Upload
others
View
0
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DA AMAZÔNIA REUNIDA
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CARLA LUCIANA DE ABREU SOUSA
USO DA CONTABILIDADE GERENCIAL COMO FERRAMENTA
DE GESTÃO EM 5 PEQUENAS EMPRESAS NO SEGMENTO DE
CONFECÇÃO EM GERAL EM REDENÇÃO-PA
REDENÇÃO – PA 2017
USO DA CONTABILIDADE GERENCIAL COMO FERRAMENTA
DE GESTÃO EM 5 PEQUENAS EMPRESAS NO SEGMENTO DE
CONFECÇÃO EM GERAL EM REDENÇÃO-PA
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado a Faculdade de Ensino
Superior da Amazônia Reunida como
requisito parcial, à obtenção do título de
Bacharel em Ciências Contábeis.
Área de Concentração: Contabilidade
Gerencial.
Orientador: Profª. Esp.Rosane Miotto.
REDENÇÃO – PA
2017
CARLA LUCIANA DE ABREU SOUSA
USO DA CONTABILIDADE GERENCIAL COMO FERRAMENTA DE GESTÃO
EM 5 PEQUENAS EMPRESAS NO SEGMENTO DE CONFECÇÃO EM GERAL
EM REDENÇÃO-PA
Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção da
nota do Grau de Bacharelado em Ciências Contábeis do curso de graduação
Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunido e aprovado em sua forma final
em:12/12/2017.
Prof. Me. Lindomar Pereira Trajano Coordenador de Curso
Apresentado a banca examinadora composta pelos professores
Prof.ª Esp. Rosane Miotto. (Orientador)
Profº Me. Lindomar Pereira Trajano.
Prof°. Esp. Marinho Silva Santos
Dedico este trabalho a Deus pelo esplendor da vida,
presente em todas as atividades;
As amigas ( Espetaculosas) pelo incentivo e coragem.
Aos meus pais e marido pelo apoio, compreensão, carinho
e paciência durante todo este curso, principalmente nos
momentos de dificuldades.
Aos meus professores e também ao meu amigo Shaulo e
Nanda pelo conhecimento e ajuda para a realização desse
trabalho.
AGRADECIMENTOS
São tantas as pessoas a agradecer, e por isso, começo
agradecendo a todos que fazem parte da minha vida e que de
alguma forma estiveram comigo nos diferentes momentos.
Agradeço em primeiro lugar a Deus, que além de ter me
presenteado com esse curso, sempre esteve ao meu lado me
ajudando nos momentos de dificuldades, especialmente nessa
reta final, na elaboração desse trabalho.
Ao meu marido, Antônio, pelo incentivo constante e pelo
companheirismo.
Aos meus pais, que são meus melhores exemplos, que
sempre me apoiaram em minhas decisões e me encorajaram
a fazer essa graduação, ajudando a enfrentar todos os
obstáculos e estando sempre ao meu lado no que for preciso.
As minhas amigas (Espetaculosas) que compartilharam de
momentos bons e ruins ao meu lado, e ajudaram para que o
passar desta graduação fosse mais prazerosa, e estiveram
presentes na conquista da conclusão do curso.
A minha orientadora Rosane Miotto, que me deu subsídios
para a realização desse trabalho, com sua paciência e
dedicação.
E a todos os professores que compartilharam seus
ensinamentos e me ajudaram a buscar novos aprendizados, e
que além de professores são grandes amigos que nos ajudam
sempre que necessitamos.
Aos meus amigos Shaulo e Nanda pela sua ajuda e que não
mediu esforços para realização da presente trabalho.
E aos amigos feitos na instituição deste o pessoal da portaria,
limpeza, da cantina, do financeiro, da biblioteca e do
protocolo. Enfim, registro aqui o meu muito obrigado a todos
aqueles que, de um modo ou de outro, me ajudaram a realizar
esta conquista de grande importância profissional e pessoal.
“A Contabilidade é, sem dúvida, a maior fonte de informações sobre o patrimônio da empresa, permitindo conhecer, com facilidade, todos os fatos que ocasionarem alteração qualitativa ou quantitativa, servindo de bússola na administração dos negócios e contribuindo para o alcance dos objetivos.”
(Daniel Salgueiro da Silva)
RESUMO Cada vez mais as organizações precisam estar preparadas para enfrentar um mercado altamente competitivo, onde que para se manter e conseguir atingir os objetivos é essencial a otimização dos resultados. A implantação de métodos que auxiliem os gestores na gestão dos negócios torna-se essencial para as empresas que buscam maior competitividade e continuidade das atividades. A contabilidade gerencial é aquela que identifica informações, assim auxiliando os gestores na gestão de suas empresas e também na tomada de decisão. A presente pesquisa teve como objetivo principal identificar como a contabilidade gerencial auxilia as empresas de pequeno porte nas tomadas de decisão. Neste trabalho foram usadas pesquisas bibliográficas através de livros, referente ao o tema, pesquisa descritiva e explorativa, onde foi coletado e descrito dados da mesma. Também foram adotadas as pesquisas: quantitativas e qualitativa. Com este estudo a intenção foi em analisar o conhecimento que as empresas pesquisadas têm a respeito do tema. Com a coleta dos dados foi observado que a maioria dos gestores tem conhecimento da contabilidade gerencial, mas na prática é diferente, porque nem todos utilizam as ferramentas gerenciais. Enfim, através dos resultados obtidos e das informações a respeito das ferramentas de gestão, observa-se a importância destas nos processos internos das pequenas empresas. Pode-se dizer que dificilmente uma empresa alcançará seus objetivos sem possuir conhecimento a respeito de métodos que possam servir de apoio para a tomada de decisão e gestão da organização.
Palavras- chaves: contabilidade gerencial, ferramentas gerenciais, tomada de decisão.
ABSTRACT Increasingly, organizations need to be prepared to face a highly competitive market, where to maintain and the optimization of results is essential. The implementation of methods that assist the managers in the management of the business becomes essential for the companies that seek greater competitiveness and continuity of the activities. Management accounting is one that identifies information, thus assisting managers in the management of their companies and also in decision making. The present research had as main objective to identify how the managerial accounting assists the small companies in the decision making. In this work we used bibliographic research through books, referring to the subject, descriptive and exploratory research, where data was collected and described. Also the researches were adopted: quantitative and qualitative. With this study the intention was to analyze the knowledge that the companies researched have on the subject. With the data collection it was observed that most managers are aware of managerial accounting, but in practice it is different because not all of them use managerial tools. Finally, through the results obtained and the information regarding the management tools, the importance of these in the internal processes of the small companies is observed. It can be said that it is difficult for a company to achieve its objectives without having knowledge about methods that can serve as support for the decision making and management of the organization.
Key words: managerial accounting, management tools, decision making.
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Evolução e mudanças na contabilidade gerencial ..................................19
Quadro 2- As características da contabilidade gerencial...........................................21
Quadro 3- Critérios de classificação do tamanho das empresas de pequeno
porte..........................................................................................................................30
Quadro 4- Classificação das MPEs segundo o numero de empregados..................31
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1- Tempo de atuação da empresa no mercado.............................................39
Gráfico 2 - Faturamento anual da empresa................................................................40
Gráfico 3 - Número de funcionários da empresa........................................................41
Gráfico 4 - Sistema de informação gerencial que a empresas utiliza........................42
Gráfico 5 - Local onde é feita a contabilidade da empresa........................................43
Gráfico 6 - Conhecimento do empresário sobre a contabilidade gerencial................44
Gráfico 7- Ferramenta gerencial de seu conhecimento.............................................45
Gráfico 8 - Base da tomada de decisão.....................................................................47
Gráfico 9 - Utilização de algum tipo de planejamento................................................48
Gráfico 10 - Ciência se a empresa está apresentando lucro ou prejuízo..................49
Gráfico 11 – A importância do uso da contabilidade gerencial na tomada de decisão
da empresa................................................................................................................50
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária
BP - Balanço Patrimonial
BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social
CFC - Conselho Federal de Contabilidade
CPC - Comitê Pronunciamento Contábeis
CRCBA - Conselho Regional de Contabilidade da Bahia
CRCPR - Conselho Regional de Contabilidade do Paraná
DFC - Demonstração do Fluxo de Caixa
DLPA - Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados
DRE - Demonstração do Resultado do Exercício
EDP - Eletronic Date Processing
EPP - Empresas de Pequeno Porte
IBRACON - Instituto de Auditores
Independente do Brasil
MPE Micro e Pequena Empresa PIB
Produto Interno Bruto
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SIC - Sistema de informação contábil
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 12
2. A ORIGEM DA CONTABILIDADE .................................................................... 14
2.1 CONTABILIDADE SEU OBJETO E OBJETIVO .............................................. 15
2.2 USUÁRIOS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS ............................................... 16
2.3 SURGIMENTO E A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL ........... 18
2.4 CONTABILIDADE GERENCIAL: CONCEITO E OBJETIVO ........................... 19
3 FERRAMENTAS DA CONTABILIDADE GERENCIAL ..................................... 23
3.1 ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ....................................... 26
3.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS GERENCIAIS ........................ 27
4. EMPRESA DE PEQUENO PORTE ................................................................... 29
4.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ................................................................. 31
4.3 TOMADA DE DECISÃO GERENCIAL ............................................................. 34
5. METODOLOGIA ................................................................................................ 36
5.1 PESQUISA DE CAMPO .................................................................................. 37
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 38
6.1 TEMPO DE ATUAÇÃO DA EMPRESA NO MERCADO .................................. 38
6.2 FATURAMENTO ANUAL DA EMPRESA ........................................................ 39
6.3 NÚMERO DE FUNCIONARIOS ...................................................................... 40
6.4 SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL .................................................... 41
6.5 A CONTABILIDADE DA EMPRESA ................................................................ 43
6.6 CONHECIMENTO SOBRE A CONTABILIDADE GERENCIAL ....................... 44
6.7 FERRAMENTAS GERENCIAIS ....................................................................... 45
6.8 BASE DA TOMADA DE DECISÃO .................................................................. 46
6.9 TIPO DE PLANEJAMENTO ............................................................................ 47
6.10 LUCRO OU PREJUÍZO ................................................................................. 49
6.11 USO DA CONTABILIDADE GERENCIAL ..................................................... 50
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 52
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 54
APÊNDICES .......................................................................................................... 61
APÊNDICE A1 ....................................................................................................... 62
12
1. INTRODUÇÃO
No Brasil a maioria dos empreendimentos ativos são instituídos de micros e
pequenas empresas, por isso são essenciais para a economia do país, grandes
geradoras de empregos e riquezas, contribuintes de maneira significativa para o
aumento do produto interno bruto - PIB. Existem mais de 7 milhões dessas
empresas, porém, segundo o SEBRAE (2011), 27% de todas as novas empresas
fundadas no Brasil acabam fechando as portas no primeiro ano de vida.
Na maioria das vezes, os gestores destas organizações são iniciantes e
carecem ou até desconhecem das prerrogativas necessárias para uma boa
administração de seus negócios. Para que a organização cresça é necessário que
seus gestores tomem decisões, sucedendo que as mesmas necessitam ser
fundamentadas em informações de relatórios contábeis e gerenciais.
Conforme as palavras de Henrique (2008), para enfrentar os desafios e
dificuldades no mercado globalizado, os gestores precisam monitorar seu processo
de gestão, com meios que efetivamente auxiliem na tomada de decisão com o
máximo de segurança. As informações e dados fornecidos pela contabilidade
representam ferramentas de gestão, que servirão de apoio e suporte e devem fazer
parte da rotina empresarial, ou seja, servir de apoio em todas as esferas da
empresa.
As empresas estão em constantes mudanças; cada vez mais necessitam de controles precisos e de informações oportunas sobre seu negócio para adequar suas operações às novas situações de mercado. Observa-se que durante anos a contabilidade foi vista apenas como um sistema de informações tributárias; na atualidade, ela passa a ser vista também como um instrumento gerencial que se utiliza de um sistema de informação para registrar as operações da organização, formações necessárias para subsidiar o processo de tomadas de decisões e para o processo de gestão, planejamento, execução e controle. (CREPALDI, 2014, p.6)
Dados do SEBRAE (2011) apontam que entre as causas dessa alta taxa de
mortalidade está à deficiência na gestão dos negócios e que essa deficiência está
relacionada a não utilização ou subutilização de instrumentos característicos da
Contabilidade Gerencial.
Em meio a essas dificuldades, algumas EPP têm apresentado uma grande
flexibilidade ao lidar com os desafios e a cada dia vem se tornando mais inovadora e
sensível às exigências do mercado, contribuindo com a geração de oportunidades
13
para o aproveitamento de uma grande parcela da força de trabalho e ao
desenvolvimento social (RIBEIRO, 2016).
Para que a empresa tenha continuidade, é preciso que haja planejamento e
ferramentas que auxiliem na administração da mesma. Padoveze (2009) comenta
que o gerenciamento contábil está ligado às informações contábeis que são
necessárias para controle, acompanhamento e planejamento da empresa como um
todo e utilizados pela alta administração da companhia.
A contabilidade gerencial é uma grande ferramenta capaz de auxiliar os
gestores na tomada de decisão. Porém, os pequenos empreendedores utilizam a
contabilidade somente para fins fiscais e legais, ou seja, por obrigação.
Assim, para enfrentar os desafios impostos pelo mercado, os gestores
precisam monitorar e aprimorar seus processos de gestão, através de meios que
auxiliem efetivamente na tomada de decisão. A partir daí surge o seguinte problema
da pesquisa: Qual a função da Contabilidade Gerencial quando utilizada como
ferramenta de gestão em decisões nas pequenas empresas?
Portanto, a pesquisa teve como objetivo identificar como a contabilidade
gerencial auxilia as empresas de pequeno porte nas tomadas de decisão. E como
objetivos específicos: discorrer sobre as principais características da contabilidade
gerencial, verificar se os pequenos empreendedores compreendem a importância da
contabilidade gerencial para a gestão organizacional e averiguar quais as
ferramentas de gestão é utilizado como forma de auxílio na tomada de decisão.
A importância deste estudo foi ressaltar as informações que a contabilidade
gerencial oferece, é uma forma ímpar de transformar dados e fatos em análises e
relatórios que retratem a imagem da empresa em seu momento presente, e também
auxílio para identificar problemas e soluções e sendo a mesma ferramenta capaz de
direcionar o gestor na tomada de decisão.
O presente estudo está dividido em seis seções, contando com a introdução.
A segunda seção apresenta o referencial teórico com os temas relacionados à
origem a evolução da contabilidade, as ferramentas da contabilidade gerencial, à
caracterização da pequena empresa. Na sequência, o tópico cinco aborda a
metodologia e a pesquisa de campo e o tópico seis apresenta a análise dos
resultados. Por fim, fazem-se as considerações finais do estudo.
14
2. A ORIGEM DA CONTABILIDADE
A contabilidade surgiu da necessidade do homem acompanhar e controlar a
evolução do seu patrimônio. De acordo com Coelho e Lins (2010, p. 115), “a
contabilidade sempre esteve presente na vida do homem. Mesmo nos tempos mais
primitivos, ela pode ser encontrada na sociedade por uma de suas vertentes mais
conhecidas: o controle”.
Segundo Iudícibus (2010, p.15) afirma, a Contabilidade é tão antiga quanto à
origem do Homo Sapiens, sendo que alguns historiadores creditam os primeiros
sinais objetivos da existência da contabilidade há aproximadamente 2.000 a.C,
outros historiadores determinam que até antes da era Cristã, surgiram diversos
registros de transações contábeis na China, Egito, Assíria, Fenícia, Pérsia etc.,
Mesmo de forma rudimentar.
Com o desenvolvimento cultural, social e econômico, foi que a contabilidade
passou a evoluir. Após esse período, surgiram as escolas, primeiramente, a
Europeia, que tinha como uma de suas principais características os inúmeros
estudos teóricos, era voltada para a criação de teorias. Um dos seus principais
idealizadores foi o Frei Luca Pacioli, que revolucionou a Contabilidade, considerado
um dos mais estudiosos da época, e que consagrou-se como uma das maiores
mentes de seu tempo, e tornando-se conhecido como “pai da contabilidade”. Sua
facilidade em lidar com a aritmética fez com que muitos pesquisadores
acreditassem ser o criador das partidas dobradas. (COELHO 2010, p.126-125)
De acordo com a Sombra (2013, p. 21), “esse período é chamado de
Renascença, e o marco desses períodos foi a primeira obra conhecida que difundiu
as partidas dobradas para o mundo a obra do Frei Luca Pacioli e foi inseridas em
uma obra de Aritmética, Geometria, Proporções e Proporcionalidade, editada em
1494, por Paganino dei Paganini, em Veneza”.
Desse período até o começo do século XX, a Europa foi o núcleo dos estudos
contábeis. Nesse momento, a Contabilidade procurava aperfeiçoar o formato de
demonstrar a conjuntura das instituições, apesar de não existir muita preocupação
em transmitir as informações necessárias ao indivíduo externo; por conseguinte, os
15
dados tinham por finalidade atender especialmente ao empregador da empresa.
Tanto a Contabilidade quanto a Administração apresentaram critérios, regimes e
doutrinas, onde precisaram se adaptar às exigências da época. As constituições dos
patrimônios juntamente com as necessidades se modificaram. (SÁ, 2009, p.23).
A contabilidade desde quando surgiu com uma junção de conhecimentos,
com objetos e finalidades definidos, tem sido considerada como ciência, sendo na
acepção ampla do conceito uma das ciências econômicas e administrativas.
Tem como função registrar, demonstrar, classificar, analisar e auditar todos
os acontecimentos que ocorrem no patrimônio das entidades, com o objetivo de
fornecer informações, interpretações e orientação sobre a composição do mesmo,
para a tomada de decisões de seus administradores. Consideravelmente a
contabilidade modifica-se numa fonte de conhecimentos na proporção em que pode
facultar a qualquer instante a noção da condição da empresa e o fluxo dos seus
negócios. Segundo Marion (2012, p.25):
A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Na verdade, ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando- os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões.
Desse mesmo modo, Hendriksen e Breda (2010, p.29) descrevem: “a
Contabilidade é a ciência que cuida do registro, classificação e sintetização, de
maneira significativa e em termos monetários, de transações e eventos que são em
parte, de natureza financeira, e de interpretação de seus resultados”.
2.1 CONTABILIDADE SEU OBJETO E OBJETIVO
Alguns pensadores da ciência contábil indicam que o principal objetivo da
contabilidade seria gerar informações para tomada de decisões racionais tanto por
usuários internos quanto por usuários externos da informação contábil. Vale
salientar, conforme destaca a Resolução 774 do Conselho Federal de
Contabilidade – CFC (2008, p. 20), que “a existência de objetivos específicos não é
essencial à caracterização de uma ciência, pois, caso o fosse, inexistiria a ciência
“pura”, aquela que se concentra tão-somente no seu objeto”.
16
A contabilidade tem o objetivo de fornecer informações úteis e precisas para
a tomada de decisões, e também auxiliar na administração. Segundo Marion
(2010), diz que o objetivo principal da Contabilidade é fornecer informação
econômica, física, de produtividade e social relevante para que cada usuário possa
tomar suas decisões e realizar seus julgamentos com segurança.
Já Iudicíbus (2010, p.22) diz que a contabilidade tem:
A capacidade de gerar relatórios de exceção para finalidades informativas especiais. Os relatórios financeiros tradicionais deveriam ter poder preditivo e vir acompanhados de quadros suplementares, demonstrando informações históricas e preditivas sobre indicadores de interesse para os vários usuários.
O objeto de estudo da contabilidade é seu campo de aplicação, ou seja, o
patrimônio das entidades econômicas, registrando e acusando todas as ocorrências
verificadas e informadas sobre as empresas bem como resultados econômicos
provenientes da administração da riqueza patrimonial. Sua finalidade é de
examinar, fiscalizar, planejar e controlar o patrimônio da empresa mediante
registros dos fatos ocorridos.
Para Iudícibus (2010, p.11) “o grande objetivo é o de prover seus usuários
em geral com o máximo possível de informação sobre o patrimônio de uma
entidade e suas mutações.”.
A finalidade da contabilidade é fornecer informações econômicas e
financeiras acerca da entidade. “A finalidade básica da contabilidade é gerar
informações de ordem física, econômica e financeira sobre o patrimônio, com
ênfase para o controle e o planejamento – processo decisório” (BASSO, 2005).
Deste modo, a contabilidade permite que sejam fornecidas informações
econômicas, financeiras e sociais para que seus usuários, com base nesse
conhecimento, tenham uma ferramenta para a tomada de decisão e gerenciamento
do negócio.
2.2 USUÁRIOS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
A contabilidade é uma importante ferramenta no processo de coleta de
informações gerenciais, uma vez que as informações geradas são utilizadas como
auxílio no processo decisório e devem propiciar aos seus usuários uma base segura
17
para as suas decisões, pela compreensão do estado em que se encontra a entidade
e seu desempenho, sua evolução, riscos e oportunidades que oferece. Com o
referido, Iudícibus, Marion e Faria (2010, p. 45), enfatizam que:
A fim de ser útil, a informação precisa ser relevante para as necessidades de tomada de decisões dos usuários. A informação possui a qualidade da relevância quando ela influencia as decisões econômicas dos usuários ajudando-os avaliar eventos passados, presentes ou futuros ou confirmando ou corrigindo suas avaliações passada.
A informação contábil, em especial aquela contida nas demonstrações
contábeis, notadamente as previstas em legislação, deve propiciar revelação
suficiente sobre a entidade, de modo a facilitar a concretização dos propósitos do
usuário, revestindo-se de atributos, que segundo o Portal da Legislação Contabilista
do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia – CRCBA (2007, n.p.) são:
Confiabilidade: atributo que faz com que o usuário aceite a informação contábil e a utilize com base nas decisões; Tempestividade: refere-se ao fato de que a informação contábil deve chegar ao conhecimento do usuário em tempo hábil; Compreensibilidade: presume que o usuário disponha de conhecimentos de Contabilidade e dos negócios da entidade; Comparabilidade: deve possibilitar ao usuário o conhecimento da evolução entre determinada informação ao longo do tempo;
Conforme Moscove et al. (2002), para que a informação contábil seja usada
no processo de administração, é necessário que essa informação seja desejável e
útil para as pessoas responsáveis pela administração da entidade. Para isso, há a
necessidade de manter a informação contábil atualizada e em tempo real, pois
serão de suma importância para a tomada de decisão.
Respalda Marion (2009, p. 29)” os usuários são as pessoas que se utilizam
da contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e buscam na
contabilidade, suas respostas”.
Os usuários são todas as pessoas físicas ou jurídicas, tanto podem ser
externos e internos. Segundo Perez Junior e Begalli (2015, p.303),” que os usuários
internos, são os profissionais que compõem a administração, encarregados de
tomar decisões no dia a dia da empresa. E os usuários externos é formado pelos
investidores , credores funcionários e outros elementos que estão interessados em
conhecer a capacidade da empresa em pagar suas dívidas e gerar lucros”.
18
E assim, por diante. Segundo CFC (2008, p. 22):
Os usuários tanto podem ser internos como externos e, mais ainda, com interesses diversificados, razão pela qual as informações geradas pela entidade devem ser amplas e fidedignas e, pelo menos, suficientes para a avaliação da sua situação patrimonial e das mutações sofridas pelo seu patrimônio, permitindo a realização de inferências sobre o seu futuro.
Para seus usuários a contabilidade deve prover dados que auxiliam na
tomada de decisões, como afirma Marion (2012, p.126), “a Contabilidade pode ser
considerada como sistema de informação destinada a prover seus usuários de
dados para ajudá-los na tomada de decisões”.
2.3 SURGIMENTO E A EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE GERENCIAL
A contabilidade gerencial começou a ser evidenciada juntamente com a
revolução industrial, a ferramenta mais importante para os gestores na época foi à
contabilidade de custos. Com grandes investimentos em máquinas, equipamentos
e ativos fixos no processo industrial, o conceito de depreciação passou a ser muito
relevante para o levantamento dos resultados.
De acordo com Atkinson (2011) os dados registrados pelas tecelagens no
inicio do século XIX demonstravam o recebimento de informações aos gerentes
sobre o custo horário da conversão da matéria prima (algodão bruto) em produtos
intermediários (fios e linhas de costura) e os produtos já acabados (tecidos) e o
custo de produção por quilo de produto separado por departamento e por operário.
Passou desde então a desenvolver ferramentas que pudessem de maneira cada
vez mais eficaz ser compatíveis com a necessidade informacional e de controle de
recursos. Evidenciando assim sua evolução.
De acordo com Padoveze (2010, p.28),” O atual foco das pesquisas sobre a
missão das entidades empresariais está centrado no conceito de criação de valor,
associado dentro do mesmo escopo o processo de informação gerado pela
contabilidade para que as entidades possam cumprir adequadamente sua missão”.
A contabilidade gerencial passou por quatro momentos de grandes
mudanças, onde cada um representa a necessidade imposta pelo mercado em cada
período histórico, são eles:
19
Quadro 1 - Evolução e mudanças na contabilidade gerencial
Período Estágio
Antes de 1950 o foco era na determinação do custo e controle
financeiro, através do uso do orçamento e da
contabilidade de custos;
Por volta de 1965 o foco foi mudado para o fornecimento de informações e
planejamentos para assim possuir análises detalhadas
para a tomada de decisão;
Por volta de 1985 a atenção foi focada mais importância para a redução
dos desperdícios de recursos usados nos processos de
negócios;
E por volta de 1995 a atenção foi mudada para a geração ou criação do
valor através do uso efetivo dos recursos e o uso de
tecnologias, criando inovação organizacional;
Fonte: Padozeve, (2010,p 34-35) adaptado.
Sendo assim, cada estágio representa um processo de adaptação para um
conjunto de condições nas quais as organizações necessitam dia após dia para
tomarem decisões precisas diante a grande concorrência. Por isso, de acordo com
Padoveze (2010, p.35), é válido dizer que a contabilidade gerencial, surgiu da
necessidade de gerar informações cabíveis, claras e concretas para os gestores,
auxiliando-os assim no processo de tomada de decisão da empresa.
2.4 CONTABILIDADE GERENCIAL: CONCEITO E OBJETIVO
A contabilidade gerencial apresenta-se como uma ferramenta voltada para a
gestão das empresas, com a finalidade de auxiliar os gestores na tomada de
20
decisão. Ela preocupa-se fundamentalmente com as informações contábeis que são
úteis para a administração da empresa. Pois, a partir destas informações, os
gestores terão em mãos elementos que serão indispensáveis no processo decisório
da entidade. Pode ser definida por diversos conceitos, considerando seus elementos
de principal entendimento á informação e a gestão.
Atkinson et al. (2011, p. 36), definem que:
A contabilidade gerencial é o processo de identificar, mensurar, relatar e analisar informações sobre os eventos econômicos das organizações.
Já segundo Padoveze (2010, p.33), a Contabilidade Gerencial é:
[...] processo de identificação, mensuração, acumulação análise, preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela administração para planejamento, avaliação e controle dentro de uma organização e para assegurar e contabilizar o uso apropriado de seus recursos.
As mudanças na gestão dos negócios, devido ao aumento da concorrência e
a escassez de recursos disponíveis, aumenta a necessidade de informações que
auxiliem os administradores nas tomadas de decisão. A Contabilidade Gerencial
vem preencher essa lacuna produzindo informações objetivas, úteis e relevantes
através dos conhecimentos da contabilidade financeira e outras áreas de negócios.
(CREPALDI, 2014)
O objetivo da Contabilidade Gerencial é atender a todos os aspectos da
gestão das entidades onde se torna necessária a informação contábil. Portanto, sua
abrangência é a empresa como um todo, desde as suas necessidades estratégicas
e de planejamento até as suas necessidades de execução e controle. (PADOVEZE,
2012)
Segundo Santos e Rosa (2010) a contabilidade gerencial é caracterizada por
várias técnicas e procedimentos contábeis úteis à administração. Seu objetivo é
facilitar o planejamento, avaliação desempenho e controle dentro da organização
com o objetivo de utilizar de forma apropriada os recursos disponíveis.
21
Quadro 2 - As características da contabilidade gerencial
Fator Contabilidade Gerencial
Usuários dos relatórios Internos;
Objetivos dos relatórios Objetivo especial de facilitar o
planejamento, controle, avaliação de
de desempenho e tomada de
decisões internamente;
Forma dos relatórios Orçamentos, contabilidade por
responsabilidade, relatórios de
desempenho, de custos, não rotineiros
para facilitar a tomada de
decisões;
Frequência dos relatórios Quando necessário pela
Administração
Custos ou valores utilizados Históricos e esperados (previstas);
Bases de mensuração usadas para
quantificar dados
Varias bases (moeda corrente e
estrangeira);
Restrições nas informações
Fornecidas
Nenhuma restrição, exceto as
determinadas pela administração;
Arcabouço teórico e técnico Arcabouço teórico e técnico;
Características da informação
fornecida
Deve ser relevante e a tempo, podendo
ser subjetiva, possuindo menos
verificabilidade e menos
precisão;
Perspectiva dos relatórios Orientada para o futuro para facilitar o
planejamento, controle e avaliação de
desempenho antes do fato, avaliar os
resultados reais;
Fonte: Padoveze (2010, pag.38) adaptado
22
Conforme detalhado no quadro 2 os principais fatores e características da
contabilidade gerencial como por exemplo são, fator dos usuários internos,
relatórios para facilitar na tomada de decisão e o planejamento.
A contabilidade gerencial é aplicada em todos os setores da empresa, é uma
fonte de informações para todos os níveis hierárquicos da empresa.
Contabilidade gerencial deve suprir, através do sistema de informação contábil gerencial, todas as áreas da companhia. Como cada nível de administração dentro da empresa utiliza a informação contábil de maneira diversa, cada qual com um nível de agregação diferente, o sistema de informação contábil gerencial deverá providenciar que a informação contábil seja trabalhada de forma específica para cada segmento hierárquico da companhia. (PADOVEZE, 2010, p.34)
De acordo com Marion (2012, pag.30) “É voltada para fins internos, procura
suprir os gerentes de um elenco maior de informações, exclusivamente para a
tomada de decisões”.
A contabilidade gerencial exerce um papel muito importante na vida das
empresas de pequeno porte, pois as encaixa no novo modelo de mercado que exige
capacidade de inovação, rapidez, qualidade, flexibilidade, produtividade entre outras,
que exigem um administrador preparado para enfrentar e atingir metas, sempre com
pensamento estratégico a frente desse mercado competitivo.
De acordo com PADOVEZE (2010, p.33):
Entendemos que a Contabilidade Gerencial existe ou existirá se houver uma ação que faça com que ela exista. Uma entidade tem Contabilidade Gerencial se houver dentro dela pessoas que consigam traduzir os conceitos contábeis em atuação prática. Contabilidade Gerencial significa gerenciamento da informação contábil. Ora, gerenciamento é uma ação, não um existir. Contabilidade Gerencial significa o uso da contabilidade como instrumento da administração.
Portanto, a contabilidade gerencial é a base de uma administração segura,
onde a sua utilização se mostra necessária para todos os portes de empresas
como micro, pequenas e grandes. A sua utilização traz o sucesso das
organizações, e reduz significativamente o risco de falência; ela é o termômetro que
mede e trata a saúde geral de uma organização, pois, se os empresários fizerem o
uso da contabilidade gerencial, dentro de suas diversas especialidades, coletando
23
informações e dados e analisando de forma coerente, estarão com grandes
vantagens em relação a seus concorrentes.
3. FERRAMENTAS DA CONTABILIDADE GERENCIAL
A contabilidade é um processo com propósito de captar o impacto
econômico das transações cotidianas. Periodicamente, as demonstrações
contábeis são preparadas para indicar a posição financeira e os resultados das
operações.
As demonstrações contábeis são essenciais para que em uma organização
financeira, os sócios da empresa possam tomar suas decisões. Essas informações
são de suma importância para a empresa, pois é através destas, que é mostrada a
“vida” da instituição.
Conforme o Comitê de Pronunciamento Contábil – (CPC 00, 2011):
As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As demonstrações contábeis também objetivam apresentar os resultados da atuação da administração, em face de seus deveres e responsabilidades na gestão diligente dos recursos que lhe foram confiados (CPC 26, 2011, p. 5).
Segundo o IBRACON (NPC 27), "as demonstrações contábeis são uma
representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em
determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo
nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer
informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo
financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários
na tomada de decisões [...]”.
Assim, são apresentadas as principais demonstrações contábeis, ou seja,
aquelas que são indispensáveis para se conhecer a situação da organização em
estudo, tais demonstrações são: Balanço Patrimonial; Demonstração do Resultado
do Exercício; Fluxo de Caixa Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados.
24
É de suma importância o Balanço Patrimonial – BP, pois, é uma
demonstração contábil, que tem por objetivo demonstrar a situação patrimonial da
empresa em determinada data. Segundo Conselho Regional de Contabilidade do
Paraná – CRCPR (2011, p. 18) o balanço é estruturado pelo Ativo, o Passivo e o
Patrimônio Líquido da entidade.
Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade. Passivo é uma obrigação atual da entidade como resultado de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera resulte na saída de recursos econômicos. Patrimônio Líquido – PL, é o valor residual dos ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos.
As contas do ativo são classificadas em ordem decrescente do grau de
liquidez dos elementos patrimoniais que representam a capacidade de um bem ser
convertido em dinheiro. No passivo representa as obrigações da empresa para com
terceiros. Por sua vez o patrimônio líquido que registram os recursos provenientes
de sócios e acionistas, bem como suas variações em decorrência dos resultados da
gestão econômico, financeira da empresa.
O balanço patrimonial, portanto além de fornecer informações sobre o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empresa, oferece condições de se analisar a estrutura do endividamento das empresas, ou seja, quais são as principais fontes de seus recursos (COELHO E LINS, 2010, p. 100).
A Demonstração do Resultado do Exercício – DRE tem como objetivo
fornecer aos usuários as demonstrações financeiras e apurar o lucro ou prejuízo
auferido pela empresa. Embora sejam elaboradas anualmente para fins de
divulgação, em geral são feitas mensalmente pela administração e trimestralmente
para fins fiscais.
A demonstração de resultado é o resumo das operações da empresa
durante um período, ou exercício social. Segundo Coelho e Lins (2010, p. 105), [...]
“a DRE pode oferecer informações sobre o processo operacional da empresa, e as
informações nela contidas, conciliadas com as informações do Balanço Patrimonial,
podem nos oferecer dados sobre a rotatividade dos processos operacionais e dos
prazos médios de renovação dos estoques, dos pagamentos efetuados a
25
fornecedores e dos recebimentos dos clientes”.
É uma poderosa ferramenta para a tomada de decisão. Descreve a formação
do resultado gerado no exercício, mediante especificação das receitas, custos e
despesas por natureza dos elementos componentes, até o resultado líquido final.
Braga (2012, p. 102) conceitua que a DFC - “demonstração do fluxo de caixa
evidencia as modificações ocorridas no saldo das disponibilidades (caixa e
equivalentes de caixa) da empresa em determinado período, através de fluxos de
recebimentos e pagamentos”. Sendo assim, pode-se dizer que o fluxo de caixa é
um instrumento de controle e análise financeira que quando junta-se com as
demonstrações contábeis torna-se um instrumento de apoio na tomada de decisão.
Através do DFC é possível saber com precisão a situação da empresa se ela
esta com um saldo positivo ou negativo.
“Enquanto as outras demonstrações buscam explicar a situação da patrimonial e o desempenho operacional da empresa, essa Demonstração procura explicar que atividades afetaram o caixa de um período para outro, a começar pelo fato de que o lucro realizado em determinado período não é igual ao montante de caixa gerado no mesmo período.” CHING (2010 p. 89).
Há duas formas de apresentar o fluxo de caixa elas são denominadas de
método direto e método indireto. Onde o método direto demonstra o fluxo de caixa
das atividades operacionais em termos de caixa bruto, só que não distinguindo o
lucro e as mudanças do capital de giro do período e o método indireto demostra o
fluxo de caixa das atividades operacionais, o lucro operacional mais depreciação e
as mudanças no capital de giro, são facilmente obtidos a partir da ultima
demonstração e dos dois últimos balanços patrimoniais. Braga (2012, p. 105)
A demonstração dos fluxos de caixa é uma ferramenta útil para analisar o
que esta acontecendo com o caixa da empresa em um determinado período de
tempo, sendo assim analisando corretamente essa demonstração pode-se prever o
sucesso ou fracasso da organização (FERRONATO, 2011).
A Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) é uma
ferramenta que permite a visualização da aplicação dos lucros, que podem ser
reinvestidos ou distribuídos aos gestores de uma determinada empresa.
Conforme (Iudícibus, 2010, p.238) a DLPA tem a finalidade de:
26
Apenas uma parte do Lucro Líquido é distribuída para os proprietários da empresa, em forma de dividendos. A maior parcela, normalmente, é retida na empresa e reinvestida no negócio. A destinação (canalização) do Lucro Líquido para os proprietários (distribuição de dividendos) ou o reinvestimento na própria empresa (retenção e lucros) será evidenciada na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, antes de ser indicada no Balanço Patrimonial. Encerra-se a Demonstração do Resultado do Exercício com a apuração do Lucro Líquido. Em seguida transporta-se o Lucro Líquido para a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados para efetuar a sua distribuição.
Segundo Braga (2012, p. 85), “o objetivo da demonstração dos lucros ou
prejuízos acumulados, portanto é apresentar o saldo inicial dos prejuízos
acumulados, se for o caso, as movimentações durante o exercício [...]”.
As ferramentas contábeis gerenciais estão ao alcance de qualquer tipo de
empresa garantindo a diferenciação através do conhecimento, que possam ser
utilizados como instrumentos de avaliação e controle, para posteriormente servirem
de alternativas para a tomada de decisão. Colabora Iudícibus (1987 apud
Padozeve, 2010, p. 11):
A Contabilidade Gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na Contabilidade Financeira, na Contabilidade de Custo, na análise financeira e de balanços etc., [...]
Contudo, acredita-se que o uso da contabilidade com enfoque gerencial nas
micro e pequenas empresas contribui fortemente para o sucesso das mesmas e
trará uma infinidade de ferramentas gerenciais que auxiliarão o empresário na
gestão financeira de sua empresa, munindo-os de informações úteis ao processo
de tomada de decisões administrativas. Isto posto, é necessário adaptar as
ferramentas contábeis utilizadas pelas grandes empresas.
3.1 ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
A análise das demonstrações contábeis consiste em decompor, comparar e
interpretar as demonstrações a fim de se obter o detalhamento sobre a situação
patrimonial da empresa e suas variações durante um período.
O gestor procura o máximo de informações para sua análise, onde possa
27
estar investindo de forma segura sem correr riscos desnecessários por falta de
informações, para isso, a análise das demonstrações contábeis supre essa
necessidade de investigação. Sendo ela uma técnica que realiza a interpretação
dos demonstrativos financeiros e extrair informações para obter um diagnóstico
sobre a situação econômica da empresa em determinado tempo e em comparação
com os concorrentes. Iudícibus (2010, p.5), define Análise de Balanço como:
[...] a arte de saber extrair relações úteis, para o objetivo econômico que tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso”. Consideramos que a análise de balanços é uma arte, pois embora existam alguns cálculos razoavelmente formalizados, não existe forma científica ou metodologicamente comprovada de relacionar os índices de maneira a obter um diagnóstico preciso.
Perez Junior e Begalli (2009, p. 239) definem Análise das Demonstrações
Contábeis como “[...] uma forma de transformar dados em informações úteis à
tomada de decisão”. É uma ferramenta utilizada principalmente para identificar a
situação financeira de uma empresa através de informações contidas em suas
demonstrações. As principais Demonstrações Contábeis utilizadas para a análise
são o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício.
Entretanto a análise das demonstrações é um importante instrumento para os
usuários internos a organização. Trata-se de uma ferramenta que propicia
avaliações do patrimônio e das decisões tomadas, tanto em relação ao passado
quanto em relação ao futuro aumentando, assim, a segurança nas decisões do
empresário ou administrador.
3.2 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES CONTÁBEIS GERENCIAIS
Um dos pontos fundamentais e indispensáveis da contabilidade gerencial é o
uso da informação contábil como ferramenta para administração, pois, ela gera
informações operacionais financeiras para os usuários, orientando-os nas decisões
operacionais e de investimentos (CREPALDI, 2014).
O sucesso ou fracasso de uma empresa pode estar ligado à maneira de
como se utiliza e gerencia uma informação, desta forma, as informações geradas
pela contabilidade gerencial devem fornecer a seus usuários dados seguros, pois
28
as decisões tomadas baseadas em tais informações afetarão toda uma
organização.
O sistema de informação contábil (SIC) é o instrumento que dá suporte às
funções de planejamento, controle e organização de uma empresa, que são
apresentadas através de relatórios, que ajudam os gestores com fornecimento de
dados e informações para a tomada de decisões. De modo a proporcionar
informações que reflitam de modo real os resultados obtidos com as operações da
entidade.
Ratifica Padoveze (2010, p. 48) que:
Sistema de informação como um conjunto de recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros agregados segundo uma sequência lógica para o processamento dos dados e tradução em informações, para com seu produto, permitir às organizações o cumprimento de seus objetivos principais.
Segundo Caiçara Junior (2011), sistemas de informações gerenciais, dá
suporte aos gestores por meio de relatórios que demonstram a produtividade
passada e atual da empresa, assim como também pode contribuir informando
previsões de produtividade futuras, o que torna um grande diferencial no sistema.
De acordo com Gomes (2014, p. 172) os SIG apresentam as seguintes
características:
Foco sobre a informação, direcionado para gerentes de nível médio;
Foco no armazenamento, processamento e fluxos de dados no nível
operacional;
Processamento de transações eficientes;
Fluxo de informações estruturado;
Integração de atividades de EDP (Eletronic Data Processing),
processamento de dados eletrônicos por função comercial, tais como: SIG para
produção, SIG para marketing, SIG pessoal etc;
O acesso à informação é a base de qualquer tomada de decisão, devendo a
mesma ser processada de maneira rápida e precisa, para se alcançar isso é
necessária à utilização de softwares.
As empresas que adotam os sistemas de informações gerenciais geram
benefícios dentre os quais cita Oliveira, Perez Jr, Silva (2008, p.56):
29
a) Redução de custos das operações;
b) Melhoria no acesso das informações:
c) Rapidez na tomada de decisão;
d) Aumento da produtividade e eficiência das gestões;
e) A tomada antecipada de decisões;
f) Melhoria no resultado econômico, financeiro e operacionais;
Padozeve (2010, p.55) acrescenta ainda, que o sistema de informação é
composto por subsistemas (registros auxiliares) que fornecem informações
oportunas e relevantes.
A partir desses subsistemas é que são elaborados para fins gerenciais os
demonstrativos contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do
Exercício, Fluxo de Caixa, DLPA que terão um papel de destaque ao serem
interpretados pelas ferramentas da contabilidade.
Portanto, a contabilidade gerencial e o sistema de informações gerenciais
são ferramentas de suma importância para gerencia da empresa, pois irá coletar
todos os dados e informações conforme a necessidade dos usuários. Quanto mais
os usuários entenderem a lógica de seus conceitos, maiores serão suas opções e
ferramentas de análise, atingindo assim uma maior eficiência, tanto na análise dos
dados quanto nos demonstrativos, para assim ajudar na administração, e no
processo de tomada de decisões.
4. EMPRESA DE PEQUENO PORTE
A lei 123/2006 considera como microempresa e empresa de pequeno porte a
sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de
responsabilidade limitada e o microempreendedor individual desde que respeitados
os limites da receita anual bruta por ela estabelecido e devidamente registrados no
Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
O conceito de microempresa e empresa de pequeno porte tem como fator
objetivo a renda auferida durante o exercício financeiro. Segundo Tavares (2011, p.
127), “o que a lei deve e pode concretizar, em termos numéricos preciosos, é o
critério discriminador (que é necessariamente o da renda bruta) para fins de
implementar a distinção entre as empresas que se beneficiarão do privilégio
30
constitucionalmente elaborado”.
Quanto ao critério de classificação da empresa de pequeno porte é possível
classificar seu porte através da receita anual conforme a Lei Complementar 139/11,
ANVISA e BNDES ou ainda pelo número de funcionários segundo SEBRAE.
Conforme a Lei do Simples123/2016 consideram-se empresas de pequeno
porte:
Quadro 3 - Critérios de Classificação do tamanho empresas de pequeno porte.
Órgão/ Critério EPP
Estatuto Geral da Micro e Pequena Empresa
Entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões de acordo com LC 139/2011
ANVISA: Faturamento Anual
Entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões de acordo com LC 139/2011
BNDES: Receita Operacional Bruta Anual ou Anualizada
Entre R$ 2,4 milhões e R$ 16 milhões de acordo com a Carta Circular nº 11/10
Fonte: BRASIL (LEI 139; 2011), BRASIL (LEI 139; 2011), BNDES (2010).
O Simples Nacional inclui um total de seis impostos federais que são o IPI
(Imposto Sobre Produtos Industrializados), INSS patronal (Instituto Nacional do
Seguro Social), Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social),
IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica), PIS (Programa de Integração Social),
CSLL (Contribuição social sobre o lucro líquido) e o ICMS (Imposto sobre
Operações relativas à Circulação de Mercadorias) e o ISS (Imposto Sobre Serviços
de Qualquer Natureza) recolhido pelos municípios (TAVARES, 2008).
Alguns dos principais benefícios para o enquadramento dessas empresas, e
os motivos pelo qual os empreendedores as escolhem, são:
Regime unificado para apurar e recolher os impostos e contribuições
sociais;
Dispensa do cumprimento de certas obrigações trabalhistas e
previdenciárias;
Simplificação do processo de abertura, alteração e encerramento da MPE’s:
31
Facilitação do acesso ao crédito e ao mercado;
Preferência nas compras públicas; e
Estímulo à inovação tecnológica.
Na definição do SEBRAE, o fator diferencial da micro e pequena empresa se
dão pelo número de funcionários, fazendo ainda, distinção por segmentos
econômicos. Vale destacar que o critério não tem fundamentação legal, onde para
critérios legais, deve ser levada em consideração a lei 123 de 14 de dezembro de
2006.
Quadro 4 - Classificação das MPE’s segundo o número de empregados
Porte/Setor Indústria Comércio e Serviços
Microempresas Até 19 empregados Até 09 Empregados
Empresas de Pequeno Porte
De 20 a 99 De 10 a 49
Fonte: SEBRAE/SC (2013)
Conforme o artigo 1° da Lei Complementar 123/2016, as empresas de
pequeno porte são beneficiadas por terem um tratamento diferenciado e favorecido,
onde um desses tratamentos consiste no recolhimento unificado dos impostos e
contribuições devidos a União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Vale destacar que as empresas de pequeno porte tem papel fundamental na
economia brasileira, onde são responsáveis por empregar uma grande parte da
mão de obra urbana que respondem 40% da massa salarial brasileira que
representam 98% do número de empresas formais no Brasil, onde a cada ano este
segmento vem crescendo e contribuindo para a economia brasileira (SEBRAE,
2014).
4.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Planejamento é o ato ou efeito de planejar e a elaboração por etapas, com
bases técnicas, de planos e programas com objetivos definidos. Já a palavra
estratégia é a arte de aplicar os meios disponíveis ou explorar condições favoráveis
com vistas a objetivos específicos (UNIFAP, 2015). Por essa razão o planejamento
32
estratégico representa uma ferramenta necessária e indispensável a uma
organização a fim de prevenir as incertezas através de técnicas e processos
administrativos que permitem o planejamento do seu futuro e nesse sentido
significa o ponto de partida na administração estratégica nas organizações
independente do seu tamanho e tipo.
As formas de definições do Planejamento Estratégico são apresentadas por
alguns autores das seguintes maneiras:
a) O processo de Planejamento Estratégico se constitui em uma
ferramenta organizacional que serve de apoio para a tomada de decisão e para a interpretação do ambiente em que a organização está inserida. (KICH; PEREIRA, 2011a, p. 1046).
b) Define os objetos, direciona esforços e recursos e dá um rumo ao empreendimento, o que nada tem a ver com previsão ou com futuro garantido, até pela dinâmica, volatilidade e complexidade do contexto empresarial. (BERNARDI, 2013, p. 5)
c) Planejamento Estratégico é um processo que consiste na análise sistemática dos pontos fortes (competências) e fracos (incompetências ou possibilidades de melhorias) da organização, e das oportunidades e ameaças do ambiente externo, com o objetivo de formular (formar) estratégias e ações estratégicas com o intuito de aumentar a competitividade e seu grau de resolutividade. (PEREIRA, 2010, p.47).
Segundo Hoji (2012, p 405),” o planejamento consiste em estabelecer com
antecedência as ações a serem executadas dentro dos cenários e condições
preestabelecidos, estimando os recursos a serem utilizados e atribuindo as
responsabilidades, para atingir os objetivos fixados”. E esses objetivos fixados só
poderão ser atingidos com um sistema de planejamento bem estruturado. Ele
subdivide-se em duas fases: planejamento estratégico e operacional.
O planejamento estratégico é a etapa inicial onde a empresa fórmula ou reformula suas estratégias. Já no planejamento operacional consiste na identificação, integração e avaliação de alternativas de ação e na escolha de um plano de ação a ser implementado. (PADOZEVE, 2012 p. 27).
Os fatores do sucesso de uma organização no meio em que está inserida,
especialmente para as micro e pequenas empresas, os empresários devem agir de
forma correta no presente para que seus objetivos e metas possam ser alcançadas
no futuro. E assim poder gerar planos de ação que atendam positivamente a
33
continuação da atividade organizacional. Os níveis hierárquicos podem-se distinguir
de três tipos de planejamento seguintes:
Planejamento tático: “é uma metodologia administrativa com a finalidade em
utilizar eficientemente os recursos da empresa para execução dos objetivos
previstos em determinada área de resultado” (OLIVEIRA, 2009, p. 18);
Planejamento operacional: “é considerado como a formalização,
principalmente dos documentos escritos, sendo elaborado pelos níveis
organizacionais inferior da empresa” (OLIVEIRA, 2009, p. 19).
Planejamento estratégico: “busca manter uma flexibilidade viável de seus
objetivos, habilidades e recursos, enquanto mantém um compromisso com o lucro,
com o crescimento e com a sua missão organizacional” (PINTO & PINTO, 2012 p.
45).
O objetivo do planejamento estratégico é orientar a empresa de modo a gerar
lucros e crescimentos satisfatórios, sendo uma técnica gerencial essencial para a
boa administração. Ela dá o norte para que a organização aproveite novos espaços,
evitando riscos, gerindo recursos com maior eficiência, eficácia e efetividade,
estabelecendo a melhor direção a ser seguida pela empresa, para que atue de forma
inovadora e diferenciada.
Para Padoveze:
O planejamento estratégico é a etapa inicial do processo de gestão, quando a empresa formula ou reformula suas estratégias empresariais de acordo com uma visão específica do futuro. É a fase de definição de políticas, diretrizes e objetivos estratégicos, e tem como produto final o equilíbrio dinâmico das interações da empresa com suas variáveis ambientais. Nessa etapa realizam-se leituras dos cenários do ambiente e da empresa, comumente confrontando as ameaças e oportunidades dos cenários vislumbrados com os pontos fortes e fracos da empresa. (PADOVEZE, 2010, p. 23).
Segundo Gomes e Gomes ( 2014, p.176) benefícios do planejamento
estratégico:
Agiliza decisões;
Melhora a comunicação;
Aumenta a capacidade gerencial para tomar decisões;
Promove uma consciência coletiva;
34
Proporciona uma visão de conjunto;
Permite uma direção única para todos;
Orienta os programas de qualidade;
Melhora o relacionamento da organização com seu ambiente interno e
externo;
Percebe-se então que o Planejamento Estratégico é sem dúvida muito
importante para uma empresa, pois é através dele que a mesma consegue dar os
passos certos para o seu futuro. Ele será um instrumento de gestão que
proporcionará à empresa a direção de suas atividades.
4.3 TOMADA DE DECISÃO GERENCIAL
Frequentemente estamos tomando decisões em nossas vidas, essas
decisões são muito importantes para analisar profundamente elementos disponíveis
sobre critérios racionais, pois uma decisão importante mal tomada pode prejudicar
toda uma vida. Dentro de uma empresa não é diferente, os responsáveis pela
administração estão tomando decisões a todo o momento, visto que uma decisão
mal tomada pode acarretar sérios problemas para o sucesso do negócio. (MARION,
2012).
De acordo com Gomes e Gomes (2014 pag.3):
Tomar decisões complexas é de modo geral, uma das mais difíceis tarefas enfrentadas individualmente ou por grupos de indivíduos, pois quase sempre tais decisões devem atender a múltiplos objetivos, e frequentemente seus impactos não podem ser corretamente identificados.
O ponto principal para alcançar o objetivo geral é saber gerenciar, ter
habilidades para estabelecer o equilíbrio das áreas e identificar as principais
necessidades de cada área (OLIVEIRA, 2012).
“Todo o processo de gestão é caracterizado pela necessidade de tomada de
decisões, que também é um processo, pois consiste numa série de procedimentos,
que culminam com a tomada de decisão.” (Padoveze, 2013, p. 30)
Segundo Dantas (2013, p 10), “uma empresa será mais dinâmica, mais
agressiva e mais atuante do que suas concorrentes, na medida em que possua
melhores sistemas de informações e, evidentemente, gestores de diversos níveis
35
capacitados e motivados a utilizar essas informações para as suas tomadas de
decisões”.
De acordo com Marion (2012 p. 26) “A contabilidade é a linguagem dos
negócios. Mede os resultados das empresas, avalia o desempenho dos negócios,
dando diretrizes para tomada de decisões”.
Portanto é observado que há várias empresas, principalmente como
empresas de pequeno porte fecham com dois anos de vida, devido á uma má
gestão, falta de relatórios sem dados confiáveis e recursos que geralmente são
escassos.
Segundo Dantas (2013, p. 10), “No mundo empresarial costuma-se dizer que
as informações constituem um dos maiores e mais valiosos ativos da empresa.
Uma empresa será mais dinâmica, mais agressiva e mais atuante do que suas
concorrentes, na medida em que possua melhores sistemas de informações e,
evidentemente, gestores de diversos níveis capacitados e motivados a utilizar
essas informações para as suas tomadas de decisões”.
A tomada de decisão gerencial não é um fim, é apenas mais uma etapa, pois
decisões podem ocorrer tanto em níveis intermediários como finais, e uma decisão
colocada em prática cria uma nova situação, que pode gerar resolução de
problemas. Ao contrário do que parece o objetivo do gestor não é apenas enfrentar
e resolver problemas na medida em que vão surgindo, mas sim criar e inovar,
estando atento ao rumo que a organização segue.
36
5. METODOLOGIA
A metodologia está diretamente ligada com o objetivo da pesquisa, é o modo
com o qual será conduzida a pesquisa científica, a forma de captação de dados e
informações. Segundo Gerhardt e Silveira (2009) apud Fonseca (2002), “[...] a
metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos, para se
realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência. Etimologicamente,
significa os estudos dos caminhos, dos instrumentos utilizados para fazer uma
pesquisa científica”.
Para alcançar o objetivo proposto neste estudo, foi adotada uma pesquisa
descritiva, com abordagem qualitativa. A pesquisa descritiva apenas descreve as
informações e os fatos pesquisados sem que o pesquisador interfira nelas e tem
como caraterística a forma de levantamento de dados e informações
(PRODANOV;FREITAS, 2013) . Já na abordagem qualitativa, é traduzida por aquilo
que não pode ser mensurável, pois a realidade e o sujeito são elementos
indissociáveis. Afirma-se que a pesquisa qualitativa tem um caráter exploratório,
uma vez que estimula o entrevistado a pensar e a se expressar livremente sobre o
assunto em questão.
A pesquisa também se classifica como método exploratório onde se
aproxima mais com o problema para se chegar a uma determinada resposta.
Segundo Andrade (2010 p.112): A pesquisa exploratória é o primeiro passo de todo
trabalho científico. Afirma também, que através das pesquisas exploratórias avalia-
se a possibilidade de desenvolver uma boa pesquisa sobre determinado assunto.
Portanto, a finalidade da pesquisa exploratória é desenvolver hipóteses, fato e
fenômeno.
E para a explanação do assunto abordado, serão utilizadas pesquisas
bibliográficas, por meio de livros, revistas, artigos e internet. Segundo Gil (2010,
p.43) “a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de
pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui o caminho
para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”.
37
5.1 PESQUISA DE CAMPO
A pesquisa de campo caracteriza-se pelas investigações em que, além da
pesquisa bibliográfica e/ou documental, se realiza coleta de dados junto a pessoas,
com o recurso de diferentes tipos de pesquisa. (GERHARDT E SILVEIRA, 2009).
Com o objetivo de aprofundar o estudo, realizou-se uma pesquisa com
abordagem direta em 5 (cinco) empresas de pequeno porte , onde todas atuam no
segmento de confecção em geral situadas no município de Redenção – PA. Neste
estudo buscou-se identificar o comportamento das mesmas junto ao mercado, o
conhecimento sobre a contabilidade gerencial e suas ferramentas de gestão,
verificando a importância e a utilização.
A coleta de dados esta relacionada com o problema, com a finalidade a
obtenção de elementos para que os objetivos propostos pela pesquisa possam ser
alcançados. De acordo com Silva (2010), o questionário é uma técnica de
averiguação e coleta de dados de pesquisa científica, se constitui num conjunto de
ordenado de perguntas relacionadas às variáveis situações que se pretende medir,
descrever e se chegar. As formas de perguntas podem ser: abertas, fechadas e
múltipla escolha.
- As abertas possibilitam a realização de investigações mais profundas e
precisas.
- As fechadas, cujas opções de escolhas pelo informante que se limitam a
sim ou não.
- E as múltiplas escolhas apresentam uma série de possíveis respostas.
O questionário foi composto por 13 (treze) questões distribuídas em 12
(doze) questões fechadas e 1 (uma) abertas direcionadas ao gestor da empresa.
Durante o mês de outubro de 2017.
Enfim, procedeu-se um tratamento quantitativo dos dados pesquisados com
objetivo de se ter uma descrição dos dados levantados chegando a certas
conclusões. Os resultados foram analisados, discutidos, tabulados e avaliados a
atual situação da empresa, para que se atinjam os objetivos propostos.
38
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Neste capítulo, para comprovar os fatos argumentados neste trabalho, foi
aplicado um questionário com relação à percepção dos gestores sob a contabilidade
gerencial e a sua importância e a utilização. Foram analisadas as respostas de 5
sócios/gerentes de empresas de pequeno porte do município de Redenção-PA. A
presente pesquisa teve como objetivo uso da contabilidade como ferramenta de
gestão nas empresas de pequeno porte, com o intuito de provar que a contabilidade
fornece suporte na parte fiscal das empresas e sofre carências de outros muitos
benefícios que esta pode atribuir.
Abaixo seguem as perguntas aplicadas uma a uma. Foram elaborados
gráficos para melhor compreensão e observação das respostas, acompanhados de
críticas e comentários.
Tendo como base a pesquisa realizada, percebe-se que todas as empresas
são de pequeno porte. Portanto a maioria das empresas analisadas possui o
controle do dono no negócio. Crepaldi (2014) destaca que as empresas de pequeno
porte normalmente são administradas pelos próprios sócios, que tem formação
técnica ligada ao seu negócio, mas não possui formação administrativa de gestão,
como administração, finanças, economia, contabilidade etc. E que essa falta de
conhecimento tem levado um grande número de falências, recuperações judiciais e
encerramento das pequenas empresas nos seus primeiros anos de vida.
6.1 TEMPO DE ATUAÇÃO DA EMPRESA NO MERCADO
Analisando os dados da pesquisa percebe-se que há uma diversificação na
questão de tempo de atuação de cada empresa pesquisada, que 20% possuem
entre 5 a 10 anos, 40% de 10 a 15 anos, 20 % de 15 a 20 anos e por fim 20 % acima
de 20 anos. Todas utilizam a tributação simples nacional.
Para Padoveze (2005, p.3), “as empresas nascem a partir de investimentos
nas operações necessárias para vender os produtos e serviços escolhidos”.
39
Gráfico 1 – Tempo de atuação da empresa no mercado
Fonte: Dados da pesquisa
De acordo com o SEBRAE (2011) na pesquisa sobre a sobrevivência das
empresas de pequeno porte brasileiras, a longevidade deve-se principalmente aos
avanços da legislação, ao avanço da economia Brasileira, ao aumento na
escolaridade e capacitação dos empreendedores e também o intenso crescimento
do mercado consumidor.
Eventualmente o desenvolvimento da sociedade e o fator principal para a
perpetuação de uma empresa no Brasil, quanto mais acesso a educação, mais
conhecimento de seus direitos e mais legislações que garante os mesmos, o
reflexo na longevidade da empresa.
6.2 FATURAMENTO ANUAL DA EMPRESA
Analisando os dados respondidos, percebe-se que parte significativa das
empresas pesquisadas possui um faturamento anual entre R$ 360.000,00 a
600.000,00, totalizando um total de 20%. E apenas 80% das empresas pesquisadas
têm um faturamento anual entre R$ 600.000,00 a 3.600.000,00, totalizando 4
empresas entre as 5 pesquisadas.
40
Gráfico 2 – Faturamento anual das empresas
Fonte: Dados da pesquisa
A Lei Complementar nº 123 de 2006 em seu art. 3º, no inciso II, conceitua as
empresas de pequeno porte como:
II – no caso da empresa de pequeno porte aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) (BRASIL, 2006).
6.3 NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS
Nesta pergunta tem objetivo de estar a par da quantidade colaboradores de
cada empresa possui, atualmente. Como podemos verificar que cada empresa
possui uma média de funcionários, onde 20% possuem até 11 a 15 funcionários,
outros 20% possui de 16 a 20. Já outros 60% engloba acima de 20 funcionários isso
verificado em 3 empresas.
“A empresa contrata força de trabalho, com ou sem vínculo empregatício,
combinando capital e trabalho e adotando tecnologia e métodos de administração
eficientes, [...]”. (FABRETTI, 2003, p.36)
41
Gráfico 3 – Número de funcionários da empresa.
Fonte: Dados da pesquisa
Segundo Giroldo et al, apud (2013, p 17) “Já o Serviço Brasileiro de Apoio as
Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), leva em consideração o quadro de
funcionários. Empresas que empregam até nove pessoas no caso de comércio e
prestação de serviço são micro empresas. As pequenas empresas são as que
empregam de dez a quarenta e nove pessoas.”
6.4 SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL
Esse item tem objetivo de saber se empresa possui algum tipo de sistema de
informações gerenciais, pois através desse sistema a empresa pode levantar
informações que ajudam funcionários, gerentes e executivos a tomar melhores
decisões e a aperfeiçoar os processos e desempenhos de suas empresas.
De acordo com Hoji ( 2012, p, 401)”sistema de informação gerencial pode ser
entendido como um conjunto de subsistemas de informações que processam dados
e informações para fornecer subsídios ao processo de gestão de uma empresa”.
42
Gráfico 4- Sistema de informação gerencial que a empresa utiliza
Fonte: Dados da pesquisa
Mediante aos gráficos acima pode-se perceber que maioria das empresas
pesquisadas possuem sistema de informação gerencial, totalizando 100% da
pesquisa.
Segundo Laudon e Laudon (2006, p. 7), “Um sistema de informação pode ser
definido tecnicamente como um conjunto de componentes inter-relacionados que
coleta (ou recupera), processa, armazena e distribui informações destinadas a
apoiar a tomada de decisões, à coordenação e ao controle”.
Para o crescimento da empresa é preciso gerenciar grupos que geram seus
produtos e serviços, lidar com seus clientes, órgãos governamentais, concorrentes
e tendências gerais socioeconômicas em seu ambiente, com isso Wakulicz (2016,
p.39) defende que: “[...] as empresas criam sistemas de informações para resolver
problemas organizacionais e para reagir às mudanças que ocorrem no ambiente”.
Segundo KASSAI (1997, p. 8) para se atingir um objetivo o uso de um bom
sistema de apoio à decisão deve ser completo e complexo de forma a retratar suas
operações, sistema este que deve ser informatizados e fornecer informações em
tempo real.
A empresa que não se informatiza perde o poder da tomada de decisão em
tempo real, em consequência disso deixa de atender seu cliente o que culmina em
43
perda de lucratividade e de prazo com credores.
6.5 A CONTABILIDADE DA EMPRESA
Nesta próxima pergunta foi averiguado o local onde realizado a contabilidade
da empresa. Através dessa pesquisa percebe-se que 80% das empresas fazem a
contabilidade em um escritório, algumas vezes por motivo de redução de custos e
para evitar transtornos na empresa e já 20 % fazem a contabilidade dentro da
empresa.
Segundo Martins (2014) apud Santana (2000) A maioria das empresas
terceirizam a contabilidade, pela falta de conhecimento dos gestores em relação à
contabilidade e também pela redução de custos.
Deste modo as empresas podem investir mais em outros setores da
empresa, o único contraponto e que dependendo de como a contabilidade faz a
acessória a estas empresas, pois uma contabilidade ausente prejudica a rapidez e
eficiência da tomada de decisão do negócio.
Gráfico 5 – Local onde é feita contabilidade da empresa
Fonte: Dados da pesquisa
44
6.6 CONHECIMENTO SOBRE A CONTABILIDADE GERENCIAL
Essa pergunta tem como objetivo saber se realmente a empresa tem o devido
conhecimento sobre a contabilidade gerencial.
Gráfico 6 – Conhecimento sobre a contabilidade gerencial
Fonte: Dados da pesquisa
As empresas necessitam de informações confiáveis e detalhadas e em
tempo adequado para contribuição à tomada de decisões, e a contabilidade
gerencial oferece todos estes benefícios para seus usuários.
“A contabilidade gerencial apresenta-se como instrumento de gestão fornecendo as informações necessárias e auxiliando nos processos de concorrências, necessidades de aperfeiçoamento de novas tecnologias e globalização dos mercados, se tornando assim indispensável para o sucesso das empresas” (PASSOS, 2010, p.1).
Crepaldi sustenta (2014, p.1), que “contabilidade gerencial é o ramo da
contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de
empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais”.
Deste modo o conhecimento da contabilidade gerencial por parte dos
gestores os deixa um passo a frente sobre os que desconhecem, pois ter mais
45
informações, mais ferramenta a sua disposição o ajuda a tomar melhores decisões
as quais geram mais lucros e sucesso para empresa.
6.7 FERRAMENTAS GERENCIAIS
Essa questão tem como objetivo saber se os gestores tem conhecimento das
ferramentas gerenciais, pois algumas empresas não fazem uso dessas ferramentas
dificultando assim administração em razão que estas demonstrações contém os
resultados obtidos pela empresa.
Gráfico 7 – Ferramentas gerenciais de seu conhecimento
Fonte: Dados da pesquisa
Pode se verificar que 60% das empresas pesquisadas utilizam o DRE, 80 %
afirmam ter conhecimento do planejamento estratégico, 100 % das empresas fazem
o fluxo de caixa, 100% das empresas tem conhecimento de orçamento e apenas
80% das empresas fazem o balanço patrimonial. Mas todas as empresas de
pequeno porte relatam que as ferramentas gerenciais são muito importantes para a
gestão e o planejamento da empresa. Entretanto de todas as ferramentas
disponíveis o fluxo de caixa e o orçamento é a mais utilizada.
A contabilidade para desempenhar seu papel gerencial deve fornecer a seus
usuários demonstrativos e relatórios que possam ser utilizados como meios de
46
avaliação e controle, para posteriormente servirem de meios alternativos para a
tomada de decisão.
As ferramentas gerenciais tem o objetivo de fornecer informações relativas a
situação patrimonial e financeira de uma entidade em um determinado período,
estes dados gerados trarão suporte aos usuários da contabilidade para serem
avaliados e tomar decisões econômico-financeiras (CORREIA, 2013).
A elaboração das ferramentas gerenciais em empresas de pequeno porte, é
dada a importância, devido ao fato das informações que essas geram ajudam no
sucesso da mesma, fazendo com que a empresa esteja de acordo com o princípio
da continuidade, na perspectiva de sucesso futuro.
6.8 BASE DA TOMADA DE DECISÃO
Esse quesito tem o propósito de saber como gestores se baseiam as suas
tomadas de decisão dentro da empresa.
Segundo Almeida et al, apud (2010 p. 7)
“A arte de tomar decisões é fundamental na área da Administração das organizações. Segundo Chiavenato (2004, p. 254) tomar decisões é identificar e selecionar um curso de ação para lidar com um problema específico ou extrair vantagens em uma oportunidade”.
[...] o processo decisório decorrente das informações apuradas pela
contabilidade não se restringe apenas aos limites da empresa, aos administradores
e gerentes, mais também a outros segmentos. MARION (2012 p. 26)
É necessário que os relatórios atendam de maneira clareza e precisa as
necessidades dos gestores, como relata Padoveze (2013 p. 31), “o modelo de
decisão deve ser significativo para o tomador de decisão a atender ao seu processo
lógico e específico para cada natureza do evento ou problema a ser resolvido”.
A tomada de decisão envolve uma parte muito importante que é a gestão
estratégica, pois, bem se sabe que toda e qualquer decisão desencadeia um conflito
de escolhas, as quais possuem consequências das ações. A contabilidade gerencial
analisa esse processo de maneira a extrair dessas informações contábeis, dados
necessários para esclarecer e orientar seus gestores nas tomadas de decisão.
47
Gráfico 8 – Base da tomada de decisão
Fonte: Dados da pesquisa
Através da pesquisa realizada pode-se perceber que 37,5% das empresas
pesquisadas usam experiências adquiridas ao longo do tempo, 25% das empresas
nas informações fornecidas pela contabilidade. E já outros 37,5% tomam suas
decisões de acordo com as informações geradas no Sistema de Informação.
Desta maneira podemos perceber que algumas empresas tomam decisão em
experiências vivenciadas ao longo tempo e este paradigma esta longe de ser
quebrado e quanto algumas se baseiam nas informações gerada pelo sistema
porque são viável para que as empresas possam tomar decisões seguras para
melhoria no seu segmento.
Relata Padoveze (2012 p. 31), “o modelo de decisão deve ser significativo
para o tomador de decisão a atender ao seu processo lógico e específico para cada
natureza do evento ou problema a ser resolvido”.
6.9 TIPO DE PLANEJAMENTO
Essa pergunta tem o objetivo de saber se a empresa utiliza algum tipo de
planejamento para auxiliar no processo de tomada de decisão.
48
Gráfico 9 – Utilização de algum tipo de planejamento
Fonte: Dados da pesquisa
Através do gráfico pode-se perceber que todas as empresas pesquisadas
relatam sobre a utilização de planejamento dentro da empresa, que é muito
importante por que visa definir o caminho que a empresa irá seguir e metas a serem
alcançadas, por fim elaborar as estratégias necessárias para que o disposto seja
realmente atingido.
Certo (2003 p. 104) afirma que:
“Um programa vigoroso de planejamento produz muitos benefícios. Primeiramente, ajuda os gerentes a se orientar para o futuro. Em segundo lugar, um programa de planejamento bem concebido aumenta a coordenação da decisão, pois impulsiona os gerentes a coordenar suas decisões. E em terceiro lugar, o planejamento enfatiza os objetivos organizacionais, uma vez que os objetivos são o ponto de partida para o processo de planejamento”.
Deste modo usando um ensinamento de Lewis Carroll (1865 p84) onde quem
não se planeja não importa o caminho que vai tomar, pois qualquer caminho serve,
seja ele o caminho que ira levar a empresa para o sucesso ou pra o fracasso.
Portanto a determinação da visão de uma empresa é primordial para a sua
fase de planejamento, pois antes de ser planejado algo, deve-se primeiramente
49
tentar mensurar o que acontecerá no futuro. Para então, traçar meios que levem a
empresa a colocar-se da melhor maneira dentro deste cenário.
6.10 LUCRO OU PREJUÍZO
Essa pergunta tem o objetivo de saber se as empresas no seu atual momento
tem dimensão através das ferramentas financeiras e de contabilidade disponíveis,
consegue dizer se a empresa apresenta lucro ou prejuízo.
Através do gráfico abaixo pode-se perceber que todas as empresas
pesquisadas relatam que tem ciência do lucro ou prejuízo da empresa.
Uma vez que a empresa assume as ferramentas de Demonstrações
Contábeis, a gestão passa a ter uma visão mais estratégica dos seus negócios, pois
por meio das informações poderão ser tomadas decisões operacionais como:
compra, venda investimentos, financiamentos, e etc. é importante que a empresa
saiba adequadamente qual a sua real posição econômica para que a mesma
obtenha crescimento e ascensão no mercado, e a contabilidade auxilia
significativamente neste processo.
Gráfico 10 – Ciência se a empresa está apresentando lucro ou prejuízo.
Fonte: Dados da pesquisa
50
Segundo Silva (2002, p.23) “uma empresa sem Contabilidade é uma entidade
sem memória, sem identidade e sem as mínimas condições de sobreviver ou de
planejar seu crescimento”.
6.11 USO DA CONTABILIDADE GERENCIAL
Essa pergunta tem objetivo de saber se os gestores fazem uso da
contabilidade gerencial se a empresa já verificou a evolução da empresa, através
dessa utilização para processo decisório.
Gráfico 11 - A importância do uso da contabilidade gerencial na tomada de decisão da empresa.
Fonte: Dados da pesquisa
Constatamos que maiorias das empresas fazem uso da contabilidade
gerencial na tomada de decisão. Percebemos mesmo fazendo uso da contabilidade
gerencial, averiguamos que algumas empresas apresentaram endividamento, outros
alegaram que ajuda no planejamento da empresa é uma importante aliada para
ajudar no gerenciamento da empresa.
Deste modo vale a pena ressaltar que “a contabilidade gerencial oferece
informações efetivas para a administração da empresa, focando o processo
decisório do gestor” (BORGES; ZIOLI; BIAZON, 2015, p.1).
De acordo Miranda (2010) a Contabilidade Gerencial como instrumento para a
gestão da empresa que trará informações necessárias à tomada de decisões, assim
sendo, como um processo de mensuração, análise e divulgação de informações
51
relevantes e úteis para auxiliar os gestores no processo decisório do dia a dia das
operações e para o planejamento das operações futuras.
52
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer da pesquisa pôde-se verificar que a contabilidade gerencial é
uma ferramenta de gestão fundamental para a tomada de decisões dentro das
pequenas empresas, pois a mesma fornece uma série de informações que podem
evidenciar a real situação da empresa em um dado momento. Sendo assim, toda
empresa grande ou pequena que utiliza em suas atividades administrativas os
processos contábeis, podem caracterizar-se pela forma de expor seus dados de
modo sintético e esclarecido, influenciando no desempenho gerencial. Constata-se
que nos planejamentos futuros da empresa a participação da contabilidade gerencial
é essencial, na qual possibilita que o gestor tenha uma visão geral da empresa.
De acordo com os autores estudados pode se verificar que contabilidade
gerencial é uma ramificação da Contabilidade capaz de fornecer aos seus usuários
além das demonstrações contábeis, como relatórios gerenciais importantes para
departamentos administrativos e financeiros da organização, que proporciona com
isso uma grande relevância em análises de desempenho, possibilitando aos
gestores, táticas para mudanças de estratégias.
Objetivo Geral deste estudo buscou identificar como a contabilidade gerencial
auxilia as pequenas empresas nas tomadas de decisão o qual foi alcançado
satisfatoriamente em relação as empresas de pequeno de porte pois os gestores
deram 100% de importância da contabilidade gerencial na tomada decisão. Que a
Contabilidade Gerencial é essencial na estrutura econômica da organização. Tendo
como responsabilidade auxiliar os gestores em suas funções gerenciais mais
complexas e nas tomadas de decisões, se adaptam com facilidade às constantes
mudanças.
Uns dos objetivos específicos foram discorrer sobre as principais
características da Contabilidade Gerencial. De acordo com os autores estudados
pode se verificar que contabilidade gerencial é uma ramificação da Contabilidade
capaz de fornecer aos seus usuários além das demonstrações contábeis, como
relatórios gerenciais importantes para departamentos administrativos e financeiros
da organização, que proporciona com isso uma grande relevância em análises de
desempenho, possibilitando aos gestores, táticas para mudanças de estratégias.
53
Segundo objetivo especifico foi verificar se os pequenos empreendedores
compreendem a importância da contabilidade gerencial para a gestão
organizacional; Nesse contexto recomenda-se que os micros e pequenos
empresários devem incorporar em sua empresa, não apenas aquela contabilidade
que serve para controlar as obrigações fiscais, mas também para auxiliar os
gestores diante das informações relevantes geradas pela contabilidade gerencial na
tomada de decisões, uma boa contabilidade é aquela que preenche as
necessidades da empresa diante das ferramentas gerenciais, sendo este um aliado
de ajuda no processo decisório da organização, assim a empresa terá grandes
chances de chegar ao sucesso esperado.
Por fim o ultimo objetivo específico deste estudo foi averiguar quais as
ferramentas de gestão são utilizadas como forma de auxílio na tomada de decisão.
Ressalta-se que as ferramentas contábeis gerenciais são de fundamental
importância para as organizações, pois a implantação destas na condução das
atividades proporciona benefícios e ameniza os possíveis problemas que possam
vim ocorrer por não se ter dados para uma tomada de decisão concreta.
A pesquisa efetuada nas pequenas empresas demonstrou que apesar de
haver a conscientização da verdadeira finalidade da ciência contábil pela maioria
dos gestores destas empresas, os mesmos utilizam no gerenciamento de seus
negócios, algumas ferramentas contábeis e reconhecem a importância e
contribuição das mesmas no desenvolvimento de suas atividades.
Acredita-se que a pesquisa na área da contabilidade gerencial possa ter um
papel importante nessa mudança de pensamento onde com uma nova postura
frente às esses empreendimentos, contribuam na conscientização sobre a
importância da contabilidade gerencial neste âmbito. Portando, embora a
contabilidade gerencial seja utilizada por todas as empresas, esta auxilia
significativamente para o processo de gestão e contribui positivamente para a
continuidade, sobrevivência, sucesso e crescimento das pequenas empresas.
54
REFERÊNCIAS
ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Enquadramento de Porte da Empresa. Portal ANVISA. 2015.Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/wps. /content/Anvisa+Portal/Anvisa/Setor+Regulado/Como+Fazer/Porte+de+Empresas/Enquadramento+de+Porte+da+Empresa. Acesso em: 17/11/2017 ALMEIDA, Ana Paula Muniz de [et al.]. O Processo de tomada de decisão: adoção de sistemas de apoio à decisão no jogo de empresas. Artigo. VI Congresso Nacional Excelência em Gestão . 2010
ARAUJO, A. Planejamento estratégico com enfoque no planejamento financeiro. Revista on-line IPOG, Goiania, 2013.
ATKINSON, Anthony A., BANKER, Rajiv D., KAPLAN, Robert S., YOUNG, S. Mark,
Contabilidade Gerencial, 3 ed. – São Paulo : Atlas, 2011.
BASSO, Irani Paulo. Contabilidade geral básica. 3. ed. rev. Ijuí, RS: Editora Unijuí, 2005. BERNARDI, Luiz Antônio. Manual de Plano de Negócios: fundamentos, processos e estruturação. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
BNDES. CIRCULAR Nº 11/2010. Alterações das normas relativas ao Porte das Beneficiárias. Rio de Janeiro, 05 de março de 2010. Disponível em: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/ Galerias. /Arquivos. /produtos/download. /Circ011_10.pdf. Acesso em: 17 de novembro de 2017
BORGES, Florença Thais Castro; ZIOLI, Eline Gomes de Oliveira; BIAZON, Victor Vinicius. A contabilidade gerencial para a tomada de decisão: uma análise do mercado de Paranavaí.
BRAGA, Hugo Rocha. Demonstrações contábeis: estrutura, análise e interpretação. 7. ed. São Paulo, Atlas, 2012.
BRASIL. Lei complementar. Lei nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Brasília, DF. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm. Acesso em: 17 de novembro de 17.
BRASIL. Lei complementar. Lei nº 139, de 10 de novembro de 2011. Brasília, DF. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp139.htm. Acesso em: 17 de novembro de 17
CARROLL, Lewis alice no pais da maravilhas 1865, Coleção L&PM Poket 2007 CHÉR, Rogério. A gerencia das pequenas e médias empresas: o que saber para administrá-las 2.ed. rev. e ampl. São Paulo: Maltese, 1991.
55
CHING, Hong Yuh. Contabilidade e finanças para não especialista/ Hong Yuh Ching, Fernando Marques, Lucilene Prado. 3 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall,.2010
COELHO, Claudio Ulysses Ferreira; LINS, Luiz dos Santos. Teoria da contabilidade: abordagem contextual, histórica e gerencial. São Paulo: Atlas, 2010. CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. Princípios fundamentais de Contabilidade e normas Brasileiras de Contabilidade. CFC. Brasília, DF, 2008. CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DA BAHIA - CRCBA. Contabilidade
Geral - Características da informação contábil. Boletim eletrônico, Edição nº 109 – 02 de Março de 2007. Disponível em: <http://www.crcba.org.br./boletim. /edicoes/carac.htm> Acesso em: 15 de Agosto de 2017. CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO PARANÁ-CRCPR.
Demonstrações Contábeis: Aspectos Práticos – Elaboração e Apresentação conceitual de acordo com o IFRS: Disponível em: <http://www.crcpr.org.br/new/content/download/2011_demonstracoesContabeis.pdf> Acesso em: 17 de junho de 2017
CORREIA, J. J. A. O Reflexo da Análise das Demonstrações Contábeis para a Gestão Empresarial: Um estudo de caso em uma empresa da atividade imobiliária nos períodos 2011 e 2012. (Especialização em Gestão Empresarial). Faculdade de Crato, 2013. CORDEIRO, M. A. N.; SANTOS, M. C.; BRENNAND, E. G. G.; SOARES, E. L. A.
Estudos Sobre Ferramentas de Gestão em Organizações Aprendentes. João Pessoa: Editora UFPB, 2013.
CREPALDI, S. A. Contabilidade gerencial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011. _________, Silvio Aparecido. Contabilidade gerencial: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
DANTAS, Edmundo Brandão. A importância da pesquisa para a tomada de decisões. Brasília: Universidade de Brasília. Disponível em:<http://www.bocc.ubi. .pt/pag./dantas. .-edmundo.-2013-importancia. -pesquisa-tomada-decisoes.pdf>>. Acesso em: 19 de novembro de 2017 FABRETTI, Láudio Camargo. Prática tributária da micro, pequena e média empresa, São Paulo: Atlas, 2003.
FERRONATO, Airto João. Gestão Contábil – Financeira de Micro e Pequenas Empresas: sobrevivência e sustentabilidade. São Paulo: Atlas S.A, 2011
FREZATTI, Fábio. Orçamento Empresarial: Planejamento e Controle Gerencial. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2015.
56
GERHARDT ,Tatiana Engel, SILVEIRA, Denise Tolfo. Método de Pesquisa. Coordenado pela Universidade Aberta do Brasil – UAB/UFRGS e pelo Curso de Graduação Tecnológica – Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural da SEAD/UFRGS. – Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
GOMES JUNIOR, Nivaldo João. A profissão contábil diante da implementação dos sistemas integrados na filosofia ERP. 2002. 57 f. Monografia. Departamento de Ciências Contábeis – Universidade da região de Joinville – UNIVILLE, Joinville, SC.
GOMES, Fausto Rafael Gmach. Formação de estratégias organizacionais em pequenas empresas: um estudo regional. 2004. 98f. Dissertação de Mestrado – Universidade de Taubaté, 2004.
GOMES, Luiz Flavio Autran Monteiro; GOMES, Carlos Francisco Simões. Tomada de decisões: enfoque multicritério. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2014
HENRIQUE, Marco Antônio. A importância da contabilidade gerencial para micro e pequena empresa. Monografia (especialização) - Universidade de Taubaté, Departamento de Economia, Contabilidade e Administração, 2008. HOJI, Masakazu. Administração financeira e orçamentária. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
IBRACON. Elementos das Demonstrações Contábeis foi tema de curso no Valor econômico. Disponível em: <http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detNoticia.php?cod=31>Acesso em: 17 jun. 2017.
IUDÍCIBUS, S.; MARTINS, E.; GELBCKE, R.; SANTOS, A. Manual de contabilidade societária. São Paulo: Atlas, 2010. _________, Sérgio de. Teoria da contabilidade. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010. _________, Sérgio de; MARION, José Carlos; FARIA Ana Cristina de. Introdução à teoria da contabilidade para o nível de graduação. 5. ed. São Paulo, Atlas, 2009. _________, Sérgio de; MARRION, José Carlos. Contabilidade Comercial: atualizada conforme Lei nº 11.638/07 e Lei nº 11.941/09. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
KASSAI, Silvia. As empresas de pequeno porte e a contabilidade. Caderno de estudo. São Paulo , n. 15, p. 01-23, June 1997 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-9251199700010000 4&lng.=en&nrm=iso>. Acesso em: 24 de novembro de 2017.
57
KICH, Juliane Inês Di Francesco; PEREIRA, Maurício Fernandes. A influência da liderança, cultura, estrutura e comunicação organizacional no processo de implantação do planejamento estratégico, Cad. EBAPE.BR vol.9 no.4 Rio de Janeiro dez. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php. ? script. =sci. arttex.t&pid.=S1679-39512011000400007&lng=pt&nrm=iso> Acesso em: 19 de novembro de 2017.
LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de informação gerenciais: administrando a empresa digital. 5. ed. 2006 LOPES DE SÁ, Antônio. Moderna Análise de Balanços ao Alcance de Todos.
Juruá, 2005. MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2009. _______, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2012 MARTINS, Amanda. A utilização das ferramentas da gestão financeira nas empresas: análise das micro e pequenas empresas da cidade de pato branco no sudoeste do paraná . Monografia (especialização). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2014. MIRANDA, Claudio de Souza. Ensino em contabilidade gerencial: uma análise comparativa de percepções de importância entre docentes e profissionais, utilizando as dimensões de atividades, artefatos e competências. Disponível em : http://www.fea.usp.br/teses_dissertacoes_view.php?id=tde-04032011-163936&area=Contabilidade%20e%20Atu%E1ria Acesso em: 03/01/2018. MOSCOVE, S. A.; SIMKIN, M. G.; BAGRANOFF, N. A. Sistemas de Informações Contábeis. São Paulo: Atlas, 2002.
NETO, Francisco da Nóbrega Medeiros. A importância da estratégia e do planejamento para as organizações em tempos de crise. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação Administração). Universidade Estadual da Paraíba – UEPB – 2010. OLIVEIRA, D.P.R.de. História da Administração. São Paulo: Atlas, 2012
PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade Gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
_________, Clóvis, Luís. Introdução à administração financeira. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. _________, Clóvis Luís. Controladoria básica. 2. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2013. _________, Clóvis Luís. Planejamento Orçamentário. 2 ed. rev. e atual. São
58
Paulo: Cengage Learning 2010. _________, Clóvis Luís; TARANTO, Fernando Cesar. Orçamento empresarial: novos conceitos e técnicas. São Paulo: Pearson, 2012.
PASSOS, Quismara Corrêa dos. A importância da contabilidade no processo de tomada de decisão nas empresas. UFRGS, 2010. Disponível em <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/25741/000751647.pdf>Acesso em: 18/11/2017. PEREIRA, Mauricio Fernandes. Planejamento estratégico: teorias, modelos e processos. São Paulo, Atlas, 2010. PEREZ Jr, José Hernandez, OLIVEIRA, Luís Martins de; COSTA, Rogério Guedes.
Gestão Estratégica de Custos. 5ed. São Paulo: Atlas, 2008.
________, José Hernandez; BEGALLI, Glaucos Antonio. Elaboração e análise das demonstrações contábeis. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2009.
PINTO, C. E. ; PINTO. A. D. L. Planejamento Estratégico para Micro e Pequenas Empresas. Revista Ampla de Gestão Empresarial, Registro, SP, Ano 1, N° 1, art. 4, p 43-59, out 2012, ISSN 2317-0727. Disponível em <http://www.revistareage.com.br/artigos/primeira_edicao/04_planejamnto_estrategic o_para_micro_e_pequenas_empresas.pdf> Acesso em: 04 de Junho de 2017. PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. RAZA, Cláudio. Informações contábeis: o cliente não sabe pedir e o escritório contábil, na sua grande maioria, não está preparado para fornecer. Boletim CRC SP, São Paulo, n.166, p.16-17, maio 2008. ROSA, Liliane Lessa Santos; SANTOS, Sheyla Veruska do. A Importância da Contabilidade Gerencial Para a Administração. 2010. Disponível em: < http://www.opet.com.br/faculdade/revista-cc-adm/pdf/n3/A-IMPORTANCIA-DA- CONTABILIDADE-GERENCIAL-PARA-A-ADMINISTRACAO. pdf.> Acesso em: 12 de novembro de 2017. SEBRAE Faturamento Mensal das MPE no Brasil (Maio/16) Disponível < em: https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/faturamento-mensal-mpe- maio2016.pdf > Acesso em: 19/11/2017. ________. Anuário do Trabalho Na Micro e Pequena Empresa. São Paulo, 2013. 6ª edição. Disponível: http://www.sebrae.com.br/Sebrae. /Portal%20Sebrae /Anexos/Anuario%20do%20Trabalho%20Na%20Micro%20e %20Pequena. %20. Empresa._2013. pdf. Acesso em: 17 de novembro de 2017. ________. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Micro e
59
pequenas empresas geram 27% do PIB do Brasil. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/mt/noticias/Micro-e-pequenas- empresasgeram-27%25-do-PIB-do-Brasil>. Acesso em: 17 de novembro de 2017.
_________. Sobrevivência das empresas no Brasil. Marco Aurélio Bedê (Coord.) – Brasília: Sebrae, 2016. Disponível em <https://m.sebrae.com.br/Sebrae. /Portal%20Sebrae/Anexos/sobrevivencia-das-empresas-no-brasil-102016.pdf> Acesso em: 12 de Agosto de 2017. ________. Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil. Coleção de pesquisas, Brasília-DF, 2011. Disponível em: <https://m.sebrae.com.br. /Sebrae./ Portal. %20 Sebrae. /Anexos./Sobrevivencia_das_empresas_no_Brasil_2011.pdf> Acesso em: 19/11/2017.
SEBRAE-SC - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina. Critérios de avaliação de empresas: MEI, ME, EPP. Disponível em: <http://www.sebrae-sc.com.br/leis/default.asp?vcdtexto=4154>. Acesso em: 17 de novembro de 2017. SILVA, E. C. Como administrar o fluxo de caixa das empresas – guia de sobrevivência empresarial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
______, Daniel Salgueiro. Manual de Procedimentos Contábeis para Micro e Pequenas Empresas, 5.ed. Brasília: CFC: Sebrae, 2002.
SILVANA, Cristina dos Santos & Messias Rodrigues Pimentel. Utilização de ferramentas contábeis gerenciais: uma análise em grandes empresas em Manhuaçu/MG. I Seminário Científico da FACIG, 2015. Disponível em:<http://pensaracademico.facig.edu.br/index.php/semiariocientifico/article/viewFile/31 2/279> Acesso em: 20/11/2017. SOBREIRA NETO, Francisco; HOURNEAUX JUNIOR, Flávio; POLO, Edison Fernandes. A adoção do modelo de Planejamento Estratégico situacional no setor público brasileiro: um estudo de caso. Organ. Soc., Salvador, v. 13, n. 39, Dec. 2006. http://www.scielo.br/scielo.php ?script=sci_arttext&pid=S1984- 92302006000400009.pdf> Acesso em: 04 de Outubro 2017. SOMBRA, Ricardo de Sousa. Contabilidade: descoberta, evolução e globalização de uma ciência. Monografia (especialização) - Centro de Ensino Superior do Ceará Faculdade Cearense Curso De Ciências Contábeis – FAC. Fortaleza, 2013. TAVARES, André Ramos. Direito Constitucional Econômico. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011, p. 217
TEIXEIRA, Aridelmo José Campanharo; et. al. A utilização de ferramentas de contabilidade gerencial nas empresas do Estado do Espírito Santo. V.8, n.3; Vitória – ES, 2011. Disponívem em: <http://www.fucape.br/_public/producao. _cientifica/2/BBR%20-%20 ARIDELMO.pdf> Acesso em: 19/11/2017.
60
WAKULICZ, Gilmar Jorge. Sistemas de Informações Gerenciais. Colégio Politécnico, UFSM. Santa Maria – RS, 2016. Disponível em: <http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/proeja/contabil_basica.pdf> Acesso em:19/11/2017.
UNIFAP. Planejamentos estratégicos. QI Escolas e Faculdades: Cursos Técnicos, 2015. Disponível em: <http://www2.unifap.br /glauberpereira. /files. /2015/03./.Planejamento.-Estrat%C3%A9gico.pdf> Acesso em: 04 de outubro de 2017.
61
APÊNDICES
62
APÊNDICE A1
QUESTIONARIO PERFIL EMPRESARIAL E CONTABILIDADE GERENCIAL
1) Ramo de atuação: _________________________________________________
2) Em relação ao porte da empresa, a mesma é considerada: _________________________________________________ 3)Há quanto tempo à empresa atua no mercado? ( ) até 5 anos ( ) de 5 a 10 anos ( ) de 10 a 15 anos ( ) de 15 a 20 anos ( ) acima de 20 anos 4) A Faixa de faturamento anual em R$ de sua empresa é de: ( ) de 360.000,00 à 600.000,00 ( ) de 600.000,00 à 3.600.000,00 ( ) acima de 3.600.000,00 5)Qual número de funcionários a empresa possui atualmente? _______________________________________ 6) A empresa possui algum sistema de informação gerencial? ( ) Sim ( ) Não Qual ? 7) A contabilidade da sua empresa é feita: ( ) Na empresa ( ) Em um escritório contábil 8) A empresa tem o devido conhecimento sobre contabilidade gerencial? ( ) Sim ( ) Não
9) Quais das ferramentas gerenciais abaixo são de seu conhecimento? ( ) D.R.E ( ) Planejamento Estratégico ( ) Fluxo de caixa ( ) Orçamento ( ) Balanço Patrimonial ( ) Outros, Qual ? __________________________________________________________________
63
10) As tomadas de decisões na empresa baseiam-se:
( ) Nas experiências adquiridas ao longo do tempo. ( ) Nas informações fornecidas pela contabilidade. ( ) De acordo com a concorrência do mercado. ( ) De acordo com as informações geradas no Sistema de Informação
11) A empresa utiliza algum tipo de planejamento?
( ) Sim ( ) Não 12) No momento atual da empresa, com as ferramentas financeiras e de contabilidade que estão disponíveis, você consegue dizer se a empresa apresenta lucro ou prejuízo?
( ) Sim
( ) Não 13) Em sua opinião, o uso da contabilidade gerencial e importante para as tomadas de decisões em seu negócio ? Se sim, poderia abordar sobre. _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Termo de Consentimento Eu estou ciente de que participo de uma pesquisa realizada pelo discente
do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Ensino Superior da Amazônia Reunida com o objetivo de com o objetivo de mostrar a contabilidade gerencial para empresas de Redenção – PA. Este trabalho científico tem por objetivo também a publicação e/ou divulgação, após a aprovação do Conselho de Ética e assim fui esclarecido (a) que minha identidade será preservada. _____/______/________
____________________________________ Assinatura do Participante