13
FELICIDADE CLANDESTINA: JÁ NÃO FELICIDADE CLANDESTINA: JÁ NÃO ERA UMA MENINA COM UM LIVRO E SIM ERA UMA MENINA COM UM LIVRO E SIM UMA MULHER COM SEU AMANTE UMA MULHER COM SEU AMANTE ESCOLA SUPERIOR MADRE CELESTE CURSO DE LETRAS- HABILITAÇÃO EM INGLÊS E ESPANHOL LITERATURA BRASILEIRA-SÉCULOS XX-XXI PROF.ª MS. EDIMARA SANTOS DISCENTES: IVANEIDE LEITE MÔNICA SIMÕES

Felicidade-Clandestina- slides.ppt

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Felicidade-Clandestina- slides.ppt

FELICIDADE CLANDESTINA: JÁ NÃO ERA FELICIDADE CLANDESTINA: JÁ NÃO ERA UMA MENINA COM UM LIVRO E SIM UMA UMA MENINA COM UM LIVRO E SIM UMA

MULHER COM SEU AMANTEMULHER COM SEU AMANTE

ESCOLA SUPERIOR MADRE CELESTECURSO DE LETRAS- HABILITAÇÃO EM INGLÊS E ESPANHOL

LITERATURA BRASILEIRA-SÉCULOS XX-XXIPROF.ª MS. EDIMARA SANTOS

DISCENTES:IVANEIDE LEITE

MÔNICA SIMÕES

Page 2: Felicidade-Clandestina- slides.ppt

ANALISAR O CONTO FELICIDADE CLANDESTINA DE CLARICE LISPECTOR A PARTIR DE SUA ESTÉTICA LITERÁRIA ,DANDO DESTAQUE À FORTUNA CRÍTICA DA AUTORA.

OBJETIVO

Page 3: Felicidade-Clandestina- slides.ppt

CLARICE LISPECTORCLARICE LISPECTOR

•Clarice Lispector nasceu na Ucrânia em 1925 e morreu no Rio de Janeiro ao 52 anos de idade.

•Veio para o Brasil com dois meses de idade. Seus pais eram imigrantes russos. Até doze anos viveu em Recife onde estudou até o início do curso secundário quando veio para o Rio de Janeiro.

Page 4: Felicidade-Clandestina- slides.ppt

MOMENTO HISTÓRICO MOMENTO HISTÓRICO LITERÁRIOLITERÁRIO

Clarice Lispector é um dos principais nomes da Clarice Lispector é um dos principais nomes da literatura Modernista de 1945; literatura Modernista de 1945;

De 1945 aos nossos dias tem-se a Literatura De 1945 aos nossos dias tem-se a Literatura Contemporânea;Contemporânea;

Na literatura, ao lado de obras que mantinham Na literatura, ao lado de obras que mantinham certa preocupação social e davam continuidade certa preocupação social e davam continuidade até ao regionalismo, começaram a se destacar até ao regionalismo, começaram a se destacar produções literárias em que a grande novidade era produções literárias em que a grande novidade era a pesquisa em torno da própria linguagem literária.a pesquisa em torno da própria linguagem literária.

Page 5: Felicidade-Clandestina- slides.ppt

CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS DE CLARICE LISPECTOR

•Introduzia em nossa literatura novas técnicas de expressão, que obrigavam a uma visão de critérios avaliativos. Sua narrativa subverte com frequência a estrutura dos tradicionais gêneros narrativos (o conto, a novela, o romance), quebra a sequencia “começo, meio e fim”, assim como a ordem cronológica, e funde a prosa à poesia ao fazer uso constante de imagens, metáforas, antítese, símbolos, sonoridade etc.

Page 6: Felicidade-Clandestina- slides.ppt

Aspecto inovador da prosa de Clarice é o fluxo de Aspecto inovador da prosa de Clarice é o fluxo de consciência que consiste em explorar a temática consciência que consiste em explorar a temática psicológica de modo tão profundo que o assunto psicológica de modo tão profundo que o assunto nunca é completamente explorado;nunca é completamente explorado;

Além do fluxo de consciência, as personagens de Além do fluxo de consciência, as personagens de Clarice vivem também um processo epifânico. ( o Clarice vivem também um processo epifânico. ( o termo epifania tem sentido religioso, significando termo epifania tem sentido religioso, significando “revelação”.) esse processo pode ser irrompido a “revelação”.) esse processo pode ser irrompido a partir de fatos banais do cotidiano: um encontro, partir de fatos banais do cotidiano: um encontro, um beijo, um olhar, um susto.um beijo, um olhar, um susto.

Page 7: Felicidade-Clandestina- slides.ppt

Nesta crônica a narradora em primeira pessoa conta sua primeira experiência com um livro. Porém, este livro é de uma menina má que o oferece emprestado para a narradora, mas sempre inventa uma desculpa para não entregar o livro a ela. Até que a mãe da menina má descobre isso e entrega o livro para a narradora, que passa a saborear o livro como se fosse um amante. Esta crônica tem um cunho autobiográfico, como comprovou a própria irmã da escritora dizendo que se lembra da “menina má”.¹

O ponto central desse texto é o conceito de “felicidade”. Uma vez que ela ganhou permissão para ficar com o livro pelo tempo que desejasse, ela o deixa no quarto e finge esquecer que o possui, só para se redescobrir possuidora dele. Dessa forma, sua felicidade aparece como um sentimento “clandestino”, já que nem ela mesma pode se conscientizar de sua própria felicidade para que esse sentimento não acabe. Concluísse, portanto, que a felicidade deve ser descoberta a todos os momentos e nas coisas mais simples.

¹ Disponível em:http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/literatura/felicidade-clandestina-analise-obra-clarice-lispector-703828.shtml

FELICIDADE CLANDESTINA

Page 8: Felicidade-Clandestina- slides.ppt

ANÁLISE DA OBRAANÁLISE DA OBRASegundo Cândida Vilares Gancho (2003) o conto é uma narrativa curta, que possui características centrais, em que é possível tornar conciso o tempo, o espaço e restringir o número de personagens.

No conto “Felicidade clandestina” a menina má é identificada pela narradora como o principal obstáculo entre os leitores e os livros, esta exercia seu poder maquiavelicamente (podendo ser caracterizada como antagonista da história), de forma a impossibilitar o contato da leitora e seu objeto de desejo: o livro. Ter o livro em mãos transmitia um indecifrável sentimento na menina, tamanha era a felicidade; que ela, estremecida de satisfação, saboreava lentamente “aquela coisa clandestina”.

Page 9: Felicidade-Clandestina- slides.ppt

++Pode-se identificar esse desejo de ler da narradora/protagonista como definidor do título do conto: “Felicidade clandestina”. Assim, concluí-se que a leitura é, para essa personagem, a felicidade clandestina. A felicidade e magia da literatura, do prazer era tamanha, que a menina sonhadora fazia questão de "esquecer" que estava com o livro para depois ter a "surpresa" de achá-lo: "Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante." (LISPECTOR, 1998, p. 10).

Page 10: Felicidade-Clandestina- slides.ppt

A CRÍTICA À CLARICE LISPECTORDesde o inicio, o que chama a atenção da crítica é o modo bem particular e

inovador que Lispector tem de escrever, ela propõe uma nova visão temática e estrutural da ficção. Trata-se de uma escrita arbitrária, provocadora, diretamente construída para produzir significado, que mostra a complexidade do pensamento, das emoções humanas e que leva o leitor a refletir sobre a existência humana. A linguagem utilizada é lúdica, cheia de adjetivações, com a forte presença das sensações, dos sentidos, das repetições e de clichês linguísticos. (SILVA,Lígia Michele. O não-lugar da língua – a escrita transgressora de Clarice Lispector)

•Antonio Candido, o primeiro crítico brasileiro a se pronunciar sobre Lispector, viu na escritora a possibilidade de um “aprofundamento da expressão literária” no Brasil . (Disponível em http://www.pitt.edu/~hispan/iili/IntroLispector.pdf)

•Benedito Nunes foi o crítico que mais se aprofundou na dimensão filosófico existencialista da ficção de Lispector incluído mais tarde em O drama da Linguagem (1989), Nunes identifica na ficção lispectoriana uma “temática marcadamente existencial” ligada a certos tópicos da filosofia da existência.(Disponível em http://www.pitt.edu/~hispan/iili/IntroLispector.pdf)

"Jamais triunfante, a escritura de Clarice Lispector, é uma escritura conflitiva, autodilacerada, que problematiza, ao fazer - se e ao compreender - se, as relações entre linguagem e realidade. Não é senão esse autodilaceramento que se revela, tematizado, nas reflexões de Clarice Lispector sobre o ato de escrever." ( NUNES, Benedito. O Drama da Linguagem, pag.145)

Page 11: Felicidade-Clandestina- slides.ppt

•A temática da maioria das obras de Clarice Lispector é compreendida como uma temática marcadamente existencial como: inquietação,autoconhecimento,existência e liberdade,contemplação, o predomínio da consciência reflexiva,realidade,o eu e o mundo,conhecimento das coisas e relações intersubjetivas,humanidade e animalidade,o grotesco e /ou o escatológico e o descortínio silencioso das coisas. ( NUNES, Benedito. O Drama da Linguagem, pag.156)

•“Clarice Lispector fala sempre de si própria. Talvez não estranhe que o fizesse, já que os cronistas não raro empregam a primeira pessoa do singular, para tecer reminiscências ou narrar fatos do cotidiano.” (Moisés 2001, p. 340)

•De acordo com Alfredo Bosi (1995), Clarice rompe com o enredo factual, faz uso intensivo da metáfora insólita e se entrega ao fluxo de consciência. (Disponível em:http://desenredos.dominiotemporario.com/doc/05_artigo_-_clarice_lispector_-_ligia_mychelle_de_melo_silva.pdf)

•Ao se falar de inovação na linguagem romanesca, o nome de Clarice Lispector e esteve sempre associado ao do escritor Oswald de Andrade, de acordo com Sérgio Buarque de Holanda (1950), Clarice com sua obra inicial (Perto do coração selvagem) juntamente com Oswald, com a obra Memórias sentimentais de João Miramar e com Serafim Ponte grande,são os nomes mais promissores da renovação da forma ou da técnica romanesca. (Disponível em:http://desenredos.dominiotemporario.com/doc/05_artigo_-_clarice_lispector_-_ligia_mychelle_de_melo_silva.pdf)

Page 12: Felicidade-Clandestina- slides.ppt

CONSIDERAÇÕES FINAISCONSIDERAÇÕES FINAIS

O conto Felicidade Clandestina trás em sua composição aspectos do pós-modernismo, como exemplo, a inovação em relação à linguagem, a descrição mínima de personagens, o uso de espaço mais psicológico do que físico, dentre outros.

A autora revela uma intrigante tentativa de investigar as camadas mais densas da consciência humana na procura de compreender o sentido da existência. Através de uma aparente linguagem simples, a escritora mergulha numa análise psicológica do ser humano, revelando assim uma permanente preocupação em alcançar a verdade escondida na aparente simplicidade das palavras.

 

Page 13: Felicidade-Clandestina- slides.ppt

REFERÊNCIASREFERÊNCIAS LISPECTOR, Clarice.1998. Felicidade Clandestina (Contos), Rocco, Rio de Janeiro.LISPECTOR, Clarice.1998. Felicidade Clandestina (Contos), Rocco, Rio de Janeiro. NUNES, Benedito. 1989. O Drama da Linguagem. Editora.Átila,São Paulo.NUNES, Benedito. 1989. O Drama da Linguagem. Editora.Átila,São Paulo. SILVA,Lígia Michele. 2010.O não-lugar da língua – a escrita transgressora de Clarice SILVA,Lígia Michele. 2010.O não-lugar da língua – a escrita transgressora de Clarice

Lispector. PiauíLispector. Piauí http://esteticaliteraria.blogspot.com.br/2009/01/clarice-lispector-estilo.htmlhttp://esteticaliteraria.blogspot.com.br/2009/01/clarice-lispector-estilo.html http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/1601http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/handle/123456789/1601 http://maryas2paixao.blogspot.com.br/2012/12/os-aspectos-do-pos-modernismo-prehttp://maryas2paixao.blogspot.com.br/2012/12/os-aspectos-do-pos-modernismo-pre

sente_6359.htmlsente_6359.html http://www.interpoetica.com/site/index.php?http://www.interpoetica.com/site/index.php?

option=com_content&view=article&id=362&catid=64option=com_content&view=article&id=362&catid=64