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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE MESTRADO EM SISTEMAS DE GESTÃO FABRÍCIO ALVES NUNES MODELO DE APOIO GERENCIAL PARA PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE MANUTENÇÃO DAS REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA COM PREVISIBILIDADE DO IMPACTO NOS INDICADORES DE CONTINUIDADE DEC E FEC: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE DISTRIBUIÇÃO NO RIO DE JANEIRO Dissertação apresentada ao programa de Pós- Graduação Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Gestão da Manutenção. Linha de Pesquisa: Sistema de Gestão pela Qualidade Total Orientador: Prof. Dr. Fernando Oliveira de Araujo Niterói, RJ 2016

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENGENHARIA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO LABORATÓRIO DE TECNOLOGIA, GESTÃO DE NEGÓCIOS E MEIO AMBIENTE

MESTRADO EM SISTEMAS DE GESTÃO

FABRÍCIO ALVES NUNES

MODELO DE APOIO GERENCIAL PARA PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE MANUTENÇÃO DAS REDES DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

COM PREVISIBILIDADE DO IMPACTO NOS INDICADORES DE CONTINUIDADE DEC E FEC: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE

DISTRIBUIÇÃO NO RIO DE JANEIRO

Dissertação apresentada ao programa de Pós-Graduação Mestrado em Sistemas de Gestão da Universidade Federal Fluminense como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre em Sistemas de Gestão. Área de Concentração: Gestão da Manutenção. Linha de Pesquisa: Sistema de Gestão pela Qualidade Total

Orientador: Prof. Dr. Fernando Oliveira de Araujo

Niterói, RJ 2016

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Ficha Catalográfica

N 972 Nunes, Fabrício Alves.

Modelo de apoio gerencial para planejamento das ações de

manutenção das redes de distribuição de energia elétrica com

previsibilidade do impacto nos indicadores de continuidade DEC e FEC:

estudo de caso em uma empresa de distribuição no Rio de Janeiro /

Fabrício Alves Nunes. – Niterói, RJ, 2016.

91 f.: il. color.

Orientador: Fernando Oliveira de Araújo.

Dissertação (Mestrado em Sistemas de Gestão) – Universidade

Federal Fluminense. Escola de Engenharia, 2016.

Bibliografia: f. 65-66.

1. Energia elétrica - Distribuição. 2. Manutenção de rede de energia

elétrica. 3. Sistema de apoio à decisão. I. Título.

CDD 621.319

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Niterói 2016

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DEDICATÓRIA

Dedico esta pesquisa à minha mãe (in memoriam) e ao meu pai, exemplos de determinação e importantes referências de vida, pelo amor incondicional, apoio, incentivo e ensinamentos que servirem de base para toda a minha existência. À minha esposa Angela, quem trouxe para o mundo minha vida chamada Anne Kaizi.

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AGRADECIMENTOS

A todas pessoas que foram muito importantes para a realização desta pesquisa, as quais neste momento, declaro a minha eterna gratidão: Ao Prof. Fernando Oliveira de Araujo, Dr.Eng, exemplo de profissional, que aceitou o desafio da orientação nesta pesquisa, contribuindo sempre com sua visão crítica, rigor técnico e metodológico, demonstrando sempre muita generosidade, paciência e seriedade. À equipe da Secretaria do LATEC / UFF / MSG, em especial à Bianca pelo habitual empenho e dedicação nos temas tratados durante todo esse caminho que percorremos juntos. À Light pelo incentivo, oportunidade, apoio técnico e patrocínio dos estudos que foram muito importantes para a minha vida profissional e pessoal. Aos amigos e companheiros de vida profissional, que integram a Gerência de Planejamento da Manutenção e Operação em estudo, pelo apoio, pela troca de experiências envolvendo sempre reflexões muito valiosas. À minha esposa Angela, pelo habitual incentivo, apoio e compreensão.

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RESUMO

A garantia da distribuição de energia é central para a sociedade moderna e uma atividade que impacta diretamente a gerência de planejamento da manutenção e operação de uma das maiores distribuidoras de energia do Rio de Janeiro, a Light. Dada a relevância da constância do fornecimento, a agência reguladora do setor elétrico (ANEEL) estabelece metas rígidas relacionadas aos indicadores de disponibilidade (DEC) e frequência (FEC) de interrupções, com aplicação de rígidas sanções às distribuidoras. O objetivo da pesquisa é analisar modelos quantitativos capazes de aprender com o histórico de interrupções do sistema de distribuição de energia e simular entradas (recursos financeiros necessários a serem investidos por tipo de ação de manutenção) para provisionar os indicadores de continuidade DEC e FEC (saídas), assegurando a proximidade entre o valor obtido experimentalmente e o valor verdadeiro na medição desses indicadores. Em termos metodológicos, foi realizada uma revisão da literatura para identificar possíveis modelos para apoio à decisão sendo capaz de fornecer insumos para a tomada de decisão gerencial. Como resultados, os provisionamentos calculados para o DEC e FEC Global foram obtidos com precisão de 84% e 90%, respectivamente, o que representa uma contribuição acadêmica e gerencial orientadas ao atendimento dos requisitos impostos pela ANEEL.

Palavras-Chave: Planejamento da Manutenção. Previsão de Indicadores e Recursos. Distribuidora de Energia Elétrica.

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ABSTRACT

The guarantee of energy distribution is central to modern society and an activity that directly impacts the management planning of the maintenance and operation of one of the largest energy distributors in Rio de Janeiro, Light. Due to the importance of supply constancy, the regulatory agency of the electricity sector (ANEEL) establishes strict targets related to the availability (DEC) and frequency (FEC) indicators of interruptions, with strict sanctions applied to distributors. The objective of the research is to analyze quantitative models able to learn from the history of disruptions of the power distribution system and simulate inputs (financial resources needed to be invested by type of maintenance action) to provide the continuity indicators DEC and FEC (Outputs), ensuring the proximity between the value obtained experimentally and the true value in the measurement of these indicators. In methodological terms, a review of the literature was carried out to identify possible models for decision support being capable of providing inputs for managerial decision making. As a result, the provisions calculated for DEC and FEC Global were obtained with an accuracy of 84% and 90%, respectively, which represents an academic and managerial contribution geared to meeting the requirements imposed by ANEEL. Keywords: Maintenance Planning. Forecast Indicators and Resources. Electric Power Distributor

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01 Processo de fornecimento até o consumo da energia elétrica 15 Figura 02 DEC Brasil X Meta Regulatória (ANEEL) 16 Figura 03 FEC Brasil X Meta Regulatória (ANEEL) 16 Figura 04 Determinação do ponto ótimo entre os custos da manutenção

preventiva e os custos decorrentes das falhas (manutenção corretiva e compensações financeiras)

22

Figura 05 Estrutura metodológica do estudo 27 Figura 06 Figura 07

Estrutura institucional do setor elétrico brasileiro O processo de pesquisa

36 39

Figura 08 Figura 09 Figura 10

Mapa da área de concessão da Light Diagrama do modelo de apoio gerencial à tomada de decisão Etapas do processo de KDD

44 49 71

Figura 11 Resumo das Pesquisas nas bases SCOPUS, Web of Science e SciElo

83

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 Concessionárias BRASIL – ANUAL 19 Gráfico 02 Gráfico 03

Impacto das causas das interrupções Distribuição de Artigos por Ano de Publicação na busca com as palavras-chave na base Scopus

45 75

Gráfico 04 Distribuição de Artigos por Ano de Publicação na busca com as palavras-chave na base ISIWeb of Science

79

Gráfico 05 Distribuição de Artigos por Ano de Publicação com as palavras-chave na base SciELO

82

Gráfico 06 Distribuição de Artigos do “Núcleo de Partida” por Ano de Publicação

90

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LISTA DE QUADROS

Quadro 01 Principais agentes e suas funções do novo modelo do setor 33 Quadro 02 A evolução da estrutura institucional do setor elétrico brasileiro 35 Quadro 03 Entradas e saídas dos indicadores financeiros e de continuidade 49 Quadro 04 Estratificação do DEC por segmento de atuação da manutenção 51 Quadro 05 Estratificação do FEC por segmento de atuação da manutenção 52 Quadro 06 Entradas e Saídas do Sub Processo Impedimentos Programados

do Sistema Aéreo 54

Quadro 07 Entradas e Saídas do Sub Processo Preventivas do Sistema Subterrâneo

55

Quadro 08 Entradas e Saídas do Sub Processo Corretivas do Sistema Subterrâneo

55

Quadro 09 Entradas e Saídas do Sub Processo Podas de Árvores (Vegetação)

56

Quadro 10 Entradas e Saídas do Sub Processo Manutenção Preventiva de Rede, Estrutura e Equipamentos

56

Quadro 11 Entradas e Saídas do Sub Processo Manutenção Corretiva de Rede, Estrutura e Equipamentos

57

Quadro 12 Entradas e Saídas do Sub Processo Projetos de Aumento de Capacidade (AP)

57

Quadro 13 Entradas e Saídas do Sub Processo Projetos de Proteção da Distribuição

58

Quadro 14 Entradas e Saídas do Sub Processo Projetos de Blindagem das Redes

58

Quadro 15 Entradas e Saídas do Sub Processo Atendimentos de Emergência 59 Quadro 16 Saídas: retorno do cálculo com a provisão de DEC e FEC para os

anos de 2016 a 2026 59

Quadro 17 Resultados de DEC projetados e realizados 61 Quadro 18 Resultados de FEC projetados e realizados 62 Quadro 20 Periódicos dos artigos publicados na busca com as palavras-

chave na base Scopus 73

Quadro 21 Autores e nº de artigos publicados na busca com as palavras-chave na base Scopus

74

Quadro 22 Levantamento da cronologia na busca com as palavras-chave na base Scopus

74

Quadro 23 Busca por palavras-chave nas bases ISI Web of Science 76 Quadro 24 Periódicos dos artigos publicados na busca com as palavras-

chave na base ISI Web of Science 77

Quadro 25 Autores e nº de artigos publicados na busca com as palavras-chave na base ISI Web of Science

78

Quadro 26 Levantamento da cronologia e ciclo da produção com a combinação das palavras-chave na base ISI Web of Science

78

Quadro 27 Busca por palavras-chave nas bases Scielo 79 Quadro 28 Periódicos dos artigos publicados na busca com as palavras-

chave na base ISI Web of Science 80

Quadro 29 Autores e nº de artigos publicados na busca com as palavras-chave na base ISI Web of Science

81

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Quadro 30 Levantamento da cronologia e ciclo da produção com a combinação das palavras-chave na base ISI Web of Science

81

Quadro 31 Lista de artigos selecionados para o núcleo de partida das bases SCOPUS e ISI Web of Science

85

Quadro 32 Lista de artigos selecionados para o núcleo de partida da base SciELO

86

Quadro 33 Lista de artigos selecionados para compor o “núcleo de partida” da pesquisa

87

Quadro 34 Identificação dos periódicos, o número de artigos e o critério Qualis para compor o “núcleo de partida” da pesquisa

89

Quadro 35 Levantamento da cronologia e ciclo da produção no “núcleo de partida”

90

Quadro 36 Quantidade de referências por tipo de fonte 91 Quadro 37 Número de referências por ano de publicação 91 Quadro 38 Quantidade de referências por tipo de fonte e instituição de

pesquisa 92

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LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ABRAMAN Associação Brasileira de Manutenção

ABRADEE Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica CAPES DEC

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora

DIC Duração de Interrupção por Unidade Consumidora

DICRI Duração da Interrupção Individual ocorrida em dia crítico por unidade consumidora

DMIC Duração Máxima de Interrupção Contínua por Unidade Consumidora

FEC Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora

FIC Frequência de Interrupção por Unidade Consumidora

FURNAS Furnas Centrais Elétricas S.A

GWh Giga Watt hora

Km2 Quilometro Quadrado

MAE Mercado Atacadista de Energia

MP Medida Provisória

MT Média Tensão

MW Mega Watt

NOS Operador Nacional do Sistema

PCM Planejamento e Controle da Manutenção

SEB Setor Elétrico Brasileiro

SESD Subestação de Subtransmissão da Distribuição

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 15 1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 15 1.2 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA 17 1.3 OBJETIVOS 23 1.3.1 Objetivo Geral 23 1.3.2 Objetivos Específicos 24 1.4 QUESTÕES-PROBLEMA 24 1.5 RELEVÂNCIA DO ESTUDO 25 1.6 DELIMITAÇÕES DO ESTUDO 25 1.7 ESTRUTURA METODOLÓGICA 26 1.8 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO 28

2 REVISÃO DA LITERATURA 29 2.1 LEVANTAMENTO BIBLIOMÉTRICO 29 2.2 ENERGIA ELÉTRICA 29

3 METODOLOGIA DA PESQUISA 38 3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA 38 3.2 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DA PESQUISA 39 3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS 40 3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DE DADOS 41 3.5 LIMITAÇÕES DO MÉTODO 42

4 ESTUDO DE CASO E PROPOSTA DE MODELO PARA APOIO GERENCIAL

44

4.1 MOTIVAÇÃO 45 4.2 PROPOSTA DE MODELO DE APOIO GERENCIAL PARA A

TOMADA DE DECISÃO 46

4.2.1 Elaboração do modelo 46 4.2.1.1 Definir o problema 47 4.2.1.2 Observar o processo atual e reunir as informações necessárias 47 4.2.1.3 Formular o modelo matemático capaz de simular as previsões de DEC e FEC

47

4.2.1.3.1.Grupos específicos de sub processos da manutenção preventiva e corretiva

48

4.2.1.4 Criar a ferramenta computacional 48 4.2.1.5 Apresentar a análise dos resultados 60

5 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES DE ESTUDOS FUTUROS

63

5.1 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS 63 5.2 SUGESTÕES DE FUTUROS TRABALHOS 64

REFERÊNCIAS

66

ANEXO

APENDICE A

68

70

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1 INTRODUÇÃO

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Os processos de geração, distribuição e fornecimento de energia elétrica

são centrais para o desenvolvimento econômico e social da civilização moderna.

Em especial, o processo de fornecimento de energia elétrica ao

consumidor, alvo do presente estudo, é resultado de três etapas de

transformação: a geração, transmissão e distribuição. Dada a importância da

manutenção da prestação do serviço de energia elétrica para a sociedade e para

o desenvolvimento do país, no Brasil, o Estado assume o papel de promover a

organização do setor que passa por diversas transformações desde os mais de

cem anos da sua existência (ALMEIDA, 2008).

A Figura 01 ilustra as etapas da geração, transmissão e distribuição do

processo de fornecimento até o consumo da energia elétrica.

Figura 01 - Processo de fornecimento até o consumo da energia elétrica Fonte: ABRADEE (2015) http://www.abradee.com.br

A regulação do processo da distribuição de energia elétrica no Brasil é de

responsabilidade da ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica. Os

incentivos fazem parte de uma vertente da regulação, onde a tarifa reflete custos

eficientes, que podem ser distintos dos custos verificados efetivamente pelas

distribuidoras. Este movimento incentiva a busca pela eficiência tanto nas tarefas

de operação e manutenção como também nas estratégias de investimentos.

Paralelamente, a regulação determina padrões mínimos de qualidade que

deverão ser respeitos pelos concessionários.

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Nesse sentido, a ANEEL tem enfatizado a necessidade de maior esforço

gerencial e operacional das distribuidoras para o aprimoramento da qualidade

do serviço, uma vez que os indicadores de qualidade, em especial a duração

média da interrupção por consumidor (DEC), não têm apresentado melhora

significativa nos últimos anos. A Figura 02 ilustra o DEC e a Figura 03 o FEC

realizado no Brasil em relação às metas estabelecidas de 2006 a 2015. Em todos

os anos, os indicadores apurados no Brasil superaram a meta definida pelo

regulador.

Figura 02 – DEC Brasil X Meta Regulatória (ANEEL) Fonte: ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica (2016)

Figura 03 – FEC Brasil X Meta Regulatória (ANEEL) Fonte: ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica (2016)

A eficiência requerida pelos novos contratos de concessão na forma da

qualidade do serviço e da gestão econômico-financeira tenciona os agentes do

setor elétrico brasileiro a refletirem sobre os desafios e mecanismos capazes de

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16

aprimorar a qualidade do seu atendimento, com custos eficientes e investimentos

prudentes.

1.2 DESCRIÇÃO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA

Conforme discutido previamente, constata-se que a regulação do setor

elétrico brasileiro, fortaleceu-se desde 1990 e passou por grandes

transformações desde o início com pequenos grupos de capital privado,

estatizações, privatizações, novo modelo setorial, racionamento em 2001,

revisão do modelo setorial, renovação das concessões, risco hidrológico e três

ciclos de revisão tarifária (2003 – 2008 – 2013).

Restringindo-se o foco do estudo à Light1, distribuidora de energia elétrica

objeto dessa pesquisa, a melhoria da qualidade do seu atendimento, implica na

entrega aos consumidores uma duração média e uma frequência média das

interrupções no fornecimento de energia dentro dos limites regulatórios (mensal,

trimestral e anual) estabelecidos pela ANEEL em 2013 durante o terceiro ciclo

de revisão tarifária.

O DEC – Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora,

é o indicador que sinaliza em horas a duração média das interrupções no

fornecimento de energia e o FEC – Frequência Equivalente de Interrupção por

Unidade Consumidora Equivalente por Unidade Consumidora, sinaliza em vezes

a frequência média das interrupções em determinados períodos.

Observada a qualidade do fornecimento da energia em 2015, o DEC -

duração média das interrupções do Brasil foi de 18,59 horas (acima do limite de

13,94 horas estabelecido pela Aneel) e o FEC - a frequência média das

interrupções é de 9,86 vezes (abaixo do limite de 11,03 vezes designado pela

supracitada Agência). O Brasil conta com mais de 77,18 milhões de unidades

consumidoras, destas, a grande maioria, cerca de 85%, é residencial (ANEEL,

2015).

1Light – Serviços de Eletricidade S.A: empresa de capital aberto que distribui energia elétrica desde 1905

no Estado do Rio de Janeiro, hoje possui 4 milhões de clientes (10 milhões de pessoas), em 31 municípios

do Estado. Sua área geográfica de concessão equivale a 30% do Estado do RJ e que possui 70% do PIB do

RJ. A empresa é a quarta maior distribuidora de energia do Brasil, em número de clientes, e a quinta maior

em quantidade de energia distribuída, segundo o Anuário Estatístico de Energia Elétrica de 2010, publicado

pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e

Energia.(Fonte:www.light.com.br).

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Em 2015, a Light ultrapassou o limite regulatório definido pela Aneel para

a duração das interrupções (DEC). O DEC alcançou a média de 12,59 horas

(limite de 8,88 horas). O FEC ficou abaixo do limite regulatório e alcançou a

média de 6,41 vezes (limite de 6,64 vezes).

Por meio do controle das interrupções, do cálculo e da divulgação dos

indicadores de continuidade de serviço, as distribuidoras, os consumidores e a

ANEEL podem avaliar a qualidade do serviço prestado e o desempenho do

sistema elétrico.

Para alcançar ou manter o nível de qualidade estabelecido pela ANEEL,

as distribuidoras são responsáveis também por planejar os recursos financeiros

que suportem as despesas operacionais com operação e manutenção e os

investimentos na melhoria da qualidade do fornecimento (custos gerenciáveis).

Além do DEC e do FEC, a ANEEL estabelece limites para os indicadores

de continuidade individuais (DIC, FIC, DMIC e DICRI)2. Porém, quando há

transgressão dos limites dos indicadores de continuidade individuais, a

distribuidora deve compensar financeiramente o consumidor em relação ao

período de apuração (mensal, trimestral ou anual). A distribuidora deve calcular

a compensação ao consumidor que acessa o seu sistema e efetuar o crédito na

fatura em até dois meses após o período de apuração. O cálculo do valor da

compensação utiliza a fórmula constante da Equação 1:

(Equação 1)

Fonte: Light – Gerência de Operação - 2015

2 DIC = duração de interrupção individual por unidade consumidora ou por ponto de conexão, expressa

em horas e centésimos de hora;

FIC = frequência de interrupção individual por unidade consumidora ou ponto de conexão, expressa em

número de interrupções;

DMIC = duração máxima de interrupção contínua por unidade consumidora ou por ponto de conexão,

expressa em horas e centésimos de hora;

DICRI = duração da interrupção individual ocorrida em dia crítico por unidade consumidora ou ponto de

conexão, expressa em horas e centésimos de hora.

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No Brasil em 2015, 126 milhões compensações foram pagas pelas 63

distribuidoras que ultrapassaram os limites regulatórios do DIC, FIC e DMIC ou

DICRI. Os consumidores afetados no período receberam R$ 657 milhões, a título

de compensação financeira3 por interrupção de energia. Em 2014, foram R$ 391

milhões por 110 milhões de compensações pagas. O Gráfico 01 ilustra o valor

dos pagamentos da compensação financeira desde 2010 estratificada pelos

indicadores de duração e frequência, mensal, trimestral e anual.

Gráfico 01 - Concessionárias BRASIL - ANUAL Fonte: ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica (2016)

Na Light, nos anos de 2012 e 2013, foram pagos R$ 47 milhões e R$ 46

milhões a título de compensação financeira por interrupção de energia,

respectivamente. Em 2014, foram pagos R$ 30 milhões por 6,4 milhões de

compensações pagas. Em 2015, foram 6,5 milhões de compensações pagas

que somaram R$ 44 milhões, segundo publicação da ANEEL através do seu site.

O efeito do direcionamento regulatório é percebido a partir do aumento

das compensações aos consumidores e com a inserção da questão da qualidade

3 O pagamento de compensação financeira entrou em vigor em 1º de janeiro de 2010. O assunto foi

normatizado pela Resolução nº. 395/2009, que fez a revisão dos Procedimentos de Distribuição de Energia

Elétrica no Sistema Elétrico Nacional (PRODIST). O PRODIST normatiza o relacionamento entre as

distribuidoras e consumidores e geradores conectados aos sistemas de distribuição. Entre 2010 e 2014, já

foram compensados quase R$ 2bilhões, em mais de 500 milhões de faturas mensais – uma vez que uma

unidade consumidora pode receber a compensação mais de um mês por ano. Cabe destacar que o volume

de compensações financeiras pagas no Brasil pela violação dos limites regulatórios de interrupção do

fornecimento se aproxima de R$ 40 milhões ao ano.

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no cálculo tarifário (componente Q) do Fator X4 (Equação 2), que é composto

por três componentes, conforme fórmula:

𝑭𝒂𝒕𝒐𝒓𝑿 = 𝑷𝒅 + 𝑸 + 𝑻 (Equação 2), onde:

𝑷𝒅: Ganhos de produtividade da atividade de distribuição;

𝑸: Qualidade técnica e comercial do serviço prestado ao consumidor; e

𝑻: Trajetória de custos operacionais.

O valor da componente Q é resultado da qualidade dos serviços técnicos

e comerciais prestados por cada distribuidora aos seus consumidores. Esse

componente está inserido no contexto do Mecanismo de Incentivo - MI, que

envolve outras ações da Agência. Seu cálculo leva em conta a variação de sete

indicadores e o atendimento aos padrões de qualidade estabelecidos pela

ANEEL.

Por fim, ainda há uma demanda para que a qualidade do serviço seja um

dos critérios, claro e objetivo, para renovações das concessões. O Tribunal de

Contas da União, através do Acórdão nº 2.253/2015, explicita que entre os

parâmetros de eficiência da prestação do serviço deve estar a qualidade do

serviço, cuja:

“[...] falta de consecução dos parâmetros estabelecidos [...] por 2 anos consecutivos ou períodos alternados no prazo de 5 anos caracterizará a inadimplência em relação à continuidade do fornecimento”.

De fato, em 24/09/2015 a ANEEL se posicionou reabrindo a Audiência

Pública nº 038/2015, onde propõe que:

“o descumprimento de limites anuais globais de indicadores de continuidade coletivos por três anos consecutivos acarretará (...) a extinção da concessão”.

Ainda cabe ressaltar que na área de concessão da Light, além das

barreias naturais da qualidade do fornecimento que ainda a impedem de

4 Fator X: tem por objetivo primordial a garantia de que o equilíbrio estabelecido na revisão tarifária entre

receitas e despesas eficientes seja mantido nos reposicionamentos tarifários subsequentes. Isto ocorre por

meio da transferência ao consumidor dos ganhos potenciais de produtividade do segmento de distribuição

de energia elétrica.

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alcançar os limites regulatórios estabelecidos e por consequência implicam em

severas multas compensatórias, existe uma situação bem particular chamada de

perdas comerciais.

As perdas comerciais caracterizam-se por furto e fraude de energia, é o

que declara a ANEEL no texto Medição, faturamento e combate a perdas

comerciais e o que constata a Light. São 6.029 GWh por ano, o equivalente a

20% das perdas não técnicas do Brasil. A perda acumulada no mercado faturado

de baixa tensão da Light é de 45%.

O furto é o desvio direto de energia da rede elétrica da distribuidora para

o consumo ilegal, ou seja, a energia é utilizada, mas não contabilizada. A fraude

está associada às ligações irregulares, clandestinas e alterações das

características dos medidores instalados nas unidades consumidoras

registradas na distribuidora, ou seja, apesar de o consumo ser maior, a fraude

na rede elétrica faz com que o usuário pague, quando muito, apenas uma fração

do consumo devido.

As perdas comerciais são mensuradas através do cálculo do índice de

perdas comerciais, resultado da relação da energia não faturada pela energia

distribuída. Esse índice faz da Light uma das distribuidoras com maior perda

comercial do país, ficando atrás das distribuidoras como a Eletrobrás Alagoas,

Eletrobrás Piauí, Celpa (Pará) e Eletrobrás Amazonas. As perdas comerciais

refletem diretamente no aumento da tarifa, como forma de compensar as

distribuidoras o montante desviado pelos infratores.

De acordo com dados da ANEEL (2015), a região Norte lidera o índice de

perdas comerciais, com média de 22%. O Nordeste e Sudeste contabilizam 10%

de média de perdas cada. Já as regiões Centro-Oeste e Sul têm,

respectivamente, 5% e 3%.

As perdas comerciais impactam nas operações da Light e provocam

prejuízos bastante significativos na qualidade do seu atendimento e na saúde

financeira da companhia. De acordo com pronunciamento do presidente da

companhia, Paulo Roberto Pinto, em evento organizado pela FIRJAN e FIESP,

os 41% de perdas comerciais alcançados em 2014, somam cerca de R$ 2

bilhões, o equivalente aos números movimentados em consumo de energia no

mercado de todo o Estado do Espírito Santo.

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A Light como prestadora de serviços públicos, no contexto da regulação

e da qualidade do fornecimento, como qualquer outra distribuidora, é também

responsável por aplicar e gerenciar os recursos financeiros para suportar a

técnica dos planos de operação, manutenção e de melhoria da qualidade do

sistema da sua área de concessão. O objetivo final dos seus planos de ação que

envolve o tema é alcançar e manter os níveis regulatórios de continuidade (DEC

e FEC), fortalecer os resultados da sua concessão através do equilíbrio da sua

base de ativos de remuneração reconhecida pela Aneel e os custos fixos ou não

que integram a sua operação.

A Figura 04ilustra o ponto de equilíbrio (ótimo) entre os custos da

manutenção preventiva e os custos decorrentes das falhas (manutenção

corretiva, penalidades, multas e compensações financeiras).

Figura 04 - Determinação do ponto ótimo entre os custos da manutenção preventiva e os custos decorrentes das falhas (manutenção corretiva e compensações financeiras)

Fonte: adaptação do autor de Mirshawa e Omedo (1993)

Diante das especificidades da área de concessão de cada distribuidora, o

momento de planejar os recursos financeiros que a suportam e permitem a

execução das ações preventivas e dos investimentos para melhoria da qualidade

do sistema é extremamente crítico para as distribuidoras.

As ações de manutenção preventiva devem resultar no alcance dos

limites regulatórios definidos para os indicadores de continuidade e mitigar as

multas compensatórias por transgressão dos limites estabelecidos.

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22

A distribuidora deve ser precisa e exata na hora de planejar e aplicar os

recursos financeiros disponibilizados, cada vez mais finitos, regulados e

escassos.

O problema central da pesquisa deste estudo é evidenciar como

correlacionar o impacto das ações preventivas planejadas após a etapa de

diagnóstico do sistema elétrico de distribuição da Light e o resultado produzido

na forma dos indicadores de continuidade (DEC e FEC) e dos valores decorridos

das manutenções corretivas e das compensações financeiras.

Na prática, as distribuidoras, por sua vez, conhecem o custo que possuem

para o nível de qualidade no qual elas ofertam o serviço, mas nem sempre

conhecem a função completa de custo para se obter o nível de qualidade

desejado.

A ANEEL enfatiza sobre a dificuldade de estimar funções de custos

relacionadas à melhoria da confiabilidade do sistema de distribuição e

reconheceu, através do Termo de Referência n° 01, de Ago/13, que: “[...] funções

de custos relacionados à melhoria da confiabilidade do sistema de distribuição”

caracterizam-se por ter limitada “literatura sobre o assunto”.

Diante do exposto, essa pesquisa proporciona um salto no sentido de

conhecer o impacto dos custos e benefícios das ações de custo (OPEX) e

investimento (CAPEX), além do que se demonstra relevante no cenário de

instabilidade do setor elétrico nacional, onde a busca pela qualidade no

fornecimento de energia elétrica ganhou notória prioridade e é cada vez mais

potencializada pela escassez de recursos.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

O objetivo desta dissertação é propor e desenvolver um modelo de cálculo

que resulte na previsão dos níveis de continuidade de DEC e FEC (saída) da

Light, considerando as ações planejadas de manutenção preventiva e

suportadas pelos recursos financeiros (entrada).

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1.3.2 Objetivos Específicos

Definir a melhor forma de cálculo do impacto de cada ação de manutenção

preventiva para redução da frequência de falhas (FEC) e da duração nos

tempos de interrupção (DEC).

Entendera influência de cada uma das ações de manutenção preventiva na

previsibilidade dos indicadores de DEC e FEC.

Utilizar o modelo de tomada de decisão como ferramenta no planejamento

da manutenção preventiva para compatibilizar o nível de qualidade do

fornecimento desejado (DEC e FEC) com o volume das ações preventivas e

os recursos financeiros necessários para a realização das ações no campo.

1.4. QUESTÕES-PROBLEMA

Qual a influência dos investimentos realizados na manutenção preventiva

para mitigar os efeitos das falhas nas redes de distribuição e multas

compensatórias?

Faz sentido incorporar variáveis ambientais, temporais e climatológicas como

pavimentação, violência, sazonalidades, pluviosidade, temperatura, vento, El

Niño e La Niña, características da área de concessão da Distribuidora na

estimativa dos ganhos das ações de manutenção?

É possível desenvolver um modelo matemático que contemple as variáveis

de custo e desempenho de modo a contribuir para provisão de resultados na

forma de indicadores de qualidade?

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1.5. RELEVÂNCIA DO ESTUDO

O desenvolvimento da metodologia é relevante para o sistema de gestão

da manutenção preventiva no sentido de incrementar maior precisão no retorno

esperado de cada investimento realizado para cada tipo de ação de manutenção.

Isso significa, observa-se a possibilidade de ajustar Melhor a intensidade de cada

ação para combater a causa raiz identificada durante a fase do diagnóstico e

assim obter o resultado desejado.

Cada ação de manutenção está influenciada pelo impacto que seus

ofensores promovem sobre os indicadores de qualidade. Com isso tem-se a

expectativa de determinar o equilíbrio necessário entre a confiabilidade desejada

no fornecimento e os preços da energia elétrica, levando em consideração as

regras da Aneel e a satisfação do consumidor e de toda a população envolvida.

A metodologia de cálculo pode ser utilizada por qualquer outra

distribuidora que obtenha concessão dos serviços de distribuição no território

nacional, consequentemente regida pelas mesmas regras setoriais da categoria

qual pertence.

Outros setores produtivos que também tenham a manutenção preventiva

como determinante de vantagem competitiva, também podem utilizar essa

metodologia de cálculo, desde que a mesma seja parametrizada com as regras

lógicas para o seguimento de atuação.

O estudo apresenta como contribuição acadêmica a oportunidade de

desenvolvimento da metodologia de cálculo, a disponibilidade das informações

necessárias para sua realização e ainda oferece embasamento suficiente para

teorização de novos estudos para produção científica.

1.6 DELIMITAÇÕES DO ESTUDO

A Gerência de Planejamento da Manutenção e Operação da Distribuição

da Light é o meio que facilita a pesquisa e permite trocar conhecimento teórico

e empírico.

A estrutura metodológica está suportada por duas vertentes. A vertente

do conhecimento teórico promove a revisão literária e resulta um modelo de

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planejamento do experimento. A vertente do conhecimento empírico analisa e

discute o modelo do experimento aplicado na Light e os resultados alcançados.

Não serão contemplados neste estudo aspectos mais aprofundados

acerca de:

- Critérios do diagnóstico para identificar os principais ofensores aos

indicadores de qualidade e financeiros;

- Avaliação sobre as regras do agente regulador, normas e procedimentos de

engenharia de manutenção ou do mercado financeiro;

- Parecer sobre a modicidade tarifária5, multa, penalidades e compensações

financeiras vigentes à Distribuidora em estudo;

- Questões relacionadas à certificação do processo.

Cabe ressaltar que embora a metodologia de cálculo esteja customizada

para uma distribuidora de energia elétrica, analogias a outros segmentos

produtivos podem ser feitos, ainda que esta comparação não tenha sido

realizada nesta pesquisa.

1.7 ESTRUTURA METODOLÓGICA DO ESTUDO

O modelo para organizar este estudo está baseado na estrutura

metodológica ilustrada na Figura 05.

O estudo possui duas vertentes, uma teórica e outra empírica, que mesmo

sendo distintas, se complementam.

5 O princípio da modicidade tarifária busca o estabelecimento de tarifa justa a ser cobrada dos clientes do

serviço monopolista de distribuição de energia elétrica. Para isso, o Regulador leva em consideração, dentre

outros, dois componentes fundamentais: os custos operacionais vinculados à operação e manutenção dos

ativos necessários para a prestação do serviço, gestão comercial dos clientes, direção e administração da

empresa; a remuneração dos ativos efetivamente necessários para a prestação do serviço, com níveis de

qualidade de modo a assegurar e sustentar adequadamente atividade econômica do negócio. De outro lado,

como estímulo a prestação qualificada do serviço concedido fica resguardada a apropriação de ganhos de

eficiência empresarial e da competitividade.

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Figura 05 – Estrutura metodológica do estudo

Fonte: criado pelo autor

A vertente teórica propõe-se a pesquisar o papel da gestão no processo

de manutenção e de suas variáveis para apoiar na tomada de decisão. Assim

como também, identificar que ações deverão ser priorizadas de modo a

potencializar os resultados esperados de preferência no menor prazo possível.

Para dar embasamento teórico à pesquisa, serão estudados os seguintes

assuntos: Manutenção, Energia, Redes Neurais e Lógica Fuzzy.

A vertente empírica, por meio de um estudo de caso, propõe-se a

identificar e coletar dados referentes: ao planejamento da manutenção do setor

de distribuição elétrica tendo como via a Gerência de Planejamento da

Manutenção e Operação da Light Serviços de Eletricidade SA, as ações

desenvolvidas e a lógica utilizada para tomada de decisão e os resultados

alcançados por esses profissionais; como essas ações podem contribuir para

potencializar ganhos para o sistema Light; como os profissionais percebem o

impacto financeiro e da qualidade do fornecimento de energia elétrica derivado

de cada ação de manutenção; e vistas à melhoria do processo ensino-

aprendizagem. Esta vertente será abordada por meio da coleta de dados

documentais dos profissionais integrantes das equipes de planejamento da

Light.

Valida ou modifica

Estrutura Metodológicada Pesquisa

Vertente Teórica

Vertente Empírica

Revisãoda Literatura

Pesquisa Setorial: Manutenção das Redes de Distribuição de Energia Elétrica

Uso dos Métodos no apoio à Tomada de Decisão

Modelo Teórico / Planejamento do Experimento

Estudo de Caso

Levantamentode Dados

Análise, Simulação e Discussão de Resultados

Conclusões e Sugestões de Estudos Futuros

Ap

lica

em

...

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27

1.8 ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

O estudo proposto está organizado em cinco capítulos, a saber:

O Capítulo 1 promove a contextualização do problema, os objetivos da

pesquisa fundamentada como estudo de caso, a estrutura metodológica da

pesquisa, além da relevância, delimitações e organização do estudo.

O Capítulo 2 fundamenta-se na a revisão da literatura, visando à identificação

dos principais conceitos e fundamentos relevantes ao embasamento

acadêmico da pesquisa.

No Capítulo 3 é apresentada a metodologia da pesquisa empregada para a

proposição do modelo experimental.

O Capítulo 4 apresenta o desenvolvimento da aplicação dos conceitos

teóricos que suportam o modelo experimental na realidade da Light.

O Capítulo 5 apresenta conclusões e considerações finais sobre os

resultados obtidos e as recomendações de pesquisas futuras.

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2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 LEVANTAMENTO BIBLIOMÉTRICO

Esta seção apresenta o referencial teórico que foi utilizado como aporte

para o desenvolvimento da pesquisa. Foram realizadas consultas em livros,

artigos, periódicos, dissertações e teses e disponíveis nas principais bases de

dados reconhecidas pela CAPES.

Visando dar maior fundamentação científica à pesquisa foi realizado um

estudo bibliométrico para identificar os principais autores que estão relacionados

de alguma forma ao tema da pesquisa. O levantamento bibliométrico está

detalhado no Apêndice A.

2.2 ENERGIA ELÉTRICA

Almeida (2008) destaca quatro períodos das transformações do modelo

brasileiro de distribuição da energia elétrica no Brasil. O primeiro entre os anos

de 1879 e 1933, transição entre o império e a república, é caracterizado pela

implantação do setor elétrico no país, das primeiras instalações de iluminação

pública e das primeiras usinas geradoras de eletricidade, além do surgimento

das primeiras empresas do setor6.

As concessões para a prestação dos serviços de energia elétrica foram

instituídas após a promulgação da segunda Constituição do Brasil, em 1891.

Ainda segundo o autor, surgiram como uma solução para o processo de

expansão econômica e social do país, uma vez que o Estado não conseguia

atender adequadamente as demandas da sociedade da época. Ainda nesse

período, começam a ser debatidos o futuro do setor e a participação da iniciativa

privada.

6O marco histórico inicial da utilização da eletricidade ocorreu em 1879 quando da inauguração, na Estação

da Corte da Estrada de Ferro D. Pedro II (Estrada de Ferro Central do Brasil), da primeira instalação de

iluminação elétrica permanente, que se constituía de seis lâmpadas de arco voltaico. Apenas quatro anos

depois era inaugurada a primeira hidrelétrica brasileira, a Usina Hidrelétrica (UHE) Ribeirão do Inferno,

com 12 kW de potência instalada e localizada na cidade de Diamantina – MG, (ALMEIDA, 2008).

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No início da década de 1930 o setor elétrico estava dominado por

empresas privada7 que praticavam a liberdade tarifária com as tarifas

reajustadas pela taxa cambial. Os países europeus e os Estados Unidos

experimentavam reduções nas tarifas de energia elétrica, resultado da estratégia

adotada de concorrência entre o Estado e a iniciativa privada (ALMEIDA, 2008).

Para Almeida (2008), no segundo período (1934 a 1961) a promulgação

do Código de Águas em 1934, foi a primeira ação visando à regulamentação do

setor de energia elétrica no país. O Estado controlava autorizações e

concessões para a exploração do serviço de geração e distribuição de energia

elétrica.

Almeida (2008) destaca ainda que o período entre os anos de 1937 a 1945

foi marcado por maior intervenção do Estado na economia através da criação de

empresas estatais8, pelos altos investimentos em infraestrutura e a criação de

monopólios públicos de produtos.

Segundo Dontal (2012), a partir de meados dos anos 1950, devido à

necessidade de expansão do setor e prover infraestrutura para a

industrialização, iniciou-se um gradual processo de estatização, concluído por

volta de 1970.

Em 1953, o Estado instituiu o Fundo Federal de Eletrificação (FFE) e, ao

final da década, o Plano Nacional de Eletrificação (PNE9) como medida para

viabilizar os investimentos da União no setor. Como parte do PNE e com o

objetivo de garantir a estrutura institucional para os empreendimentos

encaminhados pelo governo federal no setor elétrico, foram criados em 1960 o

7 Início da década de 1930 o setor elétrico estaria dominado, praticamente, por dois grandes grupos

estrangeiros: o Grupo Light, atuando nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, e a American and Foreign

Power Company (AMFORP), atuando em diversas capitais brasileiras e no interior de São Paulo,

(ALMEIDA, 2008). 8 Data desse período a criação de algumas das grandes empresas públicas de economia mista, como a

Companhia Siderúrgica Nacional (1941), a Companhia Vale do Rio Doce (1942), a Companhia Nacional

de Álcalis (1943) e a Companhia Hidroelétrica do São Francisco (1945), (ALMEIDA, 2008). 9O PNE foi criado durante o governo de Getúlio Vargas. Com seu suicídio, o projeto foi deixado de lado,

sendo posteriormente retomado e aprovado durante o governo de Juscelino Kubitscheck (1956-1961).

Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), o setor elétrico foi considerado prioritário pelo

Plano de Metas do governo, juntamente com os setores de transportes, alimentação, educação e de

indústrias de base (AMARAL, 2012).

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Ministério de Minas e Energia (MME), incorporando as funções do CNAEE10 e

da antiga Divisão de Águas e, em 1961, as Centrais Elétricas Brasileiras S.A.,

mais conhecida como Eletrobrás, Amaral (2012).

Amaral (2012) destaca que com o golpe de Estado em 1964, foi

empregada uma reforma político-institucional do Estado brasileiro visando a

restabelecer a estabilidade. No setor elétrico instituiu-se o Departamento

Nacional de Água e Energia Elétrica (DNAEE), que assumiu todas as funções

inerentes ao poder concedente, transformando-se em órgão normativo e

fiscalizador do sistema e a Eletrobrás, responsável pela coordenação e

planejamento da expansão e operação do sistema foi fortalecida.

Entre os anos de 1962 e 1979 (terceiro período), Almeida (2008) destaca

que foram criados pelo governo federal, órgãos governamentais e grandes

empresas estatais, consolidando o processo de estatização do setor elétrico no

Brasil.

A manutenção do programa de investimento do sistema elétrico, ao longo

de todo o período de 1950 a 1980 foi amplamente dependente de financiamentos

externos.

No quarto período entre os anos de 1980 e 2001, Almeida (2008) destaca

a estagnação do sistema, sendo caracterizado também pelo início e

desenvolvimento do processo de privatização do setor, além do surgimento da

crise de abastecimento de energia elétrica, que segundo Amaral (2012),

culminou no racionamento de 2001.

Almeida (2008) ressalta que no Brasil, o movimento pelas reformas do

Estado iniciou-se no governo Collor, a partir do início dos anos 1990, com a

adoção do PND11 – Programa Nacional de Desestatização.

Em 1992, a Light Serviços de Eletricidade S.A. (Light) e a Espírito Santo

Centrais Elétricas S.A. (Escelsa) foram incluídas no PND. Porém, o processo de

privatização do setor realmente tomou força a partir do primeiro governo de

Fernando Henrique Cardoso (1995-1998), quando foi criado o Conselho

Nacional de Desestatização (CND).

10 Em 1939, foi criado o Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica (CNAEE) com a função de atuar

em todas as questões relativas ao setor elétrico (AMARAL, 2012). 11O PND foi criado através da Medida Provisória 155, tendo sido transformado na Lei 8.301/90

(ALMEIDA, 2008).

Comentado [B1]: http://www.aneel.gov.br/documents/656835/14

876412/Dissertacao_Jose_Alvaro.pdf/5ee072cf-549e-48b2-9d23-

21a386f353f9

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Ainda durante o primeiro mandato do Governo FHC, como parte da

reestruturação do setor elétrico, foi extinto o DNAEE e criados a ANEEL –

Agência Nacional de Energia Elétrica12, o MAE – Mercado Atacadista de Energia

Elétrica13 (MAE) e o ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico14 (ALMEIDA,

2008).

O governo reconheceu a existência da crise e lançou em abril de 2001 o

Plano de Racionalização de Energia. A ampliação do parque gerador durante as

décadas que antecederam 2001 não foram suficientes para evitar que o país

enfrentasse uma grave crise de abastecimento de energia elétrica, ressalta

Almeida (2008).

Tolmasquim (2000) afirma que a crise energética foi consequência da

união de dois fatores: o abandono, por parte do governo federal, da gestão

plurianual dos reservatórios das usinas hidrelétricas e a pequena expansão do

sistema elétrico. A crise não pode ser atribuída simplesmente a uma má

operação do sistema elétrico, e sim a uma política de governo que proibia as

empresas estatais de investirem na expansão do sistema elétrico como forma de

reduzir o déficit público, apesar das empresas possuírem condições para tal.

Além disso, os investimentos privados no setor não ocorreram como esperado

pelo governo.

O diagnóstico elaborado pela Comissão de Análise do Sistema

Hidrotérmico de Energia Elétrica, o “Relatório Kelman 20”, concluiu que a crise

esteve muito mais relacionada às mudanças estruturais implementadas no

âmbito do processo de reestruturação do setor, que inviabilizou novos

investimentos, do que por desequilíbrio conjuntural decorrente da estiagem

vivenciada no final de 2000 e início de 2001 (AMARAL, 2012).

12A ANEEL foi instituída pela Lei 9.427 de 26 de dezembro de 1996 para ser uma agência reguladora

independente, tendo como atividades fundamentais a regulação, o controle e a fiscalização dos serviços e

instalações de energia elétrica.

13O MAE foi criado pela Lei 9.648 de 27 de maio de 1998 para ser o ambiente onde se realizariam as

transações de compra e venda de energia elétrica no sistema elétrico interligado, cabendo à ANEEL a

definição das regras de participação no MAE e os mecanismos de proteção dos consumidores.

14 O ONS como órgão de direito privado e sem fins lucrativos tem a função de coordenar e controlar a

operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN)

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Após a deflagração da crise energética de 2001, sucedeu-se uma grande

crise institucional no setor e em todo o governo. Com a troca do governo em

2003 do Presidente Fernando Henrique Cardoso para Presidente Luiz Inácio

Lula da Silva, iniciou-se uma série de mudanças que culminariam no que se

conhece como “O Novo modelo do Setor Elétrico” instituído pela Lei 10.848 de

2004, que teve os como princípios básicos, destaca Amaral (2012).

I. Prevalência do conceito de serviço público entendendo que produção de

energia deve ser realizada, prioritariamente, por concessionárias de

serviço público, principalmente quando destinada aos consumidores

cativos.

II. Manutenção da modicidade tarifária15 é fundamental com a introdução de

mecanismos que, preservados os benefícios da competição, permitam

que a renda decorrente da permanência em operação dos ativos

depreciados possa contribuir para a modicidade tarifária.

III. Mitigação dos riscos sistêmicos tanto para investidores como para

consumidores.

IV. Universalização do acesso e uso dos serviços de eletricidade só será

atendida através de políticas públicas específicas.

V. A incorporação de contestação pública nos distintos estágios do

planejamento, com o objetivo de garantir a máxima transparência das

ações do setor.

O “Novo modelo do Setor Elétrico” definiu os principais agentes do

novo modelo e suas funções de acordo com o Quadro 1.

Quadro 1 - Principais agentes e suas funções do novo modelo do setor.

AGENTES

FUNÇÕES

15O princípio da modicidade tarifária busca o estabelecimento de tarifa justa a ser cobrada dos clientes do

serviço monopolista de distribuição de energia elétrica. Para isso, o Regulador leva em consideração, dentre

outros, dois componentes fundamentais:

•. Os custos operacionais vinculados à operação e manutenção dos ativos necessários para a prestação do

serviço, gestão comercial dos clientes, direção e administração da empresa;

• A remuneração dos ativos efetivamente necessários para a prestação do serviço, com níveis de qualidade

de modo a assegurar e sustentar adequadamente atividade econômica do negócio.

Por outro lado, como estímulo a prestação qualificada do serviço concedido fica resguardada a apropriação

de ganhos de eficiência empresarial e da competitividade.

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Conselho Nacional de Política Energética –CNPE

Homologação da política energética, em articulação com as demais políticas públicas.

Ministério de Minas e Energia – MME

Formulação de políticas para o setor energético; implementação dessas políticas energéticas; e exercício

do poder concedente.

Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL

Mediação, regulação e fiscalização do funcionamento do sistema elétrico, envolvendo o cumprimento das normas do marco regulatório em geral e das obrigações dispostas nos atos de outorga (contratos de concessão, autorização ou

permissão) dos serviços de geração, transmissão e distribuição.

Empresa de Pesquisa Energética – EPE

Execução dos estudos de planejamento energético

Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE

Contabilização e liquidação de diferenças contratuais no curto prazo; e administração dos contratos de compra de energia para atendimentos aos consumidores regulados.

Operador Nacional do Sistema –ONS

Operação integrada e centralizada do sistema elétrico interligado; e administração da contratação das

instalações de transmissão.

Operador dos Sistemas Elétricos Isolados – OSI

Coordenação da operação dos sistemas isolados

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE

Monitoramento das condições de atendimento, no horizonte de cinco anos, com o objetivo de assegurar a

implementação de providências com vistas a garantir a normalidade do suprimento de energia elétrica

(coordenação do MME, com apoio da EPE, CCEE, da ANEEL e doONS)

Eletrobrás

Financiamento, em caráter suplementar, da expansão do setor elétrico; exercício da função de holding das

empresas estatais federais; administração de encargos e fundos setoriais; comercialização da energia de Itaipu e de

fontes alternativas contempladas pelo PROINFA16; e Coordenação do OSI.

Fonte: BRASIL – Ministério de Minas e Energia (2003)

O Quadro 2 ilustra um breve resumo da evolução da estrutura institucional

do setor elétrico brasileiro, cuja trajetória está dividida em três fases.

16

O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA), instituído pelo decreto

nº 5.025/2004, tem o objetivo de aumentar a participação da energia elétrica produzida por

empreendimentos concebidos com base em fontes eólicas, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCH)

no Sistema Elétrico Interligado Nacional (SIN).

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Quadro 2 - A evolução da estrutura institucional do setor elétrico brasileiro

Modelo Antigo (até1995) Modelo de Livre Mercado

(1995 a2003) Novo Modelo(2004)

Financiamento através de

recursos públicos

Financiamento através de

recursos públicos e privados

Financiamento através de

recursos públicos e privados

Empresas verticalizadas

Empresas divididas por

atividade: geração,

transmissão, distribuição e

comercialização

Empresas divididas por

atividade: geração,

transmissão, distribuição,

comercialização, importação

e exportação.

Empresas

Predominantemente

Estatais

Abertura e ênfase na

privatização das Empresas

Convivência entre Empresas

Estatais e Privadas

Monopólios - Competição

inexistente

Competição na geração e

comercialização

Competição na geração e

comercialização

Consumidores Cativos Consumidores Livres e Cativos

Consumidores Livres e Cativos

Tarifas reguladas em todos

os segmentos

Preços livremente

negociados na geração e

comercialização

No ambiente livre: Preços

livremente negociados na

geração e comercialização.

No ambiente regulado: leilão

e licitação pela menor tarifa

Mercado Regulado Mercado Livre Convivência entre

Mercados Livre e Regulado

Planejamento Determinativo -

Grupo Coordenador do

Planejamento dos Sistemas

Elétricos(GCPS)

Planejamento Indicativo

pelo Conselho Nacional de

Política Energética(CNPE)

Planejamento pela Empresa

de Pesquisa

Energética(EPE)

Contratação: 100% do

Mercado

Contratação: 85% do

mercado (até

agosto/2003) e 95%

mercado (até dez./2004)

Contratação: 100% do Mercado

+ reserva

Sobras/déficits do balanço

energético rateados entre

compradores

Sobras/déficits do balanço

energético liquidados no MAE

Sobras/déficits do balanço

energético liquidados na

CCEE. Mecanismo de

Compensação de Sobras e

Déficits (MCSD) para as

Distribuidoras.

Fonte: Câmara de Comercialização de Energia Elétrica -CCEE (2015)

A Figura 06 ilustra o diagrama da estrutura institucional do setor

elétrico brasileiro após a introdução do novo modelo em 2004.

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35

Figura 06 – Estrutura institucional do setor elétrico brasileiro Fonte: ANEEL (2008) - Agência Nacional de Energia Elétrica – disponível em www.

aneel.gov.br

Segundo Almeida (2008), o novo modelo manteve o incentivo a

competição no segmento de geração e comercialização, porém, extinguiu o MAE

e em seu lugar foi criada a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

(CCEE).

Brandão e Castro (2013) citam que os contratos das antigas concessões

de geração, transmissão e distribuição do setor elétrico, prorrogados em 1995,

vinham sendo discutidos desde 2008. Em 11 de setembro 2012, através da MP

- Medida Provisória 57917 foi anunciada a prorrogação de renovar as concessões

dos ativos de geração e transmissão. Posteriormente a MP 579 foi convertida na

Lei 12.78318.

A renovação dos contratos da distribuição não foi priorizada no mesmo

momento dos segmentos da geração e transmissão, pois um novo processo

licitatório não resultaria em nenhum efeito imediato em prol da modicidade

tarifária.

17Medida Provisória 579/2012 de 11/09/2012: dispõe sobre as concessões de geração, transmissão e

distribuição de energia elétrica, sobre a redução dos encargos setoriais, sobre a modicidade tarifária, e dá

outras providências.

18Lei 12.783/2013 de 11/01/2013: define os critérios e condições para a prorrogação das concessões de

geração hidrelétrica.

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36

Próximo ao fim das concessões das distribuidoras que acontecem entre

2015 e 2017, a Aneel fixa regras para renovação de concessões de

distribuidoras, deliberando em 21 de outubro de 2015 o resultado da Audiência

Pública nº 38/2015. A recomendação ao Poder Concedente (Ministério de Minas

e Energia) é prorrogar 40 concessões de distribuição de energia elétrica, 37

delas com vencimento do contrato em julho de 2015. “É como se a concessão

continuasse como está, com alguns aspectos que aperfeiçoamos no contrato de

concessão”, explica o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.

A renovação das concessões da distribuição promove assinatura de

novos contratos e oportunidade de incorporar cláusulas e instrumentos que

possibilitem melhorar a qualidade da regulação, dos serviços e reduzir custos,

ressaltam Brandão e Castro (2013).

A Aneel através do seu canal de notícias em outubro de 2015

(http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/noticias/Output_Noticias.cfm?Identidade=8

876&id_area=90), declara que os novos contratos de concessão impõem

condicionantes de eficiência às distribuidoras. A eficiência é tratada em duas

dimensões: qualidade do serviço e sustentabilidade da gestão econômico-

financeira. Os descumprimentos dos limites resultam em caducidade da

concessão ou, também, em limitações à distribuição de resultados financeiros

aos acionistas das empresas.

Em resumo, o modelo regulatório do setor elétrico brasileiro tem passado

por diversas transformações desde a sua primeira instalação elétrica de

iluminação em 1879, ao racionamento de energia em 2001, à implantação do

novo modelo institucional em 2004, revisões até a renovação das concessões

(20 anos) da geração e transmissão em 2012 e da distribuição em 2015.

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37

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste capítulo é apresentada a metodologia da pesquisa adotada para

investigar se o método aplicado permite simular o comportamento do DEC e FEC

em resposta a aplicação de recursos financeiros focados em ações de

manutenção, projetos de melhoria das redes e de renovação de ativos da

distribuição e assim apoiar a Administração durante a tomada de decisão e na

movimentação dos recursos para cumprir estratégia da Gerência de

Planejamento da Manutenção.

O capítulo descreve os procedimentos adotados na metodologia que é

aplicada na pesquisa, o processo de análise, tratamento dos dados obtidos e

limitações do método.

3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA

Em um contexto organizacional, Gray (2012) destaca que a pesquisa

pode se originar não de questões originadas por uma bibliografia, mas sim de

um problema real e vivo que o pesquisador deve resolver.

Esta pesquisa é organizacional com desenho experimental, no formato de

estudo de caso e de natureza aplicada, com propósito descritivo, cujo foco

principal do estudo é abordar métodos quantitativos e aplicações que são

adotadas por uma metodologia sistêmica capaz de aprender com seu histórico

de interrupções no sistema de distribuição de energia elétrica e simular novas

entradas (recursos financeiros) para provisionar os indicadores de continuidade

DEC e FEC (saídas), assegurando a proximidade entre o valor obtido

experimentalmente e o valor verdadeiro na medição desses indicadores.

Segundo Gray (2012), por ter um foco muito prático a pesquisa aplicada

com ênfase em atingir resultados mensuráveis e que sejam específicos de uma

determinada organização, a pesquisa costuma estar relacionada a como

(processo) resolver problemas reais (conteúdo). Ainda de acordo com o autor,

dentre os principais alvos da pesquisa é esperado melhorar o entendimento de

problemas organizacionais específicos, criar soluções para os problemas

organizacionais e desenvolver conclusões de relevância prática aos

stakeholders.

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38

Para atingir os objetivos propostos, uma breve revisão bibliográfica foi

realizada com adoção de uma postura interdisciplinar, incorporando ideias e

abordagens de áreas temáticas sobre a manutenção de sistemas de distribuição

de energia, sua regulamentação e métodos de previsibilidade de indicadores por

tomada de decisão com multicritérios, lógicas fuzzy, redes neurais, estatística

descritiva e inferência estatística.

O modelo idealizado para a organização da pesquisa está referenciado

ao processo simplificado apresentado por Gray (2012) e está sistematizado na

Figura 07.

Figura 07 - O processo de pesquisa Fonte: adaptado de Gray (2012)

Resumidamente, as principais características desta pesquisa são a

interdisciplinaridade de métodos científicos e a simulação com modelos

matemáticos com a utilização de ferramenta computacional para apoiar a tomada

de decisão.

3.2 CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA DA PESQUISA

O processo de amostragem é não probabilístico, pois parte de um

universo restrito à Light Serviços de Eletricidade S.A. Não toma como base

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procedimentos estatísticos e sim dados capazes de expressar e fornecer

informações relevantes e necessárias para se atingir os objetivos propostos

nesta pesquisa e assim obter as respostas para o problema investigado.

As informações de perspectivas operacionais e financeiras a serem

analisadas foram obtidas com base nos indicadores utilizados nas análises na

gerência de Planejamento da Manutenção da Light desde o ano 2011, que são

gerados a partir do histórico de interrupções do sistema elétrico (DEC e FEC) e

também dos valores aplicados na despesa de manutenção dos ativos (OPEX) e

no investimento dos projetos de melhoria da qualidade (CAPEX)durante o

mesmo período.

Através da manipulação das informações de entrada (recursos

financeiros) da ferramenta computacional, busca-se compreender a influência

das ações de combate às causas das interrupções ao investigar o porquê dos

resultados alcançados ao longo do período e assim identificar as limitações que

mais afetam nesta previsibilidade dos indicadores de DEC e FEC.

3.3 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

De acordo com Gray (2012) existem seis fontes de evidências para

estudos de casos, cada qual com suas vantagens e desvantagens, sendo:

documentação registro de arquivos, entrevistas, observação direta, observação

participante e artefatos físicos. Segundo o autor essas fontes não são

excludentes e um bom estudo de caso tende a usar várias fontes de evidência.

Durante coleta de dados foram adotadas as seguintes fontes de

evidências para assim obter as informações necessárias que permitem refletir e

discutir sobre as questões problema da pesquisa:

Documentação

Registro de arquivos

Observação direta

Observação participante

A pesquisa documental e os registros de arquivos envolvem relatórios

gerenciais, arquivos eletrônicos ao longo dos anos de 2011 a 2016 com dados

que são precisos, puramente quantitativos e totalmente disponíveis no ambiente

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interno do pesquisador, relatórios de investidores, site da Light e grande parte

também no site da Agência Reguladora - ANEEL.

A observação direta é realizada a partir de informações complementares

prestadas pelos coordenadores, engenheiros e técnicos inspetores de

manutenção para verificação das práticas de análises de resultados e execução

dos serviços em campo, considerando ainda as experiências e vivências

profissionais, sem risco dos eventos se desenvolverem de forma diferente por

estarem sendo observados.

A observação participante é realizada com base no conhecimento do

pesquisador acerca dos principais desafios enfrentados pelos profissionais de

manutenção. Gray (2012) destaca que esta fonte de evidência é muito rica em

relação aos aspectos culturais e nos termos das operações técnicas, sendo uma

desvantagem o risco de manipulação involuntária de eventos.

Os dados primários e secundários que dão suporte à pesquisa e que

podem confirmar e valorizar evidências, são:

Dados Primários:

Observação direta e participante: são aqueles que são recolhidos e

analisados com foco nos objetivos da pesquisa. São importantes fontes

de informações para o estudo de caso, por tratar da proximidade dos

resultados estimados frente aos, realmente, alcançados.

Dados Secundários:

Documentação e os registros de arquivos: relatórios e análises de

indicadores, diagramas de Pareto das causas das interrupções e seus

efeitos no DEC e FEC, documentos internos e externos à organização,

propostas, pareceres e projetos.

3.4 PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS DADOS

De acordo com Gray (2012), os testes estatísticos que são usados para

análise, dependerão do tipo de dado que está sendo coletado e o processo de

escolha de testes estatísticos deve acontecer na etapa de planejamento da

pesquisa, e não na implementação. Isso porque é fácil demais acabar tendo nas

mãos dados para os quais não existem tratamentos estatísticos.

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Para manipular os dados coletados na pesquisa, utilizou-se os recursos

do aplicativo Microsoft Office Excel para construir uma ferramenta que,

associada aos conceitos de estatística seja na forma descritiva ou inferências,

possa viabilizar a manipulação de dados, e ser capaz de compreender e analisar

o fenômeno.

O modelo foi construído para correlacionar ações de manutenção e

projetos de melhoria da rede - OPEX e CAPEX, direcionados para prevenção ou

correção do sistema elétrico de distribuição da Light com cada grupo de causas

gerenciáveis consideradas pela manutenção e assim obter a provisionamento

dos indicadores de DEC e FEC ao longo do período considerado.

O modelo também considera o tempo de degradação do estado da rede

após a execução de determinada ação de manutenção, históricos financeiros

(OPEX, CAPEX, multas compensatórias, reajustes contratuais) com as devidas

correções monetárias a valor presente, o impacto real de cada ação nos

indicadores de DEC e FEC, a influência nos tempos de restabelecimento das

interrupções não programadas, a variação e o efeito dos recursos financeiros

aplicados nas ações preventivas e corretivas a cada ano de apuração, a

correlação entre duração (DEC) e frequência (FEC) das interrupções motivadas

por falhas de manutenção (causas gerenciáveis) e os limites regulatórios de DEC

e FEC definidos pela ANEEL.

Essa modelagem permite o mapear a influência das famílias de causas

(anexo I) mais ofensoras aos indicadores regulatórios (DEC e

FEC),estabelecendo a relação entre a aplicação de determinado recurso no

combate a determinada família de causas de interrupção no sistema de

distribuição da Light para, então, conhecer, propor diretrizes e simular a

aplicação de recursos nas ações ou projetos de melhoria da rede de modo

provisionar aumento ou redução dos níveis de qualidade dos indicadores de

DEC, FEC e também das multas compensatórias por violação dos limites

definidos pela ANEEL.

3.5 LIMITAÇÕES DO MÉTODO

Durante a utilização do método proposto de investigação, foram

identificadas as seguintes dificuldades e limitações durante a pesquisa:

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As variações climáticas não foram envolvidas no estudo;

Escassez de obras científicas e documentos relacionados, diretamente,

ao tema e aos objetivos da pesquisa; e também de produtos no setor

elétrico para implementação de cálculos de provisionamento do DEC e

FEC correlacionados aos recursos financeiros aplicados às ações e

projetos de manutenção e melhoria da rede;

Dificuldade em obter fontes documentais de referência no âmbito de

outras distribuidoras, uma vez que na maioria das vezes, as informações

sobre o tema que é escasso são tratadas internamente pela instituição

como diferencial competitivo;

Aspectos dos cálculos de revisão tarifária não são escopo principal da

pesquisa;

Viés por parte do pesquisador que apesar de demonstrar grande interesse

por integrar o corpo técnico da Light, fica propenso a interpretar os fatos

por conveniência, abstendo-se da neutralidade que o qualifica como bom

observador.

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4 ESTUDO DE CASO E PROPOSTA DE MODELO PARA APOIO GERENCIAL

Este estudo de caso está restrito ao universo da Gerência de

Planejamento da Manutenção e Operação, integrante da estrutura

organizacional da distribuidora Light - Serviços de Eletricidade S.A., que distribui

energia elétrica para 31 municípios do estado do Rio de Janeiro, abrangendo

25% do território, com a cobertura de uma área de 10.970 Km². Segundo dados

internos da companhia datados de novembro de 2016, a Light presta serviços a

aproximadamente 4,3 milhões unidades consumidoras (10 milhões de pessoas).

O mercado de energia da Light corresponde a 72% de toda a energia

consumida no estado do Rio de Janeiro. A área de concessão da Light está

representada no mapa da Figura 08:

Figura 08 - Mapa da área de concessão da Light

Fonte: www.light.com.br

Como principais atribuições da Gerência de Planejamento da Manutenção

e Operação estão a definição da estratégia de manutenção do sistema elétrico

e a distribuição dos recursos financeiros que são disponibilizados para que as

áreas executoras realizem as ações planejadas de manutenção e melhoria da

rede. O desempenho dos indicadores de continuidade DEC e FEC, terá

influência de cada ação realizada, cada qual com seu impacto.

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4.1 MOTIVAÇÃO

A Gerência de Planejamento da Manutenção e Operação após receber

uma demanda institucional para provisionar os indicadores anuais de

continuidade DEC e FEC para uma série de 05 anos, reunião a equipe de

Gerente (pesquisador), Coordenadores e Gestão para planejar a entrega da

demanda.

Diante do alto grau de risco e importância da informação e da falta de

ferramenta de apoio gerencial para a tomada de decisão (interna e mercado) e

que fosse suportada por fundamentação científica, foi proposto o modelo

apresentado nesta pesquisa.

O plano de manutenção tem influência direta em, aproximadamente, 85%

nos indicadores de DEC e FEC se somadas as interrupções cujas as causas são

das famílias próprias do sistema e meio ambiente, como ilustra o Gráfico 02.

Gráfico 02 – Impacto das causas das interrupções. Fonte: elaborado pelo próprio autor

O resultado esperado pela distribuidora após a execução do plano de

manutenção e da renovação de ativos das redes de distribuição, é o aumento da

disponibilidade do sistema elétrico, consequentemente, o aumento da receita

pela energia distribuída e faturada, além da redução das multas compensatórias

por não violar os limites de duração (DEC) e ou frequência (FEC) das

interrupções da sua área de concessão.

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4.2 PROPOSTA DE MODELO DE APOIO GERENCIAL PARA A TOMADA DE

DECISÃO

Durante a fase inicial da pesquisa o primeiro método de previsibilidade

verificado foi o PROMETHEE (Preference Ranking Method for Enrichment

Evaluation – Método de Classificação de Preferências para Avaliação de

Enriquecimento) de decisão por multicritérios, que apesar de não se tratar de

uma teoria fundamentada em axiomas, segundo Almeida e Cavalcante (2005),

não foi escolhido para esta pesquisa devido à incompatibilidade de suas

características ao problema, já que não envolve subjetividade no julgamento de

valor pessoal na vida real que possa assegurar a proximidade entre o valor

obtido experimentalmente e o valor verdadeiro na medição do indicador.

O método de redes neurais artificiais (RNA) também foi verificado como

método alternativo, porém descartado pela falta da quantidade necessária de

dados para que se pudesse modelar uma rede capaz de aprendizagem.

4.2.1 Elaboração do modelo

Após a verificação de incompatibilidade dos métodos intitulados como

mais aderentes ao problema na fase inicial da pesquisa, foi necessário criar um

modelo para calcular a previsibilidade dos indicadores de DEC e FEC em função

da distribuição de recursos dos orçamentos de OPEX e CAPEX para a realização

das ações de manutenção e melhoria da rede.

Para a concepção do modelo foi necessário:

A. Definir o problema

B. Observar o processo atual e reunir as informações necessárias

C. Formular o modelo matemático capaz de simular as previsões de DEC e

FEC

D. Criar a ferramenta computacional

E. Apresentar a análise dos resultados

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4.2.1.1. Definir o problema

O problema é definido pela dificuldade de provisionar os indicadores de

DEC e FEC da Light S.E.S.A., em função das incertezas dos resultados a serem

obtidos pela aplicação dos volumes de recursos, considerando cada tipo de

manutenção ou melhoria realizada na rede de distribuição.

4.2.1.2. Observar o processo atual e reunir as informações necessárias

A série histórica das informações disponíveis permitem prever a tendência

dos resultados dos indicadores de DEC e FEC com a utilização da estatística

descritiva, considerando que estão contidas nos resultados alcançados ao longo

dos períodos, a influência da intensidade dos recursos financeiros aplicados e

os impactos das ações de manutenção realizadas na rede (variáveis

gerenciáveis) e dos efeitos das condições climáticas (variáveis não gerenciáveis)

sobre o sistema elétrico de distribuição.

4.2.1.3. Formular o modelo matemático capaz de simular as previsões de DEC

e FEC

O modelo foi desenvolvido para uma previsão de curto, médio e longo

prazo, isto é, de 1, 5 a 10 anos à frente, fazendo com que a Light possa planejar

os recursos financeiros necessários para executar os serviços de manutenção

preventiva e de melhoria da rede, minimizando a às interrupções motivadas por

falhas de manutenção e aumentando o grau de acerto na precisão nas previsões

dos indicadores de DEC e FEC.

A série histórica dos recursos financeiros por ação de manutenção e os

resultados alcançados de DEC e FEC inicia em 2011 e estão disponíveis,

registrados em documentos e arquivos internos da empresa.

Através das experiências e vivências profissionais do pesquisador e dos

colaboradores da Gerência de Planejamento da Manutenção e Operação, foi

possível definir grupos específicos de subprocessos da manutenção preventiva

e corretiva e, relevantes para a avaliação quantitativa dos dados coletados.

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47

4.2.1.3.1 Grupos específicos de sub processos da manutenção preventiva e

corretiva

Esta seção apresenta os sub processos de manutenção que foram

considerados pelo pesquisador como variáveis relevantes em decorrência do

impacto de cada uma no cálculo da previsibilidade dos indicadores de DEC e

FEC. São eles:

A. Impedimentos Programados do Sistema Aéreo

B. Preventivas do Sistema Subterrâneo

C. Corretivas do Sistema Subterrâneo

D. Podas de Árvores

E. Manutenção Preventiva de Rede, Estrutura e Equipamentos

F. Manutenção Corretiva de Rede, Estrutura e Equipamentos

G. Projetos de Aumento de Capacidade (MEMO T e AP)

H. Projetos de Proteção da Distribuição

I. Projetos de Blindagem das Redes

J. Atendimentos de Emergência

4.2.1.4. Criar a ferramenta computacional

O modelo foi desenvolvido com a utilização do aplicativo Microsoft Office

Excel para manipular os dados de entrada e correlacionar ações de manutenção

e projetos de melhoria da rede - OPEX e CAPEX, direcionados para prevenção

ou correção do sistema elétrico de distribuição da Light com cada grupo de

causas gerenciáveis consideradas pela manutenção e assim obter o

provisionamento dos indicadores de DEC e FEC ao longo do período de até 10

anos.

A Figura 12ilustra em diagrama de blocos das principais etapas da

ferramenta computacional elaborada para apoio gerencial com base no método

de cálculo proposto pela pesquisa para cada subprocesso de manutenção.

Principais Etapas:

I - Inserir dados históricos para diagnóstico (2011 a 2015)

II - Definir Entradas: Recursos Financeiros por Ação de Manutenção

III - Processamento e aprendizagem

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IV - Saídas: previsão de DEC e FEC

Figura 09 - Diagrama do modelo de apoio gerencial à tomada de decisão

Fonte: elaborado pelo autor

I - Dados históricos: Indicadores de Continuidade DEC e FEC e Financeiros

Nesta etapa as informações do histórico de 2011 a 2015 dos limites

regulatórios de DEC e FEC, dos resultados de DEC e FEC alcançados no

período e dos orçamentos de OPEX e CAPEX de cada ação de manutenção ou

melhoria de rede são inseridas na planilha de cálculo. O Quadro 03 contempla

as entradas dos indicadores financeiros e de continuidade.

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Quadro 03 – Entradas e saídas dos indicadores financeiros e de continuidade

A cada atualização diária das interrupções ocorridas no sistema elétrico

de distribuição, a planilha estratifica o DEC por segmento de atuação da

manutenção.

O Quadro 04 contempla o diagnóstico com a atualização de 11/12/2016.

2011 2012 2013 2014 2015 2016

OPEX TotalLaboratório Móvel 153.150 139.460 154.632 171.287 350.830 350.976

Inspeção de Camaras 1.851.999 1.479.719 1.547.640 994.919 1.411.096 1.531.001

Construção Civil 3.783.104 4.586.817 4.056.863 4.544.747 5.760.208 4.778.576

Reparo Elérico 6.434.323 2.167.052 3.374.383 2.678.340 3.150.264 2.840.768

Equip-Manut Rep 283.322 379.052 222.158

Mat. Estoque 3.208.800 4.318.199 3.496.832 4.544.747 3.958.573 3.451.335

OPEX Subterrâneo 15.431.376 12.691.246 12.630.350 13.217.361 15.010.022 13.174.814

Poda 18.100.183 9.679.017 13.511.233 17.242.308 16.381.735 17.279.114

Linha Viva 9.819.073 9.273.810 12.138.556 10.841.793 7.627.398 6.012.163

Manut. Preventiva 1.801.227 2.334.387 2.184.612 3.576.114 2.595.320 697.629

Manut. Corretiva 1.894.412 2.624.271 2.776.443 2.494.879 1.758.527 2.687.400

Atendimento Emergência 30.008.545 34.523.360 42.203.960 34.440.041 36.271.336 35.829.557

Mat. Estoque 8.262.828 5.950.304 8.041.401 8.772.437 10.615.773 6.467.869

Medição de Carga 1.267.469 1.267.470 1.267.471 1.267.472 1.338.582 1.270.981

OPEX Operação 71.153.735 65.652.618 82.123.675 78.635.044 76.588.672 70.244.712

CAPEX Manutenção - Preventivo 37.983.310 27.237.518 35.875.802 40.432.653 37.220.226 30.456.774

CAPEX Manutenção - Corretivo 31.902.957 37.147.630 44.980.402 36.934.920 38.029.863 38.516.957

Total OPEX 86.585.111 78.343.864 94.754.025 91.852.405 91.598.694 83.419.526

CAPEX Base CAPEX Total

2011 2012 2013 2014 2015 2016

(PP04) Melhoria de Qualidade 35.321.312 37.033.783 12.442.644 28.447.617 3.097.761 9.646.268

(PP11) Diversos 1.573.283 685.758 1.275.176 7.119.469 441.573

(PP16) Manut. Cor. 16.102.255 12.591.526 38.754.953 35.890.849 34.002.420 20.549.038

(PP17) Manut. Preventiva 22.477.783 6.838.027 820.359 11.291 2.629.856

CAPEX Subterrâneo 52.996.850 50.311.067 52.472.774 71.457.935 37.100.180 30.636.878

(PP 02) Aum. Capac (Total) 78.159.212 46.250.956 24.393.678 27.809.468 12.369.337 5.214.500

AP Engenharia 44.375.168 23.711.262 5.116.005 7.593.595 4.140.000 809.000

(PP02) Memo T 33.784.044 22.539.694 19.277.673 20.215.873 8.229.337 4.405.500

(PP 04) Otm. Estrut 6.881.110 7.357.396 3.804.498 6.952.495 3.477.000 5.207.000

Instalação de Religador 6.881.110 7.357.396 3.804.498 6.952.495 5.207.000

Blindagem MT

Blindagem BT

VTF 3.477.000

(PP16) Manut. Cor. 29.648.796 26.101.887 28.519.530 37.933.067 41.516.695 52.343.792

(PP17) Manut. Prev 26.370.004 39.060.149 36.872.382 36.676.666 12.725.717 13.847.500

CAPEX Operação 96.683.954 95.059.126 88.474.083 101.778.101 65.948.749 75.803.792

CAPEX Manutenção - Preventivo 111.410.326 92.668.500 65.070.559 71.438.630 28.572.054 24.269.000

CAPEX Manutenção - Corretivo 29.648.796 26.101.887 28.519.530 37.933.067 41.516.695 52.343.792

Total CAPEX 149.680.804 145.370.193 140.946.857 173.236.036 103.048.929 106.440.671

ANEEL 2011 2012 2013 2014 2015 2016

DEC (h)

Limite 9,63 9,37 9,07 8,96 8,83 8,66

Global x 18,16 18,53 12,35 12,59 11,99

FEC

Meta 7,71 7,52 7,01 6,84 6,59 6,36

Global 7,71 8,40 8,38 6,60 6,41 6,14

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50

Quadro 04 – Estratificação do DEC por segmento de atuação da manutenção

No Quadro 04 observa-se em destaque as causas de manutenção que

mais impactam no DEC Global (70%) ao longo da série histórica. Elas são os

principais alvos do planejamento das ações de operação para mitigá-las, não só

por serem as maiores ofensoras do DEC Global, mais também por apresentarem

alto custo financeiro no combate.

Da mesma forma, no Quadro 05 é realizada estratificação do FEC e o

diagnóstico por segmento de atuação da manutenção.

Atualização Tend.

11/12/2016 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Global 16,74 18,16 18,53 12,35 12,59 11,47

AT 0,49 0,51 0,45 0,32 0,42 0,25

Distribuição 16,24 17,64 18,08 12,03 12,18 11,21

Programado 2,01 1,78 1,37 1,11 0,90 0,82

Distribuição NP 14,24 15,86 16,71 10,92 11,27 10,40

% Global 85% 87% 90% 88% 90% 91%

Manutenção 12,00 12,81 14,19 8,89 9,39 8,74

% Global 72% 71% 77% 72% 75% 76%

SESD 0,00 0,05 0,08 0,06 0,07 0,05

% Global 0% 0% 0% 1% 1% 0%

Subterrâneo 0,34 0,34 0,55 0,56 0,58 0,38

% Global 2% 2% 3% 4% 5% 3%

Manutenção Aéreo 11,66 12,42 13,56 8,27 8,73 8,31

% Global 70% 68% 73% 67% 69% 72%

Vegetação + Ind + Fen. Nat. 4,20 4,27 5,73 3,18 3,39 3,35

% Global 25% 24% 31% 26% 27% 29%

Rede e Estrut. + Eq. + Cabo 6,97 7,75 7,49 4,89 5,13 4,79

% Global 42% 43% 40% 40% 41% 42%

Pipa 0,49 0,40 0,34 0,20 0,20 0,17

Outras 2,23 3,05 2,52 2,04 1,89 1,66

Ligação/Medição 0,55 0,51 0,73 0,74 0,68 0,69

% Global 3% 3% 4% 6% 5% 6%

Sobrecarga 0,32 0,71 0,66 0,37 0,22 0,11

% Global 2% 4% 4% 3% 2% 1%

Atuação Indireta 1,36 1,83 1,12 0,93 0,99 0,86

% Global 8% 10% 6% 7% 8% 8%

Ações Preventivas MT/BT 12,00 12,81 14,19 8,89 9,39 8,74

AT + Programada + Outros 4,73 5,35 4,34 3,47 3,21 2,73

DEC

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51

Quadro 05 – Estratificação do FEC por segmento de atuação da manutenção

No Quadro 05 observa-se em destaque as causas de manutenção que

mais impactam no FEC Global (70%) ao longo da série histórica. Elas são os

principais alvos do planejamento das ações de manutenção para mitigá-las, não

só por serem as maiores ofensoras do FEC Global, mais também por

apresentarem alto custo financeiro de combate e de tempo de execução em

campo.

II - Definir Entradas: Recursos Financeiros por Ação de Manutenção

Nesta etapa são definidas e calibradas as variáveis de entrada que

servirão de base para o cálculo da previsão de DEC e FEC, sendo:

Atualização Tend.

11/12/2016 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Global 7,71 8,40 8,38 6,60 6,41 6,14

AT 0,69 0,83 0,64 0,47 0,50 0,40

Distribuição 7,03 7,57 7,74 6,13 5,91 5,74

Programado 0,55 0,55 0,45 0,37 0,27 0,27

Distribuição NP 6,48 7,02 7,29 5,76 5,64 5,47

% Global 84% 84% 87% 87% 88% 89%

Manutenção 5,29 5,17 5,91 4,70 4,68 4,60

% Global 69% 62% 71% 71% 73% 75%

SESD 0,00 0,02 0,05 0,04 0,05 0,03

% Global 0% 0% 1% 1% 1% 1%

Subterrâneo 0,19 0,18 0,25 0,30 0,33 0,26

% Global 2% 2% 3% 5% 5% 4%

Manutenção Aéreo 5,10 4,97 5,61 4,35 4,31 4,31

% Global 66% 59% 67% 66% 67% 70%

Vegetação + Ind + Fen. Nat. 2,20 2,18 2,74 2,13 2,15 2,19

% Global 28% 26% 33% 32% 34% 36%

Rede e Estrut. + Eq. + Cabo 2,57 2,54 2,67 2,10 2,02 2,00

% Global 33% 30% 32% 32% 32% 33%

Pipa 0,34 0,25 0,20 0,13 0,14 0,12

Outras 1,18 1,85 1,38 1,07 0,95 0,87

Ligação/Medição 0,06 0,06 0,15 0,16 0,12 0,13

% Global 1% 1% 2% 2% 2% 2%

Sobrecarga 0,25 0,53 0,53 0,33 0,22 0,11

% Global 3% 6% 6% 5% 3% 2%

Atuação Indireta 0,87 1,26 0,70 0,58 0,61 0,63

% Global 11% 15% 8% 9% 10% 10%

Ações Preventivas MT/BT 5,29 5,17 5,91 4,70 4,68 4,60

AT + Programada + Outros 2,42 3,23 2,47 1,90 1,72 1,54

FEC

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52

A. Tempo de degradação do estado da rede: é o percentual que será

considerado no cálculo que reflete a evolução ao longo do tempo da

degradação do efeito benefício da ação realizada;

B. Definição dos recursos de OPEX e CAPEX: os recursos disponíveis

serão alocados em cada tipo de ação de manutenção ou melhoria da rede.

Esta entrada permite realizar a simulação dos efeitos que os recursos

aplicados provocam sobre a previsibilidade dos indicadores de saída

(DEC e FEC);

C. Reajustes contratuais: são considerados ao longo do período para que

a planilha de cálculo leve em consideração a provável redução de físicos

quando a prestação de serviço é reajustada. Quanto maior o aumento,

menor é a execução e menor é a expectativa do benefício da ação de

manutenção ou melhoria;

D. Correções monetárias a valor presente: esta variável traz a valor

presente do histórico de recursos de OPEX e CAPEX para mesma base

do período considerado no cálculo da provisão de DEC e FEC, ou seja, é

o ajuste dos físicos realizados no passado e os provisionados para o

futuro e assim determinar a variação dos recursos entre os períodos,

verificar o efeito dessa variação (realizar mais ou menos) sobre o

resultado alcançado no histórico e projetar o resultado futuro (provisão de

DEC e FEC).

III - Processamento e aprendizagem

A execução desta etapa tem por objetivo identificar todas as relações

entre variáveis, controláveis ou não e como produtos o mapeamento das

influências das famílias de causas (anexo I) mais ofensoras aos indicadores de

DEC e FEC e conhecimento preciso da relação entre a aplicação de determinado

recurso no combate a determinada família de causas de interrupção no sistema

de distribuição da Light para, então, conhecer e aprender com o histórico para

propor novas diretrizes e simular a aplicação de recursos nas outras ações ou

projetos de melhoria da rede de modo provisionar aumento ou redução dos

níveis de qualidade dos indicadores de DEC, FEC e também das multas

compensatórias.

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53

As entradas e saídas do processamento e aprendizagem da planilha de

cálculo foram apresentadas nos Quadros 26 a 35 para a simulação realizada

com a atualização de 11/12/2016.

O histórico das informações de OPEX e CAPEX são inseridos nas células

correspondente a cada ano (2011 a 2015) e ajustadas para os anos seguintes

de acordo com o planejamento (2016 a 2020).

Da mesma forma, o histórico das informações de DEC e FEC são

inseridos nas células correspondente a cada ano (2011 a 2015).

A planilha calcula a taxa de variação do histórico entre o recurso aplicado

e resultado de DEC e FEC obtido e assim projeta para os anos seguintes os

valores pretendidos.

Para cada subprocesso da manutenção ou melhoria de rede, a planilha

leva em consideração no cálculo a calibração das variáveis de entrada: tempo

de degradação do estado da rede, recursos de OPEX e CAPEX, reajustes

contratuais e correções monetárias a valor presente.

A. O Quadro 06 ilustra as entradas e saídas do subprocesso Impedimentos

Programados do Sistema Aéreo, responsável pela apuração e provisão

do impacto provocado pelas interrupções programadas de trechos das

redes de distribuição para viabilizar a execução de serviços de

manutenção em componentes ou equipamentos. As entradas são os

recursos financeiros (OPEX e CAPEX) e as saídas os valores de DEC e

FEC previstos.

Quadro 06 – Entradas e Saídas do Sub Processo Impedimentos Programados do Sistema

Aéreo

ANO 2016 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

AÉREO - PROGRAMADO

OPEX LM Prev. 1.801.227 2.334.387 2.184.612 3.576.114 2.595.320 697.629 4.767.391 4.844.130 4.928.544 1.021.398

CAPEX (PP 02) Aum. Capac 33.784.044 22.539.694 19.277.673 20.215.873 8.229.337 4.405.500 15.030.476 15.913.759 16.922.232 11.383.078

CAPEX Real. (PP 17) (%LM) 10% 2.637.000 3.906.015 3.687.238 3.667.667 1.272.572 1.384.750 3.121.422 3.421.591 3.654.479 2.974.919

OPEX+CAPEX (VP) 49.688.953 35.687.319 29.676.438 30.754.812 12.823.062 6.271.616 20.825.994 20.568.678 20.217.165 11.298.728

Valor Equivalente 8% 35.186.412 29.766.302 29.260.500 12.277.108 7.484.481 20.804.551 20.539.385 19.473.962 11.303.021

Δ Valor Equivalente -505.802 -16.983.392 -4.792.628 13.320.070 -265.166 -1.065.423 -8.170.941

DEC Programado (% Manut) 30% 1,78 1,37 1,11 0,90 0,86 1,21 1,25 1,21 1,07

FEC Programado (% Manut) 30% 0,55 0,45 0,37 0,27 0,27 0,37 0,39 0,38 0,33

TR 3,2 3,1 3,0 3,3 3,2 3,2 3,2 3,2 3,2

Tx Variação FEC Manut. / Valor 0,00000000 0,00000000 0,00000000 0,00000000 0,00000001 0,00000001 0,00000001 0,00000001 0,00000001 0,00000001

Δ FEC -0,07 -0,02 0,09 0,00 -0,01 -0,05

Δ DEC

FEC Previsto 0,34 0,26 0,37 0,39 0,38 0,33

DEC Previsto 1,02 0,83 1,21 1,25 1,21 1,07

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B. O Quadro 07 ilustra as entradas e saídas do subprocesso Preventivas do

Sistema Subterrâneo, responsável pela apuração e provisão do impacto

provocado pelas ações de manutenção preventiva ou melhoria de

componentes ou equipamentos das redes de distribuição subterrânea

para viabilizar a execução e prevenir de forma antecipada a falha ou

defeito. As entradas são os recursos financeiros (OPEX e CAPEX) e as

saídas os valores de DEC e FEC previstos.

Quadro 07 – Entradas e Saídas do Sub Processo Preventivas do Sistema Subterrâneo

C. O Quadro 08 ilustra as entradas e saídas do subprocesso Corretivas do

Sistema Subterrâneo, responsável pela apuração e provisão do impacto

provocado pelas ações de manutenção corretivas de componentes ou

equipamentos das redes de distribuição subterrânea para viabilizar a

execução de serviços, após uma falha ou acidente. As entradas são os

recursos financeiros (OPEX e CAPEX) e as saídas os valores de DEC e

FEC previstos.

Quadro 08 – Entradas e Saídas do Sub Processo Corretivas do Sistema Subterrâneo

ANO 2016 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

SUBTERRÂNEO - PREVENTIVO ok

OPEX - % Prev. (Civil+Elét.) 3.765.254 2.593.195 2.803.779 2.755.318 3.406.675 2.905.699 3.196.269 3.515.896 3.867.486 4.254.234

OPEX Lab. Móvel 153.150 139.460 154.632 171.287 350.830 350.976 386.074 424.681 467.149 513.864

OPEX Insp. Camaras 1.851.999 1.479.719 1.547.640 994.919 1.411.096 1.531.001 1.684.101 1.852.511 2.037.762 2.241.538

CAPEX (PP04) Otim. Estrut. 35.321.312 37.033.783 12.442.644 28.447.617 3.097.761 9.646.268 5.416.609 5.623.587 5.898.171 6.147.034

CAPEX (PP17) Manut. Prev 22.477.783 6.838.027 820.359 11.291 - 2.629.856 2.866.543 3.124.532 3.405.739 3.712.256

OPEX+CAPEX Preventivo (VP) 82.640.348 59.624.388 20.967.484 36.266.083 8.762.344 16.495.006 12.312.065 12.369.720 12.426.086 12.393.038

Valor Equivalente 30% 75.735.560 48.027.317 25.557.064 28.014.962 11.082.143 15.240.124 12.329.362 12.386.630 12.416.172

Δ Valor Equivalente 2.457.898 -16.932.819 4.157.981 -2.910.762 57.268 29.542

DEC Sub 96% 0,34 0,55 0,56 0,58 0,40 0,21 0,24 0,18 0,18

FEC Sub 98,5% 0,18 0,25 0,30 0,33 0,26 0,18 0,21 0,19 0,17

TR 1,9 2,2 1,8 1,8 1,6 1,2 1,1 1,0 1,0

Tx Variação FEC / Valor 0,00000001 0,00000000 0,00000001 0,00000001 0,00000001 0,00000002 0,00000001 0,00000002 0,00000002 0,00000001

DEC Prev. 4,5% 0,57 1,02 0,23 0,24 0,18 0,17

FEC Prev. 4,3% 0,28 0,52 0,18 0,21 0,19 0,17

Δ DEC

Δ FEC

% ano DEC

% ano FEC

ANO 2016 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

SUBTERRÂNEO - CORRETIVO ok

OPEX Cons-Civil 60% 3.783.104 4.586.817 4.056.863 4.544.747 5.760.208 4.778.576 5.256.433 5.782.077 6.360.285 6.996.313

OPEX Pr-Elérico 65% 6.434.323 2.167.052 3.374.383 2.678.340 3.150.264 2.840.768 3.124.845 3.437.330 3.781.063 4.159.169

OPEX % Corret. Civil+Elét. 6.452.172 4.160.674 4.627.467 4.467.769 5.503.796 4.713.645 5.185.009 5.703.510 6.273.861 6.901.248

CAPEX (PP11) Diversos 1.573.283 685.758 1.275.176 7.119.469 - 441.573 481.314 524.632 571.849 623.316

CAPEX (PP16) Manut. Cor. 16.102.255 12.591.526 38.754.953 35.890.849 34.002.420 20.549.038 34.492.964 35.811.003 37.559.550 39.144.313

OPEX Realizado (VP) 31.366.023 21.623.068 52.695.964 53.175.457 41.876.589 24.847.447 36.491.406 35.761.300 35.198.570 34.286.068

Valor Equivalente 8% 24.212.476 52.735.922 52.233.885 40.457.494 25.817.777 36.430.563 35.714.406 35.122.528 34.301.238

Δ OPEX Equivalente -11.776.391 -14.639.717 10.612.787 -716.158 -591.878 -821.290

TR Sub 1,83 2,11 1,79 1,74 1,51 1,14 1,11 0,93 1,00

TME Sub 15% 0,28 0,32 0,27 0,26 0,23 0,17 0,17 0,14 0,15

Tx Variação TMP / CAPEX 0,00000001 0,00000001 0,00000001 0,00000001 0,00000001 0,00000001 0,00000000 0,00000000 0,00000000 0,00000000

Δ DEC 0,02 0,04 -0,01 0,00 0,00 0,00

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55

D. O Quadro 09 ilustra as entradas e saídas do subprocesso Podas de

Árvores, responsável pela apuração e provisão do impacto provocado

pelas ações de manutenção preventiva para viabilizar a execução de

podas de árvores e prevenir de forma antecipada a falha ou defeito. As

entradas são os recursos financeiros (OPEX) e as saídas os valores de

DEC e FEC previstos.

Quadro 09 – Entradas e Saídas do Sub Processo Podas de Árvores (Vegetação)

E. O Quadro 10 ilustra as entradas e saídas do subprocesso Manutenção

Preventiva de Rede, Estrutura e Equipamentos, responsável pela

apuração e provisão do impacto provocado pelas ações de manutenção

preventiva ou melhoria para viabilizar a execução de serviços de

componentes ou equipamentos das redes aérea de distribuição. As

entradas são os recursos financeiros (OPEX e CAPEX) e as saídas os

valores de DEC e FEC previstos.

Quadro 10 – Entradas e Saídas do Sub Processo Manutenção Preventiva de Rede, Estrutura e Equipamentos

ANO 2016 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

VEGETAÇÃO ok

OPEX Poda 18.100.183 9.679.017 13.511.233 17.242.308 16.381.735 17.279.114 29.007.025 34.907.728 38.998.501 25.298.351

OPEX (VP) 23.530.238 12.001.981 15.943.255 19.311.385 17.364.639 16.703.143 26.357.717 29.694.840 30.912.811 18.585.855

OPEX Equivalente 55% 17.189.697 14.169.682 17.795.727 18.240.675 17.000.816 22.013.159 28.193.135 30.364.724 24.132.985

Δ OPEX Equivalente -3.020.015 3.626.045 444.948 -1.239.858 5.012.342 6.179.976 2.171.590 -6.231.739

DEC Vegetação 4,27 5,73 3,18 3,39 3,50 1,95 0,99 0,64 0,74

FEC Vegetação 2,18 2,74 2,13 2,15 2,19 1,50 0,80 0,61 0,69

TR 2,0 2,1 1,5 1,6 1,6 1,3 1,2 1,1 1,1

Tx Variação FEC / OPEX 0,0000001 0,0000001 0,0000002 0,0000001 0,0000001 0,0000001 0,0000001 0,0000000 0,0000000 0,0000000

DEC Prev. 3,55 3,55 1,95 0,99 0,64 0,74

FEC Prev. 2,01 2,24 1,50 0,80 0,61 0,69

ANO 2016 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

REDE E ESTRUTURA, EQUIPAMENTO - PREVENTIVOok

OPEX LV 9.819.073 9.273.810 12.138.556 10.841.793 7.627.398 6.012.163 18.613.379 19.274.717 20.002.188 8.802.407

OPEX LM Prev. 1.801.227 2.334.387 2.184.612 3.576.114 2.595.320 697.629 4.767.391 4.844.130 4.928.544 1.021.398

CAPEX (PP17) Manut. Prev. 100% 26.370.004 39.060.149 36.872.382 36.676.666 12.725.717 13.847.500 31.214.219 34.215.912 36.544.786 29.749.186

OPEX+CAPEX Corretivo (VP) 49.387.394 62.828.749 60.410.750 57.225.922 24.325.341 19.872.048 49.608.647 49.623.436 48.729.594 29.072.958

Valor Equivalente 5% 22.896.395 23.716.390 24.597.611 23.990.573 22.659.629 20.209.005 17.857.419 15.723.118 17.371.146

Δ Valor Equivalente 819.995 881.221 -607.038 -1.330.944 -2.450.624 -2.351.587 -2.134.301 1.648.028

DEC Rede Eq e %Fug 4,03 4,87 3,17 3,07 2,96 2,17 1,69 0,75 0,69

FEC Rede Eq e %Fug 2,00 2,30 1,83 1,74 1,73 1,80 1,76 1,64 1,36

TR 2,0 2,1 1,73 1,77 1,7 1,2 1,0 0,5 0,5

Tx Variação FEC (-%F. Trafo) / Valor 0,00000006 0,00000008 0,00000006 0,00000006 0,00000006 0,00000007 0,00000007 0,00000007 0,00000005

DEC Prev. 5,63 5,44 4,67 4,88 5,04 4,75

FEC Prev. 2,19 2,16 2,14 2,19 2,22 1,91

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56

F. O Quadro 11 ilustra as entradas e saídas do subprocesso Manutenção

Corretiva de Rede, Estrutura e Equipamentos, responsável pela apuração

e provisão do impacto provocado pelas ações de manutenção corretiva

para viabilizar a execução de serviços em componentes ou equipamentos

das redes aérea de distribuição. As entradas são os recursos financeiros

(OPEX e CAPEX) e as saídas os valores de DEC e FEC previstos.

Quadro 11 – Entradas e Saídas do Sub Processo Manutenção Corretiva de Rede, Estrutura e Equipamentos

G. O Quadro 12 ilustra as entradas e saídas do subprocesso Projetos de

Aumento de Capacidade, responsável pela apuração e provisão do

impacto provocado pelas ações de melhoria para viabilizar adequação de

componentes ou equipamentos das redes aérea de distribuição. As

entradas são os recursos financeiros (CAPEX) e as saídas os valores de

DEC e FEC previstos.

Quadro 12 – Entradas e Saídas do Sub Processo Projetos de Aumento de Capacidade (AP)

H. O Quadro 13 ilustra as entradas e saídas do subprocesso Projetos de

Proteção da Distribuição, responsável pela apuração e provisão do

ANO 2016 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

REDE E ESTRUTURA, EQUIPAMENTO - CORRETIVO ok

OPEX LM Cor. 1.894.412 2.624.271 2.776.443 2.494.879 1.758.527 2.687.400 5.956.140 6.251.754 6.576.929 3.934.622

CAPEX (PP16) Manut. Cor. 29.648.796 26.101.887 28.519.530 37.933.067 41.516.695 52.343.792 47.383.597 50.117.787 52.418.412 51.503.540

OPEX + CAPEX (VP) 41.006.170 35.620.436 36.929.247 45.279.299 45.871.735 53.196.819 48.468.041 47.951.690 46.763.640 40.728.569

OPEX Equivalente 8% 40.557.359 35.729.504 37.625.085 45.328.668 46.482.159 52.802.754 48.425.011 47.852.685 46.260.717 40.744.186

Δ OPEX Equivalente -4.827.856 1.895.581 7.703.584 1.153.490 6.320.595 -4.377.743 -572.326 -1.591.968 -5.516.532

TR Rede Eq e %Fug (-Falh traf) 0,2 1,2 0,9 1,8 1,6 1,2 1,0 0,5 0,5

TME Rede Eq e %Fug 18% 0,04 0,21 0,17 0,33 0,30 0,22 0,17 0,08 0,09

Tx Variação TMP / CAPEX 0,00000000 0,00000000 0,00000001 0,00000000 0,00000001 0,00000001 0,00000000 0,00000000 0,00000000 0,00000000

Δ DEC -0,01 -0,07 0,06 0,01 0,01 0,03

ANO 2016 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

PP 02 - AUMENTO DE CAPACIDADE - AP ENGENHARIAok

CAPEX (PP 02) Aumento de Capacidade 44.375.168 23.711.262 5.116.005 7.593.595 4.140.000 809.000 6.881.810 6.961.173 8.047.678 1.141.970

CAPEX (VP) 57.687.719 29.401.965 6.036.886 8.504.826 4.388.400 782.033 6.253.271 5.921.638 6.379.126 838.967

CAPEX Equivalente 30% 49.201.992 34.272.458 13.319.490 6.233.363 5.035.389 3.938.079 3.855.861 6.198.170 4.524.933

Δ OPEX Equivalente 30% -14.929.535 -20.952.968 -7.086.127 -1.197.974 -1.097.310 -82.217 2.342.309 -1.673.237

DEC Sobrecarga 0,71 0,66 0,37 0,22 0,11 0,09 0,08 0,05 0,05

FEC Sobrecarga 0,53 0,53 0,33 0,22 0,11 0,12 0,11 0,08 0,08

TR 1,3 1,2 1,1 1,0 1,0 0,7 0,7 0,6 0,7

Tx Variação FEC / OPEX 0,0000000 0,0000000 0,0000001 0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000 0,0000000

DEC Prev. 0,47 0,25 0,10 0,08 0,05 0,05

FEC Prev. 0,41 0,23 0,12 0,11 0,08 0,08

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57

impacto provocado pelas ações de instalação de equipamentos de

proteção para melhorar a seletividade das redes de distribuição aérea. As

entradas são os recursos financeiros (CAPEX) e as saídas os valores de

DEC e FEC previstos.

Quadro 13 – Entradas e Saídas do Sub Processo Projetos de Proteção da Distribuição

I. O Quadro 14 ilustra as entradas e saídas do subprocesso Projetos de

Blindagem das Redes, responsável pela apuração e provisão do impacto

provocado pelas ações de recondutoração das redes de distribuição para

blindar e melhorar o desempenho das redes de distribuição aérea. As

entradas são os recursos financeiros (CAPEX) e as saídas os valores de

DEC e FEC previstos.

Quadro 14 – Entradas e Saídas do Sub Processo Projetos de Blindagem das Redes

J. O Quadro 15 ilustra as entradas e saídas do subprocesso Atendimentos

de Emergência responsável pela apuração e provisão do impacto

provocado pelos atendimentos realizados pelas equipes de emergência

para corrigir falhas e defeitos no fornecimento de energia elétrica. As

ANO 2016 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

PP 04 - OTIMIZAÇÃO DE ESTRUTURA - PROTEÇÃO ok

CAPEX (PP 04) Otm. Estrut 6.881.110 7.357.396 3.804.498 6.952.495 - 5.207.000 18.561.680 25.812.413 28.145.044 7.446.517

CAPEX (VP) 8.945.443 9.123.171 4.489.307 7.786.795 - 5.033.433 16.866.380 21.957.760 22.309.638 5.470.708

CAPEX Equivalente 40% 6.869.628 7.226.971 6.920.430 3.880.680 3.882.204 8.558.588 16.063.025 20.876.580 15.489.615

DEC MT 63% 11,31 12,92 8,00 8,15 7,36 6,67 5,79 5,32 5,04

FEC MT 83% 6,36 6,75 5,30 5,20 5,06 4,42 3,83 3,56 3,35

%/Glo 76% 81% 80% 81% 74% 79% 78% 77% 78%

TR MT 1,78 1,91 1,51 1,57 1,46 1,51 1,51 1,49 1,50

Estudos Proteção 2014 (Linhas <> 100% sub) 1632 335

Tx %FEC/ R$ (50% efic)(40% FSS Tronco) 0,0000006% 0,0000482

Estudos Proteção 2014 Telecomando 1632 102

Tx %TR/ R$ (50% efic) (55% FSS <>CF) (82% TR) 0,0000002% 0,0000147

Δ TR 0% 1% 3% 4% 5% 1%

Δ DEC 98% 97% 92% 86% 84% 90%

Δ FEC 98% 98% 95% 91% 88% 91%

ANO 2016 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

PP 04 - OTIMIZAÇÃO DE ESTRUTURA - BLINDAGEMok

CAPEX (PP 04) Otm. Estrut - Blindagem MT - - - - - - 2.000.000 4.000.000 3.000.000 -

CAPEX (VP) - - - - - - 1.817.333 3.402.667 2.378.000 -

CAPEX Equivalente 30% 0 0 0 0 0 181.733 1.975.867 3.300.200 2.140.200

CAPEX (PP 04) Otm. Estrut - Blindagem BT - - - - - - - - - -

CAPEX (VP) - - - - - - - - - -

CAPEX Equivalente 50% 0 0 0 0 0 0 0 0 0

DEC Manut. Aéreo. 63% 12,42 13,56 8,27 8,73 8,69 6,77 6,00 5,79 5,59

FEC Manut. Aéreo. 83% 4,97 5,61 4,35 4,31 4,31 3,75 3,10 2,93 2,70

% FEC MT (69%) 1,09 25% 25% 25% 29% 35% 37%

% DEC MT (69%) 1,69 20% 19% 19% 25% 28% 29%

Tx Custo Blingagem MT / FEC MT 1.344.720.680 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0%

Tx Custo Blingagem MT / DEC MT 1.344.720.680 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1% 0,0%

% FEC BT (69%) 0,09 25% 25% 25% 29% 35% 37%

% DEC BT (69%) 0,59 20% 19% 19% 25% 28% 29%

Tx Custo Blingagem BT / FEC BT 15.441.550 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Tx Custo Blingagem BT / DEC BT 15.441.550 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%

Δ DEC 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 99,9% 100,0%

Δ FEC 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 99,9% 100,0%

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entradas são os recursos financeiros (OPEX) e as saídas os valores de

DEC e FEC previstos.

Quadro 15 – Entradas e Saídas do Sub Processo Atendimentos de Emergência

IV - Saídas: previsão de DEC e FEC

O produto desta etapa é o resultado dos cálculos de previsibilidade dos

indicadores de DEC e FEC ao longo período considerado (saída). Os resultados

podem ser verificados nas linhas do DEC e FEC Global. Quando a célula da

planilha está com fundo verde significa que o resultado calculado está abaixo do

limite regulatório. No caso contrário estará com fundo laranja. O Quadro 16

demonstra os resultados calculados pela modelo de apoio gerencial.

Quadro 16 – Saídas: retorno do cálculo com a provisão de DEC e FEC para os anos de 2016 a

2026

O Quadro 16 representa o produto final da ferramenta, ou seja, a entrega dos

indicadores de DEC e FEC Globais, sendo a confirmação da tendência para o

ano de 2016 e o provisionamento para os anos de 2017 a 2026, considerando

as premissas do planejamento adotado para os recursos financeiros.

ANO 2016 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020

ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA ok

OPEX Emerg Realiza 30.008.545 34.523.360 42.203.960 34.440.041 36.271.336 35.829.557 43.412.513 47.353.764 51.689.141 52.458.055

OPEX Realizado (VP) 39.011.109 42.808.966 49.800.672 38.572.846 38.447.617 34.635.239 39.447.503 40.282.269 40.972.259 38.539.184

OPEX Equivalente 8% 39.327.597 43.391.608 48.865.020 38.562.410 38.129.918 35.036.261 39.517.067 40.339.768 40.769.502 38.581.442

Δ OPEX Equivalente 4.064.012 5.473.412 -10.302.610 -432.492 -3.093.658 4.480.806 822.701 429.735 -2.188.061

DEC Dist. NP 89% 15,86 16,71 10,92 11,27 10,87 8,40 7,46 6,91 6,67

FEC Dist. NP 89% 7,02 7,29 5,76 5,64 5,47 4,79 4,11 3,83 3,56

TR Dist. NP 2,26 2,29 1,90 2,00 1,99 1,75 1,81 1,80 1,88

TME Dist. NP (100% TR IS)-2% (92% TR ZN)-7% (83% TR MT)-91%84% 1,90 1,92 1,59 1,68 1,67 1,47 1,52 1,51 1,58

Tx TR/ R$ 0,00000004 0,00000004 0,00000004 0,00000004 0,00000004 0,00000005 0,00000004 0,00000004 0,00000004 0,00000004

Δ DEC 0,10 0,74 -1,12 -0,17 -0,07 0,31

Δ DEC % 101% 107% 90% 98% 99% 105%

ANEEL 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026

DEC (h)

Limite 9,63 9,37 9,07 8,96 8,83 8,66 8,45 8,38 8,26 8,12 8,00 7,88 7,76 7,64 7,53 7,42

Limite - Formal 8,55 8,43 8,27 8,09 8,03 7,90 7,76

Limite - Risco 10,61 10,45 10,22 9,90 9,78 9,57 9,35

Global 18,16 18,53 12,35 12,59 11,99 10,02 8,81 8,05 8,18 5,86 6,26 6,48 7,09 7,14 7,29

Área Formal 16,39 10,94 11,08 10,55 8,18 6,91 6,01 6,27 3,53 4,01 4,25 4,96 5,02 5,22

Área de Risco 28,22 17,91 18,53 17,65 17,30 16,30 16,06 15,69 15,01 15,12 15,26 15,49 15,45 15,45

FEC

Meta 7,71 7,52 7,01 6,84 6,59 6,36 5,99 5,85 5,76 5,68 5,59 5,51 5,42 5,34 5,26 5,18

Global 7,71 8,40 8,38 6,60 6,41 6,14 5,64 4,94 4,70 4,46 3,93 4,01 4,10 4,26 4,23 4,23

Área Formal 8,11 6,21 6,09 5,75 5,18 4,40 4,14 3,87 3,29 3,38 3,47 3,64 3,61 3,62

Área de Risco 10,75 7,84 7,81 7,69 7,43 7,07 6,93 6,79 6,46 6,52 6,57 6,67 6,66 6,66

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59

4.2.1.5. Apresentar a análise dos resultados

Os quadros 17 e 18 evidenciam a acurácia na proximidade entre o valor

obtido experimentalmente e o valor verdadeiro na medição do indicador. Durante

os meses do ano de 2016, foi obtida uma precisão no DEC Global de 84% e para

o FEC Global de 90%, considerando a variação entre os valores alcançados e

provisionados nos indicadores de DEC e FEC.

É fato que as previsões dos indicadores globais estão sendo influenciadas

também pelas famílias de causas não gerenciáveis.

Quando isoladas as famílias de causas mais ofensoras (85%) ao DEC

Global, verifica-se que a precisão nos sub processos da manutenção de poda de

árvores e rede, estrutura e equipamento, a precisão apurada é de 94% e 88%,

respectivamente.

As causas não gerenciáveis que influenciam diretamente na duração do

indicador do DEC tem impacto diferente do FEC. Como exemplo pode-se citar a

dificuldade de deslocamento no transito e a disponibilidade de equipes para

atuação imediata.

No FEC, o fator duração não existe. O FEC é a frequência, é fato, já

aconteceu e está intimamente relacionada aos processos de manutenção e

percebemos uma precisão maior. Quando se isolam as famílias de causas mais

ofensoras (86%) ao FEC Global, pode-se verificar que a precisão nos

subprocessos da manutenção de poda de árvores e rede, estrutura e

equipamento, a precisão apurada é de 98% e 93%, respectivamente.

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60

Quadro 17 – Resultados de DEC projetados e realizados

O Quadro 17 ilustra a contribuição de cada segmento da composição do DEC

Global, seja em valor ou percentual para o histórico de 2011 a 2015, a tendência

de 2016 e o provisionamento para os anos de 2017 a 2026, o que representa

uma contribuição gerencial orientada para a mitigação dos efeitos do não

cumprimento dos requisitos definidos pela ANEEL.

Atualização Tend. 94%

11/12/2016 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2016 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026

Global 16,74 18,16 18,53 12,35 12,59 11,47 11,99 13,59 9,94 9,00 8,42 8,04 5,86 6,26 6,48 7,09 7,14 7,29

-16% 18% -27% -9% -6% -5% -27% 7% 4% 9% 1% 2%

AT 0,49 0,51 0,45 0,32 0,42 0,25 0,27 0,45 0,34 0,28 0,31 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30

Distribuição 16,24 17,64 18,08 12,03 12,18 11,21 11,72 13,13 9,60 8,72 8,12 7,74 5,56 5,96 6,18 6,79 6,83 6,99

Programado 2,01 1,78 1,37 1,11 0,90 0,82 0,86 0,83 1,21 1,25 1,21 1,07 1,06 1,07 1,06 1,05 1,04 1,03

Distribuição NP 14,24 15,86 16,71 10,92 11,27 10,40 10,87 12,30 8,40 7,46 6,91 6,67 4,49 4,90 5,12 5,74 5,79 5,97

% Global 85% 87% 90% 88% 90% 91% 91% 84% 83% 82% 83% 77% 78% 79% 81% 81% 82%

Δ % / 2015 9% -26% -34% -39% -41% -60% -57% -55% -49% -49% -47%

Manutenção 12,00 12,81 14,19 8,89 9,39 8,74 9,13 10,35 7,03 6,27 5,99 5,79 3,71 4,12 4,40 5,04 5,12 5,31

% Global 72% 71% 77% 72% 75% 76% 76% 71% 70% 71% 72% 63% 66% 68% 71% 72% 73%

Δ % / 2015 10% -25% -33% -36% -38% -61% -56% -53% -46% -45% -43%

SESD 0,00 0,05 0,08 0,06 0,07 0,05 0,05 0,07 0,05 0,04 0,03 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02

% Global 0% 0% 0% 1% 1% 0% 1% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%

Subterrâneo 0,34 0,34 0,55 0,56 0,58 0,38 0,40 1,08 0,21 0,24 0,18 0,18 0,15 0,15 0,14 0,14 0,14 0,15

% Global 2% 2% 3% 4% 5% 3% 8% 2% 3% 2% 2% 3% 2% 2% 2% 2% 2%

Manutenção Aéreo 11,66 12,42 13,56 8,27 8,73 8,31 8,69 9,19 6,77 6,00 5,79 5,59 3,53 3,95 4,23 4,87 4,95 5,13

% Global 70% 68% 73% 67% 69% 72% 68% 68% 67% 69% 70% 60% 63% 65% 69% 69% 70%

Δ % / 2015 5% -22% -31% -34% -36% -60% -55% -52% -44% -43% -41%

Vegetação + Ind + Fen. Nat.4,20 4,27 5,73 3,18 3,39 3,35 3,50 3,55 1,95 0,99 0,64 0,74 0,76 0,73 0,68 0,65 0,64 0,64

% Global 25% 24% 31% 26% 27% 29% -6% 26% 20% 11% 8% 9% 13% 12% 10% 9% 9% 9%

Rede e Estrut. + Eq. + Cabo6,97 7,75 7,49 4,89 5,13 4,79 5,00 5,44 4,67 4,88 5,04 4,75 2,68 3,13 3,47 4,14 4,24 4,42

% Global 42% 43% 40% 40% 41% 42% -12% 40% 47% 54% 60% 59% 46% 50% 54% 58% 59% 61%

Pipa 0,49 0,40 0,34 0,20 0,20 0,17 0,18 0,20 0,15 0,12 0,10 0,10 0,09 0,08 0,08 0,08 0,07 0,07

Outras 2,23 3,05 2,52 2,04 1,89 1,66 1,73 1,96 1,37 1,19 0,91 0,88 0,78 0,77 0,73 0,70 0,68 0,66

Ligação/Medição 0,55 0,51 0,73 0,74 0,68 0,69 0,72 0,72 0,55 0,48 0,37 0,35 0,31 0,30 0,28 0,27 0,26 0,25

% Global 3% 3% 4% 6% 5% 6% 5% 5% 5% 4% 4% 5% 5% 4% 4% 4% 3%

Sobrecarga 0,32 0,71 0,66 0,37 0,22 0,11 0,11 0,27 0,09 0,08 0,05 0,05 0,05 0,06 0,06 0,05 0,05 0,05

% Global 2% 4% 4% 3% 2% 1% 2% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1%

Atuação Indireta 1,36 1,83 1,12 0,93 0,99 0,86 0,90 0,96 0,74 0,63 0,50 0,48 0,42 0,42 0,39 0,38 0,36 0,35

% Global 8% 10% 6% 7% 8% 8% 7% 7% 7% 6% 6% 7% 7% 6% 5% 5% 5%

DEC

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61

Quadro 18 – Resultados de FEC projetados e realizados

O Quadro 18 ilustra a contribuição de cada segmento da composição do FEC

Global, seja em valor ou percentual para o histórico de 2011 a 2015, a tendência

de 2016 e o provisionamento para os anos de 2017 a 2026, o que representa

uma contribuição gerencial orientada para a mitigação dos efeitos do não

cumprimento dos requisitos definidos pela ANEEL.

As principais características do modelo de apoio gerencial no

planejamento da manutenção são a interdisciplinaridade, a manipulação de

modelos matemáticos para apoiar a tomada de decisão e a utilizar de

processamento computacional. Depreende-se a relevância empírica do modelo,

e a identificação de oportunidades em desenvolvimentos futuros do modelo para

aumentar a precisão nos valores projetados.

Atualização Tend. 94%

11/12/2016 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2016 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026

Global 7,71 8,40 8,38 6,60 6,41 6,14 6,14 6,80 5,61 4,91 4,63 4,30 3,93 4,01 4,10 4,26 4,23 4,23

-10% 11% -17% -13% -6% -7% -9% 2% 2% 4% -1% 0%

AT 0,69 0,83 0,64 0,47 0,50 0,40 0,40 0,48 0,45 0,40 0,42 0,41 0,42 0,41 0,42 0,42 0,42 0,42

Distribuição 7,03 7,57 7,74 6,13 5,91 5,74 5,74 6,31 5,17 4,51 4,20 3,89 3,52 3,60 3,68 3,84 3,81 3,82

Programado 0,55 0,55 0,45 0,37 0,27 0,27 0,27 0,26 0,37 0,39 0,38 0,33 0,33 0,33 0,33 0,33 0,32 0,32

Distribuição NP 6,48 7,02 7,29 5,76 5,64 5,47 5,47 6,05 4,79 4,11 3,83 3,56 3,18 3,27 3,35 3,51 3,49 3,50

% Global 84% 84% 87% 87% 88% 89% 89% 85% 84% 83% 83% 81% 81% 82% 83% 82% 83%

Δ % / 2015 -5% -7% -10% -10% 0% -21% -32% -37% -41% -47% -46%

Manutenção 5,29 5,17 5,91 4,70 4,68 4,60 4,60 5,10 3,97 3,34 3,15 2,90 2,54 2,62 2,72 2,89 2,88 2,90

% Global 69% 62% 71% 71% 73% 75% 75% 71% 68% 68% 67% 65% 65% 66% 68% 68% 68%

Δ % / 2015 9% -15% -29% -33% -38% -46% -44% -42% -38% -38% -38%

SESD 0,00 0,02 0,05 0,04 0,05 0,03 0,03 0,04 0,04 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03 0,03

% Global 0% 0% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1%

Subterrâneo 0,19 0,18 0,25 0,30 0,33 0,26 0,26 0,52 0,18 0,21 0,19 0,17 0,17 0,16 0,16 0,16 0,16 0,17

% Global 2% 2% 3% 5% 5% 4% 8% 3% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4% 4%

Manutenção Aéreo 5,10 4,97 5,61 4,35 4,31 4,31 4,31 4,54 3,75 3,10 2,93 2,70 2,35 2,43 2,53 2,70 2,69 2,70

% Global 66% 59% 67% 66% 67% 70% 67% 67% 63% 63% 63% 60% 61% 62% 64% 64% 64%

Δ % / 2015 5% -13% -28% -32% -37% -46% -44% -41% -37% -38% -37%

Vegetação + Ind + Fen. Nat.2,20 2,18 2,74 2,13 2,15 2,19 2,19 2,24 1,50 0,80 0,61 0,69 0,78 0,75 0,72 0,71 0,70 0,70

% Global 28% 26% 33% 32% 34% 36% -2% 33% 27% 16% 13% 16% 20% 19% 18% 17% 17% 17%

Rede e Estrut. + Eq. + Cabo2,57 2,54 2,67 2,10 2,02 2,00 2,00 2,16 2,14 2,19 2,22 1,91 1,48 1,59 1,72 1,91 1,91 1,92

% Global 33% 30% 32% 32% 32% 33% -7% 32% 38% 45% 48% 44% 38% 40% 42% 45% 45% 45%

Pipa 0,34 0,25 0,20 0,13 0,14 0,12 0,12 0,13 0,12 0,11 0,10 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,08 0,08

Outras 1,18 1,85 1,38 1,07 0,95 0,87 0,87 0,95 0,82 0,77 0,68 0,66 0,64 0,65 0,63 0,62 0,61 0,60

Ligação/Medição 0,06 0,06 0,15 0,16 0,12 0,13 0,13 0,14 0,12 0,11 0,10 0,10 0,09 0,09 0,09 0,09 0,09 0,08

% Global 1% 1% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2%

Sobrecarga 0,25 0,53 0,53 0,33 0,22 0,11 0,11 0,23 0,12 0,11 0,08 0,08 0,09 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10

% Global 3% 6% 6% 5% 3% 2% 3% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2%

Atuação Indireta 0,87 1,26 0,70 0,58 0,61 0,63 0,63 0,58 0,59 0,55 0,50 0,48 0,46 0,46 0,44 0,44 0,43 0,42

% Global 11% 15% 8% 9% 10% 10% 9% 11% 11% 11% 11% 12% 11% 11% 10% 10% 10%

FEC

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62

5 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES DE ESTUDOS

FUTUROS

5.1 CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nos anos mais recentes às distribuidoras de energia elétrica vem

enfrentando uma grave crise econômico-financeira, decorrente de fatores

alheios a sua capacidade de gestão, como a crise energética e o aumento

expressivo das tarifas na Parcela A em função do custo da energia.

O plano de manutenção dos ativos tem influência direta na remuneração

do capital investido, seja pelo impacto no Fator X da qualidade que pela

eficiência do DEC e FEC pode melhorar a remuneração na tarifa da distribuidora,

reduzir as multas compensatórias por não violar a duração (DEC) e ou frequência

(FEC) das interrupções da sua área de concessão e também aumentar a receita

da distribuidora considerando o aumento da disponibilidade e distribuição de

energia faturada.

As variações dos custos de cada ação do plano de manutenção e dos

valores aplicados na renovação de ativos, somado as mudanças climáticas e

variações econômicas no país que impactam na demanda de energia, dificulta a

previsibilidade do volume necessário de recursos financeiros para gerara

eficiência requerida pela ANEEL por parte da distribuidora no contrato de

concessão.

O modelo permite averiguar e manipular o comportamento do DEC e FEC

em diversas circunstâncias e assim apoiar a tomada de decisão. Este modelo

utilizou dados históricos importantes como os volumes financeiros para serem

aplicados nas ações de combate às causas das interrupções no fornecimento de

energia elétrica. Os efeitos dos reajustes contratuais, a variação dos volumes

físicos dos serviços, o impacto de cada ação ou melhoria que gera resultado

estão associados aos valores equivalentes do DEC e FEC.

A aplicação do modelo aumenta a acurácia na previsão dos indicadores

de qualidade e melhora o planejamento da manutenção da distribuidora. O

histórico da aplicação de recursos financeiros e os resultados dos indicadores

alcançados em cada período considerado de uso do modelo, permite aperfeiçoar

o uso desses recursos e minimizar os riscos associados a tais atividades e assim

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63

assegurar a proximidade entre o valor obtido experimentalmente e o valor

verdadeiro na medição do indicador.

Como trabalho constatou-se que as relações são diferenciadas entre os

volumes de recursos aplicados e resultados obtidos para cada tipo de ação de

manutenção ou melhoria de rede. Isso foi observado durante a manipulação das

entradas do modelo, pois o impacto produzido pelo aumento ou redução de

recursos durante as simulações é refletido na resposta esperada, ou seja, a

previsibilidade de DEC e FEC para cada ação planejada dentro do período

considerado.

O modelo aplicado na pesquisa demonstrou que é possível desenvolver

um modelo matemático que contemple as variáveis de custo e desempenho de

modo a contribuir para provisão de resultados na forma de indicadores de

qualidade e priorizar quais são os esforços operacionais e os níveis de

investimentos adequados para a manutenção mitigar os efeitos das falhas nas

redes de distribuição e multas compensatória. É desejável e faz sentido

incorporar características da área de concessão da distribuidora como variáveis

não gerenciáveis como por exemplo a temperatura, velocidade do vento,

pluviosidade, pavimentação, áreas de risco devido a violência e de perdas

comerciais.

O uso do modelo permitiu melhorar consideravelmente a previsão dos

indicadores de DEC e FEC da Light S.E.S.A., utilizando a capacidade de

aprendizagem e os agrupamentos das ações manutenção e investimento na

rede de distribuição. Os resultados obtidos contribuíram para aperfeiçoar o

Planejamento Estratégico da Distribuidora de forma a minimizar os riscos nas

questões relacionadas à manutenção do sistema de distribuição de energia

elétrica.

5.2 SUGESTÕES DE TRABALHOS FUTUROS

Com a entrada dos novos contratos de concessão e as regras mais

rigorosas, as distribuidoras têm travado uma disputa acirrada para conseguir

ferramentas de planejamento que melhorem a eficiência das distribuidoras na

componente qualidade operacional, melhorando a remuneração do capital

investido.

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64

De modo a aumentar a abrangência e a acurácia da metodologia

estudada, fazendo com que ela, não só atenda ao provisionamento dos

indicadores de DEC e FEC a partir da aplicação de recursos em manutenção e

melhoria da rede, nesse item são apresentadas duas propostas de trabalhos

futuros:

Introduzir a influência das variáveis climáticas de temperatura, velocidade

dos ventos, pluviosidade, pavimentação, áreas de risco devido a violência

e de perdas comerciais ao modelo de cálculo para melhorar a precisão no

provisionamento dos indicadores de DEC e FEC, consequentemente

melhorar e antecipar os programas de manutenção e investimento do

sistema de distribuição, reduzindo o risco de interrupções e multas

compensatórias por violação de indicadores definidas pelo Agente

Regulador – ANEEL e aumentando a remuneração do capital aportado

pelos investidores;

Identificar metodologias de previsibilidade mais robustas que possam

agregar com respaldo científico o aumento da precisão do modelo

utilizado, uma vez que as estudadas durante a fase inicial do trabalho não

apresentaram resultados satisfatórios nas etapas de manipulação das

informações e simulações de resultados.

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65

REFERÊNCIAS

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ANEEL- Agência Nacional de Energia Elétrica. Atlas de Energia Elétrica do Brasil – 3ª edição, Brasília/ DF, 2008. ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Medição, faturamento e combate a perdas comerciais, 2015. Disponível em: <http://www.aneel.gov.br/visualizar_texto.cfm?idtxt=1623>. Acesso em: 17 de outubro de 2015. ANEEL- Agência Nacional de Energia Elétrica. Projeto de Assistência Técnica dos Setores de Energia e Mineral, Avaliação dos Custos Relacionados às Interrupções de Energia Elétrica e suas Implicações na Regulação, 2013. BRASIL – Ministério de Minas e Energia (2003), Modelo Institucional do Setor Elétrico. Brasília - 2003. Disponível em: <http://portal3.tcu.gov.br/portal/pls/portal/docs/2063034.PDF>. Acesso em: 17 de outubro de 2015. CARNERO, M.C. Multicriteria model for maintenance benchmarking . Journal of Manufacturing Systems, 2014.

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CASTRO, N. J.; BRANDÃO. Questões sobre a Renovação das Concessões de Distribuição. Rio de Janeiro. GESEL-UFRJ, 2013. (TDSE nº 54 Texto de Discussão do Setor Elétrico) CASTRO, N. J. ; BRANDÃO, R.; DANTAS, G.; ROSENTAL, R. O Processo de reestruturação do setor elétrico brasileiro e os impactos da MP 579. Rio de Janeiro. GESEL-UFRJ, 2013. (TDSE nº 51 Texto de Discussão do Setor Elétrico). CAVALCANTE, C.A.V., ALENCAR, M.H. Multicriteria decision model to support building maintenance planning 2012 11TH INTERNATIONAL PROBABILISTIC SAFETY ASSESSMENT AND MANAGEMENT CONFERENCE AND THE ANNUAL EUROPEAN SAFETY AND RELIABILITY CONFERENCE, PSAM11 ESREL, 2012. CCEE - Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. Mudanças no setor elétrico brasileiro. Disponível em: <http://www.ccee.org.br/portal/faces/pages_publico/onde-atuamos/setor_eletrico?_adf.ctrl-state=lh9bf0ul4_158&_afrLoop=436166815311634#%40%3F_afrLoop%3D436166815311634%26_adf.ctrl-state%3Dv58r8e2dq_4>. Acesso em: 15 de outubro de 2015. DONTAL, Patrícia Trindade. Definição de mercado relevante no setor elétrico e articulação entre a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e os órgãos do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. Dissertação de Mestrado em Economia do Setor Público, Universidade de Brasília – 2012. FERREIRA, R.J.P., De ALMEIDA, A.T., CAVALCANTE, C.A.V. Selection of inspection intervals based on multi-attribute utility theory 2013 Lecture Notes in Computer Science (including subseries Lecture Notes in Artificial Intelligence and Lecture Notes in Bioinformatics). GARCEZ, T.V., De ALMEIDA, A.T. Multidimensional risk assessment of underground electricity distribution systems based on MAUT 2014 SAFETY, RELIABILITY AND RISK ANALYSIS: BEYOND THE HORIZON - PROCEEDINGS OF THE EUROPEAN SAFETY AND RELIABILITY CONFERENCE, ESREL 2013. GRAY, David E. Pesquisa no mundo real. Tradução: Roberto Cataldo Costa; revisão técnica: Dirceu da Silva. – 2.ed.- Porto Alegre: Penso, 2012 TOLMASQUIM, M. As origens da crise energética brasileira. Ambiente &Sociedade, Campinas, Ano III, v. 2, n. 6/7, p. 179-183, jan./jun. 2000.

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67

ANEXO

Descrição PRODIST - ANEEL

SISTEMA INTERLIGADO - SISTEMA INTERLIGADO PROGRAMADO Programada

SISTEMA INTERLIGADO - SISTEMA INTERLIGADO NÃO PROGRAMADO Sistema Interligado

OPERACIONAIS - DESEQUILIBRIO ENTRE FASES Próprias do sistema

OPERACIONAIS - ERAC ERAC

OPERACIONAIS - SOBRECARGA Próprias do Sistema

OPERACIONAIS - COORDENAÇÃO DA PROTEÇÃO Falha Operacional

OPERACIONAIS - RELIGAMENTO AUTOMÁTICO Próprias do sistema

OPERACIONAIS - MEDIDA DE SEGURANÇA Próprias do sistema

OPERACIONAIS - ALÍVIO DE CARGA Próprias do Sistema

OPERACIONAIS - DESLIGAMENTO POR EMERGÊNCIA Próprias do sistema

OPERACIONAIS - FALHA NA ELABORAÇÃO DA MANOBRA Falha Operacional

INDETERMINADAS - APÓS INSPEÇÃO DA REDE Próprias do sistema

INDETERMINADAS - SEM INSPEÇÃO DA REDE Próprias do sistema

INDETERMINADAS - NÃO INFORMADA Próprias do sistema

CLIENTE - CORTE INDEVIDO Falha Operacional

CLIENTE - FRAUDE PADRAO / MEDIÇÃO Terceiros

CLIENTE - DEFEITO REDE INTERNA CLIENTE Terceiros

CLIENTE - MEDIÇÃO NO POSTE (CPREDE) ABALROADA Terceiros

CLIENTE - MEDIÇÃO NO POSTE (CPREDE) COM FALTA DE FASE Próprias do sistema

CLIENTE - MEDIÇÃO NO POSTE (CPREDE) QUEIMADA Próprias do sistema

CLIENTE - MAU CONTATO NO MEDIDOR Próprias do sistema

CLIENTE - MAU CONTATO / DEFEITO EM DISJUNTOR Terceiros

GERAÇÃO - PROGRAMADO Programada

GERAÇÃO - NÃO PROGRAMADO Próprias do sistema

TRANSMISSÃO - LINHAS PROGRAMADAS Programada

TRANSMISSÃO - LINHAS NÃO PROGRAMADAS Próprias do sistema

TRANSMISSÃO - SUBESTAÇÃO PROGRAMADA Programada

TRANSMISSÃO - SUBESTAÇÃO NÃO PROGRAMADA Próprias do sistema

PROGRAMADA - EXPANSÃO/CONSTRUÇÃO Programada

PROGRAMADA - OBRA CIVIL Programada

PROGRAMADA - CORTE INADIMPLÊNCIA CLIENTE Programada

PROGRAMADA - MANUTENÇÃO PREVENTIVA Programada

PROGRAMADA - SOLICITAÇÃO DO CLIENTE Programada

PROGRAMADA - LIGAÇÃO DE NOVOS CONSUMIDORES Programada

PROGRAMADA - MANUTENÇÃO CORRETIVA Programada

PROGRAMADA - OPERAÇÃO Programada

PROGRAMADA - PODA DE ÁRVORE Programada

PROGRAMADA - ENTREGA DE OBRAS Programada

PROGRAMADA - LUZ PARA TODOS Programada

PROGRAMADA - OUTRAS DISTRIBUIDORAS Programada

PROGRAMADA - RACIONAMENTO Programada

FENÔMENOS NATURAIS - VENDAVAL Meio Ambiente

FENÔMENOS NATURAIS - DESCARGA ATMOSFÉRICA Meio Ambiente

FENÔMENOS NATURAIS - INUNDAÇÃO Meio Ambiente

FENÔMENOS NATURAIS - TEMPORAL Meio Ambiente

MEIO AMBIENTE - ANIMAL Meio Ambiente

MEIO AMBIENTE - ÁRVORE Meio Ambiente

MEIO AMBIENTE - EROSÃO Meio Ambiente

MEIO AMBIENTE - INCÊNDIO Meio Ambiente

MEIO AMBIENTE - QUEDA DE GALHO Meio Ambiente

MEIO AMBIENTE - POLUIÇÃO Meio Ambiente

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MEIO AMBIENTE - QUEIMADA Meio Ambiente

FALHAS HUMANAS - EQUIPE PRÓPRIA Falha Operacional

FALHAS HUMANAS - EQUIPE EMPREITEIRA Falha Operacional

AÇÃO DE TERCEIRO - ABALROAMENTO Terceiros

AÇÃO DE TERCEIRO - VANDALISMO Terceiros

AÇÃO DE TERCEIRO - OBRA CIVIL Terceiros

AÇÃO DE TERCEIRO - PIPA NA REDE Terceiros

AÇÃO DE TERCEIRO - ACIDENTE COM A REDE Terceiros

AÇÃO DE TERCEIRO - OBJETOS NA REDE Terceiros

AÇÃO DE TERCEIRO - EMPRESAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS OU SUAS CONTRATADAS Terceiros

AÇÃO DE TERCEIRO - LIGAÇÃO CLANDESTINA Terceiros

AÇÃO DE TERCEIRO - INTERFERÊNCIA POR TERCEIROS Terceiros

AÇÃO DE TERCEIRO - PODA ÁRVORE POR TERCEIROS Terceiros

AÇÃO DE TERCEIRO - PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO Terceiros

AÇÃO DE TERCEIRO - FURTO DE REDE E/0U EQUIPAMENTOS Terceiros

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - BANCO DE CAPACITOR Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - TERMINAL / MUFLA Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - PARA-RAIOS Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - POSTE DA REDE Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - RELIGADOR Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - SECCIONALIZADOR Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - TRANSFORMADOR Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - CAIXA DIST FUSÍVEL/DISJUNTOR Terceiros

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - CAIXA DISTRIBUIÇÃO MAU CONTATO Terceiros

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - CAIXA MD DANIFICADA Terceiros

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - CHAVE REPETIDORA Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - CHAVE FUSÍVEL Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - INTERRUPTOR Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - MEDIDOR DE ENERGIA Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - POSTE CLIENTE OU SUP ROLDANA QUEBRADO Terceiros

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - RAMAL SUBTERRÂNEO Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - RAMAL AÉREO Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - REGULADOR DE TENSÃO Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - SESD Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - SISTEMA TELEMEDIÇÃO Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - TRANSFORMADOR AUTOPROTEGIDO Próprias do Sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - VAZAMENTO OLEO EQUIPTOS Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - CHAVE SECCIONADORA Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - BLOCO FUSÍVEL / BTG DEFEITUOSO Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - FUSÍVEL QUEIMADO BTG Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - FUSÍVEL QUEIMADO ZONA Próprias do Sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - GARRA VIVA GLV Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - LEAD PARTIDO 0U MAU ESTADO Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - REDE DE BT PARTIDA 0U MAU ESTADO Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - REDE DE MT PARTIDA 0U MAU ESTADO Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - REDE DE BT DESNIVELADA Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - REDE DE BT SUBTERRÂNEA QUEIMADA Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - ACESSÓRIO SUBTERRÂNEO Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - CONECTORES Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - AUTOTRANSFORMADOR Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - CABO CONCÊNTRICO Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - CABO PRÉ-REUNIDO Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - CABO SUBTERRÂNEO Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - RELÉ Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - CRUZETAS Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - DISJUNTOR Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - EMENDA Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - ESTAI Próprias do sistema

FALHAS EM EQUIPAMENTOS - ISOLADORES Próprias do sistema

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APÊNDICE A – ESTUDO BIBLIOMÉTRICO

O levantamento bibliométrico foi desenvolvido em pesquisas nas bases

de periódicos Scopus, ISI Web of Science e SciELO, por se tratarem de fontes

conceituadas academicamente e que abrangem todas as áreas do

conhecimento.

As bases foram acessadas no período de 12 de dezembro de 2015 a

março de 2016, através do Portal de Periódicos da CAPES.

A pesquisa contemplou todos os anos que estavam disponíveis na base.

A apresentação desta revisão foi estruturada em duas etapas:

Descrição do levantamento do material pesquisado;

Análise do material pesquisado.

O modelo de pesquisa para formar o arcabouço de artigos científicos para

a pesquisa bibliográfica e definir o núcleo de partida, está fundamentado nas

seguintes etapas:

1. Definição da amostra da pesquisa;

2. Pesquisa na amostra, com as palavras-chave;

3. Identificação dos periódicos com maior número de artigos publicados

sobre o tema;

4. Identificação dos autores com maior número de publicações;

5. Levantamento da cronologia da produção, identificando “ciclos de

maior produção”;

6. Seleção dos artigos para a composição do “núcleo de partida” para a

pesquisa bibliográfica. O núcleo de partida deve contemplar:

a. Os artigos mais relevantes;

b. Identificação dos primeiros autores a escreverem sobre o tema;

c. Identificação dos últimos autores a escreverem sobre o tema;

d. Identificação dos textos mais relevantes em cada “ciclo de maior

produção”.

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A análise destes dados seria tarefa árida sem o auxílio de ferramentas

apropriadas e a área denominada KDD – Knowledge Discovery in Databases

(Descoberta de Conhecimento em Bases de Dados), vem despertando grande

interesse junto às comunidades científica e industrial. O processo de KDD é

entendido como um método fundamental para promoção do conhecimento

gerado a partir de bases de dados. O KDD é conhecido como um processo

composto por três etapas operacionais:

1. Pré-processamento que compreende as funções que se relacionam a

captação, à organização e ao tratamento de dados, cujo objetivo é

preparar os dados para os algoritmos da etapa seguinte;

2. Data Mining (Mineração de Dados) que realiza a busca efetiva de

conhecimentos úteis no contexto proposto

3. Pós-processamento que abrange o tratamento do conhecimento

obtido na etapa anterior.

A Figura 10 ilustra as etapas operacionais e subatividades do processo de KDD.

Figura 10 - Etapas do processo de KDD Fonte: adaptado de Steiner et al. (2006)

Ao utilizar-se do processo de KDD, constata-se que o método facilita e

aprimora a busca de dados e informações de valor que visam gerar novos

conhecimentos. Para selecionar os artigos, enriquecer e compor um núcleo de

partida, atual e relevante para a pesquisa, este levantamento bibliométrico, toma

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como apoio esse processo de mineração de fontes bibliográficas nas bases

qualificadas de periódicos, disponíveis online, através do portal de periódicos da

CAPES.

As palavras-chave que deram origem a busca foram definidas baseando-

se nos objetivos e nas questões da pesquisa.

Assim, os principais conceitos abordados pela pesquisa partem de dois

temas centrais: Manutenção e Decisão Multicritério. Enquanto o primeiro tem a

finalidade de localizar artigos mais abrangentes sobre o tema da pesquisa,

Manutenção, o segundo visa a encontrar artigos peculiares sobre a Decisão

Multicritério.

Não ocorreu limitação temporal na busca dos temas centrais durante as

pesquisas.

Segue o detalhamento da pesquisa nas três bases.

Pesquisa nas Bases Scopus, ISI Web of Science e SciELO

Para o desenvolvimento deste levantamento, com o objetivo de encontrar

resultados mais consistentes para a pesquisa e focar nas suas questões

objetivas, a busca foi restrita a artigos e utilizada à combinação das seguintes

palavras-chave e conectivos: “maintenance” OR “manutenção”, AND

“multicriteria” OR “multicritério”, AND “energy” OR “energia”.

O Quadro 19 ilustra o filtro utilizado para realizar a pesquisa nas três

bases: SCOPUS, ISI Web of Science e SciELO e o número de artigos

encontrados na pesquisa e considerando as respostas simultâneas das bases.

Quadro 19 – Filtro utilizado na busca por palavras-chave nas bases SCOPUS, ISI Web of Science e SciELO e nº de artigos encontrados

Conectors KeyWords/

Abstract/ Title

Número de

documentos

encontrados

SCOPUS

Número de

documentos

encontrados ISI

Web of Science

Número de

documentos

encontrados

SCIELO

“maintenance”

OR “manutenção”

AND “multicriteria”

OR “multicriterio”

AND “energy”

OR “energia”

14

13 14

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Pesquisa com as palavras-chave na base SCOPUS

Os dados apresentados a seguir são referentes à busca realizada com a

combinação das referidas palavras-chave na base Scopus, onde foram

encontrados 13 artigos.

O Quadro 20 ilustra a identificação dos periódicos com o número de

artigos publicados e o critério CAPES Qualis de Engenharias I, II, III e IV,

Interdisciplinar e Matemática Probabilidade e Estatística: 13

Quadro 20 - Periódicos dos artigos publicados na busca com as palavras-chave na base Scopus

O Quadro 21 ilustra os autores, o número de artigos publicados, o ano de

publicação desses artigos e o país de origem dos autores na busca com as

palavras-chave na base Scopus.

Título do periódico Nº de

documentos

Qualis

Engenharias

I

Qualis

Engenharias

II

Qualis

Engenharias

III

Qualis

Engenharias

VI

Qualis

Interdisciplinar

Qualis

Matemática

Probabilidade

e Estatística

11th International Probabilistic Safety Assessment

and Management Conference and the Annual

European Safety and Reliability Conference 2012,

PSAM11 ESREL 2012

1 - - - - - -

Advances in Energy Research 1 - - - - - -

Energy 1 A2 A2 A1 B1 A1 -

IMA Journal of Management Mathematics 1 - - - - B1 -

Journal of Manufacturing Systems 1 - - B5 - - -

Lecture Notes in Computer Science (including

subseries Lecture Notes in Artificial Intelligence

and Lecture Notes in Bioinformatics)

2 B3 - C C B1 C

Mathematical Problems in Engineering 2 A2 - B1 B2 B1 B5

PSAM 2014 - Probabilistic Safety Assessment and

Management1 - - - - - -

Reliability, Risk and Safety: Back to the Future 2 - - - - - -

Safety, Reliability and Risk Analysis: Beyond the

Horizon - Proceedings of the European Safety and

Reliability Conference, ESREL 2013

1 - - - - - -

TOTAL 13

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73

Quadro 21 – Autores e nº de artigos publicados na busca com as palavras-chave na base Scopus

O Quadro 22 ilustra o levantamento da cronologia da produção científica

com as palavras-chave na base Scopus. Percebe-se nessa busca que não houve

ciclo de maior produção.

Quadro 22 – Levantamento da cronologia na busca com as palavras-chave na base Scopus

Autores Número de

documentos

Ano

Publicação do

artigo

País de origem

dos autores

Ferreira, R.J.P., Cavalcante, C.A.V., Almeida, A.T. 1 2010 BRASIL

Alencar, M.H., De Almeida, A.T. 1 2010 BRASIL

Alencar, M.H., Almeida, A.T. 1 2011 BRASIL

Cavalcante, C.A.V., Alencar, M.H. 1 2012 BRASIL

Ferreira, R.J.P., De Almeida, A.T., Cavalcante,

C.A.V.1 2013 BRASIL

Carnero, M.C. 1 2013 BRASIL

Cavalcante, C.A.V., Lopes, R.S. 1 2014 BRASIL

Carnero, M.C. 1 2014 BRASIL

Marsaro, M.F., Alencar, M.H., De Almeida, A.T.,

Cavalcante, C.A.V.1 2014 BRASIL

Garcez, T.V., De Almeida, A.T. 1 2014 BRASIL

Almeida, A.T., Ferreira, R.J.P., Cavalcante, C.A.V. 1 2015 BRASIL

Alencar, M.H., De Almeida, A.T. 1 2015 BRASIL

Cavalcante, C.A.V., Lopes, R.S. 1 2015 BRASIL

TOTAL 13

AnoNúmero de

documentos

% do total de

documentos

2010 2 15%

2011 1 8%

2012 1 8%

2013 2 15%

2014 4 31%

2015 3 23%

TOTAL 13 100%

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O Gráfico 03 ilustra os dados relativos à distribuição de registros de artigos

por ano de publicação. Dessa forma, é possível analisar se a produção científica

no tema estudado tem evoluído em uma escala cronológica. Considerando os

dados encontrados, por meio do filtro utilizado para refinar a pesquisa, o artigo

mais antigo publicado na base Scopus faz referência ao ano de 2010. Não

ocorreu limitação temporal na busca dos temas centrais durante as pesquisas,

mas percebe-se, que nessa busca, com os temas “manutenção”, “multicritério” e

“energia”, o ciclo de produção vem aumentando a partir de 2013, sendo que o

ano de 2014 foi mais marcante, pois foram publicados 4 artigos sobre o referido

assunto.

Gráfico 03 – Distribuição de Artigos por Ano de Publicação na busca com as palavras-chave na base Scopus

Pesquisa com as palavras-chave na base ISI Web of Science

Dando prosseguimento a busca foi utilizado o mesmo filtro, conectores e

combinação de palavras-chaves da base SCOPUS: “maintenance” OR

“manutenção”, AND “multicriteria” OR “multicritério”, AND “energy” OR “energia”.

O Quadro 23 ilustra o número de artigos encontrados na pesquisa com a

combinação das palavras-chave: 14.

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Quadro 23 – Busca por palavras-chave nas bases ISI Web of Science

O Quadro 24 ilustra a identificação dos periódicos com maior número de

artigos publicados e o critério CAPES Qualis de Engenharias I, II, III e IV,

Interdisciplinar e Matemática Probabilidade e Estatística.

Conectors KeyWords/

Abstract/ Title

Número de

documentos

encontrados ISI

Web of Science

“maintenance”

OR “manutenção”

AND “multicriteria”

OR “multicriterio”

AND “energy”

OR “energia”

14

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Quadro 24 – Número de artigos publicados por periódicos na base ISI Web of Science

O Quadro 25 ilustra a identificação dos autores com o maior número de

artigos publicados, por ano de publicação do último artigo e o país de origem do

autor.

Título do periódico Nº de

documentos

Qualis

Engenharias

I

Qualis

Engenharias

II

Qualis

Engenharias

III

Qualis

Engenharias

VI

Qualis

Interdisciplinar

Qualis

Matemática

Probabilidade

e Estatística

SUSTAINABILITY 1 B1 - B1 - - B5

IET GENERATION TRANSMISSION & DISTRIBUTION 1 - - - - - -

RENEWABLE ENERGY 1 A1 A2 A2 A1

EXPERT SYSTEMS WITH APPLICATIONS 1 B1 A2 A1 A1

JOURNAL OF INFRASTRUCTURE SYSTEMS  1

JOURNAL OF MANAGEMENT IN ENGINEERING 1

SCIENTIFIC WORLD JOURNAL 1 B1 B1 B1

IEEE TRANSACTIONS ON POWER DELIVERY 1 A2 A1 A2

 5th International Conference on Industrial

Engineering and Systems Management (IEEE

IESM) 

1

INTERNATIONAL JOURNAL OF UNCERTAINTY

FUZZINESS AND KNOWLEDGE-BASED

SYSTEMS 2012

1

JOURNAL OF ENVIRONMENTAL MANAGEMENT   1

International Conference and Exposition on

Electrical and Power Engineering (EPE)1

INTERNATIONAL JOURNAL OF HYDROGEN ENERGY 1 A2 A1 B1 B1 A1

8th International Conference on Modern Building

Materials, Structures and Techniques1

TOTAL 14

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Quadro 25 – Número de artigos publicados por autor na base ISI Web of Science

O Quadro 26 ilustra o levantamento da cronologia e identifica o ciclo da

evolução da produção científica sobre decisão multicritério na manutenção dos

sistemas de energia. Os dados apresentados sinalizam que a partir de 2012

houve um maior número de produção científica nesse tema.

Quadro 26 – Levantamento da cronologia e ciclo da produção com a combinação das palavras-chave na base ISI Web of Science

Autores Número de

documentos

Ano

Publicação do

artigo

País de origem

dos autores

 Zavadskas, EK; Kaklauskas, A; Raslanas, S 1 2004 Lituânia

Pilavachi, Petros A.; Chatzipanagi, Anatoli I.;

Spyropoulou, Antonia I.1 2009 Macedônia

Kaya, Ihsan; Oztaysi, Basar; Kahraman, Cengiz 1 2012 Turquia

De Lange, W. J.; Stafford, W. H. L.; Forsyth, G. G.; et

al.1 2012 EUA

Fleckenstein, Marco; Balzer, Gerd 1 2012 Alemanha

Hsueh, Sung-Lin; Yan, Min-Ren 1 2013 China

 Jin, Tongdan; Tian, Yu; Zhang, Cai Wen; et al. 1 2013 China

Morad, Mahmoudi; Abdellah, El Barkany; Ahmed,

El Khalfi1 2013 Marrocos

Eckelman, Matthew J.; Altonji, Matthew; Clark,

Anthony; et al.1 2014 EUA

Thekdi, Shital A.; Lambert, James H. 1 2014 EUA

Zavadskas, Edmundas Kazimieras; Bausys,

Romualdas; Lazauskas, Marius1 2015 Lituânia

Barnacle, Malcolm; Galloway, Stuart; Elders, Ian; et

al.1 2015 Inglaterra

Sengul, Umran; Eren, Mirac; Shiraz, Seyedhadi

Eslamian; et al.1 2015 Turquia

Shafiee, Mahmood 1 2015 Iran

TOTAL 14

AnoNúmero de

documentos

% do total de

documentos

2004 1 7%

2009 1 7%

2012 3 21%

2013 3 21%

2014 2 14%

2015 4 29%

TOTAL 14 100%

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O Gráfico 04 ilustra os dados referentes à distribuição de registros de

artigos por ano de publicação. Considerando os dados analisados, o artigo mais

antigo publicado na base ISI Web of Science nessa pesquisa, faz referência ao

ano de 2004. Percebe-se que houve um ciclo de produção mais significativo no

período de 20127 a 2015, pois, 12 artigos foram publicados nesse período, o que

representa 85% de toda publicação entre 2004 e 2015.

Gráfico 04 – Distribuição de Artigos por Ano de Publicação na busca com as palavras-chave na base ISIWeb of Science

Pesquisa com as palavras-chave na base SciELO

No levantamento da base SciELO foi utilizado o seguinte filtro, conectores

e combinação de palavras-chaves das bases Scopus e ISI Web of Science:

“maintenance” OR “manutenção”, AND “multicriteria” OR “multicritério”.

Não foi utilizada a combinação de palavras-chaves AND “energy” OR

“energia”, pois o resultado da pesquisa torna-se nulo.

Não ocorreu limitação temporal na busca dos temas centrais durante as

pesquisas.

Sendo o Quadro 27 ilustra o número de artigos encontrados na pesquisa

com a combinação das palavras-chave: 14

Quadro 27 - Busca por palavras-chave nas bases Scielo

Conectors KeyWords/

Abstract/ Title

Número de

documentos

encontrados

SCIELO

“maintenance”

OR “manutenção”

AND “multicriteria”

OR “multicriterio”

AND “energy”

OR “energia”

14

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79

O Quadro 28 ilustra a identificação dos periódicos com maior número de

artigos publicados e o critério CAPES Qualis de Engenharias I, II, III e IV,

Interdisciplinar e Matemática Probabilidade e Estatística.

Quadro 28 – Número de artigos publicados por periódicos na base SciELO

O Quadro 29 ilustra a identificação dos autores com o maior número de

artigos publicados, o ano de publicação do último artigo e o país de origem do

autor.

Título do periódico Nº de

documentos

Qualis

Engenharias

I

Qualis

Engenharias

II

Qualis

Engenharias

III

Qualis

Engenharias

VI

Qualis

Interdisciplinar

Qualis

Matemática

Probabilidade

e Estatística

Production 1

Nova scientia 1

Información tecnológica 2 B3 B3 B4 B3

Pesquisa Operacional 6 B2 B5 B4 B3 B1 B3

Revista chilena de historia natural 1

Ambiente Construído 1 B2 B1

Computación y Sistemas 1 B3

Revista de Economía Institucional 1

TOTAL 14

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80

Quadro 29 – Autores com o maior número de artigos publicados na pesquisa na base Scielo

O Quadro 30 ilustra o levantamento da cronologia e identifica o ciclo da

evolução da produção científica sobre decisão multicritério na manutenção dos

sistemas de energia, com o filtro utilizado na base SciELO.

Quadro 30 – Levantamento da cronologia e ciclo da produção com a combinação das palavras-chave na base SciELO

Autores Número de

documentos

Ano

Publicação do

artigo

País de origem

dos autores

Adiel Teixeira de, Almeida. 1 2005 BRASIL

Cristiano Alexandre Virgínio, Cavalcante; Adiel

Teixeira de, Almeida.1 2005 BRASIL

Sergio, Torres Valdivieso; Rafael Guillermo, García

Cáceres; John, Jairo Quintero.1 2005 Colômbia

Danielle Costa, Morais; Adiel Teixeira de, Almeida. 1 2006 BRASIL

Edgar, Sevilla Juárez; Carlos Enrique, Escobar

Toledo.1 2008 México

Danielle Costa, Morais; Cristiano A. Virgínio,

Cavalcante; Adiel Teixeira de, Almeida.1 2010 BRASIL

Fernando Silva, Albuquerque; Washinton Peres,

Núñez.1 2010 BRASIL

FRANCISCO, DE LA BARRERA; SONIA, REYES-

PAECKE; LUIS, MEZA.1 2011 Chile

Flavio, Trojan; Danielle Costa, Morais. 1 2012 BRASIL

Fernando F, Espinosa; Gonzalo E, Salinas. 1 2013 Chile

Marcele Elisa, Fontana; Danielle Costa, Morais. 1 2014 BRASIL

Fernando F, Espinosa; Gonzalo E, Salinas. 1 2015 Chile

José Luis, Zanazzi; Luiz Flávio Autran Monteiro,

Gomes; Magdalena, Dimitroff.1 2015 Argentina

Y., Flores-Monter; F., Aceves-Quesada; A., García-

Romero; E.M., Peters-Recagno.1 2015 Mexico

TOTAL 14

AnoNúmero de

documentos

% do total de

documentos

2005 3 21%

2006 1 7%

2008 1 7%

2010 2 14%

2011 1 7%

2012 1 7%

2013 1 7%

2014 1 7%

2015 3 21%

TOTAL 14 100%

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81

O Gráfico 05 ilustra os dados referentes à distribuição de registros de

artigos por ano de publicação. Os dados apresentados mostram que no ano 2015

o número de produção científica volta ao maior patamar de publicação nesse

tema (2005).

Gráfico 05 - Distribuição de Artigos por Ano de Publicação com as palavras-chave na base SciELO

Estatísticas da Pesquisa – Composição do “Núcleo de Partida

A Figura 11 ilustra o resumo da pesquisa nas bases Scopus, ISI Web of

Science e SciELO.

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82

Figura 11 - Resumo das Pesquisas nas bases SCOPUS, Web of Science e SciElo

Fonte: adaptado de Matieli e Araujo (2014)

Após a realização das buscas nas bases SCOPUS e Web of Science não

foram encontrados artigos em duplicidade, sendo assim, permanecendo um total

de 27 artigos das duas bases a serem analisados. A análise realizada

considerando uma leitura exploratória para verificar em que medida cada artigo

interessava a pesquisa; em seguida foi feita uma leitura seletiva, com base nos

objetivos da pesquisa, para selecionar o material desejado.

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83

A partir da análise dos títulos e resumos dos 27 registros, foram

selecionados 14 artigos, considerados relevantes e aderentes ao estudo em

questão.

Nessa etapa foi realizada uma leitura analítica e interpretativa que tem a

finalidade de ordenar e resumir as informações, de forma que estas possam

alcançar respostas ao problema de pesquisa e relacionar o que o autor da obra

analisada afirma com relação ao problema para o qual se propõe uma solução.

Os demais artigos foram desconsiderados em função da falta de aderência ao

estudo.

O Quadro 31 ilustra a relação e dados dos 14 artigos que foram

selecionados das bases Scopus e ISI Web of Science tendo em vista o problema

de pesquisa e os objetivos específicos deste estudo.

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84

Quadro 31 – Lista de artigos selecionados para o núcleo de partida das bases SCOPUS e ISI Web of Science

Autores Ano de

publicação Periódico

1Multicriteria approaches for maintenance policies

selection

Ferreira, R.J.P.,

Cavalcante, C.A.V.,

Almeida, A.T.

2010Reliability, Risk and Safety: Back to the

Future

2

Multicriteria analysis of the consequences

established by the RCM (Reliability Centered

Maintenance) methodology: A case study.

Alencar, M.H., De

Almeida, A.T.2010

Reliability, Risk and Safety: Back to the

Future

3

Applying a multicriteria decision model so as to

analyse the consequences of failures observed in

RCM methodology

Alencar, M.H., Almeida,

A.T.2011

Lecture Notes in Computer Science

(including subseries Lecture Notes in

Artificial Intelligence and Lecture

Notes in Bioinformatics)

4Multicriteria decision model to support building

maintenance planning

Cavalcante, C.A.V.,

Alencar, M.H.2012

11th International Probabilistic Safety

Assessment and Management

Conference and the Annual European

Safety and Reliability Conference 2012

5

Multicriteria Maintenance Planning for

Disconnectors in Extra High Voltage Transmission

Systems

Fleckenstein, Marco;

Balzer, Gerd2012

Conferência: International Conference

and Exposition on Electrical and Power

Engineering (EPE) 

6Multicriteria Planning for Distributed Wind

Generation Under Strategic Maintenance

 Jin, Tongdan; Tian, Yu;

Zhang, Cai Wen; et al.2013

IEEE TRANSACTIONS ON POWER

DELIVERY

7Selection of inspection intervals based on multi-

attribute utility theory

Ferreira, R.J.P., De

Almeida, A.T.,

Cavalcante, C.A.V.

2013

Lecture Notes in Computer Science

(including subseries Lecture Notes in

Artificial Intelligence and Lecture

Notes in Bioinformatics)

8

Quantification of Scenarios and Stakeholders

Influencing Priorities for Risk Mitigation in

Infrastructure Systems

Thekdi, Shital A.;

Lambert, James H.2014

JOURNAL OF MANAGEMENT IN

ENGINEERING

9 Multicriteria model for maintenance benchmarking Carnero, M.C. 2014 Journal of Manufacturing Systems

10Multidimensional risk assessment of underground

electricity distribution systems based on MAUT

Garcez, T.V., De

Almeida, A.T.2014

Safety, Reliability and Risk Analysis:

Beyond the Horizon - Proceedings of

the European Safety and Reliability

Conference

11A fuzzy analytic network process model to mitigate

the risks associated with offshore wind farmsShafiee, Mahmood 2015 EXPERT SYSTEMS WITH APPLICATIONS

12

Multi-objective transmission reinforcement

planning approach for analysing

future energyscenarios in the Great Britain

network

Barnacle, Malcolm;

Galloway, Stuart; Elders,

Ian; et al.

2015IET GENERATION TRANSMISSION &

DISTRIBUTION

13A review of the use of multicriteria and multi-

objective models in maintenance and reliability

Almeida, A.T., Ferreira,

R.J.P., Cavalcante, C.A.V.2015

IMA Journal of Management

Mathematics

14Fuzzy TOPSIS method for ranking

renewable energy supply systems in Turkey

Sengul, Umran; Eren,

Mirac; Shiraz, Seyedhadi

Eslamian; et al.

2015 RENEWABLE ENERGY

Artigos da base Scopus e ISI Web of Science

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85

Após a seleção dos artigos nas bases Scopus e ISI Web of Science foi

realizada a análise na base SciELO onde não foram encontrados artigos em

duplicidade. A análise também tomou como base os quatro tipos de leitura: a

leitura exploratória, seletiva, analítica e interpretativa.

A partir da apreciação dos títulos e resumos dos 14 artigos, foram

selecionados 5 artigos, considerados relevantes e aderentes ao estudo em

questão. Assim como na análise das bases Scopus e Web of Science, os demais

artigos foram desconsiderados em função da falta de aderência à pesquisa.

O Quadro 32 ilustra a relação e dados dos 5 artigos que foram

selecionados tendo em vista as questões problemas e os objetivos específicos

da pesquisa.

Quadro 32 – Lista de artigos selecionados para o núcleo de partida da base SciELO

Após a busca nas bases escolhidas utilizando as palavras-chave obteve-

se um levantamento quantitativo e qualitativo por meio da análise e seleção dos

artigos aderentes ao tema pesquisado para compor o “núcleo de partida”.

A seleção para o “núcleo de partida” contempla os artigos mais relevantes,

a identificação dos primeiros e últimos autores a escreverem sobre o tema e a

identificação dos textos mais relevantes em cada “ciclo de maior produção”.

Seguem os dados referentes ao “núcleo de partida”.

O Quadro 33 ilustra o total de 19 artigos selecionados para compor o

“núcleo de partida” da pesquisa, 14 registros das bases Scopus e ISI Web of

Autores Ano de

publicação Periódico

1

Definición de los Requerimientos de Información y

Funciones para la Gestión de Mantenimiento

Mediante un Proceso de Análisis Constructivo

Fernando F,

Espinosa; Gonzalo E,

Salinas.

2005 Información tecnológica

2

Modelo multicritério de apoio a decisão para o

planejamento de manutenção preventiva

utilizando PROMETHEE II em situações de incerteza

Cristiano Alexandre

Virgínio,

Cavalcante; Adiel

Teixeira de, Almeida.

2005 Pesquisa Operacional

3

Modelagem multicritério para seleção de

intervalos de manutenção preventiva baseada na

teoria da utilidade multiatributo 

Adiel Teixeira de,

Almeida.2005 Pesquisa Operacional

4The Efficiency of Preventive Maintenance Planning

and the Multicriteria Methods: A Case Study

Edgar, Sevilla

Juárez; Carlos Enrique,

Escobar Toledo.

2008 Computación y Sistemas

5Group decision making applied to preventive

maintenance systems

José Luis, Zanazzi; Luiz

Flávio Autran Monteiro,

Gomes; Magdalena,

Dimitroff.

2014 Pesquisa Operacional

Artigos da base Scielo

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86

Science e 5 da base SciELO, assim como, os autores, o ano de publicação, do

mais antigo para o mais recente, e os periódicos em que foram publicados.

Quadro 33 – Lista de artigos selecionados para compor o “núcleo de partida” da pesquisa

Autores Ano de

publicação Periódico

1

Definición de los Requerimientos de

Información y Funciones para la Gestión de

Mantenimiento Mediante un Proceso de

Fernando F, Espinosa; Gonzalo E,

Salinas.2005 Información tecnológica

2

Modelagem multicritério para seleção de

intervalos de manutenção preventiva

baseada na teoria da utilidade multiatributo 

Adiel Teixeira de, Almeida. 2005 Pesquisa Operacional

3

Modelo multicritério de apoio a decisão para

o planejamento de manutenção preventiva

utilizando PROMETHEE II em situações de

incerteza

Cristiano Alexandre Virgínio,

Cavalcante; Adiel Teixeira de,

Almeida.

2005 Pesquisa Operacional

4

The Efficiency of Preventive Maintenance

Planning and the Multicriteria Methods: A

Case Study

Edgar, Sevilla Juárez; Carlos

Enrique, Escobar Toledo.2008 Computación y Sistemas

5

Multicriteria analysis of the consequences

established by the RCM (Reliability Centered

Maintenance) methodology: A case study.

Alencar, M.H., De Almeida, A.T. 2010Reliability, Risk and Safety: Back to the

Future

6Multicriteria approaches for maintenance

policies selection

Ferreira, R.J.P., Cavalcante,

C.A.V., Almeida, A.T.2010

Reliability, Risk and Safety: Back to the

Future

7

Applying a multicriteria decision model so as

to analyse the consequences of failures

observed in RCM methodology

Alencar, M.H., Almeida, A.T. 2011

Lecture Notes in Computer Science

(including subseries Lecture Notes in

Artificial Intelligence and Lecture

Notes in Bioinformatics)

8Multicriteria decision model to support

building maintenance planningCavalcante, C.A.V., Alencar, M.H. 2012

11th International Probabilistic Safety

Assessment and Management

Conference and the Annual European

Safety and Reliability Conference 2012

9

Multicriteria Maintenance Planning for

Disconnectors in Extra High Voltage

Transmission Systems

Fleckenstein, Marco; Balzer, Gerd 2012

 International Conference and

Exposition on Electrical and Power

Engineering (EPE) 

10Multicriteria Planning for Distributed Wind

Generation Under Strategic Maintenance

 Jin, Tongdan; Tian, Yu; Zhang, Cai

Wen; et al.2013

IEEE TRANSACTIONS ON POWER

DELIVERY

Artigos selecionados para o núcleo de partida

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87

O Quadro 34 ilustra a identificação dos periódicos, o número de artigos

selecionados por periódicos para o “núcleo de partida” e o critério CAPES Qualis

de Engenharias I, II, III e IV, Interdisciplinar e Matemática Probabilidade e

Estatística.

Autores Ano de

publicação Periódico

11Selection of inspection intervals based on

multi-attribute utility theory

Ferreira, R.J.P., De Almeida, A.T.,

Cavalcante, C.A.V.2013

Lecture Notes in Computer Science

(including subseries Lecture Notes in

Artificial Intelligence and Lecture

Notes in Bioinformatics)

12Group decision making applied to preventive

maintenance systems

José Luis, Zanazzi; Luiz Flávio

Autran Monteiro,

Gomes; Magdalena, Dimitroff.

2014 Pesquisa Operacional

13Multicriteria model for maintenance

benchmarkingCarnero, M.C. 2014 Journal of Manufacturing Systems

14

Multidimensional risk assessment of

underground electricity distribution systems

based on MAUT

Garcez, T.V., De Almeida, A.T. 2014

Safety, Reliability and Risk Analysis:

Beyond the Horizon - Proceedings of

the European Safety and Reliability

Conference

15

Quantification of Scenarios and Stakeholders

Influencing Priorities for Risk Mitigation in

Infrastructure Systems

Thekdi, Shital A.; Lambert, James

H.2014

JOURNAL OF MANAGEMENT IN

ENGINEERING

16A review of the use of multicriteria and multi-

objective models in maintenance and

Almeida, A.T., Ferreira, R.J.P.,

Cavalcante, C.A.V.2015

IMA Journal of Management

Mathematics

17

Multi-objective transmission reinforcement

planning approach for analysing

future energyscenarios in the Great Britain

Barnacle, Malcolm; Galloway,

Stuart; Elders, Ian; et al.2015

IET GENERATION TRANSMISSION &

DISTRIBUTION

18Fuzzy TOPSIS method for ranking

renewable energy supply systems in Turkey

Sengul, Umran; Eren, Mirac;

Shiraz, Seyedhadi Eslamian; et al.2015 RENEWABLE ENERGY

19

A fuzzy analytic network process model to

mitigate the risks associated with offshore

wind farms

Shafiee, Mahmood 2015 EXPERT SYSTEMS WITH APPLICATIONS

Artigos selecionados para o núcleo de partida

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88

Quadro 34 – Identificação dos periódicos, o número de artigos e o critério Qualis para compor o “núcleo de partida” da pesquisa

O Quadro 35 ilustra o levantamento da cronologia e identifica o ciclo da

evolução da produção científica sobre manutenção, multicritério e energia no

“núcleo de partida”.

Os dados revelam que a partir de 2012 houve um maior número de

produção científica nesses temas. Foram publicados 63 % dos artigos do “núcleo

PeriódicoNº de

documentos

Qualis

Engenharias

I

Qualis

Engenharias

II

Qualis

Engenharias

III

Qualis

Engenharias

VI

Qualis

Interdisciplinar

Qualis

Matemática

Probabilidade e

Estatística

Información tecnológica 1 B3 B3 B4 B3

Pesquisa Operacional 3 B2 B5 B4 B3 B1 B3

Computación y Sistemas 1 B3

Reliability, Risk and Safety: Back to the

Future2

Lecture Notes in Computer Science

(including subseries Lecture Notes in

Artificial Intelligence and Lecture

Notes in Bioinformatics)

1

11th International Probabilistic Safety

Assessment and Management

Conference and the Annual European

Safety and Reliability Conference 2012

1

 International Conference and

Exposition on Electrical and Power

Engineering (EPE) 

1

IEEE TRANSACTIONS ON POWER

DELIVERY1

Lecture Notes in Computer Science

(including subseries Lecture Notes in

Artificial Intelligence and Lecture

Notes in Bioinformatics)

1 C C B1 C

Journal of Manufacturing Systems 1 B5

Safety, Reliability and Risk Analysis:

Beyond the Horizon - Proceedings of

the European Safety and Reliability

Conference

1

JOURNAL OF MANAGEMENT IN

ENGINEERING1

IMA Journal of Management

Mathematics1 B1

IET GENERATION TRANSMISSION &

DISTRIBUTION1

RENEWABLE ENERGY 1 A1 A2 A2 A1

EXPERT SYSTEMS WITH APPLICATIONS 1 B1 A2 A1 A1

TOTAL 19 3 4 6 5 5 2

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89

de partida” no período de 2012 a 2015, o que caracteriza a atualidade do assunto

em questão, considerando que a presente pesquisa se realiza entre os anos de

2015 e 2016.

Quadro 35 – Levantamento da cronologia e ciclo da produção no “núcleo de partida”

O Gráfico 06 ilustra os dados referentes à distribuição de registros de

artigos por ano de publicação. Analisando os dados, o artigo mais antigo

selecionado para o “núcleo de partida” da pesquisa, foi publicado no ano de 2005

e o mais atual foi em 2015. Percebe-se que houve um pico de produção mais

expressivo em 2014 e 2015, e que a partir de 2012 as publicações tornaram-se

mais constantes.

Gráfico 06 - Distribuição de Artigos do “Núcleo de Partida” por Ano de Publicação

Após a composição do “núcleo de partida” foram realizadas também

consultas a bancos de teses, de dissertações e bibliotecas. Dessa forma, foram

acrescentados aos artigos, alguns livros, teses, dissertações, documentos

Ano de

publicação

Número de

documentos

2005 3 16%

2008 1 5%

2010 2 11%

2011 1 5%

2012 2 11%

2013 2 11%

2014 4 21%

2015 4 21%

TOTAL 19 100% 100%

63%

37%

% do total de

documentos

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90

eletrônicos, artigos de encontros científicos, além de outros artigos relevantes ao

tema da pesquisa.

A distribuição das referências por tipo de fonte (quantidade e instituição)

e por ano de publicação pode ser observada nos quadros 36, 37 e 38

respectivamente:

Quadro 36 - Quantidade de referências por tipo de fonte

Quadro 37 - Quantidade de referências por tipo de fonte e instituição de pesquisa

Tipo de fonte Nº de referências % em relação ao total

Artigos científicos 41 75%

Artigos de encontros científicos 3 5%

Documentos eletrônicos 2 4%

Livros 2 4%

Teses e dissertações 7 13%

Total 55 100%

Tipo de fonte IEEE UNICAMP USP UFF UFRJNº de

referências

% relação

ao total

Artigos científicos 17 22 3 2 44 80%

Artigos de encontros científicos 3 3 5%

Documentos eletrônicos 2 2 4%

Livros 2 2 4%

Teses e dissertações 2 1 1 4 7%

Total 17 31 3 3 1 55 100%

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91

Quadro 38 – Número de referências por ano de publicação

Ano de

publicaçãoIEEE UNICAMP USP UFF UFRJ

Nº de

referências

1993 1 1 2%

1999 1 1 2%

2003 1 3 4 7%

2004 1 1 2 4%

2005 1 1 2%

2007 3 3 1 7 13%

2008 1 4 5 9%

2009 1 1 2 4%

2010 1 2 1 4 7%

2011 1 1 1 3 5%

2012 2 6 1 9 16%

2013 3 3 6 11%

2014 2 3 1 6 11%

2015 1 3 4 7%

Total 17 31 3 1 3 55 100% 100%

33%

51%

13%

4%

% em relação ao total