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FACULDADE DE ECONOMIA – UNIVERSIDADE DE COIMBRA
A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal
Trabalho realizado na unidade curricular de Fonte de Informação Sociológica Docente: Paulo Peixoto Ano lectivo: 2012‐213
Imagem da capa: Fotopedia, 2007
http://images.cdn.fotopedia.com/anboto‐qxk8jf55hlQ‐original.jpg
Tânia Ramos
Coimbra, 2012
ÍNDICE
1. Introdução ........................................................................................................... 1
2. Migrações ............................................................................................................ 2
2.1. Fatores Migratórios ............................................................................. 4
2.2. Consequências das Migrações ............................................................. 5
3. Feminização da imigração .................................................................................. 7
3.1. Comunidade feminina Ucraniana em Portugal ............................ 9
3.1.1 Caracterização da População ............................................ 11
3.1.2 Situação Laboral ................................................................. 12
4. Descrição detalhada da pesquisa ....................................................................... 13
5. Avaliação da página da internet .......................................................................... 15
6. Ficha de leitura .................................................................................................... 17
7. Conclusão ............................................................................................................. 23
8. Referências bibliográficas .................................................................................... 24
Anexo I
Página da Internet avaliada
Anexo II
Texto de suporte de ficha de leitura
Santos, Clara de Almeida (2007), Imagens de mulheres imigrantes na imprensa portuguesa – análise do ano 2003. Lisboa: ACIDI, pp. 17‐47
A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal
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1. Introdução
As migrações (populacionais) são deslocamentos das populações quer entre vários países, quer dentro do próprio país. Estes movimentos têm vindo a tornarem‐se cada vez mais colossais, e de forma universal.
Os motivos que levam as pessoas a migrar são muito vastos, desde causas politicas‐ideológicas a naturais, passando pelas religiosas, psicológicas, bélicas e económicas, que afetam metade da população que decide se deslocar.
É claro que se pensarmos, perguntarmo‐nos íamos como as pessoas selecionam os países de receção. A resposta é simples. A resposta baseia‐se numa questão fulcral: um país onde exista expansão e desenvolvimento económico, onde exista a liberdade e respeito/tolerância religiosa e claro os incentivos por parte do Estado.
As migrações podem ser classificadas em três maneiras: espontâneas, forçadas e controladas. Quando assistimos a movimentações espontâneas, assistimos também a uma tentativa de melhorar as condições de vida, uma vez que é uma decisão tomada pelo próprio sujeito.
Ao invés destas, assistimos aos movimentos migratórios forçados, que são exatamente o oposto do que anteriormente foi referido. O sujeito é obrigado a submeter‐se a esta mudança e a movimentar‐se. Exemplo disso, são os escravos.
Por último, encontramos as controladas. As migrações controladas subdividem‐se em duas vertentes: restringidas e estimuladas. É quando as migrações são medidas do próprio estado e, desta maneira, restringidas. O estado coloca as suas restrições, dificultando a imigração, ou seja, a entrada de novas pessoas. Podemos verificar estas medidas nos Estados Unidos da América.
Em relação às migrações estimuladas, é quando o Estado incentiva e possibilita a entrada e saída de pessoas.
Uma vez que estes movimentos se têm vindo a alastrar, têm‐se vindo a assistindo cada vez mais às migrações continentais, mais propriamente desde a segunda metade do século XIX.
Tânia Marisa Ferreira Ramos
2
2. Migrações
A história da Humanidade sempre foi esboçada por movimentos migratórios. Uma vez
que as pessoas sentem a necessidade de procurar outros horizontes, de partir em
busca de melhores condições de vida, mudando de local para outro.
Se olharmos para as migrações em números, reparamos que existem cerca de 214
milhões de migrantes no Mundo e cerca de 15 milhões de refugiados. (Alves,
Alexandre – 2011). Assim sendo, podemos afirmar que existem vários tipos, causas e
consequências destes movimentos.
Quanto ao tipo verificamos que existem cerca de sete tipos, dependentes das suas
causas.
Quando nos referimos a causas económicas, encontramos três tipos de migrações: as
emigrações (saída de pessoas do país por um período de tempo considerado elevado),
as imigrações (é quando entra população estrangeira num país) e, por fim, temos os
êxodos rurais/urbanos, que são as deslocalizações da população para um determinado
local: ora se deslocam de uma aldeia para uma cidade ou de uma cidade para uma
aldeia.
As migrações podem ter na sua origem questões laborais. Deste modo, temos as
migrações laborais sazonais (como a apanha do morango – em França‐ é uma migração
temporária e, por outro lado, meramente sazonal, ou seja, por épocas. As pendulares é
quando existem deslocações laborais, isto é, o trajeto de casa para o local trabalho
(noutra localidade) e do local de trabalho para casa. Em relação à duração, são sempre
ambas temporárias.
As migrações turísticas, são, como o nome sugere, realizadas para fins de turismo e
lazer. É por esta razão que podem ser ou externas ou internas com um caráter
temporário.
A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal
3
E, por último, os deslocados e os refugiados. No primeiro caso procuram refúgio
noutro país. No segundo, os refugiados procuram proteção no estrangeiro.
Apresentando assim um caráter interno ou externo.
Tânia Marisa Ferreira Ramos
4
2.1 Fatores migratórios
Na base das decisões das populações em relação aos movimentos migratórios existem
vários pontos a considerar.
Esses mesmos pontos, tornam os países atrativos ou repulsivos. Assim, fatores como a
falta de mão‐de‐obra, as boas condições de vida, a abundância de empregos e
habitações mais baratas e até mesmo a proximidade de familiares.
No outro extremo, existem fatores que faz com que os destinos se tornem repulsivos,
fatores como as guerras, os custos de vida elevados, as más condições de vida, o
desemprego, os desastres naturais e as perseguições politica e religiosas.
A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal
5
2.2 Consequências das migrações
Embora estes movimentos possam trazer benefícios, também acarretam problemas e
não deixam de ter consequências.
Existem duas áreas afetadas: a de chegada e a de partida.
Na área de partida a população tende a abandonar o seu país levando a uma
diminuição da população, o que conduz a uma redução significativa da população ativa
com isso a população envelhece. Se questionarmos a razão deste envelhecer, a
resposta reside no facto da população mais propensa a migrar serem os jovens, ou
seja, pessoas em idade fértil, e por isso, constatamos que isto leva uma redução na
taxa de natalidade.
Na parte agrícola, os campos são também afetados, uma vez que estes são
abandonados e criam um declínio na agricultura e das atividades económicas.
Porém, apesar das consequências negativas, apercebemo‐nos que existem pontos
positivos. Apesar de, a saída da população ser negativa, esta faz diminuir a taxa de
desemprego existente, o que leva a um ligeiro aumento de salários e à entrada de
dinheiro, através das poupanças efetuadas no decorrer dos anos.
Por sua vez, nas áreas de chegada, e tendo em conta que é uma área acolhedora, a
população aumenta, bem como a população ativa. Existe um rejuvenescimento da
população, o que possivelmente se traduz num aumento da taxa de natalidade.
À semelhança das áreas de partida, nas áreas de chegada existem também pontos
negativos. A população que se desloca nem sempre consegue ter possibilidades para
ter um nível de vida elevado e, por isso, a “alternativa” é, frequentemente, a habitação
dos bairros de lata e da clandestina. Embora isto seja a solução prévia, conseguimos
ver que existem conflitos étnicos e racismos envolvendo estes migrantes, quer seja
pela população acolhedora, quer seja por aqueles que partilham estes bairros
clandestinos.
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A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal
7
3. Feminização da Imigração
As migrações são um tema de dimensão colossal no Mundo contemporâneo. Num
Mundo cada vez mais globalizado, deveria existir mais aceitação por parte dos países
acolhedores, mas na verdade nem sempre isso acontece.
Durante imenso tempo as migrações eram vista como algo para o ser masculino e por
isso até há bem pouco tempo a migração feminina era muito pouco alvo de estudo. A
razão pela qual isso acontecia era porque o modelo que prevalecia nessa altura era o
patriarcal, onde as mulheres eram dependentes dos homens, o homem era o pai e
chefe de família e por isso era ele quem tinha de arranjar o sustento.
Dado isto, Portugal, até aos anos 60, era um país essencialmente de emigrantes. A
mulher até esta época não estava inserida no mercado, era dependente
economicamente e estava‐lhes reservado o papel mãe de família.
Com o passar dos anos, em 1973‐74, com as novas politicas e com o fecho das
fronteiras a novos imigrantes, as mulheres, embora fossem minoritárias nos fluxos
migratórios tiveram um grande aumento. Embora o papel da mulher se mantivesse
igual ao da década de 60, ou seja, papel de reunificação familiar, começou a aceitar‐se
a ideia de uma mulher imigrante.
Seis anos depois, em 1980, a mulher detinha um papel relevante. Este papel foi
importante na medida em que as migrações deixaram de ser vistas como uma decisão
pessoal, mas sim como estratégias familiares. Assim, no decorrer destas mudanças e
das medidas a mulher deixa de ser dependente, e por essa razão começou a ser a
chave para as migrações.
Tânia Marisa Ferreira Ramos
8
As funções das mulheres foram progressivamente alterando‐se, fazendo com que os
movimentos migratórios aumentassem também.
A Europa foi se tornando um ponto de migração, ou seja, um ponto recetivo.
E por isso, Portugal foi sempre recebendo imigrantes da Ucrânia, do Brasil, Cabo‐
verde, Angola, entre tantos outros. No entanto, faço um especial destaque para a
Ucrânia, pois irei abordá‐la.
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A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal
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3.1.1 Caracterização da população
A população feminina que tende a imigrar é sobretudo jovem‐adulta, com idades
compreendidas entre os 19 e os 45 anos, ou seja, em idade fértil.
As mulheres provenientes da Ucrânia, vêm em busca de melhores condições de vida,
onde os salários sejam um pouco mais elevados e que lhes permita ter um nível de
vida melhor que no seu país de origem.
Em relação à educação, existe uma discrepância. Por um lado, existem pessoas com
alta qualificação, com o ensino superior. Por outro lado, pessoas com menos nível
escolar (tendo apenas o 9º ano).
Tânia Marisa Ferreira Ramos
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3.1.2 Situação Laboral
Embora os Ucranianos tenham mais qualificações que os Portugueses, estes ocupam
profissões com menos qualificações e exigências. A integração destes Ucranianos foi
sempre bem‐sucedida e aos poucos as condições destas comunidades ficam cada vez
melhor.
Uma vez com grandes qualificações, as expectativas são também elas elevadas. As razões pelas quais estas mulheres se mudavam era essencialmente pelos salários precários.
“Em 90% dos casos, vieram para Portugal por razões económicas, segundo o estudo, que usa inquéritos a populações de Leste em 2002 e 2004, devido aos baixos salários. Para 55% dos 735 inquiridos (89,4% ucranianos) na primeira pesquisa, os rendimentos na origem eram inferiores a 50 euros mensais e em 83% a 100 euros, quando o valor médio considerado suficiente para uma família de quatro pessoas naquele país era de 309.” (in Jornal Notícias‐ 2011).
Existem vários tipos de postos de trabalhos ocupados por Ucranianos, como a construção civil, indústria, entre tantos outros.
“Na entrada em Portugal, ocuparam‐se maioritariamente na construção civil (44,1%), nos serviços (19,2%) e na indústria transformadora (12,8%). Por outro lado, 65,2% passaram a ser trabalhadores não qualificados e apenas 1,9% ocuparam profissões intelectuais e científicas e 2,2% de nível intermédio.” (in Jornal de Notícias ‐ 2011).
A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal
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Descrição detalhada da pesquisa
Ao iniciar a minha pesquisa sobre o tema migrações, percebi que existia muita
“matéria” sobre este assunto, o que acabou por me dificultar a escolha. Embora, em
muitos casos, ter muita informação é positivo seja necessário salientar que nem
sempre tudo o que encontramos é credível ao ponto de permitir elaborar um trabalho
com rigor.
Assim, tendo em conta o mundo de informação que dispunha, foquei‐me em duas
dimensões migrantes femininas e as comunidades femininas ucranianas em Portugal.
Esta escolha deve‐se ao facto de na minha ficha de leitura estarem apresentadas três
comunidades de migrantes em Portugal: comunidade brasileira, ucraniana e cabo‐
verdiana.
Numa primeira fase, pesquisei notícias, dados estatísticos e livros que me pudessem
dar informação relevante para execução do trabalho. Utilizei então a B‐ON e a
biblioteca da Faculdade da Economia da Universidade de Coimbra.
A verdade é que não encontrei livros relevantes, mas o que me ajudou mais foi o que
utilizei para a ficha de leitura – Imagens de mulheres imigrantes na imprensa
portuguesa ‐ análise do ano 2003, de Clara de Almeida Santos.
No campo das notícias, posso salientar as que revelaram mais credibilidade e mais
pertinentes como as do Jornal de Noticias e Sol.
Numa segunda fase, utilizei o CES – Centro de Estudos Sociais – de forma a encontrar
artigos de revistas de ciências sociais. Pesquisei nas oficinas dos ces, de forma a obter
mais informação mais concisa. Porém, não acrescentou mais nada àquilo que já tinha
recolhido, apenas utilizei como forma de complemento em algumas partes.
Tânia Marisa Ferreira Ramos
14
Posteriormente, recolhi informação diretamente da internet de sites e de blogs.
Através do motor de busca – Google ‐ e com os operadores booleanos comecei a
esboçar o meu percurso no mundo da internet. Assim sendo, utilizei as aspas, o mais a
fim de encontrar algo com pertinência para o trabalho.
O site que me ajudou mais na elaboração do trabalho foi o da AMI,
http://www.ami.org.pt/, onde pude retirar informação de há umas décadas atrás e
completá‐la com a informação atual.
Existiram as fontes, como o relatório do Parlamento Europeu sobre o papel da mulher
migrante na europa.
A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal
15
Avaliação da página da internet
A página da Web que eu elegi para ser avaliada é o da Assistência Médica
Internacional, também designada pela sigla AMI, disponível em
http://www.ami.org.pt/
Esta página é bilingue encontrando‐se disponível em língua portuguesa e em língua
inglesa. A nível funcional encontramos do lado esquerdo uma secção de menus: Tudo
sobre a AMI, AMI no Mundo, AMI em Portugal, AMI e o Ambiente, NATAL 2012, SOS
POBREZA, Ajudar a AMI, Divulgação AMI e ainda uma caixa de pesquisa.
Ao centro, encontramos as notícias e os destaques, dando uma principal importância
às campanhas, nomeadamente, à do Natal. Todas estas informações, toda esta
estrutura transformam esta página da Web mais atrativa e com maior facilidade em
termos de acessos.
A escolha desta página deve‐se ao facto de esta estar inteiramente conectada ao meu
tema, as migrações, achei bastante pertinente a informação que pude recolher através
da leitura de três excertos disponibilizados no próprio site, mais concretamente em:
http://www.ami.org.pt/default.asp?id=p1p211p215p341&l=1, disponíveis para fazer o
download para uso próprio.
Recorrendo aos operadores booleanos, utilizando o Google como motor de busca para
o link: http://www.ami.org.pt/, deparei‐me com cerca de 395 000 000 resultados, em
menos de 28 segundos, o que revela que o site tem extenso reconhecimento.
Fazendo uma avaliação mais concisa e partindo para a qualidade desta página,
podemos verificar que a qualidade de texto apresentada é agradável. O seu conteúdo
é de fácil leitura, abordando temas de cultura geral e com bastante interesse, tendo
apenas um especial tratamento na forma como é elaborado. Assim sendo, podemos
verificar que em termos de acessibilidade, é bastante favorável uma vez que as
pessoas não necessitam de grande formação para a compreensão dos textos e da
informação exposta no site. Devemos assim referir, que o grau de amplitude deste site
é vasto, isto é visível logo nos menus, onde temos os vários assuntos abordados.
Tânia Marisa Ferreira Ramos
16
Embora o fundo da página seja uma cor que geralmente é considerada berrante e
pouco “amigável”, acho que o vermelho exposto como cor de fundo, não seja
prejudicial, na medida em que a leitura do texto e do conteúdo da página é efetuado
de uma forma pacífica, onde o contato visual é estabelecido sem quaisquer danos.
No meu ponto de vista, este site é uma fonte profunda, uma vez que quando elaborei
a minha leitura pela informação que era pertinente encontrei inúmeras datas ligadas a
factos históricos importantes. Podemos até mesmo fazer um recuo, por exemplo, até
aos anos 60 e ter a explicação das ocorrências dessa época.
Quanto ao formato da página, ela revela uma estrutura bem elaborada, onde os
conteúdos estão em suporte escrito e grande parte dá para aceder através de um
download gratuito. Uma das qualidades desta página, na minha opinião, é o custo, isto
é, o custo da publicidade que nem chega a existir. É assim, uma página limpa onde não
é necessário dar algo a fim de se ter informação, é portanto, um site gratuito.
É importante salientar que este site se encontra atualizado, dados da última
atualização – 20‐12‐2012, às 11:38. A informação é totalmente neutra e por isso torna‐
se credível.
Em suma, embora o site contenha alguns erros, estes não afetam a página da web,
nem o seu conteúdo. Considero então um site fidedigno, completo, bem organizado,
com bastante informação, que evidencia a sua autenticidade e o bom funcionamento.
A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal
17
6. Ficha de Leitura
Título: Imagem de mulheres imigrantes na imprensa Portuguesa – Análise do ano 2003
Autor da obra: Carla Almeida Santos
Local onde se encontra: http://www.oi.acidi.gov.pt/docs/Col_Teses/14_CAS.pdf
Data de publicação: Novembro 2007
Editora: Alto‐comissariado para a imigração e diálogo intercultural (ACIDI, I.P.)
Palavras‐chaves: Migrações: imigrações e emigrações, mulheres imigrantes, mercado
laboral, valores e atitudes
Nº de capítulos: 2 capítulos (2º e 3º capitulo)
Nº de páginas: 17 – 47
Data de leitura: Outubro 2012
Tânia Marisa Ferreira Ramos
18
Resumo:
No mundo atual, vivemos na “idade das migrações”, devido à necessidade de
obter melhores condições de vida e de trabalho. Existem inúmeros fatores explicativos
para estes movimentos migratórios a que assistimos. O fim do Bloco Soviético levou à
criação de novos países e fronteiras que deixam de estar sob comando da Rússia.
Observamos que as mulheres nunca foram o motor destes movimentos, porém
têm‐se vindo a afirmar. Isto deve‐se ao facto do marido ser o primeiro a partir,
reunificando‐se posteriormente a família. Portugal é caraterizado por cinco períodos
migratórios e é considerado como destino pelos americanos, PALOPs e europeus de
leste, transformando‐o num país multicultural. Existem dois tipos de migração: laboral
e educacional. Geralmente, estes movimentos desenvolvem‐se em prol de melhores
condições, porém a população do país de acolhimento não aceita estes novos
imigrantes.
A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal
19
Estrutura:
A “era das migrações” vivida atualmente tem vindo a mostrar um aumento dos
fluxos migratórios. Segundo os vários autores, isto tornar‐se‐á uma tendência cada vez
mais elevada.
Estes movimentos começaram a ser mais sentidos e a tornarem‐se mais
significativos após a rutura do bloco soviético e onde se veio a verificar, mais tarde,
com a queda do muro de Berlim, um aumento vertiginoso. Para além destes factos
históricos que contribuíram, sem dúvida, para a movimentação da população,
encontramos ainda a formação da UE (União Europeia) que face à entrada em vigor do
acordo de Schengen (1993) facilitou a livre circulação das pessoas.
No que toca a tirar conclusões sobre o número de migrantes, torna‐se um
pouco impossível, uma vez que os que os números dos imigrantes ilegais são apenas
colocados sob forma de suposição. Porém, segundo a ONU, estima‐se que cerca de
três por cento da população mundial é constituída de migrantes
internacionais. Existem alguns países que se destacam pela quantidade de população
migrante que albergam, caso disso é a América do Norte e a Europa.
Quanto à sua composição, poder‐se‐á afirmar que é maioritariamente
masculina, visto que é o homem o primeiro a migrar e só posteriormente a mulher.
Na análise das mulheres imigrantes na interação com mercado laboral, observamos
que a motivação laboral é o que mais pesa no momento de emigrar. Embora sejam
poucas face ao homem, se analisarmos os dados existem cerca 6,4 milhões de
mulheres na Europa que não são cidadãs completas do país em que habitam, sendo
que existe mais de um milhão de trabalhadoras. Trabalham sobretudo em limpezas,
como limpezas industriais, em casas particular e entre outras.
Embora os imigrantes tenham um papel positivo, aumentam a natalidade, aumentam
as contribuições para o estado – contribuindo assim para uma balança positiva‐ e por
fim, podem rejuvenescer a população dos países de acolhimento, são olhados com um
certo repúdio e desconfiança.
Tânia Marisa Ferreira Ramos
20
Achando que os imigrantes serão vistos como os responsáveis pela diminuição
do emprego. Porém, estes imigrantes ocupam apenas os cargos que exigem poucas
qualificações e que por norma não são desejados pelos cidadãos do país. Logo, de
forma resumida, embora a imigração tenha aspetos positivos também contém alguns
negativos, como: aumentar o grau de desconfiança e criar um maior sentimento de
ameaça.
Após esta breve análise de alguns aspetos migratórios e composição estrutural
dos mesmos, passamos a analisar a história migratória portuguesa, caraterizada em 5
períodos.
No primeiro (assim como nos outros dois para além deste), a emigração é mais
significativa que a imigração. Esta primeira fase corresponde à década de 60.
Nesta época, a imigração surgia de modo a colmatar a emigração (ou seja, existia
muitos portugueses a partir para a América e Europa do Norte).
Os anos 70 dão início ao segundo período de imigração em Portugal, o deflagrar
das guerras coloniais, faz registar um grande fluxo de pessoas oriundas dessas regiões.
Com o 25 de Abril de 1974 e a descolonização, este fluxo faz‐se de um modo intenso.
No ano de 1980 existiam cerca de 58.000 residentes estrangeiros sendo 48 por centro
de origem africana, 31 por centro europeus, e 11 por centro oriundos da América do
Sul.
Estas mudanças em relação ao número global da população foram, sem dúvida,
extremamente positivas para Portugal, uma vez que existiam grandes alterações a
nível de nascimentos, casamentos, e até no rejuvenescimento da população global
portuguesa.
Neste seguimento, os anos 70 ficaram também marcados pela evolução do
processo de industrialização. O facto de Portugal ter entrado para a EFTA, abriu o País
a novos investimentos, tornando‐o num destino mais apetecível.
O terceiro período é marcado pela estabilização destas mudanças, situa‐se nas
décadas de 80 e 90. Os fluxos são marcados pela continuidade da população
proveniente dos Países Lusófonos, especialmente de Cabo‐Verde e Brasil.
A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal
21
É marcado também pelo crescimento económico o que favorece o país como um
destino ainda mais apetecível.
A entrada na CEE, em 1986, com os fundos comunitários estruturais, reforça
ainda mais a ideia de um país com oportunidades.
Os últimos anos do século XX marcaram o quarto período, que se caracteriza por uma
nova baixa média de crescimento da população estrangeira que passa para os 6,4 %
com um influxo do Brasil.
Conseguimos constatar a partir das várias fases que os imigrantes que Portugal
“recebe” são países onde estabeleceu relações. Além destas relações estabelecidas, a
língua é um facto importante na hora de escolher o destino.
Portugal passa então a ser capaz de absorver mão‐de‐obra estrangeira. Para
além disto, a década de 90 corresponde a uma explosão de obras públicas como a
Ponte Vasco da Gama, Expo 98 e Porto 2001.
Em termos laborais, por um lado os indivíduos instruídos vindos da Europa. Por
outro, os imigrantes dos PALOP sem qualificação. Isto traduz uma evolução positiva a
nível de qualificação da mão‐de‐obra e de melhoria de condição de vida.
Em relação ao período anterior, sentia‐se um certo otimismo, razão que levava
a estabelecer um novo período de imigração. O SEF (Serviços de Estrangeiros e
Fronteiras) registou cerca de 68% de estrangeiros legais em Portugal. Deste modo, foi
iniciado um período extraordinário de legalização.
Com os movimentos migratórios surgem os processos extraordinários de
legalização e legislação. A explicação para o aumento de percentagem de população
estrangeira reside na abertura de vários períodos extraordinários de legalização. Em 10
anos (entre 1992‐ 2002) foram levados a cabo 3 processos de legalização.
Em Portugal, o primeiro processo extraordinários de legalização foi em 1992
onde foram legalizados cerca de 39.166 estrangeiros.
Tânia Marisa Ferreira Ramos
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Em 1996, o Governo, abriu um período na qual foram legalizados 35.082
cidadãos. Mais tarde em 2001, o mesmo governo abre mais um período permitindo
que 174.558 pessoas fossem legalizadas. Por fim, o 2003 que teve um caráter especial,
foi um período para Brasileiros em situações irregulares foram legalizadas 15 mil
pessoas.
Nestes casos e embora o Mundo seja feito de vários migrantes a população dos
países que os acolhem nem sempre estão predispostos a contribuir e ajudar, bem
como a aceitá‐los o que leva a que o processo de integração e adaptação se torne mais
difícil. Por outro lado, esta não‐aceitação pode levar à criação de preconceitos e de
atitudes racistas.
A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal
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7. Conclusão
Com este trabalho, procurei desenvolver uma análise sobre os movimentos
migratórios femininos, a sua evolução, bem como uma abordagem mais restrita,
nomeadamente, sobre a comunidade Ucraniana em Portugal.
Assim, achei oportuno começar por referir o que eram as migrações, a história e as
evoluções. Posteriormente, abordei os fatores que leva a população sair do seu país e
as suas consequências.
O que nos permite analisar que as pessoas estabelecem estes movimentos porque o
seu país deixou de origem deixou de lhes oferecer condições de vida para as
expetativas que estas tinham. É importante referir que isto também traz
consequências, uma vez que quando as pessoas deixam os seus países acabam por
fazer com que a população envelheça, tudo porque quem parte é maioritariamente
jovem. No outro “polo”, encontramos o país que acolhe e que vai por isso ser mais
jovem e mais atrativo.
Assim, percebemos que as mulheres começaram a migrar devido à mudança da
própria sociedade e dos modelos familiares. Inicialmente, a mulher tinha uma função
de dona de casa e mãe de família, onde o seu lugar era unicamente a casa e as suas
tarefas eram limpar e cuidar dos seus filhos. Dado a evolução familiar, a mulher
começou a deixar de ser dependente do homem e a procurar melhores condições para
ela mesma e se no início a mulher era a última a partir, agora era a primeira.
A Europa e Portugal têm sido espaços acolhedores. Portugal tem acolhido cada vez
mais comunidades Brasileiras, Angolanas e Ucranianas.
Podemos analisar, ao longo deste trabalho, que embora sejam espaços acolhedores, as
populações nem sempre estão recetíveis a estas entradas populacionais.
Tânia Marisa Ferreira Ramos
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A Europa e os migrantes no século XXI – Comunidades femininas Ucranianas em Portugal
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8. Referências Bibliográficas
• Alves, Alexandra (2011), “ Semana de Geografia discute as migrações no mundo atual”, 12 de Dezembro. Página consultada a 17 de Novembro de 2012
• AMI – Assistência Médica Internacional. (2012), “Migrações”. Página consultada a 18 de Novembro de 2012. Disponível em
• INE (2008), “População estrangeira com estatuto legal de residente (Nº) por local de residência (NUTS ‐ 2002) e Nacionalidade; Anual”. Página consultada a 18 de Novembro de 2012. Disponível em
• INE (2010). “Imigrantes (Nº) por Sexo, Idade, e Naturalidade; Anual”. Página consultada a 18 de Novembro de 2012. Disponível em
• Jornal de Notícias (2009), “Comunidade Ucraniana é a segunda maior em Portugal”, 14 de Julho. Página consultada a 16 de Novembro de 2012. Disponível em
• Jornal de Notícias (2011), “Profissões de ucranianos em Portugal não ligam com qualificações”, 16 de Janeiro. Página consultada a 17 de Novembro de 2012. Disponível em
• Santos, Clara de Almeida (2007), Imagens de mulheres imigrantes na imprensa portuguesa – análise do ano 2003. Lisboa: ACIDI, pp. 17‐47
Anexo I
Página da Internet Avaliada
Anexo II
Texto de suporte de ficha de leitura