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Associação Nacional para Filhos de Alcoolistas e Dependentes Químicos http://www.nacoa.com.br
FILHOS DE PAIS DEPENDENTES DE ÁLCOOL E DROGAS:
FATOS IMPORTANTES
O alcoolismo e outras dependências têm
causas genéticas e ambientais. Ambas têm
sérios efeitos para crianças que vivem em
lares nas quais um ou ambos os pais estão
envolvidos. Mais de 28 milhões de americanos
são filhos de alcoolistas; aproximadamente 11
milhões tem menos de 18 anos. Esse quadro é
ampliado pelo número incontável de outros
que são afetados por pais com problemas em
relação a outras drogas psicoativas.
Não existem estatísticas oficiais no Brasil, mas
com base nas informações do I Levantamento
nacional sobre os padrões de consumo de
álcool na população brasileira produzido pela
UNIAD, SENAD E UNIFESP podemos
afirmar que existem milhões de crianças
convivendo com um adulto que abusa ou é
dependente de álcool (sem levar em conta os
dependentes de outras drogas).
1. O alcoolismo e a dependência de drogas
tem a tendência de ocorrer em famílias com
histórico de abuso e dependência. Filhos de
pais dependentes tem um risco aumentado
para desenvolverem o alcoolismo e abuso de
outras drogas em comparação a outras
crianças.
Filhos de pais dependentes são o maior
grupo de risco para se tornarem abusadores de
álcool e drogas devido a fatores genéticos e
ambientais .1
Filhos biológicos de pais dependentes de
álcool que foram adotados continuam a ter um
risco aumentado (2 a 9 vezes) para o
desenvolvimento do alcoolismo.2
Estudos recentes sugerem um forte
componente genético, particularmente para o
início precoce do alcoolismo no sexo masculino.
Filhos de pai alcoolista têm quatro vezes mais
risco quando comparados com descendentes
masculinos de pai não alcoolista.3
O uso de substâncias pelos pais e seus
filhos adolescentes são fortemente relacionados;
Geralmente, se os pais usam drogas, cedo ou
tarde seus filhos também o farão.4 Adolescentes
que usam drogas tem maior probabilidade de
terem um ou ambos os pais que também usam
drogas.5
A influência das atitudes dos pais sobre o
consumo de drogas de uma criança ou jovem
pode ser tão importante quanto o abuso por parte
dos pais.6 Um adolescente ao perceber que um
ou ambos os pais são permissivos sobre o uso de
drogas tem uma tendência maior a usá-las.7
2. A interação da família é definida pelo
abuso de substância ou dependência na
família.
• Famílias afetadas pelo alcoolismo reportam
um elevado nível de conflito quando
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comparadas com famílias que não tem o
alcoolismo presente. O problema com a bebida é
o fator primário de desestruração familiar. O
ambiente no qual os filhos de alcoolistas vivem
é muitas vezes caracterizado pela falta de
cuidados dos pais, má gestão da casa e falta de
comunicação na família, assim, efetivamente
deixando dos filhos de pais alcoolistas sem um
modelo na área de habilidades maternas,
paternas e efetividade da família. 8
Os problemas familiares a seguir têm sido
frequentemente associados com famílias
afetadas pelo alcoolismo. Aumento dos conflitos
familiares; violência física ou emocional;
diminuição da coesão familiar; redução da
organização da família; aumento do isolamento
da família; aumento do stress familiar, incluindo
problemas com trabalho, doenças, conflitos
conjugais , problemas financeiros e mudanças
frequentes de residência.9
Pais que apresentam alguma dependência
frequentemente tem uma falta de habilidade em
prover a estrutura ou estabelecer a disciplina na
família, mas ao mesmo tempo esperam que seus
filhos sejam competentes em uma grande
variedade de tarefas precocemente em
comparação com pais que não são abusadores de
alguma substância. 10
Filhos de pais alcoolistas são os alvos das
mais prejudiciais práticas de disciplina dos seus
pais. 11
3. O relacionamento entre dependência dos
pais e abuso infantil tem sido documentado
em larga proporção nos casos de negligência e
abuso infantil.
Três em quatro (71,6%) dos profissionais
de serviço social infantil citam o uso de
substâncias como a causa principal para o
dramático aumento nos maus tratos infantis
desde 1986.12
A maioria dos profissionais da área de
assistência social (79.6%) citam que o abuso de
substâncias causa ou contribui ao menos com
50% dos casos de maus tratos infantis; 39.7%
dizem que é um fator presente em 75% dos
casos.13
Em uma amostra de pais que significamente
maltrataram seus filhos, o abuso do álcool é
especificamente associado com maus tratos
físicos, enquanto a cocaína demonstra uma
relação particular com maus tratos sexuais.14
Crianças expostas no período pré-natal a
drogas ilícitas tem de 2 a 3 vezes mais chances
de serem abusadas ou negligenciadas.15
4. Filhos de pais dependentes de drogas tem
elevado risco para viverem fora de seu lar de
origem.
• Três de quatro profissionais na área de
cuidados infantis (75,7%) afirmam que filhos de
pais dependentes tem mais tendência a entrarem
em abrigos infantis e 73% afirmam que filhos
de alcoolistas permanecem por mais tempo em
abrigos em comparação com outras crianças.16
Em um estudo, 79% de adolescentes que
fugiram de casa ou vivem nas ruas citaram o uso
de álcool em seus lares, 53% reportaram uso
abusivo de álcool no lar e 54% reportaram uso
de drogas em seus lares.17
A cada ano, aproximadamente 11.900
crianças são abandonadas ao nascerem ou são
mantidas em hospital, sendo que 78% delas
foram expostas ao uso de drogas. O custo diário
de cada um desses bebês é de US$460.18
5. Filhos de pais dependentes exibem mais
sintomas de depressão e ansiedade em
comparação com crianças de lares onde não
há uma dependência.
Filhos de pais dependentes exibem mais
sintomas de depressão e ansiedade em
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comparação com crianças de lares onde não há
uma dependência.19
Filhos de pais dependentes tem maior
tendência a desenvolverem distúrbios de
ansiedade ou demostrarem sintomas de
ansiedade.20
Filhos de pais dependentes tem maior risco
em taxas elevadas para o desenvolvimento de
disfunções psiquiátricas e psicológicas, assim
como para o alcoolismo.21
6. Filhos de pais alcoolistas passam por
problemas físicos e mentais mais acentuados e
tem custos mais elevados para o sistema de
saúde e bem estar em comparação com filhos
de pais não dependentes.
As taxas de internamento e permanência
hospitalar entre filhos de alcoolistas foram 24%
e 29% maiores em comparação com filhos de
pais não alcoolistas. Abuso de substâncias e
outros distúrbios mentais são os problemas mais
comuns entre filhos de dependentes. 22
É estimado que o abuso de substâncias e
dependências são a causa principal em cerca de
70 a 90% de todos os custos na área de bem
estar social infantil. Usando a mais conservadora
taxa de 70 por cento, em 1998 o abuso de
substâncias e dependências responderam
aproximadamente por US$ 10 bilhões nos gastos
em nível municipal, estadual e federal
simplesmente para manter os programas de bem
estar social para crianças.23
Os custos econômicos associados a
síndrome alcoólica fetal são estimados em US$
1,9 bilhões em 1992.24
Uma amostra de crianças hospitalizadas
devido a problemas psiquiátricos demonstrou
que mais de 50% eram filhos de pais
dependentes.25
7. Filhos de pais dependentes tem uma alta
taxa de problemas de comportamento.
Um estudo comparativo entre filhos de
alcoolistas (com idade entre 6 e 17 anos) e filhos
de pacientes psiquiatricamente saudáveis chegou
à conclusão de que filhos de alcoolistas têm
taxas elevadas de TDAH (Transtorno de déficit
de atenção e hiperatividade) e TOD (Transtorno
opositor desafiante) quando comparados com o
grupo de controle. 26
Pesquisas na área de problemas de
comportamento apresentados por filhos de
alcoolistas revelaram algumas das seguintes
características. Falta de empatia com outras
pessoas; adequação social e adaptação
interpessoais diminuídas; baixa autoestima e
ausência de controle em relação ao ambiente.27
Pesquisas têm demonstrado que filhos de
pais dependentes demonstram características
comportamentais e um estilo de temperamento
que predispõe a futuros problemas de
adaptação.28
8. Filhos de pais dependentes têm
desempenho mais baixo em testes que medem
o desempenho escolar e demonstram outras
dificuldades na escola.
Filhos homens de pais dependentes tem
resultados piores em todas as áreas que medem o
desempenho escolar usando o teste de
vocabulário por imagens Peabody (TVIP),
incluindo informações gerais, reconhecimento
da leitura, compreensão da leitura, leitura total,
matemática e ortografia.29
Em geral, filhos de pais alcoolistas tem
desempenho pior em avaliações escolares. Eles
também têm maiores taxas de abstenção escolar
e tem maior tendência a abandonar a escola,
serem retidos ou encaminhados para o serviço de
psicologia em comparação com filhos de pais
não alcoolistas.30
Em um estudo, 41% dos pais dependentes
informaram que ao menos um de seus filhos
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repetiu uma série na escola, 19% “mataram
aula” e 30% foram suspensos da escola.31
Filhos de pais dependentes comparados
com filhos de pais não dependentes encontraram
uma desvantagem significativa em avaliações de
matemática.32
9. O consumo de álcool e outras drogas pela
mãe em qualquer fase da gestação podem
causar defeitos congênitos e déficits
neurológicos.
Estudos tem demonstrado que a exposição a
cocaína durante o desenvolvimento fetal pode
levar a tênue, mas significativos déficits no
futuro, especialmente com comportamentos que
são cruciais para o sucesso na sala de aula como
bloquear distrações e concentrar-se por longos
períodos.33
O desempenho cognitivo é menos afetado
pela exposição ao álcool em bebês e crianças
cujas mães pararam de beber no início da
gestação, mesmo quando as mães retornaram a
utilizar o álcool após darem a luz.34
Os efeitos do álcool durante o período pré-
natal em níveis moderados de consumo foram
detectados em mulheres não alcoolistas. Mesmo
que a mãe não abuse do álcool com
regularidade, sua criança pode não ser poupada
dos efeitos da exposição ao álcool no período
pré-natal. 35
10. Filhos de pais dependentes podem se
beneficiar dos esforços de adultos para ajudá-
los e dar suporte.
Crianças que lidaram de forma bem
sucedida com o trauma de crescer em famílias
afetadas pelo alcoolismo geralmente contavam
com o apoio de um pai ou mãe não alcoolista,
padrasto ou madrasta, avós, professores entre
outros.36
Filhos de pais dependentes que podem
contar com adultos disponíveis têm aumentada
sua autonomia e independência, melhores
habilidades sociais, melhores habilidades em
lidar com experiências emocionais difíceis e
melhores estratégias para lidar com problemas
do dia a dia.37
Programas de atendimento em grupo
reduzem o sentimento de isolamento, vergonha e
culpa entre filhos de alcoolistas ao se utilizarem
da importância do grupo entre os adolescentes
além do oferecimento de suporte mútuo entre
seus membros.38
Competências como a habilidade de
estabelecer e manter relacionamentos íntimos,
expressar emoções e resolver problemas podem
ser melhoradas ao trabalhar a autoestima e a
auto eficácia de filhos de alcoolistas.39
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