. Não para o Mestre, mas para os seus discípulos. Eles conviveram diariamente com o Messias por mais ou menos 3 anos e, agora, Jesus se despede dando a eles esta missão: “vão e façam discípulos”.

“Como assim?” – eles podem ter pensado – “Nós que somos discípu-los, agora seremos os discipuladores?” Talvez Simão Pedro estivesse remoendo em sua mente, agora sob um outro aspecto, uma pergunta que fizera anteriormente: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna”...

Bom, não sabemos se houve certo temor ou quais outros tipos senti-mentos surgiram naquele tempinho que ficaram olhando para o céu até serem interrompidos por aqueles dois homens vestidos de branco dizendo: “Galileus, por que vocês estão olhando para o céu? Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir” (Atos 1,10). Contudo, sabemos do que houve depois da descida do Espírito Santo: as Boas Novas do Reino de Deus foram espalhadas por todo o mundo conhecido com autoridade e poder vindo do alto, como Jesus havia prometido (Lucas 24,49). Multiplicou-se em progressão geométrica o número de discípulos de Jesus.

O discipulado, ordenado por Jesus, aconteceu e aqui estamos para nos ocupar em estar nos próximos meses...

EXPLORANDO O DISCIPULADO.

Abração, Pr Pedro Barbuto

“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos” Mateus 28,19-20.

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CRIS

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DISC

ÍPUL

O?

Segunda: At 11,22-26

Terça: At 26,1-29

Quarta: 1Pe 4,14-16

Quinta: Mt 8,22; Mt 9,9

Sexta: Mt 19,21; Mc 1,17

Sábado: Jo 1,43; Jo 21,19

Por Pedro Barbuto

Lição 1

CRISTÃO

Nossa intenção hoje não é definir o nome correto para aqueles que se põem no seguimento de Jesus, mas investigar um pouco a origem desses dois termos utilizados por nós.

É interessante constatar que, para muitos, ainda é motivo de surpresa o fato de que, na Bíblia, os seguidores de Jesus são identifi-cados apenas três vezes pelo nome “cristão". Sério!? Sim, é. verdade. Por meio da história e da Bíblia, nosso convite é que debrucemos sobre essas duas designações.

Tácito, um historiador romano, utiliza o termo christianus, o que indica a difusão do termo “cristãos” em Roma, por volta do final do primeiro século e início do segundo para designar os que seguiam um certo homem judeu, chamado Jesus, a quem atribuíram o título de o Christos (em hebraico HaMashiah; em português O Ungido).

A primeira vez em que o termo aparece é em Atos 11,26, contando que em Antioquia, por volta do ano 43, pela primeira vez os seguido-res de Jesus receberam a alcunha de “cristãos”. Pelo fato de existi-rem muitos documentos em que se constata um uso corriqueiro do termo entre os romanos e pela sua inexpressiva utilização na Bíblia, acredita-se que provavelmente foram os gentios que os reconhece-ram assim: como um grupo religioso que surge do judaísmo, mas que tem forte ligação ao nome de Cristo. Originalmente, com toda probabilidade, um apelido depreciativo.

A segunda vez reforça um pouco as ponderações já realizadas, pois o termo aparece na boca do rei Agripa que se dirige a Paulo após o apóstolo realizar sua defesa: “Você acha que em tão pouco tempo pode convencer-me a tornar-me cristão?” (Atos 26,28).

Já na terceira vez, o termo aparece na boca de Pedro: “...se sofre como cristão, não se envergonhe, mas glorifique a Deus por meio desse nome” (1Pe 4,14-16). Falando dentro de um contexto em que os seguidores de Jesus estão sofrendo perseguição de autoridades (não só mais judaicas, mas) gentílicas, o apóstolo faz referência à expressão utilizada pelos seus perseguidores a mando de Roma.

Sinceramente, pouco importa se o termo foi cunhado por aqueles que pertenciam ao Império que se opôs à expansão do Reino de Deus. Eles foram derrotados pelo nome que está acima de todo nome – Jesus, o Cristo. O Império Romano ruiu e o Reino de Deus floresceu e permanece até hoje. Aleluia!

Com toda certeza, este nome é muito aproveitável. A intenção pode ter sido de menosprezar e inferiorizar os seguidores de Cristo aplicando-lhes um termo que carregava a conotação “cristinhos” (pequenos cristos). Contudo, de fato, como disse João, o Batista, “importa é que ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30). Como Paulo testemunhou: “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a

EXPLORANDO O DISCIPULADO - PÁGINA 2

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DISCÍPULOS

Para esta lição, ainda gostaríamos de trabalhar mais um termo intimamente relacionado ao discipulado e presente na vocação de todos os mathetes (discípulos) de Jesus. Trata-se da palavra akolotheo, “seguir”, que indica a ação daquele que responde à chamada de Jesus e cuja vida recebe novas diretrizes em obediência. Esta palavra é presente em todos que foram vocacionados por Jesus e vieram “após Ele”. São aqueles que se dispuseram a caminhar com Cristo.

Esta palavra, é bem verdade, aparece relacionada algumas vezes às multidões que seguiam Jesus (Mt 4,25; 8,1; 21,9; Mc 10,32), o que não permite inferir disto qualquer vocação ou convicção, mas ela adquire uma significância especial quando está relacionada a indivíduos. Jesus sempre a usa no imperativo quando chama os discípulos (Mt 8,22; 9,9; 19,21; Jo 1,43; 21,19; Mc 1,17). Quando Jesus chama é sempre para um discipulado decisivo e íntimo.

Jesus não esperou por seguidores voluntários, mas O Mestre chamou e chama com autoridade divina homens e mulheres para uma Caminhada íntima, da mesma forma que Deus vocacionou seus profetas no Primeiro Testamento.

Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos (Mt 28,19-20).

Então... Sejamos cristãos? Sim! Apesar de o termo não ter nascido no meio dos seguidores de Jesus, podemos utilizá-lo, pois devemos ser pequenos Cristos. Mas sejamos também aquilo que Jesus propôs para seus seguidores: discípulos, comprometidos com o Mestre na Caminhada para a qual nos chamou. E cumpramos a missão que nos foi dada: ser discipula-dores.

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pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gálatas 2,20). Realmente, se buscamos ter a mente de Cristo a tal ponto que as palavras, ações e atitudes reflitam Cristo em nós, sejamos, então, pequenos cristos – cristãos.

De Jesus a beleza se veja em mim

Seu amor e pureza revele assim

Oh, que todo meu ser

Possa se converter

Na beleza de Cristo Jesus em mim

A despeito da beleza que se pode encontrar no nome “cristão”, o fato é que “discípulo” é o termo utilizado pelos do Caminho para designar os seguidores de Jesus. A palavra grega mathetes (no hebraico, talmid) significa “discipulo”, “aprendiz”, “aluno” e ocorre 264 vezes no Segundo Testamento, exclusivamente nos Evangelhos e em Atos. Uma pessoa é chamada de mathetes quando se vincula a outra pessoa (um Mestre) a fim de adquirir seu conhecimento prático e teórico.

Discipulado é a relação estabelecida por Jesus com os 12 e seus seguidores. É uma relação que indica compromisso e relacionamento professor-aluno. Somos chamados a nos comprometer com Jesus e uns com os outros para não escutar do nosso Mestre a repreensão: “Por que vocês me chamam 'Senhor, Senhor' e não fazem o que eu digo?” (Lucas 6,46).

CHAMADOS PARA SEGUI-LO

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JESU

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AOSE

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ENTO

Por Pedro Barbuto

Lição 2

UM CHAMADO PROMOTOR DE MUDANÇAS

Já falamos, na lição passada, que Jesus sempre chama para um discipulado decisivo e íntimo. Vimos também que Jesus não esperou por seguidores voluntários. O Mestre chamou e chama com autorida-de divina homens e mulheres para uma Caminhada íntima com Ele da mesma forma que Deus vocacionou seus profetas no Primeiro Testamento.

Segunda: Jo 12,23-26

Terça: Mt 10,17-28

Quarta: Mt 4,17-23

Quinta: Gl 5,13-23

Sexta: Mt 19,16-30

Sábado:Mt 22,37-39

Quem me serve precisa seguir-me [akoloutheo]; e, onde estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai honrará. (Jo 12,26).

O texto do Evangelho de João (12,26) dá a profundidade do compro-metimento da Caminhada (“onde estou, o meu servo também estará”) no tocante ao compartilhamento da vida e intimidade como Mestre e, por outro lado, indica as consequências espirituais para a vida do discípulo (“Aquele que me serve, meu Pai honrará”). Ser discípulo é colocar sua vida toda ao seguimento do Mestre.

O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo acima do seu senhor. Basta ao discípulo ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. (Mt 10,24-25)

Quando lemos o texto do Evangelho de Mateus, estamos diante da expectativa de vivência do discípulo: a mesma do Mestre. Espera-se que o discípulo seja semelhante ao Mestre. Logo, quem o segue se engaja na tarefa de promover o projeto do Reino de Deus que está “próximo” (Mc 1,15 “próximo” ou “entre nós”). São homens e mulhe-res enviados a homens e mulheres (Mt 15,24/10,5-6), com a mesma mensagem (Mt 4,17/10,7) para fazer as mesmas obras poderosas (Mc 3,14-15), utilizando a mesma ferramenta do Mestre: o discipula-do (“fazei discípulos”).

A intimidade com Jesus transforma aquele que decide ser seu discípulo dando-lhe um novo sentido na vida: os que eram pescado-res de peixes agora são “pescadores de homens” (Mt 4,19). É o chamado de Jesus que nos constrange a agir e é a pessoa e o ministério de Jesus que servem de parâmetro para a missão. Assim, quando Jesus ressignifica a profissão daqueles homens, a partir do chamado de um relacionamento com Ele, para serem “pescadores de homens” significa que eles têm por missão resgatar a humanidade perdida, com suas angústias, medos, contradições e outras manifes-tações patológicas ou não, mas que carrega consigo aquilo que na criação foi identificado como ser a imagem e semelhança de Deus. É somente através do poder transformador e, principalmente, salvador do Evangelho e da vivência dos princípios e valores do Reino de Deus que essa realidade se transforma, embora não na plenitude da perfeição que se tinha na criação, mas como diz o apóstolo: “Não que eu já tenha alcançado ou que seja perfeito; mas vou prosseguindo,

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UM CHAMADO QUE NOS ALINHA COM OS PRINCÍPIOS E VALORES DO REINO DE DEUS

Uma passagem presente em 3 das 4 narrativas do Evangelho, nos dá dois ensinamentos: 1) que o discipulado não é para o atendimento dos nossos caprichos; 2) a exigência presente na vocação feita por Jesus é profunda e, embora imperativa, não é coercitiva.

Estamos falando da passagem do Jovem Rico (Mt 19,16-30; Mc 10,17-25; Lc 18,15-17) que se aproxima de Jesus e pergunta: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?” Num primeiro momento, parece que estamos diante de alguém com preocupações elevadas, com as “coisas do alto” ou com o que “realmente importa”, mas não! A proposta do Reino de Deus não é somente para uma vida após a vida, mas para vida nesta vida e transformações por princípios e valores do Reino de Deus.

Não tendo nada que o preocupe nesta vida, baseando sua segurança em sua realidade financeira, o jovem só se ocupa de resolver aquilo que acredita ser o SEU único problema: a vida eterna. Então, para esse jovem, Jesus realiza o convite nos mesmos moldes dos demais discípulos, mas evidencia um valor do Reino de Deus que consiste em se ocupar com o cuidado e bem-estar do próximo: “Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me” (Mt 19,21). Confrontado com valores que nunca antes cogitou e sem disposição a abraçar, pois não atendia as suas expectativas, o rapaz declina do convite. Ele prefere manter valores que atribuíam maior importância aos seus bens terrenos.

Jesus não chama para uma religiosidade, mas para o discipulado, que implica comparti-lhamento da vida e cuidado mútuo – Pastoreio Mútuo, para lembrar do termo utilizado em estudos passados. Embora tivesse uma conduta exemplardiante da interpretação dos mandamentos pelos judeus; embora pudesse usar as mesmas palavras de Paulo quando diz “quanto a justiça que há na Lei, eu era irrepreensível”, a recusa daquele jovem evidencia que estava violando a essência de toda a Lei e dos Profetas: “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento (...) Ame o seu próximo como a si mesmo” (Mt 22,37-39). Jesus amou aquele jovem e oportunizou sua inserção na caminhada, mas “onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mt 6,21).

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procurando alcançar aquilo para que também fui alcançado por Cristo Jesus” (Fl 3,12). De fato, prossigamos, Jesus nos chamou a uma caminhada!

Nesse contexto, cabe uma ponderação: a diferenças dos pescadores que pescam com rede, e não com isca e anzol. Alguns tem pregado UM evangelho com iscas, promessas de prosperidade, riquezas e bênçãos materiais que fisgam e prendem com anzóis, difíceis de se desprender. Mas fomos chamados para a liberdade, não para atender às nossas vonta-des, mas para servirmos uns aos outros (Gl 5,13). Há muitos “evangelhos” com as mais diversas iscas para serem fisgadas por aqueles que se sentirem atraídos pelo apetitoso engodo, mas O Evangelho de Jesus Cristo é único e inegociável. Cumpramos plenamente nosso ministério (2Tm 4,1-5).

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Por Pedro Barbuto

Lição 3

DESDE SEMPRE E CONTINUA

Segunda: Rm 12,1-2

Terça: Mt 5,13-16

Quarta: At 2,42-47

Quinta: Lv 11,44-45; 1Pe 1,13-16

Sexta: Dt 5,6-10;Jo 14,12-21

Sábado: Mt 28, 18-20

Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno. Eles não são do mundo, como eu também não sou. (...) Assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo. (João 17,15-16.18).

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12,2)

Esses dois versículos vão nos ajudar a compreender nossa dupla relação com o mundo. A primeira dimensão desse relacionamento é que estamos no mundo em missão, enviados por Jesus, para testemunhar e servir às pessoas. A segunda é que não devemos nos deixar amoldar (ou não nos conformar) aos padrões / princípios / valores mundanos. Lembrando o registro do Evangelho de Mateus (5,13), estamos no mundo para fazer a diferença sendo sal e luz.

Devemos ser diferentes, mas não esquisitos! Não é por uma maneira de vestir ou por um vocabulário próprio e codificado que devemos ser identificados. Foi pelo acolhimento que a igreja se fez notória nos seus primeiros momentos de vida, conforme verificamos no Livro de Atos (2,44-47) em expressões como “mantinham-se unidos e tinham tudo em comum”, “participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração”.

Essa dupla relação que abordamos acima aparece desde sempre quando falamos de povo de Deus. Quando da vocação de Abrão, Deus declara uma missão: “por meio de você todos os povos da terra serão abençoados” (Gn 12,3). Ou seja, assim como a Igreja, o povo formado a partir de Abraão tinha uma missão abençoadora no mundo que demandava um compromisso. Por outro lado, este mesmo povo é alertado em relação a não se amoldar quando Deus diz: “Não procedam como se procede no Egito, onde vocês moraram, nem como se procede na terra de Canaã, para onde os estou levando. Não sigam as suas práticas. Pratiquem as minhas ordenanças, obedeçam aos meus decretos e sigam-nos. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês” (Lv 18,3-4). No mesmo tom desta última orientação divina, também Jesus, ao falar dos hipócritas e pagãos, adverte: “não sejam iguais a eles” (Mt 6,8).

Ainda sobre o comportamento do povo de Deus, a convocação “Sejam santos, porque eu sou santo" dada no Primeiro Testamento (Lv 11,44) é relembrada no Segundo Testamento (1Pe 1,16). A maneira do povo demonstrar seu amor à Deus, “guardar os seus mandamentos”, é indicada tanto no Primeiro Testamento (Dt 5,10) e no Segundo Testamento (Jo 14,21). E, como povo de Deus, somos

EXPLORANDO O DISCIPULADO - PÁGINA 6

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DISTINTIVOS DO DISCÍPULO

A responsabilidade é tal que aquele que se engaja no projeto de Deus – o verdadeiro discípulo de Jesus - deve possuir uma série de distintivos que requerem compromisso:

1) Ser Discípulo exige a centralidade em Jesus. “Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo” (Lc 14,26). Saiba que isso não implica abandono de pai e mãe (Mc 7, 10-13) e de cônjuge ou filhos (Ef 5, 25-33; Cl 3, 18-21). Na verdade, Jesus espera estar em primeiro lugar na vida do discípulo, pois “ninguém pode servir a dois senhores (Mt 6,24) e nosso foco é buscar “primeiro o Reino de Deus e a Sua Justiça” (Mt 6,33)

2) Ser Discípulo exige morte de si mesmo: “E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo” (Lc 14,27). Em conformidade com Lc 9,23-24, Jesus está falando de prioridades, não são mais nossos gostos, nossos desejos que são os norteadores de nossas escolhas, mas a mente de Cristo e a boa, perfeita e agradável vontade de Deus é o que o discípulo procura fazer.

3) Ser Discípulo exige Renúncia: “qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo” (Lc 14,33). Não estamos falando aqui para vender ou doar tudo que tenha. Estamos diante de um chamado à mordomia, pois se sabemos que tudo que temos provém de Deus, devemos administrar sabendo que Jesus é o que temos de mais precioso.

4) Ser Discípulo exige permanência na Palavra de Deus: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos” (Jo 8,31). É a prática da Palavra que nos faz semelhantes a Ele, logo, nos identifica como seus seguidores.

5) Ser Discípulo exige amor incondicional: “Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros” (Jo 13,35). Percebam que esse ponto está intimamente ligado com o anterior no tocante a nos assemelharmos com Jesus, pois ele mandou: “Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros” (Jo 13,34). Não é amar ao nosso gosto e do nosso jeito, mas como nos amou Jesus.

6) Ser Discípulo exige dar Frutos: “Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem muito fruto; e assim serão meus discípulos” (Jo 15,8). Ou seja, o discípulo faz outros discípulos – ele é um Discipulador.

De fato, todos esses distintivos renovarão a nossa mente (Rm12,2) fazendo-nos inconforma-dos com este mundo e transformadores dele pelo poder do Evangelho. Ainda bem que não estamos nessa caminhada sozinhos. Temos uns aos outros e, principalmente, Jesus conosco! O enunciado da missão começa com Ele dizendo: “Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra” (Mt 28,18); e termina com Ele nos dando esta garantia: “E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Mt 28,20). Vamos, há uma linda história para a nossa caminhada!

chamados à pratica do discipulado que implica justamente ensinar “a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mt 28,20ARA).

As orientações para o povo de Deus são as mesmas desde sempre e isto é assim porque recebemos uma missão que dá continuidade, sob certo aspecto, à missão do próprio Cristo. Ao final da missão dada por Jesus, tem-se um “ponto continuativo”. Com isso, quero dizer que cabe a nós, seus discípulos, dar continuidade à obra de Jesus quanto ao anúncio das Boas Novas do Reino de Deus. O próprio Mestre deixou isso claro quando em sua oração sacerdotal declarou: “Assim como me enviaste ao mundo, eu os enviei ao mundo”.

EXPLORANDO O DISCIPULADO - PÁGINA 7

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DISC

ÍPUL

OSDE

QUE

M?

Por Pedro Barbuto

Lição 4

APRENDENDO COM JESUS

Segunda: Jo 17,15-18

Terça: Lc 6,12-16

Quarta: At 20,17-31

Quinta: 2Tm 3,10-17

Sexta: 1Co 4,15-161Co 11,1-3

Sábado: Cl 1,28-29

Quero iniciar esta lição lembrando do texto do Evangelho de João (17,18). Jesus não dá apenas uma ordem: “o Pai me enviou e agora eu os envio,” mas um modelo: “assim como...” A missão da Igreja no mundo deve ser como a de Cristo. É claro que não estamos falando de seu sacrifício vicário – não precisamos mais morrer na cruz, mas, sim, do anúncio do Reino de Deus, cuidado com o próximo, sabedoria para a vida pela metodologia vivencial e relacional do discipulado. O método não é só por transmissão oral de informações e conhecimento, mas pela observação de como o mestre se comporta diante das situações – isso demanda relacionamento.

Jesus priorizou o discipulado na Sua vida aqui na terra. Antes de escolher os seus discípulos, Ele orou a noite toda (Lucas 6.12-13), e uma grande parte do seu tempo foi ocupada investindo na vida desses discípulos. Como Ele viajava horas e horas a pé, é bem provável que, enquanto caminhava com os discípulos naquelas estradas construídas pelo Império Romano, Ele aproveitava bem o tempo discipulando.

Não posso ser dogmático acerca disso, já que a Bíblia não é clara a respeito, mas creio que Jesus também investiu muito tempo em seus discípulos individualmente (um a um). É uma inferência absoluta e inegavelmente lógica. Jesus viajava muito com eles; muitas vezes, 20, 30 ou 50 quilômetros entre cidades e vilarejos. Durante essas viagens, horas e horas de discipulado precioso aconteceram, já que eles estavam longe das multidões. É óbvio que era praticamente impossível falar com 12 pessoas ao mesmo tempo durante uma viagem caminhando, então dá para inferir que muito desse discipula-do profundo de Jesus estava no campo individual.

Podemos ver claramente que Paulo seguiu esse modelo um a um de discipulado quando lembra com os presbíteros de Éfeso: “Lembrem-se de que durante três anos jamais cessei de advertir a cada um de vocês disso, noite e dia, com lágrimas” (At 20,31).

Observe que Jesus não foi um mero portador da mensagem, mas a própria mensagem. Seu modo de ser entre os homens, seu caráter, compaixão, presteza em se aproximar das gentes, tudo era cuidado-samente observado pelos seus discípulos que, não em poucos momentos, ficavam se perguntando do porquê do Mestre ter agido daquela forma ou de outra.

Paulo, em sua 2ª carta aos Coríntios (3,1-3), diz que os crentes devem ser “cartas vivas”: 3 “vocês demonstram que são uma carta de Cristo, resultado do nosso ministério, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de corações humanos” – isso é ser uma expressão viva da mensa-gem. E o próprio apóstolo deixa claro que seguiu o modelo deixado

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NOSSOS PRÓPRIOS DISCÍPULOS DELE

Na dinâmica do discipulado nasce uma questão de que precisamos tratar: nós fazemos discípulos de quem? Temos conhecimento de modelos de discipulado, que geraram enormes prejuízos, em que se estabelece uma relação de dependência, controle e submis-são de um “discipulador” sobre seu discípulo. Quanto a isso, duas coisas a dizer: 1) no discipulado todos somos discípulos e o Mestre é Jesus; 2) discipulado é para gerar liberação para a multiplicação, e não aprisionamento para o ostracismo. Assim, o alvo do discipulado é Jesus e com Ele devemos nos parecer (Cl 1,28).

Não devemos buscar fazer discípulos do Pedro, do Tiago, do João, da Maria ou da Marta – mas de Jesus de Nazaré. Fazer “meu discípulo” é adestramento para que alguém realize a minha vontade. O correto é, através de meus relacionamentos, fazer pessoas serem alunas de Cristo; chegarem ao conhecimento de Cristo; aprenderem tudo de Cristo; ministrarem, viverem em todos os momentos da vida Cristo, serem cristãos – pequenos Cristos e não pequenos Pedros, Tiagos, Joãos, Marias e Martas.

Talvez pareça que este subtítulo tenha sido escrito errado, mas não foi. Por mais parado-xal que possa parecer, a missão que recebemos de Jesus é cumprida fazendo os nossos próprios discípulos dEle. Esta declaração também não contradiz o que falamos anterior-mente, pois o único Mestre ainda é (e sempre será) Jesus. Contudo, a missão de fazer discípulos é nossa. Se fizermos discípulos “apenas” de Cristo, e não de nós, então não estaremos discipulando, pois o sujeito ativo do fazer discípulos na Grande Comissão somos nós, e não Ele. Jesus nos incumbiu de ensinar a guardar seus mandamentos a outras pessoas, fazendo-nos discipuladores, mas deixando claro que para o exercício desta tarefa Ele estaria conosco e que do alto viria o Poder (o Espírito Santo) sobre nós.

Peço, neste momento, que leiam o texto da 1ª Carta de Paulo aos Coríntios 4,15-16 e 11,1-3. Depois da leitura desta passagem, confirmamos que a finalidade do discipulado é produzir um imitador de Cristo, pois o Mestre, o Cabeça é Cristo. Isto, porém, será obtido gradualmente, por um processo de aperfeiçoamento progressivo que passa, numa primeira etapa, pela imitação de um outro discípulo (o discipulador) na medida em que este é um imitador de Cristo. Entenda que, no discipulado exercido por nós, o objetivo do discipulo é ultrapassar seu discipulador, pois a aperfeiçoamento almejado tem a Cristo como parâmetro, dado que Ele é o único Mestre. O referencial SEMPRE é Jesus, mas se nós o seguimos, os discípulos poderão nos seguir sendo a nossa responsabilidade SEMPRE apontar para o alvo maior: Jesus.

Devemos dizer “olhe para Cristo e não para mim”, para fugirmos da tentação de estabele-cer uma relação de dominação entre discipulador e discípulo. Mas também não podemos usar essa frase para nos esquivarmos de uma responsabilidade de discipularmos alguém. Somos chamados a uma caminhada que requer compromisso, responsabilidade, relacio-namentos de cuidado (Pastoreio Mútuo), ensino e aperfeiçoamento que promove Salvação e transformação de vidas. Vamos caminhar!

EXPLORANDO O DISCIPULADO - PÁGINA 9

por Jesus, como lemos no relato de sua 2ª carta a Timóteo (3,10-11a).

O “X” DA QUESTÃO

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DomingoReunião de Oração ...................................................................................................07:30Escola Bíblica .......................................................................................................... 08:30Celebração da Manhã .............................................................................................. 09:45Escola Bíblica .......................................................................................................... 17:45Papo de Adolescentes .............................................................................................. 17:00Celebração da Noite ................................................................................................. 19:00

Segunda-FeiraReunião de Oração ................................................................................................... 07:00Reunião de Oração da MCM ...................................................................................... 15:00

Terça-FeiraReunião de Oração ................................................................................................... 07:00Jiu-Jitsu e Karatê .................................................................................................... 19:00Reunião dos Embaixadores e Mensageiras do Rei .................................................... 19:30Reunião de Oração do Encontro de Casais ................................................................ 20:00

Quarta-FeiraReunião de Oração ................................................................................................... 07:00Celebração .............................................................................................................. 19:30

Quinta-FeiraReunião de Oração ................................................................................................... 07:00Celebração dos Surdos ............................................................................................ 19:30Jiu-Jitsu e Karatê .................................................................................................... 19:00

Sexta-FeiraReunião de Oração ................................................................................................... 07:00

Boletim - 1

Acontece na PIBVPAcontece na PIBVP

PRIMEIRA IGREJA BATISTA EM VILA DA PENHA

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Boletim - 2PRIMEIRA IGREJA BATISTA EM VILA DA PENHA

Parabéns pra vocêParabéns pra você NovembroNovembroIsmael dos Santos

Dia 13/11Letícia Pessanha LázaroLucilla Siqueira da CunhaThiago Bianchi de Assis

Dia 14/11André Sampaio de MenezesLorraine Mayer GermanoMarcelo da Silva DidolichRoberto Santos Macharete

Dia 15/11Augusto Lopes de Almeida

Dia 16/11Alcéia Vieira Mendes da SilvaAry Jose de FreitasEfigênia R. de MendonçaJoão Paulo da Silva BarbosaNilson de Figueiredo Almeida

Dia 17/11André Ricardo SampaioFlávia Lúcia Ladeira PintoJaldir Simões Netto Lisandra Matos de Pinho Luiz dos SantosPatrick César R. de OliveiraPedro Henrique P. S. da Silva Sheila Maria Alves Alonso

Dia 18/11Andressa Djean B. de Lima Deiselene T. G. de Oliveira Edson Leal SantosMaria de Lourdes S. BatistaRobson Rocha Campos

Dia 19/11Abelardo Campos MacedoAlexandre Medeiros da Silva Douglas Santos BrecianeFrancislaine das G. AssisPaulo Roberto C. Chiappetta

Dia 20/11Alessandro Pinto AlvesGabriel Cruz MarinhoLuiz Fernando Pereira Alves

Dia 21/11Cândido Nogueira de CastroCarla Rosana F. Marques

Dia 01/11Lúcia Conrado Vieira de Lima

Dia 02/11Mariana Santos N. MendesRenato dos Santos Neto

Dia 03/11Ester Menezes VelosoLudimila Rangel de M. PennaMaria José O. de MedeirosMirian Novaes CoutinhoRebeca de Souza Cunha

Dia 04/11Caroline Alice de A. PontesPedro Santiago Barbuto

Dia 05/11Adilson André FreireCarlos Eduardo S. TeixeiraSônia Maria Pires Carvalho

Dia 06/11Alceni Helena Correa de SáGabriel Mazolli Filalho Maria do Perpétuo Socorro

Dia 07/11Alexandre Justo da SilvaNilce Helena C. de NazarethRafael Ribeiro Campião

Dia 08/11Adriana Ferreira da S. FreireIvone Marques da SilvaKarine Soares da SilvaMarcos Aurelio dos SantosSirlene Regina Gomes Dias

Dia 09/11Jonathas R. M. dos SantosJuliana Marques da S. NunesLuciana Bastos Ferreira AlvesLeucir Assis P. Chiappetta

Dia 10/11Dulce Helena Silva de OliveiraMarlene Lima Ferreira

Dia 11/11Gerson da Silva FrançaJulio Armindo Ferreira

Dia12/11Andréa Emília P. S. da Silva

Jair Esteves de OliveiraRafaela Cristina Santo Rocha

Dia 22/11Sylas Ribeiro dos Passos

Dia 23/11Ana Cláudia de O. CastroCornélio Lima VieiraDaniel C. dos Santos Fábio Lima FerreiraNorma Azevedo de CastroSimoni Silveira D. Andrade

Dia 24/11Amanda Briggs da SilvaNilzete Jardelina Lopes

Dia 25/11Benícia Mendonça da CostaJoão Carlos S. dos S. JúniorMirian B. M. M. de Menezes

Dia 26/11Cristian Abilio F. MarquesElza Oliveira dos SantosMarcos de Miranda EggerRicardo de Souza NunesRosangela Maria da S. PaulaValéria Cunha Berrnardino

Dia 27/11Carlos Alberto Guedes DuartePeter Guilherme S. MarquesRute Novais Coutinho

Dia 28/11Creuza Monteiro RiccioSamuel Ferreira da Costa

Dia 29/11Christianne M. Malaquias Joidá Gomes FerreiraLuis Claudio Ferreira Alves Maria Adelaide O. de AlmeidaMaria Aparecida LomeuPaulo Roberto F. de Oliveira

Dia 30/11Ana Cristina A. de OliveiraJulia Oliveira Almeida SáSebastião M. dos SantosSérgio de Lima Ribeiro

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Boletim - 3 PRIMEIRA IGREJA BATISTA EM VILA DA PENHA

Parabéns pra vocêParabéns pra você DezembroDezembroDia 01/12Cristiane da C. G. RodriguesDaise Araújo de FigueiredoJoceny da Silva de Oliveira

Dia 02/12Almir de SouzaRaquel de Castro Oliveira Pinto

Dia 03/12Celso Oliveira XavierElenice Vieira MendesLeny Faria Lisboa

Dia 04/12João Monteiro da SilvaJosé Gomes ChácaraMaria de Lourdes P. de Andrade

Dia 05/12Ildeti Olmo de Aquino

Dia 06/12Ana Cristina de Macedo CoelhoMarcelo Martins Melani

Dia 07/12Dayse de Castro PinheiroEduardo Trindade GomesEloiza da Silva MatosMaria das Graças FerreiraMariana Moreira T. RibeirinhaRoberto Barros FerreiraTatiane Carneiro T. GomesVanessa de Souza Costa

Dia 08/12Glenda Valverde SantanaRenato Silva RochaSônia Maria Batista Barbato

Dia 09/12Andréa Moreira T. Ribeirinha

Dia 10/12Lacyr Maria Cassetti da Silva

Dia 11/12Altair Luíz de SouzaLívia Haubrichs de Freitas DiasMaurício Almeida

Dia 12/12Jairo de Oliveira PaulaLuzia Cristina Ramos Pontes

Márcia Assis dos Santos SouzaMarcos Francisco JúlioTiago da Rocha C. PereiraWendel de Macedo Coelho

Dia 13/12Fábio Lemos da Costa SoaresLahyre Vieira Almada FilhoLuci dos Santos M. Parreira

Dia 14/12Léa Maria Vieira de Aguiar

Dia 15/12Fábio Pimenta FariaHyoham Hernandez M. da SilvaJacinta Maria Farias TorresLeonardo Novaes RodriguesMartha C. G. R. F. de BarrosPriscila Dias DamascenoSylvio Rodrigues Filho Verônica Nascimento Ribeiro

Dia 16/12Josefa Maria N. de Carvalho

Dia 17/12Bruno Nunes Vianna Margareth Taylor F. França

Dia 18/12Admilson Rodrigues de SouzaEdmilson Alves FonteneleKaio Cesar de Assis Silva

Dia 19/12Alair de Paula XavierLucas Felipe Lopes SilvaPriscila da Silva Machado

Dia 20/12Delma Bispo G. CoelhoSolange Ribeiro de O. BarbosaVanessa Sobrinho R. da Silva

Dia 21/12Alzoni Thomé de Jesus VieiraAndréia Borges de OliveiraEliel Mendes da Silva Júlio César Meira RozaMarlene Eich de SouzaNeide Gonçalves LimaNicolas da Costa de SouzaDia 22/12Andressa Princisval da Silva

Camila Mendes dos S. CostaEdleia Satiro de limaIsabela Silva dos Santos Lizeth Almeida Leite

Dia 23/12Luíz Antonio dos ReisLuiz Claudio Alves Paes

Dia 24/12Iris Natacha Bernardo da S. Basilia de SouzaMaria Lúcia F. da Rocha

Dia 25/12Denise Betina Júlio Sérgio Nunes MacielLúcia Helena José da Rocha

Dia 27/12Breno Pardelinha S. da SilvaElisa Teofanes Coelho CunhaFabio Alvarez dos SantosLuciana de A. Silva Barreira Ramon Mançano AndradesRosilene Gonçalves M. LimaSusana Outtes de O. G. Pereira

Dia 28/12Felipe Costa dos SantosMaene Cristine Bento PereiraNatan de Souza Neto Teixeira

Dia 29/12Dalva Ribeiro da SilvaDenise Araújo MoreiraSamuel Wagner F. Marinho

Dia 30/12Beatriz Freitas KoppeCésar Roberto Lima de MirandaMaria Gomes da SilveiraPâmela de Almeida Maroto

Dia 31/12Adriana Barreto BarbosaAri Nogueira de MatosDiógenes R. do NascimentoJaudyr Werneck de SouzaJoão da Costa Faria Filho

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Banco Santander Ag. 2286

C/C 13000695 dig. 6

Banco Bradesco Ag. 2378 dig. 7

C/C 40648 dig. 1

Boletim - 4PRIMEIRA IGREJA BATISTA EM VILA DA PENHA

Meu propósito de oraçãoMeu propósito de oração

AconselhamentoAconselhamento Equipe Pastoral e Ministerial

Pr. João Melo; Pr. Pedro Barbuto; Pr. João Gomes; Pr. Demetrius Prazeres; Pr. Carlos Eduardo;

Ministra Ana Cristina; Ministro Nathan D´Ávila.

Ligue para a secretária e agende seu horário.

(21) 3457-9500

Dízimos e OfertasDízimos e OfertasSe preferir, faça transferência bancária.

CNPJ: 34.390.716/0001-64

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DISC

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ADO?

Por Pedro Barbuto

Lição 5

NÓS E NOSSOS PARADIGMASSegunda: At 9,1-2;At 19,8-23

Terça: At 22,1-4;At 24,14-22

Quarta: Jo 14,12-27

Quinta: Lc 14,26

Sexta: Lc 14,27

Sábado: Lc 14,33

Vamos começar abordando esta lição com uma pergunta: Quando os discípulos se converteram?

a)Na pregação de João Batista?b)Quando deixaram suas redes e passaram a seguir Jesus?c)Quando declararam que Jesus é o Filho do Deus vivo?d)Na descida do Espírito Santo durante a festa do Pentecostes?Para todas as respostas acima, há réplicas: a) nem todos eram

discípulos de João Batista; b) será mesmo que, ao deixar as redes, os discípulos já entendiam Jesus como Salvador ou foi curiosidade?; c) Pedro fez essa declaração e, ato contínuo, se opôs a declaração de Jesus da necessidade do seu sacrifício vicário; d) se é o convertido que recebe o selo Espírito Santo, então quando tomaram sua decisão?

Somos mais sistemáticos e metódicos do que pensamos. Perceba uma coisa: Jesus nunca estabeleceu um ponto de corte entre evangelização e discipulado com seus discípulos. Ele começou a fazer discípulos assim que iniciou sua missão, logo após seu batismo e sua tentação. O Mestre passou uns três anos com gente a quem chamou de discípulos. Eles eram discipulados à medida que eram ensinados a respeito do Evangelho do Reino de Deus. E esses mesmo discípulos, até pouco antes da descida do Espírito Santo, demonstraram que não haviam entendido plenamente a mensagem do Mestre (At 1,6).

Quem disse que o ensino do Evangelho cessa após a "decisão ao lado de Cristo"? Quem disse que o discipulado acontece apenas a partir da conversão? Quem disse que o discipulado acaba nas águas de um batistério?

No ideário de uma fatia considerável das igrejas evangélicas tradicionais brasileiras, o “aceitar Jesus”, “decidir-se ao lado de Jesus” ou “entregar a vida a Jesus” se reduz a um levantar de mãos em resposta a um apelo realizado no final de uma pregação. Para alguns, esse momento define tudo, sendo entendido como o ponto de partida e, para outros, como o ponto de chegada. Ainda nessa perspectiva, entende-se que essa pessoa é discípulo (ou é discipula-da) quando passa a frequentar, por algumas semanas, uma “classe de discipulado” (“classe de catecúmenos”, como era denominada antigamente), na qual se aprende a doutrina básica do grupo denominacional.

Percebamos que, na concepção descrita, o discipulado é entendido como uma etapa breve da vida cristã, que normalmente se encerra quando aquele que outrora aceitou Jesus é batizado e, por fim, se torna membro da igreja local. Contudo, não é esse o modelo de discipulado deixado por Jesus.

EXPLORANDO O DISCIPULADO - PÁGINA 10

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VAMOS CAMINHANDO

Nos Evangelhos, o aceitar o convite de Jesus é colocar-se em caminhada com Ele – foi assim na vocação de todos os discípulos. Já vimos anteriormente que, antes mesmo de acolher a alcunha de cristãos, os seguidores de Jesus eram conhecidos como aqueles “do Caminho”, conforme indicações no Livro de Atos (9,2; 19,9.23; 22,4; 24,14.22). Isso revela a dinâmica do processo de ensino e aprendizado contínuo (“ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”) realizado na caminhada da vida, buscando sempre um alinhamento com o modelo: Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus.

O levantar de mãos ao final de uma pregação só será sinal efetivo de “entrega de vida a Jesus” se houver a prontidão de se realizar caminhada com o Mestre, que transborda para sua vida cotidiana, deixando-se transformar pela mensagem do Evangelho em palavras, ações e atitudes, abraçando os princípios e valores do Reino de Deus. Ou seja, o discipulado não é uma etapa da vida cristã, mas é algo que acontece na caminhada da vida, em que homens e mulheres vão da multidão para um relacionamento seguidor, passando a se entenderem como discípulos de Jesus e reconhecendo nEle o caminho, a verdade e a vida.

EXPLORANDO O DISCIPULADO - PÁGINA 11

DUAS REVELAÇÕES

Vamos recordar para aprofundar aquilo que foi uma frase na lição 04: “Jesus nos incumbiu de ensinar a guardar seus mandamentos a outras pessoas, fazendo-nos discipuladores, mas deixando claro que para o exercício desta tarefa Ele estaria conosco e que do alto viria o Poder (o Espírito Santo) sobre nós”.

No Evangelho de João (cap. 14), Jesus está com seus discípulos ensinando sobre sua partida e volta para o Pai, sendo isso algo necessário para que a sua missão se cumprisse. Os discípu-los fazem algumas perguntas, que são respondidas pelo Mestre até que, em determinado momento, este revela: “Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai” (Jo 14,12). Essas palavras devem ter “dado um friozinho na barriga” dos discípulos. Aqueles homens eram considerados limitados, frágeis, não possuíam conhecimento da Lei na mesma medida dos escribas e fariseus e não deviam ter fácil acesso aos Profetas. Provavelmente, a maioria nem sabia ler, salvo Mateus, que, embora certamente letrado, pouco sabia sobre o que pudesse ler da Torá. Então, como dar continuidade à missão?

Primeiramente, devemos crer em Jesus (“Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado”). Se Jesus nos deu a missão, prometendo que estaria conosco “todos os dias até a consumação dos séculos”, Ele é fiel para cumprir.

Em segundo lugar, continuando suas palavras, Jesus revela: “eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Conselheiro para estar com vocês para sempre, o Espírito da verdade [...] o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse” (Jo 14,16-17.26).

Naquilo que devemos pedir e fazer, nas orações a formular, no discipulado a realizar temos alguém enviado pelo Pai para nos orientar em nossas ações. As palavras de Jesus recebidas naquele momento pelos seus discípulos foram compreendidas por eles plenamente quando, no dia de Pentecostes, o Espírito Santo desceu sobre eles e tantos outros discípulos de Jesus.

Foram duas revelações que se tornaram palpáveis e visíveis a cada um dos discípulos no ministério que passaram a realizar. São duas revelações reais e disponíveis para cada um que se põe em caminhada compromissada com Jesus. Quando começa o discipulado? Esta foi a pergunta feita hoje. Quando entendemos e nos compromissamos em cumprir a nossa missão. Assim como Jesus, começamos a missão quando começamos a fazer discípulos.

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ONDE

COM

EÇA

O DI

SCIP

ULAD

O?

Por Pedro Barbuto

Lição 6

NÓS E NOSSOS PARADIGMAS

Segunda: 1Co 10,23-31

Terça: 1Co 6,12-19

Quarta: 1Pe 2,4-10

Quinta: Jo 8,31

Sexta: Jo 13,35

Sábado:Jo 15,8

A essa altura, acreditamos que seja desnecessário que se pergunte “quem”. Afinal, nós, que nos entendemos discípulos de Jesus, fomos chamados para ser discipuladores. O discipulador é quem discipula até que seu discípulo seja levado ao conhecimento de Cristo pelo poder do Espírito Santo. E ambos continuam a caminha-da fraternal de pastoreio/cuidado mútuo e aprendizado constante, mantendo o foco na missão de fazer discípulos para Jesus.

Já perguntamos “quando”; logo, nada mais natural é que pergunte-mos o seguinte: “onde” começa o discipulado?

Um paradigma muito forte e observável em muitas comunidades cristãs se caracteriza pelo quadrilátero culto-clero-domingo-templo, em que culto é tão somente aquilo que é realizado em nossos ajunta-mentos dominicais e/ou durante semana; o Templo é tão somente o prédio no qual são realizados esses cultos; o clero é um grupo especial, estudado e especialista (pastores e ministros ordenados) que coordena o culto; e o Domingo, do latim Dies Dominicus, é o Dia do Senhor.

Essa concepção levou-nos a entender que evangelizar era levar pessoas ao Templo para assistirem ao Culto no Domingo e para ouvirem o Pastor. O convidado, convertendo-se após apelo do sermão feito pelo Pastor, demanda da igreja a tarefa de discipular, que, como vimos anteriormente, fica relegada a uma “meia-dúzia de quatro irmãos” (nem chegam a seis) dispostos a promover mais um ministé-rio em que o discipulado não é alimentado pela visão bíblica que o coloca no centro da Grande Comissão, tornando-o apenas uma atividade optativa com a qual a maioria não quer se comprometer.

Repito o que foi falado na lição passada: somos mais sistemáticos e metódicos do que pensamos. Sistematizar pode, em determinado momento, nos ajudar a entender e/ou facilitar executar uma tarefa, mas sua cristalização invariavelmente nos atrapalha a pensar e a repensar nosso papel e atuação. Não podemos nos dar conta de tudo que levou boa parte da cristandade a desenvolver e solidificar esse paradigma quadrilátero. Entretanto, a Palavra de Deus é a verdade (Jo 17,17) e, conhecendo-a, ela nos libertará (Jo 8,32). Dessa forma, sabemos pela Palavra que o culto não é só o que acontece aos Domingos e Quartas-feiras, mas é a nossa vida, isto é, tudo aquilo que fazemos (1Co 10,31); Templo não são mais pedras e tijolos que constituem um edifício, mas o nosso corpo (1 Co 6,19); Clero não é um grupo especial, mas somos uma “nação de sacerdotes” (1 Pe 2,9); e Domingo não é o único dia do Senhor; ele é tão somente o dia em que celebramos, juntamente com todos os irmãos de nossa Comunidade de Fé o nosso Deus, pois dia do Senhor é todo dia.

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EXPLORANDO O DISCIPULADO - PÁGINA 13

ONDE VOCÊ NORMALMENTE ESTÁ?

Jesus responde onde começa o discipulado quando declina a missão e diz “vão e façam discípulos”. O verbo no original grego desse “ide” ou “vão” (dependendo da tradução que esteja lendo) está na forma participal, que equivale ao nosso gerúndio e traz a ideia de continuidade. Literalmente traduzido ficaria assim: “Portanto, INDO, façam discípulos”.

Fazer discípulos é conduzir pessoas ao conhecimento de Jesus como único e suficiente Salvador, ou seja, à Salvação. Esse é o objetivo propiciado por um relacionamento intencional que resulte em conversão e aperfeiçoamento ao longo de uma caminhada. Foi assim que Jesus fez, e a ordem do Mestre não foi apenas uma ordem, mas a indicação da estratégia a ser adotada pelos seguidores. O batizar, ensinar e obedecer são ações que acontecem em meio a um relacionamento interpessoal.

Você pode ainda estar se perguntando: “Ok, mas então onde estabeleço esse relaciona-mento intencional?” A resposta está no “INDO”. Para onde você vai? Para o trabalho? Então lá, faça discípulos. Para o colégio/faculdade/pós, ou ainda, você atualmente fica mais em casa cercado de seus parentes e vizinhos? É exatamente aí onde você está que deve fazer discípu-los. Seja para onde esteja indo ou para onde vai; sim, é aí que você deve fazer discípulos.

Não conseguiríamos explicar todos os motivos pelos quais deixamos, de certa forma, a maneira de Jesus de fazer discípulos e inventamos o nosso próprio jeito. Mas biblicamente podemos dizer que fazer discípulo não é um programa, um evento, uma estrutura, um departamento, uma organização eclesiástica, uma equipe, uma comissão, etc. Não conse-guiremos desenvolver relacionamentos discipuladores dedicando apenas o nosso tempo livre. Se somos discípulos, somos discipuladores. É a nossa vida em missão, é algo que deve nos definir, é o nosso “ser-no-mundo” no desempenhar das mais diversas atividades que temos, são nossas conversas, nossas palavras, atitudes, ações. Somos onde quer que estejamos.

COMO COMEÇAR?

Quando entendemos nossa missão, precisamos colocá-la em prática. Assim como Jesus orou antes de chamar seus discípulos, para nós tudo também começa na oração. Peçamos a Deus que trabalhe no coração das pessoas que estão ao nosso redor e que nós desenvol-vamos sensibilidade em perceber quem está interessado em caminhar conosco.

Ajuste seus paradigmas e inicie um relacionamento discipulador. Não confunda apelo ao arrependimento com estabelecimento de um relacionamento discipulador. Jesus poderia ter pregado o arrependimento sem nunca ter desenvolvido relacionamentos discipulado-res; bastava que se dedicasse exclusivamente às multidões. O convite de Jesus aos seus discípulos não foi “sigam-me, desde que primeiro se arrependam”. A resposta esperada ao convite não foi – pelo menos não num primeiro momento – que eles se arrependessem e cressem, mas que passassem a caminhar com Ele. Nosso discípulo será todo aquele que, convertido ou não, manifeste o interesse de conhecer mais de Deus por meio da nossa vida. Isso não quer dizer que o arrependimento está fora de questão, muito pelo contrário, pois é o que desejamos que ocorra na caminhada.

Chame pessoas onde quer que você esteja para caminhar e caminhe, sendo o exemplo, apontando para Cristo e ensinando de dEle de todas as maneiras – seja por meio do seu caráter, das suas palavras, ações e atitudes (testemunhe); e deixe o Espírito Santo fazer seu trabalho de convencer o pecador do pecado, da justiça e do juízo.

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SEM

GRA

ÇANÃ

O TE

M G

RAÇA

Por Pedro Barbuto

Lição 7

RECONHECIMENTO E CREDIBILIDADESegunda: At 9,1-5

Terça: Jo 3,25-30

Quarta: Lc 18,9-14

Quinta: Ef 2,8-10

Sexta: 2Co 5,13-17

Sábado: Mt 28,18-20

Para iniciar esta lição, gostaria de estabelecer a ligação entre discipulado e pastoreio mútuo, por meio do trecho do Livro de Atos (9,1-5) que trata do encontro com de Saulo com Jesus. Saulo estava perseguindo “os discípulos do Senhor” (vr.1) e queria levar presos todos “que pertencessem ao Caminho”, ou seja, Paulo estava perseguindo a igreja. No caminho para Damasco, “de repente brilhou ao seu redor uma luz vinda do céu. Ele caiu por terra e ouviu uma voz que lhe dizia: 'Saulo, Saulo, por que você me persegue?' Saulo perguntou: 'Quem és tu, Senhor?' Ele respondeu: "Eu sou Jesus, a quem você persegue” (At 9,3-5).

Ao lermos essa narrativa, por vezes, foge-nos a percepção de que, quando Jesus pergunta para Saulo, enquanto este perseguia homens e mulheres da Igreja (“Porque me persegues?”), fica evidente a realidade da presença viva e atuante de Jesus na comuni-dade cristã, que é o Corpo vivo de Cristo na Terra, sendo Ele mesmo a cabeça. Disto, podemos deduzir que, quando alguém “entrega a vida para Jesus”, em certa medida está entregando-se ao cuidado (pastoreio mútuo) dos irmãos membros da Igreja. Esse relaciona-mento começa quando se estabelecem os relacionamentos discipu-ladores com as pessoas que nos cercam, e o cuidado se intensifica, após a conversão, pela continuação do discipulado e do pastoreio mútuo. Logo, quando não discipulamos e não cuidamos uns dos outros, aleijamos o Corpo de Cristo e falhamos na nossa missão. Tudo está absolutamente conectado uma vez que estamos em missão e em Cristo.

Por conta dessa dinâmica, precisamos estar atentos ao compro-misso que assumimos e à responsabilidade que temos diante de Deus para com as pessoas com as quais nos relacionamos.

Nas últimas lições, em que tratamos de quando e onde inicia o discipulado, vimos que, para cumprir nossa missão, devemos desenvolver, antes de tudo, relacionamentos discipuladores com as pessoas que nos cercam, identificando aqueles que estão interessa-dos em conhecer mais de Deus e chamá-los para que estejam mais conosco.

É claro que, para que alguém tenha o interesse de caminhar conos-co, nós devemos demonstrar uma postura que seja atrativa. Daí, perguntamos: como anda o seu testemunho? As pessoas em volta reconhecem em você uma pessoa que anda com Deus? Ou seja, para que alguém queira caminhar conosco, devemos ter reconhecimento e credibilidade advindos de um testemunho sadio.

Para a sociedade atual, desfrutar de reconhecimento e credibilida-de diante das pessoas é praticamente considerado uma necessida-de para o atendimento e satisfação do próprio ego. Aí reside o risco que corremos ao desenvolver relacionamentos discipuladores: alimentar a nossa vaidade.

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Todo e qualquer prestígio que tenhamos por demonstrar um comportamento admirável deve ser canalizado a fim de que façamos discípulos para quem nos ensinou os princípios e valores nobres que cultivamos: Jesus, a quem nós imitamos. Não estamos em missão para tirar vantagens, enchermos paredes de placas, moções de aplausos ou coisas do tipo. Estamos em busca de discípulos para Jesus, e não de holofotes ou sucesso pessoal (“Importa que Ele cresça e eu diminua”).

No cumprimento da nossa missão de fazer discípulos, nós, discípulos(as) de Jesus, experimentamos momentos maravilhosos, nos quais o amor e a graça de Deus se fazem quase palpáveis, senão palpáveis mesmo. Esse privilégio de servir a Deus deve ser cuida-dosamente tratado por cada um de nós para que não se torne motivo de arrogância que nos leve a embalar algum sentimento de superioridade. Vou me atrever a parafrasear um texto bem conhecido: Sede graciosos como Deus é gracioso. Tudo que temos, fazemos e somos é pela graça. “Por onde forem, preguem esta mensagem: 'O Reino dos céus está próximo' (...) Vocês receberam de graça; deem também de graça” (Mt 10,7-8).

“PELA GRAÇA, PELA GRAÇA...”

Para continuar a trabalhar a questão desta lição, lançaremos mão do texto da parábola do Fariseu e do Publicano, contada por Jesus e registrada no Evangelho de Lucas (18,9-14).

O primeiro personagem é um “homem de oração” fariseu e, em sua oração (Lc 18,11-12), fica claro como ele se via: honesto, respeitava as leis, fiel à sua esposa, praticante de disciplinas espirituais, tais como a oração e o jejum, e dizimista fiel. Se ele fosse solteiro, seria um sonho de genro para toda mãe que tenha uma filha solteira! Estava tudo muito certo, é evidente que ele detinha conhecimento e, afinal, “saber é poder”, não é assim que diz o ditado popular? Sim, a sabedoria popular o legitima, mas a sabedoria divina de Jesus o repreende.

É notório que a visão que aquele articulado homem em “oração” tinha de si estava funda-mentada no fato de conhecer a Lei e o conduziu a uma atitude arrogante de superioridade em relação aos demais. Nessa passagem, Jesus não está se voltando simplesmente contra aquele homem pelo fato de ser fariseu, mas por conta do seu comportamento. Além de construir uma ideia equivocada de si, aquele homem falastrão (a essa altura já tirei a palavra “oração”) concebe uma ideia errada dos outros, adotando-se como medida. Ele mede os outros a partir de si mesmo.

Como é triste ver crentes com essa mesma atitude, colocando-se em posição de superiori-dade em relação aos “incrédulos” (expressão comumente usada) e adotando uma postura asceta em relação àqueles que ele deveria servir, discipular. No movimento de Jesus, “saber é servir”. Se a sua intenção não é de servir à humanidade em pecado com aquilo que você sabe, sendo colocado a serviço do Reino de Deus, você sabe qualquer coisa menos o que é ser um(a) discípulo(a) de Jesus. O que sabemos precisa pesar até o coração, para de coração servirmos.

“Pela graça, pela graça” – responde sempre um sábio irmão de nossa comunidade. Esse é o antídoto para qualquer indício de presunção, de superioridade. É pela graça que fomos salvos (Ef 2,8), a despeito da nossa miséria enquanto seres humanos destituídos que somos da glória de Deus, pois o Senhor é misericordioso e amoroso. Esse amor precisa nos constranger (2Co 5,14), ou seja, nos impulsionar a responder a esse amor amando a Deus e ao próximo.

Em obediência e servindo com graça, amor e misericórdia, cumpramos a missão que nos foi dada: “vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Mt 28,19-20). À caminha com Jesus!

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AutorAutorAutorPedro Barbuto

Casado, desde 20 de abril de 2015, com Fernanda Caroline Lopes Barbuto. É formado em Administra-ção de Empresas (Unigranrio, 2007), tendo atuado na área até 2013. Formou-se em Teologia em 2012 pela Faculdade Teológica Evangéli-ca do Rio de Janeiro (IBEC-FATERJ). Pós-graduado (Lato Sensu) em Teologia Bíblica e Sistemática Pastoral pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (2015) e Graduado no Seminário Nacional de Liderança Avançada do Instituto Haggai (2015).

Iniciou seu ministério, ainda quando não era ordenado, em janeiro de 2013, pastoreando a Congregação Batista Nova Espe-rança (filha da PIBVP), onde ficou até junho de 2014. Ordenado em novembro de 2013, atua como Pastor de Ensino da PIBVP em tempo integral desde julho de 2014.

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BETTENSON, H. Documentosda Igreja Cristã. 2ªEd. Rio de Janeiro e São Paulo: Juerp e Aste, 1983;

BONHOEFFER, Dietrich. Discipulado. 11ªEd. São Leopoldo: Sinodal, 2004

CAIRNS, Earle E. O cristianismo através dos Séculos: Uma História da Igreja Cristã, São Paulo: Vida Nova, 2008;

CARVALHO, Diogo. Relacionamento Discipulador. Rio de Janeiro: Convicção & JMN, 2015;

DAVIS, John. Dicionário da Bíblia. Rio de Janeiro: JUERP & Hagnos, 2004;

DIVERSOS. Discionário Enciclopédico da Bíblia. São Paulo: Paulus, Paulinas & Loyola. Santo André: Academia Cristã, 2013;

DIVERSOS. Discipulado, um Projeto de Vida. São José dos Campos: Cristã Evangélica, 2013;

KIVITZ, Ed René. Talmidim, o passo a passo de Jesus. São Paulo: Mundo Cristão, 2012;

MOORE, Waylon. Multiplicando Discípulos. Rio de Janeiro: Convicção & JMN, 2015;

STOTT, John. O discípulo radical. Viçosa: Ultimato, 2011

Bibliografia

O texto bíblico usado na revista é predominantemente o da NVI, as exceções são indicadas pelas seguintes siglas:

AA - Almeida Atualizada - Sociedade Bíblica do BrasilARA - Almeida Revista e Atualizada - Sociedade Bíblica do BrasilBKJ - Bíblia King James - bvBooksNTLH - Nova Tradução na Linguagem de Hoje - Sociedade Bíblica BrasileiraNVI - Nova versão Internacional - Sociedade Bíblica InternacionalNVT - Nova Versão Transformadora - Mundo CristãoTEB - Tradução Ecumênica da Bíblia

Traduções e Versões Bíblicas

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