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GUIA DA ALFABETIZAÇÃO: CONHEÇA OS PRINCIPAIS MÉTODOS ɑʊfabeʧiza’sɐ̃ʊ̃ al fa be ti za ção

ɑʊfabeʧiza’sɐ̃ʊ̃ GUIA DA ALFABETIZAÇÃO: CONHEÇA OS

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GUIA DA ALFABETIZAÇÃO: CONHEÇA OS PRINCIPAIS MÉTODOS

ɑʊfabeʧiza’sɐ̃ ʊ̃al fa be ti za ção

!!!?

Para muitos, o período de alfabetização é uma das primeiras lembranças da escola. Porém, naquela época, não sabíamos que existem vários modos de ser alfabetizado. Hoje, mesmo reconhecendo a multiplicidade de métodos de alfabetização, muitos professores não sabem as principais diferenças entre eles e principalmente como funcionam.

Por ser uma das etapas primárias (e essenciais) na formação dos alunos, a alfabetização pode definir o relacionamento do estudante com a escola por toda sua trajetória. Isso significa que uma alfabetização realizada de modo afetivo pode fazer com que o aluno se destaque tanto em seus estudos quanto em seu futuro profissional.

Preparamos este material para falar um pouco sobre os métodos de alfabetização mais difundidos no Brasil e explicar sua origem e funcionamento.

Boa leitura.

intɾodu’sɐ̃ ʊ̃in tro du ção

“OS DOIS GRUPOS DE MÉTODOSQuanto ao significado de alfabetização, a reconhecida autora Magda Soares destaca:

“A palavra alfabetização é de uso comum e frequente, não só

no léxico específico de profissionais do ensino e da Educação,

mas também no léxico de todos os indivíduos, alfabetizados

ou não, de uma sociedade letrada. Entre estes últimos, há

em geral concordância quanto ao conceito que a palavra

alfabetização nomeia: pergunte-se a qualquer pessoa o que

é alfabetização, e a resposta dificilmente será outra que

não a de que alfabetização é “o processo de ensinar a ler e a

escrever”. [...] Atualmente, é entendida como a aprendizagem

de um sistema de representação da cadeia sonora da fala

pela forma gráfica da escrita — o sistema alfabético — e das

normas que regem seu emprego. “

Esse processo ocorre pormeio de métodos. Essas

metodologias, geralmente elaborada por estudiosos

da língua, fazem com que o trabalho do alfabetizador tenha um sentido tanto teórico quanto prático. A forma mais comum de definir os métodos de alfabetização envolve dividi-los em dois

grupos: os métodos sintéticos e os

métodos analíticos.

’mɛtodʊ̃mé to do

De forma resumida, os sintéticos são aqueles que se iniciam com partes e vão para o todo. Isso significa que nesses métodos os alfabetizados primeiro têm contato com as unidades sonoras ou gráficas e depois com o texto em si. Dentro deles, temos:

O MÉTODO ALFABÉTICO,

que tem como unidade a letra;

O MÉTODO SILÁBICO, que entende a sílaba como o começo e

O MÉTODO FÔNICO, que se baseia em fonemas.

O MÉTODO GLOBAL, que

observa textos para compreender as partes;

O MÉTODO DE SENTENCIAÇÃO, que

começa com a frase e

O MÉTODO DE PALAVRAÇÃO, focada no repertório lexical.

Já os métodos analíticos não focam na situação de uso das letras mas sim nas formas de analisar o sistema de escrita. Ou seja, em contraponto com o método anterior, ele parte do todo. Esses métodos com foco na compreensão são:

Essa variedade é bastante positiva

visto que simboliza a quantidade de

estudos acerca dos métodos. A

multiplicidade ainda permite que as escolas

sejam variadas e alfabetizem de diferentes maneiras. A

alfabetização diz muito sobre a cultura do aluno, da escola e do local em que está localizada a instituição. Cabe a escola ver qual é mais adequado e implementá-lo em sua prática.

COMO ESCOLHER UM?Geralmente, as escolas escolhem um método de alfabetização para priorizar. O debate pode ser polêmico e extenso, visto que cada profissional costuma ter sua predileção. Porém, a escolha não precisa necessariamente ser sinônimo de briga entre os profissionais. Mas como escolher um método?

É importante escolher o método que melhor dialogue com o propósito da instituição educativa. Refletir sobre quais as vantagens de cada um e buscar opiniões de outras escolas podem ser duas ações eficazes para a escolha perfeita. Em termos práticos, é fundamental que o método selecionado seja contemplado em bons materiais didáticos e permita a atividade lúdica, agradável para as crianças.

Um outro ponto decisivo envolve a aceitação dos pais e responsáveis, visto que muitos podem questionar a escola bem como seus métodos. Com um método de alfabetização bem aceito pelas famílias, os familiares podem contribuir para a ação realizada na escola, tornando a prática escolar ainda mais valiosa e concreta.

esko’ʎeɾes co lher

EXPLICANDO OS MÉTODOS SINTÉTICOSGeralmente, as escolas escolhem um método de alfabetização para priorizar. O debate pode ser polêmico e extenso, visto que cada profissional costuma ter sua predileção. Porém, a escolha não precisa necessariamente ser sinônimo de briga entre os profissionais. Mas como escolher um método?

É importante escolher o método que melhor dialogue com o propósito da instituição educativa. Refletir sobre quais as vantagens de cada um e buscar opiniões de outras escolas podem ser duas ações eficazes para a escolha perfeita. Em termos práticos, é fundamental que o método selecionado seja contemplado em bons materiais didáticos e permita a atividade lúdica, agradável para as crianças.

Um outro ponto decisivo envolve a aceitação dos pais e responsáveis, visto que muitos podem questionar a escola bem como seus métodos. Com um método de alfabetização bem aceito pelas famílias, os familiares podem contribuir para a ação realizada na escola, tornando a prática escolar ainda mais valiosa e concreta.

Abaixo, confira mais detalhadamente os métodos enquadrados no grupo dos sintéticos.

espli’kaɾex pli car

MÉTODO ALFABÉTICOTambém conhecido como método de soletração, esse é o método mais antigo que se tem ciência. Sua principal noção envolve a aprendizagem do aluno acerca das letras, sendo capaz de reconhecê-las fora da ordem usual e localizá-las nos textos.

Acredita-se que esse método tenha tornado o alfabetizar aceito, visto sua universalização e emprego desde os tempos antigos na Grécia e na Roma. Por muito tempo, tivemos o bê-a-bá como a forma mais eficaz de alfabetizar os alunos. Sendo assim, o estudante conhece a forma e som das letras, sendo capaz de juntá-las. Apesar de envolver a repetição, compreender que bê com o é bó, tê com a é tá e os dois juntos é bota foi o que levou a evolução dos métodos

de alfabetização.

ɑʊfa’bɛtʊal fa be to

COMO FUNCIONA O MÉTODO ALFABÉTICO?Como já dito, o método alfabético não se inicia com o texto mas com a letra. A letra é compreendida com base em seu nome e som, sendo assim, primeiramente o alfabetizador ensina aos alunos a letra em si e sua forma, tanto maiúscula quanto minúscula. Depois disso, parte-se para as combinações que essas letras podem compor, elaborando uma atividade de pronúncia das duplas de letras como um teste de reconhecimento.

Após a dupla de palavras, o grupo vai se estendendo, chegando geralmente até 5 letras. Seguida dessa atividade de grupos aleatórios de letras, tem-se o foco no ensino da sílaba. Ao final, há a exposição às palavras. Nesse método, escrita e leitura não se misturam, sendo esta última ensinada a parte junto à caligrafia.

No método alfabético, o aluno aprende a ler depois de muita repetição. A apreensão dos significados das palavras e dos textos sucede o

reconhecimento das letras e dos grupos de letras. O aluno não é aproximado do

texto, tendo a aprendizagem das letras de forma isolada de seu local de uso, o

que pode ser desinteressante para os alunos de hoje. O saber relacionado ao nome das letras pode dificultar a leitura no

futuro, visto que na língua portuguesa há algumas exceções nesse sentido,

como s com som de z.

fũsɪo’naɾfun ci o nar

BÊ-

A-B

A

MÉTODO SILÁBICOEm termos práticos, as consoantes só podem ser pronunciadas quando unidas a uma vogal. E desse princípio que o método silábico se desenvolve: se inicia com as sílabas e caminha para uma maior complexidade. Assim como os demais métodos sintéticos de alfabetização, o silábico prioriza o teor fonográfico das palavras uma vez que envolve a análise da sílaba. Então, por uma parte das palavras, seria possível agrupá-las e ligá-las a um sistema de fala e escrita.

O ponto levantado pelos linguistas criadores do método silábico ganha força em uma ideia já não mais sustentada: a consoante apenas é emitida quando apoiada por uma vogal. Apesar de já superada por avanços do estudo de fonética e fonologia, o foco na sílaba e não nas letras representou um progresso nas metodologias de alfabetização.

O processo elaborado para alfabetizar no método silábico é apoiado em cartilhas que associavam a sílaba a desenhos e palavras do universo infantil de fácil assimilação. As cartilhas, que utilizamos por muitos anos no Brasil, foram diagramadas com base nesses conceitos. Aos poucos, o aluno vai entendendo que a silaba faz parte de algo maior e começa a ter contato com textos.

’silabasí la ba

QUAL É O PROCESSO DIDÁTICO DO MÉTODO SILÁBICO?O caminho de aprendizagem tem uma lógica: ir do mais tranquilo para o mais complexo. Apesar de ser focado nas sílabas, o ensino das vogais precede todos os outros. As demais letras, consoantes, também são ensinadas, mas geralmente de forma menos aprofundada apenas para a familiarização do aluno.

As sílabas primárias são aquelas de sonoridade bastante semelhante, como ba-be-bi-bo-bu. As sílabas “difíceis”, como as com encontro consonantais ou envolvidas em uma duplicação de consoantes, são ensinadas depois, quando aluno já domina as silabas de menor complexidade. Ensinadas as sílabas, bem como suas exceções, parte-se para a união delas e a formação de palavras, caminhando para as sentenças ou simplesmente jogo de palavras. Como os alunos já possuem conhecimento acerca das silabas, o ensino de palavras novas costuma ser bem aceito pelos estudantes.

Hoje, encontrar bons materiais que contemplem este método pode ser um desafio. Os alunos contemporâneos necessitam de uma instrumentalização mais significativa e até mesmo mais divertida, visto que estão acostumados com a dinamicidade da conectividade. Porém, é inegável as inúmeras contribuições do método para o que se entende hoje por alfabetização.

pɾo’sɛsʊpro ces sso

O MÉTODO FÔNICO

Um dos maiores destaques apontados por professores que

utilizam do método envolve, além do rápido tempo de

alfabetização, a consideração com o tempo e necessidade dos

alunos. A forma significativa de apresentar os fonemas torna o

processo de alfabetização marcante e eficaz, fazendo com que o aluno

receba a aprendizagem de forma mais natural. O método tem a vantagem

de estabelecer uma relação direta entre escrita e fala, um aspecto básico do sistema alfabético.

Dentre os métodos sintéticos, muitos professores têm o método fônico de alfabetização como o mais eficiente. Também chamado de método fonético, foi desenvolvido na França e na Alemanha e considera a aprendizagem da relação entre fonema e grafema essencial para o ensino da leitura e escrita. Sendo assim, ensinar esta relação entre som e letra leva a uma associação entre o que se fala e o que se escreve. Se no método alfabético a unidade é a letra e no método silábico, a sílaba, no método fônico utiliza-se o som como unidade de análise.

De acordo com a pesquisadora mineira Cleuzira Custodia Pereira:

“O método fônico é baseado no ensino do código alfabético de forma dinâmica, ou seja, as relações entre sons e letras devem ser feitas através do planejamento de atividades lúdicas para levar as crianças a aprender a codificar a fala em escrita e a decodificar a escrita no fluxo da fala e do pensamento.”

’mɛtodʊ̃mé to do

COMO FUNCIONA O MÉTODO FÔNICO?A lógica por trás do método respeita o tempo de aprendizagem do aluno e considera tudo de bom que há nos demais métodos citados. Sendo assim, o ensino ocorre na seguinte ordem:

LETRA/SOM>SÍLABA>PALAVRA>FRASE>TEXTOS

O primeiro foco é na forma e som das cinco vogais do alfabeto. O aluno então tem contato com as letras e com seu som de maneira marcante, familiarizando com aquela pronúncia ao se deparar com a vogal. Em seguida, as consoantes são o foco do ensino. O ensino delas é isolado e adentra-se em aspectos da linguística, visto que cada letra, mesmo consoante, possui seu som (alfabeto fonético). Isso é mostrado para o aluno de forma delicada e precisa, afastando a alfabetização de uma experiencia traumática.

Ensinadas todas as letras do alfabeto, as consoantes passam a ser combinadas com cada uma das vogais. Por ser ensinado que até mesmo as consoantes possuem som, o som da combinação delas geralmente é intuitivo e fácil para os alunos. Mesmo as consoantes que variam, como o c com som de s, são ensinados, logo, não representam uma dificuldade para os alunos alfabetizados no método.

Nesse sentido, há um cuidado com a ordem na qual o aluno aprende essa combinação entre consoante e vogal, ou sílabas. Primeiro, trabalha-se com as relações mais simples, como com a consoante v que mantem seu som quando combinada com cada uma das vogais. Depois, parte-se para as mais complexas (como as variações linguísticas na pronúncia de menino e teatro, por exemplo).

Com a ideia de sílabas bem definida, elas são combinadas de modo a formar palavras. Aqui, há uma infinidade de exercícios lúdicos possíveis por parte do alfabetizador, visto que a lógica do método fônico envolve possibilitar a aprendizagem de forma prazerosa. Com as palavras, as frases e os textos são o próximo passo para um processo de alfabetização eficiente, rápido e significativo para o aluno.

fuˈnemɐfo ne ma

TÉCNICAS PARA FACILITAR A ALFABETIZAÇÃO NO MÉTODOA pesquisadora Raquel Teles Yehezkel apontou alguns exercícios e práticas que indicam como o método fônico pode alfabetizar de forma eficaz:

Identificação das letras, repetição de seu nome e de seu som característico.

Identificação de fonemas em palavras ditas pelo professor ou criação de palavra a partir de um som.

Ênfase nos sons correspondentes a figuras com letra inicial destacada (gravura que evoque o som inicial a ser pronunciado).

Identificação do som final e inicial das palavras. Assim os alunos identificam o som, pensam na letra que o representa e acham palavras que começam com o mesmo som.

Apoio visual (gravuras) ou auditivo (gravações) para indicar sons onomatopéicos, como vozes de animais, gritos de surpresa, de dor: auau – óóó/ááá – ai.

Desenho sobreposto à primeira letra, visando tornar mais concreta a evocação do som (Ex: a letra p desenhada com dedos em forma de um pé).

’tɛkɪnikatéc ni ca

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS

Existem vários métodos para se alfabetizar alguém. Cabe a escola e aos educadores verificar qual faz mais sentido com suas práticas e propósito, visto que todos possuem vantagens e desvantagens especificas. Além da questão de significado dentro da prática pedagógica, é necessário verificar qual pode ser mais bem aceito pelos pais e responsáveis, bem como compreendido pelos alunos.

No Sistema Maxi de Ensino, temos um material inteiramente formulado com base no método fônico, cujo valor ultrapassa as pesquisas. Há vários relatos positivos tanto de professores como de alunos alfabetizados no método que comprovam sua eficiência na alfabetização. Dentre os métodos sintéticos, o método fônico pode ser apontado como o mais lógico para a compreensão do sistema linguístico.

Com ele, o professor possui diversas formas de ensinar, o que aumenta o respeito quanto as necessidades especificas, e dificuldade, de cada aluno. Essa qualidade e variedade faz com que os estudantes sejam alfabetizados de forma rápida para que possam prosseguir para os demais aprendizados escolares. É um método lógico, avançado e econômico.

Quer conferir como é o material do Maxi focado no método fônico e conferir como ele pode ser perfeito para sua escola?

PEREIRA, Cleuzira Custodia et. al. Alfabetização: métodos e algumas reflexões. Caldas Novas: UNICALDAS, 2013.

FRADE, Isabel Cristina. Métodos e didáticas de alfabetização: história, características e modos de fazer de professores. Caderno do formador. Coleção Alfabetização e Letramento. Belo Horizonte: Ceale/FaE/UFMG, 2005.

SOARES, Gilda Rizzo. Estudo comparativo dos métodos de ensino da leitura e da escrita. Rio de Janeiro: Papelaria América Editora, 4 ed., 1986.

koŋklu’zɐ͂ ʊ̃con clu são

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