Upload
internet
View
111
Download
7
Embed Size (px)
Citation preview
Factores que afectam a fertilidade em Factores que afectam a fertilidade em bovinos bovinos
moreira da silvamoreira da silva
20142014
7ª Ed. JORNADAS AGRÍCOLASda Praia da Vitória
INTRODUÇÃO
A reprodução animal é sem dúvida um dos A reprodução animal é sem dúvida um dos parâmetros de maior importância para o sucesso parâmetros de maior importância para o sucesso da produção animal em geral. Desta forma para da produção animal em geral. Desta forma para uma maior eficiência, utilizam-se cada vez mais, uma maior eficiência, utilizam-se cada vez mais, técnicas que visam a optimização do técnicas que visam a optimização do desempenho produtivo e reprodutivo dos animais desempenho produtivo e reprodutivo dos animais a fim de se potencializar ao máximo o aspecto a fim de se potencializar ao máximo o aspecto económico das explorações. Infelizmente quanto económico das explorações. Infelizmente quanto mais se investe na produção, menor é o mais se investe na produção, menor é o desempenho reprodutivo dos animais.desempenho reprodutivo dos animais.
Sistema Produção ----- Equilíbrio
Sanidade
ProduçãoReprodução
Causas da infertilidade em bovinos
Causa
Alimentar 67,16 %
Sanitária 21,13 %
Outras 11,71 %
Factores que afectam a fertilidade:
• Ambiente e Maneio:– Estação do ano; Região; Idade; Produção de leite …
– Detecção do cio …. Sincronização de cios
– Tempo em que a vaca está seca e facilidade de parto, retenção da placenta …
• Fertilidade do Touro• Genes da Vaca• Interacção entre os genes da vaca e do touro
– Consanguinidade
Bem estar animal
Proporcionar aos animais:
• Condições livre de fome, sede e desnutrição
• Conforto e abrigo
• Prevenção, ou diagnóstico rápido e tratamento de doenças
• Livre de stress
Nutrição: Não fazer alterações bruscas na alimentação
Períodos mais importantes:
- últimos dois meses antes do parto- início da lactação
• Nas últimas semanas de gestação verifica-se um declínio na capacidade de ingestão de matéria seca, o que resulta num baixo consumo de vitaminas e minerais, tornado os animais ainda mais sujeitos à imunossupressão que caracteriza o periparto.
• Vários estudos verificaram que o balanço energético nas três primeiras semanas após o parto está altamente correlacionado com o intervalo de tempo entre o parto e a primeira ovulação.
• Num trabalho em que se avaliou a influência da
administração de minerais*, sob a forma de bolos
ruminais, nas performances reprodutivas de novilhas,
observou-se que a adminitração de minerais teve
influência
- No tempo de anestro pós-parto
- Na qualidade do corpo lúteo
- Na manifestação dos cios após o parto
• Selénio; Iodo; Zinco; Cobre
Importância dos oligoelementos nos Açores
• Exploração de animais de elevado potencial genético
•Solos de origem vulcânica - Possuem carências especificas em:
Selénio
Iodo
Zinco
Cobre• Condições de pastoreio das novilhas
- Em pastagens pouco férteis- Sem suplementação
Percentagem acumulada de vacas que entraram em cio nas primeiras onze semanas após o parto.
Passadas 5 semanas do parto tinham entrado em cio:- 70 % dos animais do grupo experimental- 33 % dos animais do grupo controlo
Passadas 11 semanas do parto tinham entrado em cio:- 80 % dos animais do grupo experimental- 50 % dos animais do grupo controlo
Condição corporal recomendada para bovinos leiteiros
AnimalCondição corporal
desejávelVariação na condição
corporal
Vacas Parto 3,5 3,0 a 4,0
Pico de Lactação 2,5 2,0 a 2,5
Meio da Lactação 3,0 3,0 a 3,5
Fim da Lactação 3,5 3,0 a 3,5
Novilhas 6 meses de idade 3,0 2,5 a 3,0
Época do cruzamento
3,0 2,0 a 3,0
Parto 3,5 3,0 a 4,0
Problemas no pós-parto
MetriteMetrite: : Inflamação de todas as camadas da parede uterina que pode surgir poucos dias após
o parto.
• Corrimento uterino apresenta um cheiro fétido, é muito líquido e possui uma coloração
avermelhada;
• Associado à inércia uterina, retenção da placenta e partos distócicos (difíceis) com tracção
forçada;
Problemas no pós-parto
Metrite:
Animal pode ter febre, falta de apetite e diarreia;
À palpação o útero encontra-se quebradiço;
Massagem uterina causa a expulsão de um corrimento uterino amarelo-avermelhado
purulento;
Tratamento: antibióticos, anti-inflamatórios, hormonas.
Pode ter consequências na fertilidade, sendo a principal causa de infertilidade
Problemas no pós-parto
Piómetra: acumulação progressiva de pus no interior do útero e pela
persistência de um corpo lúteo funcional.
Pode ser confundida com gestação;
Corpo lúteo persistente;
Muitas vezes é suficiente a administração de PGF2α para resolver;
Problemas no pós-parto
• Retenção da placenta: anexos embrionários não são expulsos 8 a
12 horas após o parto.
• Muitas vezes associada a hipocalcémia incapacitando o útero de
se contrair.
• Óptimo veículo de transporte de microrganismos patogénicos
para o interior do útero.
Problemas no pós-parto
Retenção da placenta
Se não é removida nas primeiras 24 horas pós-parto, geralmente permanecem
até 7 a 10 dias depois.
Contra-indicada a remoção manual dos invólucros fetais.
Alterações do seu estado geral recorre-se remoção manual destes, sem efectuar
tracção forçada.
Problemas no pós-parto
• Prolapso com inversão do útero;
• Parte do trato reprodutivo é projectada pela vagina e ocorre algumas
horas após o parto;
• Comum em vacas pluríparas, estabuladas, partos gemelares e
relaxamento excessivo dos ligamentos pélvicos.
Problemas no pós-parto
Aderências: a incapacidade de retrair o útero é um forte sinal de
presença de aderências entre o útero e as estruturas circundantes.
Partos difíceis e metrites mal tratadas estão associadas a estas
situações.
Problemas no pós-parto
Abcessos: podem ocorrer após um parto distócico ou como sequela de
uso impróprio de uma cânula de inseminação artificial (IA).
Nos casos de lesões devido à cânula de IA, o abcesso está localizado
na área do corpo uterino e é aproximadamente do tamanho de uma
bola de golfe (2 a 6 cm de diâmetro).
Podem causar desconforto para o animal durante a palpação. É comum
a existência de aderências desde o abcesso a outras partes do útero.
Problemas Sanitários
Doenças infecciosas
Brucella abortus
- aborto com 6 ou mais meses. - placenta com edema e necrose dos cotilédones
- soro - leite - placenta - feto (estômago)
Leptospira pomona e L. hardjo
- aborto com ou sem febre - aborto com 5 ou mais meses - placenta sem vascularização
- feto - urina - soro
Vírus IBR
- Aborto na segunda metade da gestação - autólise do feto - sintomas respiratórios ou conjuntivite até 3 meses antes do aborto
- placenta - feto - soro
Vírus BVD
- aborto no meio da gestação - retorno do cio - bezerros com defeitos congênitos
- feto - soro
Tricbomonas
foetus
- aborto com 2 a 4 meses - piometra - infertilidade: retorno do cio após 4 a 5 meses
- estômago do feto - exsudato uterino - muco cervical
Campylobacter
foetus
- taxa de aborto baixa - aborto com 4 a 6 meses - invertilidade temporaria: diestro irregular
- estômago do feto - placenta - exsudato uterino - muco cervical
BRUCELOSEBRUCELOSE
Brucella abortus
TRANSMISSÃO
Infecção natural ocorre por ingestão da bactéria;
Ingestão de comida ou água contaminada ou contacto com os genitais de
outro animal;
Brucella é espalhada através de fetos abortados, membranas fetais e
descargas uterinas.22
TRANSMISSÃO
As vesículas seminais, ampola, testículos e epidídimo podem ser
contaminados no touro;
Sémen contaminado;
Entrada através das membranas mucosas, ocular, feridas ou mesmo
pele intacta;
Sobrevive em ambientes frios por mais de 2 meses;
Exposição directa ao sol mata a brucella em algumas horas;23
BRUCELOSE
Desenvolvimento da doença
• Infecção das vias superiores (conjuntiva ocular, nasal, bucal);
• Infecção por ingestão e pela via sexual;
• Multiplicação nos linfonodos;
• Disseminação por via sanguínea:
Útero
Úbere
Testículos
Epidídimo
Articulações24
BRUCELOSE reservatórios e transmissão
Bovinos
PARTO ou ABORTO de fêmea infectada
Sobrevivência no meio:
Feto abortado (à sombra) – + 2 meses
Estrumes líquidos armazenados em tanque – 8 meses
Fezes – 3 a 4 meses
Solo húmido – 3 meses
Solo seco – 2 meses
SENSÍVEL
- Luz do sol
- Desinfectantes
- Pasteurização
25
BRUCELOSE
Sinais Clínicos:
ABORTO;
Bezerros fracos ou nascidos antes do tempo;
Retenção Placenta;
Diminuição produção leiteira;
Estado geral normal se não houver complicações do aborto
26
BRUCELOSE
Controlo
Não existe tratamento eficaz;
Erradicação passa pela testagem e eliminação dos
animais positivos;
Explorações livres devem ser mantidas assim, devendo
ter cuidado com a introdução de novos animais;
27
BRUCELOSE
Controlo
Vacinação do vitelo com a vacina RB51 aumenta a
resistência à infecção.
A utilização da vacina originou polémica porque a
resistência pode não ser completa.
No geral, a vacinação tem tido sucesso
28
BRUCELOSE
• Programa de Erradicação da Brucelose
– O Plano de Erradicação da Brucelose para os Açores foi englobado no
Plano de Erradicação da Brucelose Nacional e aprovado pela Decisão da
Comissão 2005/723/CE de 14 de Outubro.
29
LEPTOSPIROSE
A leptospirose é uma zoonose (transmite-se ao Homem), doença ou infecção naturalmente transmissível entre animais vertebrados e o homem, amplamente difundida e caracterizada como doença febril aguda, causada por microrganismos do género Leptospira. As suas manifestações clínicas são muito variadas, tais como febre alta, fortes cefaléias (dores de cabeça), calafrios, dores musculares, vómitos, icterícia (cor amarelada da pele), olhos congestionados, dor abdominal, diarreia, o que se pode confundir com os sintomas de gripe. Nos Bovinos a forma mais fácil de identificação é a urina avermelhada.
A Leptospira no ambiente pode sobreviver durante meses (dependendo das condições).
DEFINIÇÃO
SINTOMAS NOS BOVINOSSINTOMAS NOS BOVINOS
Assintomáticos;
Hemoglobinúria (sangue na urina)Hemoglobinúria (sangue na urina)
AnorexiaAnorexia
FebreFebre
Diarréia Diarréia
IcteríciaIcterícia
Falência renal;
Infertilidade;
Aborto e morte;
Problemas reprodutivosProblemas reprodutivos
Morte de animaisMorte de animais
Redução produção de carne e leiteRedução produção de carne e leite
Prejuízos económicosPrejuízos económicos
PRODUÇÃO ANIMALPRODUÇÃO ANIMAL
SAÚDE PÚBLICASAÚDE PÚBLICA
LEPTOSPIROSE
Consequências na Reprodução
• Os bezerros muitas vezes são encontrados mortos. Quando vivos,
apresentam profunda depressão, febre alta, anemia, urina com cor
acastanhada, icterícia, morte em período de 5-12 horas, podendo estender-
se até ÀS 24 horas
34
Fatores condicionantesFatores condicionantes
Densidade populacionalDensidade populacional
Diferentes espécies animaisDiferentes espécies animais
Contacto com regiões alagadas ou lagoasContacto com regiões alagadas ou lagoas
Fatores condicionantesFatores condicionantes
Contacto com roedoresContacto com roedores
Condições climáticasCondições climáticas
Clima quenteClima quente
Alta humidadeAlta humidade
pH da água e do solo próximo de 7,0pH da água e do solo próximo de 7,0
SazonalidadeSazonalidade
Fontes de infecçãoFontes de infecção
Animais domésticosAnimais domésticos
BovinosBovinos
SuínosSuínos
EquinosEquinos
OvinosOvinos
CaprinosCaprinos
CanídeosCanídeos
Vias de eliminaçãoVias de eliminação
UrinaUrina
SémenSémen
Libertação de fluidos após o abortoLibertação de fluidos após o aborto
Fetos abortadosFetos abortados
PlacentaPlacenta
SalivaSaliva
LeiteLeite
Lesões na PeleLesões na Pele
Pele íntegraPele íntegra
MucosasMucosas
OlhosOlhos
OralOral
NasalNasal
GenitalGenital
Portas de entradaPortas de entrada
TransmissãoTransmissão
Contato directoContato directo
Contato com animais infectadosContato com animais infectados
Via genitalVia genital
Via intra-uterinaVia intra-uterina
Contato indiretoContato indireto
Alimentos, água, solo contaminadosAlimentos, água, solo contaminados
Inseminação artificialInseminação artificial
SINAIS CLÍNICOSSINAIS CLÍNICOS
Aborto: 5 e 6 meses de gestaçãoAborto: 5 e 6 meses de gestação
Medidas aplicadas aos suscetíveisMedidas aplicadas aos suscetíveis
VacinaçãoVacinação
BovinosBovinos
11aa dose: 4 a 6 meses dose: 4 a 6 meses
Reforço: após 30 diasReforço: após 30 dias
Revacinações anuaisRevacinações anuais
A IBR/IPV é uma enfermidade infecciosa de origem viral, causada pelo herpesvírus bovino tipo 1 (BoHV-1).É caracterizada por temperatura elevada, excessiva descarga nasal, conjuntivite e descarga ocular, narinas inflamadas (“nariz vermelho”), aumento dos movimentos respiratórios, tosse, perda de apetite e depressão.
Herpes Vírus Bovino (IBR)
Herpes Vírus Bovino (IBR)
Causa doença respiratória, aborto, conjuntivite
Transmissão:
Tracto respiratório, ocular, secreções reprodutivas e tecidos fetais.
A infecção por aerossol é o método de disseminação da doença
respiratória e a transmissão venérea é o modo de transmissão das
doenças genitais
O vírus pode sobreviver no sémen congelado a -196ºC
43
Herpes Vírus Bovino (IBR)
• Consequências na reprodução
• Depois de infectar o animal, o vírus pode deslocar-se
até à placenta e ser transferido ao feto, causando
aborto.
• O feto é altamente susceptível ao vírus
44
Herpes Vírus Bovino (IBR)
Consequências na reprodução
A infecção no último trimestre de gestação pode
resultar em mumificação, aborto, nadomorto, ou vitelos
fracos com lesões de rinotraqueíte infecciosa bovina
Diagnóstico: Enviar placenta, feto e soro para o
laboratório
45
BVD
Diarreia Viral Bovina – Doença das mucosas é um sindrome infecto-contagioso dos sistemas digestivos e reprodutivo dos ruminantes que leva à diarreia, abaixamento dos índices reprodutivos nomeadamente repetições de cio, abortos e malformações fetais, síndrome hemorrágico e nascimento de bezerros fracos causadas por um vírus do género pestivirus.
Vírus da Diarreia Viral Bovina (BVD)
Consequências na reprodução:
As infecções no primeiro trimestre podem causar infertilidade, morte embrionária,
reabsorção fetal, mumificação ou aborto
Infecções entre os 2 e 4 meses podem resultar em vitelo fracos
Infecções fetais após os 4 meses, normalmente resultam em aborto ou anomalias
congénitas.
47
BVD
Período de incubação: 5 - 7 diasFebreDiarreiaUlceras nas mucosas nasaisAbaixamento na produção
de Leite
Actualmente 60 a 90% dos bovinos a nível mundial são seropositivos.
70 – 90 % das infecções são clinicamente inaparentes
O primeiro Registo foi nos Estados Unidos da América em 1974.
Prevenção e controlo
Vacinação
Vacas grávidas e Bezerros com 6 meses de idade
Revacinação Anual com dose única
Eliminação dos animais com infecções permanentes sem resposta à Vacinação.
VACINAS CONTRA IBR E BVD
Triangle®4+Ph-K: O uso desta vacina permite a
imunidade activa dos bovinos contra o vírus da
IBR, da BVD.
Utilizada em vitelos, aos 6 meses de idade50
Neospora Caninum
O Neospora caninum é um protozoário que apresenta uma variedade de
hospedeiros incluindo espécies pecuárias como os bovinos;
Associado ao aborto;
Pensa-se que deve existir um hospedeiro definitivo carnívoro. No entanto, ele é
desconhecido;
O parasita pode manter-se na exploração como infecção crónica, a qual pode ser
passada para o feto durante a gestação.
51
Neospora Caninum
52
Neospora Caninum
Consequências na Reprodução
Não existem sinais clínicos em vacas que abortam
Abortos no segundo trimestre da gestação.
Ainda há muito por se descobrir acerca deste parasita e
não se sabe se este protozoário provoca problemas
reprodutivos durante o primeiro trimestre de gestação.
53
Medidas de controlo
Até ao momento desconhece-se qualquer método de controlo da infecção nos ainda
desconhecidos hospedeiros definitivos.
Evitar a possível contaminação fecal do alimento de bovinos por placentas, fetos
abortados.
Os cães não devem comer as placentas e restos de aborto. Devem estar
desparasitados.
Os vitelos mortos devem ser imediatamente removidos e eliminados
Devem proteger-se as fontes de comida e água da possível contaminação por fezes
do carnívoro. 54
Parasitas externos (ectoparasitas) - Carraças:
• Mais de 75% do efectivo bovino mundial está em zonas endémicas de carraças.
Sintomas:
• Perdas de leite e carne em bovinos devido a perdas de sangue, irritação local e
stress;
• Lesões da pele, que funcionam como porta de entrada para outros micorganismos.
55
Tratamento:
• Estão disponíveis vários princípios activos
contra carraças em várias formas de
aplicação: banhos de imersão, aerossóis ou
pulverizações.
56
Parasitas externos (ectoparasitas) - Moscas:
• Mosca doméstica (Musca domestica) e a mosca dos estábulos (Stomoxys
calcitrans).
• Stress;
• Vectores de muitas doenças e agentes patogénicos animais e humanos, como sejam
a brucelose, a tuberculose, a queratoconjuntivite, mamites, Streptococcus spp.,
Staphylococcus spp., Salmonela spp., Shigela spp., E.coli, protozoários, fungos,
entre outros.57
• Grande parte dos ácaros vivem em contato íntimo com seu hospedeiro, desta
forma sua propagação se dá por contagio direto, contato físico.
• A associação hospedeiro-parasita pode ser:
• Permanente - Ex: ácaros da sarna (Psoroptidae e Sarcoptidae)
• Intermitente – Ex. ácaros hematófagos dermanissídeos
Parasitas externos – Ácaros
AG-ICB-USP
58
• O ciclo biológico básico possui 4 estágios: ovo, larva hexápoda, ninfa octópoda e adulto.
• Em muitos casos, há vários estágios ninfais antes de se tornar adulto.
• A expectativa de vida geralmente é curta, cerca de 30 dias. A maturidade é atingida em 7 dias.
Ácaros – ciclo de vida
AG-ICB-USP
Parasitas internos (endoparasitas)
• Céstodos ou ténias;
• Coccidiose;
• Nemátodos;
60
Patologias Podais em BovinosPatologias Podais em Bovinos
O que são e como resolver
61
Afecções Primárias
Dermatite Digital
Dermatite Interdigital
Inflamação Interdigital
Laminite62
Limpeza da(s) ferida(s)
Correcção do casco
Aplicação de desinfectante
Aplicação de antibiótico em spray
Administração de antibiótico injectável
Como resolver
63
Inflamação Interdigital
Inflamação profunda da pele do espaço interdigital Aparece principalmente em animais em pastoreio
e em animais estabulados com camas de palha Provocado por bactérias e traumatismos. Início com coxeira ligeira, com aparecimento de
inflamação da coroa, dos talões e quartela, com posterior afastamento dos dedos.
Tratamento: administração de antibióticos, corte curativo e limpeza geral do casco.
Laminite Doença metabólica que origina deformações no casco,
caracterizadas por crescimento anormal do mesmo.
Principal causa é a alimentação: quando rica em hidratos de carbono (grãos) e pobre em fibra (antigamente chamava-se a doença da cevada).
Tratamento: evitar excesso de concentrados/cereais e evitar alterações alimentares perto do parto
Quando o animal ingere uma quantidade excessiva de grãos, há um aumento da produção de ácidos láctico no trato digestivo, havendo destruição de um número elevado de bactérias e consequente liberação das suas toxinas. A acidose ruminal resulta em uma lesão da mucosa do rúmen, causando acidose sistémica, que leva à vasoconstrição periférica, com diminuição do fluxo sanguíneo não casco.
Como prevenir?
NutriçãoCorte funcionalPedilúvio
Pedilúvio
Medida complementar de prevenção de patologias podais
Mais usuais:FormolSulfato de CobreSulfato de Zinco
Animais com problemas sanitários predispõe os animais ao aparecimento de outras enfermidades
novilha com papilomatose(verminoses? coccidioses?
hemoparasitoses?)
OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO
Novilha com sangue entre a pele