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Leonardo e equipe 0 FERTILIDADE DO SOLO Terracap

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Leonardo e equipe

0

0

FERTILIDADE DO SOLO

Terracap

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AULA 0

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SUMÁRIO pg.

INTRODUÇÃO.................................................................................. 04

1. Apresentação.............................................................................. 05

2. O que vamos estudar neste curso?.............................................. 06

3. Introdução ao estudo da fertilidade do solo................................. 36

4. leis gerais da adubação ............................................................... 16

5. avaliação da fertilidade do solo .................................................. 25

6 . objetivo da amostragem ............................................................ 26

7 . Tipo de amostra, época de amostragem ................................... 30

8. amostragem de solo na agricultura de precisão ......................... 36

9. Questões comentadas................................................................. 44

10. Lista de questões....................................................................... 59

11. Gabarito.................................................................................... 66

12. Bibiografia............................................................................... 67

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Olá, meus amigos e amigas!

Estamos inaugurando este novo espaço para concursos e é muito bom tê-los

aqui. Nossas aulas visam preencher uma lacuna no mundo dos concursos com

relação as áreas agrícolas, onde faltam materiais de qualidade para que

possamos estudar os temas pedidos nos editais, nosso objetivo e preencher

esta lacuna e preparando os alunos a disputar uma vaga, e estar entre os

classificados. Assim, teremos aulas voltadas para os principais concursos

nacionais como: FISCAL AGROPECUÁRIO - (MAPA) (Agronomia,

veterinária, zootecnia), PERÍTO DA POLÍCIA FEDERAL (Agronomia,

engenharia florestal, engenharia elétrica, etc), POLÍCIA CIENTÍFICA,

INCRA E MUITOS OUTROS. Estaremos elaborando aulas de acordo com os

editais, com muitos exercícios, para que possamos gabaritar estas provas.

Queremos abordar várias áreas, como engenharia agrícola, florestal,

ambiental, engenharia civil, engenharia elétrica, arquitetura etc.

ENTÃO, NÃO SE ESQUEÇA: ESTE É O NOSSO ESPAÇO

O curso de ciência do solo compõem-se de quatro aulas em pdf totalmente

explicadas contemplando vários exercícios de concursos anteriores visando o

treinamento do candidato, esse material objetiva ser a única fonte do aluno

contemplando toda a matéria solicitada no edital Terracap. Então, não

precisará de livros, apostilas, ou qualquer outro material. Em caso de

dúvidas, teremos um FÓRUM diretamente ligado aos professores, no

qual você pode entrar em contato, quando julgar necessário, para

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esclarecimento de pontos da aula que não ficaram tão claros ou precisam de

um aprofundamento. O site foi feito pensando em você, para que alcance

seus sonhos, passar em um bom concurso. Para isso precisamos de

excelentes materiais, o que era uma raridade nas áreas específicas, hoje

temos AGRONOMIACONCURSOS vindo a preencher está lacuna.

Acompanhe nossa página no Facebook com as novidade no mundo dos concurso.

Agronomia concursos

APRESENTAÇÃO

Meu nome é Leonardo, sou Engenheiro Agrônomo formado na Universidade

Federal de Lavras. Trabalho há 10 anos na Emater-MG (Empresa de

Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais). Tenho pós-

graduação Lato Sensu em Extensão Ambiental para o Desenvolvimento

Sustentável e em Gestão de Agronegócio. Iniciei o mestrado em Agricultura

Tropical, na área de conservação de solos. Fui professor do curso técnico

agrícola Pronatec, ministrei aulas de nutrição e forragicultura, fertilidade do

solo e culturas anuais e olericultura. Sou professor de matemática e física do

ensino médio. Ministro vários cursos para agricultura familiar, entre eles

www.agronomiaconcursos.com.br

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fertilidade do solo, culturas anuais, olericultura, mecanização agrícola,

cafeicultura e manejo da bovinocultura de leite. Trabalho com crédito rural

(custeio e investimento), elaborando projeto e prestando orientação aos

agricultores há 10 anos. Sou responsável pela elaboração da Declaração de

Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP)

e correspondente bancário pelo sistema COPAN.

Já fiz vários concursos, como Adagro-Pe (agência de fiscalização

agropecuária de Pernambuco), Perito da Policia Federal área 4 – agronomia,

Ministério Público e Ibama. Logrei êxitos em alguns e fui reprovado em outros,

mas assim é a vida do concurseiro. Passei na Emater-MG, onde estou até hoje.

O AGRONOMIA CONCURSOS tornou-se o nosso ponto de encontro, nosso

espaço de estudo para gabaritar todas as provas de agronomia. Aproveite

todas as oportunidades. Solicitamos que os alunos que adquirirem nossos

cursos avaliem-nos no final, para que possamos melhorar a linguagem e os

temas que não ficarem tão claros. Espero que vocês também aprovem e

gostem do nosso material, e que ele possa ajudar na sua aprovação!

O QUE VAMOS ESTUDAR NESTE CURSO?

ANÁLISE DO EDITAL

Analisemos agora a nossa parte fertilidade do solo conforme edital

lançado. Inicialmente, transcrevo o conteúdo programático do edital para a

área de agronomia.

ENGENHEIRO AGRÔNOMO

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Assim, vamos montar nosso cronograma.

Cronograma das aulas

AULA MATÉRIA DATA

01 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FERTILIDADE DO SOLO,

AMOSTRAGEM DO SOLO 03/04/2017

02 PROPRIEDADES QUÍMICAS DO SOLO, ACIDEZ DO SOLO E CALAGEM, INTERPRETAÇÃO DA

ANÁLISE DE SOLO 10/04/2017

03 INTRODUÇÃO A NUTRIÇÃO MINERAL, ABSORÇÃO, TRANSPORTE E REDISTRIBUIÇÃO, EXIGÊNCIAS

NUTRICIONAIS E FUNÇÕES DOS NUTRIENTES

17/04/2017

04 ELEMENTOS ÚTEIS E TÓXICOS AS PLANTAS E A

INFLUÊNCIA DA NUTRIÇÃO MINERAL NA QUALIDADE

DOS PRODUTOS AGRÍCOLAS

24/04/2017

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA FERTILIDADE DO SOLO

O solo sendo uma camada superficial intemperizada, consiste num meio de

vida para as plantas, sendo esse composto por uma mistura de materiais minerais e

orgânicos, olhando o solo na perspectiva de fator de produção ele possui duas

características básicas que revelam seu valor agronômico: A fertilidade como sendo

o primeiro fator e responsável pela capacidade do solo em fornecer nutrientes às

plantas em quantidades adequadas para seu crescimento, conduzidas em condições

ideais através de práticas de calagem e adubação, o outro fator se refere a

produtividade de um solo sendo a sua capacidade em proporcionar rendimento às

culturas, sendo possível de ser melhorada apenas pela intervenção humana.

A prática de adubação visa corrigir deficiências dos solos fornecendo nutrientes

a planta para que tenha o máximo de desenvolvimento e produtividade, para isso é

preciso conhecer como está a disponibilidade destes nutrientes no solo, através de

uma análise é possível avaliar real situação dos nutrientes no solo avaliando assim

as características físicas e propriedades químicas como o pH, a CTC e a quantidade

de matéria orgânica. Devemos também lembrar que os solos são ecossistemas

complexos formados por microrganismos e outros organismos além das próprias

plantas. De acordo com estudos de Guilherme (2000), a presença de nutrientes

constitui-se em um dos aspectos fundamentais para garantir a boa qualidade do solo

e seu adequado funcionamento. Em ecossistemas nativos, a ciclagem natural de

nutrientes é responsável pela manutenção do bom funcionamento do ecossistema

como um todo, mantendo o estoque de nutrientes e evitando a perda da fertilidade

natural do solo. As plantas necessitam de diversos elementos químicos para

completar seu ciclo de vida, sendo esses indispensáveis, assim, a elaboração de

programa de adubação para as lavouras agrícolas brasileiras e de vital importância

para a obtenção de altas produtividades, principalmente em solos “pobres” em

termos nutricionais como os solos de Cerrado, vale destacar que mais de 70% dos

solos brasileiros apresentam alguma limitação séria de fertilidade, principalmente nas

regiões tropicais e subtropicais em que os solos são geralmente muito

intemperizados, sendo a lixiviação dos sais solúveis o principal processo pedogenético

que ocasiona acidez e a deficientes em nutrientes.

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Assim, o crescimento vegetal envolve diversos fatores que controlam o

crescimento das plantas podem ser: Genéticos como a seleção de variedades mais

resistentes ao ataque de pragas e doenças sendo um fator de grande importância no

processo produtivo. E os fatores Ambientais, como a umidade, a aeração, a energia

solar, a temperatura, o solo, as pragas e doenças, os microrganismos do solo e as

práticas culturais. Assim, o conjunto de características observáveis em uma

planta é denominado de fenótipo, como a cor da flor, a altura da planta, ciclo

de desenvolvimento, etc. O fenótipo é resultado de dois fatores sendo a

genética (genótipo) e o ambiente, bem como da interação entre eles. Em

relação à genética, é conhecido o fato de que a mudança de ambiente altera

o conjunto de genes ativos na planta. Por isso que existe cultivares de uma

mesma espécie vegetal que se adaptam melhor a determinadas ambientes.

Já em relação ao ambiente, é de fundamental importância termos ciência de

que todos os processos fisiológicos (germinação, fotossíntese, respiração,

transpiração, floração, frutificação e senescência) são controlados, em parte,

pelos fatores ambientais, como a luz, temperatura, água, gás carbônico,

oxigênio, nutrientes, etc. Assim, podemos controlar os processos fisiológicos

através da alteração desses fatores ambientais.

Vamos exercitar

1 - Professor – Solos - IF/MG- 2009

Os fatores que afetam a produtividade das culturas podem ser classificados

em genéticos e ecológicos. Assinalar a alternativa que cita os fatores ecológicos que

têm efeito sobre o desenvolvimento:

a) Umidade, adubação, energia radiante, temperatura, características de

subsolo e fatores bióticos.

b) Umidade, aeração, aplicação de fungicida, temperatura, características de

subsolo e fatores bióticos.

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c) Umidade, aeração, energia radiante, temperatura, características de

subsolo e fatores bióticos.

d) Umidade, aeração, energia radiante, movimento intenso de máquinas,

características de subsolo e fatores bióticos.

SOLUÇÃO

Principais fatores ambientais que afetam o crescimento vegetal são a Luz,

Temperatura, Disponibilidade de água, Salinidade, Gases Oxigênio, Gás carbônico,

características de subsolos e Fatores bióticos são todos os organismos

vivos presentes no ecossistema e suas relações.

RESPOSTA C

Desta forma a fertilidade do solo vem ao longo do tempo, recebendo diversas

tentativas de ser conceituada. Com isso, sempre existiu a tendência de se expressar

a fertilidade do solo em termos de produtividade, de se utilizar, indiscriminadamente,

os termos fertilidade e produtividade como sinônimo, Assim sendo, a produtividade

é definida como a produção por unidade de área. Com o desenvolvimento de técnicas

analíticas, o homem adquiriu maior facilidade e capacidade preditiva da

disponibilidade dos nutrientes, fato que lhe permitiu desvincular, parcialmente, a

produção da planta da fertilidade do solo como índice para medir a quantidade de

nutrientes passíveis de serem absorvidos.

Agora, podemos esclarecer a diferença entre produtividade e fertilidade,

suponha-se que um solo fértil gere altas produções de milho na época de verão,

quando as temperaturas são elevadas, disponibilidade de água suficiente para planta

e com dias mais longos. Sem dúvida, no inverno sucederá o contrário e os

rendimentos cairão substancialmente. Pode-se, então, perguntar qual o motivo dessa

queda, pois a fertilidade do solo não foi responsável por este menor rendimento, já

que ela permanece adequada. Pode-se concluir que o uso de um solo fértil nem

sempre implica na obtenção de alta produtividade, pois se têm casos de solos férteis

com impedimentos físicos, que provocam restrições ao transporte e ao

desenvolvimento do sistema radicular, em razão de altos teores de argila, de

declividade pronunciada, de elevada pedregosidade, compactação do solo etc. Por

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outro lado, um solo produtivo deve apresentar fertilidade elevada, ou ter sido,

previamente, corrigido.

A fertilidade tem sido conceituada como:

"A capacidade do solo de ceder elementos essenciais às plantas" (Raij, 1981;

Braga, 1983). Alguns autores (Malavolta, 1976; Raij, 1981) acrescentam que esta

capacidade, para não apresentar limitações, deva ser mantida durante todo o

crescimento e desenvolvimento da planta, mesmo que está deixe de absorver ou

utilizar, numa determinada fase de seu ciclo.

Além das condições físicas e microbiológicas, a fertilidade é um componente

do fator solo na equação de produção:

Produção = f (solo, clima, planta e manejo)

que envolve além desses fatores, outros como a mineralogia e a química. Podemos

ver outro conceito de fertilidade considerando o estudo da capacidade em suprir (ter

e fornecer) nutrientes às plantas, estudando quais os elementos essenciais, como,

quando e quanto eles podem interagir com a planta, os que limitam sua

disponibilidade e como corrigir deficiências e excessos. Assim, cada nutriente é

estudado profundamente para entender melhor as transformações, a mobilidade e a

sua “disponibilidade” junto as plantas.

A Fertilidade é uma importante disciplina enquadrada na Ciência dos

solo, que estuda a eficiência dos adubos minerais e orgânicos e como eles são

influenciados por reações de equilíbrio inorgânicas e por processos

metabólicos de microrganismos do solo. Desta forma, o conceito de fertilidade

do solo como sendo a capacidade de ceder nutrientes, poderia ficar restrito à

fase sólida e líquida, e tendo como limite a solução do solo perto da fase

sólida, a partir de onde são efetuados os processos de transporte de nutrientes

como a difusão, fluxo de massa, interceptação radicular e absorção.

Assim, as plantas absorvem os nutrientes, na forma de íons, presente

na solução do solo, sendo que suas reservas se encontra na fase sólida, a qual

e responsável pela sua reposição quando a concentração é diminuída no solo,

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em razão da absorção pelas plantas, ou de alguma perda provocada pela

lixiviação.

Fig. 1 – representação esquemática das fase sólida e líquida

Assim, devemos conhecer o teor de íon-nutrientes em solução, a reserva

do mesmo na fase sólida e o poder de reposição para a solução, pela reserva

da fase sólida. Estas três grandezas, inter-relacionadas, determinam a

disponibilidade do nutriente e são denominadas:

a) Fator Intensidade (I): é a concentração, ou, mais precisamente, a

atividade do íon em solução.

b) Fator quantidade (Q): é a reserva do íon disponível na fase sólida do

solo (íon em forma lábil).

c) Fator capacidade tampão: é a relação entre os fatores quantidade e

intensidade, numa dada faixa de concentração (atividade) considerada (ΔQ /

ΔI). Uma representação gráfica desses fatores é mostrada na Figura 2.

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Outra forma de apresentar a interrelação entre fatores é a de apresentá-

los segundo uma visão hidrodinâmica (Figura 3), sendo que a fertilidade não

é característica estática e sim processo altamente dinâmico. A Figura 3 pode

ser interpretada tomando como exemplo o fósforo (F). Assim, a figura indica

a capacidade máxima de adsorção de fosfatos, quanto desta capacidade está

ocupada por íons fosfato na forma lábil, sendo essa a capacidade de passar a

solução e ser absorvidos pelas plantas - Fator Quantidade - Q. Também

apresenta, por um lado, as formas de fósforo presentes no solo, mas que não

estão disponíveis para as plantas - P não lábil, e por outro, as formas

presentes na solução do solo e que podem ser absorvidas diretamente pelas

plantas (Fator Intensidade, I). Indica a capacidade tampão de fosfatos (CTF),

que, ao relacionar os fatores quantidade e intensidade (ΔQ / ΔI), medindo

assim a resistência que tem o solo em alterar a concentração do fósforo em

solução.

Assim, dada a necessidade de se avaliar a fertilidade do solo sob uma visão

holística e dinâmica, didaticamente tem-se empregado os termos "Fertilidade

Natural", "Fertilidade Potencial" e "Fertilidade Atual" vamos conhecer estes

conceitos então:

Fertilidade natural:

A fertilidade natural corresponde à fertilidade do solo que não sofreu

nenhum tipo de manejo, ou seja, não foi trabalhado, portanto, não sofreu

PERDAS

Figura 2. Visão

hidrodinâmica das inter-

relações entre fatores

Quantidade (Q),

Intensidade (I) e

Capacidade Tampão (CT).

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recente interferência antrópica como por exemplo adubação, sendo está

fertilidade decorrente do processo de formação do solo: material de origem +

ambiente + organismos + tempo. Este tipo de fertilidade é muito utilizada na

avaliação e classificação de solos onde não existe atividade agrária, dando a

ideia da capacidade que apresenta um solo ou unidade de classificação para

ceder nutrientes. Assim, para exemplificarmos utilizaremos dois solos com

diferentes graus de saturação de bases, o solo distrófico (V < 50%)

aparentemente apresentaria menor capacidade de ceder nutrientes,

comparado ao eutrófico (V≥50%). Na verdade, estes índices pouco

representam em termos da real capacidade de ceder nutrientes como fosforo

(P), enxofre (S), zinco ( Zn), maganês (Mn), já que um solo pode ser distrófico

e ter uma CTC superior, com maiores teores de cátions trocáveis, do que um

solo eutrófico e, portanto, ter condições de fornecer maior quantidade de

nutrientes para as plantas. Estes conceitos ficaram mais claros nas próximas

aulas.

b) Fertilidade potencial

No caso da fertilidade potencial, evidencia-se a existência de algum

elemento ou característica que impede o solo de mostrar sua real capacidade

de ceder nutrientes. Assim, persistindo essas condições limitantes, a

capacidade de ceder nutrientes estará obstruída, ainda que a fertilidade

potencial seja alta. Entre as características limitantes cita-se o caso de solos

ácidos, onde o teor de Al3+ é elevado e a disponibilidade de Cálcio (Ca),

Magnésio (Mg) e Fósforo (P) é baixa ou insuficiente, o que se poderia corrigir

com adição de calcário, gesso e fosfato. Assim, também, os solos salino-

sódicos apresentam conteúdos excessivos de Na+, o que eleva o pH e ocasiona

diminuição da disponibilidade de micronutrientes, principalmente ferro (Fe),

Mn, Zn e Cu.

Na fig.: 3 temos uma ideia desse tipo de fertilidade, pois se observa que

a incorporação de gesso, CaSO4.2H2O, aumentou significativamente a

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produção de soja e de feijão, mesmo em diferentes solos, devido ao

fornecimento de Ca e S, efeito fertilizante, e a diminuição de saturação de Al

no solo, efeito corretivo.

cultura + Gesso Gesso diferença

................Kg/há ...............

Latossolo Roxo Soja 1.739 1.306 + 483

Latossolo Vermelho Amarelo (fase

arenosa) Soja 1.608 1.258 + 350

Latossolo Vermelho Escuro (fase arenosa) Soja 1.616 1.130 + 486

Arenito de Botucatu Soja 1.608 1.258 + 350

Podzólico Vermelho Feijão 2.216 1.961 + 255

Podzólico Vermelho Amarelo (var. Láras) Feijão 872 550 + 322

Latossolo Vermelho Escuro (fase arenosa) Feijão 1.535 1.105 + 430

Fig 3 - Produção de grãos de soja e de feijão pela aplicação de gesso agrícola em solos do Estado de São Paulo.

* Em todos os ensaios foram aplicados 100 kg/ha de gesso. FONTE: Vitti & Malavolta, 1985.

c) Fertilidade atual

A fertilidade atual são solos que receberam práticas de manejo para

satisfazer as necessidades das culturas; aqui temos a idéia da fertilidade de

um solo já trabalhado, devendo ser consideradas as correções realizadas, por

exemplo, calagem, adubação fosfatada, etc. A fertilidade atual é caracterizada

pela determinação das formas disponíveis dos nutrientes do solo.

Agora veremos outros conceitos importantes relacionado com a

fertilidade os quais são:

Solo fértil

È aquele que contém todos os nutrientes em quantidades suficientes e

balanceadas em formas assimiláveis; possui boas características físicas e

microbiológicas e é livre de elementos tóxicos.

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Solo produtivo

È um solo fértil situado em regiões com condições favoráveis, como

exemplos podemos citar o clima, declividade, pedregosidade, alta

compactação. Observe que um solo fértil não é necessariamente um solo

produtivo podem ter nutrientes e eles não estão disponível para absorção das

raízes, mas todo solo produtivo é um solo fértil pois tem nutrientes e eles são

absorvidos pelas as raízes. Observe que podemos ter alguns fatores como

drenagem (umidade), pragas, doenças entre outros, limitam a produção

mesmo com fertilidade adequada.

Portanto, através dos conhecimentos gerados pela pesquisa em

fertilidade, solos aparentemente improdutivos podem se tornar grandes

produtores de alimentos. A aplicação dos conhecimentos de fertilidade do solo

pode conciliar a economicidade da atividade agrícola com a preservação do

meio ambiente.

LEIS GERAIS DA ADUBAÇÃO

O crescimento de uma planta esta ligado, entre outros fatores, da

quantidade de elementos essenciais a ela fornecidos. A adição de nutrientes

ao solo por meio das adubações constitui, quando aplicada científica e

racionalmente, prática fundamental para o êxito de qualquer exploração

agrícola. A adubação tem como objetivo primordial manter ou aumentar no

solo a disponibilidade dos nutrientes e o teor de matéria orgânica, já que a

incorporação de elementos restitui aqueles perdidos pelo solo em processos

de lixiviação, erosão, complexação, imobilização, fixação, volatilização e, de

absorção pelas plantas (Russell & Russell, 1973; Tisdale & Nelson, 1975;

Sanchez, 1981; Thomas & Hargrove, 1984).

Por isso, o crescimento das plantas depende, entre outros fatores, da

quantidade de nutrientes adicionados ao solo. Os princípios da adubação são

provenientes de três leis fundamentais:

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LEI DA RESTITUIÇÃO,

LEI DO MÍNIMO

LEI DO MÁXIMO

Sobre a lei do mínimo surge duas derivações: lei dos incrementos

decrescentes e lei da interação.

Quanto a lei do máximo surge uma derivação : lei da qualidade biológica

(Voisin, 1973). Vamos aprofundar estes conhecimentos.

LEI DA RESTITUIÇÃO

A lei da restituição baseia-se na necessidade de restituir ao solo aqueles

nutrientes absorvidos pelas plantas e exportados com as colheitas, ou seja,

aqueles que não foram reciclados. Essa lei considera o esgotamento dos solos,

decorrência de cultivos sucessivos, como uma das origens da redução da

produtividade. Esta lei foi enunciada por Voisin (1973) nos seguintes termos:

- “é indispensável, para manter a fertilidade do solo, fazer a restituição, não

só dos nutrientes exportados pelas colheitas, mas, também, daqueles

perdidos do solo”.

Fig.: 4 - Representação gráfica da lei da Restituição.

Dentro de sua concepção, essa lei apresenta várias limitações à sua completa

aplicabilidade, posto que:

a) Muitos solos são naturalmente pobres em um ou mais nutrientes, ou

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apresentam problemas de acidez ou problemas de salinidade. Portanto, o

primeiro objetivo seria corrigir as deficiências ou excessos existentes.

b) Os solos estão submetidos à perda de nutrientes por lixiviação e mesmo

por erosão, perdas que muitas vezes são intensificadas pela adição de

corretivos e adubos; por exemplo, pelo uso de gesso, que aumenta a

mobilidade de cátions em profundidade, no perfil do solo. Em geral, essas

perdas são insignificantes para P, mas para N, K, S, Mg e Ca podem ser muito

importantes.

Lei do Mínimo

A lei do mínimo, também conhecida como lei de Liebig, foi enunciada

em 1843. Relaciona o crescimento vegetal com a quantidade do elemento

existente no solo. Segundo ela, o crescimento de uma planta está limitado por

aquele nutriente que se encontra em menor proporção no solo, em relação à

necessidade das plantas.

Esta aplicabilidade é complexa, porque em condições normais de campo,

muitas vezes são vários os nutrientes ou fatores que limitam a produção, além

da ação de suas interações. Esta lei estabelece uma proporcionalidade direta

entre a quantidade do fator limitante da produção- nutriente, e a colheita,

definida pela equação:

Y = b 0 + b1X

Onde Y corresponde a colheita obtida com a quantidade X do fator

limitante da produção, b0 corresponde a produção Y sem adição de X, e, b1

corresponde ao coeficiente angular da reta, e mede a influência maior ou

menor do nutriente aplicado. A Figura 5, representa o aspecto quantitativo da

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lei que, sendo linear possui validade somente para a região "A" da curva (N0

- N1), uma vez que doses adicionais geram resposta curvilinear (N1 - N2).

Segundo a interpretação quantitativa da lei de Liebig, o crescimento é

continuamente linear até um ponto onde se alcança um "plateau" devido à

insuficiência de outro fator que se torna limitante do crescimento, e que, se

suprido, provoca outro surto de crescimento, até que novo nutriente (ou fator)

se torne limitante e, assim, sucessivamente (Figura 8). Também pode

considerar-se que a produtividade aumenta linearmente, com o nutriente

adicionado, até que um "plateau" seja atingido, em conseqüência de ter outro

nutriente passando a ser mais limitante ao crescimento e, portanto, o único

limitante da produtividade (Figura 6). Assim, uma adubação com N e K não

traria aumento algum na colheita se o elemento mais limitante no solo fosse

o P. Somente após aplicação do P é que haveria possibilidade de resposta ao

N ou a K. Essa situação é bem representada por uma corrente que suporta

certo peso. Se há um elo mais fraco, a resistência da corrente não seria

alterada pelo reforço de outros elos. Para que a corrente suporte um peso

maior deve-se, portanto, reforçar, inicialmente, aquele elo mais fraco.

Figura 6. Resposta linear à adição de nutrientes baseada na Lei do

N0 N1 N2

Figura 5 - Curva de resposta à

adição de um nutriente. FONTE:

Alvarez V. (1985).

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Mínimo.

Essa lei tem sido também ilustrada, tradicionalmente, por um barril,

tendo algumas tábuas com diferentes alturas, sendo a tábua com a menor

altura a que representa o elemento mais limitante (fig. 7). O aumento dessa

tábua permitirá aumentar o nível de líquido no barril até o limite de outra

tábua, agora a de menor altura. Dessa maneira, a presença de um nutriente

em nível insuficiente no solo é responsável pela redução da eficiência e não

pela eliminação completa dos efeitos de outros nutrientes. Atualmente, a lei

do mínimo se exprime, com mais frequência, considerando seu aspecto

qualitativo, da seguinte forma (Voisin, 1973):

“A insuficiência de um elemento nutritivo no solo reduz a eficácia dos

outros elementos e, por conseguinte, diminui o rendimento das colheitas”.

Lei de Mitscherlich, como Derivação da Lei do Mínimo

Em 1909, o alemão E. A. Mitscherlich, tomando como base uma série

de ensaios, desenvolveu uma equação relacionando o crescimento de plantas

ao suprimento de nutrientes (Tisdale & Nelson, 1975). A resposta linear à

aplicação de um nutriente, em nível insuficiente no solo, proposta por Liebig,

é complementada pela resposta curvilinear correspondente à adição daquele

nutriente, em doses adicionais, até atingir o ótimo crescimento das plantas.

O modelo linear de Liebig foi substituído ou complementado por Mitscherlich,

que observou que, com o aumento progressivo das doses do nutriente

deficiente no solo, a produtividade aumentava rapidamente no início com uma

tendência a uma resposta linear e estes aumentos tornavam-se cada vez

menores até atingir um "plateau", quando não havia mais respostas a novas

adições (Malavolta, 1976; Braga, 1983; Pimentel Gomes, 1985).).

As denominações de "lei dos excedentes menos que proporcionais" ou

"lei dos incrementos decrescentes" traduzem bem a forma de equação que se

representa na Figura 6.

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Esta lei se expressa da seguinte maneira:

QUANDO SE ADICIONA AO SOLO DOSES CRESCENTES DE UM

NUTRIENTE, OS INCREMENTOS DE PRODUÇÃO SÃO CADA VEZ

MENORES.

Vamos resolver mais uma questão:

2 -

No processo de cultivo de qualquer planta é importante que se obtenha índices

satisfatórios de produção, diminuição dos custos e incremento da margem de lucro.

Em relação a essa afirmativa, que importante lei da fertilidade do solo está

representada na figura acima?

a. Lei de Liebieg.

b. Lei da restituição.

c. Lei do mais com menos.

d. Lei de Mitscherlich.

e. Lei do máximo.

Fig 6. Representação gráfica da

equação de Mitscherlich.

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SOLUÇÃO

Quando se aplica doses crescentes de um nutriente, os aumentos de

produção são elevados inicialmente, mas decrescem sucessivamente”. Assim,

Mitscherlich, observou que, com o aumento progressivo das doses de

nutrientes que estão em falta no solo, a produtividade aumentaria

rapidamente no início tendente a uma resposta linear e estes aumentos

tornavam-se cada vez menores até atingir um “plateau”, desta forma, não

haverá mais resposta a novas adições de adubos. Os fundamentos dessa lei

são básicos para análise econômica de experimentos de adubação, ou seja,

no cálculo da dose econômica. Produtividade econômica = produtividade que

proporciona maior lucro, ou seja, produzir mais unidade (kg ou t)/hectare,

com menores custos de produção por unidade. Normalmente, a nível prático,

a dose econômica é de 80 - 90% da produção máxima.

RESPOSTA D

LEI DA INTERAÇÃO

Considerando o aspecto qualitativo da lei do mínimo, tem-se uma

variante moderna que é a lei da interação, que se expressa assim :

“ Cada fator de produção é tanto mais eficaz quando os outros estando

mais perto do seu ótimo.”

Esta lei exprime que é ilusório estudar, isoladamente, um fator de

produção, e que, pelo contrário, cada fator deve ser considerado como parte

de um conjunto, dentro do qual ele está relacionado com os outros por efeitos

recíprocos, pois eles se interagem.

Muitos experimentos têm mostrado que existem interações entre os

elementos e outros fatores de produção, isto é, um ou mais elementos

exercem influência mútua ou recíproca. Essa influência pode ser positiva,

sinérgica, como no caso de N x P; N x K; P x Ca; P x S; P x H2O do solo; N x

Irrigação; N x Controle de plantas daninhas; ou, podem ter efeito negativo,

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antagônica, onde um fator ou elemento limita a ação de outro elemento: Al x

P; Al x Ca; P x Zn; P x Fe; P x Cu; Ca x Zn; S x Mo; Ca x B; Zn x Fe. Estes

efeitos dependem, em alto grau, das concentrações existentes, como por

exemplo, das modificações provocadas na disponibilidade dos nutrientes pela

aplicação de uma supercalagem (Fassbender, 1978; Malavolta, 1980; Dibb &

Thompson, 1985). Na cultura de milho, por exemplo, a produtividade de 2.000

kg/ha da testemunha sofre um incremento de 1.500 kg/ha com aplicação da

"dose ótima" de N, ou um incremento de 2.500 kg/ha com o uso da "dose

ótima" de P2O5, e pode elevar-se a uma produção de 7.000 kg/ha com

aplicação dos dois nutrientes em "doses ótimas". O efeito sobre a

produtividade, no caso da aplicação dos dois nutrientes, foi mais do que

aditivo (5.000 kg/ha, em lugar de 1.500 + 2.500 kg/ha), ou seja, houve um

efeito interativo.

Essas interações ocorrem não somente no solo, mas, também, na

planta, a exemplo da presença de enxofre em quantidades adequadas na

planta, favorecendo o metabolismo do nitrato (NO3-), e sua redução para

constituir aminoácidos. Se ocorrer elevação na concentração de S, diminui a

de NO3 - e, ao contrário, ocorrerá acúmulo de NO3- na planta.

LEI DO MÁXIMO

Normalmente, ao se aumentar ainda mais as doses de um nutriente,

observa-se que os rendimentos começam a diminuir. Assim, é o excesso que

limita ou prejudica a produção, considerando esse aspecto, especialmente em

relação à produção, desta forma, André Voisin (1973) anunciou a lei do

máximo, nos seguintes termos:

“O excesso de um nutriente no solo reduz a eficácia de outros e, por

conseguinte, pode diminuir o rendimento das colheitas”.

Respostas negativas por meio do decréscimo da produtividade são

observadas em resultados experimentais, não sendo este tipo de resposta

previsto na lei de Mitscherlich, na sua primeira aproximação.

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Matematicamente, a resposta da planta, neste caso, pode ser bem

representada pela equação de segundo grau:

Y = b0 + b1 X − b2X2 Eq. 6

onde: Y é a produção obtida em resposta à quantidade do nutriente X aplicado

ao solo. Tendo-se os resultados experimentais ajustados a este modelo, o

cálculo da produção máxima estimada e da quantidade de nutriente X a ser

aplicada para esta produção, pode ser realizado pelo cálculo de máximos e

mínimos (Alvarez V., 1985).

Como a função de Mitscherlich, na sua primeira aproximação (1909) não

considerava a possibilidade de diminuição da resposta, por efeito negativo

(tóxico) de novas adições de um nutriente, em 1928 este autor propôs a uma

correção desta equação adicionando um fator de correção para esse efeito

tóxico.

LEI DA QUALIDADE BIOLÓGICA

Considerando os efeitos negativos na alimentação animal pela produção

de pastagem com teores desequilibrados de nutrientes, pela adição exagerada

de certos corretivos ou adubos, Voisin (1973) propôs a "lei da qualidade

biológica", considerada importante por ele, mas de difícil aplicação prática,

considerando que a aplicação de adubos deva ter como primeiro objetivo a

melhoria da qualidade do produto, a qual tem prioridade sobre a

produtividade. A deficiência ou excesso de certos nutrientes nas plantas pode

causar problemas à saúde daqueles que a consomem. Evidentemente, tem

merecido pouca atenção por parte dos pesquisadores que têm relegado a

qualidade do produto a um nível de menor ou de mínima importância. Dentre

os efeitos do uso de fertilizantes sobre a qualidade das plantas utilizadas pelo

homem ou pelos animais, destaca-se o exemplo da cultura do fumo, na qual

a adubação potássica não deve ser realizada com cloreto de potássio, pois, o

Cl- prejudica a combustão do fumo.

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AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO

O solo possuem determinadas características físicas, químicas e

biológicas, constituíndo assim, por uma fase sólida, outra líquida e uma

terceira gasosa (fig.3). As propriedades físicas, químicas e biológicas do solo

são determinadas pelo processo geológico de sua formação, origem dos

minerais, e sua evolução de acordo com o clima e o relevo do local, além dos

organismos vivos que o habitam.

Desta forma, a análise do solo é a medida mais prática, rápida, direta e

barata de se fazer uma análise racional da fertilidade do solo e de transferir

tecnologia desenvolvida pela pesquisa ao agricultor .

Portanto, para se saber se um solo tem os nutrientes necessários em

qualidade e quantidade, deve-se fazer sua análise, onde será detectado a falta

de algum nutriente ou mesmo seu excesso que também pode prejudicar a

cultura, em parte ou totalmente, assim, em caso de falta deve-se aplicá-lo ao

solo buscando minimizar os efeitos negativos na produção. Embora seja

comum se fazer adubação sem realizar a análise do solo, o correto e planejar

e realizar a adubação conforme a necessidade do solo não colocando nem a

menos e nem a mais, complementando assim, a necessidade da planta e

abastecendo os coloides do solo.

A maior utilização da análise do solo é no sentido de orientação no

emprego de fertilizantes e calagem, usando as informações para acompanhar

as modificações nos teores dos nutrientes pelas diferentes práticas de manejo,

possibilidando o uso eficiente dos adubos e evitando as possíveis

contaminações do ambiente.

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Assim, para se obter um resultado correto e preciso fazer uma correta

amostragem do solo, para que os resultados de uma análise química do solo

tenha validade e representatividade, é indispensável o máximo cuidado e

critério na coleta de amostras que deverão ser enviadas aos laboratórios.

Nenhuma análise é melhor que uma boa coleta de amostras, pois ela é que

irá representar toda a área da propriedade onde deverão ser aplicados os

corretivos e fertilizantes.

OBJETIVOS DA AMOSTRAGEM

A amostragem de solo é assim uma das etapas fundamentais para a

avaliação da fertilidade do solo, sendo mais importante que as próprias

determinações analíticas realizadas em laboratórios. Desta forma, o

procedimento da amostragem tem por objetivo coletar o material mais

representativo possível de determinado espaço físico e que tenha influência

sobre o crescimento das plantas. Com isso, dependendo da magnitude do erro

associado a amostragem do solo, decisões errôneas poderão ser tomadas e,

ao invés de se obter benefícios com o uso dos resultados, é mais provável que

haja prejuízo (Fig. 6).

materia orgânica5%

água25%

ar25%

minerais45%

%

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Fig. 6 - etapas de uma amostragem de solos

Assim, um volume de 10 gramas de solo, utilizado na determinação

analítica dos seus principais nutrientes, representa 2 mil toneladas de

solo se a amostra for retirada de uma área de apenas 1 há

(100x100x0,20 =2000 kg), isso vem para exemplificar a importância da

amostragem na análise da fertilidade, pois quantidades utilizada no

laboratório e muito pequena (10 g).

Fig. 9 – Esquema representativo de uma gleba de 1 ha e quantidade de terra

enviada para o laboratório (300gramas).

AMOSTRAGEM DE SOLO

ENVIO AO LABORATÓRIO

PREPARO DA AMOSTRA

ANÁLISE QUÍMICA (LABORATÓRIO)

INTERPRETAÇÃO DOS DADOS

RECOMENDAÇÃO TÉCNICA

300 gramas

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Amostragem de Solos

Para a amostragem é necessário elaborar um plano, ou seja, estudar

previamente a forma como serão coletadas as amostras, devendo assim,

separar a área total em áreas mais homogêneas possível. Dentro de uma área

homogênea espera-se que a variação entre os nutrientes e outras

propriedades do solo seja mínima, de forma que as amostras compostas

possam ser suficientes para caracterizar corretamente a área. Para tal,

consideram-se a aparência superficial do solo, sua posição no relevo (topo,

meia encosta, fundo de vale, margens do rio), o tipo de vegetação (mata,

taboca, pluma), o tipo de uso (café, pastagem, capoeira) e o manejo dado à

área (áreas aradas e não aradas que receberam calcário). Para qualquer

variação observada quanto às propriedades do solo, deve-se separar a área

em glebas para obter amostras compostas. Essas verificações devem ser

feitas no local, não sendo recomendado utilizar mapas pedológicos em escalas

menores que 1:100.000, nos quais 1 cm representa distâncias de 1 km, o que

normalmente é muitas vezes superior à distância média entre dois pontos

extremos de uma gleba homogênea.

Entre as variáveis que devem ser observadas, o relevo local é a mais

importante, visto a possibilidade de ocorrerem zonas de enriquecimento e

empobrecimento, devido à posição do solo no relevo. Assim, as partes mais

elevadas do relevo são mais propensas a perdas de solo e nutrientes (zona de

empobrecimento) do que as partes mais baixas. As áreas de baixada podem

denotar áreas de acúmulo ou enriquecimento, o que já serve para estratificar

tais ambientes. A estratificação da área quanto ao tipo de vegetação e ao

histórico de uso e manejo do solo depende muito da sensibilidade do técnico

e da interação com o produtor. Normalmente, o produtor conhece bem a área

que maneja, assim como as variações de textura, cor do solo, presença de

impedimentos à drenagem ou ocorrência de plantas espontâneas endêmicas,

entre outras importantes características que devem ser usadas para

diferenciar as glebas.

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Comumente o que se encontra em muitas áreas é um mosaico de uso

do solo, ou seja, áreas geralmente compostas de pastagem, capoeiras de

várias idades e áreas de cultivo, que evidentemente deve ser estratificado de

modo a se obter uma amostragem mais eficiente e eficaz. Algumas plantas de

ocorrência natural (invasoras ou erva daninha) em áreas desbravadas podem

servir como indicadoras para estratificar determinados ambientes, assim como

suas potencialidades e restrições. Entretanto, as indicações obtidas pela

presença dessas plantas não são, por si sós, suficientes para quantificar a

fertilidade do solo, contudo, podem ser usadas para separar glebas

homogêneas dentro de cada área amostrada (fig.10).

Capim-carrapicho (Cenchrus echinatus)

Indica solos muito decaídos, erodidos e compactados. Desaparece com a recuperação do solo.

Capim rabo-de-burro (Andropogon sp.)

Típico de terras abandonadas e gastas - indica solos ácidos com baixo teor de Ca, impermeável entre 60 e 120 cm de profundidade.

Carqueja (Bacharis articulata)

Pobreza do solo, compactação superficial, prefere solos com água estagnada na estação chuva

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Fig. 10 - Plantas espontâneas indicadoras de ambientes e características relacionadas

à fertilidade do solo.

TIPOS DE AMOSTRA, ÉPOCA DE AMOSTRAGEM

As amostras podem ser simples ou compostas, sendo que a amostra

composta consiste na mistura de partes iguais de várias amostras simples

retiradas ao acaso em uma gleba homogênea (fig. 8). As amostras simples

devem ser coletadas na profundidade de 0 a 20 cm quando para fins de

recomendação de adubação e calagem de culturas anuais.

Fig. 8 – amostras simples e compostas

Recomenda-se também a coleta na profundidade de 20 a 40 cm no caso

de culturas perenes, com o propósito de identificar se há algum impedimento

químico ao desenvolvimento das raízes em profundidade. Uma vez que a

aplicação de corretivos ou fertilizantes a essa profundidade do solo é mais

Dente-de-leão (Taraxacum officinale)

Indica solo fértil.

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onerosa e mais difícil de ser executada, as informações da análise muitas

vezes aplicam-se mais para determinar a viabilidade ou não da implantação

de determinado tipo de cultivo na área amostrada. Amostras de 0-5, 5-10, 0-

10 ou de 10-20 cm de profundidade também podem ser retiradas, porém são

úteis apenas para se conhecer a distribuição da fertilidade ao longo do perfil

do solo. Para fins de formulação de adubação e calagem, a coleta de amostras

homogêneas de 0 - 20 cm é mais indicada, visto que as quantidades de

corretivos e fertilizantes a serem recomendadas serão as mesmas, caso sejam

coletadas amostras em profundidades parciais.

Assim, é importante também considerar o tempo gasto no transporte ao

laboratório, a realização dos testes, o envio dos resultados analíticos e a

recomendação de calagem e adubação ao interessado, sendo aconselhável

coletar as amostras de solo com 2 meses de antecedência à época ideal para

a calagem e no mínimo 90 dias antes do plantio, se for para culturas anuais.

Para realizamos essas amostragem existem várias ferramentas que podem

ser utilizadas (Fig.11); assim, conseguiremos uniformidade no volume de solo

coletado em cada ponto, melhorando desta forma a amostragem coletando

em cada camada de profundidade do solo (primeiros centímetros, porção

mediana e últimos centímetros) também deve ser uniforme. Nesse sentido,

os trados não estão entre as ferramentas mais indicadas do ponto de vista da

representatividade da amostra, geralmente os trados deformam as amostras

e retiram menores quantidades que o enxadão ou a pá reta, mesmo assim

está entre os preferido devido a sua praticidade. Outro ponto importante é

que quanto maior a quantidade de solo coletada em cada ponto amostral,

melhor será a representatividade da amostra simples melhorando assim a

amostra composta.

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Fig. 11 – Ferramentas mais utilizadas para retirar amostras de solos.

Agora vamos descrever algumas destas ferramentas:

trado holandês – bom desempenho em qualquer tipo de solo, mas exige

grande esforço físico.

trado de rosca – mais adequado para solos arenosos e úmidos.

calador – ideal para amostragem em terra fofa e ligeiramente úmida.

trado tubular – utilizado para solos secos e compactados.

pá de corte ou pá reta – mais disponível e simples para o agricultor. A pá

de corte deve ser usada isoladamente em terra úmida e fofa, ou com o

enxadão em solo seco e compactado. Esse conjunto de ferramentas é o mais

adequado para a amostragem de solos e deve ser preferido sempre que

possível.

Assim, sempre que possível, recomenda-se retirar amostras com o uso

do enxadão ou da pá reta. Se for utilizada a amostragem por trados, o mais

indicado é que o número de pontos amostrados seja maior. Dependendo da

ferramenta a ser utilizada, o número de pontos (amostras simples) por gleba

homogênea pode variar de 15 a 40, por amostra composta.

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Durante o processo de amostragem faz-se necessário tomar alguns

cuidados para que a amostra seja a mais representativa possível. Assim,

quando se tomam amostras em duas profundidades (0-20 e 20-40 cm), deve-

se cuidar para que as camadas não sejam misturadas, fato que pode ocasionar

graves erros nos resultados finais. Esse cuidado deve ser tomado

principalmente quando se realiza a amostragem com trado, retirando-se

sempre, após cada tradagem, o excesso de solo que fica retido na parte

superior, especialmente ao se amostrar a camada de 20 a 40 cm.

Assim, para cultivos de ciclo curto fazer uma amostra na camada de 0 a

20 cm. Para pastagem recomenda-se a amostragem de 0-10 cm. Para culturas

perenes, como café e essências florestais a profundidade poderá ir ate 40 ou

60 cm, fazendo a amostragem por camada, como por exemplo: de 0 a 20 cm;

20 a 40 cm e 40 a 60 cm, constituindo-se uma amostra composta por cada

camada. As tabelas abaixo exemplifica, quantos pontos deve ser retirado pelo

tamanho da gleba e a profundidade da amostragem.

Tamanho da área homogênea Nº de amostras simples para uma amostra composta

Bibliografia

10 m2 a vários hectares 20 COMISSÃO (1994)

Nunca superior a 20 hectares 20 RAIJ et al. (1996) Menor ou igual a 10 hectares 10 a 20 IAPAR (1996)

Menor ou igual a 4 hectares (uniforme) 15 MACHADO (1999)

Cultura Profundidade (cm) Plantio convencional 0 - 20

Pastagem 0 - 10

Pastagem degradada 0 -20

Plantio direto Uma de 0-5, outra de 5 – 20

Outro aspecto importante a ser considerado é a distribuição dos pontos

de coleta das amostras simples dentro do extrato. É fundamental que os

pontos de coleta estejam distribuídos por toda a área para que a amostra

composta seja representativa do extrato. Recomenda-se que a escolha dos

pontos seja ao acaso, percorrendo em zigue-zague toda a área da unidade de

amostragem, conforme ilustra Figura 13. Apesar da localização aleatória dos

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pontos de amostragem devem-se evitar acidentes estranhos na área, tais

como formigueiros, cupinzeiros, locais de queimada e deposições de fezes em

pastagens. Além deste aspecto os resíduos vegetais sobre o solo devem ser

removidos no ponto de coleta tomando o cuidado para não remover nenhuma

quantidade de solo, o qual deve ser amostrado a partir de sua superfície.,

Deve-se também evitar o contato do solo com o suor das mão que pode

contaminar a amostra, o que pode resultar em alterações no teor de cátions

trocáveis como o sódio.

Em muitos casos, quando a amostra necessitar permanecer armazenada

por algum tempo antes de ser processada para análise, recomenda-se uma

secagem prévia, de forma a evitar alterações na composição química do solo.

A secagem prévia consiste em colocar a amostra para secar ao ar livre, na

sombra, por 2 a 3 dias.

Depois de tudo isso, e preciso identificar corretamente cada amostra,

com etiquetas e caracterizadas em formulários próprios, fornecidos pelos

laboratórios de análises, para que ao final seja possível determinar a qual

gleba corresponde o resultado obtido. Recomenda-se que a etiqueta seja

preenchida utilizando lápis ou grafite, a fim de evitar que fique ilegível, caso

molhe. Podem-se também utilizar dois sacos plásticos: um com solo e

etiquetado do lado de fora e outro para proteger essa embalagem. Assim,

deve-se colocar nesse formulário os seguintes itens: nome do solicitante; data

e período da amostragem; local da amostragem (estado, município, nome da

propriedade e, se possível, as coordenadas locais); número da amostra;

profundidade de coleta e tamanho da área amostrada; tipo de relevo (encosta

de morro, terra plana, alto do morro, várzea ou baixada).

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Figura 11. Estratificação de uma paisagem unidades (estratos) de amostragem.

Vamos exercitar!

FUNDEP IFNMG Engenheiro Florestal – 2014

A amostragem é a primeira e principal etapa de um programa de avaliação da

fertilidade do solo, pois é com base na análise química dessa amostra que se

realiza a interpretação e são definidas as doses de corretivos e adubos. Em

relação a esse processo, é CORRETO afirmar que

a) no laboratório, não se consegue minimizar ou corrigir os erros cometidos

na amostragem do solo.

b) no laboratório, consegue-se corrigir os erros cometidos na amostragem do

solo com uma mistura média do solo da área.

c) no laboratório, se consegue minimizar os erros cometidos na amostragem

do solo sendo necessárias mais amostras simples.

d) no laboratório, não se corrigem os erros cometidos na amostragem do solo,

mas pode-se minimizar o erro realizando 3 (três) analises repetidas da

amostra composta.

SOLUÇÃO

E comum o agricultor fazer a coleta indevida, não separa corretamente as

áreas, isso acarreta enorme prejuízo para ele mesmo, pois no laboratório não

se consegui corrigir os erros causados na amostragem.

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RESPOSTA A

Amostragem de solo na Agricultura de Precisão Amostragem Georreferenciada

Atualmente no Brasil, a amostragem de solo georeferenciada tornou-se

uma das principais ferramentas utilizadas na Agricultura de Precisão (AP),

garantindo geração de mapas de atributos do solo orientando a aplicações de

fertilizantes e corretivos em taxas variáveis, de acordo com os mapas gerados,

sendo que nas atividades agrícolas, esse é um processo imprescindível para o

levantamento de parâmetros da lavoura, uma vez que avaliar um campo de

produção em sua totalidade é normalmente uma tarefa inviável econômica ou

tecnicamente. Dentro das aplicações da agricultura de precisão, a

amostragem representa uma das principais formas de levantamento de dados

do campo, fornecendo informações essenciais para a posterior aplicação dos

insumos. Ela tem como objetivo, não só caracterizar a condição da lavoura

para certo parâmetro, mas também estimar a distribuição espacial do atributo,

ou seja, determinar o quanto ele varia dentro do talhão.

Essa amostragem precisam ser representativas, sendo

significativamente maiores que nas práticas convencionais. Outro ponto a ser

levado em conta é que ela deve ser georreferenciada, ou seja, deve ter a sua

posição conhecida no espaço, o que permite o mapeamento daquele ou

daqueles atributos. Os demais procedimentos da amostragem, por exemplo,

profundidade da coleta de solo, folha selecionada para amostras de tecido,

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deve seguir, na medida do possível, as prescrições estabelecidas para a coleta

de amostras já utilizadas na prática convencional. Existem basicamente dois

métodos para a amostragem georreferenciada no contexto da agricultura de

precisão, cada um deles com algumas variações. O primeiro denomina-se

amostragem em grade, que por sua vez, apresenta dois tipos, a amostragem

por ponto ou por célula. Em ambos, os locais de amostragem são distribuídos

sistematicamente, de maneira a cobrir todo o talhão. O segundo método é a

amostragem direcionada, onde os locais de coleta são atribuídos de acordo

com mapas de outros fatores, como mapas de produtividade, por exemplo,

que indicam regiões que demandam investigação por amostragem.

Amostragem em grade por ponto

A amostragem de solo em grade por ponto é o procedimento de

investigação que mais se popularizou no Brasil. Nessa técnica, uma grade

regular virtual é gerada sobre o talhão por meio de um sistema de informação

geográfica (SIG), dividindo o campo em polígonos regulares (quadrados ou

hexágonos, por exemplo). Dentro de cada polígono é gerado um ponto

amostral. Este pode estar localizado no centro ou aleatoriamente no seu

interior (Figura 1 e 2).

Figura 1 – Amostragem para agricultura de precisão (Grid)

Fonte: http://embracal.com.br/informacoes-tecnicas/qual-a-importancia-da-amostragem-de-

solo/

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Figura 2 : Alocação de pontos no centro (a) e aleatoriamente (b) dentro dos polígonos

da grade

Fonte:http://www.agriculturadeprecisao.org.br/upimg/publicacoes/pub_boletim-

tecnico-02---amostragem-georreferenciada-03-02-2015.pdf

As coordenadas dos pontos são então transferidas para um receptor

GNSS de navegação que guiará a equipe de coleta até o local de amostragem.

Ao redor de cada ponto georreferenciado são coletadas subamostras. Orienta-

se que elas sejam retiradas dentro de um raio em torno do ponto equivalente

ao erro de posicionamento do receptor de GNSS utilizado, por exemplo, 3 a 5

m para um receptor de navegação comum. Com essa prática, pretende-se

diluir o erro do receptor para a representação do ponto amostral. A quantidade

de subamostras varia dependendo do fator amostrado. Quanto maior o

número de subamostras menor será o erro amostral, porém maior será o

tempo demandado para o trabalho e consequentemente, maior o custo. Tem

sido comum a coleta em torno de 8 a 12 subamostras por ponto para a

amostragem de solo, essas são homogeneizadas gerando uma amostra

composta, posteriormente, os resultados laboratoriais de cada amostra são

vinculados às respectivas coordenadas. Para geração do mapa final é realizada

a interpolação dos dados, que estima valores em locais não amostrados,

preenchendo assim toda a superfície do mapa (Figura 2).

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Figura 2: Geração do mapa de fertilidade por meio da interpolação de dados obtidos por

amostragem em grade Fonte:http://www.agriculturadeprecisao.org.br/upimg/publicacoes/pub_boletim-tecnico-02---

amostragem-georreferenciada-03-02-2015.pdf

Desta forma, a densidade amostral, ou seja, a quantidade de pontos

amostrais por unidade de área afetam diretamente a qualidade do mapa final

gerado a partir da amostragem. Então, quanto maior a quantidade de pontos,

melhor é a representação da área, porém mais cara e laboriosa fica a coleta

e a análise das amostras.

Figura 3: Mapa de diagnóstico e prescrição de calagem

Amostragem direcionada

Na amostragem direcionada, não existe uma disposição regular dos

locais de amostragem. Eles são escolhidos com base em mapas já obtidos da

área, buscando investigar locais específicos no talhão. Para definir os pontos

de amostragem é recomendado o uso de mapas de produtividade, índice de

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vegetação, relevo, mapas de tipo de solo, textura ou condutividade elétrica do

solo. Esses mapas podem evidenciar regiões que necessitam investigação, por

exemplo, áreas de baixa produtividade ou baixo índice de vegetação (Figura

4). No caso de sistemas que empregam unidades de gestão diferenciada

(UGD), o direcionamento da amostragem será realizado com base nas UGDs,

ou seja, uma amostra composta por unidade. A amostragem direcionada é

recomendada para sistemas de produção mais amadurecidos em AP, já que

se exige histórico de dados sobre a área.

EQUIPAMENTOS PARA AMOSTRAGEM DE SOLO

Como a quantidade de amostras coletadas na agricultura de precisão é

significativamente maior do que na prática convencional, é natural que os

sistemas de coleta evoluíssem para ferramentas mais práticas e ágeis (Figura

5). Os sistemas de amostragem de solo são normalmente compostos por uma

fonte de potência, um elemento sacador e em alguns casos um veículo para

transporte. Como fonte de potência tem-se principalmente motores de

combustão interna, que são autônomos, os motores elétricos, que necessitam

de alimentação externa, ou os hidráulicos, que se utilizam do sistema

hidráulico do trator, do veículo ou de um motor e bomba hidráulica externos.

Como elemento sacador, têm-se os trados de rosca, caneca ou holandês e

caladores ou sondas. Os mais comuns em sistemas mecanizados de

amostragem são os trados de rosca e caladores. Como veículos, tem sido

comum a utilização de quadriciclos, caminhonetes, utilitários ou o próprio

trator.

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Figura 5: Amostrador hidráulico automatizado montado em quadriciclo

Paramos por aqui, até a próxima aula.

Bons estudos.

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LISTA DE QUESTÕES

1 - Professor – Solos - IF/MG- 2009

Os fatores que afetam a produtividade das culturas podem ser classificados

em genéticos e ecológicos. Assinalar a alternativa que cita os fatores ecológicos que

têm efeito sobre o desenvolvimento:

a) Umidade, adubação, energia radiante, temperatura, características de

subsolo e fatores bióticos.

b) Umidade, aeração, aplicação de fungicida, temperatura, características de

subsolo e fatores bióticos.

c) Umidade, aeração, energia radiante, temperatura, características de

subsolo e fatores bióticos.

d) Umidade, aeração, energia radiante, movimento intenso de máquinas,

características de subsolo e fatores bióticos.

2- Professor – Solos - IF/MG- 2009

No processo de cultivo de qualquer planta é importante que se obtenha índices

satisfatórios de produção, diminuição dos custos e incremento da margem de lucro.

Em relação a essa afirmativa, que importante lei da fertilidade do solo está

representada na figura acima?

a. Lei de Liebieg.

b. Lei da restituição.

c. Lei do mais com menos.

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d. Lei de Mitscherlich.

e. Lei do máximo.

3 - FUNDEP IFNMG Engenheiro Florestal – 2014

A amostragem é a primeira e principal etapa de um programa de avaliação da

fertilidade do solo, pois é com base na análise química dessa amostra que se

realiza a interpretação e são definidas as doses de corretivos e adubos. Em

relação a esse processo, é CORRETO afirmar que

a) no laboratório, não se consegue minimizar ou corrigir os erros cometidos

na amostragem do solo.

b) no laboratório, consegue-se corrigir os erros cometidos na amostragem do

solo com uma mistura média do solo da área.

c) no laboratório, se consegue minimizar os erros cometidos na amostragem

do solo sendo necessárias mais amostras simples.

d) no laboratório, não se corrigem os erros cometidos na amostragem do solo,

mas pode-se minimizar o erro realizando 3 (três) analises repetidas da

amostra composta.

4 - Engenheiro Agrônomo - PRGDP/UFLA -2013

Com relação à química do solo, é CORRETO afirmar:

(A) Nos solos inundados, ocorre o fenômeno de autocalagem.

(B) O fósforo é bastante móvel nos solos brasileiros; portanto, é maior a

resposta das culturas ao parcelamento desse nutriente.

(C) Os solos brasileiros podem ser considerados de alta fertilidade natural, em

razão das múltiplas vantagens nutricionais que apresentam.

(D) A rotação de culturas, o uso de adubos verdes e a aplicação de nitrogênio

contribuem para a preservação e/ou aumento da matéria orgânica do solo.

5 - Engenheiro Agrônomo - PRGDP/UFLA -2013

Com relação à fertilidade do solo e nutrição mineral das plantas, é CORRETO

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afirmar:

(A) Por ser exigido em pequenas quantidades pelas plantas, o N não é

considerado um nutriente.

(B) Para avaliação da fertilidade do solo, a análise dos teores de nitrogênio

mineral no solo é pouco utilizada no Brasil.

(C) O teor de água do solo e fatores ligados à planta não interferem na

disponibilidade de nutrientes para as culturas.

(D) A solução do solo é o compartimento ideal para avaliar a disponibilidade

de nutrientes para as plantas, uma vez que sua concentração é pouco variável.

6 - Engenheiro Agrônomo – PRGDP - UFLA - 2013

Quanto às afirmativas sobre solos, é correto afirmar, EXCETO:

(A) Em solos de regiões mais frias, predominam os minerais de argila de maior

atividade química.

(B) A matéria orgânica no solo tende a ser mais preservada nas áreas onde é

maior o teor de argila do solo.

(C) As taxas de mineralização da matéria orgânica do solo são menores nos

trópicos em relação àquelas dos solos de regiões temperadas.

(D) Entre todos os coloides encontrados no solo, é maior a chance de haver

grande densidade de cargas negativas nos coloides orgânicos.

7 - técnico de Laboratório – Solos - UFRPE - SUGEP/UFRPE - 2016

Para amostragens de solos com fins de análises físicas, é correto afirmar que:

A) independente do atributo físico a ser quantificado, a coleta deverá ser realizada

via trado.

B) independente do atributo físico a ser quantificado, a amostra do solo deverá ser

coletada, obrigatoriamente, via anel volumétrico ou em forma de agregado (torrão).

C) caso o objetivo seja a quantificação das frações granulométricas do solo, a

amostra deverá ser coletada, obrigatoriamente, via anel volumétrico, com auxílio do

amostrador tipo Uhland.

D) caso o objetivo seja a quantificação da densidade de partículas sólidas do solo, a

amostra deverá ser coletada, obrigatoriamente, em forma de agregado (torrão).

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E) caso o objetivo seja a quantificação da densidade do solo, sendo este com textura

argilosa, bem estruturado, a amostra deverá ser coletada, obrigatoriamente, via anel

volumétrico com auxílio do amostrador tipo Uhland ou em forma de agregado

(torrão).

8 - FUNRIO - UFRB - Técnico de Laboratório - 2015

Em um experimento laboratorial controlado, populações de uma espécie X de

minhoca apresentaram sobrevivência média de 90%, quando criadas em

condições ótimas de temperatura e oxigênio do solo. Por outro lado,

populações dessa mesma espécie de minhoca apresentaram, nas mesmas

condições de temperatura e umidade anteriores, sobrevivência média de

apenas 55%, quando a umidade do solo caiu para menos de 40%. As

diferenças encontradas podem ser explicadas por um importante conceito

ecológico, também denominado de:

A) Lei da Umidade Mínima.

B) Lei do Mínimo de Liebig

C) Lei da Temperatura Ótima.

D) Lei do Máximo de Alle

E) Lei do Distúrbio Intermediário.

9 -

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A figura acima representa uma lei da ecologia populacional. Essa lei expressa a ideia

de que o sucesso de um organismo em um meio ambiente depende de que nenhum

fator de sobrevivência exceda seu limite de tolerância, explicando que, para que um

ser vivo continue vivo, todos os fatores necessários à sua sobrevivência devem estar

presentes e afirma que o fator que apresentar condições mínimas poderá controlar o

processo. Essa lei populacional representada consiste na:

(A) Lei de Malthus

(B) Lei de Allee

(C) Lei de Verhulst

(D) Lei de Liebig

(E) Lei de Fenchel

10 - IFRS - Professor Agropecuária – 2016

Com relação à amostragem de solo para frutíferas é CORRETO afirmar:

a) A recomendação geral é amostrar o solo nas camadas de zero a 30 cm e,

em alguns casos (dependendo da cultura(A), de 30 a 60 cm de profundidade,

antes de iniciar o cultivo. Após o plantio, podem-se coletar amostras de zero

a 30 cm de profundidade para a reavaliação da fertilidade do solo.

b) A recomendação geral é amostrar o solo, exclusivamente com pá de corte,

nas camadas de zero a 20 cm e, em alguns casos (dependendo da cultur(A),

de 20 a 40 cm de profundidade, antes de iniciar o cultivo. Após o plantio,

podem - se coletar amostras de zero a 20 cm de profundidade para a

reavaliação da fertilidade do solo.

c) A recomendação geral é, independente do tipo de amostrador de solo (trado

rosca, trado calador, trado caneca, trado holandês, pá de corte ou trado

fatiador) amostrar o solo nas camadas de zero a 20 cm e, em alguns casos

(dependendo da cultur(A), de 20 a 40 cm de profundidade, antes de iniciar o

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cultivo. Após o plantio, podem-se coletar amostras de zero a 20 cm de

profundidade para a reavaliação da fertilidade do solo.

d) A recomendação geral é amostrar o solo, exclusivamente com pá de corte,

nas camadas de zero a 30 cm e, em alguns casos (dependendo da cultur(A),

de 30 a 60 cm de profundidade, antes de iniciar o cultivo. Após o plantio,

podem-se coletar amostras de zero a 30 cm de profundidade para a

reavaliação da fertilidade do solo.

e) A recomendação geral é, independente do tipo de amostrador de solo (trado

rosca, trado calador, trado caneca, trado holandês, pá de corte ou trado

fatiador), amostrar o solo nas camadas de zero a 40 cm e, em alguns casos

(dependendo da cultur(A), de 40 a 60 cm de profundidade, antes de iniciar o

cultivo. Após o plantio, podem-se coletar amostras de zero a 40 cm de

profundidade para a reavaliação da fertilidade do solo.

11 - Técnico em Laboratório – Solos - UFG - 2009

A amostragem constitui uma etapa importante em qualquer método analítico. Na

amostragem de solo para fins de fertilidade recomenda-se, para constituir uma

amostra composta, retirar, por área homogênea,

(A) 1 a 5 amostras simples.

(B) 5 a 10 amostras simples.

(C) 10 a 15 amostras simples.

(D) 15 a 20 amostras simples.

12 - VUNESP - MPE-ES - Engenheiro agrônomo - 2013

A amostragem de solo constitui etapa fundamental para o adequado preparo do

solo e correção da fertilidade.

Assinale a alternativa correta a respeito do processo de amostragem

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A) A amostra deve ser representativa da área considerada, ainda que ocorram

pequenas contaminações ou alterações significativas no seu processo de coleta,

secagem e acondicionamento.

B) Devem-se retirar amostras de antigos caminhos, de locais próximos a residências,

galpões, formigueiros, estradas, pocilgas, currais etc., de forma a representar os

diferentes atributos da área.

C) Nas culturas convencionais, a época ideal para a amostragem de solo para as

culturas anuais é logo após o término das colheitas; para as perenes, independente

da época do ano.

D) A propriedade deve ser dividida em glebas uniformes quanto a cor, textura,

topografia, profundidade do perfil, cultura atual e manejos anteriores em adubação

e calagem.

E) Na maioria dos casos, as amostras devem ser retiradas dos 20 cm mais superficiais

do solo, não sendo necessária a remoção de folhas caídas, detritos e restos culturais.

13 - VUNESP - MPE-ES - Engenheiro agrônomo - 2013

A amostragem de solo é considerada uma das etapas mais críticas de um programa

de recomendação de calagem e adubação para as diferentes culturas e zonas

agroecológicas do Brasil. Embora seja a etapa mais simples, é a operação mais

importante, pois uma pequena quantidade de solo coletada deverá representar os

atributos físico-químicos de uma grande área. Considerando a importância da etapa

de amostragem de solo em um programa de recomendação de calagem e adubação,

avalie as avalie as afirmativas abaixo:

I. O erro devido a uma amostragem de solo malconduzida é geralmente o mais

significativo, comparativamente às etapas de determinações químicas e físicas,

interpretação dos resultados das análises e recomendação de corretivos e

fertilizantes.

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II. O erro devido à amostragem de solo poderá ser corrigido nas etapas subsequentes

de um programa de adubação e calagem, por exemplo, por ocasião das

determinações químicas e físicas do solo.

III. Dados obtidos em campo por meio da observação são suficiente para determinar

possíveis problemas nutricionais das plantas.

IV. Os procedimentos de amostragem não precisam ser seguidos rigorosamente, pois

as análises laboratoriais corrigem falhas cometidas na coleta de solo em campo.

V. O solo é heterogêneo em sua distribuição na paisagem, sendo essa

heterogeneidade ampliada pelas práticas de manejo do solo, cultura e fertilização.

É correto apenas o que se afirma em

A - I e V.

B - III e V.

C - I, II e IV.

D - I, III e IV.

E - II, IV e V.

14 - Técnico de Laboratório – Fruticultura – UFPB - TAE – 2012

Nas áreas agrícolas, os solos e as plantas geralmente recebem uma grande carga de

agroquímicos, seja na forma de nutrientes ou de defensivos agrícolas. Considerando

que aa amostragem é determinante para análise de resíduos de agroquímicos, julgue

as assertivas abaixo:

O principal objetivo da amostragem é obter uma amostragem representativa da área

em questão.

o Certo

o Errado

15 - Técnico de Laboratório – Fruticultura – UFPB - TAE – 2012

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Nas áreas agrícolas, os solos e as plantas geralmente recebem uma grande carga

de agroquímicos, seja na forma de nutrientes ou de defensivos agrícolas.

Considerando que a amostragem é determinante para análise de resíduos de

agroquímicos, julgue as assertivas abaixo:

O período de realização da amostragem é tão importante quanto a escolha do

ponto de coleta.

SOLUÇÃO

16 - Técnico de Laboratório – Fruticultura – UFPB - TAE – 2012

Qualquer tipo de análise de solo ou de tecido vegetal tem por objetivo determinar

quantitativamente características químicas, físicas ou biológicas, que representam os

reais valores da respectiva característica. Considerando que a amostragem assume

papel de destaque no resultado final da análise, julgue a assertiva abaixo:

O trado, o calador e a pá reta são equipamentos próprios para amostragem de solo

o Certo

o Errado

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LISTA DE QUESTÕES COMENTADAS

1 - Professor – Solos - IF/MG- 2009

Os fatores que afetam a produtividade das culturas podem ser classificados

em genéticos e ecológicos. Assinalar a alternativa que cita os fatores ecológicos que

têm efeito sobre o desenvolvimento:

a) Umidade, adubação, energia radiante, temperatura, características de

subsolo e fatores bióticos.

b) Umidade, aeração, aplicação de fungicida, temperatura, características de

subsolo e fatores bióticos.

c) Umidade, aeração, energia radiante, temperatura, características de

subsolo e fatores bióticos.

d) Umidade, aeração, energia radiante, movimento intenso de máquinas,

características de subsolo e fatores bióticos.

SOLUÇÃO

Principais fatores ambientais que afetam o crescimento vegetal são a Luz,

Temperatura, Disponibilidade de água, Salinidade, Gases Oxigênio, Gás carbônico,

características de subsolos e Fatores bióticos são todos os organismos

vivos presentes no ecossistema e suas relações.

RESPOSTA C

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2- Professor – Solos - IF/MG- 2009

No processo de cultivo de qualquer planta é importante que se obtenha índices

satisfatórios de produção, diminuição dos custos e incremento da margem de lucro.

Em relação a essa afirmativa, que importante lei da fertilidade do solo está

representada na figura acima?

a. Lei de Liebieg.

b. Lei da restituição.

c. Lei do mais com menos.

d. Lei de Mitscherlich.

e. Lei do máximo.

SOLUÇÃO

Quando se aplica doses crescentes de um nutriente, os aumentos de

produção são elevados inicialmente, mas decrescem sucessivamente”. Assim,

Mitscherlich, observou que, com o aumento progressivo das doses de

nutrientes que estão em falta no solo, a produtividade aumentaria

rapidamente no início tendente a uma resposta linear e estes aumentos

tornavam-se cada vez menores até atingir um “plateau”, desta forma, não

haverá mais resposta a novas adições de adubos. Os fundamentos dessa lei

são básicos para análise econômica de experimentos de adubação, ou seja,

no cálculo da dose econômica. Produtividade econômica = produtividade que

proporciona maior lucro, ou seja, produzir mais unidade (kg ou t)/hectare,

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com menores custos de produção por unidade. Normalmente, a nível prático,

a dose econômica é de 80 - 90% da produção máxima.

RESPOSTA D

3 - FUNDEP IFNMG Engenheiro Florestal – 2014

A amostragem é a primeira e principal etapa de um programa de avaliação da

fertilidade do solo, pois é com base na análise química dessa amostra que se

realiza a interpretação e são definidas as doses de corretivos e adubos. Em

relação a esse processo, é CORRETO afirmar que

a) no laboratório, não se consegue minimizar ou corrigir os erros cometidos

na amostragem do solo.

b) no laboratório, consegue-se corrigir os erros cometidos na amostragem do

solo com uma mistura média do solo da área.

c) no laboratório, se consegue minimizar os erros cometidos na amostragem

do solo sendo necessárias mais amostras simples.

d) no laboratório, não se corrigem os erros cometidos na amostragem do solo,

mas pode-se minimizar o erro realizando 3 (três) analises repetidas da

amostra composta.

SOLUÇÃO

E comum o agricultor fazer a coleta indevida, não separa corretamente as

áreas, isso acarreta enorme prejuízo para ele mesmo, pois no laboratório não

se consegui corrigir os erros causados na amostragem.

RESPOSTA A

4 - Engenheiro Agrônomo - PRGDP/UFLA -2013

Com relação à química do solo, é CORRETO afirmar:

(A) Nos solos inundados, ocorre o fenômeno de autocalagem.

(B) O fósforo é bastante móvel nos solos brasileiros; portanto, é maior a

resposta das culturas ao parcelamento desse nutriente.

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(C) Os solos brasileiros podem ser considerados de alta fertilidade natural, em

razão das múltiplas vantagens nutricionais que apresentam.

(D) A rotação de culturas, o uso de adubos verdes e a aplicação de nitrogênio

contribuem para a preservação e/ou aumento da matéria orgânica do solo.

SOLUÇÃO

Em solos alagados, a correção da acidez acontece naturalmente, como

consequência do processo de redução do solo. Disso resulta o fenômeno

conhecido como “autocalagem”, que depende diretamente da atividade

microbiana do solo e constitui-se em um processo gradual e progressivo, até

atingir um ponto de equilíbrio.

RESPOSTA A

5 - Engenheiro Agrônomo - PRGDP/UFLA -2013

Com relação à fertilidade do solo e nutrição mineral das plantas, é CORRETO

afirmar:

(A) Por ser exigido em pequenas quantidades pelas plantas, o N não é

considerado um nutriente.

(B) Para avaliação da fertilidade do solo, a análise dos teores de nitrogênio

mineral no solo é pouco utilizada no Brasil.

(C) O teor de água do solo e fatores ligados à planta não interferem na

disponibilidade de nutrientes para as culturas.

(D) A solução do solo é o compartimento ideal para avaliar a disponibilidade

de nutrientes para as plantas, uma vez que sua concentração é pouco variável.

SOLUÇÃO

Iremos direto para a alternativa correta, pois a alternativa a dispensa

comentários, o item B, e o correto, assim a utilização da análise química de

solo para predizer as necessidades de corretivos e de adubos das culturas,

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geralmente, atende a critérios de eficiência, praticidade e precisão, que a

tornam fundamental em uma agricultura competitiva e ambientalmente

responsável. Apesar disso, no Estado de São Paulo e na maioria dos estados

do Brasil, o nitrogênio, nutriente mais caro, exigido em maior quantidade pela

maioria das plantas cultivadas, poluente e potencialmente tóxico para plantas

e animais, não é recomendado com base em análise química de solo. No

Estado de São Paulo, a recomendação de adubação nitrogenada para culturas

anuais é baseada em expectativa de produtividade e histórico de cultivo (RAIJ

et al., 1996), enquanto nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina

e na região do Cerrado ela é feita com base na expectativa de produtividade,

no histórico de cultivo e também nos teores de matéria orgânica do solo

(CANTARELLA, 2007). Nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina,

pesquisas têm demonstrado relações positivas entre a matéria orgânica do

solo e o nitrogênio mineralizado em incubação de solo (PÖTTKER & TEDESCO,

1979; REICHMANN SOBRINHO, 1989; CAMARGO et al., 1997; RHODEN et al.,

2006a), a absorção do nitrogênio ou a resposta ao nutriente por culturas

anuais em casa de vegetação ou a campo (ANGHINONI, 1986; GIANELLO et

al., 2000; RHODEN et al., 2006a,b). Experimentos clássicos realizados no

Estado de São Paulo, particularmente com a cultura do milho, sustentam, no

entanto, a decisão de não utilizar os teores de matéria orgânica para predizer

a resposta da cultura ao nitrogênio (RAIJ et al., 1981).

6 - Engenheiro Agrônomo – PRGDP - UFLA - 2013

Quanto às afirmativas sobre solos, é correto afirmar, EXCETO:

(A) Em solos de regiões mais frias, predominam os minerais de argila de maior

atividade química.

(B) A matéria orgânica no solo tende a ser mais preservada nas áreas onde é

maior o teor de argila do solo.

(C) As taxas de mineralização da matéria orgânica do solo são menores nos

RESPOSTA B

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trópicos em relação àquelas dos solos de regiões temperadas.

(D) Entre todos os coloides encontrados no solo, é maior a chance de haver

grande densidade de cargas negativas nos coloides orgânicos.

SOLUÇÃO

A letra C está incorreto, a taxa de mineralização da matéria orgânica em

regiões temperadas (ex. Europa Central) é de aproximadamente 2% e nos

trópicos úmidos (ex. Amazônia) é de 4 a 5%. Por outro lado, a produção de

biomassa, ou seja, de vegetação, é maior nos trópicos úmidos. Desta forma,

a taxa de mineralização e maior nos trópicos e menor nas regiões temperadas

RESPOSTA C Ass

7 - técnico de Laboratório – Solos - UFRPE - SUGEP/UFRPE - 2016

Para amostragens de solos com fins de análises físicas, é correto afirmar que:

A) independente do atributo físico a ser quantificado, a coleta deverá ser realizada

via trado.

B) independente do atributo físico a ser quantificado, a amostra do solo deverá ser

coletada, obrigatoriamente, via anel volumétrico ou em forma de agregado (torrão).

C) caso o objetivo seja a quantificação das frações granulométricas do solo, a

amostra deverá ser coletada, obrigatoriamente, via anel volumétrico, com auxílio do

amostrador tipo Uhland.

D) caso o objetivo seja a quantificação da densidade de partículas sólidas do solo, a

amostra deverá ser coletada, obrigatoriamente, em forma de agregado (torrão).

E) caso o objetivo seja a quantificação da densidade do solo, sendo este com textura

argilosa, bem estruturado, a amostra deverá ser coletada, obrigatoriamente, via anel

volumétrico com auxílio do amostrador tipo Uhland ou em forma de agregado

(torrão).

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SOLUÇÃO

Para avaliar a compactação do solo são utilizados alguns atributos físicos

como a resistência à penetração (RP) e densidade do solo (DS). Porém, esses

atributos variam muito de solo para solo dificultando o estabelecimento de

valores limitantes similares para todos os tipos de solo. Por exemplo, para um

mesmo valor de DS um solo argiloso pode estar muito compactado, enquanto

para outro tipo de solo com textura mais grosseira, esse valor pode indicar

solo extremamente solto (BEUTLER et al., 2008). HÅKANSSON & LIPIEC

(2000) afirmam que essas propriedades não podem ser diretamente utilizadas

para comparar o estado de compactação de solos diferentes. A propriedade

denominada densidade relativa do solo (Dsr) tem sido utilizada para

caracterizar o estado de compactação, que é menos influenciada pelas

características dos minerais no solo e independe do tipo e granulometria do

solo (HÅKANSSON & LIPIEC, 2000).

Sabendo que a Dsr é uma importante ferramenta para caracterizar o

estado de compactação de um solo, e que a mesma consiste na divisão da

densidade do solo atual pela densidade máxima do solo, é de suma

importância coletar o solo da melhor maneira possível, de maneira que a

amostra indique de fato a verdadeira densidade atual do solo, para que os

resultados representem a real situação da área em questão. A amostragem

do solo é o primeiro passo para o conhecimento e manutenção da qualidade

química e física do solo da área, e dessa forma, para que realize uma correta

recomendação do manejo do solo, visando uma boa produtividade das

culturas. Contudo, a maior fonte de erros de uma análise de solo está na

amostragem inadequada, o que pode conduzir a resultados falsos (FRÁGUAS,

1992).

Diante do exposto, temos diferentes tipos de amostradores de solo que

podem interferem no resultado da densidade do solo e, consequentemente,

na obtenção da porosidade total, implicando na forma em que o solo deverá

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ser manejado. Temos assim, alguns exemplos de amostradores de solo: trado

de rosca e de impacto, trado de rosca, trado Castelo, trado de encaixe e trado

tipo Uhland, sendo esse com coletor cuja capacidade é de um anel espaçador

e um cilindro de alumínio, com volume de 270 cm3. s amostras foram retiradas

do cilindro do coletor, em seguida foi realizado um corte no extremo excedente

de solo na parte inferior do anel, com a espátula, deixando apenas um pouco

de solo excedendo o tamanho do cilindro. Posteriormente as amostras são

embrulhadas em papel alumínio, e armazenadas em local fresco e lacrado

para não perder a umidade natural.

RESPOSTA E

8 - FUNRIO - UFRB - Técnico de Laboratório - 2015

Em um experimento laboratorial controlado, populações de uma espécie X de

minhoca apresentaram sobrevivência média de 90%, quando criadas em

condições ótimas de temperatura e oxigênio do solo. Por outro lado,

populações dessa mesma espécie de minhoca apresentaram, nas mesmas

condições de temperatura e umidade anteriores, sobrevivência média de

apenas 55%, quando a umidade do solo caiu para menos de 40%. As

diferenças encontradas podem ser explicadas por um importante conceito

ecológico, também denominado de:

A) Lei da Umidade Mínima.

B) Lei do Mínimo de Liebig

C) Lei da Temperatura Ótima.

D) Lei do Máximo de Alle

E) Lei do Distúrbio Intermediário.

SOLUÇÃO

A Lei do Mínimo em questão foi proposta pelo biólogo alemão Justus

Liebig ainda no século XIX, e diz que “o sucesso de um organismo em um

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meio ambiente depende de que nenhum fator de sobrevivência exceda seu

limite de tolerância”. Em outras palavras, para que um ser vivo continue vivo,

todos os fatores necessários à sua sobrevivência devem estar presentes, de

nada adiantando haver excesso de todos se um estiver em falta. Liebig

concluiu, acertadamente, que “o organismo não é mais forte que o elo mais

fraco de sua cadeia ecológica de necessidades”. Estudando a agricultura, ele

percebeu, por exemplo, que muitas culturas minguavam, não por falta dos

nutrientes necessários em grandes quantidades, como água e dióxido de

carbono, mas por insuficiência de uma substância que a planta necessita em

quantidades minúsculas, como o zinco. Sua afirmação de que “o crescimento

de uma planta é dependente da quantidade de alimento que se lhe apresente

em quantidade mínima”, foi adotada pela ciência como a “Lei do Mínimo de

Liebig”.

RESPOSTA B

9 - FUNRIO - UFRB - Técnico de Laboratório - 2015

A figura acima representa uma lei da ecologia populacional. Essa lei expressa a ideia

de que o sucesso de um organismo em um meio ambiente depende de que nenhum

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fator de sobrevivência exceda seu limite de tolerância, explicando que, para que um

ser vivo continue vivo, todos os fatores necessários à sua sobrevivência devem estar

presentes e afirma que o fator que apresentar condições mínimas poderá controlar o

processo. Essa lei populacional representada consiste na:

(A) Lei de Malthus

(B) Lei de Allee

(C) Lei de Verhulst

(D) Lei de Liebig

(E) Lei de Fenchel

SOLUÇÃO

E o que víamos na questão anterior.

RESPOSTA D

10 - IFRS - Professor Agropecuária – 2016

Com relação à amostragem de solo para frutíferas é CORRETO afirmar:

a) A recomendação geral é amostrar o solo nas camadas de zero a 30 cm e,

em alguns casos (dependendo da cultura(A), de 30 a 60 cm de profundidade,

antes de iniciar o cultivo. Após o plantio, podem-se coletar amostras de zero

a 30 cm de profundidade para a reavaliação da fertilidade do solo.

b) A recomendação geral é amostrar o solo, exclusivamente com pá de corte,

nas camadas de zero a 20 cm e, em alguns casos (dependendo da cultur(A),

de 20 a 40 cm de profundidade, antes de iniciar o cultivo. Após o plantio,

podem - se coletar amostras de zero a 20 cm de profundidade para a

reavaliação da fertilidade do solo.

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c) A recomendação geral é, independente do tipo de amostrador de solo (trado

rosca, trado calador, trado caneca, trado holandês, pá de corte ou trado

fatiador) amostrar o solo nas camadas de zero a 20 cm e, em alguns casos

(dependendo da cultur(A), de 20 a 40 cm de profundidade, antes de iniciar o

cultivo. Após o plantio, podem-se coletar amostras de zero a 20 cm de

profundidade para a reavaliação da fertilidade do solo.

d) A recomendação geral é amostrar o solo, exclusivamente com pá de corte,

nas camadas de zero a 30 cm e, em alguns casos (dependendo da cultur(A),

de 30 a 60 cm de profundidade, antes de iniciar o cultivo. Após o plantio,

podem-se coletar amostras de zero a 30 cm de profundidade para a

reavaliação da fertilidade do solo.

e) A recomendação geral é, independente do tipo de amostrador de solo (trado

rosca, trado calador, trado caneca, trado holandês, pá de corte ou trado

fatiador), amostrar o solo nas camadas de zero a 40 cm e, em alguns casos

(dependendo da cultur(A), de 40 a 60 cm de profundidade, antes de iniciar o

cultivo. Após o plantio, podem-se coletar amostras de zero a 40 cm de

profundidade para a reavaliação da fertilidade do solo.

SOLUÇÃO

De maneira geral, a amostra é retirada à profundidade de 20 cm,

devendo representar uma porção uniforme de 0 a 20 cm. Em áreas ainda não

preparadas mecanicamente (aração, gradagem, etc.) ou com cobertura

morta, deve-se limpar a superfície do solo nos locais escolhidos para retirar

as subamostras, removendo-se folhas, ramos ou galhos com cautela

suficiente para não remover parte significativa do solo. A adoção das

amostragens a 20 cm apresenta vantagens na uniformização do procedimento

que permite a comparação de resultados obtidos no passado, visando a

constituição de um histórico da fertilidade química, e também possibilita a

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comparação com resultados de análise de solos de outras localidades.

Amostragem nesta profundidade vem sendo normalmente adotada em

sistemas de cultivo convencional, onde o preparo do solo, para a semeadura

da cultura anual, consiste numa aração e duas gradagens. Neste sistema, o

solo sofre um revolvimento na camada de 0-20 cm. Objetivando averiguar o

ambiente radicular no subsolo, recomenda-se ainda que se faça a amostragem

nas profundidades de 20-40 e 40-60 cm. Há evidências de que nestas

profundidades a presença de alta quantidade de alumínio associada à

deficiência de cálcio, possam atuar como uma barreira química, impedindo o

crescimento radicular em profundidade. Para o algodoeiro, o conhecimento

das condições de acidez subsuperficial é muito importante, pois saturações de

alumínio superiores a 20 % podem comprometer ou até inviabilizar a cultura

nestas áreas. Este procedimento de amostragem também é recomendado

para áreas novas de cultivo. Em pastagens sob manejo extensivo, onde

raramente se faz adubações ou renovações, também se recomenda a

amostragem na profundidade de 0-20 cm.

Em sistemas de plantio direto há uma tendência de concentração dos

nutrientes e da matéria orgânica nos primeiros centímetros de solo, devendo-

se basicamente ao padrão de mobilidade dos íons no solo, não incorporação

de fertilizantes e corretivos através do revolvimento e ao enriquecimento das

camadas mais superficiais pela decomposição dos resíduos das culturas.

Assim, visando detectar a existência ou não de um gradiente de fertilidade,

torna-se necessário executar uma amostragem mais estratificada: 0-10, 10-

20, 20-40 e 40-60 cm. Tal procedimento deve ser adotado também para

pastagens sob manejo intensivo.

Para culturas perenes (Ex. café e frutíferas) já instaladas, amostrar de

0-10, 10-20, 20-40 e 40-60 cm na projeção da copa, que é o local da

adubação, podendo-se retirar uma segunda amostra entre as linhas de plantio

ou no centro das ruas, porque a aplicação por vários anos de fertilizantes sob

a projeção da copa causa não apenas um gradiente de fertilidade vertical,

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como no plantio direto, mas também horizontal. Embora as culturas perenes

tenham um sistema radicular mais profundo, elas apresentam menor

demanda de nutrientes por volume de solo e por unidade de tempo do que as

culturas anuais, devido ao crescimento lento e à absorção diferencial de

nutrientes durante o ano. Isto torna necessário que se avalie um maior

número de camadas para o diagnóstico da fertilidade. Na instalação das

culturas, a amostragem deve ser feita na profundidade de 0-20, 20-40 e 40-

60 cm.

A amostragem em lavouras para plantio de cana-de-açúcar deve ser

feita nas profundidades de 0-25 e 25-50 cm, cerca de dois meses antes do

plantio. Já para as soqueiras deve-se realizar a amostragem logo após o corte,

retirando as subamostras a cerca de um palmo (20 a 25 cm) da linha. As

amostras retiradas na linha irão superestimar os teores de P e K, enquanto as

na entrelinha superestimarão os teores de Ca e Mg (e, portanto, a Soma de

Bases e V%), e subestimar o P e K.

RESPOSTA C

11 - Técnico em Laboratório – Solos - UFG - 2009

A amostragem constitui uma etapa importante em qualquer método analítico. Na

amostragem de solo para fins de fertilidade recomenda-se, para constituir uma

amostra composta, retirar, por área homogênea,

(A) 1 a 5 amostras simples.

(B) 5 a 10 amostras simples.

(C) 10 a 15 amostras simples.

(D) 15 a 20 amostras simples.

SOLUÇÃO

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Considerando a variabilidade do terreno, a subárea não deve ser superior

a 20 ha; para cada subárea, coletar quinze a vinte amostras simples a uma

profundidade de 0 - 20 cm e outras vinte a uma profundidade de 20 - 40 cm,

colocando a terra em duas vasilhas limpas. Misturar toda terra coletada de

cada profundidade e, da mistura, retirar uma amostra composta com

aproximadamente 0,5 kg de solo e colocá-la num saco plástico limpo ou numa

caixinha de papelão. Identificar essas duas amostras e enviá-las para um

laboratório;

RESPOSTA D

12 - VUNESP - MPE-ES - Engenheiro agrônomo - 2013

A amostragem de solo constitui etapa fundamental para o adequado preparo do

solo e correção da fertilidade.

Assinale a alternativa correta a respeito do processo de amostragem

A) A amostra deve ser representativa da área considerada, ainda que ocorram

pequenas contaminações ou alterações significativas no seu processo de coleta,

secagem e acondicionamento.

B) Devem-se retirar amostras de antigos caminhos, de locais próximos a residências,

galpões, formigueiros, estradas, pocilgas, currais etc., de forma a representar os

diferentes atributos da área.

C) Nas culturas convencionais, a época ideal para a amostragem de solo para as

culturas anuais é logo após o término das colheitas; para as perenes, independente

da época do ano.

D) A propriedade deve ser dividida em glebas uniformes quanto a cor, textura,

topografia, profundidade do perfil, cultura atual e manejos anteriores em adubação

e calagem.

E) Na maioria dos casos, as amostras devem ser retiradas dos 20 cm mais superficiais

do solo, não sendo necessária a remoção de folhas caídas, detritos e restos culturais.

SOLUÇÃO

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O recomendado é que a coleta seja feita no mínimo 3 meses antes do

plantio. Com isso tem-se o tempo adequado para levar a amostra ao

laboratório; receber os resultados; levá-los a um profissional da área para que

ele estabeleça as recomendações. Assim, a amostragem da propriedade ou a

área deve ser dividida em glebas de até 10 hectares, numerando-se cada uma

delas, devendo ser homogêneas quanto ao uso anterior, tipo de solo e aspecto

geral da vegetação. As glebas são percorridas em ziguezague, retirando-se 20

amostras simples, que devem ser misturadas, separando-se uma amostra

composta de 300 grama para ser enviada ao laboratório.

RESPOSTA D

13 - VUNESP - MPE-ES - Engenheiro agrônomo - 2013

A amostragem de solo é considerada uma das etapas mais críticas de um programa

de recomendação de calagem e adubação para as diferentes culturas e zonas

agroecológicas do Brasil. Embora seja a etapa mais simples, é a operação mais

importante, pois uma pequena quantidade de solo coletada deverá representar os

atributos físico-químicos de uma grande área. Considerando a importância da etapa

de amostragem de solo em um programa de recomendação de calagem e adubação,

avalie as avalie as afirmativas abaixo:

I. O erro devido a uma amostragem de solo malconduzida é geralmente o mais

significativo, comparativamente às etapas de determinações químicas e físicas,

interpretação dos resultados das análises e recomendação de corretivos e

fertilizantes.

II. O erro devido à amostragem de solo poderá ser corrigido nas etapas subsequentes

de um programa de adubação e calagem, por exemplo, por ocasião das

determinações químicas e físicas do solo.

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III. Dados obtidos em campo por meio da observação são suficiente para determinar

possíveis problemas nutricionais das plantas.

IV. Os procedimentos de amostragem não precisam ser seguidos rigorosamente, pois

as análises laboratoriais corrigem falhas cometidas na coleta de solo em campo.

V. O solo é heterogêneo em sua distribuição na paisagem, sendo essa

heterogeneidade ampliada pelas práticas de manejo do solo, cultura e fertilização.

É correto apenas o que se afirma em

A - I e V.

B - III e V.

C - I, II e IV.

D - I, III e IV.

E - II, IV e V.

SOLUÇÃO

Questão tranquila, a amostragem é considerada a fase mais crítica de

um programa de recomendação de correção e adubação baseado em análise

química de terra. O objetivo da amostragem é caracterizar a fertilidade de

uma área ou gleba de grande dimensão, por meio da determinação das

quantidades de nutrientes e outros elementos presentes, através de uma

pequena fração de terra. A pesquisa tenta sistematizar certos procedimentos

a fim de minimizar os erros de amostragem, devido a heterogeneidade que os

solos apresentam. Os responsáveis pela coleta devem seguir com muito

critério os procedimentos sugeridos, principalmente com relação à escolha da

área a amostrar, número de subamostras a serem coletadas que representem

adequadamente o solo, e os cuidados pertinentes no momento da coleta.

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RESPOSTA D

14 - Técnico de Laboratório – Fruticultura – UFPB - TAE – 2012

Nas áreas agrícolas, os solos e as plantas geralmente recebem uma grande carga de

agroquímicos, seja na forma de nutrientes ou de defensivos agrícolas. Considerando

que aa amostragem é determinante para análise de resíduos de agroquímicos, julgue

as assertivas abaixo:

O principal objetivo da amostragem é obter uma amostragem representativa da área

em questão.

o Certo

o Errado

SOLUÇÃO

Questão tranquila, o procedimento da amostragem do solo tem por

objetivo coletar o material mais representativo possível de determinado

espaço físico e que tenha influência sobre o crescimento das plantas. Por esse

motivo, a amostragem é considerada a etapa mais crítica de todo o processo

de análise. Se por qualquer razão a amostra não for representativa, seus

resultados não corresponderão à realidade da gleba amostrada, já que no

laboratório não há possibilidade de se efetuar qualquer tipo de ajuste ou

correção.

RESPOSTA CERTO

15 - Técnico de Laboratório – Fruticultura – UFPB - TAE – 2012

Nas áreas agrícolas, os solos e as plantas geralmente recebem uma grande carga

de agroquímicos, seja na forma de nutrientes ou de defensivos agrícolas.

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Considerando que a amostragem é determinante para análise de resíduos de

agroquímicos, julgue as assertivas abaixo:

O período de realização da amostragem é tão importante quanto a escolha do

ponto de coleta.

SOLUÇÃO

Assim, é muito importância definir essa data, devemos considerar o

tempo gasto no transporte até o laboratório, a realização da análise das

amostras, o envio dos resultados analíticos e a recomendação de calagem e

adubação ao interessado esse é o ponto mais crítico, por isso é aconselhável

coletar as amostras de solo no mínimo 90 dias antes do plantio, isso para

culturas anuais.

RESPOSTA CERTO

16 - Técnico de Laboratório – Fruticultura – UFPB - TAE – 2012

Qualquer tipo de análise de solo ou de tecido vegetal tem por objetivo determinar

quantitativamente características químicas, físicas ou biológicas, que representam os

reais valores da respectiva característica. Considerando que a amostragem assume

papel de destaque no resultado final da análise, julgue a assertiva abaixo:

O trado, o calador e a pá reta são equipamentos próprios para amostragem de solo

o Certo

o Errado

SOLUÇÃO

Existem diversos tipos de equipamentos que podem ser utilizados para

a coleta de amostras de solos, a escolha deve-se basear principalmente no

tipo de solo e na habilidade do operador que vai retirar a amostra. Devem ser

de aço inoxidável, para evitar contaminações principalmente de

micronutrientes. As principais ferramentas de amostragem são:

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Trados – Apresentam bom desempenho. Seu uso pode ser prejudicado em

solos de textura arenosa e baixa umidade. Exigem maior esforço, mas

permitem retiradas de mesmo volume em cada ponto. O tipo caneco é o

melhor para solos compactados e secos, e também nos turfosos ou

orgânicos. O tipo calador é ideal para solos de textura média e úmidos.

Pá reta, enxadão ou cavadeira – Mais simples e disponíveis em qualquer

propriedade. Requer prática, pois não é preciso no volume de terra e

profundidade de amostragem. Acarreta maior demora para uma perfeita

amostragem.

Sonda – Retira volumes iguais e na mesma profundidade, trabalha

praticamente em qualquer tipo de solo, sendo mais difícil sua utilização em

solos mais duros. É rápido e evita contato da terra com as mãos.

RESPOSTA CERTO

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GABARITO

1 - C 2 - D 3 - A 4 - A 5 - B

6 - C 7 - E 8 - B 9 - D 10 - C

11 - D 12 - D 13 - D 14 - CERTO 15 - CERTO

16 - CERTO

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BIBLIOGRAFIA

http://www.ceinfo.cnpat.embrapa.br/arquivos/LabSolos/amostragem.html.acessado 2m 07/03/2017

http://embracal.com.br/informacoes-tecnicas/qual-a-importancia-da-amostragem-de-solo/. acessado

08/03/2017

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