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R$ 1,00 www.jornaldasalagoas.com.brAlagoas, 29 de março | Ano 1 | Nº 242 | 2020
De acordo com os dados aprovados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo destacou a preocupação com a amplia-ção do período de quarentena. O decreto do governador encerra o prazo nessa semana. De acordo com a entidade, caso haja uma ampliação das medidas mais restritivas, as perdas para a atividade econômica alagoana pode chegar a R$ 1,6 bilhões. A Fecomércio destaca que o setor terciário representa 49% do PIB e emprega 66% dos trabalhadores em regime celetista, além de responder por 83% dos empreendimentos e por 44% da arrecadação de ICMS de Alago-as. Essa é a preocupação levantada pelos comerciantes. Página 5
ECONOMIA
Fecomércio, Associação Comercial e Federação das Indústrias solicitam que o governo estadual reveja o decreto de quarentena e não prolonge paralisação do comércio
OCDE avalia os impactos do confinamento nas grandes economias
Governo federal anuncia linhas de créditos para pequenas empresas
Executivo estadual antecipa pagamento do 13º para aposentados
Página 7 Página 6 Página 4
Agência Brasil
FECOMÉRCIO ESTIMA QUE AS PERDAS NA QUARANTENA PODEM CHEGAR A R$ 520 MI
EBC
Bolsonaro aguarda o Senado para pagar auxílio de R$ 600,00
De acordo com a medida, o auxílio será pago para os trabalhadores autônomos, que estão sem renda e que enfrentam a dificuldade de não conseguir recursos nes-se momento de paralisação das atividades econômicas.
O projeto já foi aprovado na Câmara dos Deputados e deve ir ao Senado Federal nessa semana. Com a apro-vação, já há o acordo para a sanção. O valor a ser pago – durante a crise – é de R$ 600,00 mensais. Página 12
Coronavírus: AL mantém 11 casos confirmados, mas aumentam suspeitos
Segundo o último boletim epde-miológico, o número de casos con-firmados de coronavírus em Alagoas se manteve estável. Ao todo, são 11 casos. No entanto, o número de sus-peitos sobe para 247. Até o momento, 178 foram descartados. Agora, 38 municípios possuem casos suspeitos. Antes, eram apenas 20. Página 8
V I S I T E N O S S O S I T E : W W W . J O R N A L D A S A LA G O A S . C O M . B R
O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), terá uma decisão difícil pela frente. O decreto de isolamento social chegará ao fim na próxima semana. O governo estadual tem trabalhado duramente na busca pelo achatamento da curva do contágio e isso não pode ser negado. É preciso sim que se entenda que, em que pese a existência de alguns erros, houve sim muito trabalho. Assim como houve por parte do governo federal.
A questão é que há dois pontos cruciais que causam preocupação em diversos gover-nantes: a busca pelo equilíbrio em relação às medidas protetivas e preventivas quanto a saúde, já que se fala de um possível colapso do sistema, e as questões econômicas que são de relevância extrema, pois envolve os recursos para bancar as próprias ações do Estado. Há um temor de que se exagere na dose das medidas e se acabe produzindo um caos social.
As principais entidades do setor produtivo, pensando nisso, pedem que o governador relaxe as medidas em um próximo decreto e caminhe – ainda que de forma gradativa – para o isolamento vertical, pensando em grupos de riscos, adotando medidas nas empresas, mas permitindo que o comércio
E D I T O R I A L
OPINIÃO
CENA
URBANA
202029 de março2
Quem está acostu-mado a ir à acade-mia diariamente tem ‘sofrido’ nesta quarentena. Em Jacarecica, o rapaz colocou os exer-cícios em dia nos equipamentos da orla, que está com-pletamente vazia. O melhor: ativi-dade ao lar livre e sem aglomeração.
O dilema de Renan Filho
reabra as suas portas para manter os empre-gos, a geração de renda e – consequentemen-te – a própria arrecadação por parte do poder estatal.
A decisão está nas mãos de Renan Filho, que ainda não antencipou – ao menos até o fechamento dessa edição – como pretende agir após o término desse prazo. Alternativas existem, como – por exemplo – manter ainda por mais algum tempo restrições a locais de aglomeração, como cinemas, teatros etc, mas, garantir às demais atividades comerciais que voltem a funcionar. Além disso, seguir com o trabalho de conscientização das pessoas e dos vetores de risco.
É um momento de união e de compreensão da complexidade da realidade e não de me-didas que tenham apenas um único viés, seja ele político, ideológico ou até mesmo restrito, desprezando todas as variantes que estão postas. Que o governo do Estado saiba equa-cionar as coisas no papel que hoje cumpre para que não sacrifique ainda mais as pessoas em um momento tão angustiante. E isso é posto sabendo que não é fácil estar na pele de quem tem que decidir algo de tamanha rele-vância, sabendo ainda que o Executivo tem buscado agir com o sincero desejo de resolver o problema.
Irac
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Jorge Luiz Borges TinocoDiretor-Executivo
Luis VilarEditor-Geral
Benedito LimaDiagramação
Para anunciar(82) 3028.2050
CNPJ33.009.776/0001-21
EndereçoRua Barão de Penedo, 36Edifício Delmiro Gouveia, Sala 205 - CentroCEP 57.020-340Maceió - Alagoas
[email protected]@jornaldasalagoas.com.br
Sitewww.jornaldasalagoas.com.br
Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.
EXPEDIENTE
A atual urgência pelo modelo de traba-lho remoto tem revelado oportunidades de qualificação da gestão, afinal, evidencia se os gestores têm competência ou clareza para definição de metas e facilitação do home office. Em contrapartida, outros acabam ignorando o fato de que “coman-do”, às vezes, é necessário, mas, “contro-le”, é sintoma de uma relação doente.
Antes de tudo, não me parece cor-reto dar continuidade a este artigo sem mencionar os tempos difíceis que enfrentamos agora, devido à pandemia de coronavírus (COVID-19). Em 2015, em uma apresentação no TED, Bill Gates já anunciava que o maior risco para a huma-nidade não seria uma nova guerra nuclear, mas sim uma epidemia. Infelizmente
sua previsão estava correta. Diante da presente crise mundial, nós, que podemos trabalhar remotamente, somos privilegia-dos e sabemos que esta opção não é real para muitas pessoas. E parece até mesmo cruel, de certa forma, falar sobre ficar em casa para quem não pode. Mas não há outra forma.
Voltando ao tema proposto, por não terem clareza de como entregar valor, muitos gestores, no lugar de resultados e facilitação do trabalho, ficam atentos a quem chega cedo na empresa e quem vai embora mais tarde. Também é comum que observem quem fica mais no compu-tador ou em reuniões. Para profissionais com este perfil, o trabalho remoto é um pesadelo!
De muitas formas – e embora apresen-te desafios inéditos – este modelo tende a gerar resultados superiores. Ele permite, por exemplo, que as barreiras geográficas sejam superadas e que possamos compor times melhores, ou seja, deveria ser uma novidade bem-vinda.
Entretanto, devido à limitação da gestão em conduzir relações saudáveis de trabalho, acaba se materializando como um entrave.
As dificuldades em estabelecer políti-cas de home office, mesmo em momen-tos de crise como o que estamos vivendo, evidencia a hipótese de McGregor, a menos que um gestor “fique de olho” na conduta das pessoas, é provável que ninguém cumpra seu papel.
Trabalho remoto evidencia oportunidades de qualificação da gestão
ARTIGO | Elemar Júnior*
* É CEO da EximiaCo
A estudante universi-tária, Marina Lemos disse que se surpre-
endeu ao receber um e-mail que informava que a conta dela num aplicativo de música tinha sido acessada do Reino Unido.
“No e-mail que recebi ainda vinham links onde eu ‘deveria clicar’ para cancelar o acesso”, disse Marina.
Mas, como já sabia que poderia ser golpe, ela foi diretamente no aplicativo oficial da conta e fez toda as mudanças das senhas. “Inicialmente fiquei tensa, pois o pagamento do serviço é feito automaticamente em cartão de crédito”, comen-tou a estudante.
Outro golpe semelhante está sendo aplicado por falsas empresas de TV por
assinatura que, por meio de e-mails falsos informam que sua conta vai ser cance-lada pois não detectaram o pagamento. Em seguida solicitam que o usuário clique num link (falso) para atualizar os dados e é nesse momento que os hackers “roubam” as informações do cliente.
DICASPara evitar esse tipo de
sabotagem, o delegado José Carlos, responsável pela Seção de Crimes Ciberné-ticos, da Polícia Civil de Alagoas (PCAL), e a equipe da seção especializada elen-cam três dicas: de que o cidadão deve desconfiar do oferecimento de vantagens;
não clicar em links suspei-tos; e buscar informações em canais oficiais e sites confiá-veis.
A Seção de Crimes Ciber-néticos da PC de Alagoas é um dos setores da Gerência de Recursos Especiais (GRE), e fica situada na Avenida Jorge Montenegro Barros, Santa Amélia, em Maceió.
29 de março 32020
GERAL
Durante o isolamento social, cresce a quantidade de crimes cibernéticos
INTERNET | Saiba como se proteger dos “golpes virtuais” que estão sendo aplicados nesse momento de quarentena
Infelizmente, neste período de
isolamento social, quando a maioria das pessoas está
trabalhando em home office e utilizando a tecnologia para
dar continuidade às atividades diárias,
oportunistas tem se aproveitado
para aplicar golpes virtuais.
Gabriela FloresRepórter
Criminosos cibernéticos apli-
cam golpes em usuários que,
distraidamente, confiam em
mensagens duvidosas
Devido à pandemia do novo Coronavírus, a Defensoria Pública
do Estado solicitou o pedido de Habeas Corpus coletivo e a suspensão da expedição e cumprimento de mandados de prisão para pessoas que devem pensão alimentícia.
A medida deve ser mantida enquanto perdurar a situação de pandemia da COVID-19. Além disso, a ação propõe ainda que, durante a pandemia, a prisão em regime fechado seja substituída pela decreta-ção de prisão domiciliar para estes casos.
Como argumento, os defensores públicos apresen-tam dados que demonstram a gravidade da pandemia e refor-çam a necessidade da adoção de medidas de controle e prevenção para evitar a conta-minação em massa, inclusive, da população carcerária.
“Em relação aos presos por dívida alimentar, a situação é ainda pior, haja vista que, por ter curta duração o tempo de prisão, o encarceramento servirá apenas para que sejam submetidos ao risco iminente de serem contaminados pela COVID-19, causando um colapso não apenas no sistema prisional, mas, sobretudo, na rede pública de saúde, colo-
cando milhares de vidas em risco”, expressam.
“É indicado que os presos por inadimplência no paga-mento de pensão fiquem separados dos demais presos, no entanto, é fato declarado pelo Supremo Tribunal Fede-ral que o sistema carcerário brasileiro vive um estado de coisas inconstitucionais e que tal estrutura de separação de presos não existe, na prática, nos estabelecimentos alagoa-nos, tampouco nas carceragens da Polícia Civil”, explicam.
O pedido foi assinado pela coordenadora do Núcleo de Família e Sucessões, Thaís Moreira, pelo coordenador do Núcleo Criminal, Marcelo
Arantes, o coordenador do Núcleo de Acompanhamento da Execução Penal e Prisões Provisórias, Ricardo Anízio, o coordenador da 2ª Coorde-
nadoria Regional – Agreste, André Chalub Lima e o defen-sor público do Núcleo de Direitos Coletivos e Humanos, Othoniel Pinheiro Neto.
Defensoria pede Habeas Corpus coletivo para presos por atraso de pensão
Redação
Por receio de risco maior, defensores pedem que devedores sejam soltos
Segundo a assessoria de Comunicação, a iniciativa contemplará
aproximadamente 15 mil servidores e tem o objetivo de minimizar os efeitos do novo coronavírus (Covid-19) sobre essa parcela da população alagoana que se enquadra no grupo de risco da doença.
A antecipação do 13º salário pretende, ainda, movimentar a economia alagoana nesse momento de isolamento social da popula-ção. “Isso também ajuda um grupo de risco, que é o servi-dor aposentado, e ajuda a fortalecer a atividade econô-mica do estado, garantindo circulação de novos recur-sos em Alagoas”, explicou o
governador.Além disso, também foi
adiantado o pagamento dos servidores da primeira faixa referente ao mês de março, que receberam na sexta-feira pasada. Serão contemplados os funcionários públicos que possuem vencimentos de até R$ 2.562,00. “Nosso traba-lho é sempre com transpa-rência, responsabilidade e compromisso com o cida-dão alagoano. Trabalhamos num esforço fiscal contínuo, otimizando a arrecadação e a gestão de recursos finan-ceiros”, frisa o secretário da Fazenda, George Santoro.
AGLOMERAÇÕESO secretário da Fazenda
orienta os servidores a evitar
aglomerações em agências bancárias. Reforça ainda a necessidade de isolamento, devido Covid-19, consi-derando a classificação de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS), sugerindo utilizar os canais digitais de atendimento, como internet banking, que possibilita pagamentos e transferências, além de outras funcionalidades.
Vale destacar que apenas serviços essenciais devem ser feitos nas agências, como saques sem cartão e/ou senha; pagamento de FGTS, PIS, Abono, INSS, Seguro Desemprego, Seguro Defeso e Bolsa Família sem cartão e/ou senha; desbloqueio de senha e cartão.
ALAGOAS
Governo antecipa pagamento do 13º para aposentados e pensionistas da 1ª faixa
O 13º salário de aposentados e
pensionistas que se incluem na primeira
faixa salarial será pago no dia 5 de
abril. O anúncio da antecipação foi feito
pelo governador Renan Filho em
entrevista coletiva virtual.
202029 de março4
ECONOMIA | Medida atenderá a aproximadamente 15 mil pessoas, conforme o Executivo estadual
Agência Brasil
Redação
O g o v e r n a d o r d e Alagoas, Renan Filho, anunciou uma série
de novas medidas econômi-cas e de assistência em razão ao novo coronavírus (Covid-19). A exemplo das novas
medidas está a entrega de 1 milhão de cestas básicas para os alagoanos mais carentes de todo o Estado.
De acordo com Renan Filho, as prefeituras dos 102 municípios alagoanos vão
receber as cestas básicas e distribuir entre a população mais carente – pessoas que façam parte do CadÚnico (Cadastro Único) e sejam beneficiárias do Programa Bolsa Família. “As prefeitu-
ras serão orientadas a priori-zar os mais idosos, que estão no grupo de risco, e a fazer entrega das cestas na casa de cada cidadão, para evitar aglo-merações”, recomendou.
“É muito importante,
nesse momento de dificul-dade, em que as pessoas estão contribuindo ficando em suas casas, que o Governo do Estado ajude quem mais precisa”, concluiu Renan Filho.
Executivo estadual anuncia início de entrega de cestas básicas
Após denúncia,
processo seletivo
da Ufal é anulado
A Universidade Fe-deral de Alagoas (Ufal) anulou o
Processo Seletivo de Mestrado em Filosofia após solicitação do Mi-nistério Público Federal em Alagoas (MPF/AL). A instituição informou que irá cancelar a eta-pa referente a prova es-crita de conhecimentos filosóficos, bem como o resultado final, e reali-zando novas provas.
De acordo com o MPF, a recomendação é parte do Procedimento Preparatório que noti-ciava possível irregu-laridade no Processo Seletivo de Mestrado em Filosofia da Ufal.
A denúncia citava falha na etapa da prova escrita de conhecimen-tos filosóficos, relacio-nada à identificação dos candidatos – o que ficou confirmado em reunião realizada com os representantes da comissão de seleção, que apresentaram as mencionadas avalia-ções.
Servidores da 1ª faixa tiveram
o salário de março pago anteci-
padamente
O decreto governamen-tal encerra o prazo na próxima quarta-
-feira e ainda não há um posi-cionamento oficial por parte do Executivo estadual (pelo menos até o fechamento dessa edição) se haveria ou não a renovação do prazo ou um decreto que substituisse o antigo com novas determinações e até mesmo uma reabertura mais gradativa.
O fato é que há um impacto econômico que os empresários e industriais de Alagoas come-çam a levar em conta. Com as empresas fechadas, como já salientou o presidente da Fede-ração das Indústrias de Alagoas, José Carlos Lyra, é possível que venha a existir um desemprego em massa.
O próprio governo esta-dual já sente os efeitos da crise, sobretudo em relação aos traba-lhadores informais e aqueles que são pequenos autônomos. No dia de hoje, o Executivo estadual iniciou a distribuição de cestas básicas. O governo federal também anunciou – na sexta-feira passada – uma abertura de linha de crédito facilitada que pretende ajudar a manter mais de 12 milhões de postos de trabalho em todo país.
Há ainda uma preocupação com o desabastecimento por conta da situação dos cami-nhoneiros, que estão cortando o país sem encontrar pontos de apoio. O pronunciamento oficial do presidente Jair Bolso-naro (sem partido) também abriu espaco para essa discus-são.
Depois dele, a Fiea se posi-cionou oficialmente e – na quinta-feira – a Associação Comercial de Maceió e a Fede-ração das Asssociações Comer-ciais de Alagoas foram no mesmo sentido, porém ainda mais enfática no pedido de o governo estadual reveja a sua posição.
PREOCUPAÇÃOA preocupação dos empre-
sários é com a queda livre das vendas e, consequentemente, o impacto nos postos de traba-lhos. Há consequências até mesmo para a arrecadação do Estado.
O industrial José Carlos Lyra afirma que tem mantido contato com o governo para tentar assegurar que, em caso de renovação do decreto, as indústrias não sejam incluí-das para pelo menos manter a atividade nos parques e assim não haja prejuízo em produ-ção, com maquinário e sem conseguir pagar as folhas sala-riais.
A Fiea ressalta ainda que o retorno aos trabalhos tem que ser seguindo as recomenda-ções em relação a EPIs, distan-ciamentos, dentre outros pontos destacados pela Orga-nização Mundial de Saúde (OMS).
CDLA pressão sobre o gover-
nador também começa a surgir do interior do Estado de Alagoas. O Sindicato dos Lojistas e a Câmara dos Diri-gentes Lojistas formularão um documento a ser entregue ao governador Renan Filho (MDB) mostrando a necessi-dade econômica do retorno das atividades, atentando para
os cuidados específicos orien-tados pela OMS.
O presidente da Associa-ção Comercial de Maceió, Kennedy Pinaud destaca que as tratativas com o governa-dor de Alagoas, Renan Filho (MDB), e com o prefeito de Maceió, Rui Palmeira (sem partido), estão existindo e a busca é por um consenso. Em nota, ele ressalta que “ao passo que encaminhamos uma solicitação de reaber-tura do setor produtivo e das instituições públicas. Defen-demos que esse retorno se dê de forma gradativa e plane-jada, com horários especiais de funcionamento, para que a vida normal volte a ser cons-truída e que os milhares de trabalhadores do setor produ-tivo alagoano possam também enfrentar esse momento único e tão delicado em nossa história”.
PREJUÍZOO cálculo estimado do
prejuízo pela suspensão das atividades por mais de 20 dias pode chegar a R$ 1,6 bilhões. Nesses dez dias de parali-sação, a estimativa é de que houve perdas na ordem de R$ 530 milhões. Os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas. Por conta disso, a entidade solicita ao
governador que não seja pror-rogada a medida de paralisa-ção maior.
A Federação solicita que sejam repensadas medidas alternativas de modo que os interesses “sociais e do setor terciário andem lado a lado no enfrentamento da pandemia do Covid-19, resguardando o cumprimento das orienta-ções da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministé-rio da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde”.
“A Fecomércio reconhece a importância das medidas de proteção coletiva no intuito de preservar a saúde da população alagoana, preser-vando nosso capital humano. Reconhece, também, que a suspensão das atividades do Comércio e de Serviços gera o desaquecimento da econo-mia e, como consequência, o desemprego. É preciso equi-librar os interesses da socie-dade e do setor produtivo para que o desenvolvimento seja contínuo, criando opor-tunidade a todos”, disse em nota o presidente da Federa-ção, Gilton Lima.
“Em Alagoas, o setor terci-ário representa 49% do PIB e emprega 66% dos trabalhado-res em regime celetista, além de responder por 83,33% dos empreendimentos e por 44% da arrecadação de ICMS do Estado. Por isso, a suspensão também gera perdas para o Estado, que precisa de orça-mento para contingenciar o avanço da pandemia. Consi-derando a série histórica da arrecadação, a perda de arre-cadação do Estado durante os dez dias de atividade quase zero do setor terciário é esti-mada em R$ 47 milhões. Havendo prorrogação e tota-lizando 30 dias, o montante poderá chegar a R$ 130 milhões”, lembra ainda a enti-dade em nota.
Fecomércio de AL estima perdas de R$ 530 bilhões durante a quarentena
ESPECIAL ECONOMIA | Diante da crise, empresários e entidades começam a pedir fim do decreto de isolamento social
Durante a semana passada, o Jornal
das Alagoas trouxe a posição da Federação
das Indústrias do Estado de Alagoas
(Fiea) e da Associação Comercial de Maceió
em relação ao decreto do governador
Renan Filho (MDB), que suspendeu
praticamente todas as atividades comerciais
do Estado – com exceção do que é posto
como essencial no corpo da determinação – pelo prazo de 10 dias
por conta da pandemia.
Luis Vilar
Editor-geral
Shoppings estão entre os empreendimentos que acumulam prejuízo
29 de março 52020
A linha de financia-mento deve beneficiar 1,4 milhão de empre-
sas, atingindo 12,2 milhões de trabalhadores. O crédito será destinado a empresas com faturamento anual entre R$
360 mil a R$ 10 milhões e vai financiar dois meses da folha de pagamento, com volume de R$ 20 bilhões por mês.
Segundo Campos Neto, a medida será operacionali-zada pelo BNDES. O limite de financiamento é de dois salá-rios mínimos.
Na quarta-feira passada, o
plenário da Câmara dos Depu-tados aprovou auxílio emer-gencial por três meses, no valor de R$ 600,00, destinado aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia de coronavírus. A matéria segue para análise do Senado e depois vai à aprecia-
ção do presidente Jair Bolso-naro.
De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, divulgada nesta quinta--feira, o país registra 2.915 casos confirmados de Covid-19 e 77 mortes causadas pela doença. A taxa de letalidade é de 2,7%.
BRASIL/MUNDO
Governo federal anuncia uma linha de crédito a pequenas e médias empresas
O governo federal anunciou uma linha de crédito para financiar
a folha de pagamentos de pequenas e médias
empresas, como forma de apoiá-las
durante a situação de calamidade pública em
virtude da pandemia causada pelo novo
coronavírus (Covid-19). O pronunciamento do presidente Jair
Bolsonaro foi feito no Palácio do Planalto com a presença dos
presidentes do Banco Central, Roberto
Campos Neto, da Caixa Econômica Federal
Pedro Guimarães, e do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES), Gustavo Montezano.
202029 de março6
CRISE | Medida atinge 1,4 milhão de empresas e 12,2 milhões de trabalhadores, calcula o Executivo
Kelly OliveiraBrasília
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribu-nal Federal (STF), negou,
novamente, a suspensão da MP 927/20, com a qual o governo normatizou medidas trabalhis-tas durante o período de enfren-tamento ao novo coronavírus (Covid-19).
Desta vez, Marco Aurélio rejeitou um pedido de liminar (decisão provisória) do PDT. Na quarta-feira passada, ele já ha-via negado solicitação similar do
partido Rede Sustentabilidade, que havia questionado não só a MP927/20, mas também a MP 926/20, que trata de medidas restritivas à circulação de pes-soas.
Na decisão mais recente, Marco Aurélio rejeitou os ar-gumentos do PDT de que a MP 927/20 seria inconstitucional por tratar de temas que, na visão do partido, só poderiam ser apro-vados por meio de projeto de lei ordinária ou complementar. Para o ministro, não há, por ora, motivos para cercear o Poder do Executivo em editar medidas
provisórias sobre temas traba-lhistas, “principalmente em épo-ca de crise”, argumentou.
O partido também apontou como inconstitucional a possi-bilidade de o acordo individual entre patrão e empregado se sobrepor à legislação trabalhis-ta, conforme previsto de modo excepcional pela MP, em decor-rência da pandemia do novo co-ronavírus.
Ao rejeitar o pedido, Marco Aurélio disse ser legítimo o acor-do individual que vise a manu-tenção do vínculo empregatício no momento atual. “A liberdade
do prestador dos serviços, es-pecialmente em época de cri-se, quando a fonte do próprio sustento sofre risco, há de ser preservada, desde que não im-plique, como consta na cláusula final do artigo, a colocação em segundo plano de garantia cons-titucional”.
Outros pontos da MP 927/20 também foram preservados por Marco Aurélio, entre eles a pos-sibilidade de antecipação de fé-rias, a suspensão de obrigações administrativas no campo da se-gurança do trabalho e a flexibi-lização na implementação do te-
letrabalho e do banco de horas.Um dos pontos mais polêmi-
cos da MP 927/20, que permitia a suspensão do contrato de tra-balho por quatro meses sem o pagamento de salário, acabou revogado pelo próprio governo na MP 928/20, após causar rea-ções no Congresso.
Há no Supremo, até o mo-mento, sete ações diretas de inconstitucionalidade contra a MP 927/20, abertas por PDT, Rede Sustentabilidade, PSB, So-lidariedade, PSol, PT e PCdoB, e também por entidades de traba-lhadores.
STF: ministro volta a negar suspensão de MP do contrato de trabalho
Jair Bolsonaro na solenidade com
os presidentes do Banco Central,
da Caixa e do BNDES
Felipe PontesAgência Brasil
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) informou, em Brasília,
que as companhias Gol, Azul e Latam vão garantir voos para as capitais dos 26 estados e o Distrito Federal, além de outras 19 cidades do país. Os voos retornaram ontem e estão previstos até o fim de abril.
A agência disse, ainda, que recebeu das empresas os últimos ajustes no redimen-sionamento da malha aérea brasileira, em razão da pande-mia do novo coronavírus.
O planejamento teve início na segunda-feira da semana passada, quando as
empresas se reuniram com representantes da Anac, do Ministério de Infraestrutura e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para detalhar o funcionamento da malha, para que nenhum estado ficasse sem pelo menos uma ligação aérea.
“Com a redução drástica de voos em março, em decor-rência da pandemia do coro-navírus, havia o risco de uma paralisação total do serviço. A malha emergencial é 91,61% menor do que a originalmente prevista pelas empresas para o período. Considerando a programação da Gol, Azul e Latam, a queda é de 56,06% das localidades atendidas, passando de 106 para 46. O
número de voos semanais passou de 14.781 para 1.241”, informou a Anac.
Segundo a agência regula-dora, os voos, com frequências semanais, serão distribuídos assim: 723 voos no Sudeste,
153 na região Nordeste, 155 voos no Sul, 135 no Centro--oeste e 75 voos para a região Norte. Desse total, 483 voos serão operados pela Latam, 405 voos pela Azul e 353 voos pela Gol.
“Nossas estimati-vas mais recen-tes mostram que
o bloqueio afetará direta-mente setores que represen-tam até um terço do PIB nas principais economias”, disse Ángel Gurria, secretário-
-geral da OCDE, em comen-tários aos líderes do G20 na quinta-feira passada, mas que foram divulgados no dia seguinte.
“Calculamos que, para cada mês de quarentena, haverá uma perda de 2
pontos percentua is no crescimento anual do PIB. Somente o setor do turismo enfrenta uma diminuição da produção entre 50% a 70% nesse período. Muitas economias cairão em reces-são”, acrescentou.
29 de março 72020
ECONOMIA
OCDE avalia impactos do confinamento por causa da Covid -19 nas grandes economias
PANDEMIA | Cada mês de isolamento reduzirá em 2 pontos percentuais o crescimento econômico anual
Cada mês que as principais
economias passam em confinamento
diminuirão em 2 pontos percentuais
(p.p.) o crescimento anual, afirmou na
sexta-feira passada a Organização
para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE).
Swati BhatReuters
Azul vai operar 405 dos 1.241 voos previstos pela Anac
Ángel Gurria garante que muitas economias cairão em recessão e que o turismo é a atividade mais prejudicada
Brasil: aviões voltam a atender capitais e outras 19 cidadesLuciano Nascimento
Agência Brasil
Índice de Preços ao Produtor sobe 0,70% em fevereiro
O Índice de Preços ao Produtor, que mede a inflação
dos produtos na saída das fábricas, teve variação de 0,70% em fevereiro. A taxa é superior ao 0,35% de janeiro deste ano e ao 0,45% de fevereiro do ano passa-do. Com isso, o índice acumula taxas de 1,05% no ano e de 6,62% em 12 meses.
Segundo dados divulga-dos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 20 das 24 ativida-des industriais pesquisa-das tiveram inflação em fevereiro, com destaque para indústrias extrativas (5,51%), metalurgia (2,81%) e alimentos (1,60%).
Das quatro atividades que registraram deflação (queda de preços), o desta-que ficou com a atividade de refino de petróleo e pro-dutos de álcool (-6,34%).
Das quatro grande categorias econômicas, as maiores taxas de inflação foram registradas nos bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produti-vo (0,98%), e os bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos (0,85%).
Os bens de consumo duráveis tiveram inflação de 0,34%, enquanto os bens de consumo semi e não duráveis registraram variação de 0,27%.
Eric Piermont
Vitor AbdalaAgência Brasil
A decisão foi publicada em Diário Oficial e determina ainda que,
nos casos de corte por débito atual, a empresa não condi-cione a religação do serviço ao pagamento do débito antigo.
A ação civil pública foi ajuizada pelo coordenador do Núcleo de Direitos Coletivos e Humanos, defensor público Fabrício Leão Souto, na última sexta-feira, 20, em virtude da constante demanda de ações individuais sobre o assunto. “Chegou a hora de dar um basta e banir a prática histó-rica das concessionárias de energia elétrica em Alagoas
de usar o expediente do corte (por débito não-atual, frise--se) para realizar cobrança”, pontuou o defensor.
REESTABELECIMENTODe acordo com a liminar,
a empresa deverá restabele-cer, imediatamente, o forne-cimento de energia elétrica para todas as unidades consu-midoras em todo o Estado de Alagoas, atualmente inter-rompidas ilegalmente com base na invocação de débito pretérito ou, em caso de haver simultaneamente débitos atuais e pretéritos, no prazo de 05 dias, sob pena de multa
diária no valor de R$ 2 mil, em caso de descumprimento. A cobrança poderá ser feita pela Equatorial por outros meios, sem porém, realizar cortes no fornecimento de energia elétrica.
Além disso, na ação, Fabrício Souto relembra que as normas regulatórias da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL (Resolução nº 414, ANEEL), bem como a existência de jurisprudên-cia consolidada do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) impedem a prática.
Equatorial está proibida de cortar energia elétrica por débitos antigos
GERAL JUSTIÇA | Ação da Defensoria Pública conseguiu impedir suspensões de fornecimento por atrasos de mais de 90 dias
Por meio de aprovação na Justiça, a Defensoria Pública
do Estado de Alagoas conseguiu impedir que
a Equatorial realize o corte de energia
elétrica em razão de débitos com mais de
90 dias.
Redação
Devido o cenário epide-miológico causado pelo novo coronaví-
rus (Covid-19) e pensando em evitar aglomerações assim como recomendam as auto-ridades de saúde do País, o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) autorizou a realiza-ção de audiência de concilia-ção por videoconferência de processos das Varas de Família da Capital por meio do aplica-tivo Whatsapp. O ato norma-tivo foi publicado no Diário
da Justiça Eletrônico da sexta--feira.
De acordo com a assesso-ria de Comunicação do TJ/AL, as audiências virtuais serão concentradas no Centro Judi-cial de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) durante o tempo que durar a crise sani-tária provocada pela Covid-19.
Com magistrados e servi-dores trabalhando de casa, a medida tem como objetivo proporcionar o regular anda-mento dos processos e manter
a pacificação. As Varas de Família da Capital remeterão ao Cejusc os processos que necessitam de maior celeri-dade na tramitação.
As videoconferências serão possíveis nos processos que possuam os números de telefones celulares das partes e realizadas no período de suspensão dos prazos proces-suais determinado na Resolu-ção nº 313/2020, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e no Ato Normativo Conjunto
nº 04/2020, do TJAL e da Corregedoria-Geral de Justiça.
Aqueles que não tive-rem nos autos o telefone das partes, a secretaria de cada unidade deverá encontrá-los e adicioná-los ao processo. De acordo com o juiz auxiliar da Presidência do TJAL, Ygor Figueirêdo, após receber os processos, o Cejusc entra em contato com as partes para questionar se aceitam ou não realizar a audiência de conci-liação por meio virtual.
Em AL, audiências serão realizadas por videoconferência
Coronavírus: AL
segue com 11 casos
confirmados
O governador Renan Filho (MDB) e o secretário de Saúde
Alexandre Ayres realizaram mais uma coletiva virtual, no fechamento da semana, para apresentar os números do Boletim Epidemiológico sobre os casos de coronavírus em nosso estado.
Segundo os dados infor-mados pelo secretário, em Alagoas nenhum caso novo foi confirmado e continua-mos com 11 casos confirma-dos. Os casos suspeitos, ou seja, em investigação, são 274 e até o momento foram descartados 178 casos.
Na quinta-feira passada foram realizados pelo Labo-ratório Central (Lacen) 40 exames, destes 33 tiveram resultados negativos e 7 inconclusivos.
No interior, 38 municípios já tem casos em investiga-ção. Antes, eram apenas 20 localidades.
Dos 11 casos confirmados, um já se curou, dois estão internados na Unidade de Te-rapia Intensiva (UTI) da Santa Casa e os demais seguem em isolamento residencial.
O governador destacou que a curva epidemiológica em Alagoas está achatada e isso se deve ao isolamento social. No entanto, Renan disse que até hoje irá decidir se estende o Decreto de Emergência ou apresenta uma proposta de retomada gradativa das atividades econômicas.
Gabriela FloresRepórter
Concessionária de energia
terá de buscar formas alter-
nativas de cobrança que não o
corte do fornecimento
202029 de março8
ESPORTES
29 de março 92020
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por Marcelo Alves
Até o fechamento desta edição, Alagoas
permanecia com 11 casos confirmados do novo
coronavírus (Covid-19), 274 em investigação e 178
descartados, conforme Boletim Epidemiológico emitido pelo Centro de
Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde
(Cievs), da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), na quinta-feira passada.
O quadro da saúde do Estado traz reflexos para
a sociedade, em seus diversos setores. No
futebol, foi dado mais um tempo de prorrogação.
CAMPEONATO ALAGOANO | Mediante situação da Covid-19, o Estadual de futebol ficará suspenso por mais 20 dias
ProrrogaçãoC
om o novo prazo de paralisação do Esta-dual, determinado
pela Federação Alagoana de Futebol (FAF), os clubes ficarão mais de um mês sem jogar. O primeiro período de suspensão foi definido no último dia 16 e a compe-tição ficaria parada por 15 dias. O prazo terminaria na próxima terça-feira, mas um novo período foi esta-belecido. Agora, os jogos continuarão suspensos até o próximo dia 20 de abril.
“A medida considerou a permanência do quadro da pandemia causada pelo coronavírus no país, espe-cialmente em Alagoas. A FAF salienta que vem colhendo informações diariamente junto à Sesau, à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Liga do Nordeste, Clubes e demais envolvidos com a prática e gestão do futebol para
buscar as melhores solu-ções”, diz a nota publicada no site oficial da FAF, onde consta o ato do presidente da entidade, Felipe Feijó, determinando o novo prazo.
D urante o per íodo de paral isação, a FAF “fará avaliação quanto às condições e prazo para retorno da competição, assim também em relação às competições de base”, mostra outro trecho do ato determinado por Felipe Feijó.
A realidade do quadro do futebol mediante à Covid-19 é a seguinte: alguns clubes iniciaram tratativas com os respecti-vos jogadores e já realiza-ram a rescisões contratuais de atletas e outros times optaram pela concessão de férias coletivas. Essas deci-sões estão relacionadas ao combate ao coronavírus e
também à situação finan-ceira que já afeta a rotina dos clubes que, parados, não conseguem arrecadar e têm dificuldades de arcar com o pagamento dos salá-rios dos atletas e outros funcionários.
O cenário de indefini-ções segue. O presidente--executivo do CSE, José Barbosa da Silva, disse em entrevista ao Jornal das Alagoas que o sentimento entre os clubes é de que não há mais clima para voltar a disputar o restante do Estadual.
Caso a situação da saúde siga sob o risco da Covid-19, há a expectativa de que o “apito final” cancele de vez o Alagoano. A partir dessa decisão, iniciaria a discus-são para definir o campeão e os clubes que garanti-riam vagas nas copas do Nordeste e do Brasil do próximo ano. Além disso,
deverá ser definido o processo de ascensão dos clubes da Segunda Divisão e se haverá rebaixamento.
Assim como a FAF, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) paralisou as atividades por um prazo determinado. Em nota, publicada no próprio site, a FPF determina: “Enten-dendo a situação, vamos continuar com as nossas atividades paralisadas até amanhã. Para que seja realizada em total segu-rança, algumas medidas preventivas serão reforça-das quanto ao retorno das atividades”.
Já as outras federações de futebol do Nordeste, como a cearense, parai-bana, baiana, piauiense, n o r te - r i o - g r a n de n s e , sergipana e maranhense, suspenderam os respecti-vos estaduais por tempo indeterminado.
202029 de março10
A aparição de um novo veículo nos registros do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) não indica, necessariamente, que ele será lançado no Brasil, mas aumenta as chances disso acontecer. É o caso da oitava geração do Volkswagen Golf, apresentada no Salão de Frankfurt (Alemanha) no ano passado. O hatch médio passa a constar em algumas versões nos registros nacionais.
Ao que tudo indica, o Golf
se tornará um carro de nicho no Brasil, ficando restrito às versões GTE (híbrida) e GTI (esportiva). Logo, o modelo convencional que aparece nos registros de patente do INPI não é o mesmo que você encontrará nas concessioná-rias até 2021.
O Golf GTI subiu de 230 para 242 cv, apesar de utili-zar o mesmo motor 2.0 TSI do modelo que foi vendido no Brasil até o ano passado. O câmbio continua sendo
o DSG, de seis marchas. A versão híbrida GTE mantém o motor 1.4 TSI de 147 cv, operando em conjunto com uma unidade elétrica de 112 cv. A VW divulga que o modelo pode percorrer até 60 km apenas no modo elétrico.
A Volkswagen nunca chegou a negar que o Golf MK8 poderia vir ao Brasil. Cada vez mais focada na eletrificação de seus modelos, o modelo GTE poderia ser o modelo híbrido mais barato da marca por aqui.
VW Golf aparece em registro de patente no Brasil
Novos rumos?
Coronavírus: veja o que mudou na legislação com a pandemia - 2
3 - Locadoras operam de portas fechadas: de acordo com a Associação Brasileira das Locadoras de Veículos, as operações de retirada e entrega de veículos vão continuar de forma remota. Dessa forma, o cliente terá que fazer o agendamento online para retirar ou devolver um automóvel.
4 - Alterações em prazos de multas: os prazos para a apresen-tação de defesa de autuação, recursos de multa, defesa proces-sual, recursos de suspensão do direito de dirigir e de cassação de habilitação estão interrompidos temporariamente.
5 - Identificação do condutor: Também por conta do COVID-19 , fica interrompido, por tempo indeterminado, o prazo para identi-ficação do condutor infrator, inclusive nos processos administrati-vos em trâmite. Ao fim do período de contingência, as atividades serão retomadas para a identificação de motoristas.
Coronavírus: veja o que mudou na legislação com a pandemia
Especialistas da área da saúde ressaltam cada vez mais a im-portância de ficar em casa para conter o alastramento da doença causada pelo novo coronavírus , a COVID-19. Por isso, o melhor a ser feito nas próximas semanas é manter o seu carro na garagem, e sair apenas para atividades realmente necessárias. Iniciativas vêm sendo tomadas em todos os estados, e o Brasil se aproxi-ma cada vez mais de um fechamento completo. Neste cenário, algumas medidas que dizem respeito à legislação de trânsito também foram estipuladas para facilitar a vida de motoristas, caminhoneiros e entregadores. Eis as principais leis de trânsito que mudaram nas últimas semanas:
1 - CNH suspensa passa a valerO Contran liberou que motoristas com CNHs suspensas
possam dirigir durante a contingência da pandemia, conforme publicado na determinação do Diário Oficial da União da semana passada. Se a sua CNH vence em algum período dentro da qua-rentena, também não há necessidade de correr para a renovação.
2 - Prazo para habilitação em andamento estendido: a norma do Contran também estabelece que, a partir desta semana, o pra-zo para a conclusão do processo de habilitação passou de 12 para 18 meses. Se o cidadão que está tirando sua CNH e não concluiu o curso a tempo antes da quarentena, o novo prazo valerá até 2021.
Honda Forza 300 ganha versão Limited Edition 2020
O Honda Forza 300 tem no-vidade na linha 2020. O modelo ganha na Grã-Bretanha a versão Limited Edition. Em relação à versão standard, mudam as cores. Enquanto na standard o Forza 300 está disponível em cinza metálico, azul metálico, branco e preto, na versão Limited Edition as variações são cinza brilhante e preto brilhante. O modelo segue equipado com o monocilíndrico de 279 cm³, que desenvolve 25,1 cv de potência a 7 mil giros e torque máximo de 2,77 kgf.m a 5.750 rota-ções por minuto, com transmissão automática, do tipo CVT.
A Goodyear apresenta um conceito inova-dor de pneu capaz de ter a banda de rodagem regenerada constantemente com o uso diário. Com isso, os pneus passariam a fazer parte dos componentes mais duráveis do carro. Para isso, os engenheiros da fabricante americana projetaram um sistema que funciona como um batom, cujo material perdido pelo contato com a superfície vai sendo reposto automaticamente.
De acordo com a Goodyear o material que torna possível regenerar a banda de rodagem precisa ser reabastecido apenas a cada 160 mil a 480 mil quilômetros, já que o consumo é contro-lado minuciosamente por um complexo sistema de sensores que analisam o desgaste, o estilo de dirigir, entre outras variáveis, inclusive ligadas ao clima e à qualidade o piso.
Os novos tipos de pneus também se adaptam
melhor aos carros elétricos, que são mais pesados que os modelos a gasolina e tem mais força em baixa rotação, o que pode causar um desgaste 20% a 50% mais rápido. Além disso, as trocas apenas do cartucho de material que preenche a banda de rodagem será uma operação bem mais simples que a troca dos pneus convencionais que conhe-cemos hoje em dia. Porém, ele ainda está em fase de desenvolvimento e ainda vai levar um tempo para chegar às lojas.
PNEU DO FUTURO PODERÁ SE REGENERAR
Em alta
VEÍCULOS GUIA AUTOMOTOR
“Todas as 650 equi-pes da Scanline estão trabalhando
à distância com os estúdios em Los Angeles, Vancouver, Montreal, Londres, Munique, Stuttgart e Seul para agilizar o desenvolvimento de diver-sas produções. A partir de agora, nenhum funcionário precisa colocar os pés fora de sua casa por conta do surto de coronavírus. Estamos propor-cionando um ambiente de trabalho seguro e saudável para as equipes”, diz um trecho do comunicado.Ainda assim, não é possível confirmar se a estreia de ‘Os Eternos‘ será mantida para novembro de 2020, já que ‘Viúva Negra‘ foi adiado e pode ser lançado no final do ano.
Há alguns meses, o WGTC publicou algumas fotos vaza-das da produção de ‘Os Eter-nos‘, mostrando o visual de Angelina Jolie como Thena, uma das protagonistas do longa.
No trailer exibido para a imprensa, Druig (Barry Keoghan) abre as portas para um lugar que se assemelha a um campo de treinamento e encontra parte do time--titular liderado por Ikaris (Richard Madden), dizendo-
-lhes “bem-vindos. Sintam--se em casa”.
Logo depois, o teaser mostra diversas imagens dos Eternos em vários luga-res do mundo; então, eles se unem com seus unifor-mes oficiais e são liderados por Ajak (Salma Hayek) – antes de se reunirem em torno de uma fogueira e serem acompanhados da presença de Thena (Angelina Jolie).
A personagem de Gemma Chan, Sersi, também dá as caras em breves sequências e sempre sozinha – protagonizando uma cena em que dá as mãos para a jovem Sprite (Lia McHugh) em uma espécie de ato solene.
O vídeo termina com Hayek profe-rindo: “esse povo nos mudou. Precisamos protegê-los”.
O elenco conta com Angelina Jolie (Thena), Salma Hayek (Ajax), Kumail Nanjiani (Kingo), Lauren Ridloff (Makkari), Brian Tyree Henry (Phastos), Lia McHugh (Sprite), Don Lee (Gilgamesh), Gemma Chan (Sersi), Kit Harington (Cavaleiro Negro), Barry
Kheogan (Druig) e Richard Madden (Ikaris).
A trama segue os Eternos, seres quase imortais, produ-tos da divergência evolucio-nária que deu origem à raça humana milênios atrás.
Os personagens se rela-
CULTURA
Diversos estúdios interromperam suas
atividades para evitar a propagação
do Coronavírus, mas ainda restam boas notícias para quem está ansioso pela estreia de ‘Os
Eternos‘. Através de um comunicado, a
equipe de efeitos visuais da Scanline
VFX (parceiros da Marvel Studios)
confirmou que os funcionários
estão trabalhando à distância para
agilizar os detalhes da adaptação.
Allan Torres
A TRAMA | Seres quase imortais, produtos da divergência evolucionária que deu origem à raça humana milênios atrás
‘Os Eternos’: Equipe de efeitos visuais continua trabalhando Home Office
cionam com diversos conceitos já intro-duzidos nos filmes anteriores do universo, desde os Celes-tiais (que deram as caras em ‘Guardiões da Galáxia’) até Thanos, cuja própria mãe foi uma de suas vítimas.
29 de março 112020
202029 de março12
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou o pagamento de um auxí-
lio emergencial por três meses, no valor de R$ 600,00, desti-nado aos trabalhadores autôno-mos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia de coronavírus. O próximo passo até a implemen-tação da medida é a aprovação pelo plenário do Senado. Após
o Senado, o texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. Só após essas etapas, o governo federal deverá divulgar o calen-dário de pagamento.
A aprovação no Senado deve acontecer essa semana. Inicial-mente, o valor proposto era de R$ 500,00. Após negociações com o líder do governo, deputado Vitor Hugo (PSL-GO), o Execu-tivo decidiu aumentar para R$ 600,00. O presidente destacou que o auxílio é voltado aos traba-
lhadores informais (sem carteira assinada), às pessoas sem assis-tência social e à população que desistiu de procurar emprego. A medida é uma forma de amparar as camadas mais vulneráveis à crise econômica causada pela disseminação da Covid-19 no Brasil, e o auxílio será distribuído por meio de vouchers (cupons).
CRITÉRIOS Os trabalhadores deverão
cumprir alguns critérios, em conjunto, para ter direito ao auxí-
lio: ser maior de 18 anos de idade; não ter emprego formal; não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desem-prego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família; renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total (tudo o que a família recebe) de até três salários mínimos (R$ 3.135,00); e não ter recebido rendimen-tos tributáveis, no ano de 2018,
acima de R$ 28.559,70.Pelo texto, o beneficiário
deverá ainda cumprir uma dessas condições: exercer ativi-dade na condição de microem-preendedor individual (MEI); ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS); ser trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Progra-mas Sociais do Governo Federal (CadÚnico); ou ter cumprido o requisito de renda média até 20 de março de 2020.
Bolsonaro aguarda aprovação no Senado para sanção de auxílio de R$ 600Agência Brasil
Brasília
Por essa razão, ele deter-miou – por meio de publicação no Diário
Oficial – a adoção de um Plano de Contingenciamento que vai impactar em toda a estrutura do Poder Judiciário de Alagoas.
Airan leva em considera-ção o cenário decorrente da pandemia do coronavírus, a necessidade da manutenção de empregos e salários dos servi-dores efetivos, comissiona-dos e prestadores de serviços. Além disso, não colocar sob ameaça os contratos essenciais firmados pela Justiça. O Plano de Contigenciamento abarca uma série de determinações.
“Com a publicação deste ano, estamos nos esforçando e cortando na carne para enfren-tar a crise gerada pela pande-mia do coronavírus. Estamos, também, ajudando o Poder Executivo no enfrentamento da crise, que já prejudica a economia de Alagoas, infeliz-mente”, afirmou o presidente Tutmés Airan.
O Plano – ainda conforme o presidente – leva em conside-ração a necessidade de manu-tenção do funcionamento das atividades essenciais da Justiça e define políticas e ações com o objetivo de minimizar a crise
de saúde pública e econômica.
DETERMINAÇÕESEntre as determinações
está a renegociação – a ser conduzida por cada gestor do Poder Judiciário –de todos os contratos administrativos vigentes, prevendo redução de quantitativo e preço de itens adquiridos, redução de custos de fornecimento e alonga-mento de prazos até o dia 30 de abril de 2020.
Entre os dias primeiro de abril e 31 de dezembro, os gastos com combustível correspondente a, no máximo 50% dos limtes previstos por resolução de 2009 devem ser limitados. Além disso, estão
suspensas o início de novas obras, reformas, locação de novos imóveis, cabendo ao Fundo de Modernização do Poder Judiciário comunicar aos gestores e fornecedores, salvo casos que possam ser conside-rados excepicionalíssimos.
O presidente também determina reavalização de amplitude do contrato de fornecimento e distribuição de refeições e suspende a nomea-ção de servidores efetivos, bem como contratação de mão-de--obra terceirizada, mesmo que seja para suprir vagas existen-tes, salvo também situações excepcionais.
Estará suspenso também novas nomeações de comis-
sionados, salvo hipótese de substituição de servidores exonerados ou afastados por qualquer outra razão que impli-que a vacância do cargo. Estas são algumas das principais medidas adotadas pelo Tribu-nal de Justiça que também suspendeu – por prazo inde-terminado – a implantação do auxílio saúde de servidores aposentados e magistrados na ativa ou inativos.
No Plano de Contingencia-mento, está posto até a racio-nalização de água, energia elétrica, telefonia, material de expediente e itens de consumo como café e chá. Pelo visto, o TJ de Alagoas está assustado com o possível prolongamento da crise.
ÚLTIMAS
Justiça de Alagoas adota plano para cortar despesas e manter empregos
CORONAVÍRUS | Presidente do TJ, Tumés Airan, destaca que ato visa manutenção de servidores e comissionados
A pandemia do coronavírus tem
gerado problemas também nas
estruturas dos poderes constituídos, pois – diante da queda de
arrecadação – já nasce a preocupação para
manter esses órgãos em funcionamento
sem que seja preciso falar em demissão
de servidores e comissionados. Essa
preocupação foi demonstrada, na
sexta-feira passada, pelo presidente do Tribunal de Justiça
do Estado de Alagoas, Tutmés Airan, no que diz respeito ao Poder
Judiciário.
Tutmés Airan determinou,
entre outras medidas, a renego-
ciação de todos os contratos
vigentes
Redação