16
Universidade Aberta do Nordeste e Ensino a Distância são marcas registradas da Fundação Demócrito Rocha. É proibida a duplicação ou reprodução deste fascículo. Cópia não autorizada é Crime. Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Interpretação, Literatura, Redação, Inglês e Espanhol Paulo Sérgio Lobão, Pedro Fernandes, Rivaldo Coelho e Sousa Nunes 07

Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

Un

iver

sid

ade

Ab

erta

do

Nor

des

te e

En

sin

o a

Dis

tân

cia

são

mar

cas

reg

istr

adas

da

Fun

daç

ão D

emóc

rito

Roch

a. É

pro

ibid

a a

du

plic

ação

ou

rep

rod

uçã

o d

este

fasc

ícu

lo. C

ópia

não

au

toriz

ada

é C

rime.

Linguagens, Códigose suas TecnologiasInterpretação, Literatura, Redação,Inglês e EspanholPaulo Sérgio Lobão, Pedro Fernandes, Rivaldo Coelho e Sousa Nunes 07

Page 2: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

98

Caro EstudanteNeste fascículo de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, daremos continuidade ao trabalho iniciado no fascículo 3,

abordando a interpretação de textos literários e não literários e linguagem corporal por meio das danças. Na produção

textual, trataremos do planejamento para a elaboração da introdução de sua redação. Na linguagem estrangeira moder-

na (LEM), prosseguimos com a abordagem da Interpretação Textual, trabalhando as habilidades H5, H6, H7 e H8.

Bom trabalho!

Objeto do Conhecimento

Textos literário e não literárioNesta seção, temos como objetivo geral o estudo de as-pectos relevantes da análise literária. Primeiramente, fare-mos uma abordagem sucinta acerca das características da linguagem em função estética, componente fundamen-tal do texto literário, e em função utilitária, a que tem a finalidade de transmitir o conhecimento para permitir a comunicação social. Depois, partindo de uma análise de um poema de Manuel Bandeira, apresentamos-lhe um modelo de leitura e interpretação essencial para ajudá-lo a desvendar as questões do Enem.

A linguagem em função utilitária aspira a ser denota-tiva (sentido real, dicionário), enquanto a linguagem em função estética procura a conotação (sentido figurado ou virtual). Por isso, vale-se largamente de mecanismos como a metáfora e a metonímia. Gregório de Matos, por exem-plo, depois de ter definido num soneto a vaidade como rosa, planta e nau, mostra, valendo-se de metáforas e de metonímias, que a vaidade é inútil porque a vida é pas-sageira: “Mas ser planta, ser rosa, nau vistosa / De que im-porta, se aguarda sem defesa / Penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa.” O rochedo (penha) acaba com a nau; o ins-trumento cortante (ferro) com a planta; a tarde, com a rosa, que é efêmera como o dia.

No uso estético da linguagem, procura-se desautoma-tizá-la, ou seja, criar novas relações entre as palavras, es-tabelecer associações inesperadas e estranhas. Isso torna singular a combinatória das palavras. Enquanto a lingua-gem em sentido utilitário pretende ter um sentido único, a linguagem em função estética é plurissignificativa.

A produção de um texto literário implica: • a valorização da forma, visando à exploração de recursos

expressivos da linguagem (figuras de linguagem ou estilo);

• a reflexão sobre o real;• a reconstrução da linguagem;• a plurissignificação, cuja base é a conotação ou sentido

figurado da palavra;• a intangibilidade da organização linguística.

Exemplos de textos não literários: notícias e reporta-gens jornalísticas, textos de livros didáticos de História, Geografia, Ciências, textos científicos em geral, receitas culinárias, bulas de remédio.Exemplos de textos literários: poemas, romances literá-rios, contos, novelas.

A interpretação de um texto literárioExaminemos agora um breve poema de Manuel Bandeira.

Irene no céu Irene preta Irene boa Irene sempre de bom humor.Imagino Irene entrando, no Céu:— Licença, meu branco!E São Pedro bonachão:— Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.

O texto centraliza-se na exaltação da humildade e da simplicidade, à luz do Cristianismo. Remete também a uma realidade social brasileira, não apenas na vinculação a tal dimensão de religiosidade, mas ainda a uma atitude paternalista em relação ao negro, revelada na caracteriza-ção de Irene, no comportamento a ela atribuído diante de São Pedro bonachão e na reação do santo porteiro do Céu à sua atitude.

O poema mobiliza elementos de nossa emoção rela-cionados com a formação cristã e com certos comporta-mentos sociais que, como brasileiros, nos são peculiares.

Observe-se que a humildade e a simplicidade depreendi-das dos versos não se configuram apenas na parte de sentido de cada palavra que corresponde à representação do mundo, mas, sobretudo, na parcela de significação que nelas corres-ponde à capacidade de manifestar estados de alma e exercer uma atuação sobre o próximo. O sentido do texto emer-ge do ambiente linguístico em que os termos se inserem. Estes não reenviam necessariamente a uma realidade passí-vel de ser comprovada de forma imediata. A “verdade” que neles se consubstancia funda-se na coerência.

Page 3: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

99Universidade Aberta do Nordeste

O poema, ainda que capte algo da realidade, é o que é porque foi feito como foi feito. Irene, essa Irene, passa a “viver” a partir de sua presença nesse texto, por força da linguagem de que este último se faz, em que alguns procedimentos se destacam em relação ao uso da língua portuguesa. O autor valeu-se de termos do falar cotidiano; reproduziu formas da fala coloquial despreocupada: ao atribuir ao santo o emprego da forma “entra”, em lugar de “entre”, exigida pelo tratamento você, afastou-se da norma culta da língua, em nome do efeito expressivo. Por nor-ma, nesse sentido, entenda-se, como registra o Dicionário de linguística gramática de Joaquim Mattoso Câmara Jr., “o conjunto de hábitos linguísticos vigentes no lugar ou na classe social mais prestigiosa do país”. De forma mais ampla, a norma pode ser caracterizada como um sistema de realizações obrigatórias consagradas do ponto de vista social e culturalmente: não corresponde ao que se pode dizer, mas ao que já se disse e tradicionalmente se diz na comunidade considerada. Em se tratando de Bandeira, o aparente “erro” ajuda a traduzir a naturalidade e a afeti-vidade que marcam as palavras de São Pedro. O adjetivo “bonachão” e a simplicidade da expressão “— Licença, meu branco!” – popular, típica, coloquial – como que autorizam a forma “entra”. Por outro lado, para dar maior autenticidade ao que revela, o poeta recorreu ao diálogo; dividiu a composição em duas estrofes: a primeira centra-da na caracterização da figuração de Irene; a segunda, feita de elipses e entoação, vinculada à caracterização de São Pedro e à ação de ambos, exigindo maior participação do leitor para melhor captar o que no poema se comunica. Os versos se fazem de emoção subjetiva, trazem elemen-tos narrativos e até traços típicos da linguagem dramática. Na sua feitura, nota-se, além disso, o aproveitamento do falar simples da gente simples do Brasil, que ganha condi-ção de linguagem literária.

No texto de Bandeira, literário que é, inter-relacionam-se, interdependem-se elementos fônicos, ópticos, sintáti-cos, morfológicos, semânticos, formando um conjunto de relações internas, por meio das quais se revela uma rea-lidade que não preexiste ao poema, a não ser como po-tencialidade. Caracteriza-se uma perspectiva existencial relacionada com o complexo cultural de que essa mani-festação literária é representativa, a partir das vivências de um escritor brasileiro. Configura-se um posicionamento ideológico na visão de mundo do autor.

Questão Comentada

|C5-H17|No livro Socráticas, de José Paulo Paes, encontra-se este belíssimo poema que esclarece como o autor trata do âmbito da vida em sua extensão maior.

1926-1998

SKEPSIS “Dois e dois são três” disse o louco.“Não são não” berrou o tolo.“Talvez sejam” resmungou o sábio.

Sobre as três vozes que dialogam no poema é correto afirmar que: a) a primeira vai ao encontro da lógica do pensamento mate-

mático, que se confunde com o pensamento logicizado das convenções sociais.

b) a segunda, voltando-se contra a primeira, traduz o protesto imediato e alienante daquele que parece resguardar a nor-malidade das coisas, sabedor pragmático de que o resultado da operação será sempre quatro, indiscutivelmente.

c) a terceira descarta a possibilidade de o “erro” metamorfosear-se em acerto.

d) a fala do tolo traduz uma visão de mundo favorável aos mo-vimentos ambíguos do existir.

e) a fala do sábio se solidariza com a do tolo, sugerindo adver-bialmente ser a dúvida a mais lúcida das afirmações.

Solução comentada: O título do poema de José Paulo Paes, “Skepsis”, dentre outras acepções na língua grega, tem por sig-nificado “ver criticamente”. A afirmação veiculada pelo louco vai de encontro à lógica do pensamento matemático, e não ao encontro dela, pois burla os nossos mais remotos e básicos co-nhecimentos algébricos, transgredindo o teor das convenções sociais. Se observarmos os verbos de elocução que aparecem nas três falas, concluiremos que o louco apenas diz, como um gesto humilde de alguém reconhecedor de que o mundo não gira em torno de suas assertivas, o que pode assemelhar-se à ati-tude de um poeta diante da vida, que questiona o mundo regi-do pelas calculadoras e computadores para entregar-se à poesia e perscrutar o novo. Está falsa, portanto, a opção a. A segunda fala, de fato, traduz um protesto contra o “absurdo” da afirmação do louco. O tolo, representante do pensamento comum, restri-tivo e alienante, incapaz de dizer as coisas de uma forma nova, como o louco-poeta, protesta contra a quebra das regras da ló-gica. A sua frase não é dita com humildade, mas simplesmente berrada, com a arrogância de quem reclama para si a autorida-de incontestável no assunto. A opção b está, portanto, correta. A terceira fala, a do sábio, não descarta a possibilidade de o “erro” metamorfosear-se em acerto, pelo contrário, ele considera essa possibilidade, solidarizando-se com o pensamento do louco e resmungando contra o pensamento estático e soberbo do tolo. A sua dúvida, expressa pelo “talvez”, ataca o pensamento mani-queísta que sustenta “verdades absolutas”. Está falsa, portanto, a opção c. A fala do tolo, pelo que se expôs, não favorece os mo-

Page 4: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

100

vimentos ambíguos do existir, porque não admite a hipótese de as coisas estarem fora de sua aparente ordem natural. É o sábio que desconfia das verdades consolidadas (2 + 2 = 4) e prefere acolher a dúvida (Talvez sejam). Por isso, está falsa a opção d. Por último, é falso afirmar que o sábio se solidariza com o tolo, pelo contrário, ele reclama (resmunga) da visão mecanicista do outro, como se ensinasse que “A liberdade não consiste em es-colher entre preto e branco, mas em escapar a toda alternativa preestabelecida.”

Resposta correta: b

Para Fixar

Texto para as questões 01 e 02.

Augusto dos Anjos – Poeta Singular

A ÁRVORE DA SERRA

— As árvores, meu filho, não têm alma!E esta árvore me serve de empecilho...É preciso cortá-la, pois, meu filho,Para que eu tenha uma velhice calma!

Meu pai, por que sua ira não se acalma?!Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!Deus pôs almas nos cedros... No junquilho...Esta árvore, meu pai, possui minh’alma!

— Disse – e ajoelhou-se, numa rogativa:“não mate a árvore, pai, para que eu viva!”E quando a árvore, olhando a pátria serra,

Caiu aos golpes do machado bronco,O moço triste se abraçou com o troncoE nunca mais se levantou da terra!

|C5-H17|01. Marque a alternativa em desacordo com o soneto de Augus-

to dos Anjos.a) Durante todo o primeiro quarteto, o pai tenciona convencer

seu filho da necessidade de cortar uma árvore que lhe atra-palha a calma da velhice.

b) No primeiro verso do poema, já se pode identificar uma das personagens e sua voz em discurso direto, ou seja, marcado por travessão, o que nos remete a uma conversação.

c) A palavra “serra”, presente tanto no título quanto no décimo primeiro verso, traz em si uma ideia de morte, haja vista ser a serra instrumento de desmatamento e destruição, principal-mente no contexto do poema.

d) No quinto verso, o filho faz uma observação ao mesmo tem-po interrogativa e exclamativa, dando-nos a entender que o pai se encontrava irado diante daquela situação aparente-mente trivial.

e) No último terceto, temos uma trágica imagem, a árvore que cai, cai também o moço abraçado definitivamente com o tronco, símbolo de sua alma desfalecida, ambos duplamente mortos jazem sobre a terra, dela não mais se levantarão.

|C1-H1|02. A obra de Augusto dos Anjos é repleta de figuras de lingua-

gem, que dão aos seus poemas uma carga significativa mui-to vasta, acabando por ampliar o campo semântico, através de recursos estilísticos tão bem explorados por esse autor. Em qual dos versos abaixo podemos identificar o uso de pro-sopopeia?

a) “E esta árvore me serve de empecilho...”b) “Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!”c) “não mate a árvore, pai, para que eu viva!”d) “— As árvores, meu filho, não têm alma!” e) “E quando a árvore, olhando a pátria serra.”

Fique de Olho

http://www.faveladarocinha.com/joomla/images/stories/ortografia.jpg

O novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi as-sinado em Lisboa em 1990 e no dia 18 de abril de 1995 foi aprovado pelo Decreto Legislativo. Somente no ano de 2008 o decreto entrou em vigor, porém a sua obrigatorie-dade só entrará em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2013.

Page 5: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

101Universidade Aberta do Nordeste

O domínio das linguagens como instrumentos de comuni-cação, interação e negociação de sentidos, é fundamental para o desenvolvimento das relações entre os indivíduos. Esse processo de articulação de significados e suas repre-sentações variam de acordo com os diferentes contextos culturais, necessidades e experiências da vida em socieda-de e utilizam-se das mais diferentes formas de expressão. Dentre elas, destaca-se a linguagem corporal, um canal de comunicação não verbal que assume relevância nos processos da comunicação humana, permitindo organizar uma visão de mundo mediada pelos inúmeros elementos lúdicos e estéticos. Nesse sentido, a linguagem corporal é indiscutivelmente um veículo de comunicação e, mais ainda, é uma forma de estar e ser no mundo, tornando o homem um ser portador da razão, emoção e imaginação. Invocar a corporeidade\motricidade é de capital impor-tância para as práticas de linguagens do indivíduo em so-ciedade, já que promove sua inserção no contexto cultural e desenvolve a sua relação com o espaço.

INTRODUÇÃOCompreendida como um importante componente de identidade cultural, a dança acompanha a história da humanidade desde suas origens, funcionando como im-portante meio de comunicação e expressão humanas. Supõe-se que as primeiras manifestações de expressões corporais datam de cerca de 10.000 anos atrás. A tese está assentada a partir de registros de figuras encontradas em cavernas na Espanha e na França como os primeiros indí-cios da dança. Nesse período, a expressão corporal estava associada a um ato ritualístico, como parte do sagrado, ato ou efeito de consagrar através de uma cerimônia. Observe a imagem.

Na Grécia antiga, as danças estavam presentes nas diferentes atividades do cotidiano do homem. Foi para honrar o deus Dionísio que apareceram os primeiros gru-pos de dança e foram compostos os primeiros Ditirambos (poesia lírica que exprime entusiasmo ou delírio).

Objeto do Conhecimento

A Linguagem do corpo – As Danças

Durante o Império Romano, as danças pareciam ter um caráter mais claro e específico, pois estavam divididas por categorias, tais como: dança agrária, dança guerreira (em honra a Marte, deus da guerra), e dança sagrada. Com a influência dos helenos, as origens religiosas foram esque-cidas e as danças passaram ser recreativas.

No Egito, 20 séculos antes da Era Cristã, já se realizavam as chamadas danças astroteológicas em homenagem ao deus Osíris.

O SUPORTE E A BASE MATERIAL DAS DANÇASO suporte para a prática da expressão corporal, em es-pecial a dança, é o aparelho biomecânico do corpo, em sua estrutura muscular e em suas articulações ósseas. A dramaticidade do corpo é resultado da manipulação desse aparelho em suas dinâmicas de movimento, produ-zindo informações. Já a base material é a relação signo-objeto-interpretante, apresentada pela figura humana em suas possibilidades de movimento, de acordo com con-venções comportamentais, arquétipos, mitos e associa-ções cotidianas.

FUNÇÕES DAS DANÇASA linguagem corporal é um importante elo de integração entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais. Amparados nessa constatação, considera-se que o corpo é um conjunto fantástico de estruturas e funções com-plexas e sutis que, através de movimentos, propõe uma linguagem carregada de simbologias e representações.

Page 6: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

102

Desse modo, suas funções se multiplicam em um leque de possibilidades na relação do homem com o mundo, com o outro e consigo mesmo.• Função artístico-estética.• Função psicomotora (cognitiva, física e afetiva).• Função preventiva e terapêutica no processo de

educação, prevenção e tratamento de doenças.• Função sociointeracionista.• Função criadora no processo de liberação da imaginação

e da expressividade.• Função social no processo de inclusão.

OS ESTILOS DE DANÇASHá diferentes modalidades de danças em nossa sociedade, da dança voltada ao lazer aos rituais das danças do terrei-ro; das danças teatrais ou artísticas às danças populares de natureza folclórica. É importante destacar que, em todos esses tipos de danças, há um contexto espaço-temporal relacionado à pluralidade cultural, pois elas “expressam e comunicam conceitos e vivências de diferentes épocas e espaços geográficos” (MARQUES, Isabel – Dançando na escola, p.38). A seguir, destacamos quatro grandes moda-lidades de danças.• Danças clássicas.• Danças de salão.• Danças modernas.• Danças folclóricas.

ministerioadoraocomdancasshammah.blogspot.com

ESPECIFICANDO ALGUMAS DANÇASBalé clássicoOrganizada sobre rígidos cânones estéticos, essa dança surge na corte de Catarina de Médicis quando do seu ca-samento com o rei da França Henrique III. Ela trouxe da Itália o artista Baldassarino Belgioso. Foi esse coreógrafo que transformou o balé de corte em balé teatral. Sua pri-meira grande montagem de balé teatral na França foi o Ballet Comique de la Reine, em 1581, inaugurando o espaço palaciano que conformará os inícios do que será reconhe-

cido, já no século seguinte, como o balé clássico. O balé clássico, desde então, passará por inúmeras modificações estilísticas, que caracterizaram momentos históricos como o Barroco, o Rococó, o Neoclassicismo, o Romantismo e ainda suas manifestações nos fins do século XIX e as varia-ções diversas no mundo contemporâneo.

al.mt.gov.br

Danças de salãoOriginaram-se nos bailes da nobreza europeia, em espe-cial na corte francesa do rei Luis XIV, e se referem a diversos tipos de danças executadas por um casal de dançarinos. As danças de salão são praticadas socialmente, nos bailes e reuniões sociais, como forma de entretenimento, integra-ção social e, competitivamente, como desporto.

Algumas danças de salãoFoxtrote – surgiu em 1913 em Nova Iorque (Estados Uni-dos) quando um artista Vaudeville (Harry Fox) executou um pequeno trote que agradou aos professores de dança social dos salões americanos. A dança foi sofrendo altera-ções, tanto no aspecto do ritmo, que foi diminuindo, como no aspecto da suavização dos movimentos.

Tango – nasceu no final do século XIX de uma mistu-ra de vários ritmos provenientes dos subúrbios de Buenos Aires. Esteve, associado desde o princípio, aos bordéis e cabarés, âmbito de contenção da população imigrante massivamente masculina. Como no início esse tipo de bai-le tinha aceitação somente de prostitutas, era comum que o tango fosse dançado por um casal de homens. O tango é a dança da carne, do desejo, dos corpos entrelaçados. É uma dança exibicionista, que destaca a sedução e a sen-sualidade. O espectador, fascinado, comporta-se como um voyeur, envolvido na atmosfera do espetáculo.

apoioearte.blogspot.com

Page 7: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

103Universidade Aberta do Nordeste

Samba de gafieira – dança de forte identidade brasilei-ra, é um estilo derivado do maxixe dançado no início do século XX. Uma das principais características do samba de gafieira é a atitude do cavalheiro frente a sua parceira, com um ar de malandro elegante, protege sua dama com mo-vimentos sempre conduzidos por ele, nunca ao contrário.

Dança de ruaNascido nos guetos nova-iorquinos, o Street Dance é uma dança associada à cultura e à identidade negra, sobretudo a partir da década de 70. Criada, inicialmente, pelos breakers, foi desen-volvida nas disputas e performances de suas festas. Trata-se de um estilo de vida com vestimenta, música e linguajar próprios. É caracterizada por quatro elementos que se di-videm em três categorias: música – Rap (DJ’s e MC’s); ar-tes plásticas – Grafite; dança – Street Dance (vários estilos). A chamada cultura Hip Hop caracteriza-se como um canal de informação de questões raciais, sociais e políticas, de-bates que estiveram sempre presentes na história do povo que a concebeu.

saojosedoriopreto.olx.com

Danças folclóricasO folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada região. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festivos, lendários, históri-cos, como também aos acontecimentos do cotidiano e às brincadeiras. Vale destacar que as essas danças podem ser divididas em duas categorias: as danças folclóricas sazo-nais (são as vinculadas a algum evento do calendário cul-tural brasileiro) e as não sazonais (praticadas em qualquer época do ano).

Algumas danças folclóricasSamba de roda – estilo musical caracterizado por elemen-tos da cultura afro-brasileira. Surgiu no estado da Bahia, no século XIX. É a variante mais tradicional do samba.

Maracatu – é um ritmo musical com dança, típico da re-gião de Pernambuco e Ceará. Reúne uma interessante mistura de elementos culturais afro-brasileiros, indíge-nas e europeus. Possui uma forte característica religiosa. Os dançarinos representam personagens históricos (du-ques, duquesas, embaixadores, reis e rainhas) em forma de um grande cortejo.

Frevo – essa dança pernambucana executada no festejos do carnaval é uma espécie de ritmo acelerado, utilizando coreo-grafias que lembram um balé rápido e com giros e rodopios. Os dançarinos de frevo usam, geralmente, um pequeno guar-da-chuva colorido como elemento coreográfico.

Catira – também conhecida como cateretê, é uma dança caracterizada pelos passos, batidas de pés e palmas dos dançarinos. Ligada à cultura caipira, é típica das regiões in-terioranas dos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás e Mato Grosso. É executada tradicionalmente por homens.

Maculelê – de origem baiana, essa dança é um bailado guerreiro desenvolvido por homens, dançadores e can-tadores, todos comandados por um mestre, denominado “macota”. Os participantes usam um bastão de madeira ou facão com cerca de 60 centímetros de comprimento. Esses objetos são batidos uns contra os outros em ritmo firme e compassado.

Carimbó – de origem paraense, é uma dança de roda for-mada por homens e mulheres, com solista no centro que baila com requebros, trejeitos, passos miúdos arrastados e ligeiros. O apogeu da apresentação é quando a dançarina, usando amplas saias, consegue cobrir algum dançador. Caso jogue a saia e não cubra o parceiro, é imediatamente substituída.

Chula – de origem gaúcha, chula é uma dança de agili-dade masculina ou de habilidade sapateadora, em que os executantes demonstram suas qualidades individuais.

Samba – o estilo mais famoso da música e dança brasi-leira. O samba saiu dos ritmos dos escravos africanos. A palavra “samba” tem origem africana: na língua Quibun-do, “samba” significa “ondulação umbilical” (Quibundo foi a língua dos africanos indígenas trazidos ao país da região que é a atual Angola). Os atuais estilos de samba se desen-volveram por mutação musical e disfusão geográfica.

http://br.aquarela.com/Estilos.html

Bumba meu boi – dança de forte identidade nordestina, surgida no século XVII, combina elementos de comédia, de drama, sátira e tragédia, tentando demonstrar a fragili-dade do homem e a força bruta do boi. Essa dança recebe denominações nas diferentes regiões do Nordeste.

Page 8: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

104

Quadrilha – é uma dança típica das Festas Juninas. Há um ani-mador que vai anunciando frases e marcando os momentos da dança. Os dançarinos (casais), vestidos com roupas típicas da cultura caipira (camisas e vestidos com estampa xadrez, chapéu de palha), vão fazendo uma coreografia especial. A dança é animada com muitos movimentos.

Questão Comentada

|C3-H9|Observe a imagem e o texto que segue.

caldodolui.blogspot.com

Folclore é o conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país transmitidas através de uma tradição oral. O folclore inclui também festas, encenações, artesanato, medicina popular, danças, música instrumental, canções e gastronomia. Para ilustrar a tese, citemos o carimbó, dança de roda, de origem paraense, formada por homens e mulheres.

A seguir, identifique as manifestações culturais que pertencem ao mesmo grupo da categoria folclórica descrita no texto.a) Carnaval e Bumba meu boi.b) Maculelê e Saci Pererê.c) Festa Junina e Reisado Imperial.d) Coco e Maracatu.e) Candomblé e Forró.

Solução comentada: Considerando que o folclore é o conjunto de tradições, lendas, crenças, festas, danças e mitos de um povo e que esse conjunto de valores faz parte do nosso Patrimônio Cultural ima-terial, é importante destacar que as danças folclóricas ocupam um espaço relevante, visto que funcionam como um importante com-ponente de identidade cultural. A imagem e o texto convergem para a mesma área de representação: exemplos da dança como ma-nifestação cultural do folclore. Nas alternativas propostas para aná-lise, reconhecemos que todas elas são representações culturais do povo, ou seja, são manifestações folclóricas. No entanto, o comando da questão solicita a identificação das manifestações que perten-cem a mesma categoria que está descrita no texto como exemplo de folclore, no caso a categoria das danças folclóricas. Essas mani-festações são o coco (Difundido por todo o Nordeste, o coco é uma dança de roda ou de fileiras mistas, de conjunto, de par ou individual. Há uma linha melódica cantada em solo pelo “tirador” ou “conquis-ta”, com refrão respondido pelos dançadores. Um vigoroso sapate-ado denominado “tropel” ou “tropé” produz um ritmo que se ajusta àquele executado nos instrumentos musicais. O coco apresenta va-riadas modalidades, conforme o texto poético, a coreografia, o local e o instrumento de música) e o maracatu (Um ritmo musical com dança, típico da região cearense e pernambucana).

Resposta correta: d

Para Fixar

|C3-H9|03. Observe a imagem a seguir.

As danças, enquanto linguagem corporal, nos introduzem modos de ver, pensar e agir corporalmente em sociedade. Com relação às danças, é correto afirmar que:I. enquanto componente estético, funcionam como impor-

tante elemento de identidade cultural dos povos;II. nos processos de criação da dança, evidenciam-se aspec-

tos sócio-políticos-culturais;III. a busca pelo belo e artístico restringe o universo da dança

ao meramente estético.

Está correto o que se diz em:a) I e III. b) I, II e III. c) I e II. d) II apenas. e) II e III.

|C4-H12, H14|04. Leia o texto a seguir e responda. Patrimônio Histórico Cultural pode ser definido como um

bem material, natural ou imóvel que possui significado e im-portância artística, cultural, religiosa, documental ou estética para a sociedade. No Brasil, o Instituto do Patrimônio Históri-co e Artístico Nacional (Iphan) tem registro de vários Patrimô-nios Históricos Culturais. O Iphan divide o Patrimônio Cultural em dois grupos: imaterial e material. O imaterial é aquele em que as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas, instrumentos, objetos, artefatos e lugares são re-conhecidos por comunidades como parte integrante de seu Patrimônio Cultural.

Dentre as imagens apresentadas a seguir, identifique a que exemplifica o Patrimônio Cultural imaterial do povo brasileiro.a)

Oscar Niemeyer

b)

Candido Portinari

c)

Machado de Assis

Page 9: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

105Universidade Aberta do Nordeste

d)

Bumba meu boi,7b2arteband2010.blogspot.com

e)

Aleijadinho, arteum.terra.com.br

Fique de Olho

A Educação Física na EscolaA Educação Física é uma atividade dinâmica que contribui na forma-ção ampla dos sujeitos, em seu as-pecto social, bem como no desen-volvimento de seu lado individual, através de oportunidades lúdicas que proporcionam equilíbrio entre corpo, mente e espaço. Desenvolve as habilidades motoras de qualquer sujeito, além de manter elementos terapêuticos, sejam eles emocionais ou físicos.O surgimento da Educação Física se deu desde os tempos primitivos, quando o homem necessitava cor-rer dos animais predadores, pular para pegar alimen-tos, carregar pesos, arremessar objetos para caçar etc.

Aos poucos, percebeu que seu preparo físico garantiria melhores condições de vida, tanto para trabalhar, interagir e se divertir. Nas práticas esportivas, nos jogos recreativos ou nos jogos com disputas, os participantes aprendem a lidar com sentimentos de perda, frustração, ansiedade, paciência, respeito ao próximo, dentre outros, além de ter que aprender a esperar sua vez.O trabalho pedagógico desenvolvido na Educação Física deve estar voltado para a construção da cidadania dos su-jeitos, formando elementos críticos e participativos no meio social em que estão inseridos. Seu objetivo principal deve ser de que o aluno “adquira a qualificação sócio-histórico-cultural necessária para promover o desenvolvimento de uma racio-nalidade crítica, autônoma e participativa”.

Por Jussara de Barros – Equipe Brasil Escola

Ed. Física

ibma.org.br

Objeto do Conhecimento

A Redação no EnemCaro aluno, no fascículo anterior, vimos que a Banca Exami-nadora exige do candidato a escritura de uma dissertação argumentativa em que se analisa/discute um problema social, político ou cultural brasileiro proposto, apresentan-do uma solução inovadora para ele. Hoje, vamos ensiná-lo a planejar a primeira das três partes essenciais que com-põem essa modalidade redacional – a introdução.

PLANEJANDO A INTRODUÇÃOComo a proposta redacional do Enem exige uma disser-tação argumentativa e compõe-se de um tema mais uma coletânea de textos em torno de uma situação-problema, deve o candidato iniciar o primeiro parágrafo apresen-tando esse tema seguido da ideia principal (tese, ponto de vista) a ser desenvolvida e defendida nos parágrafos subsequentes. Essa ideia principal precisa considerar a situação-problema da coletânea, uma vez que os temas propostos pelo novo Enem, muito amplos, requerem de-limitação. Senão vejamos: “A valorização do idoso” (2009 - prova cancelada), “O brasileiro frente à ética” (2009), “O trabalho na construção da dignidade humana”(2010) e “A ajuda humanitária” (2010).

Observações• A tese não se confunde com o tema. Este é proposto

pela Banca Examinadora; aquela, formulada pelo candi-

dato, que o discutirá segundo um ponto de vista próprio (tese). Trata-se da ideia central da dissertação a partir da qual se desenvolvem as outras partes do texto que justificam, fundamentam, demonstram, provam o(s) argumento(s) inicialmente exposto(s).

• A situação-problema suscitada pela coletânea contex-tualiza o tema proposto, permitindo ao candidato fazer uma abordagem fiel dele, sem o risco de zerar.

EXEMPLO DE INTRODUÇÃOAbordagem padrão Neste tipo de introdução, apresenta-se primeiramente a tese e logo a seguir enumeram-se os argumentos que serão desenvolvidos ao longo do texto (cada um desses argumentos corresponderá, a seguir, a cada um dos pará-grafos subsequentes). Veja o exemplo a seguir.

O mundo moderno, apesar de já perceber em sua consti-tuição uma maior igualdade entre homens e mulheres, ain-da está eivado de situações ultrajantes para o sexo feminino. Nesse contexto, podemos perceber a submissão das mulheres islamitas a seus cônjuges, a pressão da mídia sobre a estética feminina e a resistência dos homens quanto a auxiliar suas es-posas nas tarefas domésticas.

Page 10: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

106

Nesse caso, a primeira frase, tópico frasal do parágrafo, é também a tese do texto (ponto de vista principal defendido na redação). Seguem-se a ela três argumentos, que serão explorados em detalhe nos próximos parágrafos de desen-volvimento. Essa técnica de introdução é muito produtiva, na medida em que exige poucos minutos para sua elaboração.

É preciso, no entanto, tomar cuidado para não tornar seu texto repetitivo. Se você citou os três argumentos já na introdução, não deverá fazê-lo novamente na conclusão. Além disso, em uma abordagem como essa, é interessan-te que os parágrafos de desenvolvimento sejam iniciados por elementos coesivos que remetam à noção de enume-ração, presente na introdução. Dessa forma, é uma boa ideia começar cada um deles por expressões como pri-meiramente, em primeiro lugar, além disso, ademais, some-se a isso etc. Retomar ao longo do texto à estrutura enumerativa presente na introdução garante à sua reda-ção mais coesão e unidade.

Exposição do ponto de vista oposto Você pode também iniciar seu texto enunciando um pon-to de vista contrário ao seu, na ambientação. Em seguida, use um conectivo que expresse oposição de ideias (porém, no entanto, contudo, todavia etc.) e apresente sua própria tese, provando ser ela mais acertada do que o posiciona-mento anteriormente mencionado.

Exemplo IHá uma série de homens que dizem que se as mulheres dese-jam direitos iguais têm de abrir mão de certas regalias, como o que a tradição convencionou chamar de cavalheirismo. To-davia, é preciso destacar que a luta feminista não visa a aca-bar com as diferenças entre os gêneros, tampouco com os me-canismos de interação entre eles, como a corte. Seu objetivo é permitir que homens e mulheres tenham as mesmas chances de decidir sua posição na sociedade.

Exemplo IIMuitas pessoas acreditam que a segurança em uma socieda-de só pode ser garantida por um policiamento ostensivo nas ruas. No entanto, pesquisas revelam que países que adotaram essa estratégia tiveram resultados muito menos significativos que outros que investiram em educação. Tal fato revela serem lápis, papel e giz mais eficientes que fuzis, algemas e patrulhas no sentido de assegurar a ordem social.

Nesse parágrafo, ao tópico frasal sobre a pretensa rela-ção entre policiamento ostensivo e segurança, o candida-to acrescentou dois períodos que conduzem a argumen-tação para uma direção oposta. Assim, em vez de uma paz armada, os períodos que expandem o tópico frasal defen-dem a educação como forma de garantir a ordem social. Note-se o papel do conectivo no entanto, que explicita a relação de oposição entre as ideias apresentadas.

Outras estratégias de construção de parágrafo introdu-tório poderiam ser mencionadas aqui; porém, julgamos, por ora, suficientes os aqui estudados. Agora, é hora de praticar redação a partir de um excelente tema que sele-cionamos para você. Bom trabalho!

Proposta de Redação

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos co-nhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma culta escrita da língua portuguesa, sobre o tema A valorização do professor, apresen-tando experiência ou proposta de ação social que respeite os direi-tos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO IEm O Grande Ditador, Charles Chaplin disse: “Pensamos demais e sentimos muito pouco. Mais do que inteligência, precisamos de bondade e compreensão”. A capacidade da liderança traz consigo essa possibilidade. O professor-líder é ainda aquele que acredita no poder do sonho – o sonho que livra da domesticação imposta pela rotina. Para isso, ele compromete as pessoas, e elas passarão a seguir o sonho, não mais o líder.

Disponível em: http://www.profissaomestre.com.br/php/verMateria. php?cod= 1482.

TEXTO II“A educação faz com que as pessoas sejam fáceis de guiar, mas difíceis de arrastar; fáceis de governar, mas impossíveis de escravi-zar.” PETER, Henry

TEXTO III

D. Pedro II

“Se não fosse imperador, desejaria ser professor. Não conheço mis-são maior e mais nobre que a de dirigir as inteligências jovens e preparar os homens do futuro.”

TEXTO IV“O professor disserta sobre ponto difícil do programa.Um aluno dorme, Cansado das canseiras desta vida.O professor vai sacudi-lo?Vai repreendê-lo?Não.O professor baixa a voz,Com medo de acordá-lo.”

Carlos Drummond de Andrade

TEXTO VProfessores de Japaratuba (SE) em greve por tempo indeterminado Texto publicado em 04 de julho de 2011 - 11h33minDesde sexta-feira (1º), os professores da rede municipal de Japa-ratuba entraram em greve por tempo indeterminado. Eles chega-ram a esse ponto porque a prefeita Lara Moura quer seguir o mau exemplo de não valorização dos professores e enviou projeto de lei para a Câmara de Vereadores com uma proposta que destrói a carreira do magistério. Neste sábado, dia 2, os professores reali-zam panfletagem na feira livre do município. (Portogente)

Page 11: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

107Universidade Aberta do Nordeste

Fique de Olho

DICAS PARA SE ALCANÇAR A REDAÇÃO NOTA 1000É claro que um trabalho de redação é, antes de tudo, um texto criativo, que tem um autor, e com ele um estilo pes-soal. O seu jeito de escrever é a sua marca. Nosso objetivo, com essas dicas, não é “padronizar” sua forma de redigir, mas apenas chamar a sua atenção para alguns aspectos que são considerados “qualidades” em um texto redacio-nal. Você sabe quais são? Veja:Correção: O texto deve obedecer às normas gerais da lín-gua, entendidas tais como aquelas em que são observadas as regras gramaticais, que envolvem ortografia, regência, concordância, colocação, pontuação. Clareza: O texto deve ser produzido de forma a ser en-tendido. É preciso colocar bem as palavras, organizar as ideias segundo uma sequência lógica. Você deve ter um especial cuidado com os vocábulos que vão construindo o

sentido do texto, os chamados conectivos, porque eles são elementos fundamentais de clareza. Concisão: Sem comprometer a clareza, o texto deve ser enxuto, objetivo. As ideias devem ser apresentadas com o mínimo indispensável de palavras, distribuídas em perío-dos curtos, evitando-se assim a prolixidade (excesso, supe-rabundância). Você certamente conhece pessoas que, ao falarem, se repetem cansativamente. Evite que isso ocorra no seu texto. Não canse o seu leitor...Precisão: Você deve utilizar na sua redação a palavra certa para dizer exatamente o que pretende. Podemos consi-derar a concisão e a precisão como qualidades que têm grande afinidade entre si, mas a precisão tem a ver com o emprego das palavras exatas, enquanto a concisão se per-cebe na frase como um todo.

Objeto do Conhecimento

A língua estrangeira moderna no Enem – LEM (Inglês)Nesta seção, daremos continuidade a nossas considera-ções no que tange a língua inglesa no novo Enem.

Dando especial atenção à leitura e interpretação de textos, é interessante examinarmos de perto as palavras de Brown, retiradas de seu livro Teaching by Principles: an interactive approach to language pedagogy.

Pesquisas mostram que a leitura é apenas acidentalmen-te visual. O leitor contribui com mais informações do que a página impressa. Isto é, os leitores entendem o que estão lendo porque são capazes de retirar o estímulo além da re-presentação gráfica e designá-lo membro de um grupo de conceitos apropriados já inclusos em suas memórias, (...) A habilidade na leitura depende da interação eficiente entre o conhecimento linguístico e o conhecimento de mundo.

BROWN, H. Douglas. Teaching by Principles: an interactive approach to language pedagogy. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall Regents, 1994, p.283-285.

Questão Comentada

|C2-H5|Leia o texto e responda.

INDIGENOUS TRIBE DISCOVERED IN BRAZIL’S AMAZON RAINFOREST

An indigenous tribe of 200 people who have never had contact with the outside world has been discovered living

in Brazil’s Amazon rainforest

By Robin Yapp, Sao Paulo.10:57 p.m. BST 22 Jun. 2011.

Air surveillance images showed the tribe in the Javari Valley close to the border with Peru, according to Fabricio Amorim of the Na-tional Indian Foundation (Funai).

The flights showed four large villages featuring huts and plantings of corn and bananas by the community, Funai said.“The plantation, as well as the huts, are new, dated to a maximum of one year,” said Mr Amorim.“The state of the straw used in construction and the planting of corn indicate this. Besides corn, there was bananas and a vegeta-tion in undergrowth that appeared to be peanuts, among other crops.” The flyovers were carried out after small forest clearings were detected on satellite images, indicating the possibility of hu-man settlements.Brazilian authorities ban the general population from any contact with the isolated tribes due to concerns that they could easily be-come infected with diseases for which they carry no immunity.

Disponível em: http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/southamerica/brazil/8593128/Indigenous-tribe-discovered-in-Brazils-Amazon-rainforest.html.

Acesso em: 26 Jun. 2011.

Uma nova tribo indígena foi descoberta na Amazônia brasileira. Com respeito a essa descoberta, podemos dizer que só foi possível:a) porque a população vizinha comunicou o fato à Funai.b) porque aviões sobrevoaram a região detectando a existência da

tribo.c) por ter sido detectada por imagens via satélite.d) porque alguns índios foram se imunizar em alguns postos de

saúde.

Solução comentada: Pela leitura do quarto parágrafo, percebe-mos que a tribo teve sua existência detectada pela primeira vez através de imagens via satélite, e por conta disso, houve sobre-voos na área para a ratificação do fato. A população circunvizi-nha, de acordo com o texto, não tinha autorização para entrar em contato com os índios dessa tribo para que não pudessem contaminá-los, uma vez que os indígenas não possuíam nenhu-ma imunidade. Pelo estado da palha, informa-se no texto que o assentamento deveria ter, no máximo, um ano. A alternativa que traz a ideia correta, de acordo com o texto e seu tema, é a c.Resposta correta: c

Page 12: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

108

Para Fixar

|C2-H5|05. Leia o texto a seguir e responda.

NEYMAR, GANSO, PATO & ROBINHO – THE NEW ‘MAGIC QUARTET’ WHO MUST BRING THE SAMBA BACK INTO BRAZIL

As Mano Menezes’ side prepare to embark on a new era, goal.com looks at the four players who can restore the natio-nal team’s image as the prime entertainers of world football

3 Jul. 2011-11:57:00ANALYSISBy KS Leong

It’s been a while since we last saw Brazil waltz past an opponent with rhythmic ease and put on a carnival to leave fans hypnotised.Ever since the sensational collapse of the fearsome, much-hyped ‘magic quartet’ of Ronaldo, Ronaldinho, Adriano and Kaka after the 2006 World Cup, the five-time winners of the tournament have ditched their philosophy of head-spinning football in favour of a more disciplined, cautious approach under Dunga. Four years on, and the Selecao are still trying to rediscover the joga bonito fervour.

Disponível em: http://www.goal.com/en-gb/news/3710/copa-america/2011/07/03/2558396/neymar-ganso-pato-robinho-the-new-magic-

quartet-who-must. Acesso em: 03 Jul. 2011.

De acordo com o texto acima, a seleção brasileira de hoje:a) não possui o jogo bonito e agradável de se assistir, semelhan-

te aos da antiga seleção.b) possui talentos iguais ou superiores aos da antiga seleção.c) convence a todos de que é tão boa quanto a que se consa-

grou pentacampeã.d) redescobriu seu jogar brasileiro, isto é, com dribles descon-

certantes em cima de seus adversários.

e) não tem encontrado nenhuma dificuldade em subjugar seus oponentes.

|C2-H5, H7|06. Leia o texto e responda ao que se segue.

ONE TRICK OF A TINY BELLY: REPORTER LOSES HER “BELLY” USING ONE EASY TIP

(Consumer TipsDaily) HCG the latest weight loss fad. These so called super hormone that you take as a supplement to lose weight have been getting a lot of international at-tention. And like you have probably already seen; they are all over the Internet in blogs and success stories of people who have apparently used the pills and lost a ton of weight. But we here at Channel 7 are a little skeptical and aren’t sure that we’ve seen any real proof that these pills work for weight loss. So we decided to put these products to the test. What better way to find out the truth than to conduct our own study?

Disponível em: http://www.consumeronlinetips.com/article/us4.php?t=82. Acesso em: 03 Jul. 2011.

Pela leitura do texto acima, podemos dizer que:a) é incontestável a eficácia do uso do HCG na redução de peso.b) Katie é um dos raros exemplos internacionais de perda de

peso pelo uso do hormônio HCG.c) a dieta HCG+ Colon provou-se eficaz com funcionários do canal 7.d) uma funcionária do canal 7 não acreditou na propaganda di-

vulgada pela Internet e resolveu experimentar por si só se o hormônio HCG faz realmente perder peso.

e) apesar de o hormônio HCG fazer perder peso, ele não reduz a circunferência abdominal.

Fique de Olho

Palavras cognatas são palavras que possuem grafia seme-lhante à língua portuguesa podendo, ou não, ter o mesmo significado.actually (adv): na verdade ..., o fato é que ...baton (n): batuta (música), cassetetecafeteria (n): refeitório (tipo universitário ou industrial)data (n): dados (números, informações)enroll (v): inscrever-se, alistar-se, registrar-sefabric (n): tecidogenial (adj): afável, aprazívelhazard (n,v): risco, arriscaringenuity (n): engenhosidade

jar (n): potelamp (n): luminárialarge (adj): grande, espaçosomayor (n): prefeitomoisture (n): umidadenovel (n): romanceoffice (n): escritórioprejudice (n): preconceitorange (v): variar, cobrirsenior (n): idosotax (n): imposto trainer (n): preparador físicovegetables (n): verduras, legumes

Vestibulando,O homem tem na escrita um meio seguro para a conser-vação da cultura. Por isso, apesar do surgimento de outros meios de difusão de grande influência como o rádio, o ci-

Objeto do Conhecimento

A língua estrangeira moderna no Enem – LEM (Espanhol)nema, a televisão e a informática, o sistema escritural não foi abolido. Por essa razão, a leitura é uma atividade indis-pensável e complementar da escrita, pois permite captar

Katie investigatesthe HCG+Colon diet to

find out for herself ifthis super diet works.

Page 13: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

109Universidade Aberta do Nordeste

Fique de Olho

Expressões idiomáticas espanholas

Espanhol Português

A cada dos por tres Vira e mexe/Com frequência

Andar por las ramas Desviar do assunto

A regañadientes Sem reclamações

A rienda suelta À rédea solta, desenfreadamente

Como quien oye llover Sem fazer caso

Dar en el clavo Acertar algo

Dejar plantado Ficar esperando

Estar hecho polvo Cansaço físico

Hacer la vista gorda Fazer que não está vendo, ignorar

Importar un pimiento Nada importa

Meter la pata Cometer um erro

Meterse en camisa de once varas

Complicar-se desnecessariamente

No hay mejor espejo que el amigo viejo

O melhor espelho é um velho amigo

Qué pesado eres Como você é chato

Tranqui Tranquilo

De buena gana De boa vontade

De balde Inutilmente

De paro Em desemprego

a mensagem escrita, prévia exigência de uma capacidade para decifrar, interpretar e compreender.

Leia o texto a seguir, para responder a questão que se segue.

EDWIN SUEÑA CON RETORNAREdwin camina todas las mañanas hasta la sede de la Cruz Roja en Carabanchel Alto y pregunta si ya tienen listo el billete para regresar a Bolivia. Dos años después de su llegada a Ma-drid, su sueño es retornar. Está desempleado desde hace casi un año, pero como no tiene papeles no forma parte de los 87.348 extranjeros que aparecen en las listas del paro.

Llegó en enero de 2007. Aterrizó en Barajas con dos maletas de ropa y 1.800 euros que le había prestado una cooperativa de su barrio en Santa Cruz. Venía sin contrato de trabajo.

“Quería darle un futuro mejor a mis hijos”, dice. Es pa-dre de dos chavales de 14 y 12 años. Pero en Madrid no encontró la tierra prometida. Su primer trabajo fue de vi-gilante en un pueblo. Le pagaban 600 euros. Vivía en una caseta. Allí sólo tenía una radio. Después consiguió trabajo en la construcción. Le pagaban 35 euros el día, luego le bajaron a 30 y al final no había euros para pagarle.

Desde hace seis meses vive con una compatriota que le presta un cuarto en su casa y le da de comer. Espera que la Cruz Roja de Madrid le pague el billete para volver. “Aunque allá no tengo nada, al menos estaré con mi fami-lia”, asegura.

http://www.elpais.com (08/06/09)

Questão Comentada

|C2-H5|Edwin hace trabajos difíciles por el hecho de que es un inmigrante no autorizado. Su ilegalidad es perceptible en:a) Está desempleado desde hace casi un año, pero como no

tiene papeles no forma parte de los 87.348 extranjeros que aparecen en las listas del paro.

b) Edwin camina todas las mañanas hasta la sede de la Cruz Roja en Carabanchel Alto y pregunta si ya tienen listo el bille-te para regresar a Bolivia.

c) Aterrizó en Barajas con dos maletas de ropa y 1.800 euros que le había prestado una cooperativa de su barrio en Santa Cruz.

d) Desde hace seis meses vive con una compatriota que le pres-ta un cuarto en su casa y le da de comer.

e) Le pagaban 35 euros el día, luego le bajaron a 30 y al final no había euros para pagarle.

Solução comentada: O fato comprobatório de que Edwin vive ilegalmente em Madrid encontra-se no fragmento “no tiene pa-peles”, o que o torna fora dos números que compõem a lista dos estrangeiros desempregados.

Resposta correta: a

Para Fixar

• As questões 07 e 08 têm como base o texto anterior.

|C2-H7|07. Con la lectura del texto “Edwin sueña con retornar”, podemos

percibir la intención del protagonista en tener éxito fuera de su tierra natal. Tal idea está expresada en la frase:

a) “Me voy con los sueños rotos.”b) “Venía sin contrato de trabajo.”c) “Quería darle un futuro mejor a mis hijos”.d) “Al menos estaré con mi familia.”e) “No sé de qué voy a vivir allá.”

|C2-H6|08. Las palabras “paro” y “chavales” pueden traducirse al portu-

gués, respectivamente, por:a) “parada” e “meninos”.b) “desemprego” e “garotos”.c) “paralização” e “rapazes”.d) “greve” e “jovens”.e) “seguro-desemprego” e “meninos”.

Page 14: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

110

Exercitando para o Enem

|C6-H18|01. Leia o texto a seguir e responda.

O livro Água viva, de Clarice Lispector, é inteiramente composto por fragmentos como estes:Eu, que fabrico o futuro como uma aranha diligente. E o melhor de mim é quando nada sei e fabrico não sei o quê. Eis que de repente vejo que não sei nada. O gume da minha faca está ficando cego? Parece-me que o mais pro-vável é que não entendo porque o que vejo agora é difícil: estou entrando sorrateiramente em contato com uma rea-lidade nova para mim e que ainda não tem pensamentos correspondentes, e muito menos ainda alguma palavra que a signifique.

Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980, p. 69-70.

Com base nesses fragmentos, é correto afirmar que a autora radicaliza o seu processo de criação:

a) organizando uma narrativa em que as ações ocorrem numa temporalidade clara e linear.

b) recusando a narrativa tradicional, substituídas as ações por reflexões de caráter metalinguístico.

c) investindo em personagens exóticas, cujos gestos fazem lembrar as fantasmagorias do surrealismo.

d) propondo uma forma de romance na qual o narrador gover-na com poder absoluto o destino de suas criaturas.

e) diluindo experiências anteriores mais ousadas, substituídas por narrativas de caráter realista.

Texto para as questões de números 02 e 03.

O poeta Álvares de Azevedo não chegou a ver publicado seu livro de poemas Lira dos vinte anos, para o qual escreveu dois prefácios, atendendo à divisão interna do volume. Transcrevem-se abaixo dois fragmentos, um de cada prefácio.I. São os primeiros cantos de um pobre poeta.

Desculpai-os. As primeiras vozes do sabiá não têm a doçura dos seus cânticos de amor. É uma lira, mas sem cordas; uma primavera, mas sem flores; uma coroa de folhas, mas sem viço. Cantos espontâneos do coração, vibra-ções doridas da lira interna que agitava um sonho, notas que o vento levou – como isso dou a lume essas harmonias;

II. Cuidado, leitor, ao voltar esta página. Aqui, dissipa-se o mun-do visionário e platônico. ( ... ) O poeta acorda na terra. ( ... ) tem nervos, tem fibra e tem artérias – isto é, antes e depois de ser um ente idealizado, é um ente que tem corpo. E, digam o que quiserem, sem esses elementos, que sou o primeiro a reconhecer muito prosaicos, não há poesia.

|C5-H16|02. Esses fragmentos mostram que Álvares de Azevedo tinha

consciência de que seu livro de poemas fora concebido:a) de modo que os últimos poemas, apresentados em II, consti-

tuíssem uma intensificação do lirismo puro e ingênuo, apre-sentado em I.

b) segundo inclinações opostas de sua poesia romântica, a que se realiza como lirismo idealizado e a que assume certa con-dição autocrítica.

c) para promover um diálogo, genuinamente romântico em cada um dos momentos, entre a parte satírica e a parte cômi-ca de sua produção poética.

d) de modo que, em ambas as partes, mas de modos distin-tos, o poeta manifestasse sua desconfiança diante da lírica romântica.

e) para promover uma antítese entre sua poesia nativista e bu-cólica, do primeiro momento, e sua lírica urbana, do segundo momento.

|C6-H19|03. Atente para as seguintes afirmações.I. Considerando-se o contexto, é correto agrupar em dois campos

semânticos, sugestivos e distintos entre si, os elementos: sabiá, primavera, flores, de um lado, e nervos, corpo e fibra, do outro;

II. As duas expressões com função conativa, Desculpai-os, em I, e Cuidado, leitor, em II, devem ganhar inflexões bem distin-tas, na leitura, para fazerem jus às diferentes convocações do poeta;

III. Os versos “Poetas! Amanhã ao meu cadáver / Minha tripa cortai mais sonorosa! ...” e os versos “As ondas são anjos que dormem no mar, Que tremem, palpitam banhados de luz”, ilustram, na ordem dada, as vertentes poéticas que Álvares de Azevedo apresenta em I e II.

Está correto o que se afirma em: a) I e II, apenas. b) I, II e III. c) I e III, apenas. d) II, apenas. e) II e III, apenas.

|C4-H12, H13|04. Analise a figura e leia o texto a seguir.

Andreas Vesalius (1514-1564).In: De Humani Corporis Fabrica.Gravura 25, dos músculos. Basileia: 1543.

“Naturalmente, a preocupação maior estava na representação do ser humano. A arte renascentista nunca se distanciou dema-siado dessa sua vocação antropocêntrica. Nesse momento, a preocupação com a figuração da imagem humana se concen-traria na representação do corpo, percebido em toda a extensão de sua carnalidade, suas formas, seu peso, sua textura, sua ossa-tura, sua musculatura, sua anatomia, enfim.”

SEVCENKO, Nicolau. O Renascimento. São Paulo: Atual, 1994, p. 62.

Com base na imagem e no texto, considere as assertivas.I. Vesalius expressa na imagem uma visão romântica e idealiza-

da do homem;II. O artista apoia-se numa concepção religiosa do homem;III. O nu foi um tema recorrente na arte ocidental da época;IV. A gravura inspira-se em uma das fases da escultura grega: a

das esculturas em movimento.

Page 15: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

111Universidade Aberta do Nordeste

Está correto o que se diz em:a) I e II apenas. b) II e III apenas. c) I, II e III. d) I, II, III e IV. e) III e IV.

|C3-H9|05. (Enem/2010) “O folclore é o retrato da cultura de um povo.

A dança popular e folclórica é uma forma de representar a cultura regional, pois retrata seus valores, crenças, trabalho e significados. Dançar a cultura de outras regiões é conhecê-la, é de alguma forma se apropriar dela, é enriquecer a própria cultura.”

BREGOLATO, R. A. Cultura Corporal da Dança. São Paulo: Ícone, 2007.

As manifestações folclóricas perpetuam uma tradição cultu-ral, é obra de um povo que a cria, recria e a perpetua. Sob essa abordagem, deixa-se de identificar como dança folclóri-ca brasileira:

a) o bumba meu boi, que é uma dança teatral onde persona-gens contam uma história envolvendo crítica social, morte e ressurreição.

b) a quadrilha das festas juninas, que associam festejos religio-sos a celebrações de origens pagãs envolvendo as colheitas e a fogueira.

c) o congado, que é uma representação de um reinado africano onde se homenageia santos através de música, cantos e dança.

d) o balé, em que se utilizam músicos, bailarinos e vários outros profissionais para contar uma história em forma de espetáculo.

e) o carnaval, em que o samba derivado do batuque africano é utilizado com o objetivo de contar ou recriar uma história nos desfiles.

|C3-H10, H11|06. (Enem/2010) Observe a imagem e responda.

Disponível em: http://lgarveturistico.com/wp-content/uploads/2009/04/ptm-ginasticaritmica-01.jpg. Acesso em: 01 set. 2010.

O desenvolvimento das capacidades físicas (qualidades mo-toras passíveis de treinamento) ajuda na tomada de decisões em relação a melhor execução do movimento.A capacidade física predominante no movimento represen-tado na imagem anterior é:

a) a velocidade, que permite ao músculo executar uma sucessão rápida de gestos em movimentação de intensidade máxima.

b) a resistência, que admite a realização de movimentos duran-te considerável período de tempo, sem perda da qualidade da execução.

c) a flexibilidade, que permite a amplitude máxima de um mo-vimento, em uma ou mais articulações, sem causar lesões.

d) a agilidade, que possibilita a execução de movimentos rápi-dos e ligeiros com mudanças de direção.

e) o equilíbrio, que permite a realização dos mais variados movi-mentos com o objetivo de sustentar o corpo sobre uma base.

|C2-H5, H7|07. Leia o texto a seguir e responda.

THEY’VE GOT TO BE JOKING: THE 15 SADDEST IN-FLIGHT MEALS

If you haven’t already been annoyed off the Internet by all the April Fool’s Day pranks running rampant, then take a deep breath and know that nothing will be amiss on jaun-ted today. Except for this, because the airlines have got to be joking. We’ve dug around to discover the 15 saddest in-flight meals, including everything from a moldy fruit plate to our dreaded American Airlines croissant.Sadly these meals aren’t April Fool’s jokes, but, oh, how we wish they were...

Disponível em: http://www.jaunted.com/story/2011/3/31/232014/680/travel/They%27ve+Got+to+Be+Joking%3A+The+15+Saddest+In-Flight+Meals. Acesso

em 03 Jul. 2011.

Sabe-se que os lanches que são oferecidos nas aeronaves não são, o que poderíamos dizer, dignos da cozinha france-sa. O texto nos mostra alguns aspectos concernentes a esse assunto. De acordo com a matéria acima, podemos chegar a conclusão que:

a) as empresas aéreas estão dirimindo esforços para mudar esse quadro.

b) algumas empresas aéreas americanas já estão oferecendo lanches de primeira qualidade.

c) somente durante o mês de abril as empresas aéreas ofere-cem lanches melhores e mais saudáveis.

d) dentre os lanches mais saborosos estão os croissants americanos.

e) já houve ocasiões em que frutas mofadas foram oferecidas aos passageiros.

|C2-H5, H6, H7|08. Leia o texto e responda.

STRAUSS-KAHN RELEASED FROM HOUSE ARRESTJuly 3, 2011.

(JTA) Dominique Strauss-Kahn, the former director of the Interna-tional Monetary Fund, was released from house arrest after pro-secutors said the hotel maid who accused him of rape lied to a grand jury.

Page 16: Fascículos ENEM 2013 - fascículo 07.pdf

Released June 1 by a judge from his house arrest in New York, Strauss-Kahn may now travel anywhere in the United States. He has a home in Washington D.C., where the IMF is located. He resig-ned as head of the IMF after he was jailed on charges of sexually assaulting a housekeeper at New York’s Sofitel hotel on May 14.He still faces charges of raping the maid, who reportedly lied to the grand jury about the sequence of events after the alleged attack, and also lied on tax and immigration documents. Strauss-Kahn’s lawyers have called for all charges to be dropped against their client. They do not deny there was sexual encounter.Strauss-Kahn, 62, had been considered a front-runner for the French presidency, the first Jew to hold such a position since World War II.

Disponível em: http://www.jta.org/news/article/2011/07/03/3088401/strauss-kahn-released-from-house-arrest. Acesso em: 03 Jul. 2011.

Ao ler a matéria sobre o ex-diretor do Fundo Monetário In-ternacional – FMI, chegamos a conclusão que Dominique Strauss-Kahn:

a) se candidatará à presidência da França.b) foi libertado de sua prisão domiciliar porque foi descoberto

que a empregada do hotel mentiu ao grande júri.c) saiu da penitenciária e deverá concorrer ao cargo de presi-

dente da França.d) alegou não ter tido relações sexuais com a camareira do ho-

tel e foi solto pelo fato de se ter comprovado que a funcioná-ria do hotel mentiu ao grande júri.

e) foi liberado da delegacia pelo fato de a camareira ter men-tido com relação a dois fatores: primeiro, com relação ao suposto estupro, e segundo, porque foi acusada de racismo, pelo fato de ele ser judeu (Jew).

Responda às questões 09 e 10 com base na tirinha abaixo.

PARA MÍ LO QUE ESTÁ MALES QUE UNOS POCOS TIENEN

MUCHO,MUCHOS TIENEN POCOY ALGUNOS NO TIENEN NADA

SI ESOS ALGUNOS QUE NOTIENEN NADA TUVIERAN

ALGO DE LO POCO QUE TIE-NEN LOS MUCHOS QUE

TIENEN POCO...

Y SI LOS MUCHOS QUETIENEN POCO TUVIERANUN POCO DE LO MUCHOQUE TIENEN MUCHOS,HABRÍA MENOS LÍOS

PERO NADIE HACE MUCHO,POR NO DECIR NADA, PARAMEJORAR UN POCO ALGO

TAN SIMPLE

|C2-H6|09. A expressão “habría menos líos” faz referência:a) às pessoas.b) aos problemas.c) ao dinheiro.d) aos desafios.e) aos desagrados.

|C2-H7|10. A partir da leitura da tirinha, pode-se afirmar que sua temáti-

ca aborda:a) uma problemática educacional.b) a inocência infantil.c) uma questão de linguagem.d) a distribuição de bens.e) crianças de rua.

Para Fixar

Exercitando para o Enem

01 02 03 04 05 06 07 08

c e c d a d c b

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

b b a e d c e b b d

PromoçãoParceriaApoio Realização

Atenção!! Inscreva-se já e tenha acesso a outros materiais sobreo Enem no www.fdr.com.br/enem2011

Presidente: Luciana Dummar Coordenação da Universidade Aberta do Nordeste: Sérgio FalcãoCoordenação do Curso: Fernanda Denardin e Marcelo PenaCoordenação Editorial: Sara Rebeca AguiarCoordenação Acadêmico-Administrativa: Ana Paula Costa SalminEditor de Design: Deglaucy Jorge Teixeira

Projeto Gráfico: Dhara Sena e Suzana PazCapa: Suzana PazEditoração Eletrônica: Paulo Henrique do Anjos Ilustrações: Aldenir Barbosa, Caio Menescal e João LimaRevisão: Ana Paula Porfírio, Kelly Gurgel, Sara Rebeca Aguiar e Tesoro Hinojosa

Expediente