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Faculdade de Ciências e Letras, UNESP – Campus de Araraquara Curso de especialização em Governança Pública e novos arranjos de Gestão Ocorrências do Poder Público Jardim das Hortênsias Aldo Benedito Pierri Alexandre Carlos Andrade Silva Kélida Renata Bueno de Souza Rosali Ap. Quessada Rodrigues Orientadora: Prof.º Dra. Silvia Aparecida Guarnieri Ortigoza Araraquara 2008

Faculdade de Ciências e Letras , UNESP – Campus de Araraquara · Orientadora: Prof.º Dra. Silvia Aparecida Guarnieri Ortigoza Araraquara 2008. Aldo Benedito Pierri Alexandre Carlos

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Faculdade de Ciências e Letras, UNESP – Campus de Araraquara

Curso de especialização em Governança Pública e novos arranjos de Gestão

Ocorrências do Poder Público

Jardim das Hortênsias

Aldo Benedito Pierri

Alexandre Carlos Andrade Silva

Kélida Renata Bueno de Souza

Rosali Ap. Quessada Rodrigues

Orientadora: Prof.º Dra.

Silvia Aparecida Guarnieri Ortigoza

Araraquara

2008

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Aldo Benedito Pierri

Alexandre Carlos Andrade Silva

Kélida Renata Bueno de Souza

Rosali Ap. Quessada Rodrigues

Ocorrências do Poder Público

Jardim das Hortênsias

Trabalho apresentado no curso de pós-

graduação da UNESP – Campus de

Araraquara como requisito parcial para a

obtenção do título de Especialista “Lato

Sensu” em Desenvolvimento sócio-espacial

e dinâmica urbana do Curso de

Especialização em Governança Pública e

Novos Arranjos de Gestão, sob a orientação

do Prof.º Dra.Silvia Aparecida Guarnieri

Ortigoza .

Araraquara

2008

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Ocorrências do Poder Público

Jardim das Hortênsias

Aldo Benedito Pierri

Alexandre Carlos Andrade Silva

Kélida Renata Bueno de Souza

Rosali Ap. Quessada Rodrigues

Aprovada em ____/____/_____.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________

Nome Completo (orientador)

Titulação

Instituição

_________________________________________________

Nome Completo

Titulação

Instituição

_________________________________________________

Nome Completo titulação

Instituição

CONCEITO FINAL: _____________________

1

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Agradecimentos

Agradecemos a professora e

orientadora Dra. Silvia Aparecida Guarnieri

Ortigoza, pelo apoio e encorajamento contínuos na

pesquisa, aos demais Mestres da casa, pelos

conhecimentos transmitidos, e à Coordenadora Dra.

Darlene Aparecida de Oliveira Ferreira em nome da

Diretoria do curso de pós-graduação da Unesp –

Campus de Araraquara_ pelo apoio institucional e

pelas facilidades oferecidas. Nesta oportunidade

2

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“A cidade é fruto do trabalho coletivo de uma sociedade.

Nela está materializada a história de um povo, suas

relações sociais, políticas , econômicas e religiosas. “

Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano

da Presidência da República

3

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..............................................................................................................07

CAPÍTULO I - O ESTATUTO DA CIDADE ..............................................................07

1.1. Regulamentação ..........................................................................................07

1.2. Urbanização .................................................................................................08

1.3. Planejamento Urbano e Gestão ....................................................................09

1.4. Competências Constitucionais sobre a política Urbana ..............................10

CAPÍTULO II – OS INSTRUMENTOS NO ESTATUTO DA CIDADE ....................11

2.1. Diretrizes Gerais ..........................................................................................11

2.2. Concepção de cidade e planejamento municipal contida no estatuto da

Cidade ...........................................................................................................11

2.3. A Articulação da política urbana municipal: O Plano Diretor ....................11

2.3.1. Plano Diretor – Comentários Urbanísticos ..............................................12

2.3.1.1. Concepção Tradicional .........................................................................12

2.3.1.2. Concepção de Plano Diretor contida no Estatuto da Cidade ................12

2.3.1.3. Como implementar o Plano Diretor ......................................................13

2.3.1.4. Conteúdo do Macrozoneamento ............................................................13

2.3.2. Plano Diretor – Comentários jurídicos e administrativos .........................13

2.3.2.1. Significado e finalidade .........................................................................13

2.3.2.1.1. Plano Diretor - Instrumento Constitucional de Regulação da

Propriedade Urbana .........................................................................14

2.3.2.1.2. Princípios e Diretrizes da Política Urbana Norteadora do Plano Diretor

.........................................................................................................................................14

CAPÍTULO III – O PLANO DIRETOR – DESENVOLVIMENTO E POLÍTICA URBANA

E AMBIENTAL DE ARARAQUARA .........................................................................14

3.1. Lei Complementar nº 350 ...........................................................................14

CAPÍTULO IV – CAPÍTULO IV – JARDIM DAS HORTÊNSIAS.............................15

4.1. Localização...................................................................................................15

4.2. Serviços Básicos ..........................................................................................18

4.3. Ocorrências do Poder Público – Estratégias de Qualidade de Vida Urbana18

4

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4.3.1 Programa de saúde da família ...................................................................19

4.3.2 Projetos ......................................................................................................19

4.3.2.1 Jovem cidadão ........................................................................................19

4.3.2.2 Frentes de cidadania. ..............................................................................19

4.3.3 Educação. ..................................................................................................19

4.3.3.1 Educação infantil. ..................................................................................19

4.3.3.2 Educação fundamental e complementar. ...............................................19

4.3.3.3 MOVA ...................................................................................................20

4.3.3.4 Portal do saber .......................................................................................20

4.3.4 Esporte e lazer. ..........................................................................................20

4.3.4.1 Escolinhas de esportes ............................................................................20

4.3.5 Secretaria de assistência social. .................................................................20

4.3.5.1 Projeto – AABB .....................................................................................20

4.3.5.2 Apoio e Valorização Familiar. ................................................................21

4.4 ONGS. .........................................................................................................21

4.5 Obras .............................................................................................................21

4.5.1 Executadas .................................................................................................21

4.5.2 Em execução ..............................................................................................21

4.5.3 Projetadas ...................................................................................................21

4.5.3.1 Habitação ................................................................................................21

4.5.3.2 Pavimentação ..........................................................................................21

CONCLUSÃO ..............................................................................................................22

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA ...............................................................................22

ANEXOS ......................................................................................................................23

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RESUMO

O “Direito à cidade“ foi um conceito criado em 1968 pelo filósofo Francês

Henri Lefebvre, significando o conjunto de exigências legítimas para condições

satisfatórias dignas e seguras nas cidades, quer para os indivíduos, quer para os grupos

sociais.

Neste trabalho pretende-se expor de forma resumida os conceitos e

diretrizes preconizados pelo Estatuto da Cidade (guia para implementação pelos

municípios e cidadãos) e o Plano Diretor do Município, e verificar segundos esses

conceitos a presença do Estado em um dos bairros periféricos do município de

Araraquara denominado Jardim das Hortênsias.

Para essa verificação utilizamo-nos do Plano Diretor Municipal, bem como

de informações coletadas junto a funcionários de órgãos que prestam serviços no bairro

e verificação “in loco” das condições existentes.

Acreditamos que de certa forma, como conclusão do trabalho que a

Urbanização pode ser considerada, hoje uma esperança a médio e longo prazo para a

redução da pobreza, humanização e promoção da sustentabilidade.

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INTRODUÇÃO

De acordo com os princípios diretrizes e objetivos definidos na 1ª

conferência das cidades, todos os brasileiros têm direito à cidade, entendido como o

direito à moradia digna, a terra urbanizada, ao saneamento ambiental, ao trânsito

seguro, à mobilidade urbana, à infra-estrutura e aos serviços e equipamentos urbanos de

qualidade, além de meios de geração de renda e acesso à educação, saúde, informação,

cultura, esporte, lazer, segurança pública, trabalho e participação. A propriedade urbana

e a cidade devem cumprir sua função social, entendida como a prevalência do interesse

comum sobre o direito individual de propriedade, contemplando aspectos sociais,

ambientais, econômicos (de inclusão social) e a implantação combinada com os

instrumentos do Estatuto da Cidade. Desta forma estamos propondo-nos a pesquisar a

ocorrência do poder público no bairro denominado Jardim das Hortênsias na cidade de

Araraquara.

CAPÍTULO I - O ESTATUTO DA CIDADE

1.1 – Regulamentação

A lei n° 10.257 de 10 de julho de 2001, regulamenta os arts. 182 e 183 da

Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras

providências.

Esta Lei denominada Estatuto da Cidade, estabelece normas de ordem

pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana visando o bem

coletivo, a segurança, o bem estar dos cidadãos e o equilíbrio ambiental. As cidades

brasileiras concentram mais de 80% da população e a maior parte das atividades

econômicas em áreas urbanas e por conseqüência a maior parte dos problemas de

complexas soluções.

Em seu artigo 39, estabelece que a propriedade urbana cumpre sua função social

quando atende as exigências fundamentais constantes do seu Plano Diretor, assegurando o

atendimento dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das

atividades econômicas.

Em seu artigo 40 especifica que o Plano Diretor aprovado por Lei Municipal, é o

instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana.

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1.2 – Urbanização

A imensa e rápida urbanização pela qual passou a sociedade brasileira foi

certamente uma das principais questões sociais experimentadas no país.

A nível Mundial este ano foi que a população urbana superou 50% a

população rural, fato que já ocorreu nos meados da década de 1960 no Brasil, conforme

quadro 1 a seguir.

Quadro 1 – População total e urbana no Brasil

Ano do

Censo

População Total População Urbana Índice de

Urbanização

Índice de

crescimento

Populacional

Índice de

crescimento

Urbano

1900 17.438.434 - - - -

1920 27.500.000 4.552.000 16,55 % 43,08 % -

1940 41.326.000 10.891.000 26,35 % 33,46 % 37,19 %

1950 51.944.000 18.783.000 36,16 % 25,70 % 72,46 %

1960 70.191.000 31.956.000 45,52 % 35,13 % 70,13 %

1970 93.139.000 52.905.000 56,80 % 32,69 % 65,55 %

1980 119.099.000 82.013.000 68,86 % 27,87 % 55,02 %

1991 150.400.000 110.990.990 73,80 % 26,28 % 35,33 %

2000 169.799.170 145.800.000 85,87 % 12,90 % 31,36 %

2006 186.119.238 165.832.920 89,10 % 9,61 % 13,74 %

Fontes: Cadernos Mcidades/Des. Urbano Política Nacional de Desenvolvimento Urbano 1, Brasília,

Novembro de 2004; Ruben George Oliven, Urbanização e mudança social no Brasil, Vozes, Petrópolis,

1980, p. 69, tabela 1; IBGE, Censos de 1940-2000/ estimativa maio/2006.

De 1970 a 2006 a população urbana passou de 56,80% da população total

para aproximadamente 89% da mesma. .A urbanização vertiginosa coincidindo com o

final de um período de da expansão da economia brasileira introduziu nos meios urbanos

um novo e dramático significado, ou seja, de reproduzir de certa forma as injustiças e a

desigualdade da sociedade.

Com relação ao Município de Araraquara já na década de 1980 o município

apresentava em termos de população um valor superior a 90% comparado ao meio rural.

Sendo que no ano de 2006, já alcançava uma valor de 96% , conforme quadro 2.

Quadro – 2 População total e urbana para a cidade de Araraquara.

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Ano do

Censo

População Total População Urbana Índice de

Urbanização

Índice de

crescimento

Populacional

Índice de

crescimento

Urbano1980 127.573 118.289 93% 1991 166.103 155.850 94% 30% 32%2000 182.240 173.749 95% 10% 11%2006 195.844 187.864 96% 7% 8%

Fonte: Fundação Seade.

1.3 – Planejamento Urbano e Gestão

O planejamento, principalmente efetuado por intermédio de Planos

Diretores e de zoneamentos, geralmente estabelece uma cidade virtual, que não se

relaciona com as condições reais de produção da cidade pelo mercado, ignorando na

grande maioria das vezes que a maior parte da população tem renda muito baixa e

praticamente nenhuma capacidade de investimento no espaço construído.

O planejamento urbano geralmente define padrões de ocupação do solo

baseados na prática e lógica de investimento dos mercados de classe média e de alta

renda e destina o território urbano para estes mercados. Embora estes mercados existam

não acompanham a proporção para o qual foram inicialmente projetados e acabam

definindo para estas classes um espaço superior à demanda natural. Consequentemente

geram uma escassez acentuada de localização para o mercado de baixa renda, já que

normalmente pouco ou não o considera em suas premissas iniciais.

Desta forma cria uma tendência de uma dinâmica perversa em termos de

ponto de vista urbanístico, ou seja, com o aparecimento de “vazios” e áreas

subutilizadas nas áreas reguladas e o aparecimento de assentamentos populares em

condições de precariedade.

Entende-se desta forma dar um tratamento ao planejamento da cidade um

teor puramente ou acentuadamente técnico, ignorando às vezes os problemas de

conflitos dada a realidade das condições de rendas existentes e sua influência sobre o

mercado imobiliário de uma cidade.

1.4 – Competências Constitucionais sobre a política Urbana

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O Estatuto da Cidade dispõe, no seu artigo 3º, as competências da União

sobre a política urbana com base na repartição das competências constitucionais sobre

essa política atribuída aos entes federativos.

Art. 3º Compete à União, entre outras atribuições de interesse de política urbana:

I – legislar sobre normas gerais de direito urbanístico;

II – legislar sobre normas para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os

Municípios em relação à política urbana, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do

bem-estar em âmbito nacional;

III – promover, por iniciativa própria com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,

programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento

básico;

IV – instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico

e transportes urbanos;

V – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de

desenvolvimento econômico e social.

A constituição tornou exigência a formação do sistema de normas de direito

urbanístico, que deve ser composto pelas normas constitucionais referentes à política

urbana, lei federal de desenvolvimento urbano, o conjunto de normas sobre a política

urbana estabelecidas nas Constituições dos Estados, lei estadual de política urbana e a

legislação estadual urbanística, e o conjunto de normas municipais referentes à política

urbana estabelecidas nas Leis Orgânicas dos Municípios, no Plano Diretor e na

legislação municipal urbanística.

Com relação ao Município, a Constituição atribui a competência privativa

para legislar sobre assuntos de interesse local, suplementar a legislação federal e a

estadual no que couber, e de promover, no que couber, adequado ordenamento

territorial, mediante planejamento e controle do uso, parcelamento e da ocupação do

solo urbano.

CAPÍTULO II – OS INSTRUMENTOS NO ESTATUTO DA CIDADE

2.1 – Diretrizes Gerais

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As diretrizes gerais da política urbana estabelecidas no Estatuto da Cidade

como normas gerais de direito urbanístico são, em especial para os Municípios, as

normas balizadoras e indutoras da aplicação dos instrumentos de política urbana

regulamentados na lei.

No capítulo I – Diretrizes Gerais, o Estatuto da Cidade estabelece os

parâmetros que devem orientar a construção da política urbana, em todas as instâncias

do poder público. A seguir, mencionamos cada uma das diretrizes constantes no art. 2º

do Estatuto.

* Os parâmetros que devem orientar a construção da política urbana estão detalhados

em dezesseis incisos no seu artigo 2º.

2.2 – Concepção de cidade e planejamento municipal contida no estatuto da Cidade

As inovações contidas no Estatuto situam-se em três campos ou conjuntos de

instrumentos.

No primeiro conjunto a evidente interação entre regulação urbana e a lógica

de formação de preços no mercado imobiliário.

O segundo conjunto de instrumentos trata a regularização fundiária de áreas

ocupadas e não tituladas da cidade.

No terceiro conjunto de instrumentos, o estatuto incorpora o que existe de

mais vivo e vibrante no desenvolvimento de nossa democracia – a participação direta (e

universal) dos cidadãos nos processos decisórios.

* Por meio de orçamentos participativos com o objetivo de proporcionar a participação

popular nos momentos de tomada de decisões.

2.3 – A Articulação da política urbana municipal: O Plano Diretor

A constituição de 1988 define como obrigatórios os Planos Diretores para

cidades com população acima de 20.000 habitantes; para aqueles situados em regiões

metropolitanas ou aglomerações urbanas; em áreas de interesse turístico; ou em áreas

sob influência de empreendimentos de grande impacto ambiental. O Estatuto da Cidade

reafirma essa diretriz, estabelecendo o Plano Diretor como o instrumento básico da

política de desenvolvimento e expansão urbana(artigos 39, 40, 41 e 42).

O Plano Diretor faz parte do Planejamento Municipal devendo constar do plano

plurianual a diretrizes orçamentária e o orçamento anual incorporar as prioridades nele

contidas.

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2.3.1 – Plano Diretor – Comentários Urbanísticos

2.3.1.1 – Concepção Tradicional

No Brasil, a institucionalização do planejamento urbano nas administrações

municipais se disseminou a partir da década de 70. O instrumento que hegemoniza a

prática do planejamento nesse período é o zoneamento, que significa a divisão do

conjunto do território urbanizado (ou a ser urbanizado) em zonas diferenciadas, para as

quais são aplicados parâmetros de uso e ocupação específicos.

Passadas pelo menos três décadas de prática de elaboração de Planos

Diretores segundo o receituário tecnocrático, parece evidente a incapacidade do

planejamento urbano de produzir cidades equilibradas e de acordo com as normas então

preconizadas.

2.3.1.2 – Concepção de Plano Diretor contida no Estatuto da cidade

Os parâmetros tradicionais de planejamento passaram a ser questionados

com o aparecimento de movimentos sociais urbanos.

A concepção tradicional do Plano Diretor sugere uma separação total entre

planejamento e gestão, operando o planejamento apenas no meio técnico e a gestão no

que diz respeito à política.

O novo conceito parte do pressuposto que a cidade é produzida por uma

multiciplidade de agentes que devem ter a sua ação coordenada não apenas

teoricamente, mas a partir do conceito da cidade que imaginamos e queremos, ou seja,

que corresponda ao interesse público da cidade.

A regulação urbanística passa a ser tratada como um processo, com etapas

sucessivas, ou seja: a formulação de instrumentos urbanísticos para implementar os

objetivos e diretrizes estabelecidos pelo Plano, sua aprovação pela Câmara Municipal,

sua fiscalização e revisão periódica.

O Plano Diretor pode ser definido com um conjunto de planos e regras

orientadoras dos agentes que constroem e usam o espaço urbano.

De acordo com o Estatuto das Cidades os Planos Diretores devem contar

necessariamente com a participação da população e das entidades representativas dos

vários segmentos econômico-sociais.

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2.3.1.3 – Como implementar o Plano Diretor

Cabe ao Plano Diretor cumprir a premissa constitucional da garantia da

função social da cidade e da propriedade urbanas.

O Plano Diretor deverá explicitar de forma clara qual o objetivo da política

urbana. A partir disso, vão estabelecer o destino específico que se quer dar às diferentes

regiões do município, embasando os objetivos e as estratégias.

2.3.1.4 – Conteúdo do Macrozoneamento

O macrozoneamento estabelece um referencial para o uso e a ocupação do

solo na cidade, em concordância com as estratégias de política urbana.

A partir da definição do perímetro urbano, o macrozoneamento define,

ainda em grandes áreas de interesse de uso, as zonas onde se pretende incentivar, coibir

ou qualificar a ocupação.

O macrozoneamento é a base fundamental para definir o uso e a ocupação

do solo na cidade.

2.3.2 – PLANO DIRETOR – Comentários jurídicos e administrativos

2.3.2.1 – Significado e finalidade

2.3.2.1.1 – Plano Diretor – Instrumento Constitucional de Regulação da Propriedade

Urbana

A Constituição em seu artigo 174, considera que o Poder Público, como

agente normativo e regulador da atividade econômica, exercerá, na forma da lei, as

funções de fiscalização, incentivo e planejamento; em seu Capítulo II, Da Política

Urbana, concede ao Município a competência de estabelecer o Plano Diretor. Em razão

do disposto no artigo 182, parágrafo 2º e 4º da Constituição – transformou-se no

instrumento obrigatório para o Município intervir.

O Plano Diretor tem a atribuição de definir as áreas urbanas consideradas

subutilizadas ou não utilizadas, sujeitas portanto à aplicação dos referidos instrumentos,

para que propriedade urbana situada nessas áreas tenha a função social.

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O Plano Diretor é requisito obrigatório para o poder público municipal

aplicar, de forma sucessiva, o parcelamento ou edificação compulsórios, imposto sobre

a propriedade predial e territorial progressivo no tempo e a desapropriação para fins de

reforma urbana, ao proprietário de imóvel urbano nos termos do parágrafo 4º do artigo

182.

2.3.2.1.2 – Princípios e Diretrizes da Política Urbana Norteadora do Plano Diretor

O Município deve observar os princípios constitucionais da política urbana

e as diretrizes gerais desta política previstas no artigo 2º do Estatuto, para

estabelecimento das normas e instrumentos do Plano Diretor, considerando o disposto

no artigo 39 do Estatuto:

“Art. 39. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende as exigências fundamentais de

ordenação da cidade expressas no Plano Diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos

cidadãos quanto à qualidade de vida, à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas,

respeitadas as diretrizes previstas no artigo 2º desta lei.”

Os princípios constitucionais fundamentais norteadoras do Plano Diretor são:

da função social da propriedade;

do desenvolvimento sustentável;

das funções sociais da cidade;

da igualdade e da justiça social;

da participação popular.

CAPÍTULO III – O PLANO DIRETOR – DESENVOLVIMENTO E POLÍTICA

URBANA E AMBIENTAL DE ARARAQUARA

3.1 – Lei Complementar nº. 350

Esta lei foi aprovada pela Câmara Municipal em sessão extraordinária de 09

de dezembro de 2005 e promulgada em 27 de dezembro de 2005. Estabelece e institui

procedimentos normativos para a política de Desenvolvimento Urbano e Ambiental do

Município, conforme determina a Lei nº. 10257/01 – Estatuto da Cidade.

CAPÍTULO IV – JARDIM DAS HORTÊNSIAS

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4.1 – Localização

O Jardim das Hortênsias situa-se na região sudeste do perímetro urbano de

Araraquara.

Foto 1 – Jardim das Hortênsias ,Araraquara SP , foto aérea . Autor Google

Hortências

Fonte: Google

Nesta foto aérea conseguimos notar que o Jardim das Hortênsias encontra-se

limitado pelo Aeroporto em seu lado esquerdo e circundada por vazios urbanos. Sua

localização apresenta características que chama a atenção principalmente com relação ao

seu acesso e áreas limítrofes.

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rodovia

Ferrovia

Divisa com aeroporto

Hortências

Hortênsias

Fonte – Mapas – Plano Diretor

Possui um único acesso pavimentado que transpõem a rodovia João Ribeiro

de Barros que une Araraquara a Ribeirão Preto. Logo após a rodovia temos uma área verde

constituindo um vazio urbano e que entendemos trazer certa dificuldade e desconforto para

os pedestres que pretendem dirigir-se ao bairro. Segundo os moradores esta área merece

cuidados com relação a segurança .

O lado oeste do bairro é limitado pela área do Aeroporto Municipal.

Constituía-se um sério problema quando o bairro ainda não era atendido pela linha de

transporte urbano municipal que atendia os bairros vizinhos e para que os moradores

pudessem alcançá-los atravessavam normalmente a área do aeroporto com conseqüências

sérias com relação à segurança.

O lado leste é limitado pela ferrovia, atualmente utilizada para transporte de

cargas. Apesar de ter-se iniciado a retirada dos trilhos da área central da cidade acreditamos

que tal condição possa ser modificada embora não conheçamos ainda detalhes do novo

percurso do projeto de retirada dos trilhos.

O lado sul das Hortênsias ainda é uma área livre e acreditamos que já se

encontra em fase de ampliação. Encontra-se na região 6 conforme o Plano de Planejamento

de bairros , constante do Plano diretor e Ambiental de Araraquara especificamente na sub

região 61, conforme figura a seguir .

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6

61

6263

54

53

52

Região de Planejamento de Bairro

Fonte – Mapas – Plano Diretor

Planejamento de Bairros - Hortênsias

Encontra-se de acordo com planta constante do Plano Diretor na área

denominada Zona Ambiental Sustentável (ZAUS) e não muito distante da Zona de proteção

Ambiental (ZOPA) , área esta de recarga do Aqüífero Guarani.

ZOPAZOPA

ZAUS

Zona de proteção Ambiental

Zona Ambiental sustentável

Fonte – Mapas – Plano Diretor

Zonas Urbanas – Hortênsias

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4.2 – Serviços Básicos

Conta com rede de abastecimento de água e coleta de esgotos, praticamente

68 % da área loteada do Bairro é pavimentada, segundo informações do Sr. Secretário

de Obras Municipal Eng. Walter Leo Rozatto.

Dada sua condição de topografia, a cota somente permite a coleta de

esgotos, através de estação elevatória já em funcionamento. Segundo informações,

causa preocupação, por ocasião de chuvas fortes o escoamento de águas pluviais nas

áreas próximas à ferrovia.

Conta com iluminação em toda área.

É atendida pela Companhia Municipal de Transporte Urbano com linha

regular.

4.3 – Ocorrências do Poder Público – Estratégias de Qualidade de Vida Urbana.

O Jardim das Hortênsias conta atualmente com vários serviços públicos o

atendimento a sua população. A Planta a seguir extraída do Plano Diretor de

Planejamento e Ambiental de Araraquara já demonstra em sua estratégia de qualidade

de vida Urbana os serviços lá existentes nas áreas de saúde , educação , esporte e lazer

bem como os projetos ligados mais a área social.

Projetos

Jovem cidadão

Frentes de cidadania

SaúdePrograma de saúde da familia

Educação

Educação infantil

Educação complementar

MOVA

Portal do saber

Fundamental 1º ao 4º

Esporte e lazer

Escolinha de esportes

Hortênsias Estratégia de Qualidade de

Vida Urbana

Fonte – Mapas – Plano Diretor

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4.3.1 – Programa de saúde da família.

As Unidades Básicas de Saúde oferecem: Consultas médicas nas clínicas de

pediatria, ginecologia e obstetrícia e clinica médica. No caso dos Programas de Saúde

da Família(PSF) um só profissional atende às 3 clínicas. Existe funcionando atualmente

serviço de atendimento odontológico.

4.3.2 - Projetos

4.3.2.1 - Jovem cidadão

É um projeto desenvolvido em conjunto pelas Secretarias de Assistência

Social e Administração em parceria com o Banco do Brasil, e visa atender a população

jovem, entre 16 e 25 anos, priorizando aqueles oriundos de famílias de baixa renda, com

o intuito de prepará-los para o ingresso no mundo do trabalho e dar a oportunidade para

que apliquem os conhecimentos adquiridos em sala de aula.

4.3.2.2 - Frentes de cidadania

Este projeto visa atender pessoas desempregadas cujas famílias encontram-

se em situação de vulnerabilidade social, contratando-se em regime temporário, por 12

meses, para o trabalho na limpeza pública, junto à Secretaria Municipal de Assistência

Social de Serviços e Obras do Município.

4.3.3 – Educação

4.3.3.1 – Educação infantil

Entre seus objetivos temos: favorecer o desenvolvimento infantil nos

aspectos físico, motor, emocional, intelectual e social, promovendo a ampliação das

experiências e dos conhecimentos infantis, estimulando o interesse da criança pequena

pelo processo de transformação da natureza e pela dinâmica da vida social.

Contribuir para que a interação e a convivência da criança na sociedade seja

produtiva e marcada pelos valores de solidariedade, liberdade, cooperação e respeito.

Atender às necessidades básicas da criança, favorecendo, ao mesmo tempo, o

desenvolvimento integral e harmonioso de suas potencialidades.

CER. Anunciata Lia David - Jardim das Hortênsias.

4.3.3.2 – Educação fundamental e complementar

Objetivo - Garantir a formação básica e integral do indivíduo visando a

preparação, valorização e promoção da vida.

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Escola de ensino fundamental - EMEF, e educação complementar- PEC

Prof. Henrique Scabello . Atendem atualmente aproximadamente 750 alunos no

fundamental e 150 alunos no complementar, idade dos 06 ao 14 anos.

4.3.3.3 - MOVA

O MOVA visa atender, através de parcerias com os diversos setores

município, jovens e adultos, a partir dos 14 anos de idade, que residam ou trabalhem em

Araraquara, e que não completaram a 4ª série do 1º grau, possibilitando-lhes a

escolarização básica e permitindo-lhes a continuidade do processo educativo. Na visita

efetuada não conseguimos informações sobre este projeto , embora exista.

4.3.3.4 – Portal do saber

O projeto Portal do Saber, desenvolvido pela Secretaria Municipal de

Educação, com o apoio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e

Secretaria da Cultura, visa ampliar as oportunidades de acesso à informação para os

alunos de Ensino Fundamental, para a comunidade escolar no seu conjunto e para a

comunidade do entorno das escolas. Com esse objetivo propõe a otimização e a

disponibilização de bibliotecas escolares à comunidade em que estão inseridas, com seu

acervo de livros e periódicos e pesquisa pela internet, com cinco computadores em cada

uma das unidades. Desta maneira, estas bibliotecas escolares atenderão no horário de

funcionamento das escolas, durante a semana, predominantemente a comunidade

escolar e no horário noturno e aos sábados, aos moradores do bairro.

4.3.4 - Esporte e lazer.

4.3.4.1 - Escolinhas de esportes

A principal idéia do projeto é desenvolver os princípios básicos de cada

modalidade esportiva, de forma global, explorando ao máximo a criatividade da criança e

do adolescente.

4.3.5. - Secretaria de assistência social.

Embora não tenha sido relacionada na foto anterior, verificamos existir no

Jardim das Hortênsias um posto de atendimento.

4.3.5.1 - Projeto – AABB

Comunidade em parceria com o Banco do Brasil são atendidas crianças e adolescentes

de 07 a 14 anos. O programa prevê atividades sócio-educativas, integrando ações da

Secretaria de Cultura, Esporte, Educação, Saúde e Assistência Social.

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A equipe para iniciar a execução do projeto participa de um programa de

capacitação realizado pelo Núcleo de Trabalho Comunitário da PUC – São Paulo.

4.3.5.2 - Apoio e Valorização Familiar

Trabalho feito por uma equipe multidisciplinar, composta de psicólogos,

assistentes sociais, recreacionistas e educadores da Secretaria de Esporte e Cultura.

Projeto em andamento desde 2001 no Jardim das Hortênsias.

4.4. – ONGS

No Jardim das Hortênsias, existe uma Ong atuando na área social que dá

atendimento a crianças do bairro. E denominada Sociedade Beneficente Escola do

Mestre Jesus. Esta creche da assistência material as crianças, bem como fornece

alimentação, presta atendimento odontológico e o encaminhamento das mesmas para

outros setores quando necessário. Atende aproximadamente 80 crianças.

4.5 - Obras

4.5.1 – Executadas

Substituição da iluminação da via de acesso foram substituídas as lâmpadas

vapor de mercúrio por lâmpadas de vapor de sódio.

4.5.2 – Em execução

Área de lazer com quadra esportiva, pista para caminhada, playground e

aparelhos para ginástica.

4.5.3 - Projetadas

4.5.3.1 - Habitação

Programa de habitações de interesses social – HIS, 29 novas residências.

Programa de Melhoria de Condições de habitabilidade – PMCH, 16 novas residências.

4.5.3.2. – Pavimentação

Atualmente a área pavimentada e aproximadamente 68%, existe projeto para

pavimentação de 100 % da área a curto prazo.

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CONCLUSÃO

Verificamos que apesar de sua localização de certa forma problemática, ter

praticamente um único acesso com pista sem acostamentos. Estar situado ao lado de

uma área susceptível de alagamentos com formação de lagoas que trazem problemas

especialmente com vetores. Com relação ao atendimento de políticas públicas ao nosso

ver encontra-se em boas condições podendo ainda serem melhoradas e que apesar de ser

um bairro habitado por população de baixo poder aquisitivo não possui favelas.

BIBLIOGRAFIA.

Brasil. Governo Federal. Estatuto da Cidade, 2001.

Estatuto da Cidade. Estabelece diretrizes gerais da política urbana – Lei nº. 10.257, Julho 2001.

Araraquara – Plano Diretor de Desenvolvimento e Política Urbana e Ambiental.Lei complementar nº. 350, dezembro 2005.araquara.sp.gov.br

Azevedo, Eurico de Andrade. “Direito Urbanístico no Brasil”. In: Revista do Serviço Público, 1983.

Cardoso, Adauto Lúcio. “Planejamento urbano no Brasil: paradigmas e experiências.” In: Espaço e Debates nº. 37. São Paulo: NERU, 1994.

Fernandes, Marlene. “Estatuto da Cidade: uma vida melhor para a população urbana.” In: Revista de Administração Municipal, n. 224. Rio de Janeiro: IBAM, 2000.

Gondim, Linda (org.). Plano Diretor e o Município: novos tempos, novas práticas. Rio de Janeiro: IBAM. 1990.

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Gestão do uso do solo e disfunções do crescimento urbano. Avaliação e Recomendações para a Ação Pública, Brasília, 1998.

Lima, Alessandra de e Campos, Luiz A. “Vazios urbanos e dinâmica espacial: indicadores de sustentabilidade e instrumentos urbanísticos.” In: Gestão da terra urbana e habitação de interesse social. Campinas: FAU-PUC Campinas – Laboratório do Habitat/Instituto Polis/Lincoln Institute of Land Policy, 2000. (CD Rom).

Portela, Eulália Mendes, Andréa e outros. Planos diretores urbanos: limites dos instrumentos e desafios para a gestão urbana. In: Anais do Seminário Internacional – Gestão da terra urbana e habitações de interesse social. Campinas: FAU-PUC Campinas – Laboratório do Habitat/Instituto Polis/Lincoln Institute of Land Policy, 2000. (CD Rom).

Silva, Ana Amélia da. Reforma urbana e o direito à cidade, São Paulo, Polis, 1991. 59p. (Publicações Polis, n. 1).

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ANEXOS

1 - FOTOS

Foto 1 -Escola de Ensino Fundamental – EMEF – Prof. Henrique Scabello

Escola de Ensino Fundamental – EMEF – Prof. Henrique Scabello

Quadra de esportes coberta.

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Posto de Saúde – Dr. Jose Nigro Neto

Centro de Educação Infantil – CER – Anunciata Lia David

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CRAS – Centro de Referência de Assistência Social

Sociedade Beneficente Escola do Mestre Jesus - Creche

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