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ÍNDICE INTRODUÇÃO....................................................................................................................... 3 CAPÍTULO I ......................................................................................................................... 15

Lista de Membros dos Corpos Sociais da Federação Portuguesa de Tiro com Arco – Quadriénio 2005/2008........................................................................................................ 15

ESTADO DE DESENVOLVIMENTO EM VÁRIAS ÁREAS .............................................. 16 1. Evolução do número de clubes e praticantes. .............................................................. 16 2. Implantação espacial. ................................................................................................. 18 3. Evolução de outros agentes desportivos...................................................................... 20 4. Selecções Nacionais. .................................................................................................. 22 5. Divulgação da modalidade.......................................................................................... 23 6. Instalações e Património. ............................................................................................ 24 7. Administração. ........................................................................................................... 26 8. Enquadramento Humano (Administrativo e Técnico). ................................................ 27 9. Quadro regulamentar. ................................................................................................. 27

CAPÍTULO III ...................................................................................................................... 28 DESCRIÇÃO DO QUADRO DAS ACÇÕES........................................................................28

1. Organização de quadros competitivos nacionais. ............................................................ 28 1.1 Provas de Tiro em Sala. ............................................................................................ 28 1.2 Provas de Tiro com Arco ao Ar Livre. ...................................................................... 28 1.3 Conclusões. .............................................................................................................. 28

2. Participação em Quadros Competitivos Internacionais.................................................... 29 3. Participação de dirigentes e técnicos em actividades promovidas por organismos internacionais..................................................................................................................... 29 4. Formação. ...................................................................................................................... 30

CAPÍTULO IV ...................................................................................................................... 32 APOIOS A CLUBES, PRATICANTES E OUTROS AGENTES........................................... 32

1. Apoios e incentivos a clubes....................................................................................... 32 2. Apoios a atletas. ......................................................................................................... 32 3. Apoios a árbitros. ....................................................................................................... 32

CAPÍTULO V ....................................................................................................................... 33 ANÁLISE DA SITUAÇÃO FINANCEIRA........................................................................... 33 CAPÍTULO VI ...................................................................................................................... 35 Conclusões Finais .................................................................................................................. 35 ANEXOS............................................................................................................................... 37 QUADROS DE APOIO......................................................................................................... 37 CONTAS DO EXERCÍCIO 2007 .......................................................................................... 53 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS............................................................................ 54

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INTRODUÇÃO

Em linha com a evolução positiva já verificada em 2006, e apesar de alguns problemas continuados que se têm vindo a demonstrar de difícil resolução, 2007 voltou a ser globalmente um ano bastante positivo na vida da FPTA, talvez um dos melhores da presente década. Começando pelos aspectos positivos, há antes de mais a reforçar que no geral e no global, a modalidade tem vindo a evoluir positivamente e notam-se hoje claramente diferenças – para muito melhor – na quase totalidade das áreas da vida federativa. Mesmo se a velocidade e intensidade da transformação é ainda claramente insuficiente, não só para recuperar o ritmo normal de evolução que a modalidade devia manter constantemente, como principalmente para recuperar das duas décadas de atraso estrutural que a modalidade ainda tem, é hoje visível alguma vontade em aceitar a necessidade de mudança, o que só por si é um factor muito positivo, e o primeiro passo para encarar de frente as mudanças ainda necessárias no futuro. Pena que este processo de evolução de mentalidades, só para começar a ser aceite, tenha consumido à modalidade cerca de 6 anos e meio. Deste modo, são hoje maioritariamente aceites as realidades que envolvem o fenómeno desportivo em geral, quer a nível nacional quer a nível internacional, e que obviamente não podem deixar de se aplicar à nossa modalidade, como a necessidade de cada utilizador do sistema contribuir financeiramente a quando da utilização do mesmo, a profissionalização progressiva da estrutura de prestação de serviços, a separação entre a pratica desportiva em ambiente de lazer e a pratica desportiva com claros objectivos de alto rendimento, e neste caso a necessidade de tendência profissionalizante – pelo menos ao nível da atitude – e do consequente esforço, dedicação e trabalho ou ainda para terminar, já que seria demasiado extenso referir aqui todos os exemplos, da necessidade de adaptação pessoal ao funcionamento das estruturas na procura do bem comum, em detrimento dos modelos do passado em que a vontade de quase todos em que quase tudo fosse feito à maneira de cada um, se sobrepunha aos interesses globais da modalidade. Mas esta evolução positiva de mentalidade, factor teórico e abstracto, teve consequências positivas palpáveis. Começando pelo campo desportivo, não tendo 2007 sido um ano especialmente brilhante, especialmente no tocante a resultados, foi marcante a evolução positiva de mentalidades referida anteriormente o que nos permitiu pela primeira vez algum trabalho consistente de preparação para as competições internacionais. Pela primeira vez nos últimos anos, especialmente no escalão sénior, vimos algumas pessoas efectivamente motivadas e a trabalhar, mesmo que ainda não o suficiente. Isto é ainda mais positivo já que há a referir que esta situação tocou

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diversos parâmetros e notou-se transversalmente em todos os níveis, desde os que tentaram aumentar as pontuações para conseguir uma qualificação que garantisse o apuramento para o segmento elite, os que procuraram acesso ou manter-se nos 4 primeiros do ranking para conseguirem disputar a final four, quem perseguiu as marcas desportivas que lhes dariam acesso à Selecção Nacional ou ainda quem procurou obter pontuações que possibilitassem uma participação numa competição internacional. A realidade é que a aposta num sistema estratificado, com objectivos mensuráveis que a modalidade vem assumindo à alguns anos, está claramente ganha e justificada, quer pelo aumento da competitividade interna, quer pela evolução dos resultado intermédios, e sobretudo pelo que a já referida evolução nas mentalidades nos irá trazer no futuro, num mundo cada vez mais globalizado e competitivo. No campo desportivo puro, em 2007 realizou-se na Alemanha o Campeonato Mundial de Campo, onde participámos com equipas completas em Homens Recurvo e Compound e ainda em Senhoras Recurvo. Impõe-se aqui uma palavra de encorajamento às Senhoras Compound, que tendo sido a Divisão que mais evoluiu nos últimos tempos e onde têm vindo a ser batidos os máximos nacionais, ainda assim, necessita de continuar a progredir e a tornar-se mais competitiva. No entanto, e apesar do esforço partilhado entre a FPTA e os atletas participantes, a realidade é que os resultados alcançados, que espelham a realidade da modalidade a nível nacional, não nos garantiram nem um dos cobiçados lugares de acesso aos Jogos Olímpicos de Pequim. E se exactamente por esse motivo, no ano de 2007 foi efectuado na globalidade na Selecção Nacional um dos maiores investimentos da modalidade dos últimos anos, tendo a FPTA participado num número de competições internacionais de preparação superior ao usual, só podemos concluir que ainda assim que é necessário fazer mais e melhor. Cabe aqui também referir que em recompensa justamente merecida pelo seu desempenho alcançado no Campeonato da Europa de Campo em 2006, o arqueiro João Freitas usufruiu de verbas especiais de apoio à sua participação e preparação desportiva e foi integrado em dois programas estatais de apoio, nomeadamente a inclusão no Projecto Pequim do comité Olímpico de Portugal e a atribuição do Estatuto de Alta Competição por parte do Instituto do Desporto de Portugal. Também aqui, o modelo nos parece o mais adequado, em que a recompensa segue o resultado obtido, e esperamos que o seu exemplo seja motivador para outros na busca, e obviamente obtenção, de resultados desportivos relevantes. Todos estes factores, levaram a FPTA a considerar estarem reunidas as condições para dar mais um passo no desenvolvimento da nossa modalidade, que se consubstancia na futura criação de um centro de Alto Rendimento a funcionar a tempo inteiro. Este projecto, que sem encontra em fase de preparação e negociação há cerca de dois anos e que aproveitando esta ocasião para dar conhecimento do mesmo, podemos desde já revelar, trará profundas alterações

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ao funcionamento das Selecções Nacionais, engloba não só a reestruturação do funcionamento das mesmas, com contratação de um técnico estrangeiro de renome internacional a tempo inteiro e a passagem do actual técnico a Seleccionador Nacional, fortalecendo a estrutura técnica da FPTA, como também passa pela criação de infra-estruturas físicas permanentes dedicadas ou em utilização exclusiva da FPTA e nomeadamente da Selecção Nacional. Além do campo de tiro com arco da FPTA no Estádio Nacional, serão criadas condições, quer de raiz, ou através da adaptação das infra-estruturas existentes e a remodelar no Estádio Nacional, para que haja possibilidade de aí sediar e alojar em regime de permanência ou semi-permanência, os técnicos e atletas afectos a este projecto. Mais informações sobre esse projecto e o seu desenvolver serão prestadas oportunamente, mas trata-se de um projecto fulcral ao desenvolvimento da modalidade e da sua vertente de alto rendimento. Tal evolução, permitirá que à semelhança de outros desportos mais evoluídos, a detecção e desenvolvimento de novos valores na modalidade e a longo prazo será um dos factores que eliminará o atraso endémico da modalidade em relação às nossas congéneres estrangeiras. Obviamente, a contratação de um técnico estrangeiro de renome internacional, o Sr. Myung Lee, de nacionalidade coreana, como todos sabemos a potência hegemónica da modalidade, veio, apesar de já se ter verificado no final do ano e não haja repercussões ao nível dos resultados em 2007, veio motivar igualmente um elevado número de praticantes e enquadra-se nesta estratégia de médio-longo prazo. Para finalizar as referências no tocante a Selecções Nacionais, há a referir o desempenho da Selecção de Jovens durante o Campeonato Europeu de Juniores e Cadetes. Neste posto, exclusivamente no que respeita à sua preparação e participação, há também alguns factores a referir. Quanto à preparação em geral, cabe também aqui uma palavra de apreço ao Treinador Nacional Adriano Dias. O seu trabalho e dedicação foram instrumentais para o evoluir positivo das pontuações da quase totalidade dos arqueiros e foi dificultado desnecessariamente pelo que vamos aqui classificar, no mínimo absoluto, como total falta de cooperação por parte de um dos treinadores com arqueiros envolvidos no projecto. Situação que se manteve durante e após o Campeonato Europeu e que por várias vezes ocasionou atritos desnecessários e que não contribuiu para um melhor aproveitamento por parte dos arqueiros – em detrimento sobretudo dos próprios, mas também da modalidade – da globalidade do trabalho desenvolvido. Ainda assim, e mais uma vez com resultados e desempenho encorajadores mas sem resultados desportivos de grande relevo, o trabalho desenvolvido e a avaliação que fizemos dos pontos positivos e negativos, só nos podem levar a continuar e a aprofundar a presente linha de acção e a esperar que no futuro haja mais integração dos atletas e dos seus treinadores na estrutura de trabalho da FPTA e consequentemente uma minimização ou mesmo eliminação dos atritos desnecessários.

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Para terminar o ponto referente a Selecções Nacionais e participação em provas internacionais, resta referir que em 2007 a principal conclusão que se pôde voltar a tirar, se é que alguém ainda pudesse ter dúvidas, é a de que estamos no caminho certo, que sabemos para onde queremos e temos de ir e que agora só falta mesmo é ir com mais garra, preserverança, entusiasmo e espírito de sacrifício, indo também mais depressa e olhando menos para o umbigo ou para o parceiro do lado. É a única maneira de lá chegar e é possível chegar lá. No plano desportivo interno, 2007 foi um ano de estabilização do funcionamento do modelo desportivo que tem vindo a ser implementado pela FPTA, baseado em estratos segmentados. Sendo este modelo uma clara e comprovada melhoria face à realidade anterior, continuam a ser visíveis os incrementos de competitividade e aumento progressivo das pontuações médias da generalidade dos arqueiros, o aumento das pontuações necessárias para o acesso ao segmento elite, bem como a continuação da evolução positiva das pontuações mais elevadas e consequente bater de diversos recordes nacionais, sobretudo em categorias onde estes se encontravam ainda em valores relativamente baixos. Embora haja ainda a necessidade de efectuar ajustes futuros, nomeadamente nos segmentos Nacional e Local, com a aprovação em Assembleia Geral, no final de 2007, da alteração aos Regulamentos de Provas para que os resultados das eliminatórias e não das séries de apuramento sejam considerados como a classificação final das competições, só podemos acreditar que esta tendência de evolução positiva se continue a revelar em 2008. Ainda no campo desportivo nacional, há a referir o aumento global de participações em provas, que atingiu as 300 em 2007, sendo o mais alto de sempre na história recente da FPTA ou pelo menos desde que existe registo de dados. Por falta de tempo e excesso de trabalho, ficaram e continuam por realizar e regulamentar duas reformas importantes para a continuação do desenvolvimento da modalidade, estas já aprovadas em conceito em Assembleia Geral, bem como uma terceira que necessita de mais estudo, sobretudo no que toca ao modelo de implementação, mas que carece ainda de aprovação. Referimo-nos no primeiro caso à criação de regras de acesso ao Segmento Nacional e na adaptação das finais de equipas ao sistema Final Four e no segundo caso à necessidade de uma separação entre os quadros competitivos do desporto jovem e do desporto para adultos. Estas reformas serão fundamentais a curto prazo para o desenvolvimento da modalidade. No caso da segmentação e dos critérios de acesso, está mais do que provado que a existência de critérios de avaliação e a necessidade de superação de objectivos intermédios é potenciadora do aumento de resultados. Quando for necessário um certo desempenho para o acesso e permanência no Segmento Nacional, não só as pontuações neste segmento irão aumentar, como a necessidade de os atingir fará incorrer em melhorias de performance no Segmento Local.

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No tocante às equipas as reformas necessárias, não são só no disputar das eliminatórias em sistema de Final Four. É necessário criar um verdadeiro sistema competitivo de equipas em consonância com as regras internacionais já que a nossa presente formula competitiva se encontra desactualizada e desajustada do que se faz a nível internacional há mais de 10 anos. O presente modelo de competição colectiva é totalmente inútil, não reflecte a presente filosofia de avaliação ao desempenho colectivo mundial e não tem qualquer razão de ser. Sem uma alteração neste campo, não evoluiremos e ela é necessária, mesmo que implique uma ruptura profunda com a realidade actual. Neste caso, mais valeria que a tímida e incipiente reforma aprovada de mera realização de uma final four de equipas desse lugar a um verdadeiro modelo de competição entre Clubes, independentemente do modelo que possa vir a ser adoptado, mas onde se adoptem desde logo os princípios e a regulamentação que vigora internacionalmente, ou seja que uma equipa é composta por 3 pessoas que atiram juntas em confronto directo contra outra equipa em modelo de eliminatórias e não uma mera comparação entre a soma das pontuações de 3 arqueiros realizadas durante a fase dos apuramentos. Finalmente, a reforma que certamente mais polémica se irá revelar, mas também a mais necessária, terá a ver com a alteração do Quadro Competitivos do Desporto Jovem. Cada vez mais, e ressalvando situações em que se tal se possa vir a verificar ou até que se possa vir a revelar de interesse para o Tiro com Arco, é necessário efectuar uma clara separação as necessidades da nossa modalidade ao nível do desporto para jovens e para adultos. Tal só se pode fazer adaptando e separando os quadros competitivos, para permitir uma maior atenção por parte dos treinadores aos seus atletas, cada um no seu quadro competitivo. Obviamente que também aqui será preciso efectuar escolhas mais do que compromissos, mas longe vão os tempos do treinador que possa efectivamente e com eficiência acompanhar numa dada competição uma dúzia de atletas e ainda atirar ele próprio nessa competição ou mesmo acrescentar a esses dois papeis a responsabilidade pela organização da mesma. A evolução da modalidade passa também ela por uma especialização cada vez maior dos seus agentes desportivos. Logo cabe também aqui a nota de que esta especialização terá de se generalizar e que se enquadra perfeitamente na segmentação implementada no nosso modelo competitivo. Deste modo, e falando finalmente do segmento competitivo local, verifica-se ainda um claro desaproveitamento pelos clubes das vantagens de utilizarem este segmento para uma introdução dos seus atletas às regras e processos da competição em geral. Resta ainda aqui uma nota final àquilo que muitas vezes é esquecido por alguns agentes desportivos da nossa modalidade. As duas principais atribuições, palpáveis e mensuráveis, da FPTA – e refira-se das suas congéneres de outras modalidades – e independentemente de que ordem ou grau de importância se queira dar a cada uma delas, são exactamente a organização – leia-se regulamentação, controle, acompanhamento e supervisão – dos quadros competitivos da modalidade dentro do território nacional e a representação do

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nosso país a nível internacional. Apesar das Federações Desportivas em Portugal terem também outras funções, as duas realidades enunciadas são efectivamente o “Core Business” duma Federação Desportiva dotada de Utilidade Pública Desportiva, como é o nosso caso, ou seja são elas a nossa principal razão de existir. Logo, é por isso que dedicamos em geral a estas duas vertentes a nossa maior atenção e no caso de 2007, foi o que voltámos a fazer. Por tudo isto, o panorama desportivo em 2007 foi de evolução positiva, ou poderemos mesmo dizer, bastante positiva, embora lenta, e não podemos deixar de ficar satisfeitos com a evolução alcançada, mesmo que fosse do nosso gosto que se tivesse ido ainda mais além. No campo administrativo/desportivo, a situação é também de ligeira evolução positiva já que em 2007 se alcançou a barreira dos 300 atletas federados. Com todas as preocupações obviamente decorrentes da organização do Campeonato Europeu de Juniores e Cadetes em Portugal e com a necessidade já expressa de nos concentrarmos na preparação das Selecções Nacionais, não foi possível lançar grandes medidas de fomento à captação desportiva de praticantes ou clubes, nem tivemos recursos para tal. Voltamos a ressalvar que cabe sobretudo aos clubes efectuar trabalho de divulgação e captação de praticantes e que existem programas específicos na FPTA para tal, e que a FPTA continuou e continuará a protocolar actividades ou acções dentro de determinadas circunstâncias com os clubes que se proponham a ser enquadrados pela FPTA na realização destas acções e aceitem fazê-lo sob directivas da FPTA. Apesar de estarem em fase de conclusão, não nos foi ainda possível em 2007 lançar medidas de apoio à criação de novos clubes ou reestruturação dos existentes, mas esperamos que tal seja possível já no início de 2008. Ainda neste campo há a realçar o programa de modernização desportiva da FPTA. Este programa, que só foi possível com uma comparticipação financeira extraordinária por parte do IDP superior a 100.000 Euros, permitiu à FPTA colmatar algumas das lacunas existentes no tocante a equipamentos e nomeadamente no desenvolvimento de soluções informáticas. Apesar de ter exigido da FPTA um esforço financeiro considerável, já que além da verba concedida pelo IDP a FPTA teve de investir aproximadamente 30.000 Euros, não faria sentido perder esta oportunidade já que os equipamentos adquiridos à muito estavam em falta e, perdendo-se esta oportunidade, não sabemos se ela voltaria a surgir nos tempos mais próximos Este programa consubstanciou-se em quatro vertentes: A primeiro foi a contratação de um elemento na área de gestão e organização. Embora a FPTA tivesse solicitado a possibilidade de contratar mais 3 elementos, um na área da contabilidade, um na área do marketing e comunicação e outro na área da informática, este elemento, na área da gestão e organização foi o único comparticipado e logo contratado. A sua actividade durante o ano de 2007

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centrou-se em diversas áreas, nomeadamente em tarefas de nível documental e sobretudo no apoio à organização do Campeonato da Europa de Juniores. A segunda dividiu-se ente a aquisição de um veículo de 9 lugares para transporte de passageiros, que nos permitirá uma maior flexibilidade na gestão das necessidades de transporte de pessoas e evitará a necessidade de alugueres ou de recorrer a veículos particulares quando necessário e a aquisição dos há muito aguardados equipamentos electrónicos de controle de provas. Estes equipamentos, além de serem necessários ao Campeonato Europeu de Juniores e da sua aquisição por parte da FPTA ter evitado despesas adicionais no seu aluguer, irão permitir um incremento da qualidade das provas do Segmento elite e Final Four. A terceira centrou-se na aquisição de equipamentos informáticos, nomeadamente no tocante a computadores portáteis e um servidor, bem como em software. Neste momento a FPTA finalmente minimamente equipada informaticamente, e embora estes equipamentos sejam o mínimo necessário, permitem já uma utilização em moldes consentâneos com o século XXI. Finalmente a quarta medida relaciona-se com a aquisição de soluções informáticas pela implementação de uma rede digital que nos permite implementar um sistema integrado de gestão e controle provas, que prevê a comunicação interna com os associados por via digital, podendo estes efectuar inscrições e federamentos on-line, efectuar inscrições em provas bem como consulta de resultados. Todos estes equipamentos terão um impacto positivo na modalidade, em especial a rede digital, embora os seus efeitos positivos só se venham a sentir futuramente. Será também dentro do campo administrativo/desportivo que devemos inserir o evento mais significativo do ano, ou seja a organização em Portugal do Campeonato Europeu de Juniores e Cadetes. Obviamente, numa modalidade olímpica como é o nosso caso, o grau de exigência na organização de um evento com esta dimensão e com esta importância, e sobretudo devido ao grau de envolvimento que é necessário por parte da organização com as regras presentemente em vigor, ultrapassou largamente qualquer evento de Tiro com Arco jamais realizado em Portugal, incluindo o Campeonato Europeu de Juniores organizado anteriormente em Portugal, à mais de 20 anos. Entre atletas, técnicos e acompanhantes do lado dos participantes e, voluntários, colaboradores, prestadores de serviços, funcionários e dirigentes do lado da organização, foi necessário coordenar e controlar mais de 400 pessoas durante cerca de 10 dias, durante 24 horas, não só no domínio puramente desportivo da organização da competição, mas também no tocante a transportes, alojamento, alimentação, segurança e todos os demais factores relevantes ao decorrer do campeonato.

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Em linhas gerais, há vários pontos a destacar. Logo desde o início, que o peso da responsabilidade sobre uma correcta e eficiente organização deste campeonato foi mais difícil de suportar, já que tendo em conta a fraca e deficiente organização do Campeonato Europeu do ano anterior, decorrido na Grécia, desde sempre nos colocou sob maior pressão por parte da EMAU. Revelou-se muito importante para o normal decorrer deste relacionamento, por vezes algo tenso como é normal, sobretudo durante os meses de preparação, o capital político que a FPTA tem vindo a amealhar junto das instituições da modalidade. No tocante à EMAU, o saldo final veio a revelar-se o mais positivo possível, já que no seu global, este campeonato veio a ser considerado um dos melhor organizados de sempre, reforçando a credibilidade da FPTA a nível internacional. Internamente, uma palavra de apreço e agradecimento à Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, ao Complexo Desportivo de Vila Real de Santo António e em especial ao Núcleo Juvenil de Vila Real de Santo António, os nossos parceiros locais na organização do referido evento. Sem a sua colaboração e empenho, este evento não teria feito sentido e, cada um na sua área, todos estiveram à altura e foram instrumentais para o sucesso do Campeonato. No geral foi conseguido um muito bom entendimento, o que deixa portas abertas para futuras organizações conjuntas e os objectivos locais, sobretudo de promoção turística de Vila Real de Santo António e do seu complexo desportivo, bem como de fortalecimento e desenvolvimento a vários níveis do Núcleo Juvenil, foram plenamente conseguidos. Internamente, a FPTA teve de desdobrar-se, algumas vezes para lá das suas reais possibilidades, para conseguir levar a cabo este esforço colossal. Se por um lado, os atrasos no serviço que já vinham de anos anteriores devido às situações de instabilidade provocadas que são conhecidas não tinham permitido manter o ritmo de trabalho e desenvolvimento da modalidade, é certo que a organização do campeonato, o stress e o cansaço também não ajudaram e efectivamente, apesar do campeonato se ter realizado, com muito esforço e sacrifício, e do seu resultado geral ter em termos abstractos sido muito positivo, a realidade é que a FPTA não consegui alcançar nenhum dos objectivos que se propôs à partida. Para que tal não pareça estranho, explicamos mais detalhadamente. Desde o início, definimos que o Campeonato deveria ter 3 objectivos e uma premissa, sendo que essa não deveria ser confundida com um objectivo em si, mas era antes uma condição definida à partida como um dado adquirido, sem a qual não faria sentido sequer pensar organizar o campeonato. Ora essa premissa era exactamente de que o Campeonato, só se organizaria se não houvessem dúvidas de que havia condições objectivas para ser bem organizado e eficientemente organizado, e que no final os participantes regressariam aos seus países contentes e com uma boa opinião de Portugal, da FPTA e das nossas capacidades de organização. Leia-se, repetimos, tal não era em si um objectivo final atingir, de que os participantes e a EMAU viessem a Portugal meramente para terem uma boa experiência competitiva. Esse facto era um dado em si, adquirido à partida, e que, se não estivesse garantido não se avançaria com a organização, ou seja, sem o qual não faria sequer sentido organizar o Campeonato. Tal ficou claramente decidido previamente pela Direcção da FPTA, e foram marcados como objectivos 3

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factores a atingir, em separado ou em simultâneo e independentemente da ordem, sendo eles, o alcançar de uma relevante cobertura mediática que projectasse a modalidade a nível nacional, a projecção interna local da modalidade, sobretudo nos escalões jovens, especialmente na área local da organização do Campeonato, e finalmente, a criação de mais valias financeiras que auxiliassem FPTA a fazer face aos seus compromissos financeiros, quanto mais não fosse, gerando uma verba suficiente para cobrir o investimento feito pela FPTA na sua comparticipação das verbas necessárias ao Programa de Modernização das Federações Desportivas. Ora, foi exactamente nestes 3 factores, os nossos objectivos, que não se consegui alcançar nenhum dos resultados esperados, pese embora, repetimos, o muito bom, ou mesmo excelente desempenho global da nossa organização. Infelizmente, não foi conseguida uma grande exposição mediática nacional, já que não houve cobertura televisiva e a cobertura jornalística da imprensa nacional foi inexistente. Tal facto não pode ser encarado como dissociado da realidade geral do Tiro com Arco a nível nacional e se nalguma imprensa local ainda conseguimos obter alguma cobertura da modalidade, a nível nacional, esta é praticamente nula. Quanto à projecção interna, quer devido à falta de cobertura mediática, quer devido à falta de recursos humanos por parte da FPTA, não foi possível realizar grandes acções de sensibilização ao Tiro com Arco junto das escolas locais que nos permitissem gerar interesse junto da população em idade escolar. Ainda assim, localmente, o campeonato gerou algum interesse junto da população em geral, tendo o clube local efectuado alguns eventos promocionais. Finalmente, do ponto de vista financeiro, o campeonato não só não gerou qualquer receita como veio ainda provocar custos ao orçamento global da FPTA. Para tal contribuíram diversos factores. A comparticipação por parte do IDP foi muito inferior à esperada. A quando da preparação do campeonato, em reuniões preparatórias com o Vice Presidente do IDP, responsável pela área financeira, sempre nos foi dado a entender que o valor de comparticipação solicitado pela FPTA ao IDP, cerca de 75.000 euros num orçamento global de 300.000 euros, ou seja, cerca de 25% do valor total era perfeitamente aceitável e não seria problemático. Infelizmente, o apoio final do IDP, decidido já em vésperas do Campeonato acabou por se cifrar em apenas 30.000 euros, verba que obviamente acabou por se demonstrar insuficiente. Também na captação de patrocínios publicitárias directos ao campeonato, não houve possibilidade ou capacidade de obtenção de verbas por parte de patrocinadores comerciais, já que além das dificuldades inerentes à fraca exposição mediática da modalidade, a FPTA também não dispõe duma estrutura de marketing e os esforços de captação de patrocínios foram incipiente ou infrutíferos. O maior suporte financeiro do campeonato, além das verbas pagas pelos participantes foi o da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, à qual estamos gratos não só suporte financeiro como pelos outros apoios prestados à realização do mesmo e que foi certamente um contributo para o sucesso conseguido.

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Em jeito de conclusão poderemos pois afirmar que o Campeonato Europeu de Juniores e Cadetes, foi um sucesso organizativo, provou a capacidade e condições para a organização de grandes eventos em Portugal, pese embora o não alcançar dos objectivos previamente definidos e o prejuízo financeiro que acarretou para a FPTA, mas que, excluído este factor, no global teve um saldo positivo pelo impacto que teve no desenvolvimento global da modalidade. No plano político internacional da modalidade, Portugal ocupa ainda hoje um lugar secundário, já que não tem qualquer elemento eleito em qualquer comissão quer da FITA, quer da EMAU. No entanto, graças ao trabalho efectuado pelo Presidente da FPTA e aos seus esforços e contactos pessoais nesta área, é hoje uma realidade que nalgumas matérias a nossa voz consegue já ser ouvida. Em 2007 houve eleições na FITA para alguns cargos políticos importantes e continua em grande destaque e em pleno desenvolvimento o plano internacional da FITA que prevê alterar completamente a realidade do Tiro com Arco. Desde a alteração do nome da própria Federação Internacional, ao modelo competitivo a utilizar, passando pelo, tipo de alvos, missão, organização e objectivos da Federação Internacional, quase tudo está em avaliação e análise, tendo o congresso de Leipzig sido extremamente importante. Tal como noutras áreas, a falta de recursos financeiros fez com que não participássemos em alguns eventos ou reuniões nesta matéria. Ainda assim o trabalho desenvolvido nesta área foi significativo ao ponto de mais uma vez termos conseguido trazer para Portugal a realização de um curso da EMAU, e termos recebido um estágio da Selecção Nacional Francesa, mas não nos deslocámos a França com uma Equipa Nacional para dar continuidade a este intercâmbio, sobretudo devido aos custos que tal acarretaria. Devido à sua realidade, capacidade de relacionamento e localização geográfica Portugal pode vir a ganhar muito com a continuidade deste trabalho já que hoje em dia, num mundo cada vez mais globalizado e competitivo, é cada vez mais importante fazer parte dos órgãos decisórios internacionais, acautelando os legítimos interesses do nosso país e ao mesmo tempo, podemos ser uma placa giratória ao nível dos estágios e acções de formação internacional, com os benefícios que daí podem resultar para a nossa modalidade. Em 2007 voltámos a apostar na formação, especialmente nos sectores da arbitragem e treinadores, tendo realizado 2 cursos com prelectores internacionais de renome, sendo um deles, o de treinadores, igualmente aberto a formandos internacionais. Também nesta área, apesar do sucesso organizativos dos dois eventos, se demonstraram as fragilidades organizativas da FPTA, por falta de tempo, pessoal qualificado para os organizar e financiamento, já que apesar de organizados com grande sucesso, foi necessário desviar recursos humanos de outras áreas. As acções referidas foram respectivamente um curso e reciclagem de árbitros, que teve com prelector o Sr. Morten Wilman, responsável da formação de árbitros a nível internacional, quer para a FITA, quer para a EMAU e um curso de treinadores

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internacional, que teve a presença de formandos de 8 países, que teve como formador o Sr. Mário Codispotti, um dos mais conceituados e experientes treinadores a nível europeu e mundial. Ambas estas acções revelaram-se extremamente importantes para o continuar do desenvolvimento da modalidade, já que permitem a melhoria da qualificação dos agentes desportivos da modalidade em cada uma das áreas respectivas. Infelizmente, em 2007, e apesar dos nossos esforços, voltámos a não ter qualquer apoio financeiro para esta área por parte do IDP. Apesar de insistentes contacto ao longo do ano e de diversos pedidos no sentido de desbloquear esta situação, que culminou com uma reunião com o Presidente do IDP, A área da formação continua a ser a área onde temos mais dificuldades em acompanhar os processos burocráticos exigidos, e como tal, apesar de realizarmos as acções de formação e de elas serem bem organizadas, não conseguimos sensibilizar o IDP para a necessidade de obter apoios financeiro para a sua realização. Desta vez, ficou para último e talvez o mais importante ponto desta introdução, o plano político interno da modalidade. Se por um lado o caminho de desenvolvimento seguido pela FPTA continuou a contar com o apoio esmagador da quase totalidade dos clubes, facto comprovado com a aprovação por unanimidade do plano de trabalho para 2008, a verdade é que continuaram a haver na modalidade sinais preocupantes, que por porte de uma diminuta minoria, procuraram ao máximo perturbar e minar o normal funcionamento da modalidade. E não deixa de ser curioso que tal objectivo seja perseguido sistematicamente por clubes e pessoas que ou são relativamente marginais à modalidade, ou se encontram dela afastadas, ou sendo relativamente activas, são novas na modalidade, em nome de uma pseudo defesa duma liberdade de expressão da qual abusam sistematicamente, queiram impor a uma larga maioria de clubes e pessoas que, esses sim, são e sempre foram o garante e o suporte da modalidade, ideias abstractas e inconsistentes no tocante ao funcionamento da modalidade, ou que defendam soluções já ultrapassadas e provadas gravosas para a modalidade, isto sem ainda assim nunca apresentarem, alguma alternativa de palpável ou concreto. Estas posições são tão mais insustentáveis quanto claramente não fazem eco na maioria dos outros clubes ou participantes da modalidade, e constituem um permanente boicote ou mesmo sabotagem de qualquer tentativa de reforma, criando dificuldades desnecessárias à modalidade e à estrutura da FPTA e aos seus dirigentes, voluntários e benévolos à força da lei, que acabam por ter de perder o seu tempo e despender recursos da Federação em situações totalmente inúteis e que nada trazem de positivo à modalidade. Não podemos pois deixar de alertar para o facto de que apesar de ter havido reformas regulamentares nos últimos anos, algumas até um pouco mais profundas, não estar ainda o nosso panorama normativo em dia com as necessidades actuais.

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Na maioria dos casos, e embora tenha havido um movimento sem precedentes na direcção certa, a timidez de certas alterações, forçada por alguns sectores mais conservadores ou por quem simplesmente recusa qualquer tipo de mudança, irão a curto prazo comprometer o futuro da modalidade. Certamente, poderia a Direcção da FPTA propor e conseguir a aprovação de mudanças mais radicais e agressivas ou mesmo fracturantes e talvez ainda assim conseguir levar por diante a modalidade. No entanto, sempre optámos pela via do diálogo e das maiorias consensuais e alargadas. Ainda assim, terá a modalidade de fazer uma análise mais profunda e um a autocrítica mais pesada na busca de respostas no que toca à sua identidade, ao seu futuro e ao seu modelo de funcionamento.

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CAPÍTULO I

Lista de Membros dos Corpos Sociais da Federação Portuguesa de Tiro com Arco – Quadriénio 2005/2008

Mesa da Assembleia-Geral Presidente Victor Manuel dos Santos Quintino Vice-Presidente Luís Carlos Pais Vaz Tecedeiro 1º Secretário Gustavo Francisco de Mendonça Estevans

Presidente Carlos Guilherme Beato de Freitas Direcção Victor Manuel Pereira dos Santos Pedro Miguel da Costa e Silva Vaz José Fernando Cotrim Antunes Maria de Fátima Pereira Caetano

Suplente Pedro Manuel Fialho Correia dos Santos Conselho Fiscal

Presidente José António Rodriguez Pedro Muralha (ROC) Secretário Elisabete Branco do Paço Vogal Abílio da Silva Gonçalves Suplente António Baltazar Mortal (ROC)

Conselho de Disciplina Presidente José Pedro Fazenda Martins (Jurista) Secretário Mário Rui Dinis Nacho (Jurista) Vogal Pedro Gonçalves Figueiredo Santana Suplente Fernando Pereira Silva Coelho

Conselho de Arbitragem

Presidente José Simplício de Sousa Secretário Ana Carla Leitão Silva Rodrigues Vogal Carlos Hermínio Eufrazino de Oliveira Suplente Francisco José Galveias

Conselho Jurisdicional

Presidente Valentim José Ramalho Rodrigues (Jurista) Secretário José Manuel Barbeira dos Santos (Jurista) Vogal João Jorge Dias Vale de Andrade (Jurista) Suplente Messias Martins Tomé (Jurista)

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CAPÍTULO II

ESTADO DE DESENVOLVIMENTO EM VÁRIAS ÁREAS

1. Evolução do número de clubes e praticantes.

Em 2007 o número de praticantes federados teve um aumento e atingiu a fasquia dos 300 federados. É o número de federados mais elevado desde que se implementou o federamento com apresentação obrigatória dos Impressos do Exame Médico Desportivo em modelo oficial e voltou a aumentar ligeiramente em relação a 2006.

É de salientar que a FPTA não aceita em competição nem contabiliza praticantes não federados. No entanto o número efectivo de praticantes da modalidade é superior já que os clubes não são (nem devem ser) obrigados a federar de imediato todos os seus praticantes. Existe assim um número significativo de pessoas que são praticantes regulares ou pontuais, ou que, quer por via da sua recente inscrição nos clubes, quer por não desejarem competir, não se encontram federados, usufruindo no entanto da estrutura associativa da FPTA.

Obviamente desejamos e aconselhemos os clubes a federar voluntariamente os seus praticantes, quer pelas vantagens que tal traz aos clubes, quer aos próprios praticantes, incluindo a cobertura pelo seguro desportivo e também pelo reforço que o maior número de praticantes traz à própria modalidade.

A posição da FPTA é muito clara neste ponto e não somos favoráveis a que o federamento obrigatório de praticantes venha a acontecer por via de imposição legal embora tal já esteja a acontecer noutras situações ligadas ao tiro desportivo, nomeadamente no caso das armas de fogo.

Estaremos atentos a esta situação e tomaremos as medidas ao nosso alcance já que pensamos que uma evolução neste sentido iria ser fortemente prejudicial para a nossa modalidade.

O número médio de praticantes por clube foi de aproximadamente 10 por clube.

Será necessário de futuro uma reflexão profunda nesta área já que, embora a FPTA não intervenha neste campo, deixando a cada clube plenos poderes de decisão quanto à sua estrutura e dimensão, também por via de imposição legal, cada vez será mais exigente o processo de criação e manutenção em actividade dos clubes desportivos. Ainda assim, esperamos que no futuro continuem a aparecer novos clubes, especialmente nas zonas em que a modalidade tem fraca cobertura. Um maior número de clubes com um maior número de praticantes acabará por trazer um aumento qualitativo à modalidade.

Cabe sobretudo aos clubes a responsabilidade de agir na matéria de captação directa de novos praticantes. Até este momento este esforço tem sido insuficiente e deve ser incrementado. Mesmo considerando o aumento do número de praticantes no ano de 2006 e de novo o aumento verificado em 2007, a maioria dos clubes não desenvolveu os esforços necessários neste sentido.

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No tocante à evolução do índice de pratica desportiva, este teve igualmente um aumento significativo. Em 2007 o número global de participações em prova teve um grande aumento relativamente a 2006, tal como em 2006 tinha havido um aumento em relação a 2005, o que demonstra a continuação da evolução positiva da modalidade.

Em 2007 atingiu-se um máximo de sempre, com praticamente 2000 participações em prova.

A introdução do novo modelo competitivo, dividido em segmentos, foi o principal factor que contribuiu para este aumento. Independentemente de outras considerações, sobretudo de carácter financeiro, esperamos que o número global de participações em competição continue a crescer. Existe espaço para que tal aconteça, mesmo sem aumentar a quantidade de competições realizadas, sobretudo no segmento local.

Finalmente, mesmo que este tema seja desenvolvido em maior detalhe no capítulo correspondente, é necessário referir que ainda não se consegui uma total sustentabilidade financeira das competições.

Ainda neste campo, uma nota importante no que toca à articulação da estrutura financeira do funcionamento da FPTA no tocante às participações em provas. Até ao ano de 2007, houve uma clara situação de défice financeiro líquido no tocante à participação em provas, ou seja, apesar do valor das inscrições suportadas pelos participantes em cada competição e em cima deste, a FPTA acabava por ter um custo médio de comparticipação efectiva por participante e por prova de mais de uma dezena de euros. Como resultado, anualmente a realização e desenrolar do calendário competitivo, quer ao nível do investimento financeiro directo, quer contabilizadas as despesas conexas, acabava por se saldar num défice negativo de várias dezenas de milhares de Euros, que em anos anteriores absorveram quase metade do orçamento corrente anual da FPTA.

Ora esta evidência gerou situação em que não era possível continuar a aumentar o nível de participação desportiva em competição, já que tal levaria à ruptura financeira total da federação, com todos os impactos negativos que a impossibilidade de ter mais arqueiros a participar em mais competições trariam à modalidade.

Em 2007, e graças às medidas de correcção financeiras aplicadas, foi finalmente conseguida uma situação próxima do equilíbrio financeiro e conseguiu-se trazer o número de participações anuais em competições oficiais para perto das 2000, facto jamais alcançado na história da modalidade.

Resta ainda referir que será certamente necessário avaliar até que ponto é que esta situação poderá e deverá continuar a evoluir já que, não tendo a FPTA outras formas de receita além das verbas transferidas pelo Estado ao abrigo dos contratos programa anuais de financiamento, e sendo estas manifestamente insuficientes ao desenvolvimento da modalidade, deverá eventualmente a FPTA procurar obter através das receitas das competições um acréscimo de receita, que ainda que moderado, possa servir como fundo de investimento para outras áreas que em si dificilmente ou nunca poderão ser financeiramente totalmente auto-

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sustentadas, como por exemplo as Selecções Nacionais ou a divulgação da modalidade.

A possibilidade da criação deste fundo tem no entanto de ser correctamente avaliada e não significa obrigatoriamente a continuação do aumento exponencial dos custos de participação em provas, já que pode também resultar da criação de sinergias que façam decrescer o investimento da FPTA nessas competições, criando assim um saldo positivo.

Isto pode ser alcançado de diversas formas, especialmente por melhorias regulamentares ao sistema competitivo, maior e melhor segmentação ou pelo aumento do número médio de participantes por prova.

2. Implantação espacial.

Mantém-se a situação dos anos anteriores.

O Distrito de Lisboa continua a ser o mais representativo, com cerca de metade dos praticantes a nível nacional, no entanto tem havido uma tendência para o alargamento a outros Distritos quer em número de atletas quer em número de clubes.

Geograficamente, a modalidade continua a centrar-se no Distrito de Lisboa. Temos igualmente uma distribuição minimamente aceitável nos Distritos do litoral, desde Setúbal ao Porto, com alguns pontos fora desta linha.

No Distrito de Lisboa, porventura o único com uma cobertura aceitável, existe Tiro com Arco em mais de metade dos concelhos e no concelho de Lisboa esta oferta corresponde neste momento minimamente às necessidades. Nos conselhos limítrofes, esta cobertura è irregular mas também vai correspondendo às necessidades.

Nos Distritos de Setúbal, Santarém e Leiria, embora a oferta de Tiro com Arco seja mais escassa, ela é pelo menos existente, e embora seja insuficiente, já que nem sequer existem clubes nas cidades capitais destes Distritos.

Mais acima, no Centro e Norte do país, nos Distritos de Coimbra e Aveiro verifica-se a mesma situação e no Porto esta oferta é igualmente praticamente inexistente.

Existem outros clubes fora desta linha, mas a maioria tem praticado de forma intermitente.

A região do Algarve continua a ter actividade, sobretudo nos concelhos a Nascente de Faro, onde, sem sucesso, foram efectuados contactos com a autarquia no sentido de tentar implementar um clube, dado ser a capital do distrito.

Continuaram a manter-se clubes e atletas da região autónoma dos Açores, que abre perspectivas de criação, a médio prazo, de uma estrutura competitiva de carácter local, idealmente abrangendo as diversas ilhas do arquipélago, bem como

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no arquipélago da Madeira onde se manteve a actividade, aumentando assim a oferta de Tiro com Arco, o que poderá inclusive tornar possível uma competição inter-ilhas abrangendo as duas regiões autónomas.

No entanto, continua a ser algo problemática a situação de alguns dos clubes existentes, que, pela sua reduzida dimensão, ou têm dificuldades em se manter, ou não conseguem crescer organicamente, ganhando assim uma massa crítica que lhes permita sobreviverem mais auto-sustentadamente.

Baseado em competições do segmento local, o modelo de desenvolvimento regional que a FPTA tem vindo a tentar implementar desde 2005 será de extrema importância para o desenvolvimento do Tiro com Arco em Portugal.

Esperamos poder continuar a fomentar o aparecimento de novos clubes e infelizmente, a criação de diversos programas de apoio ao desenvolvimento de clubes ou criação de novos clubes previstos para 2007 não puderam arrancar. Estes programas encontram-se praticamente prontos e esperamos que possam entrar em vigor já durante o primeiro semestre de 2008.

Infelizmente, a criação de novos clubes na modalidade tem-se dado quase exclusivamente ou pelo abandono de clubes antigos com transferência dos seus arqueiros para o novo clube, geralmente por fecho do clube ou secção, o que não faz aumentar o número de clubes, já que à criação dum corresponde o fecho do outro, ou ao abandono de um arqueiro ou grupo de arqueiros, geralmente por divergências internas, com a consequente criação dum novo clube. Esta segunda situação, embora acabe por gerar de facto um novo clube, acaba por não se reflectir no aumento global de praticantes, já que apenas divide os praticantes dum clube por dois e ainda por cima, regra geral, em situação de grande proximidade geográfica.

A experiência mostra-nos claramente que este método não potencia o crescimento da modalidade e que em geral estes movimentos acabam por se traduzir em projectos de curta duração ou de sustentabilidade nula ou no mínimo duvidosa.

Dada a falta absoluta de vitalidade da modalidade nesta área, seria necessário à FPTA criar uma estrutura profissional ou no mínimo semi-profissional que se dedicasse à criação e gestão de uma rede de clubes de Tiro com Arco, bem como da criação de regulamentação mais extensa e detalhada sobre a matéria assegurando o funcionamento regular dos mesmos, pelo menos durante um período de transição. Ora não sendo esta a vocação nem constando dos objectivos estatutários da FPTA, nem tendo esta fundos ou receitas que permitam seguir este caminho, a FPTA não pode nem deve substituir-se à iniciativa privada neste capítulo.

Efectivamente, a longevidade dos praticantes da modalidade, já que esta pode ser praticada até idades muito mais avançadas do que a maioria dos desportos, a ausência de benefícios individuais, especialmente financeiros, junto à apatia generalizada e falta de empreendedorismo no nosso país, leva a que não haja uma natural evolução dos praticantes para treinadores e posteriormente dirigentes, e em que na maioria dos casos estas funções acabem por ser acumuladas, com e em prejuízo das 3 funções.

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Geograficamente, e se excluirmos um envolvimento directo por parte da FPTA na criação de novos clubes, o panorama possível será pois o de expansão por “divisão celular de proximidade” o que não nos leva a crer a curto prazo em grandes alterações ao panorama actual de distribuição da prática da modalidade

3. Evolução de outros agentes desportivos.

No global, a evolução de todos os agentes da modalidade tem sido igualmente positiva, embora incipiente.

Dentro da área da arbitragem tem havido uma evolução positiva e alterações significativas no decorrer das competições. Por um lado começam a ser visíveis melhorias de qualidade fruto da aposta da FPTA em promover formação de qualidade neste sector.

Foram igualmente implementadas novos moldes de funcionamento e tarefas a desempenhar em prova. Foram realizados cursos de controladores de tempo, tarefa que deixou de ser desempenhada pelos árbitros. Esta alteração permitiu uma poupança financeira ao minimizar as deslocações. Permitiu também libertar os árbitros para as funções mais importantes, passando a direcção de tiro a ser realizada pela organização.

Esta foi uma das áreas onde proporcionalmente mais se investiu em formação e onde esta mais era necessária e onde será necessário continuar a investir mais no futuro.

Embora o papel da arbitragem na nossa modalidade seja mais passivo do que na maioria dos outros desportos, existe ainda um longo caminho a percorrer no sentido da melhoria da qualidade técnica dos nossos árbitros, da sua postura, atitude e comunicação com os demais intervenientes do processo desportivo, embora também aqui a situação tenha melhorado significativamente em relação ao que era à apenas meia década.

Ainda assim, a FPTA terá de investir a nível da melhoria das condições de trabalho e dignificação desta actividade, melhorando nomeadamente a sua imagem e também as condições de compensação pela actividade desenvolvida, tendo por seu lado os árbitros de investir mais na sua constante formação e aprofundamento dos conhecimentos técnicos bem como ao nível da melhoria da prestação durante as competições, em vários aspectos.

Nunca na história da FPTA se investiu tanto e a tão alto nível na formação e actualização de árbitros como nos últimos anos, pelo que neste momento é necessário efectivamente começar a tirar partido deste esforço, cabendo sobretudo aos próprios a tarefa de serem capazes de dignificarem a sua actividade.

Ao nível dos treinadores também foi um ano positivo. Foi novamente realizada uma acção de formação de treinadores apoiada pela EMAU, desta vez uma acção de nível 2, destinada aos treinadores formados nos anos anteriores. Este curso de

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carácter internacional e que teve a participação de formandos de 7 nações, foi ministrado por um formador de renome internacional, o Sr. Mário Codispoti.

A realização deste curso permitiu sobretudo uma uniformização de conhecimentos com as tendências hoje em voga internacionalmente.

A realização deste e doutros cursos tem permitido a melhoria da qualidade do treino ministrado e o consequente, embora lento, aumento progressivo das pontuações, nomeadamente ao nível intermédio.

Contámos com estas acções responder aos pedidos que já se vinham mantendo desde há vários anos e assim contribuir para um crescimento sólido e sustentado da nossa modalidade.

No entanto, será necessário também um maior empenho destes agentes desportivos, de forma a melhorar o seu desempenho e performance.

Efectivamente, é ao nível dos treinadores que continuamos a encontrar as maiores deficiências, e não podendo generalizar, nem excluir a óbvia responsabilidade dos arqueiros, será necessário por parte dos treinadores em Portugal participar no esforço de renovação da modalidade.

Se, como já foi descrito, a maioria dos nossos treinadores continuar por não se especializar, acumulando muitas vezes com o facto de serem arqueiros e ainda dirigentes, não será efectivamente possível estruturar a modalidade em moldes mais apropriados às necessidades do séc. XXI, nomeadamente numa perspectiva de busca do alto rendimento.

Se já em si a não profissionalização, ou pior, a profissionalização encapotada é um factor detractor do desenvolvimento, já que não potencia a dedicação em moldes mais exclusivos à modalidade nem a necessária transparência e posicionamento institucional, a promiscuidade entre funções acaba por ter um impacto negativo global, quer na imagem quer na performance global, quer do próprio, quer dos atletas.

Por outro lado, e embora cada vez menos e de forma marginal, existe ainda alguma cultura de mau exemplo em que acaba por passar uma imagem para os atletas de que é preferível tentar dobrar ou contornar as regras em vez de as cumprir, o que obviamente não ajuda ao desenvolvimento da modalidade.

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4. Selecções Nacionais.

Após o ano de 2006 onde a FPTA obteve os melhores resultados desportivos de sempre a nível internacional e sendo 2007 o ano de atribuição da maioria das vagas para os Jogos Olímpicos de Pequim, fizemos naturalmente um esforço adicional para tentar conquistar uma dessas vagas. Devido a constrangimentos financeiros, limitámos a nossa participação ao mínimo aceitável, ou seja nos Campeonatos Mundiais de Tiro de Sala e Campo, em Izmir e Leipzig, na Turquia e Alemanha respectivamente e em duas provas da Taça do Mundo, na Coreia e em Itália.

Continua a ser de salientar que devido às dificuldades financeiras que a nossa Federação e o País em geral atravessam, esta participação só foi possível com uma comparticipação financeira significativa por parte dos arqueiros que se deslocaram e devido ao arqueiro João Freitas ter conseguido obter a classificação relevante já referida, que lhe deu direito a receber, através da FPTA, um apoio especial para a sua participação nas competições referidas.

O resultado global foi positivo e Portugal continuou a fazer-se representar a nível Internacional de forma satisfatória mantendo assim o trabalho iniciado em anos anteriores, mas, dado o nível actual de competição internacional, as classificações deixaram a desejar, não sendo possível a obtenção de qualquer vaga para os Jogos Olímpicos.

Continuámos a apostar no desenvolvimento da Selecção de Jovens, até devido à realização em Portugal do Campeonato Europeu de Juniores e Cadetes, trabalho de continuidade e com objectivos de longo prazo.

Já no final do ano, foi assegurada a contratação de um técnico estrangeiro de renome internacional, o Sr. Myung Lee, que esperamos venha, a médio prazo, a ter um impacto positivo no desenvolver dos nossos esforços em direcção ao Alto Rendimento.

Ainda uma nota no tocante às Selecções Nacionais, ao envolvimento da FPTA no processo de acompanhamento aos arqueiros e no tocante à evolução em geral das pontuações de topo e à prestação dos nossos melhores arqueiros. Muito se discutiu ao longo dos últimos 20 anos acerca das prestações competitivas internacionais dos nossos arqueiros. Efectivamente, nunca se conseguiu um lugar de pódio em nenhuma competição de alto nível ou seja, Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais ou Europeus, Taças do Mundo ou Grandes Prémios Europeus, em nenhum escalão. E efectivamente, nessas competições, competições exclusivas de participação via Selecção Nacional, onde os arqueiros representam Portugal e não os seus clubes, os arqueiros participam sob a égide da FPTA.

Este facto é recorrentemente apontado quando, por força das circunstâncias políticas, alguém pretende pôr em causa o trabalho da FPTA.

No entanto, e se olharmos para o passado recente, e obviamente para aquele que é o papel da FPTA no processo, nunca a FPTA proporcionou tantas condições aos

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seus atletas enquanto em sua representação, de novo, obviamente, naquilo em que o deve fazer.

O papel fundamental da FPTA devia limitar-se, tal como previsto nas suas competências, a seleccionar os arqueiros, de entre os melhores existentes e disponíveis para participar nos programas de Selecção Nacional e a permitir-lhes participar nas competições internacionais relevantes, acompanhando-os e dando-lhes boas condições de participação efectiva nas referidas competições, no que toca a viagens, alojamento, alimentação, organização e acompanhamento técnico, o que tem feito de maneira reconhecidamente superior não só às práticas do passado, como àquilo que seria o mínimo do aceitável, sendo esse facto unanimemente reconhecido pelos atletas que têm participado nessas competições.

Além disso, a FPTA disponibiliza apoio técnico adicional na preparação desses atletas, locais e acompanhamento de treino complementar ou mesmo algum equipamento de tiro, dentro dos parcos recursos ao seu dispor e sempre que possível.

Convém por isso afirmar claramente que cabe aos clubes e seus treinadores bem como aos atletas proporcionar à FPTA uma base mais alargada de escolha e um nível de partida mais elevado ao nível das pontuações caso a modalidade pretenda evoluir ou contar com efectivas probabilidades de conquistar alguma medalha. De nada adianta o constante lamentar ou as recriminações usuais.

Em 2007 a FPTA voltou a efectuar um trabalho árduo e dedicado com as Selecções Nacionais, a permitir condições ímpares de apoio, trabalho e participação em competições e se os resultados não foram melhores, efectivamente tal não se deve à FPTA.

Não estando criadas nem de perto nem de longe condições para a profissionalização, e não sendo essa realmente a condição vigente na grande maioria das Selecções Nacionais a nível mundial, terão em primeiro lugar de ser os arqueiros e em segundo de serem os clubes, a enfrentar a dura realidade de ser necessário um maior e melhor trabalho de base que se traduza no referido necessário aumento das pontuações dos nossos arqueiros de topo e do aumento do número de praticantes para permitir à FPTA um melhor e mais alargado leque de escolha dos atletas que integrem as Selecções Nacionais, para que, consequentemente, estes tenham uma melhor prestação internacional.

5. Divulgação da modalidade.

Em 2007 manteve-se a política de divulgação e organização de actividades com vista ao aumento do número e do interesse dos praticantes na nossa modalidade centrada nos clubes.

A política da FPTA continuou a centrar-se no apoio eventual a acções realizadas pelos clubes ou por entidades que o solicitaram à FPTA. Ainda assim, continuámos a recusar diversos pedidos, devido à falta de recursos ou interesse para a FPTA,

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nomeadamente quando o objectivo da acção era meramente recreativo, sem benefícios futuros directos para a modalidade.

Por outro lado, ouve também alguma falta de interesse de alguns clubes neste tipo de eventos, já que a maioria das vezes significam muito trabalho e poucos resultados, ou seja, pouca captação efectiva de novos praticantes.

Ainda assim, centrámos a nossa atenção no aparecimento eventual de novos clubes ou apoio a clubes recém formados, nomeadamente em zonas do país sem implementação efectiva da modalidade ou onde esta à ainda fraca. Foi novamente assinado um contrato programa com o IDP de forma a divulgar a modalidade junto dos jovens, aproveitando a componente histórica da modalidade, tendo havido a adesão e participação de centenas de Jovens.

Estas acções só foram possíveis com uma estreita colaboração entre o IDP, a FPTA e clubes existentes ou em fase de criação. Estas acções acompanhadas e programadas foram realizadas numa zona específica onde a prática da modalidade, continua fraca, no norte de Portugal onde esperamos venham a surgir mais clubes em 2008 e na zona periférica a Lisboa tendo já sido constituído um novo clube.

Foram ainda realizadas várias acções não tuteladas ao longo de todo ao ano em todo o País. A divulgação continuou a ser orientada à possibilidade de criação de novos clubes ou fortalecimento dos existentes.

6. Instalações e Património.

Durante 2007 mantiveram-se todas as dificuldades existentes nesta área. A FPTA continua a funcionar nas instalações do Anexo ao Lar Feminino do ISEF. Continuámos a dar prioridade à construção do campo de Tiro com Arco da FPTA no Estádio Nacional e continuaram a ser desenvolvidos esforços no sentido de conseguir finalmente um espaço digno para funcionar como sede da FPTA.

Apesar do atraso na conclusão do projecto referente à construção do Campo de Tiro da FPTA no Complexo Desportivo do Jamor, e de todos os problemas conexos e das tentativas de outras entidades de ficarem com parte do nosso campo, de o tentarem repartir, de o transformar num espaço polivalente ou até de transformar o espaço em cause em mais campos de ténis, mantemos firme a nossa posição de que a FPTA necessita de um espaço para seu uso, e não obstante as eventuais necessidades de outras entidades estranhas à FPTA, devendo estas entidades ir à procura dos seus próprios espaços, em vez de cobiçarem o nosso.

O projecto de arquitectura, elaborado pela FPTA em sintonia com o IDP, que previa além do campo a construção de um espaço multifacetado, que servisse não só de apoio ao campo de tiro, como também de sede para a FPTA, espaço de arrecadação e manutenção de material, sala de tiro e demais infra-estruturas e que permitiria à FPTA funcionar de forma independente, encontra-se neste momento em fase de reavaliação.

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A FPTA continuou em 2007 e continuará em 2008 a negociar com o IDP a instalação do seu futuro Centro de Alto Rendimento no Estádio Nacional. Este espaço, seja ele a construir de raiz, seja ele a aproveitar a reorganização do Centro de Estágio, além das valências referidas no número anterior deverá proporcionar a condições dignas de residência permanente ou semi-permanente aos técnicos e atletas da FPTA que se enquadrem nos futuros programas de alto rendimento a desenvolver, bem como espaços de trabalho, reunião e convívio, permitindo à FPTA dotar-se a breve trecho de estruturas semi-profissionais de treino por parte dos atletas enquadrados que permitam potenciar os técnicos que colaborem quer a tempo inteiro, quer a tempo parcial com a FPTA.

Este será certamente o grande desfio do futuro próximo do desenvolvimento da modalidade, eventualmente já não realizável em peno no mandato da presente equipa, mas fundamental e imprescindível ao desenvolvimento futuro a médio prazo da modalidade, visto ser este o caminho presentemente adoptado por cada vez mais federações de Tiro com Arco a nível Mundial.

Obviamente, o nosso campo terá um papel âncora nesta política de desenvolvimento e felizmente as obras do campo propriamente dito, que foram iniciadas e completadas de acordo com os nossos projectos de arquitectura, encontram-se terminadas. Encontra-se pois projectado e construído um Campo de Tiro com Arco Olímpico, e apenas aguardamos a conclusão da parte do projecto referente a vedação e iluminação.

No entanto, uma situação com a construção do muro de barreira de retenção, situação entre o IDP e o empreiteiro que realizou a obra, impede-nos ainda e infelizmente de começar a utilizar o campo, mas esperamos que tal possa ser uma realidade a qualquer momento.

Está já reservado o material de campo, nomeadamente bastidores, números de campo, bandeiras de sinalização e máquina de tempos a equipar totalmente e ser utilizado em exclusivo no campo.

Em 2007 foi adquirido um novo sistema de semáforos e máquina de controlo de tempos, que cumpre todos os requisitos internacionais, bem como o muito desejado sistema digital de visualização de tempo de tiro, pelo que foram adaptadas as nossas competições aos padrões internacionais, sobretudo no segmento Elite.

Foram também adquiridos e renovados os muito necessários equipamentos informáticos, ao abrigo do programa de modernização da FPTA protocolado com o IDP e criada uma rede digital que entrará a funcionar em pleno em 2008

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7. Administração.

Do ponto de vista administrativo, continua a ser evidente a dificuldade de alguns clubes se adaptarem às exigências de um correcto e moderno funcionamento federativo.

As exigências neste campo por parte das entidades públicas continuam a aumentar exponencialmente ao ponto de serem um entrave ao desenvolvimento da modalidade, por via do tempo necessário ao desempenho de questões burocráticas.

A própria estrutura da FPTA continua a ter dificuldade em acompanhar todos os processos burocráticos, quer internos quer externos. Tal deve-se não só à complexidade dos processos em si, nomeadamente no tocante ao preenchimento de formulários a entregar ao IDP como ao facto de as estruturas dirigentes da Federações em Portugal continuarem por imperativo legal a ser compostas por voluntários e não por profissionais. As condicionantes ao nível do tempo dispendido são fundamentais já que apesar das muitas dezenas de horas dispendidas mensalmente por alguns dos elementos dos corpos sociais da FPTA, ainda assim não é possível dar seguimento a todas as solicitações.

Internamente, mantivemos o contrato de prestação de serviços com uma firma na área de Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho no sentido de regularizar e cumprir os requisitos legais nessa matéria no tocante ao quadro de pessoal da FPTA.

Todo o funcionamento administrativo da FPTA encontra-se afectado pelo problema das instalações, sobretudo na dificuldade em efectuar reuniões devido à falta de espaço.

Apesar do programa de modernização desportiva, especialmente com o desenvolvimento da rede digital que entrará em vigor em 2008, e com a qual esperamos melhorar algumas das situações menos favoráveis no desempenho interno da FPTA, continuámos e, 2007 a sofrer dum crónico atraso em termos administrativos, agravado pelo aumento do esforço com as Selecções Nacionais e especialmente com o Campeonato da Europa de Juniores e Cadetes.

Nem com a contratação adicional e pontual dum quadro superior, pago a valores muito superiores aos usualmente em vigor na FPTA, mesmo tendo em conta uma comparticipação adicional do IDP, que acabou por não conseguir resolver a maioria das situações administrativas pendentes ou em curso conseguimos ainda dar vazão a uma parte significativa das tarefas administrativas, já que acabou por centrar a sua acção no apoio à organização do Campeonato da Europa de Juniores e Cadetes.

Ainda assim, conseguimos chegar ao fim de 2007 com a situação administrativa estabilizada, embora não totalmente em dia, mas contamos que os principais assuntos e dossiers pendentes sejam fechados no primeiro trimestre de 2008, desde que não apareçam mais problemas inesperados.

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8. Enquadramento Humano (Administrativo e Técnico).

Em 2007 contratámos uma nova funcionária administrativa e contámos com a colaboração durante a maior parte do ano dum quadro superior responsável pela coordenação administrativa, ao abrigo do programa de modernização da FPTA, que conforme já referido acabou por centrar a sua acção no apoio à organização do Campeonato da Europa de Juniores e Cadetes.

Mantivemos ao serviço o funcionário com funções polivalentes mas sobretudo técnicas e de apoio à vertente desportiva.

O quadro de pessoal da FPTA deverá ser revisto novamente em 2008 de forma a adaptar-se à nova realidade e necessidades de serviço, nomeadamente com a contratação de mais um elemento puramente administrativo.

Continuamos a contar com a colaboração de um técnico desportivo com funções de coordenação para o Grupo de Trabalho de Alto Rendimento e coordenação desportiva ao nível das Selecções Nacionais Sénior e Jovens.

Já no final do ano assegurámos a contratação do treinado estrangeiro para as Selecções Nacionais, conforme já anteriormente referido neste documento

9. Quadro regulamentar.

Em 2007 não houve alterações regulamentares significativas. A Direcção, nas áreas da sua competência tomou algumas decisões relativas ao funcionamento da estrutura desportiva e sobretudo procurou-se implementar as alterações regulamentares dos anos anteriores.

O Regulamento de Provas, tendo sofrido no ano anterior uma alteração profunda, a nosso entender aproxima-se já daquilo que será o modelo competitivo pretendido pela FPTA. Só com estas reestruturações será possível aumentar quer o número quer a qualidade dos nossos praticantes e clubes. No entanto existem alguns ajustes necessários a efectuar futuramente.

Estamos certos de que com estas medidas está a FPTA não só a fomentar o aumento de competitividade como também a criar um quadro competitivo em que os arqueiros inscritos se revejam num método de trabalho contínuo e crescente.

Os resultados desportivos e a competitividade aumentaram em 2006 e novamente em 2007 esperamos que voltem a aumentar em 2008.

Existem matérias que continuaram a ser trabalhadas em 2007, nomeadamente nas áreas da disciplina e arbitragem mas não foi possível concluir o processo de forma a apresentar os novos regulamentos para discussão e aprovação em Assembleia Geral. Contamos fazê-lo em 2008.

Estas duas áreas são as que carecem duma revisão mais profunda e as que se encontram por rever à mais tempo e são fundamentais ao bom funcionamento da FPTA.

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CAPÍTULO III

DESCRIÇÃO DO QUADRO DAS ACÇÕES

1. Organização de quadros competitivos nacionais.

1.1 Provas de Tiro em Sala.

Como vem sendo habitual, o calendário de Sala foi o que contou com o maior número de participações.

Durante o ano de 2007 foram organizadas 27 provas de sala que contaram com um total de 1090 participações no conjunto de todos os Escalões e Categorias, e em todos os segmentos.

É ainda de salientar a existência de 1 prova com mais de 100 participantes, já que este número corresponde geralmente a mais do que a capacidade máxima dos recintos desportivos em que usualmente se realizam estas competições, o que obrigou a que algumas provas fossem realizadas em duas voltas, facto que nos leva a acreditar que os novos moldes competitivos introduzidos em 2006 pela FPTA, são aqueles que nos permitirão continuar a crescer e não mais voltar a estagnar.

1.2 Provas de Tiro com Arco ao Ar Livre.

O Tiro com Arco ao Ar Livre é a disciplina Olímpica. Do calendário de provas constaram 21 competições, com 890 participações no conjunto de todos os Escalões e Categorias.

Como é usual, o número de participações nas provas de Tiro com Arco ao Ar Livre (campo), modalidade técnica e financeiramente mais exigente, continua a ser inferior ao registado nas provas de tiro de sala, embora a tendência que se verifica seja cada vez mais a de equilíbrio entre as duas disciplinas.

1.3 Conclusões.

Em 2007, tal como em 2006, voltámos a assistir a um aumento global do número de participações em provas. No caso da sala, a capacidade média da oferta foi por vezes ultrapassada. Começa a verificar-se a segmentação da procura entre a vertente competitiva e recreativa. Será de avaliar a introdução de alterações ao modelo competitivo de forma a fazer face a esta realidade.

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2. Participação em Quadros Competitivos Internacionais.

Em 2007 a FPTA participou nas seguintes provas internacionais:

- Campeonato Mundial de Campo Leipzig – Alemanha - Campeonato Mundial de Sala Izmir – Turquia - Camp. Europeu de Campo de Juniores/Cadetes V.R.Sto. António – Portugal - Taça do Mudo FITA 1st leg Ulsan – Coreia - Taça do Mudo FITA 2nd leg Varese – Itália Em todas as competições onde houve deslocação internacional foi necessário continuar a aplicar os moldes de financiamento comparticipados por parte dos atletas para as deslocações internacionais devido à contínua falta de verbas, como forma de poder ter uma representação mínima. Sendo este um trabalho a longo prazo, que só poderá dar frutos se houver continuidade, iremos continuar a aplicar o presente modelo. No entanto, será fundamental para o futuro garantir verbas e apoios por parte do IDP que nos permitam uma representação condigna num mínimo de eventos internacionais. Independentemente dos resultados que têm vindo a ser obtidos não serem obviamente os melhores, não podemos esquecer que é exactamente a possibilidade de acesso às competições internacionais que acaba por motivar a maioria dos arqueiros de topo a procurar melhorar a sua prestação desportiva e que faz ou outros procurarem chegar a esse nível.

3. Participação de dirigentes e técnicos em actividades promovidas por organismos internacionais.

O Presidente participou no Congresso da FITA realizado durante o Campeonato da Mundo de Tiro com Arco de Campo em Leipzig, Alemanha.

O presidente da FPTA aproveitou esta deslocação já que acumulou as tarefas inerentes a Chefe de Comitiva nos Campeonatos da Mundo realizados no mesmo local.

Foi possível manter e reforçar alguns contactos bilaterais e garantir nesta data a realização do curso internacional de treinadores da EMAU em Portugal, que se viria a realizar mais no final do ano em Lisboa.

Neste congresso foram reforçadas as actuais directivas de evolução da FITA e apresentado o FITA World Plan, documento plurianual que prevê a total transformação e reestruturação quer da FITA enquanto organização, quer do Tiro com Arco em geral

A participação nestes eventos é de extrema importância já que necessitamos de nos manter informados em primeira-mão sobre o que se passa no mundo bem

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como de fazer ouvir a nossa voz. É igualmente através da participação nestes eventos e noutros eventos que fomos conseguindo e continuaremos a conseguir criar e posteriormente desenvolver uma rede de contactos que nos permita quebrar a situação de isolamento em que ainda nos encontramos, pelo que deveremos no futuro incrementar a participação neste tipo de eventos, de acordo com as nossas possibilidades financeiras.

A realidade é que, apesar do muito que foi já conseguido nesta complicada área, uma vez que a política internacional do Tiro com Arco é muito mais complexa do que pode à primeira vista parecer, e assenta em equilíbrios de poder, peso político e esferas de interesse e influências desenvolvidos pela maioria dos intervenientes ao longo de muitas décadas, existe um longo caminho a percorrer antes de Portugal poder estar na linha da frente ou mesmo na 2ª linha.

Neste campo, Portugal pode e deve desempenhar o seu papel, e muito graças ao trabalho do actual Presidente da FPTA, a realidade é que em 8 anos conseguimos passar duma realidade em que estava-mos totalmente arredados dos núcleos de tomada de decisão, para uma posição em que não só já conseguimos fazer ouvir a nossa voz, como que a nossa opinião seja ouvida ou mesmo oscultada.

Este facto, normalmente ignorado ou desvalorizado a nível interno, é fundamental para o desenvolvimento da modalidade, já que algumas das medidas que estão a ser discutidas podem ser devastadoras para Portugal e temos de politicamente manobrar com sabedoria para que não sejam tomadas decisões contrárias aos nossos interesses.

Como exemplo, a possibilidade de vir a ser diminuído o número de participantes individuais no aceso aos Jogos Olímpicos para que os países com vagas individuais possam formar equipas com mais facilidade ou que o acesso aos Campeonatos do Mundo ou Europa obrigue a uma prévia participação noutros torneios de qualificação. Qualquer destas medidas significaria pelo menos a curto prazo o fim das nossas hipóteses de participar nestas competições.

O Presidente da FPTA e o Técnico Nacional participaram ainda numa acção de formação/informação da FITA realizada na Coreia em que foram apresentadas as tendências actuais e futuras ao nível competitivo e de orientação de treino.

A mesma deslocação foi aproveitada para finalizar os pormenores da contratação do Sr. Myung Lee e para tratar dos necessários tramites burocráticos na embaixada Portuguesa em Seoul referentes ao pedido de visto de residência para Portugal. Além disso, embora em menor profundidade, e com o auxílio do Sr. Myung Lee conseguimos ter acesso a visitar e ficar a conhecer a realidade da organização estrutural do tiro com arco na Coreia aos seus diversos níveis.

4. Formação.

Durante o ano de 2007 a FPTA deu a relevância possível à área da formação. No entanto factores diversos, entre os quais a falta de um responsável por está área e a falta total de apoio financeiro por parte do IDP fizeram com que não fosse

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possível realizar em pleno todas as iniciativas que seriam desejáveis para esta área. De salientar que não voltámos a não receber em 2007 qualquer apoio do IDP nesta área e que apesar de muitos contactos nesse sentido, incluindo reuniões pessoais entre o Presidente da FPTA e o Vice-Presidente do IDP responsável pela área e posteriormente com o próprio Presidente do IDP. Sinceramente, após dois anos de tentativas em resolver esta situação com o IDP, continuamos sem alternativas, sem resposta e sem ajuda e a acabar por deslocar recursos financeiros que fazem falta noutras áreas para a formação. Esperamos sinceramente que em 2008 se consiga alterar esta situação e que se encontre uma forma de sermos financeiramente compensados pelo esforço efectuado nos dois anos anteriores em que acabámos por efectuara a formação sem qualquer apoio. Ainda assim conseguimos organizar diversas acções de formação, uma das quais uma acção de formação e reciclagem destinada a treinadores com o apoio e inserida dentro da estrutura de formação internacional da EMAU. Esta acção só foi possível devido aos contactos que a FPTA vem desenvolvendo junto dos órgãos internacionais da modalidade e da sua percepção da necessidade do desenvolvimento do Tiro com Arco em Portugal, e do reconhecimento por parte destes do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pela FPTA. Conforme referido no ponto referente à nossa postura na cena política internacional e no parágrafo anterior, resta-nos continuar a manobrar internacionalmente para tentar agora realizar a terceira e última parte deste curso em Portugal, dando assim seguimento ao trabalho iniciado e evitando que os nossos treinadores que queiram prosseguir a sua formação tenha de despender perto de um milhar de Euros para se deslocarem ao centro ou sul da Europa ou mesmo à Turquia, destinos alternativos, caso queiram completar a sua formação. Na área da arbitragem foram realizadas 2 acções de formação de directores de tiro, que permitirão à FPTA libertar os árbitros dessas funções, tendo como objectivo a redução de despesas. Foi também realizado mais um curso de nível internacional de formação e reciclagem de árbitros, tendo como prelector um dos mais importantes formadores de árbitros da FITA e EMAU, o Sr. Morten Wilman. Participámos ainda, como referido no ponto anterior numa acção de formação da FITA sobre técnicas de treino de alto rendimento e apresentação dos métodos de trabalho seguidos na Coreia, potência número um da modalidade. Em sequência desta acção de formação foi realizada uma acção, embora de carácter sobretudo informativo, em que foram apresentadas aos clubes as conclusões desta deslocação e as alterações que em virtude dela e da contratação do novo técnico irão vigorar a partir de 2008.

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CAPÍTULO IV

APOIOS A CLUBES, PRATICANTES E OUTROS AGENTES

1. Apoios e incentivos a clubes.

Em 2007 a FPTA apoiou os clubes das seguintes formas:

1) Cedendo o material necessário à organização de provas pelos clubes;

2) Subsidiando integralmente as despesas realizadas com a arbitragem;

3) Cedendo os alvos necessários à realização das provas;

4) Permitindo a deslocação do material necessário à organização de provas na viatura da FPTA;

5) Disponibilizando apoio Técnico aos Clubes que o solicitaram;

2. Apoios a atletas.

Os apoios a atletas revestiram as seguintes formas:

1) Apoio Técnico.

Foi disponibilizado apoio técnico aos atletas integrantes da Selecção Nacional e dos Grupos de Trabalho de Alto Rendimento Sénior e de Jovens que o solicitaram.

2) Apoio às camadas jovens.

Deu-se continuação ao programa de detecção de talentos - Nível II destinado a apoiar os atletas das camadas jovens com possibilidades de evolução na modalidade.

Iniciou-se um programa de desenvolvimento e divulgação da modalidade nomeadamente ao nível dos escalões jovens.

3. Apoios a árbitros.

Inserido nos apoios a clubes para a organização do quadro competitivo nacional a FPTA suportou as despesas referentes à deslocação e alimentação dos árbitros.

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CAPÍTULO V

ANÁLISE DA SITUAÇÃO FINANCEIRA

Durante o ano de 2007, a FPTA procurou equilibrar o volume de despesas em relação ao das receitas, mantendo a política iniciada em anos anteriores.

No entanto, verificaram-se três situações que, pela sua dimensão não podiam ter sido descuradas e que implicaram uma significativa alocação de recursos financeiros.

Uma, foi a organização em Portugal do campeonato Europeu de Juniores e Cadetes, a segunda, tratando-se do ano de atribuição da maioria das vagas olímpicas, da necessidades de preparar convenientemente a participação no campeonato do Mundo de tiro de Campo em Leipzig, osde estas foram maioritariamente atribuídas, tendo sido necessário voltar a mobilizar a parca reserva financeira destinada à aquisição da sede ainda existente, que foi extinta. Finalmente, os compromissos assumidos com o IDP no tocante à modernização da FPTA e que implicaram um investimento significativo de comparticipação pela nossa parte.

Devido às circunstâncias conhecidas, e ao atraso da marcação da Assembleia Geral, o contrato Programa com o IDP só foi assinado em finais de Julho e apenas começamos a receber as verbas previstas para 2007 após essa data.

Obviamente isto teve um grande impacto no funcionamento e gestão da FPTA, factor que ainda se fará sentir em 2008.

No entanto, apesar de pensarmos que a situação se encontra equilibrada, temos de permanecer vigilantes e de continuar a diminuir o deficit operacional de alguns sectores da FPTA, nomeadamente o competitivo.

Desde 2005 é patente a necessidade de corrigir esta situação, e temos vindo a implementar alguns programas que têm resultaram numa correcção da situação verificada no passado tendo como consequência um resultado financeiro mais equilibrado, malgrado o descontentamento de alguns com o aumento dos custos de participação em prova para valores próximos dos reais.

O nosso sistema desportivo continua a não ser auto-sustentado, já que as receitas correntes da FPTA (federamentos) mais as verbas transferidas anualmente pelo IDP não permitem cobrir as necessidades para implementar programas com vista a obter uma evolução positiva da situação desportiva da modalidade. Logo, e conforme vem esta Direcção alertando há já algum tempo a esta parte, quaisquer despesas adicionais acabam por se reflectir em gastos no valor do fundo de reserva inicialmente destinado à sede.

Aproveitamos este ponto para deixar claro que este fundo de reserva da sede se encontra totalmente esgotado e que será necessário aos agentes da modalidade

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decidirem claramente se querem fazer o esforço financeiro adicional para o voltarem a estabelecer.

Por outro lado, estando o projecto da criação do Edifício Sede das Federações oficialmente extinto e terminado à mais de dois anos, e estando em negociações directas e avançadas com o IDP para resolver definitivamente o problema da sede, a necessidade de manutenção desse fundo nas circunstâncias anteriores e tal como previsto inicialmente, deixou de existir.

No caso do programa Selecções Nacionais, sendo evidente o atraso qualitativo dos nossos Arqueiros quando comparadas as suas pontuações com as atingidas internacionalmente, trata-se dum investimento que simplesmente temos imperativamente de continuar a fazer. A existência deste programa leva os Arqueiros a aumentar a sua performance na procura dum lugar na Selecção Nacional e consequente hipótese de participação numa prova internacional. Tal está patente no aumento do número de Arqueiros que procuram esforçadamente cumprir os critérios para integração na Selecção Nacional e no aumento do número de elementos que declaradamente almejam alcançar esse objectivo.

Em paralelo mantivemos o trabalho com a Selecção Nacional de Jovens, tendo por base o trabalho desenvolvido nos anos anterior, com o Grupo de Trabalho de Jovens, com uma evolução de resultados extremamente positiva, nomeadamente tendo em conta a organização do Campeonato da Europa de Juniores e Cadetes em Portugal.

Durante o ano de 2007 a Direcção da FPTA continuou a procurar adaptar o seu funcionamento às realidades impostas pelo nosso sistema de financiamento, de forma a procurar internamente gerar verbas que nos permitam a manutenção destes Programas. Tendo em conta, conforme anteriormente explicado, a necessidade de executar estes Programas, o decréscimo do financiamento poderia ter um impacto negativo na possibilidade de aquisição da futura sede da FPTA.

Do total do valor efectivamente recebido, a maior percentagem continua a ser recebida por conta do subsídio anual do IDP. Os proveitos associativos cobrem a quase totalidade do remanescente. A nossa modalidade continua a carecer de quaisquer receitas adicionais já que não é um desporto que permita quer uma receita de bilheteira, quer a captação de receitas publicitárias ou de patrocínios.

A realização do Campeonato Europeu de Juniores em 2007, apesar de ter sido um sucesso desportivo e organizativo reconhecido internacionalmente, não trouxe quaisquer mais valias financeiras, que poderiam ter sido investidas, na criação de um fundo de desenvolvimento e detecção de talentos, ou na criação dum centro de alto rendimento que potenciasse a obtenção de resultados desportivos relevantes no futuro.

Infelizmente, não só o apoio do IDP foi inferior ao desejado, solicitado e esperado, como se goraram todas as expectativas e promessas de angariação substantiva de receitas de patrocínio, tarefa que deveria ter sido executada pelo funcionário contratado ao abrigo do programa de modernização e que acabou por não acontecer.

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No final, o Campeonato Europeu de Juniores em 2007, saldou-se economicamente em terrenos negativos, sendo a situação que mais contribuiu em termos meramente financeiros para o desequilíbrio dos gastos em relação às despesas em 2007.

No capítulo das despesas, além das rubricas das Selecções Nacionais, o valor continua a dividir-se principalmente em dois itens: o funcionamento da FPTA, com uma parte representativa, absorvida pelos vencimentos dos funcionários; o apoio a provas e clubes federados, com destaque para as despesas directamente imputáveis ao apoio à organização dos Campeonatos Nacionais.

Continua a ser claramente necessária uma maior repercussão dos custos sobre os utilizadores directos do sistema, ou em alternativa, um acréscimo exponencial de praticantes.

Conforme facilmente se pode analisar pelas rubricas da despesa, os custos gerais da FPTA, quer na sua vertente administrativa quer desportiva, são equilibrados e estão ao nível das necessidades de manutenção da estrutura a funcionar ao nosso nível e dimensão.

No entanto, infelizmente, as nossas receitas não permitem o nosso nível de despesa. Não sendo possível ou desejável para o desenvolvimento da modalidade efectuar cortes ainda mais radicais nas despesas da FPTA, teremos pois de efectivamente encontrar meios de suprir a escassez de recurso financeiros ao nosso dispor, mesmo que tal signifique um maior empenho da parte dos diversos agentes desportivos que usufruem do sistema aos seus diversos níveis.

CAPÍTULO VI

Conclusões Finais

Em conclusão, a FPTA e o mundo que a rodeia são hoje uma realidade profundamente diferente do que eram à apenas meia dúzia de anos.

Essa realidade em que nos inserimos hoje é totalmente diferente. A nível internacional, o Tiro com Arco é hoje e cada vez mais um desporto de Alta Competição, centrado numa estrutura tendencialmente profissional a todos os níveis (organização, praticantes, treinadores). Os resultados desportivos internacionais cada vez são mais altos e cada vez a competitividade é maior, com novos países a despontarem como eventuais candidatos às medalhas.

A nível nacional, a realidade do desporto dos nossos dias aponta para dois caminhos: o da prática de desporto recreativo ou de lazer, pratica que embora enquadrada pelas federações desportivas se quer cada vez mais na esfera particular, como tal pouco ou nada apoiada ou suportada financeiramente, partindo-se do princípio que o desporto se massifique e seja praticado por muitos milhares de pessoas ou como segunda alternativa, o desporto de Alto Rendimento,

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na sua vertente pura de busca de resultados de excelência a nível internacional, leia-se Campeonatos Europeus, Mundiais ou Jogos Olímpicos, e concretamente, nada menos do que a obtenção de medalhas.

Ora claramente estando a realidade da nossa modalidade ainda afastada destes dois caminhos, já que nem temos milhares de praticantes nem podemos honestamente considera-nos candidatos à obtenção de medalhas em provas internacionais de relevo, o Tiro com Arco encontra-se numa posição difícil.

Seria fácil recomendar uma reflexão profunda como forma de encontrar a solução, mas embora necessária, não temos hoje infelizmente tempo para grandes reflexões. Até por que, tendo a FPTA promovido insistentemente o diálogo interno e a participação das “forças vivas” da modalidade, os resultados conhecidos, poderão ser no mínimo considerados fracos para sermos simpáticos, já que, apesar de toda a abertura, as eventuais criticas nunca são acompanhadas pela apresentação ou proposta qualquer tipo de alternativas ou soluções.

No entanto, como a esperança é a última a morrer, esperemos que os principais factores de relevância que vivemos em 2007, o Campeonato Europeu de Juniores a organizar em Portugal, o Campeonato Mundial de Campo na Alemanha onde foram disputados a maioria dos lugares de acesso aos Jogos Olímpicos de Pequim, a implementação do Programa de Modernização da FPTA e a conclusão do Campo de Tiro com Arco da FPTA no Estádio Nacional para 2008 possam ser factores suficientes de agregação e motivação para que a nossa modalidade possa superar as dificuldades internas e externas e o Tiro com Arco se possa continuar a desenvolver.

Cruz Quebrada, 7 de Maio de 2008

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ANEXOS

QUADROS DE APOIO

1. NÚMERO DE PRATICANTES COM SEGURO DESPORTIVO QUE PARTICIPAM NO QUADRO COMPETITIVO OFICIAL

2. IMPLANTAÇÃO GEOGRÁFICA DA MODALIDADE NO PAÍS 3. PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES OBTIDAS EM CAMPEONATOS DO MUNDO,

CAMPEONATOS DA EUROPA E OUTRAS COMPETIÇÕES INTERNACIONAIS DE RECONHECIDO MÉRITO

4. DESENVOLVIMENTO DA PRÁTICA DESPORTIVA 5. ALTA COMPETIÇÃO E SELECÇÕES NACIONAIS 6. ENQUADRAMENTO HUMANO 7. ACTIVIDADE COMPETITIVA 8. CONTAS DO EXERCÍCIO 2007 9. PARECER DO CONSELHO FISCAL 10. CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS 11. RELATÓRIO DA SOCIEDADE DE REVISORES DE CONTAS

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Notas:

1 - Caso a organização desportiva obedeça a outra distribuição (regiões, zonas ou outra), deverá a Federação adequar o quadro.

2 – O

s dados constantes neste Quadro devem

estar em conform

idade com o número de praticantes indicados na(s) Declaração(ões) da(s) Seguradora(s)

solicitada na alínea d) do ponto 8 deste documento.

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individual

1º Grand – Prix World cup séries Korea

34

255

88

74º

Nuno Pombo

Sénior

Recurvo

hom

em

individual

1º Grand – Prix World cup séries Korea

34

255

88

64º

Daniel Carmo

Sénior

Recurvo

Hom

em

individual

1º Grand – Prix World cup séries Korea

34

255

88

87º

Manuel Gil

junior

Recurvo

hom

em

individual

Outdoor European Cham

p. Jun. and cad.

Portugal

26

265

50º

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TIRO COM ARCO

Instituição de Utilidade Pública Desportiva

ANÁLISE DA SITUAÇÃO DESPORTIVA

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS DE 2007

Página 41 de 68

Nuno Maurício

Junior

Recurvo

hom

em

individual

Outdoor European Cham

p. Jun. and cad.

Portugal

26

265

55º

Edna Gutierrez

cadete

Com

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senhora

individual

Outdoor European Cham

p. Jun. and cad.

Portugal

26

265

Leonor Lourenço

Junior

Com

pound

senhora

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Outdoor European Cham

p. Jun. and cad.

Portugal

26

265

17º

Edna Gutierrez

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Outdoor European Cham

p. Jun. and cad.

Portugal

26

265

Ana Sousa

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Outdoor European Cham

p. Jun. and cad.

Portugal

26

265

10º

Filipe Jorge

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Outdoor European Cham

p. Jun. and cad.

Portugal

26

265

23º

David Cunha

cadete

Com

pound

hom

em

Outdoor European Cham

p. Jun. and cad.

Portugal

26

265

15º

Claudio Alves

cadete

Com

pound

hom

em

Outdoor European Cham

p. Jun. and cad.

Portugal

26

265

18º

Bruno Cadilha

Junior

Com

pound

hom

em

Outdoor European Cham

p. Jun. and cad.

Portugal

26

265

30º

Sebastian m

uller

Junior

Com

pound

hom

em

Outdoor European Cham

p. Jun. and cad.

Portugal

26

265

31º

Diogo oliveira

Junior

Com

pound

hom

em

Outdoor European Cham

p. Jun. and cad.

Portugal

26

265

32º

Filipe Silva

cadete

Recurvo

hom

em

Outdoor European Cham

p. Jun. and cad.

Portugal

26

265

50º

João Vicente

cadete

Recurvo

hom

em

Outdoor European Cham

p. Jun. and cad.

Portugal

26

265

55º

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TIRO COM ARCO

Instituição de Utilidade Pública Desportiva

ANÁLISE DA SITUAÇÃO DESPORTIVA

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS DE 2007

Página 42 de 68

M

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Recurvo

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Outdoor European

Cham

p. Jun. and cad.

Portugal

26

265

53

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31ºC

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531

138

30ºC

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ANÁLISE DA SITUAÇÃO DESPORTIVA

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS DE 2007 Página 43 de 68

QUADRO 4 – “DESENVOLVIMENTO DA PRÁTICA DESPORTIVA” DADOS RELATIVOS AO ANO 2007 FUNCIONAMENTO E ACTIVIDADES DAS FEDERAÇÕES

1. Nº Competições organizadas

1.1 Nacionais (nº provas) 31

1.2 Regionais (nº provas) 17

2. Nº Árbitros e Juízes em actividade

2.1 Categoria Internacional 0

2.2 Categoria Nacional 20

2.3 Outras Categorias

3. Nº Associações / Delegações regionais

3.1 Associações e/ou Delegações Regionais 0

4. Funcionamento administrativo

4.1 Despesas de administração e funcionamento 4.727,00€

4.2 Custos com pessoal administrativo 10.321,00€

4.3 Cumprimento integral do Plano Actividades previsto

(Sim/Não) Sim

4.4 Cumprimento integral do Orçamento previsto

(Sim/Não) Sim

4.5 Fontes de financiamento externo - IDP Sim

5. Custos com participação externa de clubes

5.1 Apoio à participação de clubes em competições europeias (em euros)

0

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RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS DE 2007 Página 44 de 68

PROJECTOS DE INVESTIMENTO PORTADORES DE INOVAÇÃO

6. Praticantes nas actividades regulares

6.1 Nº total de praticantes com licença desportiva 301

6.2 Taxa média de crescimento de praticantes nos últimos 4 anos (%)

Nº total de praticantes em: 2004 - 278 2005 - 282 2006 - 293

4%

7. Participação feminina e escalões jovens nos quadros competitivos

7.1 Nº de praticantes femininas 68

7.2 Nº de praticantes dos escalões juniores 1

7.3 Nº de praticantes dos escalões inferiores a juniores 16

8. Potencial de crescimento da modalidade

8.1 Nº treinadores em actividade 37

8.2 Nº Clubes com praticantes em actividade regular 27

9. Cumprimento de obrigações contratuais com o IND

9.1 Nº de acções desenvolvidas no âmbito do controlo anti-dopagem

2

9.2 Nº de acções desenvolvidas no âmbito do controlo

da violência associada ao desporto

0

OUTRAS INFORMAÇÕES

10. Outras informações relevantes para a análise do Programa de

Desenvolvimento da Prática Desportiva

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RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS DE 2007 Página 45 de 68

QUADRO 5 – “ALTA COMPETIÇÃO E SELECÇÕES NACIONAIS” DADOS RELATIVOS AO ANO 2006 QUALIFICAÇÃO DE PRATICANTES

1. Qualificação de Praticantes com Estatuto

1.1 Registados com Estatuto 1

1.2 Nº de praticantes registados em 2004 - 0 2005 - 0 2006 - 0

2. Qualificação de Praticantes em Percurso

2.1 Registados em Percurso 0

2.2 Nº de praticantes registados em 2004 - 0 2005 - 0 2006 - 0

RESULTADOS DESPORTIVOS

3. Competições dos escalões absolutos (masc. e fem.)

3.1 Campeonatos do Mundo Nº medalhas até 3º lugar

0 Nº classificações até 8º

0 Nº classificações até 16º

0

3.2 Campeonatos da Europa

Nº medalhas até 3º lugar

0 Nº classificações até 8º

0 Nº classificações até 16º

0

3.3 Torneios internacionais de mérito reconhecido

Nº medalhas até 3º lugar

0 Nº classificações até 8º

0 Nº classificações até 16º

0

4. Competições do escalão júnior / esperanças

4.1 Campeonatos do Mundo Nº medalhas até 3º lugar

0 Nº classificações até 8º

0 Nº classificações até 16º

0

4.2 Campeonatos da Europa

Nº medalhas até 3º lugar

Nº classificações até 8º

2 Nº classificações até 16º

3

4.3 Torneios internacionais de mérito reconhecido (com mais de 10 países

participantes) Nº medalhas até 3º lugar

0 Nº classificações até 8º

0 Nº classificações até 16º

0

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ANÁLISE DA SITUAÇÃO DESPORTIVA

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS DE 2007 Página 46 de 68

QUALIDADE DO SISTEMA DE APOIO À ALTA COMPETIÇÃO

5. Actividade regular

5.1 Programa de Selecções Regionais nos escalões absolutos (Sim/Não)

Não

5.2 Programa de Selecções Regionais nos restantes

escalões (Sim/Não) Não

6. Existência de programa operacional para detecção de talentos

6.1 Escalões juniores (Sim/Não) Sim

6.2 Escalões inferiores a juniores (Sim/Não) Sim

7. Apoio às Selecções Nacionais do escalão absoluto

7.1 Nº de momentos de estágio / concentração 7

7.2 Nº dias realizados em regime de estágio / concentração

7

7.3 Nº Eventos internacionais realizados em Portugal 0

7.4 Nº Eventos realizados em Portugal sem delegações

estrangeiras 0

7.5 Nº Participações das selecções nacionais em

eventos no estrangeiro 0

8. Apoio às Selecções Nacionais dos escalões juniores e inferiores

8.1 Nº de momentos de estágio / concentração 7

8.2 Nº dias realizados em regime de estágio / concentração

7

8.3 Nº Eventos internacionais realizados em Portugal 1

8.4 Nº Eventos realizados em Portugal sem

delegações estrangeiras 0

8.5 Nº Participações das selecções nacionais em

eventos no estrangeiro 0

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RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS DE 2007 Página 47 de 68

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO

9. Apoio às selecções nacionais dos escalões absolutos

9.1 Nº praticantes envolvidos (total) 32

9.2 Nº técnicos desportivos envolvidos (treinadores) 2

9.3 Nº técnicos de saúde envolvidos (médicos, enfermeiros, etc.)

0

9.4 Nº Outros técnicos envolvidos (psicólogos, etc.) 0

9.5 Nº de clubes com praticantes envolvidos 16

9.6 Nº centros de treino utilizados (próprios ou

alugados) 3

9.7 Custos globais com a preparação (em euros)

9.8 Programa de acompanhamento técnico-científico -

I&D (Sim/Não) Não

9.9 Nº de treinadores a tempo inteiro 1

9.10 Custos com bolsas mensais de apoio a

praticantes (em euros, anual) 0

9.11 Existência de regulamento específico de Alta

Competição (Sim/Não) Sim

9.12 Seguro desportivo específico de Alta

Competição (Sim/Não) Não

10. Apoio às selecções nacionais dos escalões juniores e inferiores

10.1 Nº praticantes envolvidos (total) 20

10.2 Nº técnicos desportivos envolvidos (treinadores)

1

10.3 Nº técnicos de saúde envolvidos (médicos,

enfermeiros, etc.) 0

10.4 Nº Outros técnicos envolvidos (psicólogos,

etc.) 0

10.5 Nº de clubes com praticantes envolvidos 7

10.6 Nº centros de treino utilizados (próprios ou 3

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RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS DE 2007 Página 48 de 68

alugados)

10.7 Custos globais com a preparação (em euros)

10.8 Programa de acompanhamento técnico-

científico - I&D (Sim/Não) Não

10.9 Nº de treinadores a tempo inteiro 0

10.10 Custos com bolsas mensais de apoio a

praticantes (em euros, anual) 0

10.11 Existência de regulamento específico Alta

Competição (Sim/Não) Sim

10.12 Seguro desportivo específico de Alta

Competição (Sim/Não) Não

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RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS DE 2007 Página 49 de 68

FINANCIAMENTO

11. Apoio às selecções nacionais dos escalões absolutos

11.1 Custos com pessoal administrativo exclusivo para este programa

0

11.2 Custos com pessoal técnico exclusivo para

este programa 9700,00€

11.3 Custos com apetrechamento exclusivo para

este programa 0

11.4 Custos com utilização de instalações (aluguer,

manutenção, etc.) 0

11.5 Custos com deslocações, estadias e

alimentação

11.6 Custos com incentivos/bolsas (praticantes,

treinadores, clubes, etc.) 0

11.7 Custos com apoio médico e medicamentos 0

11.8 Custos com seguros desportivos específicos

de Alta Competição 0

11.9 Custos globais com a preparação (Alta

Competição e Selecções Nac.) 0

OUTRAS INFORMAÇÕES

12. Outras informações relevantes para a análise do Programa de Alta Competição

e Selecções Nacionais

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ANÁLISE DA SITUAÇÃO DESPORTIVA

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS DE 2007 Página 50 de 68

QUADRO 6 – ENQUADRAMENTO HUMANO ANO 2007

NOME LOCAL DE TRABALHO

DOMÍNIO DE INTERVENÇÃO

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS E PROFISSIONAIS

NATUREZA DO VINCULO E REGIME

DE TRABALHO

CARLA OLIVEIRA SEDE DA

FEDERAÇÃO

ADMINISTRAÇÃO SECRETARIA EXPEDIENTE

12º ANO CONTRATO A TERMO CERTO

NOME

LOCAL DE TRABALHO

DOMÍNIO DE INTERVENÇÃO

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS E PROFISSIONAIS

NATUREZA DO VINCULO E REGIME

DE TRABALHO

ADRIANO DIAS SEDE DA

FEDERAÇÃO OU OUTRO LOCAL

COORDENADOR DE GRUPO DE

DETECÇÃO DE TALENTOS – NÍVEL

II

SARGENTO DA FORÇA AÉREA

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A TERMO CERTO

NOME LOCAL DE

TRABALHO DOMÍNIO DE INTERVENÇÃO

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS E PROFISSIONAIS

NATUREZA DO VINCULO E REGIME

DE TRABALHO

ARMINDO CERA

SEDE DA FEDERAÇÃO OU OUTRO LOCAL

ADMINISTRAÇÃO SECRETARIA EXPEDIENTE

SARGENTO DA MARINHA

CONTRATO A TERMO CERTO

NOME

LOCAL DE TRABALHO

DOMÍNIO DE INTERVENÇÃO

HABILITAÇÕES ACADÉMICAS E PROFISSIONAIS

NATUREZA DO VINCULO E REGIME

DE TRABALHO

JOÃO BOAVIDA ATÉ OUTUBRO

2007

SEDE DA FEDERAÇÃO OU OUTRO LOCAL

COORDENADOR ADMINISTRATIVO

FORMAÇÃO SUPERIOR EM BIOLOGIA

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A TERMO CERTO

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ANÁLISE DA SITUAÇÃO DESPORTIVA

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS DE 2007 Página 51 de 68

QUADRO 7 –ACTIVIDADE COMPETITIVA - ANO 2007 CAMPEONATO NACIONAL – TIRO EM SALA E AR LIVRE SALA Data Local Organização Participantes 14/01/2007 Póvoa do Varzim CTSPR 12 14/01/2007 AÇORES CDTSM 13 14/01/2007 ALVERCA FCA 24

21/01/2007 PÓVOA DO VARZIM

CTSPR 43

28/01/2007 VRSA NJVRSA 30 04/02/2007 CALDAS DA

RAINHA ACC 79

11/02/2007 VRSA NJVRSA 11 18/02/2007 SACAVÉM SGS 96 25/02/2007 CALDAS DA

RAINHA ACC 80

16/09/2007 CALDAS DA RAINHA

MVD 40

23/09/2007 CALDAS DA RAINHA

MVD 88

30/09/2007 ALVERCA FCA 40 07/10/2007 AZAMBUJA GDA 94 14/10/2007 AZAMBUJA GDA 40 21/10/2007 SACAVÉM SGS 44 21/10/2007 VRSA NJVRSA 17 21/10/2007 AÇORES CDTSM 5 28/10/2007 SACAVÉM SGS 107 04/11/2007 POVOA DO

VARZIM CTSPR 35

11/11/2007 POVOA DO VARZIM

CTSPR 11

11/11/2007 VRSA NJVRSA 20 11/11/2007 AÇORES CDTSM 5 18/11/2007 AÇORES CDTSM 25 24/11/2007 CALDAS DA

RAINHA ACC 21

25/11/2007 CALDAS DA RAINHA

ACC 40

02/12/2007 VRSA NJVRSA 38 16/12/2007 CALDAS DA

RAINHA MVD 32

TOTAL 27 PROVAS 1090

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE TIRO COM ARCO Instituição de Utilidade Pública Desportiva

ANÁLISE DA SITUAÇÃO DESPORTIVA

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS DE 2007 Página 52 de 68

AR LIVRE Data Local Organização Participantes 04/03/2007 VRSA NJVRSA 23 11/03/2007 VRSA NJVRSA 40 18/03/2007 AÇORES CDTSM 8

18/03/2007 ALVERCA FCA 39 25/03/2007 SACAVÉM SGS 40 01/04/2007 AÇORES CDTSM 9

08/04/2007 CALDAS DA RAINHA MVD 50

15/04/2007 CALDAS DA RAINHA

ACC 40

22/04/2007 CALDAS DA RAINHA

MVD 40

29/04/2007 CALDAS DA RAINHA

MVD 97

06/05/2007 AÇORES CDTSM 7 06/05/2007 ALVERCA FCA 32 13/05/2007 QUELUZ GCQ 79 20/05/2007 ALVERCA FCA 40 27/05/2007 SACAVÉM SGS 111 03/06/2007 AÇORES CDTSM 11 10/06/2007 VRSA NJVRSA 40 17/06/2007 ALVERCA FCA 77 01/07/2007 AÇORES CDTSM 7 08/07/2007 ALVERCA FCA 68 22/07/2007 CALDAS DA

RAINHA MVD 32

TOTAL 21 PROVAS 890