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G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ Fibria Celulose S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2010 e relatório dos auditores independentes

Fibria Celulose S.A. · 10 Instrumentos financeiros derivativos 45 11 Contas a receber de clientes 50 12 Estoques 52 13 Impostos a recuperar 52 14 Tributos sobre o lucro 54 ... Instrumentos

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Fibria Celulose S.A. Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2010 e relatório dos auditores independentes

2

G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras Aos Administradores e Acionistas Fibria Celulose S.A. Examinamos as demonstrações financeiras individuais da Fibria Celulose S.A. ("Companhia" ou "Controladora") que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas.

Examinamos também as demonstrações financeiras consolidadas da Fibria Celulose S.A. e suas controladas ("Consolidado") que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas.

Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras

A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou por erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou por erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das políticas contábeis

Fibria Celulose S.A.

3 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Opinião sobre as demonstrações financeiras individuais

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Fibria Celulose S.A. em 31 de dezembro de 2010, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Fibria Celulose S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2010, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Ênfase

Conforme descrito na Nota 2, as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. No caso da Fibria Celulose S.A., essas práticas diferem do IFRS, aplicável às demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dos investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto pelo método de equivalência patrimonial, uma vez que para fins de IFRS seria custo ou valor justo.

Outros assuntos Demonstrações do valor adicionado

Examinamos, também, as demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Auditoria dos valores correspondentes ao exercício anterior

O exame das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2009, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram relatório de auditoria com data de 25 de fevereiro de 2010, sem ressalvas.

Fibria Celulose S.A.

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Como parte de nossos exames das demonstrações financeiras de 2010, examinamos também os ajustes descritos na Nota 3 que foram efetuados para alterar as demonstrações financeiras de 2009. Em nossa opinião, tais ajustes são apropriados e foram corretamente efetuados. Não fomos contratados para auditar, revisar ou aplicar quaisquer outros procedimentos sobre as demonstrações financeiras da Companhia referentes ao exercício de 2009 e, portanto, não expressamos opinião ou qualquer forma de asseguração sobre as demonstrações financeiras de 2009 tomadas em conjunto. São Paulo, 14 de fevereiro de 2011 PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 Carlos Eduardo Guaraná Mendonça Contador CRC 1SP196994/O-2

1 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

Índice Demonstrações financeiras Balanços patrimoniais 3 Demonstrações do resultado 4 Demonstrações das mutações do patrimônio líquido 5 Demonstrações dos fluxos de caixa 6 Demonstrações do valor adicionado 8 Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras 1 Contexto operacional 9 2 Apresentação das demonstrações financeiras e principais práticas contábeis adotadas 11 2.1 Base de apresentação 11 2.2 Consolidação 11 2.3 Apresentação de relatórios por segmentos 13 2.4 Conversão em moeda estrangeira 13 2.5 Caixa e equivalentes de caixa 14 2.6 Ativos financeiros 14 2.7 Instrumentos financeiros derivativos e atividades de edge 16 2.8 Contas a receber 16 2.9 Estoques 17 2.10 Tributos sobre o lucro 17 2.11 Ativos intangíveis 17 2.12 Imobilizado 19 2.13 Operações de arrendamento mercantil 19 2.14 Ativos biológicos 20 2.15 Combinação de negócios 20 2.16 Impairment de ativos não financeiros 20 2.17 Contas a pagar aos fornecedores 21 2.18 Empréstimos e financiamentos 21 2.19 Outros ativos e passivos (circulantes e não circulantes) 21 2.20 Benefícios a administradores e empregados 21 2.21 Ativos e passivos contingentes e obrigações legais 22 2.22 Reconhecimento de receita 23 2.23 Distribuição de dividendos 23 2.24 Ativo não circulante mantido para a venda e resultado de operações descontinuadas 24 2.25 Normas, alterações e interpretações de normas que ainda não estão em vigor 24 3 Adoção do IFRS pela primeira vez 26 3.1 Base da transição para o IFRS 26 3.2 Sumário das práticas contábeis modificadas e demonstração dos efeitos no resultado e no patrimônio líquido - conciliação entre os critérios contábeis anteriores - IFRS 27 4 Estimativas e premissas contábeis críticas 30 5 Gestão de risco financeiro 32 5.1 Fatores de risco financeiro 32 5.2 Gestão de capital 37 5.3 Estimativa do valor justo 38 5.4 Demonstrativo da análise de sensibilidade 39 6 Instrumentos financeiros por categoria 40 7 Qualidade dos créditos dos ativos financeiros 42 8 Caixa e equivalentes de caixa 44

2 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

9 Títulos e valores mobiliários 45 10 Instrumentos financeiros derivativos 45 11 Contas a receber de clientes 50 12 Estoques 52 13 Impostos a recuperar 52 14 Tributos sobre o lucro 54 15 Transações e saldos relevantes com partes relacionadas 56 16 Investimentos em controladas e coligadas 62 17 Imobilizado 65 18 Ativos biológicos 69 19 Intangível 70 20 Adiantamentos a fornecedores - Programa Produtor Florestal 73 21 Empréstimos e financiamentos 74 22 Contingências 83 23 Compromissos de longo prazo 90 24 Patrimônio líquido 91 25 Benefícios a empregados 92 26 Programa de remuneração baseado em ações - Phantom Stock Options (PSO) 94 27 Receita líquida 96 28 Resultado financeiro 97 29 Despesas por natureza 98 30 Outras receitas e despesas operacionais, líquidas 98 31 Cobertura de seguros 99 32 Informação por segmento 99 33 Lucro por ação 100 34 Combinação de negócios 100 35 Ativo não circulante mantido para a venda e resultado de operações descontinuadas 102 36 Eventos após a data do balanço 105

Fibria Celulose S.A. e subsidiárias

Balanços patrimoniais Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

3 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

Controladora

Consolidado

Controladora

Consolidado

31 de

31 de

1

o de

31 de

31 de

1

o de

31 de

31 de

1

o de

31 de

31 de

1

o de

dezembro

dezembro

janeiro

dezembro

dezembro

janeiro

dezembro

dezembro

janeiro

dezembro

dezembro

janeiro

Ativo de 2010

de 2009

de 2009

de 2010

de 2009

de 2009

Passivo e patrimônio líquido de 2010

de 2009

de 2009

de 2010

de 2009

de 2009

Circulante

Circulante

Caixa e equivalentes de caixa (Nota 8) 8.890

188.427

18.878

431.463

645.479

157.995

Empréstimos e financiamentos (Nota 21) 305.265

1.246.365

3.119.749

623.684

1.790.256

5.020.858 Títulos e valores mobiliários (Nota 9) 1.582.620

2.843.215

348.954

1.640.935

3.251.903

728.178

Fornecedores 275.157

424.247

136.771

424.488

384.282

191.842

Instrumentos financeiros derivativos (Nota 10) 80.392

80.502

5.122

Salários e encargos sociais 95.783

96.976

46.831

121.691

123.326

52.836 Contas a receber de clientes (Nota 11) 738.540

1.143.442

709.223

1.138.176

1.167.151

438.174

Impostos e taxas a recolher 35.927

22.724

5.205

63.436

39.400

24.504

Estoques (Nota 12) 360.448

370.646

267.295

1.013.841

834.371

446.810

Instrumentos financeiros derivativos (Nota 10)

3.900

224.747

235.574 Impostos a recuperar (Nota 13) 211.683

216.051

146.608

282.423

231.294

217.168

Partes relacionadas (Nota 15) 123.770

21.765

14.875

Ativos mantidos para a venda (Nota 35) 1.196.149

1.196.149

Contas a pagar com aquisições de ações

Dividendos a receber

167.027

(Nota 34(b)) 1.440.676

2.430.289

1.440.676

2.430.289

Demais contas a receber e outros ativos 85.591

210.419

69.476

115.165

254.222

93.129

Passivos relacionados aos ativos mantidos

para venda (Nota 35) 95.926

95.926

4.264.313

4.972.200

1.727.461

5.898.654

6.389.542

2.081.454

Dividendos a pagar (Nota 24(c)) 266.300

266.300

Demais contas a pagar 278.741

46.988

57.819

156.135

53.664

78.458

Não circulante

Títulos e valores mobiliários (Nota 9)

65.439

65.439

780

2.917.545

4.293.254

3.605.997

3.192.336

4.821.217

5.604.072

Instrumentos financeiros derivativos (Nota 10) 52.470

52.470

Partes relacionadas (Nota 15) 1.233

5.307

Não circulante

Impostos diferidos (Nota 14) 932.908

802.750

722.411

1.332.025

1.283.544

871.763

Empréstimos e financiamentos (Nota 21) 5.186.399

3.715.686

851.558

9.957.773

9.511.141

1.051.383 Impostos a recuperar (Nota 13) 283.180

262.698

159.577

590.967

372.509

171.359

Instrumentos financeiros derivativos (Nota 10)

7.818

14.591

Adiantamentos a fornecedores (Nota 20) 565.358

600.421

36.095

693.490

720.127

89.498

Impostos e taxas a recolher 75.050

72.361

75.365

72.631

8.532 Demais contas a receber 120.114

102.110

48.957

145.768

120.644

57.534

Impostos diferidos (Nota 14) 893.634

653.573

86.485

1.222.360

975.420

298.145

Investimentos em controladas e coligada

Obrigações com partes relacionadas (Nota 15) 4.465.810

5.174.199

671.888

(Nota 16) 8.752.893

11.330.192

4.130.275

8.301

15.430

2.802

Provisão para contingências (Nota 22) 147.340

334.361

71.704

155.028

340.934

129.694

Ativos biológicos (Nota 18) 2.376.015

2.621.315

1.092.535

3.550.636

3.791.084

1.890.898

Contas a pagar com aquisições de ações

Imobilizado (Nota 17) 6.899.046

4.449.540

3.127.537

12.979.431

14.037.031

7.539.695

(Nota 34(b))

1.253.890

1.253.890

Intangível (Nota 19) 4.900.163

5.437.905

509.759

4.906.443

5.443.354

631.875

Demais contas a pagar 80.502

90.752

75.891

155.784

188.052

46.853

24.883.380

25.672.370

9.827.146

24.264.838

25.849.162

11.256.204

10.848.735

11.294.822

1.765.344

11.566.310

12.342.068

1.549.198

Patrimônio líquido

Capital social (Nota 24) 8.379.397

8.379.397

3.052.211

8.379.397

8.379.397

3.052.211

Reserva de capital 2.688

2.688

2.688

2.688

2.688

2.688

Ações em tesouraria (10.346 ) (756 )

(10.346 ) (756 )

Ajuste de avaliação patrimonial 1.627.903

1.629.098

12.073

1.627.903

1.629.098

12.073

Reservas de lucros (Nota 24) 5.381.771

5.046.067

3.116.294

5.381.771

5.046.067

3.116.294

Patrimônio líquido atribuído aos acionistas 15.381.413

15.056.494

6.183.266

15.381.413

15.056.494

6.183.266

Participação de não controladores

23.433

18.925

1.122

Patrimônio líquido 15.381.413 15.056.494 6.183.266 15.404.846 15.075.419 6.184.388

Total do ativo 29.147.693 30.644.570 11.554.607 30.163.492 32.238.704 13.337.658 Total do passivo e patrimônio líquido 29.147.693 30.644.570 11.554.607 30.163.492 32.238.704 13.337.658

Fibria Celulose S.A. e subsidiárias

Demonstrações do resultado Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais, exceto lucro por ação

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

4 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

Controladora

Consolidado

2010

2009

2010

2009

Operações em continuidade

Receita líquida de vendas (Nota 27) 3.763.814

1.424.730

6.283.387

5.292.972

Custos dos produtos vendidos (3.412.222 ) (1.272.735 ) (4.694.659 ) (4.555.729 )

Lucro bruto 351.592

151.995

1.588.728

737.243

Despesas com vendas (Nota 29) (146.898 ) (74.854 ) (281.428 ) (296.974 ) Depesas gerais e administrativas (Nota 29) (241.377 ) (140.739 ) (285.885 ) (271.020 ) Honorários da diretoria (Nota 15(b)) (25.945 ) (7.730 ) (26.431 ) (25.103 ) Resultado da equivalência patrimonial (Nota 16) 706.587

547.260

(7.328 ) (1.133 )

Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas (Nota 30) (7.896 ) 1.114.401

(7.499 ) 1.609.016

284.471

1.438.338

(608.571 ) 1.014.786

Resultado antes das receitas e despesas financeiras 636.063

1.590.333

980.157

1.752.029

Receitas financeiras (Nota 28) 407.288

144.843

526.710

664.421 Despesas financeiras (Nota 28) (842.146 ) (598.109 ) (1.192.532 ) (1.318.851 ) Variações monetárias e cambiais, líquidas (Nota 28) 313.724

824.854

301.604

2.225.965

(121.134 ) 371.588

(364.218 ) 1.571.535

Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido 514.929

1.961.921

615.939

3.323.564

Imposto de renda e contribuição social

Corrente (Nota 14) 82.922

59.627

(30.660 )

Diferido (Nota 14) (73.717 ) (125.791 ) (146.924 ) (796.529 )

Lucro líquido do exercício proveniente de operações em continuidade 524.134

1.836.130

528.642

2.496.375

Operações descontinuadas

Lucro líquido do exercício proveniente de operações descontinuadas (Nota 35) 74.512

93.095

74.512

93.095

Lucro líquido do exercício 598.646

1.929.225

603.154

2.589.470

Atribuível aos

Acionistas da Companhia

Lucro proveniente de operações em continuidade

524.134

1.836.130 Lucro proveniente de operações descontinuadas

74.512

93.095

598.646

1.929.225

Acionistas não controladores

Lucro proveniente de operações em continuidade

4.508

660.245

603.154

2.589.470

Lucro básico e diluído por ação de operações em continuidade (em reais) (Nota 33) 1,12

7,17

1,12

7,17

Lucro básico e diluído por ação de operações descontinuadas 0,16 0,39 0,16 0,39

Não houve outros resultados abrangentes nos exercícios divulgados, portanto não se apresenta uma demonstração do resultado abrangente.

Fibria Celulose S.A. e subsidiárias

Demonstrações das mutações do patrimônio líquido Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

5 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

Reservas de lucros

Reserva especial

Ajuste de

para dividendo

Capital

Reserva de

Ações em

avaliação

Para

obrigatório

Lucros

Participação de

Patrimônio

social

capital

tesouraria

patrimonial Legal

investimentos

não distribuido

acumulados

Total

não controladores

líquido total

Em 31 de dezembro de 2008 3.052.211

2.688

12.073 248.193

835.241

4.150.406

1.122

4.151.528 Ajuste de exercícios anteriores

Adoção das normas internacionais de contabilidade (Nota 3)

2.032.860

2.032.860

2.032.860 Destinação para a reserva de lucros

2.032.860

(2.032.860 )

Patrimônio líquido ajustado em 1o de janeiro de 2009 3.052.211

2.688

12.073 248.193

2.868.101

6.183.266

1.122

6.184.388

Lucro líquido do exercício

1.929.225

1.929.225

660.245

2.589.470 Realização da reserva de reavaliação

(1.799 )

1.799

Aumento de capital (Nota 1) 4.005.091

4.005.091

4.005.091 Aquisição de ações

(756 )

(756 )

(756 )

Emissão de ações (Nota 24) 529.843

792.252

1.322.095

1.322.095 Capitalização da reserva de capital (Nota 24) 792.252

(792.252 )

Outros

(1.251 )

(1.251 )

(1.251 ) Valor justo da participação de não controladores na data da

aquisição da Aracruz (Nota 34)

2.078.056

2.078.056 Resultado da transação realizada com acionistas não

controladores na combinação de negócios realizadas em

estágio - Aracruz (Nota 34)

1.618.824

1.618.824

(2.720.498 ) (1.101.674 )

Destinação para reserva legal

25.675

(25.675 ) Dividendo mínimo obrigatório

121.958

(121.958 )

Destinação para a reserva de lucros

1.783.391

(1.783.391 )

Em 31 de dezembro de 2009 8.379.397

2.688

(756 ) 1.629.098 273.868

4.650.241

121.958

15.056.494

18.925

15.075.419

Lucro líquido do exercício

598.646

598.646

4.508

603.154 Realização da reserva de reavaliação

(1.195 )

1.195

Aquisição de ações

(9.590 )

(9.590 )

(9.590 ) Destinação para a reserva legal (Nota 24(d))

29.932

(29.932 )

Distribuição de dividendos (Nota 24(c))

(121.958 ) (142.179 ) (264.137 )

(264.137 ) Destinação para a reserva de lucros

427.730

(427.730 )

Em 31 de dezembro de 2010 8.379.397

2.688

(10.346 ) 1.627.903 303.800

5.077.971

15.381.413

23.433

15.404.846

Fibria Celulose S.A. e subsidiárias

Demonstrações dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

6 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

Controladora

Consolidado

2010

2009

2010

2009

Resultado antes do imposto de renda e contribuição social

sobre o lucro líquido das operações continuadas 514.929

1.961.921

615.939

3.323.564

Ajustes por

Lucro antes do imposto de renda e contribuição social de operações descontinuadas (Nota 35) 112.897

141.053

112.897

141.053

Depreciação, exaustão e amortização 1.061.051

414.450

1.763.593

1.330.266 Variação cambial e monetária (313.797 ) (636.487 ) (301.677 ) (2.626.572 ) Valor justo de contratos derivativos (152.087 ) (20.195 ) (152.284 ) (148.403 ) Resultado da equivalência patrimonial (706.587 ) (547.260 ) 7.329

1.133

Ganho na alienação de investimento

(33.414 ) Ajuste a Valor Presente (AVP) de contas a pagar por aquisição de ações 289.830

311.845

289.830

474.536

Perda (ganho) na alienação de imobilizado 2.860

5.821

17.472

(3.177 ) Apropriação de juros sobre títulos e valores mobiliários (158.075 ) (90.427 ) (199.000 ) (172.730 ) Apropriação de juros sobre financiamento 373.769

254.597

743.417

753.658

Amortização de mais valia de ativos (2.285 ) 515.491

320.554 Variação no valor justo de ativos biológicos (13.082 ) (304.376 ) (92.319 ) (551.604 ) Ganho na remensuração da participação inicial detida na Aracruz

(1.378.924 )

(1.378.924 )

Complemento (reversão) de provisões e outros 41.780

30.780

53.281

(41.445 )

Decréscimo (acréscimo) em ativos

Contas a receber de clientes 91.041

(59.228 ) (354.363 ) (393.082 )

Estoques (110.124 ) (22.090 ) (255.280 ) 67.197 Impostos a recuperar (3.719 ) 64.231

(104.054 ) 47.367

Partes relacionadas 4.231

15.080

(5.307 )

Outros ativos 123.248

13.822

82.713

(43.269 )

Acréscimo (decréscimo) em passivos

Fornecedores 96.766

(12.812 ) 81.788

(86.474 )

Impostos e taxas a recolher (5.129 ) (420 ) 6.574

(69.340 ) Salários e encargos sociais 6.341

5.149

5.924

25.734

Partes relacionadas (264.195 )

Outros passivos 142.618

(7.422 ) (3.416 ) (99.761 )

Caixa proveniente das operações 1.132.281

654.599

2.313.057

836.867

Juros recebidos sobre títulos e valores mobiliários 92.572

66.067

120.848

700.040 Juros pagos sobre financiamentos (327.789 ) (220.590 ) (722.305 ) (739.683 ) Imposto de renda e contribuição social pagos

(15.514 ) (7.433 )

Dividendos

167.026

Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 897.064

667.102

1.696.086

789.791

Atividades de investimento

Aquisição de participação societária líquida de caixa incluído na aquisição (2.533.333 ) (1.331.477 ) (2.533.333 ) (1.364.329 ) Aquisição de imobilizado (771.609 ) (240.479 ) (1.066.129 ) (1.670.676 ) Intangíveis e outros (4.942 ) (5.702 ) (17.773 ) 7.336 Títulos e valores mobiliários 1.391.536

(2.535.340 ) 1.754.560

(2.465.103 )

Receita na venda unidade de Guaíba

2.273.373 Aumento de capital em controlada (228.819 ) (1.187.554 )

Receita na venda de ativo imobilizado 17.354

1.014

19.990

21.084 Contratos de derivativos liquidados 15.326

(211.985 ) 24.434

(211.985 )

Dividendos recebidos 301.083

Outros 273

(1.500 )

Fibria Celulose S.A. e subsidiárias

Demonstrações dos fluxos de caixa Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais (continuação)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

7 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

Controladora

Consolidado

2010

2009

2010

2009

Caixa usado nas atividades de investimentos (1.813.131 ) (5.513.023 ) (1.818.251 ) (3.410.300 )

Atividades de financiamento

Captações de empréstimos e financiamentos 3.527.019

947.334

6.291.579

5.795.100

Liquidação de empréstimos e financiamentos - principal (2.770.141 ) (1.282.522 ) (6.342.426 ) (5.561.399 ) Subscrição de capital por acionistas

2.998.391

2.998.391

Compra de ações para manutenção em tesouraria (9.587 )

(9.587 )

Transaçoes financeiras com partes relacionadas

219.396

Outros (3.286 ) (30 ) (127 ) (40 )

Caixa gerado (usado) nas atividades de financiamentos 744.005

2.882.569

(60.561 ) 3.232.052

Efeitos da variação cambial no caixa (7.475 )

(31.290 ) (124.059 ) Caixa e equivalentes de caixa oriundos da incorporação da Aracruz

2.132.901

Acréscimo (decréscimo) líquido em caixa e equivalentes de caixa (179.537 ) 169.549

(214.016 ) 487.484

Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 188.427

18.878

645.479

157.995

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 8.890

188.427

431.463

645.479

Informações suplementares sobre transações que não envolvem caixa Assunção de passivo na aquisição Aracruz 1.440.676 3.684.179 1.440.676 3.684.179 Troca de ações com BNDESPar na aquisição da Aracruz 864.020 864.020 Subscrição de capital pelas Famílias e família Safra 173.637 173.637

Fibria Celulose S.A. e subsidiárias

Demonstrações do valor adicionado Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

8 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

Controladora

Consolidado

2010

2009

2010

2009

Receitas Vendas brutas de produtos e serviços (menos devoluções

de vendas) 4.991.428

2.580.936

8.625.441

6.540.879 Provisão para deterioração de créditos a receber (22.728 ) (19.863 ) (22.728 ) (19.863 )

Receitas relativas à construção de ativos próprios e outras 1.275.696

1.862.946

1.493.649

3.965.167

6.244.396

4.424.019

10.096.362

10.486.183

Insumos adquiridos de terceiros Custo dos produtos e serviços vendidos (inclui matérias-primas) (2.743.521 ) (896.122 ) (4.250.033 ) (3.381.006 )

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (1.369.956 ) (871.708 ) (1.871.116 ) (2.554.597 )

(4.113.477 ) (1.767.830 ) (6.121.149 ) (5.935.603 )

Valor adicionado bruto 2.130.919

2.656.189

3.975.213

4.550.580

Retenções Depreciação, amortização e exaustão (1.061.051 ) (414.450 ) (1.763.593 ) (1.330.266 )

Amortização de mais valia de ativos

(515.491 )

(320.554 )

Valor adicionado líquido produzido pela Empresa 1.069.868

1.726.248

2.211.620

2.899.760

Valor adicionado recebido em transferência Resultado de equivalência patrimonial 706.587

547.260

(7.329 ) (1.133 ) Receitas financeiras 1.891.478

2.309.111

2.626.665

4.937.684

2.598.065

2.856.371

2.619.336

4.936.551

Valor adicionado total a distribuir 3.667.933

4.582.619

4.830.956

7.836.311

Distribuição do valor adicionado Pessoal e encargos 473.110

246.976

601.497

655.896 Remuneração direta 359.407

176.091

446.205

442.996

Benefícios 89.636

59.377

125.683

183.169 Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) 24.067

11.508

29.609

29.731

Impostos, taxas e contribuições 502.556

490.200

634.897

1.158.587 Federais 243.979

279.809

369.598

961.594

Estaduais 241.522

207.020

246.103

189.066 Municipais 17.055

3.371

19.196

7.927

Juros provisionados e aluguéis 2.093.620

1.916.218

2.991.407

3.432.358 Lucros retidos 598.647

1.929.225

598.647

1.929.225

Participação de não controladores

4.508

660.245

Valor adicionado distribuído 3.667.933

4.582.619

4.830.956

7.836.311

Fibria Celulose S.A. e subsidiárias

Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 Em milhares de reais

9 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

1 Contexto operacional Considerações gerais A Fibria Celulose S.A. (anteriormente denominada Votorantim Celulose e Papel S.A. ("VCP") e doravante também referida nesta demonstração como "Fibria", "Empresa" ou "Companhia") e suas empresas controladas (conjuntamente o "Grupo"), é uma Sociedade Anônima por ações, constituída de acordo com as leis da República Federativa do Brasil, sediada no estado de São Paulo e tem como atividade preponderante o negócio florestal renovável, bem como a industrialização e o comércio de celulose de fibra curta. Os negócios da Companhia são fortemente afetados pelos preços que vigoram no mercado mundial de papel e celulose, historicamente cíclicos e sujeitos a flutuações significativas em períodos curtos, em decorrência de vários fatores, como: (a) demanda mundial por produtos de papel e celulose; (b) capacidade de produção mundial e estratégias adotadas pelos principais produtores; e (c) disponibilidade de substitutos para esses produtos. Todos esses fatores estão fora do controle de gestão da Companhia. As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 14 de fevereiro de 2011, considerando os eventos subsequentes ocorridos até essa data, que tiveram efeito sobre as divulgações das referidas demonstrações.

(a) Aquisição das ações da Aracruz Em 2001, a Companhia adquiriu 28% do capital votante, equivalente a uma participação no capital total de 12,35%, na Aracruz Celulose S.A. ("Aracruz"), uma Companhia aberta estabelecida no Estado do Espírito Santo. Em 21 de janeiro de 2009, a Companhia adquiriu, de um grupo de famílias, a participação de 12,35% do capital total da Aracruz, que representavam 28% do capital votante ou 127.506.457 ações ordinárias, por intermédio da compra da Arapar S.A. ("Arapar") e São Teófilo Representação e Participações S.A. ("São Teófilo"), pelo montante de R$ 2.710.000, a serem pagos em seis parcelas semestrais, com vencimentos até julho de 2011, sem qualquer correção ou acréscimo. Adicionalmente, em 5 de março de 2009, a Companhia adquiriu mais 127.506.457 ações ordinárias de emissão da Aracruz, que representavam aproximadamente 28% do capital social votante, pelo preço de R$ 2.710.000 a serem pagos em seis parcelas semestrais, com vencimentos até julho de 2011, sem qualquer correção ou acréscimo. Em 27 de maio de 2009, o BNDES Participações S.A. - BNDESPAR, como titular de 56.880.857 ações ordinárias da Aracruz, subscreveu 43.588.699 ações preferenciais de emissão da VCP, integralizando-as com aquelas ações ordinárias de emissão da Aracruz, equivalente a 12,49% do capital votante (ou 5,51% do capital total), totalizando R$ 828.185. Em 1o de julho de 2009, foi encerrada a Oferta Pública de Ações Tag Along para os acionistas que detinham ações ON da Aracruz "ARCZ3". O total das ações objeto da OPA era de 15.507.357 ações ordinárias, em que as ordens de venda totalizaram 13.828.307 ações ordinárias, adesão equivalente a 89% do total de destinatários. O valor desta operação foi de R$ 236.633 e está dividido em seis parcelas semestrais que ocorrerá até julho de 2011, sem qualquer correção ou acréscimo.

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Em 17 de julho de 2009, os acionistas da VCP e da Aracruz anunciaram as aprovações do plano de troca das ações preferenciais da Aracruz por ações ordinárias da VCP, na proporção de uma ação preferencial da Aracruz por 0,1347 de ação ordinária da VCP. Essa relação de troca foi previamente examinada e aprovada pelos Conselhos de Administração das duas companhias, após recomendação dos Comitês Especiais Independentes também de ambas as companhias, constituídos especificamente para este propósito.

Em 24 de agosto de 2009, as Assembleias Gerais Extraordinárias (AGE) da VCP e da Aracruz aprovaram a incorporação de todas as ações representativas do capital social da Aracruz pela VCP de acordo com os termos e condições aprovados pelos Conselhos de Administração. A AGE confirmou a aquisição do controle da Aracruz, de acordo com o artigo 256 da Lei das S.A. Consequentemente, o último dia em que as ações da Aracruz foram negociadas na BM&FBOVESPA e na NYSE foi 17 de novembro de 2009. As ações da Aracruz originalmente mantidas em custódia para o ADS migraram para as ações ordinárias da Companhia.

Os efeitos da combinação de negócio estão demonstrados na Nota 34.

(b) Venda da Unidade de Guaíba

Em 15 de dezembro de 2009, a Companhia concluiu a venda, para a Empresas CMPC S.A., sediada em Santiago, Chile, dos elementos patrimoniais representados pelas instalações industriais, terras e florestas que formam o conjunto conhecido como unidade de Guaíba, no município de Guaíba, Estado do Rio Grande do Sul. O valor da venda contratado e ajustado foi de R$ 2.416 milhões, a qual gerou ganho de capital de R$ 33.414.

Em 2009, esta unidade geradora de caixa alienada representou 9% no resultado bruto da Companhia, sendo que as receitas líquidas e custos das vendas destas unidades totalizaram R$ 428.339 e R$ 343.640, respectivamente.

(c) Incorporações de Empresas

Em 21 de dezembro de 2009, foi aprovada na AGE da Fibria a incorporação da Arapar e da São Teófilo pela Companhia. Em 22 de dezembro de 2009, foi aprovada a incorporação da Aracruz pela Companhia. Considerando que a Fibria era titular da totalidade do capital das sociedades incorporadas, não houve aumento no seu capital social.

Em 30 de setembro de 2010, foi aprovada na Assembleia Geral Extraordinária da Fibria a incorporação da controlada integral Alícia Papéis S.A., pelos seus valores contábeis, conforme a seguir: Ativo Passivo e patrimônio líquido Circulante Circulante Contas a receber - partes relacionadas 238.230 Débitos com partes relacionadas 22.546

Impostos a recuperar 5.860

Patrimônio líquido 244.090 Capital social 1.826.202

Reserva de lucros 1.378.776

Não circulante Impostos a recuperar 4.680 3.204.978 Imobilizado 2.978.754

2.983.434

Total do ativo 3.227.524 Total do passivo e patrimônio líquido 3.227.524

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2 Apresentação das demonstrações financeiras e principais práticas contábeis adotadas

2.1 Base de apresentação

(a) Demonstrações financeiras consolidadas As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia estão sendo apresentadas de acordo com os padrões internacionais de demonstrações financeiras (International Financial Reporting Standards (IFRS)), sendo estas as primeiras demonstrações financeiras apresentadas de acordo com IFRS pela Companhia. Estas demonstrações financeiras foram elaboradas com base nos pronunciamentos plenamente convergentes com as normas internacionais de contabilidade, emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e referendados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As principais diferenças entre as práticas contábeis anteriormente adotadas no Brasil e o IFRS, incluindo as reconciliações do patrimônio líquido e do resultado abrangente, estão descritas na Nota 3.

(b) Demonstrações financeiras individuais As demonstrações financeiras individuais da controladora também foram elaboradas com base nas normas internacionais de contabilidade, exceção feita apenas pela avaliação dos investimentos em controladas e coligadas pelo método de equivalência patrimonial, enquanto conforme IFRS seria custo ou valor justo, e são publicadas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas.

2.2 Consolidação

2.2.1 Demonstrações financeiras consolidadas

(a) Controladas Controladas são todas as entidades (inclusive entidades de propósito específico) cujas atividades financeiras e operacionais podem ser conduzidas pelo Grupo e nas quais normalmente há uma participação acionária de mais da metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto, que são atualmente exercíveis ou conversíveis, são levados em consideração ao avaliar se o Grupo controla outra entidade. As controladas são integralmente consolidadas a partir da data em que o controle é transferido para o Grupo e deixam de ser consolidadas a partir da data em que o controle cessa. As participações em fundos de investimentos exclusivos foram consolidadas considerando a segregação dos investimentos que compõem o patrimônio do fundo. As controladas em conjunto são empresas na qual a Companhia mantém o compartilhamento do controle, contratualmente estabelecido, sobre sua atividade econômica e que existe somente quando as decisões estratégicas, financeiras e operacionais relativas à atividade exigirem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle. As controladas em conjunto Veracel Celulose S.A. ("Veracel"), Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda. ("Asapir") e VOTO - Votorantim Overseas Trading Operations IV Limited ("VOTO IV") foram consolidadas proporcionalmente ao percentual de participação. Transações entre as empresas do Grupo, bem como os saldos e os ganhos não realizados nessas operações, são eliminados. Os prejuízos não realizados também são eliminados a menos que a operação

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forneça evidência de uma perda do ativo transferido. As políticas contábeis das controladas são ajustadas, quando necessário, para assegurar a consistência com as políticas contábeis adotadas pelo Grupo.

(b) Coligadas Coligadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo tem influência significativa, mas não o controle ou o controle em conjunto. Os investimentos em coligadas são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial e são, inicialmente, reconhecidos pelo seu valor de custo. A participação do Grupo nos lucros ou prejuízos de sua coligada pós-aquisição é reconhecida na demonstração do resultado e sua participação na movimentação em reservas pós-aquisição é reconhecida nas reservas. As movimentações cumulativas pós-aquisição são ajustadas contra o valor contábil do investimento. Quando a participação do Grupo nas perdas de uma coligada for igual ou superior à sua participação na coligada, incluindo quaisquer outros recebíveis, o Grupo não reconhece perdas adicionais, a menos que tenha incorrido em obrigações ou efetuado pagamentos em nome da coligada. Os ganhos não realizados das operações entre o Grupo e suas coligadas são eliminados na proporção da participação do Grupo na coligada. As perdas não realizadas também são eliminadas, a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das coligadas são ajustadas, quando necessário, para assegurar a consistência com as políticas contábeis adotadas pelo Grupo. Os ganhos e as perdas de diluição, ocorridos em participações em coligadas, são reconhecidos na demonstração do resultado.

(c) Empresas incluídas as demonstrações financeiras consolidadas As empresas controladas incluídas na consolidação estão demonstradas a seguir: Percentual do capital total 2010 2009

No Brasil Normus Empreendimentos e Participações Ltda. 100 100 Fibria-MS Celulose Sul Mato-Grossense Ltda. 100 100 Fibria Terminais Portuários S.A. 100 100 Projetos Especiais e Investimentos S.A. 100 100 Alicia Papéis S.A. (i) 100 Mucuri Agroflorestal S.A. 100 100 Portocel - Terminal Especializado de Barra do Riacho S.A. 51 51 Veracel Celulose S.A. 50 50 Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda. 50 50 No exterior VOTO - Votorantim Overseas Trading Operations IV Limited 50 50 Fibria Trading Internacional KFT. 100 100 Fibria Overseas Holding KFT. 100 100 Newark Financial Inc. 100 100

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Percentual do capital total

2010 2009 VCP North America Inc. 100 100 Fibria Overseas Finance Ltd. 100 100 Fibria International GMBH. 100 100 Fibria Celulose (USA) Inc. 100 100 Ara Pulp - Com. de Importação e Exp. Unipessoal Lda. (iii) 100 Riocell Limited 100 100 Riocell Trade S.A. 100 100 Aracruz Trading S.A. (ii) 100 Fibria (Europe) SA 100 100 (i) Em 30 de setembro de 2010, a controlada Alícia Papéis S.A. foi incorporada, conforme aprovação em AGE da

mesma data. (ii) Em 30 de setembro de 2010, a controlada Aracruz Trading S.A. foi liquidada, sendo o acervo líquido contábil

convertido para a Companhia. (iii) Em de 17 de dezembro de 2010, a controlada Ara Pulp - Com. de Importação e Exp. Unipessoal Lda. foi

liquidada, sendo o acervo líquido contábil convertido para a Companhia.

2.2.2 Demonstrações financeiras individuais

No balanço patrimonial individual, essas participações são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial. De acordo com esse método, o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente ajustado pelo reconhecimento da participação atribuída à Companhia nas alterações dos ativos líquidos da investida. Ajustes no valor contábil do investimento também são necessários pelo reconhecimento da participação proporcional da Companhia nas variações de saldo dos componentes dos ajuste de avaliação patrimonial da investida, reconhecidos diretamente em seu patrimônio líquido. Tais variações são reconhecidas de forma reflexa, ou seja, em ajuste de avaliação patrimonial diretamente no patrimônio líquido.

2.3 Apresentação de relatórios por segmentos

As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente com o relatório interno fornecido para o principal tomador de decisões operacionais. O principal tomador de decisões operacionais, responsável pela alocação de recursos e pela avaliação de desempenho dos segmentos operacionais, é a Diretoria Executiva responsável, inclusive, pela tomada das decisões estratégicas da Companhia.

2.4 Conversão em moeda estrangeira

(a) Moeda funcional e moeda de apresentação

A moeda funcional da Companhia e de todas as suas controladas e coligadas é o real, mesma moeda de preparação e apresentação das demonstrações financeiras da Companhia, individual e consolidadas.

(b) Transações e saldos

As operações com moedas estrangeiras são convertidas em moeda funcional, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, na qual os itens são mensurados. Os ganhos e

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as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes aos ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado.

Os ganhos e as perdas cambiais relacionados com empréstimos, caixa e equivalentes de caixa são apresentados na demonstração do resultado como receita ou despesa financeira.

2.5 Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, cujos vencimentos originais são inferiores a três meses, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor, bem como as contas garantidas, na medida em que são consideradas como uma extensão da gestão de caixa da Companhia.

2.6 Ativos financeiros

2.6.1 Classificação

A Companhia e suas controladas classificam seus ativos financeiros nas seguintes categorias: (i) mantidos para negociação, (ii) empréstimos e recebíveis e (iii) mantidos até o vencimento. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos.

(a) Mantidos para negociação

Os ativos financeiros mantidos para negociação têm como característica a sua negociação ativa e frequente, principalmente, no curto prazo. Esses ativos são mensurados por seu valor justo, e suas variações são reconhecidas no resultado do exercício, na rubrica "Receitas financeiras" ou "Despesas financeiras", dependendo do resultado obtido.

(b) Empréstimos e recebíveis

São incluídos nesta categoria os empréstimos e os recebíveis com pagamentos fixos ou determináveis não cotados em mercado ativo. Os empréstimos e os recebíveis são atualizados de acordo com a taxa efetiva da respectiva transação. Compreende-se como taxa efetiva aquela fixada nos contratos e ajustada pelos respectivos custos de cada transação.

(c) Ativos mantidos até o vencimento

São os ativos financeiros cotados em mercado ativo que a Companhia tem intenção e capacidade financeira de manter até o vencimento. São avaliados pelo custo de aquisição, acrescidos dos rendimentos contratuais auferidos em contrapartida ao resultado do exercício, com base na taxa de juros efetiva.

(d) Valor justo

O valor justo dos investimentos com cotação pública se baseia nos preços atuais de mercado. Para os ativos financeiros sem mercado ativo, a Companhia estabelece o valor justo por meio de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem a comparação com operações recentes contratadas com terceiros, a referência a outros instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa descontados e os modelos de precificação de opções.

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A Companhia avalia, periodicamente, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro esteja registrado com valor acima de seu valor recuperável. Quando aplicável, é reconhecida provisão para desvalorização desse ativo (impairment).

2.6.2 Reconhecimento e mensuração

As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação - data na qual o Grupo se compromete a comprar ou vender o ativo. Os investimentos são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acrescidos dos custos da transação para todos os ativos financeiros não mensurados ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio de resultado são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transação são debitados à demonstração do resultado. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde que as empresas do Grupo tenham transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade. Os ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado são subsequentemente, contabilizados pelo valor justo. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva.

Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor justo de ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado são apresentados na demonstração do resultado na rubrica "Receitas financeiras" ou "Despesas financeiras" no exercício em que ocorrem, de acordo com o resultado obtido.

2.6.3 Compensação de instrumentos financeiros

Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é reportado no balanço patrimonial quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e há uma intenção de liquidá-los numa base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

2.6.4 Impairment de ativos financeiros

Ativos mensurados ao custo amortizado

A Companhia avalia no final de cada período de apresentação do relatório se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e os prejuízos de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um "evento de perda") e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável.

Os critérios que a Companhia usa para determinar se há evidência objetiva de uma perda por impairment incluem:

. dificuldade financeira relevante do emitente ou tomador;

. uma quebra de contrato, como inadimplência ou mora no pagamento dos juros ou principal;

. o Grupo, por razões econômicas ou jurídicas relativas à dificuldade financeira do tomador de empréstimo, garante ao tomador uma concessão que o credor não consideraria;

. torna-se provável que o tomador declare falência ou outra reorganização financeira;

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. o desaparecimento de um mercado ativo para aquele ativo financeiro devido às dificuldades financeiras;

. dados observáveis indicando que há uma redução mensurável nos futuros fluxos de caixa estimados a

partir de uma carteira de ativos financeiros desde o reconhecimento inicial daqueles ativos, embora a diminuição não possa ainda ser identificada com os ativos financeiros individuais na carteira, incluindo:

.. mudanças adversas na situação do pagamento dos tomadores de empréstimo na carteira;

.. condições econômicas nacionais ou locais que se correlacionam com as inadimplências sobre os

ativos na carteira. O montante do prejuízo é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor contábil do ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração do resultado. Se um empréstimo ou investimento mantido até o vencimento tiver uma taxa de juros variável, a taxa de desconto para medir uma perda por impairment é a atual taxa de juros efetiva determinada de acordo com o contrato. Como um expediente prático, o Grupo pode mensurar o impairment com base no valor justo de um instrumento utilizando um preço de mercado observável. Se, num período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser relacionada objetivamente com um evento que ocorreu após o impairment ser reconhecido (como uma melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida anteriormente será reconhecida na demonstração do resultado.

2.7 Instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos é celebrado e são, subsequentemente, mensurados ao seu valor justo com as variações lançadas em contrapartida do resultado. Embora a Companhia faça uso de derivativos com o objetivo de proteção, não foi aplicada contabilização de hedge (hedge accounting) para os períodos apresentados. O valor justo dos instrumentos derivativos está divulgado na Nota 10.

2.8 Contas a receber As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de celulose e papel no decurso normal das atividades da Companhia. Se o prazo de recebimento é equivalente a um ano ou menos, as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, estão apresentadas no ativo não circulante. São inicialmente reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo método da taxa de juros efetiva menos a provisão para impairment, se necessária. As contas a receber de clientes no mercado externo são atualizadas com base nas taxas de câmbio vigentes na data de encerramento do balanço. A provisão para impairment é estabelecida quando existe uma evidência objetiva de que as empresas do Grupo não serão capazes de cobrar todos os valores devidos de acordo com os prazos originais das contas a receber. O cálculo da provisão é baseado em estimativa suficiente para cobrir prováveis perdas na realização das contas a receber, considerando a situação de cada cliente e respectivas garantias oferecidas.

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2.9 Estoques

Os estoques são demonstrados pelo menor entre o custo médio das compras ou da produção e o valor de realização. O custo dos produtos acabados e dos produtos em elaboração compreende matérias-primas, mão de obra direta, outros custos diretos e despesas gerais de produção. As matérias-primas provenientes dos ativos biológicos são mensuradas ao valor justo menos as despesas de venda no ponto da colheita, quando são transferidas do ativo não circulante para o grupo de estoques. As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação. O valor líquido de realização é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios, menos as despesas comerciais variáveis aplicáveis.

2.10 Tributos sobre o lucro

As despesas com tributos sobre o lucro do período compreendem o imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido correntes e diferidos. O imposto de renda e a contribuição social são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio. Nesse caso, o imposto de renda e a contribuição social também são reconhecidos no patrimônio, na rubrica "Ajuste de avaliação patrimonial".

O encargo de imposto de renda corrente é calculado com base nas leis tributárias promulgadasnos países em que empresas as controladas e coligadas atuam e geram lucro tributáavel. A administração avalia, periodicamente, as posições assumidas pela Companhia nas declarações de impostos de renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações. Estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores que deverão ser pagos às autoridades fiscais.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos usando o método do passivo sobre as diferenças temporárias decorrentes de diferenças entre as bases fiscais dos ativos e passivos e seus valores contábeis nas demonstrações financeiras. Entretanto, o imposto de renda diferido passivo não é reconhecido se resultado do reconhecimento inicial do ágio; o imposto de renda diferido não é contabilizado se resultar do reconhecimento inicial de um ativo ou passivo em uma operação que não seja uma combinação de negócios, a qual, na época da transação, não afeta o patrimônio ou o resultado contábil, nem o lucro real ou o prejuízo fiscal. O imposto de renda diferido e a contribuição social são determinados com base nas alíquotas vigentes na data do balanço e, que devem ser aplicadas quando o respectivo imposto de renda diferido ativo for realizado ou quando o imposto de renda diferido passivo for liquidado.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos ativos são reconhecidos somente na proporção da probabilidade de que lucro tributário futuro esteja disponível e contra o qual as diferenças temporárias possam ser usadas.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos sobre as diferenças temporárias decorrentes dos investimentos em controladas e coligadas, exceto quando o momento da reversão das diferenças temporárias seja controlado pelo Grupo, e desde que seja provável que a diferença temporária não seja revertida em um futuro previsível.

2.11 Ativos intangíveis

(a) Ágio

O ágio é representado pela diferença positiva entre o custo de aquisição e o montante líquido do valor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida. O ágio de controladas é registrado como "ativo

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intangível". O ágio é testado anualmente para verificar prováveis perdas (impairment) e contabilizado pelo seu valor de custo menos as perdas acumuladas por impairment, que não são revertidas. Os ganhos e as perdas da alienação de uma entidade incluem o valor contábil do ágio relacionado à entidade vendida.

O ágio é alocado às Unidades Geradoras de Caixa (UGCs) para fins de teste de impairment. A alocação é feita para as UGCs ou para o grupo de UGCs que devem se beneficiar da combinação de negócios da qual o ágio se originou, devidamente segregada, de acordo com o segmento operacional.

(b) Database

A database compreende o conhecimento técnico construído ao longo de vários anos e à base de dados de tecnologia florestal e industrial originado da aquisição da Aracruz. Estes ativos proporcionam uma melhora na produtividade dos eucaliptos por hectare e nos processos industriais de produção de celulose.

A database é reconhecida pelo valor justo na data da aquisição, uma vez que tem vida útil definida e é registrada pelo seu valor de custo menos a amortização acumulada. A amortização é calculada pelo método linear, à taxa anual de 10%, e registrada no resultado no grupo "Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas".

A base de dados de tecnologia florestal e industrial é composta por: CEDOC (centro de documentação), BIP (base de informação de processo e pesquisa), KDP (software utilizado na gestão de conhecimento) e Microbacia (sensores e marcadores que captam o efeito da chuva nas áreas plantadas ao longo do seu ciclo).

(c) Patente

A patente registrada foi adquirida na aquisição da Aracruz e corresponde ao desenvolvimento efetuado pela área de pesquisa e do processo de metalocationalização de polpa celulósica para uma aplicação e cliente específico.

A patente é reconhecida pelo valor justo na data da aquisição, uma vez que tem vida útil definida e é registrada pelo seu valor de custo menos a amortização acumulada. A amortização é calculada pelo método linear, com base na taxa anual de 15,9%.

(d) Relacionamento com fornecedor

Este ativo intangível abrange o valor do contrato legado pela Companhia na aquisição da Aracruz, relacionado ao fornecimento de óleo diesel e álcool combustível e para fornecimento de produtos químicos.

Esse ativo é reconhecido pelo valor justo na data da aquisição, uma vez que tem vida útil definida e é registrado pelo seu valor de custo menos a amortização acumulada. A amortização, é calculada pelo método linear, com base na taxa anual de 20% para fornecedores e óleo diesel e álcool e de 6,3% para produtos químicos.

(e) Desenvolvimento e implantação de sistemas (softwares)

Os custos associados à manutenção de softwares são reconhecidos como despesa, conforme incorridos. Os custos de desenvolvimento que são diretamente atribuíveis ao projeto e aos testes de produtos de

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software identificáveis e exclusivos, controlados pelo Grupo, são reconhecidos como ativos intangíveis quando os seguintes critérios são atendidos: (i) é tecnicamente viável concluir o software para que ele esteja disponível para uso; (ii) a administração pretende concluir o software e usá-lo ou vendê-lo; (iii) o software pode ser vendido ou usado; (iv) o software gerará benefícios econômicos futuros prováveis, que podem ser demonstrados; (v) estão disponíveis recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir o desenvolvimento e para usar ou vender o software; e (vi) o gasto atribuível ao software durante seu desenvolvimento pode ser mensurado com segurança. Outros gastos de desenvolvimento que não atendam a esses critérios são reconhecidos como despesa, conforme incorridos. Os custos de desenvolvimento de softwares reconhecidos como ativos são amortizados pelo método linear, com base na taxa anual de 20%.

2.12 Imobilizado Os bens do imobilizado são registrados ao custo e depreciados pelo método linear, considerando-se a estimativa da vida útil-econômica dos respectivos componentes. As taxas anuais de depreciação estão mencionadas na Nota 17. Reparos e manutenção são apropriados ao resultado durante o período em que são incorridos. O custo das principais reformas é acrescido ao valor contábil do ativo quando os benefícios econômicos futuros ultrapassam o padrão de desempenho inicialmente estimado para o ativo. As reformas são depreciadas ao longo da vida útil restante do ativo relacionado. Os custos dos encargos sobre empréstimos tomados para financiar a construção do imobilizado são capitalizados durante o período necessário para executar e preparar o ativo para o uso pretendido. Os terrenos não são depreciados. Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados ao final de cada exercício. Se o valor contábil de um ativo for maior do que seu valor recuperável, constitui-se uma provisão para impairment de modo a ajustá-lo ao seu valor recuperável estimado. Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor contábil e são reconhecidos em "Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas" na demonstração do resultado. A Companhia não possui bens do ativos imobilizado que espera abandonar ou alienar e que exigiriam a constituição de provisão para obrigações por descontinuação de ativos.

2.13 Operações de arrendamento mercantil Os arrendamentos mercantis de imobilizado nos quais a Companhia fica substancialmente com todos os riscos e os benefícios de propriedade são classificados como arrendamento financeiro. Os arrendamentos financeiros são registrados como se fossem uma compra financiada, reconhecendo, no seu início, um ativo imobilizado e um passivo de financiamento (arrendamento). Os arrendamentos mercantis nos quais uma parte significativa dos riscos e benefícios de propriedade fica com o arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos feitos para os arrendamentos operacionais (líquidos de todo incentivo recebido do arrendador) são apropriados ao resultado pelo método linear ao longo do período do arrendamento.

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2.14 Ativos biológicos Os ativos biológicos são mensurados ao valor justo, deduzidos dos custos estimados de venda no momento do corte. Sua exaustão é calculada com base no corte das florestas. Os ativos biológicos correspondem às florestas de eucalipto provenientes exclusivamente de plantios renováveis e são destinados para produção de celulose branqueada. Como resultado das melhorias nas técnicas de manejo florestal, incluindo a melhoria genética das árvores, o processo de colheita e replantio tem um ciclo aproximado de sete anos. Na determinação do valor justo foi utilizado o método de fluxo de caixa descontado, considerando a quantidade cúbica de madeira existente, segregada em anos de plantio, e os respectivos valores de venda de madeira em pé até o esgotamento das florestas. O preço médio líquido de venda foi estimado com base no preço estimado para eucalipto para o mercado local, baseado em, estudo de mercado e amostras de algumas pesquisas de transações, ajustado para refletir o preço da "madeira em pé". Os volumes utilizados na avaliação foram calculados em função do incremento médio anual de cada região. A Companhia possui uma política de avaliação do valor justo de seus ativos biológicos com periodicidade semestral.

2.15 Combinação de negócios O método de aquisição é usado para contabilizar cada combinação de negócios realizada pelo Grupo. O custo de uma aquisição é mensurado como o valor justo dos ativos transferidos, dos instrumentos patrimoniais emitidos e dos passivos incorridos ou assumidos na data da troca. As despesas relacionadas à aquisição são reconhecidos na demonstração do resultado, conforme incorridos. Os ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos são mensurados ao valor justo na data da aquisição. A participação de não controladores na adquirida é avaliada ao valor justo dessa participação ou pela parte que lhes cabe no valor justo dos ativos identificáveis líquidos da adquirida. O excesso do custo de aquisição relativamente ao valor justo dos ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos é registrado como ágio (Nota 2.11(a)) e, caso seja inferior, é registrado como ganho por compra vantajosa no resultado do exercício na data de aquisição. Em transações que a Companhia adquire o controle da empresa na qual ela mantinha uma participação de capital imediatamente antes da data da aquisição, esta participação inicial é avaliada pelo valor justo na data da aquisição do controle e, caso haja ganho, este é reconhecido no resultado do período. Nas demonstrações financeiras individuais, o valor justo dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos relativos às controladas indiretas permanecem registrados na conta de investimento na rubrica mais valia de ativos de controladas.

2.16 Impairment de ativos não financeiros Os ativos que têm uma vida útil indefinida, como o ágio, não estão sujeitos à amortização e são testados anualmente para a verificação de impairment. A administração revisa anualmente, ou em período menor quando existir evidência de deterioração, o valor contábil líquido dos ativos não financeiros sujeitos à amortização, com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas, que possam indicar

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deterioração ou perda de seu valor recuperável. Quando tais evidências são identificadas e o valor contábil líquido excede o valor recuperável, é constituída provisão para deterioração ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. O valor recuperável é o maior entre o valor em uso e o valor justo menos os custos de venda.

2.17 Contas a pagar aos fornecedores As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante. Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa de juros efetiva. São normalmente reconhecidas ao valor da fatura correspondente.

2.18 Empréstimos e financiamentos Os empréstimos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo, líquido dos custos da transação incorridos, quando relevantes, e são, subsequentemente, apresentados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados e o valor de liquidação é reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos estejam em andamento, utilizando o método de taxa de juros efetiva. Os custos dos empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável formam parte do custo de tal ativo. Outros custos de empréstimos são reconhecidos como despesas, de acordo com o regime contábil de competência.

2.19 Outros ativos e passivos (circulantes e não circulantes) Um ativo é reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que seus benefícios econômicos futuros serão gerados em favor da Companhia e seu custo ou valor puder ser mensurado com segurança. Um passivo é reconhecido no balanço patrimonial quando a Companhia tem uma obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado, sendo provável que um recurso econômico seja requerido para liquidá-lo. São acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das variações monetárias ou cambiais incorridos. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. Os ativos e os passivos são classificados como circulantes quando sua realização ou liquidação é provável nos próximos 12 meses. Caso contrário, são demonstrados como não circulantes.

2.20 Benefícios a administradores e empregados

(a) Obrigações de aposentadoria A Companhia e suas controladas participam de planos de pensão, administrados por entidade fechada de previdência privada, que provêm a seus empregados benefícios pós-emprego.

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O Grupo tem planos de contribuição definida. Um plano de contribuição definida é um plano de pensão segundo o qual o Grupo faz contribuições fixas a uma entidade separada. O Grupo não tem obrigações legais nem contratuais de fazer contribuições se o fundo não tiver ativos suficientes para pagar a todos os empregados os benefícios relacionados com o serviço do empregado no período corrente e anterior. Para o plano de contribuição definida, a Companhia paga contribuições a entidade fechada de previdência privada, Fundação Senador José Ermírio de Moraes - Funsejem em bases compulsórias, contratuais ou voluntárias. As contribuições regulares compreendem os custos líquidos e são registrados no resultado do período em que são devidas.

(b) Assistência médica (pós-aposentadoria) Algumas empresas do Grupo ofereciam benefício de assistência médica pós-aposentadoria a seus empregados em função de um acordo coletivo já extinta. Esse acordo estabelecia a concessão vitalícia desse benefício a um grupo predeterminado de empregados. Esse benefício está fechado para novos participantes e não existem empregados ativos elegíveis a esse benefício. O passivo relacionado ao plano de assistência médica aos aposentados é registrado pelo valor presente da obrigação. A obrigação de benefício definido é calculada anualmente por atuários independentes. O valor presente da obrigação de benefício definido é determinado pela estimativa de saída futura de caixa, usando-se uma taxa de desconto mencionada na Nota 25(c).

(c) Participação nos lucros O Grupo reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados. Essas provisões são calculadas com base em metas qualitativas e quantitativas definidas pela administração e contabilizadas em contas de despesas com salários no resultado do exercício.

(d) Remuneração com base em ações A Companhia oferece um plano de remuneração, referenciado na valorização de suas ações, a partir de um preço prefixado e um prazo predeterminado. O plano consiste em uma remuneração em dinheiro, não havendo, no entanto, a previsão de negociação efetiva das ações, uma vez que não haverá emissão e/ou entrega de ações para liquidação do plano. São elegíveis ao plano, o diretor-presidente e os diretores executivos. Esses valores são registrados como uma provisão a pagar aos diretores, com sua contrapartida no resultado do exercício, com base no valor justo das opções outorgadas e pelo período de aquisição ao direito de exercício (vesting period). O valor justo deste passivo é revisado a cada período de divulgação.

2.21 Ativos e passivos contingentes e obrigações legais

As práticas contábeis para registro e divulgação de ativos e passivos contingentes e obrigações legais são as seguintes: (a) ativos contingentes são reconhecidos somente quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, transitadas em julgado. Os ativos contingentes com êxitos prováveis são apenas divulgados em nota explicativa; (b) passivos contingentes são provisionados na medida em que a Companhia espera desembolsar fluxos de caixa. Processos tributários e cíveis são provisionados quando as perdas são avaliadas como prováveis e os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente

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segurança. Quando a expectativa de perda nestes processos é possível, uma descrição dos processos e montantes envolvidos é divulgada nas notas explicativas. Processos trabalhistas, cujas perdas são avaliadas como prováveis e possíveis, são provisionados com base no percentual histórico de desembolsos. Passivos contingentes avaliados como de perdas remotas não são provisionados nem divulgados; e (c) obrigações legais são registradas como exigíveis.

2.22 Reconhecimento de receita

O Grupo reconhece a receita quando: (a) o valor da receita pode ser mensurado com segurança; (b) é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a entidade, e (c) quando critérios específicos tiverem sido atendidos em cada uma das vendas realizadas pelo Grupo, quais sejam transferência de propriedade e do risco da mercadoria ao cliente, comprovação da transação segundo evidencias previstas para o incoterm e confirmação do crédito para a realização da transação. A receita é o rendimento líquido das vendas, após dedução de impostos, descontos e devoluções.

(a) Venda de produtos

O reconhecimento da receita nas vendas internas e para exportação se baseia nos princípios a seguir:

(i) Celulose - mercado interno: de um modo geral, as vendas são feitas a prazo, em períodos de, no máximo,

30 dias. A receita é reconhecida quando o cliente recebe o produto seja nas dependências do transportador (FOB - Incoterm) ou em suas próprias dependências (CIF - Incoterm).

(ii) Celulose - mercado de exportação: os clientes no exterior são atendidos por centros de distribuição

próprios ou terceirizados próximos aos clientes, localizados nos diversos mercados atendidos pelo Grupo. Essas vendas são reconhecidas, em geral, quando os produtos são entregues ao transportador ou para o cliente e a propriedade da carga, bem como seus riscos e benefícios são transferidos ao cliente.

(iii) Papel - mercado interno: as vendas são feitas à vista ou a prazo (normalmente, 30, 60 ou 90 dias). O

reconhecimento da receita é consistente com aquele aplicado às vendas de celulose mercado interno.

(iv) Papel - mercado de exportação: normalmente, os pedidos de exportação são atendidos por depósitos

próprios ou terceirizados localizados próximos aos mercados estratégicos. Reconhecemos a receita e os custos associados das vendas no momento em que os produtos são entregues ao transportador e os riscos e benefícios são transferidos para o cliente. Os termos CIF e FOB (Incoterms) determinam o momento do reconhecimento da receita.

(b) Receita financeira A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa de juros efetiva, e é reconhecida à medida que há expectativa de realização.

2.23 Distribuição de dividendos A distribuição de dividendos para os acionistas da Companhia é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras do Grupo ao final do exercício, com base no estatuto social. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisionado na data em que são aprovados pelos acionistas, em Assembleia Geral.

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2.24 Ativo não circulante mantido para a venda e resultado de operações descontinuadas A Companhia classifica um ativo não circulante como mantido para a venda se o seu valor contábil será recuperado por meio de transação de venda. Para que esse seja o caso, o ativo ou o grupo de ativos mantido para venda deve estar disponível para venda imediata em suas condições atuais, sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para venda de tais ativos mantidos para venda. Com isso, a sua venda deve ser altamente provável. Para que a venda seja altamente provável, a administração deve estar comprometida com o plano de venda do ativo, e deve ter sido iniciado um programa firme para localizar um comprador e concluir o plano. Além disso, o ativo mantido para venda deve ser efetivamente colocado à venda por preço que seja razoável em relação ao seu valor justo corrente. Ainda, deve-se esperar que a venda seja concluída em até um ano a partir da data da classificação. O grupo de ativos mantidos para a venda é mensurado pelo menor entre seu valor contábil e o valor justo menos as despesas de venda. Caso o valor contábil seja inferior ao seu valor justo, uma perda por impairment é reconhecida em contrapartida do resultado. Qualquer reversão ou ganho somente será registrado até o limite da perda reconhecida. A depreciação dos ativos mantidos para negociação cessa quando um grupo de ativos é designado como mantido para a venda. Os ativos e passivos do grupo de ativos descontinuados são apresentado em linhas únicas de ativo e passivo. O resultado das operações descontinuadas é apresentado em montante único na demonstração do resultado e de fluxo de caixa, contemplando o resultado total após o imposto de renda destas operações menos qualquer perda relacionada a impairment. Os fluxos de caixa líquidos atribuíveis às atividades operacionais, de investimento e de financiamento das operações descontinuadas são apresentados na Nota 35.

2.25 Normas, alterações e interpretações de normas que ainda não estão em vigor

(a) Normas, alterações e interpretações de normas existentes que ainda não estão em vigor e não foram adotadas antecipadamente pela Companhia As normas e alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e são obrigatórias para os períodos contábeis iniciados em 1 o de janeiro de 2011, ou após essa data, ou para períodos subsequentes. Todavia, não houve adoção antecipada dessas normas e alterações de normas por parte do Grupo. . IFRS 9, "Instrumentos Financeiros", emitido em novembro de 2009. Esta norma é o primeiro passo

no processo para substituir o IAS 39 "Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração". O IFRS 9 introduz novas exigência para classificar e mensurar os ativos financeiros e provavelmente afetará a contabilização do Grupo para seus ativos financeiros. A norma não é aplicável até 1o de janeiro de 2013, mas está disponível para adoção prévia. Não se espera que haja algum impacto nas demonstrações financeiras do Grupo ou da controladora.

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. IAS 24 Revisado (revisado), "Divulgações de Partes Relacionadas", emitido em novembro de 2009. Substitui o IAS 24, "Divulgações de Partes Relacionadas", emitido em 2003. O IAS 24 (revisado) é obrigatório para períodos iniciando em ou após 1o de janeiro de 2011. Aplicação prévia, no todo ou em parte, é permitida.

A norma revisada esclarece e simplifica a definição de parte relacionada e retira a exigência de entidades relacionadas com o governo divulgarem detalhes de todas as transações com o governo e outras entidades relacionadas do governo. O Grupo aplicará a norma revisada a partir de 1 o de janeiro de 2011. Quando a norma revisada é aplicada, o Grupo e a controladora precisarão divulgar quaisquer transações entre suas controladas e coligadas. O Grupo está atualmente operando sistemas apropriados para captar as informações necessárias. Portanto, não é possível, neste estágio, divulgar o impacto, se houver, da norma revisada sobre as divulgações de partes relacionadas.

. "Classificação das Emissões de Direitos" (alteração ao IAS 32), emitida em outubro de 2009. A alteração aplica-se a períodos anuais iniciando em ou após 1 o de fevereiro de 2010. Aplicação prévia é permitida. A alteração aborda a contabilização de direitos de ações denominados em outra moeda que não a funcional do emissor. Contanto que determinadas condições sejam atendidas, esses direitos de ações agora são classificados como patrimônio, independente da moeda em que o preço de exercício é denominado. Anteriormente, as ações tinham de ser contabilizadas como passivos derivativos. A alteração aplica-se retroativamente, de acordo com o IAS 8 "Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativas Contábeis e Erros". O Grupo aplicará a norma alterada a partir de 1o de janeiro de 2011.

. O IFRIC 19, "Extinção dos Passivos Financeiros com Instrumentos Patrimoniais" está em vigor desde 1 o de julho de 2010. A interpretação esclarece a contabilização por parte de uma entidade quando os prazos de um passivo financeiro são renegociados e resultam na emissão pela entidade dos instrumentos patrimoniais a um credor da entidade para extinguir todo ou parte do passivo financeiro (conversão da dívida). Isso requer que um ganho ou perda seja reconhecido no resultado, que é mensurado como a diferença entre o valor contábil do passivo financeiro e o valor justo dos instrumentos patrimoniais emitidos. Se o valor justo dos instrumentos financeiros emitidos não puder ser mensurado de maneira confiável, os instrumentos patrimoniais devem ser mensurados para refletir o valor justo do passivo financeiro extinto. O Grupo aplicará a interpretação a partir de 1o de janeiro de 2011. Não se espera que haja algum impacto nas demonstrações financeiras do Grupo ou da controladora.

. "Pagamentos Antecipados de Requerimentos Mínimos de Provimento de Fundos" (alteração ao IFRIC 14). As alterações corrigem uma consequência não intencional do IFRIC 14, IAS 19 - "Limite de Ativo de Benefício Definido, Exigências Mínimas de Provimento de Recursos e sua Interação". Sem as alterações, as entidades não podem reconhecer como um ativo alguns pagamentos antecipados voluntários para contribuições mínimas de provimento de fundos. Essa não era a intenção quando o IFRIC 14 foi emitido, e as alterações corrigem isso. As alterações entram em vigor em períodos anuais iniciando em 1o de janeiro de 2011. Aplicação prévia é permitida. As alterações devem ser aplicadas retroativamente ao primeiro período comparativo apresentado. O Grupo aplicará essas alterações no período de apresentação dos relatórios financeiros que iniciará em 1o de janeiro de 2011.

(b) Interpretações e alterações de normas existentes que ainda não estão em vigor e não são relevantes para as operações da Companhia

As interpretações e alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e são obrigatórias para os períodos contábeis do Grupo iniciados em 1o de janeiro de 2011, ou após essa data, ou para períodos subsequentes. Entretanto, não são relevantes para as operações do Grupo:

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Apresentamos a seguir uma lista de normas/interpretações emitidas e que estão em vigor para períodos após 1o de janeiro de 2011. . IFRS 9 - "Instrumentos financeiros". . Alteração ao IAS 32 - "Instrumentos Financeiros: Apresentação - Classificação dos Direitos de

Ações". . IFRIC 19 - "Extinção dos Passivos Financeiros com Instrumentos de Capital. . IAS 24 - "Divulgações de Partes Relacionadas". . Alteração ao IFRIC 14, IAS 19 - "Limite de Ativo de Benefício Definido, Exigências Mínimas de

Provimento de Recursos (funding) e sua Interação".

3 Adoção do IFRS pela primeira vez

3.1 Base da transição para o IFRS

3.1.1 Aplicação do IFRS 1/CPC 37 O processo de convergência das normas brasileiras de contabilidade com as normas internacionais de contabilidade (IFRS) ocorreu em duas etapas: (a) a primeira em 2008, com a emissão dos pronunciamentos contábeis CPC 01 ao CPC 14, que foram aplicados pela Companhia em suas demonstrações financeiras individuais e consolidadas encerradas em 31 de dezembro de 2008; (b) a segunda, desenvolvida em 2009, com a edição dos pronunciamentos contábeis CPC 15 ao CPC 41 e 43 (exceto o CPC 34 - ainda não emitido). As novas práticas contábeis contidas nos pronunciamentos técnicos CPC 15 ao CPC 41 e 43 foram inicialmente adotadas pela Companhia no exercício social iniciado em 1o de janeiro de 2010. Neste contexto, a data de transição adotada pela Companhia foi 1o de janeiro de 2009, data em que foram preparados os balanços patrimoniais de abertura de acordo com as novas práticas contábeis. A administração entende que os pronunciamentos emitidos pelo CPC são completamente convergentes com o padrão internacional de contabilidade, segundo os pronunciamentos emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB). Na preparação dessas demonstrações financeiras individuais e consolidadas de acordo com o IFRS 1/CPC 37, a Companhia aplicou as exceções obrigatórias relevantes e certas isenções opcionais em relação à aplicação completa retrospectiva do IFRS/CPC.

3.1.2 Isenções da aplicação retrospectiva Conforme previsto no IFRS 1/CPC 37, a Companhia adotou a seguinte isenção na aplicação retrospectiva: . Combinação de negócios - o IFRS 3R/CPC 15 foi aplicado a partir de 1o de janeiro de 2009.

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Com relação às outras isenções constantes do IFRS 1/CPC 37, não se aplicam à Companhia:

(a) contratos de seguros - os contratos de seguros celebrados pela Companhia não estão no escopo deste pronunciamento;

(b) custo atribuído ao ativo imobilizado - o ativo imobilizado já vinha sendo depreciado com base na vida útil estimada e a administração entende não haver diferenças significativas entre o valor justo e os valores contábeis do ativo imobilizado;

(c) ativos e passivos de controladas, entidades controladas em conjunto e coligadas - a adoção inicial dos pronunciamentos técnicos foi aplicada concomitantemente e de forma consistentes em todas as controladas e coligadas do Grupo;

(d) instrumentos financeiros compostos - não há operações envolvendo esse tipo de instrumentos financeiros;

(e) passivos decorrentes de desativação incluídos no custo do ativo imobilizado - a Companhia não possui contratos incluídos neste escopo;

(f) ativos financeiros e ativos intangíveis contabilizados de acordo com o ICPC 1/IFRIC 12 - "Contratos de Concessão" - a Companhia não possui contratos de concessão.

3.2 Sumário das práticas contábeis modificadas e demonstração dos efeitos no resultado e no patrimônio líquido - conciliação entre os critérios contábeis anteriores e IFRS As principais alterações nas práticas contábeis aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras foram as seguintes:

(a) IFRS 3R/CPC 15 - "Combinação de Negócios" De acordo com as práticas contábeis anteriormente adotadas no Brasil, o ágio gerado na operação de aquisição do controle acionário da Aracruz foi contabilizado nas diversas etapas nas quais o negócio foi efetivado e representava o excesso do custo de aquisição em relação ao valor de equivalência patrimonial. De acordo com o novo pronunciamento técnico, a data da aquisição deve ser aquela em que o controle foi efetivamente transferido, levando em consideração o valor justo dos ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos. O Grupo reconhece a participação de acionistas não controladores na adquirida, tanto pelo seu valor justo como pela parcela proporcional da participação não controlada no valor justo de ativos líquidos da adquirida. A mensuração da participação dos acionistas não controladores a ser reconhecida é determinada a cada aquisição realizada. Considerando que a combinação de negócios foi realizada em estágios, todos os resultados gerados nas transações com os acionistas não controladores após a data da aquisição do controle foram registrados diretamente no patrimônio líquido na rubrica "Ajuste de avaliação patrimonial", totalizando R$ 1.618.824. Em função da combinação de negócios ter sido recalculada na data de aquisição do controle, o valor justo atribuído aos ativos e passivos adquiridos passou a ser realizado a partir daquela data, enquanto de acordo com as políticas contábeis anteriores era realizado proporcionalmente, na medida em que as parcelas do controle acionário eram adquiridas, o que gerou o reconhecimento de uma despesa de amortização adicional de R$ 241.876.

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Quando a combinação de negócios é realizada em estágios, ou seja, a obtenção do controle de sociedade que a Companhia já participava, o pronunciamento técnico determina também que a parcela desta participação inicial seja reavaliada ao valor justo na data da aquisição, em contrapartida do resultado, que gerou um ganho de R$ 1.378.924, registrado na rubrica "Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas". Adicionalmente, alguns custos de transação haviam sido incluídos na formação do preço do negócio, tais como comissões e despesas com advogados e intermediários e juros de dívida e consequentemente contribuíram para a formação do ágio. Estes valores foram revertidos em contrapartida do resultado, denominados outros ajustes de combinação de negócios, no valor de R$ 116.174. Outrossim, na operação de troca de ativos celebrada entre a Fibria e a International Paper, realizada em 2007, foi gerado um deságio de R$ 1.781.000, que, no escopo deste pronunciamento contábil, foi considerado ganho por compra vantajosa e foi ajustado em contrapartida do patrimônio líquido na data de transição. Os detalhes dos impactos contábeis estão descritos na Nota 34.

(b) IAS 28/CPC 18 - "Investimento em Coligada e em Controlada" Os resultados não realizados em operações de venda de ativos da controladora para uma controlada foram eliminados nos balanços individuais, de forma a eliminar as diferenças entre o patrimônio líquido e o resultado individual e consolidado.

(c) IFRS 8/CPC 22 - "Informações por Segmento" A Companhia está divulgando as informações financeiras por segmento operacional (celulose e papel e por região geográfica).

(d) IAS 1/CPC 26 - "Apresentação das Demonstrações Financeiras" A participação dos acionistas não controladores (também conhecida por participação dos minoritários) foi agregada e identificada ao patrimônio líquido, e não mais em rubrica específica, acima do patrimônio líquido. Na data de transição, parte de nossos empréstimos foram reclassificados para o passivo circulante, no valor de R$ 1.119.620 e R$ 2.737.835, nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas, respectivamente, em decorrência da quebra dos covenants relacionados. Apesar disto, em junho de 2009 obtivemos o waiver e voltamos a classificá-los no passivo não circulante.

(e) IAS 41/CPC 29 - "Ativos Biológicos" Os ativos biológicos, representados pelas florestas em formação, foram mensurados ao valor justo menos as despesas de venda. Anteriormente, esses ativos eram registrados ao custo histórico. Em 2009, a exaustão do valor justo foi calculada com base no corte e uso das florestas e registrado no "Custo das vendas".

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(f) IAS 12/CPC 32 - "Tributos sobre o Lucro" De acordo com as práticas contábeis anteriormente adotadas no Brasil, a Companhia reconhecia um ativo fiscal diferido na medida em que fossem realizáveis no prazo máximo de dez anos. De acordo com o novo pronunciamento técnico, os créditos devem ser registrados na medida em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros com os quais esses créditos possam ser utilizados, independentemente do prazo máximo estipulado na legislação anterior.

(g) IAS 33/CPC 41 - "Lucro por Ação" O lucro por ação foi calculado com base no lucro líquido do período para as operações em continuidade, considerando a quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas pela Companhia durante o exercício. De acordo com as práticas contábeis anteriormente adotadas, o lucro por ação era calculado levando-se em consideração a totalidade das ações emitidas, independentemente de sua classe (ordinária e preferencial), na data de encerramento das demonstrações contábeis.

3.2.1 Conciliação do patrimônio líquido

31 de dezembro

de 2009

1o de janeiro

de 2009

Patrimônio líquido divulgado pelos critérios contábeis anteriores somado à participação de não controladores 10.034.028 4.132.993

Deságio decorrente da troca de ativos com a International Paper - Planta de Celulose em Três Lagoas (CPC 15/IFRS 3R) (Nota 3.2(a)) 1.781.000 1.781.000 Ganho na remensuração de participação de 12,35% detida anteriormente à aquisição do controle da Aracruz Celulose S.A. a valor de mercado(CPC 15/IFRS 3R) (Nota 3.2(a)) 1.378.924 Amortização adicional da mais-valia por mudança no critério de determinação da data de aquisição do controle (CPC 15/ IFRS 3R) (Nota 3.2(a)) (241.876 ) Demais efeitos decorrentes da combinação de negócios (CPC 15/ IFRS 3R) (Nota 3.2(a)) (116.174 ) Efeitos tributários da combinação de negócios (CPC 32/IAS 12) (Notas 3.2(a) e (f)) 58.094 Resultado da transação realizada com acionistas não controladores na combinação de negócios realizada em estágio - Aracruz (CPC 15/IFRS 3R) (Nota 3.2(a)) 1.618.824 Ajuste ao valor justo dos ativos biológicos (CPC 29/IAS 41) (Nota 3.2(e) 953.010 401.406 Realização por exaustão e consumo de ativos biológicos (CPC 29/ IAS 41) (Nota 3.2(e)) (82.063 ) Efeito tributário relativo aos ativos biológicos (CPC 32/IAS 12) (Notas 3.2(e) e (f)) (291.980 ) (131.013 ) Outros (16.368 ) 2

Patrimônio líquido de acordo com CPCs /IFRS 15.075.419 6.184.388

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3.2.2 Conciliação do lucro líquido

31 de dezembro de 2009

Controladora Consolidado

Lucro líquido divulgado pelos critérios contábeis anteriores 513.506 1.218.296

Ganho na remensuração de participação detida anteriormente à aquisição do controle da Aracruz a valor de mercado (CPC 15/IFRS 3R) (Nota 3.2(a))

1.378.924 1.378.924

Amortização adicional da mais-valia por mudança no critério de determinação da data de aquisição do controle (CPC 15/IFRS 3R) (Nota 3.2.(a))

(260.798 ) (241.876 )

Demais efeitos decorrentes da combinação de negócios (CPC 15/IFRS 3R) (Nota 3.2(a))

(116.174 ) (116.174 )

Efeitos tributários da combinação de negócios (CPC 32/IAS 12) (Notas 3.2(a) e (f)) 58.094 58.094 Ajuste ao valor justo dos ativos biológicos (CPC 29/IAS 41) (Nota 3.2(e)) 304.376 551.604 Realização por exaustão e consumo de ativos biológicos (CPC 29/IAS 41) (Nota 3.2(e))

(23.378 ) (82.063 )

Efeito tributário relativos aos ativos biológicos (CPC 32/IAS 12) (Notas 3.2(e) e (f)) (95.540 ) (160.967 ) Efeitos na aplicação inicial dos CPCs/IFRS em controladas, líquido dos efeitos tributários (Notas 3.2(b) e (e))

146.470

Outros 23.745 (16.368 )

Lucro líquido ajustado pela aplicação dos CPCs/IFRS 1.929.225 2.589.470

4 Estimativas e premissas contábeis críticas As estimativas e premissas contábeis são continuamente avaliadas e baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para as circunstâncias. As estimativas contábeis raramente serão iguais aos respectivos resultados reais. As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício financeiro, estão contempladas a seguir.

(a) Combinação de negócios e avaliação de perda (impairment) estimada do ágio Em combinação de negócios, os ativos adquiridos e passivos assumidos devem ser mensurados ao valor justo na data da aquisição e a participação de acionistas não controladores pode ser mensurada ao valor justo. A avaliação destes ativos e passivos na data da aquisição requer o uso do julgamento sobre recuperabilidade dos ativos, incluindo a estimativa dos fluxos de caixa futuros, valores de mercado, qualidade dos créditos, entre outros, e que podem divergir significativamente dos respectivos resultados reais. Anualmente ou em período menor quando há alguma alteração nas circunstâncias que acarretariam na redução do valor justo das unidades geradoras de caixa para as quais existem ágios registrados, a Companhia realiza testes para eventuais perdas (impairment) no ágio, de acordo com a prática contábil apresentada na Nota 2.16. Os valores recuperáveis das UGCs foram determinados com base em cálculos do valor em uso, efetuados com base em estimativas (Nota 19.1).

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(b) Tributos sobre o lucro Os ativos e passivos fiscais diferidos são baseados em diferenças temporárias entre os valores contábeis nas demonstrações financeiras e a base fiscal. Se a Companhia e suas subsidiárias operarem com prejuízo ou não forem capazes de gerar lucro tributável futuro suficiente, ou se houver uma mudança material nas atuais taxas de imposto ou período de tempo no qual as diferenças temporárias subjacentes se tornem tributáveis ou dedutíveis, seria necessário uma reversão de parte significativa de nosso ativo fiscal diferido, podendo resultar em um aumento na taxa efetiva de imposto.

(c) Benefícios a empregados O valor atual de obrigações do plano de assistência médica depende de uma série de fatores que são determinados com base em cálculos atuariais e utilizam uma série de premissas. Entre as premissas usadas na determinação do custo (receita) líquido para os saldos das obrigações atuariais, está a taxa de desconto. A provisão de remuneração baseada em ações está registrada pelo valor justo da opção, o qual é calculado pela Companhia com base no modelo Binomial-Trimonial Tree. Quaisquer mudanças nas premissas utilizadas para o cálculo dessas obrigações afetarão o valor contábil na data do balanço.

(d) Valor justo de derivativos e outros instrumentos financeiros O valor justo de instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos é determinado mediante o uso de técnicas de avaliação. O Grupo utiliza seu julgamento para escolher diversos métodos e definir premissas que se baseiam principalmente nas condições de mercado existentes na data do balanço. As análises de sensibilidade dos instrumentos financeiros, considerando uma variação provável com base em índices do mercado e deterioração de 25% e 50% sobre o cenário provável, estão demonstradas na Nota 5.4.

(e) Ativos biológicos Quaisquer mudanças nessas premissas utilizadas, como preço de venda, quantidade cúbida de madeira e/ou no incremento médio anual por região, podem implicar na alteração do resultado do fluxo de caixa descontado e, consequentemente na valorização ou desvalorização desses ativos.

(f) Reconhecimento de receita e redução ao valor recuperável de contas a receber A Companhia reconhece a receita e os custos associados de vendas, no momento em que os produtos são entregues aos clientes ou quando os riscos e benefícios associados são transferidos. A receita é registrada pelo valor líquido de vendas (após deduções de impostos, descontos e devoluções). A provisão para redução ao valor recuperável destes créditos é constituída em montante considerado suficiente para cobrir as prováveis perdas em sua realização. A política contábil para estabelecer a provisão requer a análise individual das faturas de clientes inadimplentes em relação às medidas de

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cobrança adotadas por departamento responsável e, de acordo com o estágio da cobrança, é estimado um montante de provisão a ser constituída, que pode representar um percentual do título de acordo com histórico ou sua totalidade.

(g) Revisão da vida útil e recuperação de propriedades, plantas e equipamentos A capacidade de recuperação dos ativos que são utilizados nas atividades da Companhia é avaliada sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil de um ativo ou grupo de ativos pode não ser recuperável com base em fluxos de caixa futuros. Se o valor contábil destes ativos for superior ao seu valor recuperável, o valor líquido é ajustado e sua vida útil readequada para novos patamares.

(h) Passivos contingentes A Companhia é parte envolvida em processos trabalhistas, cíveis e tributários que se encontram em instâncias diversas. As provisões para contingências, constituídas para fazer face a potenciais perdas decorrentes dos processos em curso, são estabelecidas e atualizadas com base na avaliação da administração, fundamentada na opinião de seus assessores legais e requerem elevado grau de julgamento sobre as matérias envolvidas.

5 Gestão de risco financeiro

5.1 Fatores de risco financeiro As atividades do Grupo o expõem a diversos riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco de moeda, risco de taxa de juros de valor justo, risco de taxa de juros de fluxo de caixa, risco de preço e risco de commodities), risco de crédito e risco de liquidez. A maior parte das vendas do Grupo é denominada em dólares norte-americanos e com predominância dos seus custos denominados em reais. Deste modo, há um descasamento natural de moedas entre os custos e as receitas do Grupo. O programa de gestão de risco de mercado do Grupo se concentra na diminuição, mitigação ou transferência de exposições aos riscos de mercado. Neste contexto, a utilização de derivativos para fins exclusivos de proteção (hedging) é pautada pela proteção nos seguintes termos: (a) proteção do fluxo de caixa contra descasamento de moedas, (b) proteção do fluxo de amortizações das dívidas às oscilações de taxas de juros e moedas e (c) oscilações no preço da celulose ou outros fatores de risco. A gestão de risco é realizada pela tesouraria central do Grupo, segundo as políticas financeiras aprovadas pelo Conselho de Administração. O controle dos riscos, por sua vez, é realizado pela área de Gestão de Riscos, que, reportando diretamente ao presidente da Companhia, possui independência para apontar eventuais desenquadramentos das políticas, mensurar e analisar os riscos de mercado da Companhia. A área de Gestão de Riscos faz o acompanhamento criterioso de todas as exposições de riscos de mercado e o controle estrito do cumprimento às políticas financeiras vigentes. A tesouraria do Grupo identifica, avalia e busca proteção contra eventuais riscos financeiros. O Conselho de Administração aprova as políticas financeiras que estabelecem os princípios e normas para a gestão de risco global, áreas envolvidas nestas atividades, uso de instrumentos financeiros derivativos e não derivativos e alocação dos excedentes de caixa.

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Políticas de utilização de instrumentos financeiros derivativos O Conselho de Administração da Fibria aprovou em 21 de outubro de 2010 a revisão anual da Política de Gestão de Riscos de Mercado. O uso de instrumentos financeiros derivativos e gestão de caixa são pautados por tais políticas. No que diz respeito ao uso de derivativos para a proteção patrimonial, a política é conservadora, sendo que todo derivativo contratado deve sempre estar vinculado a um risco proveniente de um ativo objeto, advindo de fluxo operacional, volume de commodities ou dívida. Deste modo, só são permitidas operações com derivativos se vinculadas a uma exposição efetiva (hedge) e não são permitidos instrumentos que resultem em operações alavancadas.

(a) Risco de mercado

(i) Risco cambial A Companhia atua internacionalmente e está exposta ao risco cambial decorrente de exposições a algumas moedas, principalmente com relação ao dólar norte-americano. A política financeira da Companhia destaca que as operações de derivativos têm como objetivos diminuir a volatilidade no fluxo de caixa, proteger a exposição cambial e evitar o descasamento entre moedas. Apresentamos a seguir os saldos contábeis de ativos e passivos indexados ao dólar norte americano na data de encerramento dos balanços patrimoniais: Controladora Consolidado

2010 2009

1o de janeiro

de 2009 2010 2009

1o de janeiro

de 2009

Ativos em moeda estrangeira Caixa e equivalentes de caixa 353.957 85.610 Instrumentos financeiros derivativos 132.861 132.972 5.122 Contas a receber 555.778 917.777 521.696 942.916 921.231 235.428

688.639 917.777 521.696 1.429.845 926.353 321.038

Passivos em moeda estrangeira Empréstimos e financiamentos 3.589.657 3.158.869 3.377.946 8.214.266 8.901.303 5.111.393 Fornecedores 25.292 15.099 45.602 27.734 15.387 51.963 Instrumentos financeiros derivativos 3.900 232.565 250.165

3.614.949 3.177.868 3.656.113 8.242.000 8.916.690 5.413.521

Exposição ativa (passiva) (2.926.310 ) (2.260.091 ) (3.134.417 ) (6.812.155 ) (7.990.337 ) (5.092.483 )

A Fibria calcula sua exposição líquida para cada um dos fatores de risco. Quando o fator de risco se refere ao dólar ou ao euro, são determinados limites máximos de hedge para até 12 meses. Para prazos superiores a 12 meses e não superior a 24 meses, deve existir aprovação prévia da Diretoria da Fibria, sob orientação do Comitê de Finanças. Acima de 24 meses, o Conselho de Administração deve aprovar previamente as operações propostas. A exposição da Companhia à moeda estrangeira dá origem a riscos de mercado associados a variações da taxa de câmbio. Os passivos calculados em moeda estrangeira incluem empréstimos captados,

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principalmente, em dólares norte-americanos. As vendas da Companhia para o exterior são, em sua maioria, em dólares norte-americanos. Os valores das vendas de celulose no Brasil são atrelados ao dólar e recebidos em reais. Deste modo, os passivos da Companhia funcionam como uma proteção natural de parcela da exposição à moeda das receitas de exportação, eliminando parte do descasamento de moedas entre ativo e passivo.

A análise da exposição cambial considera a projeção de fluxo de caixa em dólares norte-americanos (US$) da Companhia, que considera a receita de exportações, custos, dívidas, derivativos e caixa. A exposição líquida projetada é apresentada no quadro a seguir:

Exposição líquida prevista - próximos 12 meses (*)

Milhares de dólares norte-

-americanos

Janeiro 160.846 Fevereiro 243.862 Março 243.958 Abril 193.129 Maio 141.214 Junho 181.951 Julho 177.465 Agosto 187.653 Setembro 177.401 Outubro 179.904 Novembro 164.616 Dezembro 234.541

(*) Quadro não examinado pelos nossos auditores independentes.

(ii) Risco do fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros

Considerando que o Grupo não possui ativos significativos em que incidam juros, o resultado e os fluxos de caixa operacionais do Grupo são, substancialmente, independentes das mudanças nas taxas de juros do mercado.

O risco de taxa de juros do Grupo decorre de empréstimos de longo prazo. Os empréstimos emitidos as taxas variáveis expõem o Grupo ao risco de taxa de juros e de fluxo de caixa. Os empréstimos emitidos as taxas fixas expõem o Grupo ao risco de valor justo associado à taxa de juros.

A política de utilização de derivativos do Grupo para o fator de risco taxas de juros determina que podem ser realizadas operações que tenham prazo e montantes compatíveis com as respectivas dívidas, bem como determina a manutenção mínima de 25% da dívida em taxas prefixadas.

O Grupo administra o risco de fluxo de caixa associado com a taxa de juros e moedas através de operações de swap. Por meio destas operações, o Grupo concorda com outras contrapartes em trocar, a intervalos condizentes com os da dívida, objeto protegido, a diferença entre o valor da dívida protegida e da nova taxa contratada através do derivativo.

(iii) Risco do preço de commodities

Este risco está relacionado com a possibilidade de oscilação no preço da celulose, produto final da Companhia, que é considerado uma commodity. Os preços flutuam em função da demanda, da

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capacidade produtiva, estoque dos produtores, das estratégias comerciais dos grandes produtores florestais, dos produtores de papel e da disponibilidade de substitutos no mercado. Este risco é abordado de distintas maneiras. A Companhia conta com equipe especializada, que efetua o monitoramento tempestivo do preço da celulose e analisa as tendências futuras, ajustando as projeções do Grupo, de modo a auxiliar na tomada de medidas preventivas para enfrentar da melhor maneira possível os distintos cenários. Para essa commodity não existem operações de derivativos disponíveis no mercado, com liquidez suficiente para mitigar o risco da totalidade das operações do Grupo. As operações de derivativos de proteção ao preço da celulose disponíveis no mercado têm baixa liquidez e grande distorção na formação do preço. As operações de proteção do preço da celulose, através de derivativos devem ter prazo máximo de doze meses que, sob condições extremas de mercado (cenário de stress), não representem mais de 10% do lucro líquido ajustado pelo resultado financeiro, impostos sobre a renda, depreciação, exaustão e amortização - LAJIDA, devendo ainda ser aprovada pela Diretoria da Fibria sob orientação do Comitê de Finanças. Caso a operação não atenda tais critérios, a aprovação somente será feita mediante consulta e aprovação do Conselho de Administração. Atualmente, a Companhia não possui nenhum tipo de derivativo para proteção contra oscilação de preço da celulose.

(b) Risco de crédito O risco de crédito é administrado corporativamente e decorre de equivalentes de caixa, instrumentos financeiros derivativos, depósitos em bancos, certificados de depósitos bancários (CDBs), Recibo de Depósito Bancário (RDBs), box de Renda Fixa e operações compromissadas, Cartas de crédito (LC's - Letters of Credit), seguradoras, entre outros. Para bancos e instituições financeiras, o Grupo está sujeito ao risco de crédito com contrapartes, para as quais apresentamos os ratings na Nota 7. No caso do risco de crédito decorrente de concessão de crédito a clientes, o Grupo avalia a qualidade do crédito do cliente, levando em consideração principalmente o histórico de relacionamento e indicadores financeiros, definindo limites individuais de crédito, os quais são regularmente monitorados. A provisão para deterioração do saldo de contas a receber é registrada em quantia considerada suficiente para cobrir todas as perdas prováveis quando da execução das contas a receber de clientes, baseado em informações históricas, e é incluída nas despesas de vendas (Nota 11). São realizadas análises de crédito iniciais dos clientes e, quando considerados necessários, são obtidos cauções ou cartas de crédito para proteger os interesses do Grupo. Além disso, a maior parte das vendas por exportação, para os Estados Unidos, Europa e Ásia, está protegida por cartas de crédito e seguro de crédito. No que diz respeito ao risco de concentração em crédito privado, resultando da alocação de aplicações financeiras ou ajustes positivos de derivativos, o Grupo tem como política trabalhar com emissores privados que possuam, no mínimo, avaliação de uma das seguintes agências de rating: Fitch, Moodys ou Standard&Poors. O rating mínimo exigido para as contrapartes é "AA-" (em escala local) ou "A" (em escala global), ambos com perspectiva estável ou positiva, ou equivalente. Nenhum emissor privado detém, isoladamente, mais de 20% sobre o caixa total do Grupo, mais de 10% do saldo do último saldo de patrimônio líquido publicado pela contraparte, ou mais de 15% do último saldo de patrimônio líquido da Companhia.

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(c) Risco de liquidez Com relação ao risco de liquidez, a Fibria tem como política manter em caixa e aplicações financeiras líquidas, no mínimo, o valor correspondente aos desembolsos esperados de despesas financeiras e operacionais dos próximos três meses. Todos os derivativos contratados foram efetuados em mercado de balcão e não necessitam de depósito de margens de garantia. As aplicações financeiras possuem, predominantemente, liquidez imediata, sendo permitidas pela política financeira aplicações com liquidez de no máximo 185 dias. A tabela a seguir analisa os passivos financeiros não derivativos do Grupo e os ativos e passivos financeiros derivativos a serem liquidados pelo Grupo, por faixas de vencimento, correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento. Os passivos financeiros derivativos estão incluídos na análise se seus vencimentos contratuais forem essenciais para um entendimento dos fluxos de caixa temporários. Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa não descontados contratados (*). Controladora

Até um ano Entre um e

dois anos Entre dois e

cinco anos Acima de

cinco anos Em 31 de dezembro de 2010 Empréstimos e financiamentos (302.884 ) (378.871 ) (2.423.211 ) (2.373.652 ) Obrigações com arrendamento financeiro (2.381 ) (7.537 ) (3.128 ) Instrumentos financeiros derivativos 90.679 2.296 39.886 Contas a pagar aquisição de ações (1.440.676 ) Fornecedores e outras obrigações (556.062 ) (559 ) (2.211.324 ) (386.967 ) (2.424.043 ) (2.333.766 )

Em 31 de dezembro de 2009 Empréstimos e financiamentos (1.229.640 ) (244.554 ) (1.882.493 ) (1.541.659 ) Obrigações com arrendamento financeiro (16.275 ) (14.892 ) (32.088 ) Instrumentos financeiros derivativos (3.900 ) Contas a pagar aquisição de ações (2.430.289 ) (1.253.890 ) Fornecedores e outras obrigações (471.235 ) (16.572 )

(4.151.339 ) (1.529.908 ) (1.914.581 ) (1.541.659 )

Em 1o de janeiro de 2009 Empréstimos e financiamentos (3.097.287 ) (197.407 ) (19.768 ) (592.223 ) Obrigações com arrendamento financeiro (22.462 ) (21.080 ) (21.080 ) Instrumentos financeiros derivativos (224.747 ) (7.818 ) Fornecedores e outras obrigações (194.590 ) (27.423 ) (3.539.086 ) (253.728 ) (40.848 ) (592.223 )

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Consolidado

Até um ano Entre um e

dois anos Entre dois e

cinco anos Acima de

cinco anos

Em 31 de dezembro de 2010 Empréstimos e financiamentos (619.495 ) (603.556 ) (2.881.487 ) (6.453.470 ) Obrigações com arrendamento financeiro (4.189 ) (13.260 ) (6.000 ) Instrumentos financeiros derivativos 90.790 2.296 39.886 Contas a pagar aquisição de ações (1.440.676 ) Fornecedores e outras obrigações (582.787 ) (21.409 ) (14.516 ) (39.840 )

(2.556.357 ) (638.225 ) (2.899.707 ) (6.453.424 )

Em 31 de dezembro de 2009 Empréstimos e financiamentos (1.769.909 ) (682.978 ) (4.055.372 ) (4.714.939 ) Obrigações com arrendamento financeiro (20.347 ) (18.719 ) (39.133 ) Instrumentos financeiros derivativos 5.122 Contas a pagar aquisição de ações (2.430.289 ) (1.253.890 ) Fornecedores e outras obrigações (437.946 ) (49.759 ) (14.519 ) (49.057 )

(4.653.369 ) (2.005.346 ) (4.109.024 ) (4.763.996 )

Em 1o de janeiro de 2009 Empréstimos e financiamentos (4.972.393 ) (255.832 ) (150.059 ) (603.332 ) Obrigações com arrendamento financeiro (48.465 ) (21.080 ) (21.080 ) Instrumentos financeiros derivativos (235.574 ) (14.591 ) Fornecedores e outras obrigações (270.300 )

(5.526.732 ) (291.503 ) (171.139 ) (603.332 )

(*) Como os valores incluídos na tabela são os fluxos de caixa não descontados contratuais, esses valores podem não ser conciliados com os valores divulgados no balanço patrimonial para empréstimos, instrumentos financeiros derivativos, fornecedores e outras obrigações.

5.2 Gestão de capital

Os objetivos do Grupo ao administrar seu capital são os de salvaguardar a capacidade de continuidade do Grupo para oferecer retorno aos acionistas e benefícios às outras partes interessadas, além de proporcionar a melhor gestão de caixa, de forma obter o menor custo de captação de recursos na combinação de capital próprio ou capital de terceiros.

O Grupo monitora o capital com base no índice de alavancagem financeira consolidado. Esse índice corresponde à dívida líquida dividida pelo lucro líquido ajustado pelo resultado financeiro, impostos sobre a renda, depreciação, exaustão e amortização e outros itens. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos, subtraído do montante de caixa e equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários e o valor justo dos instrumentos financeiros derivativos.

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Os índices de alavancagem financeira em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 podem ser assim sumariados:

Consolidado

Milhões de reais

2010

2009

Empréstimos e financiamentos (Nota 21)

10.581

11.301 Contas a pagar com aquisição de ações

1.441

3.684

Menos - caixa e equivalentes de caixa (Nota 8)

431

645 Menos - valor justo contratos derivativos (Nota 10)

133

5

Menos - títulos e valores mobiliários (Nota 9)

1.641

3.317

Dívida líquida

9.817

11.018 Total do indicador ajustado (*)

2.749

1.697

Índice de alavancagem financeira

3,6

6,5

A Companhia vem trabalhando de forma contínua no aproveitamento das oportunidades de otimização da sua estrutura de capital, através de ações que buscam a melhoria do perfil da dívida com redução do custo e alongamento do prazo. A combinação da redução do endividamento com a elevada geração de caixa no exercício encerrado em 2010, e eventos de liquidez (venda de ativos), contribuíram para a redução do índice de alavancagem. (*) Os valores do indicador ajustado são reconciliados para os valores contábeis conforme apresentamos a seguir:

Consolidado

Milhões de reais

2010

2009

Lucro antes do resultado financeiro e do imposto de renda

980

1.752 Depreciação, amortização e exaustão (ii)

1.534

1.558

LAJIDA

2.514

3.310

Lucro antes do resultado financeiro e do imposto de renda de

operações descontinuadas

120

120

Amortização de intangíveis

83

83 Impairment ICMS a recuperar (i)

111

52

Variação valor justo de ativos biológicos

(92 ) (552 ) Valor justo da participação inicial na Aracruz

(1.379 )

Outros

13

63

2.749

1.697

(i) Além da provisão mencionada na Nota 13, foram incluídas provisões para créditos de ICMS vendidos e sem expectativa de

realização. (ii) Valores não incluem parcela da depreciação alocada ao estoque de produtos acabados.

5.3 Estimativa do valor justo

Pressupõe-se que os saldos das contas a receber de clientes, menos provisão para perda, e de contas a pagar aos fornecedores pelo valor contábil, estejam próximos de seus valores justos. O valor justo dos passivos financeiros, para fins de divulgação, é estimado mediante o desconto dos fluxos de caixa contratuais futuros pela taxa de juros vigente no mercado.

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A Companhia aplica a alteração ao CPC 38/IFRS 7 para instrumentos financeiros mensurados no balanço patrimonial pelo valor justo, o que requer divulgação das mensurações do valor justo pelo nível da seguinte hierarquia de mensuração pelo valor justo: . Nível 1 - preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos. . Nível 2 - informações, além dos preços cotados, incluídas no nível 1 que são adotadas pelo mercado

para o ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos preços).

. Nível 3 - inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado

(ou seja, inserções não observáveis). Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, os ativos financeiros mensurados ao valor justo e passivos financeiros divulgados ao valor justo foram classificados no nível 2 de hierarquia do valor justo, conforme resumido a seguir: Controladora Consolidado

2010 2009 2010 2009

Ativos Mantidos para negociação Instrumentos financeiros derivativos 132.861 132.972 5.122 Aplicações financeiras (*) 1.582.620 3.081.280 1.994.892 3.711.109

1.715.481 3.081.280 2.127.864 3.716.231

Passivos Instrumentos financeiros derivativos 3.900 Empréstimos e financiamentos 7.439.811 9.073.414 14.215.600 15.291.442

7.439.811 9.077.314 14.215.600 15.291.442

(*) Inlui títulos mantidos para negociação e equivalentes de caixa.

5.4 Demonstrativo da análise de sensibilidade Na elaboração da análise de sensibilidade, para os instrumentos financeiros, foram utilizados dados do mercado financeiro para cálculo dos valores justos das operações. O cenário provável considerado pela Companhia é o cenário de mercado, cenário I. Os cenários II e III estão sendo incluídos na análise de acordo com os requerimentos adicionais de divulgação sobre instrumentos financeiros da CVM (Instrução CVM no 475/08), e são calculados por uma curva com choque de 25% e 50% sobre o cenário I em cada vértice. A seguir, é apresentado o valor justo da carteira de derivativos, dívida e títulos, em dois cenários, considerados adversos e de maior impacto. Os cenários são de alta provável do dólar (US$) em 2,63% e de queda provável da taxa LIBOR em 2,5%:

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Consolidado

Impacto da alta do dólar no valor justo das carteiras

Carteira

Provável

Possível (25% ) Remoto (50% )

Derivativos

(43.529 ) (413.778 ) (827.557 ) Empréstimos e financiamentos

(217.025 ) (2.062.977 ) (4.125.955 )

Aplicações financeiras

9.284

88.259

176.518

Consolidado

Impacto da queda da Libor no valor justo das carteiras

Carteira

Provável

Possível (25% ) Remoto (50% )

Derivativos

(104 ) (1.044 ) (2.098 )

A administração entende que os valores justos dos empréstimos e financiamentos e aplicações financeiras não são sensíveis à queda da taxa LIBOR. Uma alteração na projeção de juros futuros não impactaria imediatamente o valor justo destes instrumentos financeiros. Para a análise de sensibilidade do preço de commodities (Celulose), assumimos uma queda de 8,68% no preço médio da celulose, calculada com base na volatilidade histórica do preço lista de Celulose (FOEXBHKP Index - fonte Bloomberg) para os últimos dez anos. Considerando todas as demais variáveis constantes, a variação de 8,68% no preço médio da celulose significaria uma variação de 7,34% em nossa receita líquida de vendas. Apresentamos a seguir como o resultado do período e o patrimônio líquido teriam sido afetados por mudanças na variável de risco pertinente a qual a Companhia está exposta no final do período de relatório. A variável de risco relevante para a Companhia no período, levando em consideração o período de três meses para a próxima mensuração, é sua exposição ao dólar e ao risco de flutuação nos preços das commodities. A administração entende que o cenário razoavelmente possível é uma elevação na cotação do dólar, conforme expectativa de mercado divulgada no boletim Focus do Banco Central do Brasil de 1o de janeiro de 2011. Os demais fatores de riscos foram considerados irrelevantes para resultados de instrumentos financeiros.

Instrumentos denominados em moeda estrangeira (US$) Cenário Receita (despesa )

Empréstimos e financiamentos Elevação de 2,63% na cotação do dólar em relação à Ptax de 31 de dezembro de 2010 - R$ 1,6662 versus R$ 1,7100

(217.025 ) Caixa, equivalentes e títulos e valores mobiliários 9.284 Derivativos (43.529 ) Contas a receber 24.787 Contas a pagar (729 ) Receita de celulose Queda no preço de 8,68% (461.639 ) Total do impacto estimado (688.851 )

6 Instrumentos financeiros por categoria No quadro a seguir realizamos a classificação dos instrumentos financeiros da Companhia por categoria em cada uma das datas apresentadas:

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Controladora

2010 2009

1o de janeiro

de 2009

Ativos, conforme balanço patrimonial Empréstimos e recebíveis Caixa e equivalentes de caixa 8.890 188.427 18.878 Títulos mantidos até o vencimento 161.663

Contas a receber de clientes 738.540 1.143.442 709.223 Demais contas a receber 205.705 312.529 285.460

953.135 1.806.061 1.013.561

Ao valor justo por meio do resultado Instrumentos financeiros derivativos 132.862 Ativos mantidos para negociação 1.582.620 2.746.991 348.954

1.715.482 2.746.991 348.954

Passivos Outros passivos financeiros Empréstimos e financiamentos 5.491.664 4.962.050 3.971.307 Contas a pagar por aquisição de ações 1.440.676 3.684.179 Fornecedores e outras obrigações 634.400 561.987 270.481

7.566.740 9.208.216 4.241.788

Ao valor justo por meio do resultado Instrumentos financeiros derivativos 3.900 232.565

Consolidado

2010 2009

1o de janeiro

de 2009

Ativos, conforme balanço patrimonial Empréstimos e recebíveis Caixa e equivalentes de caixa 431.463 645.479 157.995 Títulos mantidos até o vencimento 161.663 Contas a receber de clientes 1.138.176 1.167.151 438.174 Demais contas a receber 260.933 374.866 150.663

1.830.572 2.349.159 746.832

Ao valor justo por meio do resultado Instrumentos financeiros derivativos 132.972 5.122 Ativos mantidos para negociação 1.640.935 3.155.679 728.958

1.773.907 3.160.801 728.958

Passivos Outros passivos financeiros Empréstimos e financiamentos 10.581.457 11.301.396 6.072.241 Contas a pagar por aquisição de ações 1.440.676 3.684.179 Fornecedores e outras obrigações 736.407 625.998 317.153

12.758.540 15.611.573 6.389.394

Ao valor justo por meio do resultado Instrumentos financeiros derivativos 250.165

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7 Qualidade dos créditos dos ativos financeiros A qualidade do crédito dos ativos financeiros que não estão vencidos ou sujeitos à provisão para deterioração pode ser avaliada mediante referência às classificações externas de crédito (se houver) ou às informações históricas sobre os índices de inadimplência das contrapartes. Para a qualidade de crédito de contrapartes que são instituições financeiras, como caixa e derivativos, a Companhia considera o menor rating da contraparte divulgada pelas três principais agências internacionais de rating (Moody's, Fitch e S&P), conforme política interna de gerenciamento de riscos de mercado:

Controladora

(Não auditado )

2010

2009

1o de janeiro

de 2009

Contas a receber de clientes

Contrapartes sem classificação externa de crédito

A - Baixo risco

654.609

1.002.601

575.376 B - Médio risco

80.373

153.073

59.317

C - Médio/alto risco

57.574

16.285

74.750 D - Alto risco de falência

4.033

12.760

Total de contas a receber de clientes

792.556

1.175.992

722.203

Conta-corrente e depósitos bancários de curto prazo

brAAA

1.195.467

2.522.537

156.566

brAA+

341.192

574.544

114.331 brAA-

45.719

95.302

brA

1.633 Outros

9.132

1.591.510

3.097.081

367.832

Ativos financeiros derivativos brAAA 68.875 (3.900 ) (179.761 ) brAA+ 52.094 (19.092 ) AA- 5.870 (33.712 ) A+ 5.764 A 258

132.861 (3.900 ) (232.565 )

Consolidado

(Não auditado )

2010

2009

1o de janeiro

de 2009

Contas a receber de clientes

Contrapartes relevante com classificação externa de crédito (S&P - Standard Poor's e D&B - Dun & Bradstreet)

S&P-AA-

111.476

54.801

6.287 S&P-A

170.821

156.191

12.525

S&P-BBB

42.429

31.297

10.447 S&P-BB

83.109

75.604

3.444

D&B-3

16.521

6.339

1.847

Fibria Celulose S.A. e subsidiárias

Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 Em milhares de reais

43 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

Consolidado

(Não auditado )

2010

2009

1o de janeiro

de 2009

Contrapartes sem classificação externa de crédito

A - Baixo risco

194.384

162.524

86.575

B - Médio risco

335.336

635.744

133.844 C - Médio/alto risco

240.214

67.637

168.665

D - Alto risco de falência

16.752

28.792

Total de contas a receber de clientes

1.194.290

1.206.889

452.426

Conta-corrente e depósitos bancários de curto prazo

brAAA

1.535.070

3.387.484

418.482

brAA+

378.439

508.484

161.190 brAA

1.432

brAA-

45.719

95.302 brA+

1.305

brA

53.992 brA-

2.869

AA+

1 A+

82

A

61.649

1.684 A-

23.342

Outros (*)

28.179

66.853

150.614

2.072.398

3.962.821

886.953

Ativos financeiros derivativos brAAA 68.986 23.964 (197.361 ) brAA+ 52.094 (19.982 ) (19.092 ) AA- 5.870 (33.712 ) A+ 5.764 A 258 1.140 132.972 5.122 (250.165 )

(*) Foram incluídas nesta categoria contas correntes e fundos de investimento em bancos que não possuem avaliação pelas três

agências de rating uilizadas pela Companhia.

Apresentamos a seguir um quadro com a avaliação de rating das instituições financeiras contrapartes (*), com as quais a Companhia realizou transações durante o exercício: Contraparte

Fitch Moody's S&P

Banco ABC Brasil S.A.

AA-(bra) Aa1.br

Banco Alfa de Investimento S.A.

AA-(bra) Aaa.br

Banco Bradesco S.A.

AAA(bra) Aaa.br brAAA

Banco Citibank S.A.

brAAA Banco BNP Paribas Brasil

brAAA Banco do Brasil S.A.

AA+(bra) Aaa.br

Banco Itaú BBA

AAA(bra) Aaa.br brAAA Banco Safra S.A.

AA+(bra) Aaa.br

Banco Santander Brasil S.A.

AAA(bra) Aaa.br brAAA Banco Standard de Investimentos S.A.

AA+(bra)

Fibria Celulose S.A. e subsidiárias

Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 Em milhares de reais

44 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

Contraparte

Fitch Moody's S&P

Banco Volkswagen S.A.

brAAA Banco Votorantim S.A.

AA+(bra) Aaa.br brAA+

BES Investimento do Brasil S.A.

Aaa.br brAAA Caixa Economica Federal

AA+(bra) Aaa.br

HSBC Bank Brasil S.A.

Aaa.br

BNP Paribas

AA- Aa2 AA

Goldman Sachs Group Inc./The

A+ A1 A Citigroup Inc.

A+ A3 A

Credit Suisse Group AG

AA- Aa2 A JPMorgan Chase Bank NA

AA- Aa1 AA-

Lloyds Banking Group PLC

AA- A1 A Morgan Stanley

A A2 A

Royal Bank of Scotland Group PLC

AA- A1 A Deutsche Bank

AA- Aa3 A+

Bank of America

A+ A2 A Barclays

AA- A1 A+

(*) Quadro não auditado pelo auditores independentes.

A classificação interna de risco para clientes está descrita a seguir:

. A - Baixo risco - cliente coberto por seguro de crédito, com garantia, solidez financeira, sem restrições de mercado, sem histórico de inadimplência.

. B - Médio risco - cliente com solidez financeira, sem restrições de mercado e sem histórico de inadimplência.

. C - Médio/alto risco - cliente com solidez financeira razoável, moderadas restrições de mercado e histórico baixo de inadimplência.

. D - Alto risco de falência - cliente com baixa solidez financeira, moderadas a significativas restrições de mercado e histórico insatisfatório de pagamento junto a Fibria.

Nenhum dos ativos financeiros totalmente adimplentes foi renegociado no último exercício. Nenhum dos empréstimos com partes relacionadas está vencido ou sujeito a provisão para deterioração.

8 Caixa e equivalentes de caixa Controladora Consolidado

Taxa média de remuneração das aplicações - % 2010 2009

1o de janeiro

de 2009 2010 2009

1o de janeiro

de 2009

Caixa e bancos 8.890 15.801 18.878 77.506 251.712 72.385 Equivalentes de caixa Em moeda nacional Títulos privados/compromissadas 101,1 do CDI 172.626 393.767 Em moeda estrangeira Depósito a prazo fixo 0,33 a.a. 353.957 85.610

Caixa e equivalentes de caixa 8.890 188.427 18.878 431.463 645.479 157.995

As aplicações financeiras em CDBs possuem alta liquidez, são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor.

Fibria Celulose S.A. e subsidiárias

Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 Em milhares de reais

45 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

9 Títulos e valores mobiliários

Os títulos e valores mobiliários incluem ativos financeiros classificados como ativos financeiros mantidos para negociação, mantidos até o vencimento e empréstimos e recebíveis, conforme a seguir: Controladora Consolidado

1o de 1o de janeiro janeiro 2010 2009 de 2009 2010 2009 de 2009

Títulos em moeda nacional Públicos/compromissadas 627.052 382.862 627.052 382.862 Privados/compromissadas 955.568 2.525.792 348.954 1.013.883 2.934.480 728.958

Títulos e valores mobiliários 1.582.620 2.908.654 348.954 1.640.935 3.317.342 728.958

Parcela circulante 1.582.620 2.843.215 348.954 1.640.935 3.251.903 728.178

Parcela não circulante 65.439 65.439 780

As aplicações financeiras em títulos privados estão substancialmente representadas por Certificados de Depósito Bancário (CDB) e possuem, em sua maioria, liquidez imediata e rendimentos atrelados a variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Os títulos públicos estão representados por Letras e Notas emitidos pelo Tesouro Nacional. O rendimento médio da carteira é de 101,5% do CDI.

10 Instrumentos financeiros derivativos

Inicialmente, apresentamos uma tabela detalhada de derivativos em aberto na data, organizada por vencimento, contraparte, valor nocional e valor justo:

2010 2009 1o de janeiro de 2009

Vencimento Contraparte

Nocional - milhares de

dólares norte- -americanos Valor justo

Nocional - milhares de

dólares norte- -americanos Valor justo

Nocional - milhares de

dólares norte- -americanos Valor justo

Target Forward

Setembro de 2009 Diversas (*)

126.000 (157.115 )

Swap duplo indexado

Janeiro de 2009 HSBC

6.000 338

Swap NCE

Dezembro de 2009 Unibanco

150.000 (74.989 )

Swap com verificação (call - venda)

Dezembro de 2009 ING

37.050 (9.451 )

Janeiro de 2010 B. Espírito Santo

20.000

Fevereiro de 2010 B. Espírito Santo

20.000 (71 )

Abril de 2010 Itaú

25.000 (215 )

Maio de 2010 Itaú

25.000 (349 )

Janeiro de 2014 Citibank 45.000 17.201 45.000 7.729 45.000 6.280 Swap LIBOR 3M x fixed

Fevereiro de 2014 Morgan Stanley 153.171 (6.138 ) 200.300 (2.756 )

Fevereiro de 2014 Goldman Sachs 76.700 (3.202 ) 100.300 (1.431 )

Julho de 2014 Goldman Sachs 87.500 (5.565 ) 87.500 (2.078 )

Swap LIBOR x CDI

Março de 2010 JP Morgan

50.000 (18.202 ) 50.000 7.842

Swap DI x US$

Setembro de 2018 Safra 246.612 39.886

Novembro de 2009 Itaú

100.000 4.171

Dezembro de 2013 HSBC

37.000 9.023 5.558 (1.377 )

Swap TJLP x US$

Outubro de 2010 Citibank

20.995 (6.773 )

Non-deliverable forward (venda)

Janeiro de 2010 BNP Paribas

9.000 236

Janeiro de 2010 HSBC

10.500 1.684

Janeiro de 2010 Standard Bank

6.000 603

Janeiro de 2010 Votorantim

24.000 2.029 24.000 (19.091 )

Fevereiro de 2010 HSBC

32.000 2.160

Fibria Celulose S.A. e subsidiárias

Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 Em milhares de reais

46 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

2010 2009 1o de janeiro de 2009

Vencimento Contraparte

Nocional - milhares de

dólares norte- -americanos Valor justo

Nocional - milhares de

dólares norte- -americanos Valor justo

Nocional - milhares de

dólares norte- -americanos Valor justo

Março de 2010 BNP Paribas

5.000 58

Março de 2010 Itaú

14.000 90

Março de 2010 Standard Bank

4.000 639

Abril de 2010 BNP Paribas

1.500 43

Abril de 2010 HSBC

6.000 625

Abril de 2010 Itaú

28.000 284

Maio de 2010 Barclays

2.000 208

Maio de 2010 HSBC

15.000 109

Maio de 2010 Itaú

6.000 96

Maio de 2010 Standard Bank

2.700 299

Junho de 2010 Barclays

3.000 308

Junho de 2010 BNP Paribas

15.000 140

Junho de 2010 HSBC

1.400 149

Junho de 2010 Itaú

4.000 54

Julho de 2010 BNP Paribas

1.000 29

Julho de 2010 HSBC

16.000 412

Julho de 2010 Itaú

5.700 245

Agosto de 2010 BNP Paribas

8.000 141

Agosto de 2010 HSBC

3.000 297

Agosto de 2010 Itaú

8.000 44

Agosto de 2010 Standard Bank

1.700 181

Setembro de 2010 BNP Paribas

1.000 28

Setembro de 2010 HSBC

3.000 294

Setembro de 2010 Standard Bank

1.700 176

Outubro de 2010 Barclays

3.000 297

Outubro de 2010 BNP Paribas

15.000 169

Outubro de 2010 Itaú

2.700 201

Novembro de 2010 BNP Paribas

1.000 27

Novembro de 2010 HSBC

4.700 464

Dezembro de 2010 HSBC

3.000 292

Dezembro de 2010 Itaú

2.700 361

Janeiro de 2011 B. Espírito Santo 8.000 1.806

Janeiro de 2011 Bank of America 26.000 4.643

Janeiro de 2011 BNP Paribas 9.000 1.669

Janeiro de 2011 Goldman Sachs 5.000 377

Janeiro de 2011 HSBC 28.328 4.153

Janeiro de 2011 Itaú 15.000 909

Janeiro de 2011 Santander 18.700 1.939

Janeiro de 2011 Standard Bank 5.000 1.576

Fevereiro de 2011 B. Espírito Santo 8.000 2.316

Fevereiro de 2011 Bank of America 14.250 4.030

Fevereiro de 2011 BNP Paribas 6.500 2.153

Fevereiro de 2011 Citibank 5.000 389

Fevereiro de 2011 Deutsche 5.000 379

Fevereiro de 2011 Goldman Sachs 17.000 1.450

Fevereiro de 2011 HSBC 13.127 1.561

Fevereiro de 2011 Itaú 4.500 271

Fevereiro de 2011 Santander 17.000 2.712

Março de 2011 B. Espírito Santo 7.000 1.745

Março de 2011 Bank of America 17.500 4.460

Março de 2011 BNP Paribas 11.000 957

Março de 2011 Deutsche 15.000 1.145

Março de 2011 Goldman Sachs 7.000 394

Março de 2011 HSBC 9.376 2.534

Março de 2011 Itaú 8.500 933

Março de 2011 Standard Bank 7.000 2.231

Abril de 2011 B. Espírito Santo 7.000 1.756

Abril de 2011 Bank of America 4.200 230

Abril de 2011 BNP Paribas 21.250 5.740

Abril de 2011 Goldman Sachs 11.200 701

Abril de 2011 HSBC 6.450 445

Abril de 2011 Itaú 3.000 462

Abril de 2011 JP Morgan 4.500 258

Abril de 2011 Santander 2.250 149

Abril de 2011 Standard Bank 14.000 4.428

Maio de 2011 B. Espírito Santo 5.000 765

Maio de 2011 BNP Paribas 18.000 1.771

Maio de 2011 Deutsche 15.200 969

Maio de 2011 Goldman Sachs 7.000 627

Maio de 2011 HSBC 3.500 324

Maio de 2011 Itaú 10.000 1.678

Maio de 2011 Santander 4.200 302

Junho de 2011 Bank of America 8.400 497

Junho de 2011 BNP Paribas 4.000 657

Junho de 2011 Deutsche 11.000 656

Junho de 2011 Goldman Sachs 9.200 656

Junho de 2011 Itaú 6.000 909

Fibria Celulose S.A. e subsidiárias

Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 Em milhares de reais

47 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

2010 2009 1o de janeiro de 2009

Vencimento Contraparte

Nocional - milhares de

dólares norte- -americanos Valor justo

Nocional - milhares de

dólares norte- -americanos Valor justo

Nocional - milhares de

dólares norte- -americanos Valor justo

Junho de 2011 Santander 10.000 1.656

Junho de 2011 Standard Bank 10.200 565

Junho de 2011 B. Espírito Santo 8.400 490

Junho de 2011 BNP Paribas 9.000 785

Junho de 2011 Deutsche 3.000 141

Junho de 2011 Goldman Sachs 8.000 483

Junho de 2011 Itaú 20.000 2.834

Junho de 2011 Santander 4.000 653

Junho de 2011 Standard Bank 7.000 406

Agosto de 2011 Bank of America 8.200 499

Agosto de 2011 BNP Paribas 13.000 1.032

Agosto de 2011 Deutsche 11.000 654

Agosto de 2011 HSBC 22.200 1.682

Agosto de 2011 Standard Bank 8.000 480

Setembro de 2011 B. Espirito Santo 4.200 222

Setembro de 2011 Bank of America 10.000 586

Setembro de 2011 BNP Paribas 7.000 559

Setembro de 2011 Deutsche 16.000 1.073

Setembro de 2011 HSBC 9.200 659

Setembro de 2011 Standard Bank 4.000 182

Outubro de 2011 Bank of America 9.000 551

Outubro de 2011 Citibank 4.000 212

Outubro de 2011 Deutsche 9.000 535

Outubro de 2011 Standard Bank 16.200 861

Novembro de 2011 Bank of America 10.000 592

Novembro de 2011 Standard Bank 21.200 1.123

Dezembro de 2011 Deutsche 5.000 212

Dezembro de 2011 Standard Bank 7.200 351

132.972

5.122

(250.165 )

Parcela circulante 80.502 5.122 (235.574 ) Parcela não circulante 52.470 (14.591 )

Todas as operações em aberto em 31 de dezembro de 2010 são de balcão, registradas na CETIP, e representam posições vendidas em dólares. Nas tabelas a seguir são apresentados os mesmos derivativos, segregados por tipo de derivativo, aberto por ponta ativa e passiva das operações (para contratos de swap), pela estratégia de proteção adotada pela Companhia e por cronograma de desembolso dos contratos.

(a) Descrição por tipo de derivativo Valor de referência (nocional) - na moeda de origem Valor justo

1o de

janeiro 1o de

janeiro Tipo do derivativo 2010 2009 de 2009 2010 2009 de 2009

NDF (US$) - venda 737.131 272.000 24.000 90.790 13.472 (19.091 ) Call (US$) - venda 90.000 150.000 (635 ) (74.989 ) Target Forward (US$) 126.000 (157.115 ) Swap JPY x USD (JPY) 4.754.615 4.754.615 4.754.615 17.201 7.729 6.280 Swap LIBOR x DI (US$) 50.000 50.000 (18.202 ) 7.842 Swap DI x USD (US$) 246.612 37.000 5.558 39.886 9.023 (1.377 ) Swap USD x DI (US$) 100.000 4.171 Swap LIBOR x Fixed (US$) 317.371 388.100 (14.905 ) (6.265 ) Swap TJLP x US$ (US$) 20.995 (6.773 ) Swap com verificação (US$) 37.050 (9.451 ) Swap duplo indexado 6.000 338

132.972 5.122 (250.165 )

Fibria Celulose S.A. e subsidiárias

Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 Em milhares de reais

48 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

(b) Contratos abertos por ponta ativa e passiva e tipo de contrato

Valor de referência (nocional) - na moeda de

origem Valor justo

1o de

janeiro 1o de

janeiro Tipo do derivativo 2010 2009 de 2009 2010 2009 de 2009

Contratos futuros Hedge de fluxo de caixa (US$) 737.131 272.000 24.000 90.790 13.472 (19.091 ) Contratos de swap Posição ativa em dólar (US$) 50.000 100.000 Posição passiva em CDI (BRL) 103.000 156.000 Posição ativa em CDI (BRL) 421.707 77.300 11.611 Posição passiva em dólar (US$) 291.612 82.000 71.553 Posição ativa em iene (JPY) 4.754.615 4.754.615 4.754.615 Posição ativa em TJLP (BRL) 40.952 Posição em juros (US$) 317.371 388.100 50.000 Posição duplo indexado (US$) 6.000 Swap com verificação (US$) 37.050

Total contratos de swap 42.182 (7.715 ) 1.030

Target forward 126.000 (157.115 ) Contrato de opções (call) 90.000 150.000 (635 ) (74.989 )

132.972 5.122 (250.165 )

(c) Valores justos e liquidados por estratégia de proteção

Justo Valores pagos ou recebidos

1o de

janeiro 1o de

janeiro Tipo do derivativo 2010 2009 de 2009 2010 2009 de 2009

Hedge cambial Hedge de fluxo de exportação 90.790 12.837 (260.646 ) 44.994 3.664 146.347 Hedge de dívida 57.087 (1.450 ) 10.481 (20.553 ) (12.008 ) 27.328 Hedge de taxa de juros Hedge de dívida (14.905 ) (6.265 ) (9.590 ) (1.764 ) (49.445 )

132.972 5.122 (250.165 ) 14.851 (10.108 ) 124.230

(d) Valores justos por cronograma de desembolsos e recebimentos potenciais

Hedge cambial de

fluxo de exportação Hedge cambial de

dívida Hedge de taxa

de juros Total

2011 90.790 (1.195 ) (9.093 ) 80.502 2012 (1.447 ) (4.844 ) (6.291 ) 2013 (1.352 ) (938 ) (2.290 ) 2014 23.438 (30 ) 23.408 2015 3.009 3.009 2016 3.907 3.907 2017 14.312 14.312 2018 16.415 16.415

90.790 57.087 (14.905 ) 132.972

Fibria Celulose S.A. e subsidiárias

Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 Em milhares de reais

49 de 105 G:\DEZ\FIBRIA10.DEZ

o valor justo não representa a obrigação de desembolso imediato ou recebimento de caixa, uma vez que tal efeito somente ocorrerá nas datas de verificação contratual ou de vencimento de cada operação, quando será apurado o resultado, conforme o caso e as condições de mercado nas referidas datas. Ressalta-se que todos os contratos em aberto em 31 de dezembro de 2010 são operações de mercado de balcão, registradas na CETIP, sem nenhum tipo de margem de garantia ou cláusula de liquidação antecipada forçada por variações provenientes de Mark to Market (MtM).

A seguir, são descritos cada um dos derivativos vigentes e os instrumentos que são objeto de proteção.

(i) Non-Deliverable Forward (NDF)

A Fibria realizou vendas de futuro de dólar convencional com o objetivo de proteger um percentual da receita de exportação, com alta probabilidade de ocorrência, contra a oscilação do dólar.

(ii) Swap LIBOR x Fixed

A Fibria possui posições de swaps convencionais de LIBOR 3M x Fixed com o intuito de fixar o fluxo de pagamento de dívidas atreladas a uma taxa pós-fixada.

(iii) Swap JPY x US$

A Fibria possui posições de swaps convencionais de iene versus dólar com o objetivo de eliminar a exposição em iene resultante da emissão de um bond nesta moeda. Tais swaps estão atrelados às dívidas no que diz respeito a valores, prazos e fluxo de caixa.

(iv) Swap DI x US$ A Fibria possui posições de swaps convencionais de Depósitos Interbancários (DI) versus dólar com o objetivo de atrelar a dívida em reais, atrelada ao DI, para uma dívida fixa em dólar. Tais swaps estão atrelados às dívidas no que diz respeito a valores, prazos e fluxo de caixa.

(v) Apuração do valor justo dos instrumentos financeiros derivativos A Fibria apura o valor justo de seus contratos derivativos e reconhece que tais valores podem ser diferentes dos valores marcados a mercado (MtM), que representam o valor estimado para uma eventual liquidação antecipada. Tal divergência pode ocorrer por condições de liquidez, spreads, interesse da contraparte na liquidação antecipada, dentre outros aspectos. Os valores calculados pela Companhia são também comparados com MtMs referenciais de bancos (contrapartes) e com cálculos de uma consultoria externa especializada. A administração acredita que os valores obtidos para tais contratos, de acordo com os métodos descritos a seguir, representam, da maneira mais fidedigna, seus valores justos. Os métodos de apuração do valor justo dos instrumentos financeiros derivativos utilizados pela Fibria para as operações de proteção, pautaram-se pela utilização de procedimentos comumente utilizados no mercado e concordantes com embasamentos teóricos amplamente aceitos. Toda a metodologia de cálculo de marcação a mercado e contabilização adotados pela Companhia está descrita em manual específico desenvolvido pela área de Riscos.

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Para cada um dos instrumentos, descreve-se a seguir um resumo do procedimento utilizado para a obtenção dos valores justos: . Non-deliverable forward - é feita uma projeção da cotação futura da moeda, utilizando-se das curvas

de cupom cambial e prefixada em reais para cada vencimento. A seguir, verifica-se qual a diferença entre esta cotação obtida e a taxa que foi contratada. Tal diferença é multiplicada pelo valor nocional de cada contrato e trazida a valor presente pela curva prefixada em reais.

. Contratos de swap - tanto o valor presente da ponta ativa quanto da ponta passiva são estimados

pelo desconto dos fluxos de caixa projetados pela taxa de juros de mercado da moeda em que o swap é denominado. O valor justo do contrato é a diferença entre essas duas pontas.

Não fazemos a marcação a mercado das operações de aplicações financeiras em box em virtude do entendimento que o produto final é enquadrado como uma aplicação de renda fixa, com rendimento atrelado ao CDI, não existindo risco de variação cambial à Companhia. A marcação do valor justo destes contratos de derivativos é classificada no nível 2 de determinação de valor justo, conforme requerido pelo CPC 40/IFRS 7 tópico 49. Vide Nota 5.3.

11 Contas a receber de clientes Controladora Consolidado

1o de

janeiro 1o de

janeiro 2010 2009 de 2009 2010 2009 de 2009

Clientes no País 236.901 258.215 200.507 251.374 285.658 216.998 Clientes no exterior Intercompanhia (*) 535.173 885.401 499.001 Demais 20.482 32.376 22.695 942.916 921.231 235.428 Provisão para deterioração de créditos a receber (54.016 ) (32.550 ) (12.980 ) (56.114 ) (39.738 ) (14.252 )

738.540 1.143.442 709.223 1.138.176 1.167.151 438.174

(*) As contas a receber de clientes no exterior intercompanhias são relativas aos embarques de celulose realizados

para a controlada Fibria Trading Internacional KFT, que é responsável pela administração, comercialização, operacionalização, logística, controle e contabilização dos produtos na Europa, Ásia e América do Norte.

As contas a receber não possuem caráter de financiamento e estão avaliadas e registradas inicialmente pelo valor justo.

Em 31 de dezembro de 2010, as contas a receber consolidadas de R$ 1.067.228 (31 de dezembro de 2009 - R$ 1.139.303 e 1o de janeiro de 2009 - R$ 424.593) estavam totalmente adimplentes.

Em 31 de dezembro de 2010, as contas a receber de clientes no valor de R$ 70.948 (31 de dezembro de 2009 - R$ 27.848 e 1o de janeiro de 2009 - R$ 13.581) encontram-se vencidas, mas não sujeitas à provisão para deterioração. A administração mantém procedimentos de cobrança e acredita que não

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incorrerá em perdas nestes .clientes. A análise de vencimentos dessas contas a receber está apresentada a seguir:

2010

Até dois meses 56.623

De dois meses a seis meses 7.428 Mais de seis meses 6.897

70.948

Em 31 de dezembro de 2010, as contas a receber de clientes no total de R$ 56.114 (31 de dezembro de 2009 - R$ 39.738 e 1o de janeiro de 2009 - R$ 14.252), vencidas há mais de seis meses, estavam provisionadas. As contas a receber individualmente sujeitas à provisão para deterioração referem-se principalmente aos clientes em cobrança judicial, com baixa probabilidade de recuperação dos créditos. Segundo avaliação, uma parcela das contas a receber pode ser recuperada. As contas a receber consolidadas são mantidas nas seguintes moedas:

1o de janeiro

2010

2009

de 2009

Reais 251.374 285.658 216.998 Dólares norte-americanos 942.916 921.231 235.428 1.194.290 1.206.889 452.426

As movimentações na provisão para impairment de contas a receber de clientes do Grupo são as seguintes:

Controladora Consolidado

2010 2009 2010

2009

Em 1o de janeiro (32.550 ) (13.206 ) (39.738 )) (14.252 )) Provisão para impairment de contas a receber (24.950 )) (21.035 ) (27.047 )) (21.951 )) Contas a receber de clientes baixadas durante o exercício como incobráveis 1.678

3.292

8.595

3.332

Variações cambiais 270 2.146 ) Reclassificação para ativos mantidos para venda 1.806

1.806

Aquisição da participação societária na Aracruz

(1.601 )

(9.013 ))

Em 31 de dezembro (54.016 ) (32.550 ) (56.114 )) (39.738 ))

A constituição e a baixa da provisão para contas a receber sujeitas à provisão para deterioração foram registradas no resultado do exercício na rubrica "Despesas com vendas". Os valores debitados à conta de provisão são geralmente baixados quando não há expectativa de recuperação dos recursos.

As outras classes de contas a receber de clientes e demais contas a receber não contém ativos sujeitos à provisão para deterioração.

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A exposição máxima ao risco de crédito na data de apresentação do relatório é o valor contábil de cada classe de contas a receber mencionada acima.

12 Estoques Controladora Consolidado

1o de

janeiro 1o de

janeiro 2010 2009 de 2009 2010 2009 de 2009

Produtos acabados Na fábrica/depósitos 109.845 147.679 119.930 165.534 152.582 131.286 No exterior 435.456 348.478 130.741 Produtos em processo 26.113 19.807 27.251 30.688 23.768 32.648 Matérias-primas 161.133 132.605 72.519 260.187 203.658 87.255 Almoxarifado 45.364 65.932 33.049 101.572 100.473 42.743 Importações em andamento 12.108 4.097 9.963 14.422 4.885 17.554 Adiantamentos a fornecedores 5.885 526 4.583 5.982 527 4.583 360.448 370.646 267.295 1.013.841 834.371 446.810

13 Impostos a recuperar Controladora Consolidado

1o de

janeiro 1o de

janeiro 2010 2009 de 2009 2010 2009 de 2009

Impostos retidos e antecipações de impostos IRPJ e CSLL 204.248 190.712 78.395 251.688 241.800 117.446 ICMS sobre aquisição de imobilizado 22.789 24.534 34.315 25.433 25.365 35.579 ICMS e IPI a recuperar 457.910 487.071 138.589 557.457 605.769 199.151 PIS e COFINS a recuperar 192.699 121.567 54.886 520.339 136.904 80.778 Provisão para perda nos créditos do ICMS (382.783 ) (345.135 ) (481.527 ) (406.265 ) (44.439 ) Outros 230 12

494.863 478.749 306.185 873.390 603.803 388.527

Parcela não circulante 283.180 262.698 159.577 590.967 372.509 171.359

Parcela circulante 211.683 216.051 146.608 282.423 231.294 217.168

O Grupo vem acumulando créditos de ICMS com os Estados do Espírito Santo e do Mato Grosso do Sul pelo fato de sua atividade, nesses Estados, ser preponderantemente exportadora. A administração revisou a perspectiva de realização dos referidos créditos e constituiu provisão integral do montante com baixa probabilidade de realização para sua unidade no Estado do Mato Grosso do Sul. Para a unidade do

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Espírito Santo, foi constituída uma provisão parcial em razão da probabilidade de realização, equivalente a aproximadamente 50% do saldo, uma vez que a administração implementou ações e vem recuperando parcela destes tributos em sua operação naquele Estado. Durante o exercício encerrado em 31 dezembro de 2010, a Companhia apurou créditos de PIS e COFINS sobre certos bens do ativo imobilizado, substancialmente sobre as plantas de Três Lagoas, Jacareí e Piracicaba, no montante de R$ 309.058 na planta de Três Lagoas e R$ 47.272 nas plantas de Jacareí e Piracicaba, os quais, para fins contábeis, foram registrados ao valor presente de R$ 233.399 e R$ 37.216respectivamente, em contrapartida no ativo imobilizado. A realização dos créditos, relativos aos impostos a recuperar ocorrerá até o final de 2016, de acordo com a projeção orçamentária aprovada pela administração, conforme demonstrado a seguir:

Consolidado

Montante Percentual

Nos próximos 12 meses 271.274 38 Em 2012 162.818 23 Em 2013 149.471 21 Em 2014 68.103 10 Em 2015 37.446 5 Em 2016 19.522 3

708.634 100

PIS E COFINS sobre ativo imobilizado (*) 164.756

Total dos impostos a recuperar 873.390

(*) Os créditos de PIS e COFINS remanescentes sobre o ativo imobilizado não foram incluídos na projeção, pois tornar-se-ão disponíveis ao longo da vida útil dos ativos.

As movimentações na provisão para impairment de impostos a recuperar da Companhia são as seguintes:

2010

2009

Em 1o de janeiro (406.265 ) (44.439 ) Aquisição de controle acionário - Aracruz (315.394 ) Provisão para impairment de créditos gerados no período (95.262 ) (46.432 ) Reversão da provisão por recuperação do ativo 20.000

Em 31 de dezembro (481.527 ) (406.265 )

A constituição e a reversão da provisão para impostos a recuperar elegíveis à provisão foram registradas no resultado do exercício como "Custo dos produtos vendidos". Os valores debitados à conta de provisão são geralmente baixados quando não há expectativa de recuperação dos recursos.

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14 Tributos sobre o lucro A Companhia e suas controladas sediadas no País utilizam a sistemática do lucro real e calcularam e registraram seus impostos com base nas alíquotas efetivas vigentes na data de elaboração das demonstrações financeiras. Os créditos tributários diferidos de imposto de renda e contribuição social são decorrentes de prejuízos fiscais e de diferenças temporárias referentes (a) ao efeito da variação cambial apurada (sistemática de apuração do imposto de renda e contribuição social pelo regime de caixa - efeitos cambiais); (b) ajuste a valor justo dos instrumentos financeiros derivativos; (c) provisões não dedutíveis até o momento da sua efetiva realização; (d) investimentos na atividade rural e (e) diferenças temporárias surgidas na aplicação dos CPCs. Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro futuro tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças temporárias, com base em projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações. A expectativa de realização dos créditos relativos ao prejuízo fiscal, à base negativa da contribuição social e às diferenças temporárias ocorrerá de acordo com o cronograma a seguir: Consolidado

Montante Percentual

Nos próximos 12 meses 272.503 20 Em 2012 157.262 12 Em 2013 121.501 9 Em 2014 120.384 9 Em 2015 119.618 9 Entre 2016 a 2018 261.245 20 Entre 2019 a 2021 279.512 21

1.332.025 100

Nos próximos 12 meses, esperamos realizar o montante de R$ 120.849 relativos aos impostos diferidos passivos. A movimentação do saldo líquido das contas de imposto de renda diferido é a seguinte:

Controladora Consolidado

2010 2009 2010 2009

Em 1o de janeiro 149.177 635.926 308.124 573.618 Saldo proveniente consolidação inicial da Aracruz (235.408 ) 779.469 Resultado de imposto de renda e contribuição social diferidos (73.717 ) (125.791 ) (146.924 ) (796.529 ) Resultado de imposto de renda e contribuição social diferidos

de operações descontinuadas (38.387 ) (47.688 ) (38.384 ) (47.960 ) Efeito tributário da combinação de negócios da Aracruz (84.708 ) (84.708 ) Variação cambial (10.920 ) (124.777 ) Outros 2.201 6.846 (2.231 ) 9.011

Em 31 de dezembro 39.274 149.177 109.665 308.124

Impostos diferidos no ativo 932.908 802.750 1.332.025 1.283.544

Impostos diferidos no passivo (893.634 ) (653.573 ) (1.222.360 ) (975.420 )

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(a) Reconciliação da despesa de IR e CSLL Controladora Consolidado

2010 2009 2010 2009

Lucro antes do IR e da CSLL 514.929 1.961.921 615.939 3.323.564

Imposto de renda e contribuição social à taxa nominal - 34% (175.076 ) (667.053 ) (209.419 ) (1.130.012 )

Demonstrativo da origem da despesa de imposto de renda efetiva Efeito da equivalência patrimonial 240.240 186.068 (2.492 ) (385 ) Reversão de CSLL sobre o lucro da exportação (i) 82.922 82.922 Benefício fiscal oriundo do REFIS - Lei no 11.941/09 (ii) 9.216 9.216 Tributação de lucro das subsidiárias no exterior no Brasil (18.468 ) Diferença de tributação nas subsidiárias no exterior 180.699 7.177 Efeito do aproveitamento fiscal do ágio da Conpacel amortizado contabilmente (23.777 ) 23.777 (23.777 ) 23.777 Ajuste a valor presente - aquisição de ações Aracruz (97.247 ) (106.028 ) (97.247 ) (161.343 ) Ganho na avaliação inicial do investimento na Aracruz 469.072 469.072 Outros (8.605 ) (31.627 ) (27.199 ) (35.475 )

Imposto de renda e contribuição social do período 9.205 (125.791 ) (87.297 ) (827.189 )

Taxa efetiva - % (1,8 ) 6,4 14,2 24,9 (i) Efeito da não incidência da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das receitas de exportação relativo ao ano de 2003. Vide Nota 22(a)(iii). (ii) Benefício fiscal relativo aos juros e a multa objeto do Programa de Recuperação Fiscal (REFIS). Vide Nota 22(a)(viii).

(b) Composição dos saldos de impostos diferidos

Controladora Consolidado

2010 2009

1o de janeiro

de 2009 2010 2009

1o de janeiro

de 2009 Ativo Prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social 359.580 342.940 208.569 689.616 788.399 306.274 Provisão para contingências 57.346 62.255 60.176 102.212 77.697 62.534 Provisões (impairment, operacionais e perdas diversas) 327.039 198.840 39.997 351.253 222.288 66.832 Diferimento da perda nos contratos de derivativos 1.327 79.093 (1.311 ) 84.609 Variação cambial - tributação pelo regime de caixa (MP no 1.858-10/99 artigo 30) 268.871 285.809 Amortização fiscal do ágio 188.943 197.388 65.705 188.944 196.471 65.705

Total (parcela não circulante) 932.908 802.750 722.411 1.332.025 1.283.544 871.763

Passivo Depreciação acelerada e incentivada 15.004 15.360 6.985 Variação cambial - tributação pelo regime de caixa (MP no 1.858-10/99 artigo 30) 452.754 394.679 465.657 429.538 Custos com reflorestamento já deduzido para fins fiscais 40.631 4.819 4.819 194.945 167.225 156.824 Valor justo dos ativos biológicos 153.179 177.206 81.666 297.273 283.642 131.013 Efeito da combinação de negócios na aquisição da Aracruz 63.093 75.952 63.093 75.952 Diferimento de ganhos nos contratos derivativos 45.173 45.173 Aproveitamento fiscal do ágio não amortizado contabilmente 137.012 137.012 Outras provisões 1.792 917 4.203 3.703 3.323

Total (parcela não circulante) 893.634 653.573 86.485 1.222.360 975.420 298.145

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Adicionalmente, a Companhia possui diferença temporária tributável associada ao deságio na troca de ativos com a International Paper, cujo passivo fiscal diferido, no valor de R$ 605.540, não foi reconhecido, uma vez que todos os aspectos relativos à realização destes ganhos estão sob controle da administração, que não possui planos para a sua realização.

(c) Regime Tributário de Transição (RTT) Para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro liquido dos exercícios de 2009 e de 2008, a Companhia e suas controladas optaram pelo RTT, que permite à pessoa jurídica eliminar os efeitos contábeis da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08, convertida na Lei no 11.941/09, por meio de registros no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) ou de controles auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil. Em 2010, a Companhia também adotou as mesmas práticas tributárias de 2008 e de 2009, uma vez que o RTT terá vigência até a entrada em vigor de lei que discipline os efeitos fiscais dos novos métodos contábeis, buscando a neutralidade tributária.

15 Transações e saldos relevantes com partes relacionadas

(a) Sociedades relacionadas A Companhia é controlada através do Acordo de Acionistas celebrado entre a Votorantim Industrial S.A. ("VID"), que detém 29,34% das ações e o BNDES Participações S.A. (BNDESPAR), que detém 30,42% das ações. As operações comerciais e financeiras da Companhia com suas subsidiárias, controladas, empresas do Grupo Votorantim e outras partes relacionadas são efetuadas a preços e condições normais de mercado, contendo valores, prazos e taxas usuais, normalmente aplicados em transações com partes não relacionadas, e seus saldos estão a seguir enumerados:

(i) Nos ativos e passivos Saldos a receber (pagar )

Controladora Consolidado

Natureza 2010 2009

1o de janeiro

de 2009 2010 2009

1o de janeiro

de 2009

Transações com acionistas controladores

Votorantim Industrial S.A.

Prestação de serviços (283 ) (211 ) (283 ) (211 )

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES

Financiamentos (1.443.245 ) (1.367.832 ) (277.164 ) (1.754.267 ) (1.768.048 ) (433.532 )

(1.443.528 ) (1.368.043 ) (277.164 ) (1.754.550 ) (1.768.259 ) (433.532 )

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Saldos a receber (pagar )

Controladora Consolidado

Natureza 2010 2009

1o de janeiro

de 2009 2010 2009

1o de janeiro

de 2009

Transações com empresas controladas, controladas em conjunto e coligadas

Fibria-MS Celulose Sul Mato- -Grossense Ltda.

Rateio de despesas 15.003 1.307 Fibria-MS Celulose Sul Mato- -Grossense Ltda.

Compra de

recebíveis (114.086 ) Portocel - Porto Especializado Barra do Riacho

Serviços portuários 202 1.537 Alícia Papéis S.A. Locação de planta

industrial (147.479 ) Fibria Trading International

Venda de celulose 535.173 685.821 499.001

Fibria Trading International

Pré-pagamento intercompanhia (4.442.825 ) (5.195.964 ) (686.763 )

VOTO IV Empréstimo Eurobond (334.119 ) (349.824 ) (468.724 )

Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda.

Fornecimento de

madeira (35.488 ) (14.095 ) (14.095 ) (12.869 ) (7.048 ) (7.048 ) Mucuri Agroflorestal S.A.

Controlada (5.996 ) (5.996 )

(4.382.136 ) (5.024.693 ) (670.581 ) (12.869 ) (7.048 ) (7.048 )

Empresas pertencentes ao Grupo econômico Votorantim

VOTO III Empréstimo

Eurobond (99.320 ) (91.039 ) (125.321 ) (99.230 ) (91.039 ) (125.321 ) Votoner - Votorantim Comercializadora de Energia

Fornecimento de energia (1 ) (591 ) (642 ) (20 ) (591 ) (642 )

Banco Votorantim S.A. Aplicações financeiras 194.767 194.460 92.446 194.767 194.460 92.446

Banco Votorantim S.A.

Instrumentos financeiros dervativos 2.029 (15.660 ) 2.029 (15.660 )

Companhia Nitro Química Brasileira

Fornecimento produtos químicos (352 ) (305 ) (93 ) (590 ) (539 ) (93 )

Anfreixo S.A. Fornecimento de materiais (261 ) (271 ) (35 ) (400 ) (361 ) (60 )

Indústria de Papel de Pedras Brancas

Fornecimento de madeira (5 ) (5 )

Votorantim Cimentos S.A.

Arrendamento de terras (248 ) (15 ) (6 ) (248 ) (15 ) (6 )

Companhia Brasileira de Alumínio - CBA

Arrendamento

de terras (31 ) (29 ) (31 ) (31 ) (29 ) (31 ) Votorantim Cimentos S.A.

Outros 353 353 1.029 353 353 1.029

94.907 104.587 (48.313 ) 94.601 104.263 (48.338 )

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(ii) No resultado do exercício Receitas (despesas )

Controladora Consolidado

Natureza 2010 2009 2010 2009

Transações com acionistas controladores Votorantim Industrial S.A. Prestação de serviços (10.270 ) (20.300 ) (10.275 ) (20.361 ) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES

Financiamentos (115.356 ) (21.653 ) (131.112 ) (29.129 )

(125.626 ) (41.953 ) (141.387 ) (49.490 )

Transações com empresas controladas, controladas em conjunto e coligadas

Fibria-MS Celulose Sul Mato- -Grossense Ltda.

Rateio de despesas 86.176 27.063

Portocel - Porto Especializado Barra do Riacho

Serviços portuários (21.290 )

Alícia Papéis S.A. Locação de planta industrial (79.830 )

Fibria Trading International Venda de celulose 2.921.430 41.204 Fibria Trading International Pré-pagamento

intercompanhia 16.603 (15.738 ) VOTO IV Empréstimo eurobond (15.373 ) 86.390

2.907.716 138.919

Empresas pertencentes ao Grupo econômico Votorantim

VOTO III Empréstimo eurobond (12.108 ) 28.823 (12.108 ) 28.823 Votoner - Votorantim Comercializadora de Energia

Fornecimento de energia (25.050 ) (26.244 ) (25.898 ) (34.902 )

Banco Votorantim S.A. Aplicações financeiras 19.966 12.501 20.530 12.501 Banco Votorantim S.A. Instrumentos financeiros

dervativos 17.689 17.689 Companhia Nitro Química Brasileira Fornecimento produtos

químicos (5.002 ) (4.147 ) (8.404 ) (6.529 ) Anfreixo S.A. Fornecimento de

materiais (4.695 ) (3.129 ) (7.832 ) (6.064 ) Indústria de Papel de Pedras Brancas Fornecimento de madeira (39 ) (2.428 ) (39 ) (2.428 ) Votorantim Cimentos S.A. Arrendamento de terras (1.550 ) (274 ) (1.550 ) (274 ) Votorantim Metais Ltda. Arrendamento de terras (7.051 ) (7.043 ) (7.051 ) (7.043 ) Companhia Brasileira de Distribuição - CBA

Arrendamento de terras (410 ) (405 ) (410 ) (405 )

Votorantim Cimentos S.A. Venda de software 13 11 11 11

(35.926 ) 15.354 (42.751 ) 1.379

(iii) Comentários sobre as principais transações e contratos com partes relacionadas

A seguir, apresentamos um resumo da natureza e condições das transações realizadas com as seguintes partes relacionadas:

. Empresas que controlam a Companhia mediante acordo de acionistas

A Companhia possui contratos celebrados com a VID relativos às prestações de serviços do Centro de Soluções Compartilhados (CSC), cujo objetivo é a terceirização de serviços operacionais de atividades

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administrativas, departamento de pessoal, back office, contabilidade, tributos e compartilhamento da infraestrutura de tecnologia da informação entre as empresas do Grupo Votorantim, para o qual existe um acordo técnico de nível de serviços. Os contratos preveem uma remuneração global anual de R$ 9.118 e possuem prazo de um ano, com renovação anual mediante confirmação formal das partes. Adicionalmente, a VID contrata diversos serviços relativos a assessorias técnicas, treinamentos, compreendendo a preparação e realização de programas de capacitação e desenvolvimento gerencial, bem como a locação de equipamentos e espaço para a realização destes programas. Estes serviços são contratados em favor de todo o Grupo Votorantim, de forma que a Fibria faz o reembolso destas despesas, proporcionalmente à utilização da Companhia destes serviços. A Companhia possui contratos de financiamentos celebrados com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BNDES), acionista controlador do BNDESPAR, com a finalidade de financiamento de investimentos em infraestrutura, aquisição de máquinas e equipamentos, bem como a ampliação e modernização de ativos fixos. O detalhamento dos saldos, condições contratuais de rescisão e garantias estão descritos na Nota 21(e). A administração entende que estas transações foram celebradas em termos equivalentes aos que prevalecem nas transações com partes independentes baseada em levantamentos técnicos realizados quando da contratação destas operações.

. Empresas controladas, controladas em conjunto e coligadas A Companhia compartilha sua estrutura administrativa com sua controlada Fibria MS e mensalmente efetua o rateio destas despesas administrativas contra esta controlada, sobre o qual não há inclusão de qualquer margem. Estas operações possuem prazo médio de recebimento de 90 dias. As demais controladas com operação possuem corpo administrativo e não é necessário o rateio destas despesas. Houve também, em junho de 2010, uma compra pontual de certos recebíveis intercompanhia desta controlada com a finalidade de vincular embarques de exportação. A companhia realiza o escoamento de sua produção da Unidade Aracruz mediante a contratação de serviços portuários com sua controlada Portocel - Porto Especializado Barra do Riacho. Este porto é de propriedade conjunta da Companhia com a Cenibra - Celulose Nipo-Brasileira, que detém participação de 49%. Os preços e condições das transações realizadas são idênticos para os dois acionistas, mediante acordo entre as partes. Como parte da estruturação societária realizada ao longo da aquisição da Aracruz, a Companhia realizou a locação mensal de ativos industriais da unidade Aracruz, registrados na controlada Alícia Papéis, mediante celebração de contrato de locação. Em 30 de setembro de 2010 esta controlada foi incorporada e o contrato de locação foi rescindido. A Companhia mantém saldo de contas a receber relativo à venda de celulose realizados para a controlada Fibria Trading International KFT, que é responsável pela administração, comercialização, operacionalização, logística, controle e contabilização dos produtos na Europa, Ásia e América do Norte. Os preços e prazos de venda de celulose para esta controlada seguem um planejamento estratégico e financeiro da Companhia e respeitam os limites fiscais de preço de transferência. Adicionalmente, a Companhia contratou operações financeiras de pré-pagamento de exportação intercompanhia com esta controlada, indexado a taxa de mercado LIBOR três meses e spread médio de 3,8% a.a., com pagamento de principal e juros trimestralmente e vencimento final em 2017.

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Em 24 de junho de 2005, a Companhia contratou empréstimos com sua controlada em conjunto VOTO IV, no montante de US$ 200.000 mil, remunerada a taxa de 8,5% a.a. Em 27 de julho de 2005, a Companhia firmou um contrato de compra com a controlada em conjunto Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda., tendo como objeto a compra 571.343,37 m3 de madeira sem casca, cujo preço total acordado foi de R$ 14.000 e prazo de sete anos e seis meses. A liquidação deste contrato dar-se-á com a entrega de madeira.

. Empresas pertencentes ao Grupo econômico Votorantim Em 16 de janeiro de 2004, a Companhia contratou empréstimos com sua subsidiária integral da VPAR, a VOTO III no montante de US$ 45.000 mil, remunerada a taxa de 4,25% a.a.. A Companhia possui contrato de compra e venda de energia elétrica Votener - Votorantim Comercializadora de Energia Ltda., para atendimento de suas unidades consumidoras de Jacareí e Piracicaba. O valor total contratado totaliza aproximadamente R$ 104.000, garantindo 787.000 megawatts/hora e possui prazo de duração de cinco anos, encerrando em 31 de dezembro de 2014. Em caso de rescisão contratual, a parte solicitante ficará obrigada a liquidar 50% do saldo remanescente do contrato. A Companhia mantém aplicações em certificados de depósitos bancários e operações compromissadas emitidos pelo Banco Votorantim S.A., cuja remuneração média é 104,3% do CDI e vencimento final em 27 de setembro de 2011. A Companhia administra as aplicações financeiras procurando garantir eficiência na rentabilidade e garantia de liquidez, com base na Política de Gestão de Caixa e de acordo com práticas de mercado. O acordo de acionistas limita aplicações financeiras com partes relacionadas em R$ 200 milhões. Adicionalmente, foram contratados instrumentos financeiros derivativos relativos a venda de dólares na modalidade NDF (Non-Deliverable Forward), em montante nocional de U$ 24.000 mil, os quais foram liquidadas em 4 de janeiro de 2010. Em 1o de janeiro de 2009, a Companhia firmou contrato de compra da matéria-prima "Ácido Sulfúrico 98%" com a Cia. Nitroquímica Brasileira, no valor total aproximado de R$ 19.000, garantindo o fornecimento de 72.000 toneladas do ácido, pelo prazo de cinco anos, com vencimento final em 31 de dezembro de 2013. Em caso de rescisão contratual não há previsão de multas, mas somente liquidação das faturas pendentes. Em 22 de abril de 2008, a Companhia firmou acordo de fornecimento de materiais elétricos, materiais de fixação e vedação, equipamentos de proteção entre outros, com a Anfreixo S.A., garantindo o fornecimento destes itens, com vigência final em dezembro de 2012. Este acordo não prevê quantidades fixas a serem adquiridas. Foram contratados também serviços de manutenção de cadastro de materiais e saneamento, por um prazo de 36 meses, com vencimento final em 2 de janeiro de 2013, no valor total de R$ 1.700. Em caso de rescisão contratual há previsão de multa fixada em 50% das parcelas vincendas do contrato à parte solicitante. Em 1o de abril de 2009, a Companhia firmou um contrato de compra com a Indústria de Papel Pedras Brancas Ltda., tendo como objeto madeira sem casca, cujo preço total acordado foi de R$ 3.000 e prazo de um ano e oito meses, com vencimento final em 31 de dezembro de 2010. Em caso de rescisão contratual não há previsão de multas, mas somente liquidação das faturas pendentes.

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Em 10 de janeiro de 2009, a Companhia firmou um contrato de venda de software com a Votorantim Cimentos Ltda., tendo como objeto a venda de software específico, cujo preço total acordado foi de R$ 562 e prazo de 11 meses, com vencimento final em 31 de dezembro de 2010. Em caso de rescisão contratual não há previsão de multas, mas somente liquidação das faturas pendentes. A Companhia mantém contratos de arrendamento de terra, em uma área estimada de 22.400 hectares de fazendas, com a Votorantim Metais Ltda., cujo vencimento final dar-se-á em 2019 e o volume financeiro estimado do contrato é de R$ 76.496. A Companhia mantém contratos de arrendamento de terra, em uma área estimada de 2.062 hectares de fazendas, com a Companhia Brasileira de Alumínio - CBA, cujo vencimento final dar-se-á em 2023 e o volume financeiro estimado do contrato é de R$ 4.062. No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010 e 2009, não foram reconhecidas quaisquer provisão para perdas em relação aos ativos mantidos com partes relacionadas.

(b) Remuneração dos administradores A verba global e anual autorizada pela Assembleia Geral Ordinária de 30 de abril de 2010 para remuneração da Diretoria Executiva, Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Comitês de Auditoria e Risco, Remuneração e Sustentabilidade para o exercício de 2010, foi de R$ 30.000 mil. As despesas com remuneração dos executivos e administradores da Companhia e suas controladas, incluindo todos os benefícios, são resumidas conforme a seguir: Consolidado

2010 2009

Benefícios de curto prazo aos administradores 21.277 23.087 Benefícios de rescisão de contrato de trabalho 4.788 2.016 Programa de remuneração baseado em ações - Phantom Stock

Options (Nota 26) 366

26.431 25.103

Os benefícios de curto prazo incluem remuneração fixa (salários e honorários, férias e 13o salário), encargos sociais (contribuições para a seguridade social - INSS, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)), programa de remunerações variáveis. No terceiro trimestre de 2010, a Companhia aprovou o programa de remuneração baseado em direitos de valorização de ações (Nota 26). Os valores de benefícios de curto prazo a empregados e administradores não incluem os membros dos Comitês de Auditoria e Risco, Finanças, Pessoas e Remuneração e Sustentabilidade, no montante de R$ 665 em 2010 (R$ 119 em 2009). A Companhia não tem nenhuma obrigação adicional de pós-emprego, bem como não oferece outros benefícios, como licença por tempo de serviço.

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16 Investimentos em controladas e coligadas

(a) Abertura dos investimentos

Nossa participação

2010

2009

1o de janeiro

de 2009

Informações das controladas

No No

No

No

No Patrimônio Resultado do

patrimônio resultado

patrimônio

resultado

patrimônio

líquido

exercício

Percentual

líquido do exercício

líquido

do exercício

líquido

Controladora

Fibria-MS Celulose Sul Mato-Grossense Ltda. 4.787.201

(16.059 ) 100

4.787.201 (16.059 ) 4.877.877

115.856

4.074.467 Alícia Papéis S.A. (i)

(56.627 )

(56.627 ) 3.261.579

Veracel Celulose S.A. 2.907.775

43.858

50

1.453.888 21.929

1.435.035

14.063

Normus Empreendimentos e Participações Ltda. 1.047.306

356.516

100

1.047.306 353.394

694.011

(209.888 ) 903.899

Fibria Trading International KFT 2.024.009

708.364

48,3

977.596 342.139

635.457

Mucuri Agroflorestal S.A. 76.175

100

76.175

76.175

Portocel - Terminal Especializado Barra do Riacho S.A. 47.871

8.829

51

24.414 4.503

23.991

Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda. 52.039

730

50

26.020 365

25.655

(1.290 ) 26.945

Fibria Celulose (USA) Inc. 26.149

3.978

100

26.149 3.978

22.171

VOTO - Votorantim Overseas Trading Operations IV Limited 41.561

1.347

50

20.781 674

20.107

(3.866 ) 23.973

Aracruz Produtos de Madeira S.A. 23.760

(21.987 ) 33,33

7.920 (7.328 ) 15.249

Riocell Limited. 986

(43 ) 100

986 (43 ) 1.029

Aracruz Trading S.A. (iii)

(4 )

(4 ) 226

Ara Pulp Com. de Imp. e Exp. Unipessoal Lda. (iv)

(27 )

(27 ) 41

Newark Financial Inc. (ii) (518.790 ) 4.138

100

(518.790 ) 4.138

(522.928 ) 376.462

(899.390 ) Fibria Overseas Finance Ltd. (ii) (105 ) 28.154

100

(105 ) 28.154

(28.259 ) (28.259 )

Fibria International GMBH. (v) 21.046

21.046

21.046 21.046

Projetos Especiais e Investimentos S.A. 3.322

6.355

100

3.322 6.355

(2.715 ) 10.678

Arapar S.A. (vi)

73.337

São Teófilo Repres. Participações S.A. (vi)

36.082

Aracruz Celulose S.A. (vi)

164.085

Outros investimentos

395

415

381

7.954.304 706.587

10.535.116

547.260

4.130.275

Mais-valia de ativos na aquisição da Aracruz alocados às controladas Veracel Celulose, Mucuri Agroflorestal, Portocel

798.589

795.076

Total do investimento da controladora

8.752.893 706.587

11.330.192

547.260

4.130.275

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Nossa participação

2010

2009

1o de janeiro

de 2009

Informações das controladas

No No

No

No

No Patrimônio Resultado do

patrimônio resultado

patrimônio

resultado

patrimônio

líquido

exercício

Percentual

líquido do exercício

líquido

do exercício

líquido

Consolidado

Aracruz Produtos de Madeira S.A.

7.920 (7.328 ) 15.249

(1.133 ) 2.023 Outros investimentos

381

181

779

Total do investimento

8.301 (7.328 ) 15.430

(1.133 ) 2.802

(i) Em 30 de setembro de 2010, a Companhia incorporou o acervo líquido contábil da controlada Alícia Papéis S.A. (ii) As obrigações são entre controladas da Fibria. (iii) Em 30 de setembro de 2010, a controlada Aracruz Trading S.A. foi liquidada, sendo o acervo líquido contábil convertido para a Companhia. (iv) Em 17 de dezembro de 2010, a controlada Ara Pulp - Com. de Importação e Exp. Unipessoal Lda. foi liquidada, sendo o acervo líquido contábil convertido para a Companhia. (v) Empresa constituída em 2010, com a finalidade de emissão de eurobond, sem integralização de capital. (vi) Empresas incorporadas em 2009, conforme mencionado na Nota 1.

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(b) Informações sobre as empresas controladas Conforme requerimentos de divulgação de informações sobre empresas controladas e coligadas, apresentamos a seguir, um resumo das seguintes informações financeiras selecionadas de nossas controladas em 31 de dezembro de 2010:

Ativos totais

Passivos totais

Receitas líquidas

Controladoras Fibria-MS Celulose Sul Mato-Grossense 5.679.493 892.292 1.048.838 Veracel Celulose 3.673.288 765.513 767.753 Normus Empreend. e Participações 1.047.406 100 Fibria Trading International 7.048.115 5.024.106 5.250.183 Mucuri Agroflorestal 76.191 16 Portocel - Term. Esp. Barra do Riacho 137.131 89.260 82.699 Asapir Produção Florestal e Comércio 74.211 22.172 862 Fibria Celulose (USA) Inc. 470.936 444.787 1.585.684 VOTO - Voto Overseas Trading Oper. 690.984 649.423 Riocel Limited 1.001 15 Newark Financial Inc. 390 519.180 Fibria Overseas Financial 2.940.620 2.940.725 Projetos Especiais Investimentos 20.098 16.776 71.927 Fibria International GmbH. 2.947.470 2.926.424

(c) Apresentamos a seguir a movimentação dos investimentos nos períodos divulgados:

2010 2009

No início do período 11.330.192 4.130.275 Equivalência patrimonial 706.587 547.260 Aporte de capital 225.373 1.187.554 Dividendos recebidos (301.083 ) Mais-valia de ativos de controladas na aquisição da Aracruz 795.076 Amortização de mais-valia de controladas 3.513 Acervo de controladas adquirido na combinação de negócios 5.470.953 Efeito líquido da incorporação das controladas Aracruz, Arapar e São Teófilo (757.719 ) Incorporação do acervo líquido da Alícia Papéis S.A. (Nota 1(c)) (3.204.978 ) Outros (6.711 ) (43.207 )

8.752.893 11.330.192

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17 Imobilizado

(a) Controladora

Taxa média 2010 2009

1o de janeiro

de 2009

anual de depreciação Depreciação - % Custo acumulada Líquido Líquido Líquido

Terrenos 1.093.572 1.093.572 1.221.448 584.043 Imóveis 4 1.855.631 848.282 1.007.349 634.823 307.540 Máquinas, equipamentos e instalações 5,5 8.195.923 3.990.951 4.204.972 1.974.433 1.905.642 Móveis e utensílios 10 47.687 33.857 13.830 16.218 13.635 Veículos 20 17.692 11.780 5.912 5.672 44.918 Adiantamento a fornecedores 261.482 261.482 275.718 31.132 Obras em andamento 298.778 298.778 302.424 240.627 Outros 138.888 125.737 13.151 18.804 11.909.653 5.010.607 6.899.046 4.449.540 3.127.537

(b) Consolidado

Taxa média 2010 2009

1o de janeiro

de 2009 anual de depreciação Depreciação - % Custo acumulada Líquido Líquido Líquido Terrenos 2.119.325 2.119.325 2.248.725 1.122.301 Imóveis 4 2.599.541 981.397 1.618.144 1.707.722 394.233 Máquinas, equipamentos e instalações 5,5 13.263.778 4.746.947 8.516.831 9.180.472 2.221.916 Móveis e utensílios 10 62.030 40.446 21.584 22.322 15.872 Veículos 20 30.878 19.367 11.511 11.036 66.274 Adiantamento a fornecedores 280.455 280.455 281.823 123.885 Obras em andamento 391.667 391.667 555.607 3.582.964 Outros 152.763 132.849 19.914 29.324 12.250 18.900.437 5.921.006 12.979.431 14.037.031 7.539.695

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(c) Conciliação do valor contábil no início e no final do período

Controladora

Terrenos

Imóveis

Máquinas, equipamentos e

instalações

Móveis e utensílios

Veículos

Adiantamento a fornecedores

Obras em andamento

Outros

Total

Saldo em 1o de janeiro de 2009 584.043

307.540

1.920.283

13.635

5.387

31.132

240.627

24.890

3.127.537 Adições

29.837

20.491

48.751

99.079

Baixas (10.093 ) (4.758 ) (1.171 )

(347 )

(470 ) (16.839 ) Depreciação

(28.732 ) (233.124 ) (2.216 ) (1.665 )

(17.183 ) (282.920 )

Incorporação dos ativos da Aracruz 647.498

360.773

258.608

4.799

2.298

224.095

13.046

11.566

1.522.683

Saldo em 31 de dezembro de 2009 1.221.448

634.823

1.974.433

16.218

5.673

275.718

302.424

18.803

4.449.540 Adições

10

7.866

334

2.516

234.300

102.979

207

348.212

Baixas (9.824 ) (34 ) (7.925 ) (20 ) (687 ) (21.233 ) (1.928 ) (211 ) (41.862 ) Depreciação

(64.180 ) (314.035 ) (3.368 ) (2.270 )

(14.534 ) (398.387 )

Créditos de PIS e COFINS

(6.456 ) (23.898 )

(6.862 )

(37.216 ) Incorporação da controlada Alicia papéis 1.310

434.527

2.542.917

2.978.754

Reclassificação de ativos mantidos para a venda (CONPACEL e KSR) (117.812 ) (80.047 ) (185.488 ) (2.002 ) (964 ) (7.615 ) (16.406 ) (1.740 ) (412.074 ) Transferências e outros (1.550 ) 88.706

211.102

2.668

1.644

(219.688 ) (81.429 ) 10.626

12.079

Saldo em 31 de dezembro de 2010 1.093.572

1.007.349

4.204.972

13.830

5.912

261.482

298.778

13.151

6.899.046

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Consolidado

Terrenos

Imóveis

Máquinas, equipamentos e

instalações

Móveis e utensílios

Veículos

Adiantamento a fornecedores

Obras em andamento

Outros

Total

Saldo em 1o de janeiro de 2009 1.122.301

394.233

2.275.693

15.872

12.497

123.885

3.582.964

12.250

7.539.695 Adições 955

163.395

306

234

485.875

411.764

45

1.062.574

Baixas (10.792 ) 6.003 (45.335 ) (998 ) (912 ) (13.587 ) (65.621 ) Depreciação (38.581 ) (412.277 ) (2.435 ) (3.411 ) (17.889 ) (474.593 ) Aquisição da controlada Aracruz 1.644.430 1.222.450 4.086.705 7.374 2.564 303.124 415.144 141.905 7.823.696 Baixa de ativos pela venda da unidade Guaíba (521.130 ) (95.305 ) (617.864 ) (1.574 ) (266 ) (126.531 ) (377.855 ) (101.602 ) (1.842.127 ) Transferências e outros 12.961 218.922 3.730.155 3.777 330 (504.530 ) (3.476.410 ) 8.202 (6.593 ) Saldo em 31 de dezembro de 2009 2.248.725 1.707.722 9.180.472 22.322 11.036 281.823 555.607 29.324 14.037.031 Adições 560 11 10.103 360 3.453 268.167 202.304 395 485.353 Baixas (13.367 ) (3.580 ) (12.364 ) (544 ) (745 ) (21.333 ) (1.928 ) (117 ) (53.978 ) Depreciação (117.782 ) (747.826 ) (4.682 ) (4.082 ) (11.425 ) (885.797 ) Créditos de PIS e COFINS (25.287 ) (228.294 ) (16.034 ) (269.615 ) Reclassificação de ativos mantidos para a venda (CONPACEL e KSR) (117.812 ) (80.047 ) (185.488 ) (2.002 ) (964 ) (7.615 ) (16.406 ) (1.740 ) (412.074 ) Transferências e outros 1.219 137.107 500.228 6.130 2.813 (240.587 ) (331.876 ) 3.477 78.511

Saldo em 31 de dezembro de 2010 2.119.325 1.618.144 8.516.831 21.584 11.511 280.455 391.667 19.914 12.979.431

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O saldo de obras em andamento é composto substancialmente por projetos de expansão e otimização das unidades industriais da Fibria, sendo R$ 73.530 em Jacareí, R$ 5.966 em Piracicaba, R$ 57.800 por projetos da área florestal, R$ 72.737 da Fibria-MS, R$ 132.056 na unidade Aracruz e R$ 20.771 em Veracel. Os encargos financeiros sobre empréstimos capitalizados no período foram calculados com base no custo médio ponderado da dívida elegível. No primeiro semestre de 2010 a taxa utilizada foi de 6,92% a.a., e, conforme política interna, foi revisada no mês de julho, sendo alterada para 6,04% a.a. O montante consolidado de R$ 876.062 (31 de dezembro de 2009 - R$ 464.680) referente à despesa de depreciação foi debitado ao resultado na rubrica de custo dos produtos vendidos. Os montantes registrados em despesas comerciais e administrativas estão demonstrados na Nota 29. O montante consolidado relativos aos ativos dados em garantias de empréstimos está descrito na Nota 21.

(d) Acordos de arrendamento financeiro e operacional As operações de arrendamento mercantil financeiro e contratos que não tenham a forma legal de arrendamento, mas transferem o direito de usar um ativo em troca de um pagamento ou de uma série de pagamentos estão relacionados com a compra de equipamentos florestais para corte e transporte de madeira e também para a compra de equipamentos industriais para processamento de produtos químicos e oxigênio. O cronograma de desembolsos futuros está detalhado na Nota 5.1(c). O saldo contábil destes ativos, classificados substancialmente na rubrica "Máquinas, equipamentos e instalações", nos exercícios encerrados em 31 de dezembro é apresentado a seguir: 2010 2009

Custo Depreciação

acumulada Saldo

líquido Custo Depreciação

acumulada Saldo

líquido

Máquinas florestais 51.530 20.648 30.881 52.574 10.386 42.188 Plantas químicas e de oxigênio 88.990 9.940 79.049 150.288 31.477 118.811

140.520 30.588 109.930 202.862 41.863 160.999

A Companhia arrenda áreas de plantio de madeira com base em arrendamentos operacionais de terceiros como uma fonte de matérias-primas para os produtos. Os arrendamentos, cuja maioria teve início em 1991, são geralmente efetuados pelo prazo de 21 anos. Os pagamentos de arrendamentos, equivalentes a 30% do valor de mercado da madeira colhida na propriedade, são efetuados após cada colheita. Garantimos ao arrendador um pagamento mínimo pela colheita. Adicionalmente, a Companhia é parte em um contrato de longo prazo de prestação de serviços de transporte marítimo, cujo prazo é de 20 anos e tem por objeto a operação de transporte marítimo de cabotagem, mediante a utilização de empurradores e barcaças marítimas para transportar matéria-prima (madeira) do Terminal de Caravelas (BA) ao de Portocel (ES).

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Em 31 de dezembro de 2010, os pagamentos mínimos de arrendamentos operacionais futuros serão os seguintes:

Anos Arrendamentos

de terras Transporte

marítimo 2011 41.966 472.684 2012 a 2014 82.896 387.889 2015 a 2017 82.896 221.156 Acima de 2018 261.938 158.876 469.696 1.240.605

18 Ativos biológicos Os ativos biológicos da Companhia estão representados pelas florestas em formação, destinadas ao fornecimento de madeira para a produção de celulose. As florestas em formação encontram-se localizadas nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Bahia. A conciliação dos saldos contábeis no início e no final do exercício é a seguinte: Controladora Consolidado 2010 2009 2010 2009

No início do período 2.621.315 1.092.535 3.791.084 1.890.898 Incorporação e valor justo dos ativos Aracruz 1.251.595 1.849.069 Variações no valor justo Cortes efetuados no período (559.076 ) (141.813 ) (851.681 ) (232.558 ) Adições 432.164 139.758 642.567 216.300 Alteração no valor justo 13.082 304.376 92.319 551.604 Redução pela venda da unidade de Guaíba (426.303 ) Outros 29.295 (25.136 ) 37.112 (57.926 ) Reclassificação de ativos mantidos para a venda (CONPACEL e KSR) (160.765 ) (160.765 ) 2.376.015 2.621.315 3.550.636 3.791.084

Na determinação do valor justo dos ativos biológicos, as projeções estão baseadas em um único cenário projetivo, com produtividade e área de plantio (cultura de eucalipto) para um ciclo de corte de seis a sete anos e uma área aproximada de 464.300 hectares em 31 de dezembro de 2010. O período dos fluxos de caixa foi projetado de acordo com o ciclo de produtividade das áreas objeto de avaliação. O volume de produção de "madeira em pé" de eucalipto a ser cortada foi estimado considerando a produtividade média por m3 de madeira de cada plantação por hectare na idade de corte. A produtividade média varia em função do material genético, condições edafo-climáticas (clima e solo) e dos tratamentos silviculturais. Este componente de volume projetado consiste no Incremento Médio Anual (IMA) por região e a média utilizada foi de 42,08 m3/hectare (43,62 m3/hectare em 2009).

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O preço líquido médio de venda considerado foi de R$ 50,05/m3 (R$ 49,24/m3 em 2009) e foi projetado com base no preço estimado para eucalipto no mercado local, em estudo de mercado e amostras de algumas pesquisas de transações, ajustado para refletir o preço da "madeira em pé" por região. O custo- -padrão médio estimado contempla gastos com as atividades de roçada, controle químico de matocompetição, combate a formigas e outras pragas, adubamento, manutenção de estradas, insumos e serviços de mão de obra. Foram também considerados os efeitos tributários com base nas alíquotas vigentes, bem como os ativos que contribuem, tais como o ativo imobilizado e terras próprias, considerando uma taxa média de remuneração para estes ativos de 5,5% a.a. A taxa de desconto utilizada foi de 13,2% antes do imposto de renda.

A variação positiva do valor justo dos ativos biológicos no exercício findo em 31 de dezembro de 2010, quando comparada com a avaliação realizada em dezembro de 2009, é justificada pelo aumento do preço médio da madeira em 30% e pelo incremento do volume das áreas de efetivo plantio em 9%.

A avaliação dos valores justos dos ativos biológicos em 31 de dezembro de 2010 foi realizada pela Administração, com o suporte de consultores especializados.

A Companhia não possui ativos biológicos dados em garantia no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010.

Nossas operações de florestamento estão sujeitas a vários riscos ambientais que procuramos reduzir, aplicando rígidos procedimentos operacionais e efetuando investimentos em equipamentos e sistemas de controle de poluição. Os gastos contínuos para cumprimento das leis ambientais são levados ao resultado quando incorridos, e os novos equipamentos e sistemas são capitalizados. Em nossa opinião, no momento não há necessidade de constituir provisão para perdas relacionadas com questões ambientais, com base nas leis e regulamentos atualmente vigentes no Brasil.

19 Intangível

(a) Controladora

Taxa 2010 2009

1o de janeiro

de 2009

anual de depreciação Amortização - % Custo acumulada Líquido Líquido Líquido

Desenvolvimento e implantação de sistemas 20 199.291 142.332 56.959 36.165 34.346 Intangíveis adquiridos na combinação de negócios Data-base 10 456.000 91.200 364.800 410.309 Patente 15,9 129.000 41.090 87.910 108.844 Relacionamento fornecedor Óleo diesel e álcool 20 29.000 13.166 15.834 22.101 Produtos químicos 6,3 165.000 20.790 144.210 154.623 Ágio fundamentado na expectativa de rentabilidade futura Conpacel (antiga Ripasa) 475.413 475.413 Aracruz 4.230.450 4.230.450 4.230.450

5.208.741 308.578 4.900.163 5.437.905 509.759

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(b) Consolidado

Taxa 2010 2009

1o de janeiro

de 2009 anual de depreciação Amortização - % Custo acumulada Líquido Líquido Líquido Desenvolvimento e implantação de sistemas 20 213.571 150.332 63.239 41.614 34.346 Intangíveis adquiridos na combinação de negócios Data-base 10 456.000 91.200 364.800 410.309 Patente 15,9 129.000 41.090 87.910 108.844 Relacionamento fornecedor Óleo diesel e álcool 20 29.000 13.166 15.834 22.101 Produtos químicos 6,3 165.000 20.790 144.210 154.623 Ágio fundamentado na expectativa de rentabilidade futura Conpacel (antiga Ripasa) 475.413 475.413 Riocell 6.952 Aracruz 4.230.450 4.230.450 4.230.450 115.164 5.223.021 316.578 4.906.443 5.443.354 631.875

(c) Conciliação do valor contábil no início

e no final do período Controladora Consolidado

2010 2009 2010 2009

No início do período 5.437.905 509.759 5.443.354 631.875 Intangíveis gerados na combinação de negócios Data-base, patentes e fornecedores (Nota 34) 779.000 779.000 Baixa de ágio detido anteriormente na consolidação proporcional da Aracruz (122.116 ) Constituição de ágio Aracruz (Nota 34) 4.361.143 4.361.143 Baixa de Guaíba (Nota 34) (130.693 ) (130.693 ) Amortização de data-base, patentes e fornecedores (83.123 ) (83.123 ) (83.123 ) (83.123 ) Destinação do ágio Conpacel para o grupo de ativos mantidos para a venda (Nota 35) (475.413 ) (475.413 ) Movimentação líquida de softwares 20.794 1.819 21.625 7.268 4.900.163 5.437.905 4.906.443 5.443.354

A amortização dos ativos intangíveis foi reconhecida nas rubricas "Despesas gerais e administrativas" e "Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas".

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Teste do ágio para verificação de impaiment A Companhia avaliou em 31 de dezembro de 2010 a recuperação do valor contábil do ágio com base no seu valor em uso, utilizando o modelo de fluxo de caixa descontado para a Unidade Geradora de Caixa (UGC). O processo de estimativa do valor em uso envolve a utilização de premissas, julgamentos e estimativas sobre os fluxos de caixa futuros e representa a melhor estimativa da Companhia aprovada pela Administração. O teste de recuperação do ativo da Companhia não resultou na necessidade de reconhecimento de perdas por redução do valor recuperável. O ágio é alocado às UGCs identificadas, conforme demonstrado:

2010

2009

1o de janeiro

de 2009

Ágio decorrente da aquisição

Conpacel (antiga Ripasa) (*)

475.413

475.413

Riocell

6.952 Aracruz 4.230.450

4.230.450

115.164

4.230.450

4.705.863

597.529

(*) Em 2010, esta UGC foi classificada como um ativo mantido para a venda, conforme descrito na Nota 35, portanto, a avaliação do seu valor recuperável foi testado no contexto da totalidade da UGC disponibilizada para a venda em relação ao valor líquido de venda.

A metodologia aplicada para determinar o valor da UGC é o fluxo de caixa descontado, também conhecido como Discounted Cash Flow (DCF). O conceito básico desta metodologia resume-se na determinação dos fluxos de caixa livres em um período determinado, em função: . do resultado operacional; . do retorno ao resultado operacional da depreciação sobre o ativo imobilizado, apropriada ao

resultado do exercício; . da necessidade líquida de capital de giro incremental, determinada em função do ciclo financeiro da

Companhia. Os saldos de caixa por período são calculados a valor presente, descontados através da aplicação da taxa que determina o Custo Médio Ponderado de Capitais (Weighted Average Cost of Capital (WACC)). Esta taxa considera diversos componentes do financiamento, dívida e capital próprio utilizados pela Companhia para financiar suas atividades. O custo do capital próprio da Fibria foi calculado pelo método CAPM (Capital Asset Pricing Model). Foi considerado um período de fluxo de caixa de cinco anos de acordo com as projeções da Companhia, acrescidos do valor residual calculado pela perpetuação do saldo de caixa no quinto ano, descontado ao valor presente pelo WACC diminuído da expectativa de crescimento do PIB.

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As principais premissas utilizadas nos cálculos do valor em uso em 31 de dezembro de 2010, para a UGC, são as que seguem:

2010

Resultado operacional - % (i) 29,8 Perpetuidade - "g" - % (ii) 0,74 Taxa de desconto - WACC - % (iii) 8,38 (i) Margem bruta, média do período orçado de cinco anos. (ii) Taxa de crescimento do fluxo de caixa em perpetuidade (iii) A taxa de desconto foi calculada antes dos impostos

A administração determinou a margem bruta orçada com base no desempenho passado e em suas expectativas para o desenvolvimento do mercado. As taxas de crescimento médias ponderadas utilizadas são consistentes com as previsões incluídas nos relatórios do setor. As taxas de desconto utilizadas correspondem às taxas antes dos impostos e refletem riscos específicos em relação aos segmentos operacionais relevantes.

20 Adiantamentos a fornecedores - Programa Produtor Florestal O Programa Produtor Florestal é uma parceria com produtores rurais, iniciada em 1990 no Estado do Espírito Santo e ampliada para outros Estados, como Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e, mais recentemente, Rio de Janeiro, destinado ao plantio de florestas de eucaliptos nas terras dos parceiros. Pelo programa, a Companhia disponibiliza tecnologia, assistência técnica, insumos e recursos financeiros, de acordo com a modalidade do contrato, garantindo, dessa forma, insumos de madeira para sua produção de celulose. Estes adiantamentos serão reembolsados pela entrega de madeira por parte dos produtores florestais (fomentados). Demonstramos a seguir uma movimentação do saldo no início e final do exercício apresentados: Controladora Consolidado

2010 2009 2010 2009

No início do período 600.421 36.095 720.127 89.498 Incorporação e valor justo dos ativos da Aracruz 240.623 256.070 Incorportação/alocação de mais valia de ativos na combinação de negócios - Aracruz (Nota 34) 314.312 397.358 Adiantamentos realizados 20.788 9.391 29.214 13.588 Provisão para impairment (11.295 ) Colheita (55.851 ) (55.851 ) (25.092 )

565.358 600.421 693.490 720.127

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21 Empréstimos e financiamentos Controladora Consolidado

Modalidade/finalidade

Encargos anuais

médios - % 2010 2009

1o de janeiro

de 2009 2010 2009

1o de janeiro

de 2009

Circulante Em moeda estrangeira Créditos de exportação (Pré-pagto.) 4,4 4.296 355.644 1.390.293 42.967 422.827 2.837.951 Bonds - VOTO IV 8,5 788 1.584 788 1.584 Eurobonds (emitidos pela VOTO III) 4,3 1.875 1.659 1.825 1.875 1.659 1.825 Eurobonds (emitidos pela Fibria Overseas) 7,6 34.558 27.810 Créditos de exportação (ACC/ACE) 2,0 26.018 377.672 1.237.773 66.693 597.567 1.051.166 FINIMP 1,5 2.417 2.523 13.206 2.417 2.527 19.703 Leasing 2,9 2.381 4.771 24.885 4.189 8.393 38.294 Crédito de exportação (Finnvera) 4,7 39.089 40.331 Fixed Rate Notes 117.743 117.743 EIB Eurpo Inv. Bank 0,9 4.178 4.370 Dívida dos derivativos 8,5 391.761 Outros 741 Em moeda nacional Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) TJLP 8,6 205.986 110.677 55.123 294.972 200.437 74.748 Cesta de moedas 7,5 16.220 10.664 4.866 41.996 37.479 11.318 Leasing indexado ao CDI 12,7 9.851 10.171 11.954 10.171 Nota de crédito rural 9,6 10.199 20.611 54.313 1.265 NCE em reais 11,8 45.284 361.121 162.990 63.246 378.949 165.119 NCE duplo indexador 100.874 100.872 Dívida dos derivativos 198.181 Fundo Centro-Oeste 8,5 6.105 56

305.265 1.246.365 3.119.749 623.684 1.790.256 5.020.858

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Controladora Consolidado

Modalidade/finalidade

Encargos anuais

médios - % Vencimento 2010 2009

1o de janeiro

de 2009 2010 2009

1o de janeiro

de 2009 Não circulante Em moeda estrangeira Créditos de exportação (Pré-pagto.) 4,4 2012 a 2020 3.108.379 1.906.753 4.440.775 4.333.530 Bonds - VOTO IV 8,5 2020 333.240 348.240 468.724 333.240 348.420 468.724 Eurobonds (emitidos pela VOTO III) 4,3 2014 97.445 89.380 123.497 97.445 89.380 123.497 Eurobonds (emitidos pela Fibria Overseas) 7,6 2020 2.896.617 1.741.200 Créditos de exportação (ACC) 2,0 2011 52.236 76.784 58.425 FINIMP 1,5 2012 2.154 4.774 2.154 4.774 Leasing 2,9 2013 10.665 13.633 19.260 24.504 Crédito de exportação (Finnvera) 4,7 2012 a 2018 227.328 280.116 Dívida dos derivativos 8,5 890.449 EIB Eurpo Inv. Bank 0,9 2012 694 5.078 Outros 1.563 Em moeda nacional Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) TJLP 8,6 2012 a 2017 1.100.176 1.118.901 180.052 1.246.757 1.334.097 285.004 Cesta de moedas 7,5 2012 a 2017 120.864 127.590 37.123 170.542 196.035 62.462 Leasing indexado ao CDI 12,7 2014 33.347 42.162 33.347 42.161 NCE em reais 11,8 2012 a 2013 413.476 20.832 455.555 80.583 9.547 Fundo Centro-Oeste 8,5 2012 a 2017 67.406 72.844 5.186.399 3.715.686 851.558 9.957.773 9.511.141 1.051.383

Os empréstimos contratados em moeda estrangeira estão representados por contratos firmados em dólares norte americanos, exceto o eurobond VOTO III, que foi firmado em Iene. As taxas médias foram calculadas considerando a curva forward das taxas as quais as dívidas são indexadas, ponderando-se pelo vencimento de cada parcela das mesmas e incluindo os custos de emissão/contratação das dívidas quando aplicável. Em conformidade com a CPC 08 foi elaborado o quadro a seguir com o objetivo de demonstrar os efeitos anuais nas despesas financeiras decorrentes dos custos de captação na taxa efetiva de juros:

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Controladora

2010

Descrição

2011

2012

2013

2014

2015 Total

Créditos de exportação (Pré-pagto.)

8.966

8.966

8.966

8.966

6.724 42.588

Consolidado

2010

Descrição

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017 em diante Total

Crédito de exportação (Finnvera)

1.493

1.068

932

791

644

490

242 5.660 Bonds (VOTO IV e Fibria Overseas)

2.337

2.340

2.343

2.347

2.350

2.354

7.881 21.952

Eurobonds (emitidos pela Fibria Overseas)

30.958

30.958

30.958

30.958

30.958

30.958

102.383 288.131 Créditos de exportação (Pré-pagto.)

12.252

12.279

12.114

11.917

9.422

2.084

2.005 62.073

47.040 46.645 46.347 46.013 43.374 35.886 112.511 377.816

A capitalização dos custos de transação aos empréstimos e financiamentos aumenta o custo médio efetivo da dívida em 0,06% a.a.

A seguir, apresentamos o escalonamento dos vencimentos da parcela não circulante da dívida em 31 de dezembro de 2010:

Controladora Consolidado

Vencimento das parcelas a longo prazo

Em moeda nacional

Em moeda estrangeira Total Percentual

Em moeda nacional

Em moeda estrangeira Total Percentual

2012 183.358 203.050 386.408 7 343.400 273.416 616.816 6 2013 243.808 372.230 616.038 12 331.997 479.041 811.038 8 2014 373.170 583.182 956.352 18 384.240 617.139 1.001.379 10 2015 378.088 475.861 853.949 16 387.513 687.558 1.075.071 11 2016 161.174 713.917 875.091 17 170.598 1.082.273 1.252.871 13 2017 176.788 567.927 744.715 14 192.744 1.172.892 1.365.636 14 2018 118.130 149.790 267.920 5 126.501 317.022 443.523 4 2019 75.736 75.736 1 3.266 170.536 173.802 2 2020 410.190 410.190 8 3.217.637 3.217.637 32

1.634.516 3.551.883 5.186.399 100 1.940.259 8.017.514 9.957.773 100%

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(a) Créditos de exportação (pré-pagamentos) Em 30 de setembro de 2010, a Companhia firmou um contrato de crédito de exportação com onze bancos no montante de US$ 800 milhões (equivalentes naquela data a R$ 1.355.360) com vencimentos até 2018 e taxa de juros inicial de 2,755% ao ano acima da LIBOR trimestral, podendo ser reduzida até 2,3%, conforme desalavancagem e o rating da Companhia. Os créditos estão garantidos por contratos de exportação e os vencimentos das parcelas são coincidentes com os embarques. Esta linha foi utilizada para pagar antecipadamente dívidas com custos mais elevados e com prazos menos atrativos. Em 29 de setembro de 2010, a Companhia firmou um contrato de crédito de exportação bilateral no montante de US$ 250 milhões (equivalentes naquela data a R$ 423.550) com vencimentos até 2020 e taxa de juros de 2,55% ao ano acima da LIBOR semestral. Os créditos estão garantidos por contratos de exportação e os vencimentos das parcelas são coincidentes com os embarques. Essa linha foi utilizada para pagar antecipadamente dívidas com custos mais elevados e com prazos menos atrativos. Em 30 de junho de 2010, a Companhia firmou um Contrato de Crédito de Exportação com nove bancos no montante de US$ 600 milhões (equivalentes naquela data a R$ 1.080.900) com vencimentos até 2017 e taxa de juros inicial de 2,80% ao ano acima da LIBOR trimestral, podendo ser reduzida até 2,40%, conforme desalavancagem e o rating da Companhia. Os créditos estão garantidos por contratos de exportação e os vencimentos das parcelas são coincidentes com os embarques. Essa linha foi utilizada para pagar dívidas com custos mais elevados e com prazos menos atrativos. Em março de 2010, a Companhia firmou um Contrato de Crédito de Exportação bilateral no montante de US$ 535 milhões (equivalentes naquela data a R$ 956.152) com taxa de juros de 2,95% ao ano acima da LIBOR trimestral e com vencimentos até 2017. Os créditos estão garantidos por contratos de exportação e os vencimentos das parcelas são coincidentes com os embarques. Em 31 de março foram liberados US$ 314 milhões (equivalentes naquela data a R$ 558.991) e o saldo remanescente de US$ 221 milhões (equivalentes a R$ 389.310), foi liberado em 6 de abril de 2010. Essa linha foi integralmente utilizada para pagar dívidas com custos mais elevados e com prazos menos atrativos. Em dezembro de 2009, a Companhia captou US$ 1.175 milhões (equivalentes naquela data a R$ 2.046.970) em uma operação sindicalizada com diversos bancos, por meio de linhas de pré- -pagamentos de exportação em duas tranches, sendo US$ 750 milhões (equivalentes naquela data a R$ 1.306.580) com prazo de cinco anos e carência de três anos e US$ 425 milhões (equivalentes naquela data a R$ 740.390) com prazo de sete anos e carência de cinco anos. A taxa de juros é da LIBOR trimestral acrescida de um spread inicial de 4,00% ao ano na tranche de US$ 750 milhões e acrescida de 4,25% ao ano na tranche de US$ 425 milhões. Há redução do spread conforme desalavancagem da Companhia. Em setembro de 2010 a Fibria liquidou antecipadamente o saldo remanescente destas operações, visto que as mesmas não apresentavam mais condições atrativas. Em julho de 2009, a Companhia firmou contrato de crédito de exportação com o Banco Credit Suisse no montante de US$ 54 milhões (equivalentes naquela data a R$ 104.166) com taxa de juros de 100% Certificado de Depósito Interbancário (CDI) + 1% ao ano e vencimento em julho de 2012. Em junho de 2010 a Companhia consentiu na cessão desse contrato do Banco Credit Suisse para o Banco Safra, sem alteração das condições contratuais iniciais. Em setembro de 2008, em decorrência da criação do Consórcio Paulista de Papel e Celulose (Conpacel), resultado da cisão das operações da Ripasa entre Fibria (50%) e Suzano (50%), a Companhia registrou em seu balanço os empréstimos resultantes da referida cisão e posterior incorporação pela Fibria, que representava o montante de US$ 83 milhões (equivalentes naquela data a R$ 139.596), referentes,

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respectivamente, aos contratos de pré-pagamento no montante de US$ 73 milhões e financiamentos à importação no montante de US$ 10 milhões, ambas com vencimento para 2012. Em junho de 2010 a Companhia liquidou antecipadamente o saldo remanescente destas operações, no montante de US$ 24 milhões, em função de que as mesmas não apresentavam mais as condições atrativas. Em maio de 2008, a Companhia firmou um Contrato de Crédito de Exportação com o Banco Nordea Bank AB no montante de US$ 50 milhões (equivalentes naquela data a R$ 82.540) com taxa de juros de 0,68% ao ano acima da LIBOR e vencimento em maio de 2012. Os créditos estavam garantidos por contratos de exportação e com vencimento para 48 meses. Os recursos resultantes do contrato foram usados na antecipação de empréstimos de crédito de exportação em aberto. No segundo trimestre de 2009, a taxa spread foi renegociada e alterada para adequação ao cenário do mercado à taxa de 4,75% ao ano acima da LIBOR. No segundo trimestre de 2010 a Companhia liquidou antecipadamente o montante remanescente deste contrato, em função da captação de linhas de financiamentos mais atrativas. Em junho de 2007, a Companhia firmou um Contrato de Crédito de Exportação com o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria no montante de US$ 100 milhões (equivalentes naquela data a R$ 195.217) com taxa de juros de 0,38% ao ano acima da LIBOR e com vencimento em 2015. No segundo trimestre de 2009, a taxa spread foi renegociada e alterada para adequação ao cenário do mercado à taxa de 4,65% ao ano acima da LIBOR. No segundo trimestre de 2010 a Companhia liquidou antecipadamente o montante remanescente deste contrato, em função da captação de linhas de financiamentos mais atrativas. Em julho de 2006, a subsidiária integral Fibria Overseas Holding KFT firmou um Contrato de Crédito de Exportação com um grupo de bancos no valor total de US$ 375 milhões (equivalentes naquela data a R$ 816.075) com taxa de juros de 0,57% ao ano acima da LIBOR e com vencimentos entre 2007 a 2014. Os créditos estavam garantidos por contratos de exportação e os vencimentos das parcelas são coincidentes com os embarques. Os recursos resultantes do contrato foram usados na liquidação antecipada de empréstimos relacionados a créditos de exportação em aberto. No segundo trimestre de 2009, a taxa spread foi renegociada e alterada para adequação ao cenário do mercado à taxa de 4,75% ao ano acima da LIBOR. No segundo trimestre de 2010 a Companhia liquidou antecipadamente o montante remanescente deste contrato, em função da captação de linhas de financiamentos mais atrativas. A Companhia mantém contratos de Pré-Pagamento de exportação junto ao Banco Bradesco no montante de US$ 150 milhões, a taxa de 0,78% acima da LIBOR e vencimento final em 2014. A Companhia mantém contratos de Pré-Pagamento de exportação junto ao Banco Nordea no montante de US$ 50 milhões, a taxa de 0,80% acima da LIBOR e vencimento final em 2013. A Companhia mantém contratos de Pré-Pagamento de exportação junto ao Banco do Brasil no montante de US$ 200 milhões, a taxa de 3,20% a 5,00% acima da LIBOR e vencimento final em 2018. Em 30 de setembro de 2010, o Grupo concluiu uma repactuação da taxa de juros deste contrato, reduzindo para 2,80%, podendo ser reduzida até 2,40% acima da LIBOR, conforme desalavancagem e o rating da Companhia. A data da primeira amortização foi alongada para 2013 e o vencimento final foi alterado para 2017.

(b) Empréstimo - VOTO III (eurobonds) Em 16 de janeiro de 2004, a subsidiária integral da VPAR, a Votorantim Overseas Trading Operations III (VOTO III), captou no mercado internacional US$ 300 milhões (equivalentes naquela

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data a R$ 873.000) com prazo de vencimento de dez anos e taxa anual de 4,25%. A Companhia recebeu 15% do total captado, ou seja, US$ 45 milhões equivalentes naquela data a R$ 131.000.

(c) Empréstimo - VOTO IV (eurobonds) Em 24 de junho de 2005, a Votorantim Overseas Trading Operations Limited IV (VOTO IV), controlada em conjunto com a Votorantim Participações, captou no mercado internacional US$ 400 milhões (equivalentes naquela data a R$ 955.000) com vencimento em 24 de junho de 2020 e taxa anual de 8,50%. A Companhia recebeu 50% do total captado, ou seja, US$ 200 milhões equivalentes naquela data a R$ 477.000.

(d) Empréstimos - Fibria 2019 e Fibria 2020 (eurobonds) Em maio de 2010, a Companhia por intermédio da sua subsidiária internacional Fibria Overseas Finance Ltd. captou no mercado internacional US$ 750 milhões ("Fibria 2020", equivalentes a R$ 1.339.650) com vencimento em dez anos e opção de recompra a partir de 2015, com pagamento de juros semestrais e taxa de 7,50% ao ano. Em outubro de 2009, a Companhia por intermédio da sua subsidiária internacional Fibria Overseas Finance Ltd. captou no mercado internacional US$ 1 bilhão ("Fibria 2019", equivalentes a R$ 1.744.000) com vencimento em dez anos com pagamento de juros semestrais e taxa de 9,25% ao ano. Em maio de 2010, a Companhia anunciou a oferta de troca do Fibria 2019 por meio da reabertura do Fibria 2020, visando adequar a curva de juros e melhorar a liquidez dos papeis, além de flexibilizar as cláusulas de covenants para a nova realidade da Companhia. A adesão à oferta de troca foi de 94%. A taxa efetiva destas operações, incluindo os custos de transação necessários para captação dos recursos é de 8,66% a.a.

(e) BNDES Em outubro de 2010, foi liberado um novo financiamento EXIM, no valor total de R$ 70.000, com prazo de 14 meses e taxa de 7% a.a. No primeiro semestre de 2009, um novo financiamento no valor de R$ 673.294 foi aprovado, com juros variando entre TJLP acrescidos de 0% a 4,41% e UMBNDES + 2,21% ao ano. Em 31 de dezembro de 2010, 93% desse montante encontra-se liberado. A UMBNDES é um índice que contempla a variação cambial de uma cesta de moedas, predominantemente do dólar norte-americano. No segundo semestre de 2008, um novo financiamento com o BNDES de R$ 74.821 foi aprovado, indexados pela TJLP acrescida de 1,36% a 1,76% e UMBNDES acrescida de 1,76% ao ano. O vencimento final deste financiamento será em 2015. Em 31 de dezembro de 2010, 57% desse montante encontram-se liberado. Em outubro de 2007, foi celebrado um contrato de financiamento com o BNDES no montante total de R$ 21.701, indexados pela TJLP + 1,8% e UMBNDES + 1,3% ao ano. A liquidação de principal dar-se-á entre 2011 a 2012. Em novembro de 2006, também foi celebrado um contrato de financiamento com o BNDES. O montante total em 31 de dezembro de 2010 é de R$ 518.086 dos quais R$ 516.588 já foram liberados com prazo de

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amortização no período de 2009 a 2016, sujeito a juros variando entre TJLP + 0% a 2,9% ao ano e UMBNDES + 1,4% a 2,4% ao ano. Como garantia aos pagamentos destes financiamentos, foi dada a planta de celulose localizada na unidade de Três Lagoas. Em 2005, foram assinados três contratos junto ao BNDES nos meses de dezembro, agosto e maio. No contrato assinado em dezembro a liberação total de recursos foi de R$ 139.284, com prazo de amortização no período de 2007 a 2016, sujeito a juros variando entre TJLP + 0% a 4,5% ao ano e UMBNDES + 2,0% a 3,0% ao ano. No contrato de agosto a liberação foi de R$ 55.222 parte indexada a TJLP acrescida de 3,5% a 4,5% e parte indexada a UMBNDES acrescida de 3% ao ano. O vencimento final desse contrato será em 2015. No contrato de maio, a liberação foi de R$ 99.109, sendo parte indexada a TJLP acrescida de 4,5% ao ano e parte indexada pela UMBNDES acrescida de 4,5% ao ano. O principal tem vencimento final em 2015. Em 31 de dezembro de 2010, consolidamos proporcionalmente os saldos contábeis de empréstimos e financiamentos da Veracel Celulose, representados por contratos com o BNDES. O montante total de principal é de R$ 331.299 com prazo de amortização no período de 2011 a 2014, sujeito a juros variando entre TJLP + 1,0% a 3,3% ao ano e cesta + 3,3% ao ano. Como garantia aos pagamentos deste financiamento, foi dada a planta de celulose localizada na unidade de Três Lagoas-MS.

(f) Obrigações por arrendamento mercantil financeiro - leasing Em dezembro de 2009, a Companhia renegociou os termos e o valor em aberto da sua operação de leasing financeiro com o Banco Société Générale, originalmente contratado em 2008 para aquisição de máquinas e equipamentos florestais. O prazo final de vencimento deste contrato é 2013. As obrigações de arrendamento mercantil financeiro são garantidas por meio de alienação fiduciária dos bens arrendados e possuem vencimento conforme cronograma demonstrado na Nota 5.1(c).

(g) Nota de Crédito de Exportação (NCE), Nota de Crédito Rural (NCR) e outros Em 28 de setembro de 2010, a Companhia contratou uma nota de crédito de exportação no montante de R$ 427.500, com vencimento final em 2018 e custo de 100% do CDI mais 1,85%a.a. Esta operação está vinculada a um derivativo com o objetivo de troca da moeda real para dólar e alteração da taxa flutuante para fixa, sendo o custo final de 5,45% a.a., acrescido da variação cambial. Em agosto de 2009, a Companhia contratou linha de crédito agroindustrial, com o Banco do Brasil no montante de R$ 137.000 com vencimento em 488 dias e custo de 11,25% ao ano. Em maio de 2009, a Companhia contratou NCE com o Banco do Brasil no montante de R$ 50.000 com vencimento final em junho de 2011 e custo de 11,25% ao ano. Em dezembro de 2008, a Companhia contratou, através de sua controlada Portocel, NCE com o Banco HSBC no montante de R$ 94.014 (51%) com vencimento final em dezembro de 2013 e custo de 100% CDI.

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(h) Crédito de Exportação (Finnvera) Em 30 de setembro de 2009, a Companhia contratou empréstimo no montante de € 125 milhões com a Finnvera (agência Finlandesa de fomento destinado a empresas comprovadamente comprometidas com sustentabilidade), cujo prazo total é de 8,5 anos e o custo indexado à LIBOR seis meses + 3,325% ao ano.

(i) Empréstimo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) Em 31 de dezembro de 2009, a Companhia captou com o Banco do Brasil R$ 73.000, por meio de sua subsidiária VCP-MS, com vencimento final em dezembro de 2017, carência de seis meses, pagamento de principal e juros mensais e taxa de 8,5% ao ano.

(j) Acordo com bancos credores da dívida do derivativo da Ex-Aracruz (incorporada) Em maio de 2010, a Companhia liquidou o saldo remanescente da dívida oriunda dos derivativos, no montante de US$ 511 milhões (equivalentes naquela data a R$ 944.095), permitindo assim a eliminação das cláusulas restritivas remanescentes e a liberação das garantias restantes desta operação.

(k) Cláusulas contratuais covenants Alguns financiamentos da Companhia e suas controladas têm cláusulas que determinam níveis máximos de endividamento e alavancagem, bem como níveis mínimos de cobertura de encargos a vencer e manutenção de saldos mínimos de recebíveis em conta garantia. Com relação ao BNDES, houve renegociação do pacote de garantias durante o ano de 2009 os financiamentos atuais contam com garantias reais (bens do ativo imobilizado). Os pré-pagamento de exportação negociados entre 2009 e 2010, com saldo em aberto de R$ 4.128 milhões, estão sujeitos às seguintes obrigações: . restrição sobre a capacidade da Companhia de fundir-se ou consolidar-se com outras entidades; . restrição sobre as alienações e permutas de ativos pela Companhia e suas subsidiárias; . manutenção, no final de cada trimestre social, de um nível de: (i) LAJIDA de acordo com as práticas

adotadas no Brasil e ajustado (para os quatro últimos trimestres sociais) em relação à (ii) dívida que deverá vencer durante os quatro trimestres sociais consecutivos acrescida de despesas financeiras que deverão ser pagas durante os quatro trimestres sociais consecutivos maior que 0,6 em 31 de dezembro de 2010, posteriormente subindo até 1,2 em 30 de junho de 2011, para os contratos de pré- -pagamento de exportação com o Banco Safra (R$ 81 milhões), Finnvera (R$ 273 milhões) e leasing financeiro com o Banco Société Générale (R$ 28 milhões), e 0,5 em 31 de dezembro de 2010, posteriormente subindo gradativamente até 1,0 em 30 de setembro de 2011 para R$ 4,047 milhões de saldo em aberto de contratos de pré-pagamento de exportação, negociados de junho a setembro de 2010;

. manutenção, no final de cada trimestre social, de um nível de dívida líquida em relação ao LAJIDA

ajustado (para os quatro últimos trimestres sociais) menor do que4,8 em 31 de dezembro de 2010 e

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redução para 3,0 em 30 de junho de 2011 e após, apenas para os contratos de pré-pagamento de exportação com o Banco Safra (R$ 81 milhões), Finnvera (R$ 273 milhões) e leasing financeiro com o Banco Société Général (R$ 28 milhões), e 5,0 em 31 de dezembro de 2010, 5,5 em 31 de março de 2011 e redução gradual para 4,0 em 31 de dezembro de 2011, reduzindo para 3,5 em 31 de dezembro de 2012 e após para R$ 4,047 milhões de contratos de pré-pagamento de exportação, negociados de junho a setembro de 2010;

. manutenção, no final de cada trimestre social, de um nível de dívida bruta em relação ao patrimônio

líquido de 0,7. Esta restrição é referente aos contratos de pré-pagamento de exportação com o Banco Safra (R$ 81 milhões), Finnvera (R$ 273 milhões) e leasing financeiro com o Banco Société Générale (R$ 28 milhões).

Estes mesmos contratos incluem como principais eventos de inadimplemento: . não pagamento, em tempo hábil, do principal ou juros devidos em conexão com o Contrato de

Crédito de Pré-pagamento de Exportação; . inexatidão de qualquer declaração, garantia ou certificação prestada em conexão com o Contrato de

Crédito de Pré-pagamento de Exportação; . inadimplemento cruzado (cross-default) e inadimplemento de julgamento cruzado (cross-judgment

default), sujeito a um valor mínimo acordado de US$ 50 milhões; . sujeição a certos períodos de resolução, violação de qualquer obrigação prevista no Contrato de

Crédito de Pré-pagamento de Exportação; . ocorrência de certos eventos de falência ou insolvência da Companhia, de suas principais subsidiárias

ou da Veracel Celulose S.A. Os covenants acordados no contrato firmado com os bancos vêm sendo integralmente cumpridos pela Companhia até 31 de dezembro de 2010.

(l) Garantias de empréstimos e financiamentos Conforme mencionado anteriormente na análise dos contratos de empréstimos e financiamentos, em 31 de dezembro de 2010, certos empréstimos e financiamentos estão garantidos por bens do ativo imobilizado, representados substancialmente pelas plantas fabris de Três Lagoas e Jacareí. O valor líquido contábil destes ativos é de R$ 5.234.743 (31 de dezembro de 2009 - R$ 5.704.248), suficientes para a cobertura dos respectivos empréstimos.

(m) Linhas de créditos não utilizadas Em 31 de dezembro de 2010 não havia nenhuma linha de crédito não utilizada.

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(n) Valor justo dos empréstimos e financiamentos e contas a pagar por aquisição de ações

Os valores contábeis e o valor justo dos empréstimos e financiamentos e das contas a pagar por aquisição de ações são os seguintes:

Controladora

Valor contábil

Valor justo

2010

2009

1o de janeiro

de 2009

2010

2009

1o de janeiro

de 2009

Créditos de exportação 3.138.693

2.692.305

2.628.066

3.468.820

3.075.037

3.094.915 Bonds 433.348

440.863

594.046

594.103

470.951

548.702

Finimp 4.571

7.297

13.206

4.627

7.037

11.698 Leasing 13.046

61.602

77.218

37.678

76.096

77.597

BNDES 1.443.246

1.367.832

277.164

1.331.237

1.367.833

277.165 Nota de Crédito Rural

10.199

10.021

NCE 458.760

381.953

381.607

562.670

382.260

382.344 Contas a pagar por aquisição de ações 1.440.676

3.684.179

1.440.676

3.684.179

6.932.340

8.646.230

3.971.307

7.439.811

9.073.414

4.392.421

Consolidado

Valor contábil

Valor justo

2010

2009

1o de janeiro

de 2009

2010

2009

1o de janeiro

de 2009

Créditos de exportação 4.816.852

5.751.155

3.947.542

5.410.468

5.708.412

3.242.211 Bonds 3.364.523

2.210.053

594.046

4.962.249

2.448.084

548.702

Finimp 4.570

7.301

19.703

4.627

7.037

11.698 Leasing 23.449

78.198

90.626

48.408

76.096

77.597

BNDES 1.754.267

1.768.048

433.532

1.627.630

1.758.885

277.165 Nota de Crédito Rural 20.611

54.313

1.265

20.449

54.111

NCE 518.801

459.532

393.281

622.709

465.246

382.344 Contas a pagar por aquisição de ações 1.440.676

3.684.179

1.440.676

3.684.179

Dívida derivativos

890.449

589.942

1.007.044

589.942 Outros 78.384

82.348

2.304

78.384

82.348

2.304

12.022.133

14.985.576

6.072.241

14.215.600

15.291.442

5.131.963

22 Contingências

A Companhia e suas controladas são partes envolvidas em processos trabalhistas, cíveis e tributários que se encontram em instâncias diversas. As provisões para contingências, constituídas para fazer face a potenciais perdas decorrentes dos processos em curso, são estabelecidas e atualizadas com base na avaliação da administração, fundamentada na opinião de seus assessores legais.

Um sumário das provisões constituídas e depósitos judiciais efetuados é apresentado como segue:

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Controladora 2010 2009 1o de janeiro de 2009

Depósitos

judiciais Montante

provisionado Total líquido Depósitos

judiciais Montante

provisionado Total líquido Depósitos

judiciais Montante

provisionado Total líquido

Natureza dos processos Tributários 160.057 (271.626 ) (111.569 ) 324.651 (607.287 ) (282.636 ) 298.080 (314.734 ) (16.654 ) Trabalhistas 31.332 (57.570 ) (26.238 ) 32.199 (77.504 ) (45.305 ) 5.822 (47.043 ) (41.221 ) Cíveis 238 (9.771 ) (9.533 ) 238 (6.658 ) (6.420 ) 165 (13.994 ) (13.829 )

191.627 (338.967 ) (147.340 ) 357.088 (691.449 ) (334.361 ) 304.067 (375.771 ) (71.704 )

Consolidado

2010 2009 1o de janeiro de 2009

Depósitos

judiciais Montante

provisionado Total líquido Depósitos

judiciais Montante

provisionado Total líquido Depósitos

judiciais Montante

provisionado Total líquido Natureza dos processos Tributários 169.492 (273.335 ) (103.843 ) 333.773 (607.585 ) (273.812 ) 302.517 (370.165 ) (67.648 ) Trabalhistas 39.266 (80.457 ) (41.191 ) 37.929 (97.969 ) (60.040 ) 10.876 (58.970 ) (48.094 ) Cíveis 311 (10.305 ) (9.994 ) 237 (7.319 ) (7.082 ) 165 (14.117 ) (13.952 )

209.069 (364.097 ) (155.028 ) 371.939 (712.873 ) (340.934 ) 313.558 (443.252 ) (129.694 )

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A Companhia está envolvida em outros processos tributários e cíveis surgidos no curso normal dos seus negócios, os quais, na opinião da administração e de seus assessores legais, têm expectativa de perda classificada como possível. Consequentemente, nenhuma provisão foi constituída para fazer face ao possível desfecho desfavorável destes. Os montantes desses processos, em 31 de dezembro de 2010, são: tributário R$ 1.182.431 e cíveis R$ 64.406. Segue um demonstrativo da movimentação da provisão para contingências: Controladora Consolidado

2010 2009 2010 2009

Saldo inicial 691.449 375.771 712.873 443.252 Baixa de processos (*) (394.168 ) (21.901 ) (396.696 ) (212.745 ) Entrada de novos processos 9.273 18.061 13.934 24.004 Incorporação de empresa Aracruz Celulose S.A. 316.813 429.688 Atualização monetária 32.413 2.705 33.986 28.674

Montante provisionado 338.967 691.449 364.097 712.873

(*) As baixas em 2010 ocorreram principalmente em função da adesão ao Programa de Recuperação

Fiscal descrito no item (viii) desta mesma nota explicativa e a reversão da provisão de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das receitas de exportação relativa ao ano de 2003.

(a) Uma síntese dos principais processos

tributários está descrita nos próximos parágrafos

(i) PIS/COFINS A Companhia impetrou mandado de segurança contra a modificação da base de cálculo dos referidos tributos, bem como a majoração da alíquota da COFINS disposta na Lei no 9.718/98, por discordar da sua constitucionalidade. A sentença favorável foi proferida em novembro de 2001. Em função de, à época, haver decisões desfavoráveis a outros contribuintes em ações similares, a Companhia decidiu, em 29 de agosto de 2003, desistir parcialmente da ação, optando pelo Parcelamento Especial (PAES) no montante de R$ 60.861, instituído pela Lei no 10.684/03, cujo saldo atualizado em 31 de dezembro de 2010 é de aproximadamente R$ 67.583. A Companhia mantém a ação apenas para a parcela relacionada às variações cambiais. Não obstante o pedido de desistência, em função de julgamentos proferidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que consideraram inconstitucional a modificação da base de cálculo do PIS e da COFINS, a Companhia propôs medida cautelar para assegurar seu direito de não recolher as parcelas do PAES relativas a tal modificação, tendo sido deferida liminar. O valor relativo às parcelas do PAES que deixaram de ser recolhidas em função dessa liminar, relativo aos meses de julho de 2006 a dezembro de 2009, é de aproximadamente R$ 32.401, atualizados monetariamente pela TJLP até 30 de dezembro de 2010. Em fevereiro de 2009, foi publicado acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) favorável à controladora, determinando que fosse reformada a decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2a Região que homologou a desistência parcial da ação originalmente proposta.

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O valor em discussão, referente à variação cambial, relativo aos meses de fevereiro de 1999 a setembro de 2003, é de R$ 179.238 em 30 de setembro de 2009, atualizado pela taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC).

Em setembro de 2009, a Companhia, apoiada pela opinião de seus assessores legais externos que avaliaram a questão como definitiva, efetuou a reversão total de R$ 179.238 da provisão referente à incidência desses tributos sobre as receitas de variação cambial.

(ii) ICMS

A Companhia propôs ações judiciais questionando a legitimidade da inclusão do ICMS na base de cálculo da COFINS referente aos períodos de 1996 até 2002, bem como a manutenção do crédito de ICMS sobre as aquisições de matéria-prima para a produção de papel imune. A partir de janeiro de 2006, a manutenção desses créditos está sendo efetuada em virtude da publicação da Lei Complementar (LC) no 120 de 29 de dezembro de 2005. A Companhia provisionou e depositou o tributo em discussão, cujo saldo total em 31 de dezembro de 2010 é de R$ 61.394.

(iii) Contribuição social sobre a receita de exportação

Em 31 de março de 2004, a Companhia obteve liminar que garante o direito de não recolher a CSLL incidente sobre as receitas de exportação, com efeitos retroativos a partir de janeiro de 2004. Em abril de 2007, em razão de uma decisão judicial desfavorável, foi efetuado um depósito judicial de R$ 36.859, acrescido de atualização de R$ 10.170 em decorrência da variação da SELIC. Em fevereiro de 2008, efetuou depósito complementar no valor de R$ 73, perfazendo um montante depositado de R$ 47.102. O valor total da contingência foi adequadamente provisionado. A Companhia mantém em aberto a discussão judicial desse assunto.

Em setembro de 2003, a Companhia obteve sentença que lhe permitiu, a partir do ano-calendário de 2002, não recolher a CSLL incidente sobre as receitas de exportação, bem como assegurou o direito à compensação dos valores indevidamente recolhidos a esse título, corrigidos pela taxa SELIC, no montante de R$ 110.800 em 31 de dezembro de 2010, para os quais constituiu provisão. A Companhia aguarda o julgamento do recurso interposto pela União Federal. Adicionalmente, em 1o de dezembro de 2009 a Companhia foi autuada no valor de R$ 71.400 referente à CSLL do período de 2004, atualizados em 31 de dezembro de 2010. Em 2010, diante da não lavratura de auto de infração pela Receita Federal do Brasil referente ao ano de 2003 e orientada por seus advogados que entenderam ter havido a decadência do direito do Fisco de lançar os valores referentes a esse período, a Companhia reverteu, no trimestre findo em 31 de março de 2010, a provisão constituída do montante não recolhido durante o ano de 2003, no total de R$ 156.331, cujo efeito refletiu no "Resultado financeiro" (R$ 73.409) e na linha do "Imposto de renda e contribuição social" (R$ 82.922). Ainda, em 28 de dezembro de 2010, a Companhia foi autuada no valor de R$ 3.400 referente à CSLL do período de 2005, atualizados em 31 de dezembro de 2010.

(iv) Auto de infração

Em dezembro de 2007, a controlada Normus Empreendimentos e Participações Ltda. foi autuada por autoridades da Receita Federal (RF), no valor total de R$ 1.169.504 atualizados para dezembro de 2010, por alegada falta de recolhimento de IR e contribuição social sobre os resultados auferidos no exterior por sua subsidiária e reconhecidos no Brasil como resultado de equivalência patrimonial, nos exercícios e 2002 a 2006. A subsidiária em questão, constituída e operando na Hungria, concentra suas atividades na venda de celulose e papel no mercado mundial.

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Em junho de 2008, foi proferida decisão em órgão julgador de primeira instância que manteve o lançamento. Contra referida decisão, a Companhia interpôs recurso administrativo, que atualmente aguarda julgamento. Em nosso entendimento, e na opinião de nossos consultores jurídicos independentes, a subsidiária húngara está sujeita à tributação integral de suas operações no país em que está constituída e, consequentemente, a autuação recebida tem remotas chances de prosperar, visto contrariar diretamente determinadas normas do ordenamento jurídico pátrio, especialmente o tratado para evitar a dupla tributação firmado entre o Brasil e a Hungria. Assim, considerando que as chances de êxito da demanda são prováveis, a Companhia não constituiu nenhuma provisão para a remota contingência.

(v) Class Action Em novembro de 2008, foi interposta uma ação judicial coletiva, de natureza privada contra a Companhia (ex-Aracruz) e alguns de seus executivos, em nome de possíveis compradores de ADRs do período entre 7 de abril e 2 de outubro de 2008. A referida ação alega violações de regras da Securities Exchange Act, na medida em que a Companhia teria divulgado informações insuficientes sobre perdas em certas operações envolvendo instrumentos derivativos. A indenização pretendida pelos autores ainda não foi especificada e dependerá, se a ação prosseguir, de prova pericial e apuração de danos. Em virtude do fato de essa ação se encontrar em fase preliminar, é impossível avaliar sua probabilidade de êxito ou risco de um resultado desfavorável. Por esse motivo, nenhuma provisão para esse litígio foi constituída neste momento.

(vi) Incentivos fiscais - Agência de Desenvolvimento do Nordeste (ADENE) A Companhia possui unidades de negócios localizadas na área de abrangência da ADENE e sendo o setor de papel e celulose considerado como prioritário para o desenvolvimento regional (Decreto no 4.213, de 16 de abril de 2002), em dezembro de 2002, a Companhia pleiteou e teve reconhecido pela Secretaria da Receita Federal (SRF) o direito de usufruir do benefício da redução do IRPJ e adicionais não restituíveis apurados sobre o lucro da exploração para as fábricas A e B (período de 2003 a 2013) e fábrica C (período de 2003 a 2012), todas da unidade Aracruz, depois de ter aprovado com a ADENE os devidos laudos constitutivos. Em 9 de janeiro de 2004, a Companhia recebeu o Ofício no 1.406/03 do inventariante extrajudicial da extinta Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), informando que "acatando reexame da Consultoria Jurídica do Ministério da Integração no que tange à abrangência especial da concessão do referido incentivo", julgou improcedente o direito à fruição do benefício anteriormente concedido e auferido e que providenciaria a sua revogação. Ao longo dos exercícios de 2004 e de 2005, diversos atos da ADENE foram expedidos no sentido de anular os benefícios fiscais, atos esses reiteradamente contestados e/ou impugnados pela Companhia, sem que até esta data tenha sido proferida decisão judicial definitiva em relação ao mérito da discussão. Não obstante, foi lavrado auto de infração pela SRF em dezembro de 2005, por meio do qual são exigidos os valores relativos ao incentivo fiscal até então usufruído, acrescidos de juros, mas sem imposição de multa, totalizando R$ 289.200, atualizados em 31 de dezembro de 2010. A Companhia impugnou o auto de infração, o qual foi julgado procedente em primeira instância administrativa. A

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Companhia recorreu contra essa decisão e, em setembro de 2008, o Conselho do Contribuinte do Ministério da Fazenda (CCMF) julgou parcialmente procedente o lançamento efetuado pelas autoridades fiscais, para reconhecer o direito da Companhia de usufruir do incentivo fiscal até o ano de 2003, afastando-o, porém, em relação ao ano de 2004, remanescendo, portanto, um valor autuado de R$ 46.100, atualizados em 31 de dezembro de 2010. A Companhia recorreu da decisão no que se refere ao entendimento aplicado ao ano de 2004. A administração da Companhia, assessorada por seus consultores jurídicos, acredita que a decisão de cancelamento dos referidos benefícios fiscais é equivocada e não deve prevalecer, seja com respeito aos benefícios já usufruídos, seja em relação ao prazo ainda por decorrer. Com relação aos benefícios usufruídos até 2004 (R$ 143.000 em 31 de dezembro de 2004), entende a Administração, calcada na opinião de seus assessores jurídicos, que a exigência de recolhimento do tributo é insubsistente, posto que a Companhia se utilizou dos benefícios estritamente de acordo com os parâmetros legais e em conformidade com os atos da SRF e os laudos constitutivos da ADENE. Quanto aos prazos restantes de fruição, que se estendem até 2012 (fábrica C) e 2013 (fábricas A e B), entende a administração, amparada por pareceres de seus assessores jurídicos, ser ilegal a revogação de benefícios fiscais cuja concessão foi condicionada ao cumprimento de condições preestabelecidas (implantação, expansão ou modernização de empreendimento industrial), sendo assegurado o direito adquirido ao gozo dos referidos benefícios fiscais até o final dos prazos assinalados na Lei e nos atos de concessão. Em que pese a convicção na solidez de seu direito, a Companhia, diante dos fatos ocorridos durante os exercícios de 2004 e de 2005, que revelaram o propósito da ADENE e da SRF de promoverem o cancelamento dos benefícios fiscais, decidiu adotar uma postura conservadora e interromper o registro da fruição dos benefícios fiscais a partir de 2005, até que tenha sido proferida decisão judicial definitiva. A probabilidade de perda, com relação aos benefícios fiscais usufruídos até o ano de 2003, é avaliada pelos administradores e assessores jurídicos como remota. No que se refere aos benefícios fiscais já usufruídos no ano de 2004 e àqueles ainda por usufruir a partir de 2005, a probabilidade de perda é avaliada como possível e, consequentemente, nenhuma provisão foi constituída.

(vii) IRPJ/CSL - homologação parcial A Companhia deu entrada em três processos de homologação de créditos de IRPJ com a Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB), referentes aos anos-calendários de 1997, de 1999 e ao quarto trimestre de 2000, no total de R$ 125.233. A Secretaria da Receita Federal do Brasil homologou apenas R$ 83.470. A Companhia impugnou e apresentou manifestações de inconformidade tempestivas em todos os processos. Referente ao ano de 1997, o processo aguarda decisão de primeira instância. Para o quarto trimestre de 2000, aguarda julgamento de recurso voluntário e para o ano de 1999 aguarda julgamento de recurso especial. Por orientação dos advogados externos, a Companhia não registra provisão para esses processos de prognóstico de perda possível.

(viii) Programa de Recuperação Fiscal (REFIS) Em novembro de 2009, a Companhia aderiu ao Programa de Recuperação Fiscal, instituído pela Lei no 11.941/09 cujo objetivo é regularizar os passivos fiscais por meio de um sistema especial de pagamento e de parcelamento de obrigações fiscais e previdenciárias.

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Os débitos incluídos são aqueles originados substancialmente de: . COFINS - majoração da alíquota da COFINS de 2% para 3% determinada pela Lei no 9.718/98; . Crédito-Prêmio IPI - créditos transferidos da empresa KSR para a Celpav, relativos à fase II (1o de

abril de 1981 a 30 de abril de 1985), para os quais foram lavrados autos de infração pela SRFB em função de suposto descumprimento de deveres instrumentais;

. IR/CSLL - autos de infração lavrados em decorrência da compensação em 100% do prejuízo fiscal e

da base negativa; . CIDE - questionamento judicial sobre a incidência da CIDE sobre valores pagos a residentes no

exterior a título de royalties ou de remuneração de contratos, instituído pela Lei no 10.168/00 e alterado pela Lei no 10.332/01 - período: a partir de 2002;

. IOF - pleito judicial para declaração de inexistência da relação jurídico-tributária, para que não seja

obrigada ao recolhimento de IOF sobre contratos de câmbio celebrados com escopo de obter recursos financeiros no exterior por meio de emissão de euronotes. O valor do IOF foi depositado em 4 de fevereiro de 1994;

. IR - questionamento judicial sobre a incidência de juros sobre rendimentos auferidos no exterior no

período de 1985 a 1989, decorrente de crédito que a Companhia possuía com empresa concordatária situada na Argentina (CASA).

O montante atualizado dos débitos incluídos no parcelamento atualizado é de R$ 258.049, para os quais existiam depósitos judiciais no montante de R$ 214.961. Os impactos no resultado, reconhecidos no primeiro trimestre de 2010, estão relacionados ao reconhecimento de débitos não provisionados anteriormente de R$ 51.201, reconhecimento de crédito por benefício de multa e juros no montante R$ 27.105, atualização de depósitos judiciais no montante de R$ 34.770 e provisão de honorários advocatícios.

(b) Comentários relevantes sobre os processos trabalhistas/cíveis A Companhia tem aproximadamente 2.810 processos trabalhistas movidos por ex-empregados, terceiros e sindicatos, cujos pleitos consistem em sua maioria em pagamento de verbas rescisórias, adicionais por insalubridade e periculosidade, horas extras, horas in itinere, indenizações por danos materiais e morais, pagamento de diferenças de expurgos inflacionários sobre multa de 40% do FGTS, bem como 826 ações cíveis, das quais a maioria consiste em pedidos de indenização de ex-funcionários ou terceiros, por supostas doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, ações de cobrança e habilitações de crédito em falência ajuizadas pela Companhia, ressarcimento de recursos financeiros movidas contra produtores rurais inadimplentes e ações possessórias ajuizadas com o objetivo de proteger o patrimônio imobiliário da Companhia. A Companhia tem apólice de seguro - responsabilidade civil geral que cobre, nos limites fixados na apólice, eventuais condenações a título de danos materiais referentes aos pedidos de indenização na esfera cível. Os processos trabalhistas e cíveis, cujas perdas são avaliadas como prováveis e possíveis são provisionados com base no percentual histórico de desembolsos.

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(c) Obrigações de desmontagem e retirada de ativo imobilizado e restauração de local Levamos em consideração o item 16(c) do CPC27/IAS 16 "Obrigações de desmontagem e retirada de ativo imobilizado e restauração de local" ao decidir se deve ser contabilizada uma obrigação por descontinuação de ativos envolvendo imobilizado, tendo concluído que esse ajuste não é exigido, pois não temos obrigações com descontinuação de ativos que contemplem obrigações legais e para os quais uma obrigação seja inevitável. A Companhia não tem ativos de longo prazo que espera abandonar ou alienar e que exigiriam a constituição de provisão para obrigações por descontinuação de ativos.

23 Compromissos de longo prazo

(a) Contratos Take or Pay A Companhia firmou contratos de longo prazo de Take or Pay com fornecedores de energia, transporte, óleo diesel, produtos químicos e gás natural por um período máximo de 18,8 anos. Os contratos preveem cláusulas de rescisão e suspensão de fornecimento por motivos de descumprimento de obrigações essenciais. As obrigações contratuais assumidas em 31 de dezembro de 2010 representam R$ 272.595 por ano (R$ 195.339 em 31 de dezembro de 2009 e R$ 148.972 em 1o de janeiro de 2009).

(b) Compromissos de fornecimento Adicionalmente, foi firmado em 2007 um contrato de longo prazo com a International Paper relativo ao fornecimento de celulose pelo período de 30 anos. O compromisso definido por esse contrato em 31 de dezembro de 2010 representa R$ 103.445 ao ano (R$ 91.064 em 31 de dezembro de 2009 e R$ 152.693 em 1o de janeiro de 2009).

(c) Garantias em operações de compror A Companhia é garantidora de operações de compror realizadas por alguns de seus clientes no Brasil, cujo montante garantido em 31 de dezembro de 2010 totalizava R$ 217.389 (R$ 158.024 em 31 de

dezembro de 2009 e R$ 245.712 em 1o de janeiro de 2009). Essas garantias possuem valor de mercado aproximado de zero em função destes não possuírem histórico de inadimplência e, portanto, não há nenhum valor registrado.

(d) Aquisição da Ripasa ou Conpacel Em 10 de novembro de 2004, a VCP e a Suzano Bahia Sul Papel e Celulose S.A. (a seguir denominada "Suzano") firmaram um acordo para a aquisição do controle acionário da Ripasa S.A. Celulose e Papel (a seguir denominada "Ripasa"). Após tal contrato inicial, foi firmado pela Companhia um Instrumento de Opção de Compra e Venda de 1.302.810 ações ordinárias e 4.121.773 ações preferenciais da Ripasa de propriedade de parte de seus ex-acionistas controladores. Após diversas reestruturações societárias e considerando a parte que cabe à Fibria, até março de 2010 remanesceram 309.451 ações vinculadas a tal direito de venda. Em 23 de março de 2010, os acionistas notificaram a Fibria pleiteando o exercício de suas opções de venda. O valor desta operação foi de R$ 43.012, cujo pagamento ocorreu em 10 de maio de 2010. A parcela de R$ 33.423 relativa à atualização monetária foi registrada na rubrica "Despesas financeiras" e o valor de R$ 9.589, relativo ao valor de mercado das ações, foi contabilizado na conta "Ações em tesouraria", no patrimônio líquido, e ficarão em tesouraria até seu cancelamento.

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Em 2008, a Fibria e a Suzano requereram à CVM autorização prévia para proceder à aquisição de ações de sua emissão e pagamento de valor a título de transação com finalidade de prevenir litígio, uma vez que a compra dar-se-ia a preços de mercado que são inferiores ao preço contratualmente ajustado. Em 5 de junho de 2008, o Colegiado da CVM autorizou a aquisição das ações objeto do exercício de opção a preços de mercado e não se manifestou contrariamente ao pagamento do valor transacionado.

24 Patrimônio líquido

(a) Capital social O capital social em 31 de dezembro de 2010, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 467.934.646 ações ordinárias nominativas sem valor nominal e o autorizado é de 529.624.961 ações ordinárias nominativas sem valor nominal. Em 30 de maio de 2009, foi aprovada na AGE a conversão das 244.347.953 ações preferenciais de emissão da Companhia em ações ordinárias, na proporção de uma ação preferencial para cada 0,91 de ação ordinária. Em 2 de julho de 2009, encerrou-se o prazo para exercício do direito de recesso dos acionistas da Companhia em razão da deliberação adotada na AGE realizada em 30 de maio de 2009, que aprovou a conversão de todas as 244.347.953 ações preferenciais da Companhia em ações ordinárias na proporção de uma ação preferencial para cada 0,91 ação ordinária. O direito de recesso foi exercido por 14 acionistas da Companhia, titulares de 36.670 ações preferenciais. Considerando o valor de reembolso de R$ 20,61 por ação, correspondente ao valor patrimonial por ação de emissão da Companhia em 31 de dezembro de 2008, o valor pago aos acionistas dissidentes totalizou R$ 756. O montante do recesso foi pago à conta "Reservas de capital", destinando-se à tesouraria da Companhia, para posterior cancelamento ou recolocação no mercado, as 33.371 ações ordinárias resultantes da conversão das ações de que eram titulares os acionistas dissidentes.

(b) Aumento de capital Em 27 de maio de 2009, foi homologado o aumento do capital social, nos termos do deliberado na AGE, realizada em 6 de fevereiro de 2009, no valor de R$ 4.005.091 elevando-o de R$ 3.052.211 para R$ 7.057.302 mediante a subscrição de 210.794.252 novas ações nominativas e escriturais sem valor nominal, sendo 62.105.263 ordinárias e 148.688.989 preferenciais. Em 12 de novembro de 2009, encerrou o prazo para que os titulares de ações ordinárias preferenciais classe A da emissão de Aracruz manifestassem o exercício do direito de recesso em razão da incorporação pela Fibria da totalidade das ações de emissão da Aracruz. Em decorrência da relação de troca de única, foram emitidas 77.770.294 ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal, aumentando o capital em R$ 529.843; dessa forma, o capital social da Companhia passou a ser R$ 7.587.145 dividido em 464.934.646 ações ordinárias nominativas e sem valor nominal. Em 22 de dezembro de 2009, foi aprovado na AGE aumento do capital social, sem emissão de novas ações no valor de R$ 792.252, mediante a capitalização do total da conta "Reserva de ágio/subscrição" de ações; dessa forma, o capital social da Companhia passa a ser R$ 8.379.397.

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(c) Dividendos e juros sobre capital próprio O estatuto da Companhia assegura um dividendo mínimo anual correspondente a 25% do lucro líquido, ajustado pelas movimentações patrimoniais das reservas, conforme preconizado pela legislação societária. Dividendos para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010, de R$ 0,30 por ação, totalizando R$ 142.179, serão propostos na AGO. Estas demonstrações financeiras refletem apenas os dividendos mínimos obrigatórios, dispostos no Estatuto Social da Companhia. A despeito do resultado do exercício findo em 31 de dezembro de 2009, a administração da Companhia, tendo presente os compromissos assumidos, seu nível de endividamento, sua estratégia de gestão dos passivos financeiros, que tem entre outros objetivos a harmonização dos vencimentos do endividamento à geração do fluxo de caixa, e o plano de negócios da Companhia deixou de propor dividendos, naquele exercício, previstos no artigo 30, inciso III do estatuto social, conforme permitido pelo artigo 202, parágrafo 4o da Lei no 6.404/76. No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, o saldo da reserva especial, no montante de R$ 121.958 (R$ 0,26 por ação), está sendo transferido para o passivo circulante, na rubrica "Dividendos a pagar". A tabela a seguir demonstra o cálculo do dividendo mínimo obrigatório para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010: 2010

Lucro líquido do período atribuível à controladora 598.646 (-) destinação para reserva legal - 5% (29.932 ) (=) Lucro líquido ajustado 568.714

Dividendo mínimo obrigatório - 25% 142.179

(d) Reserva de lucros

A reserva legal é constituída mediante apropriação de 5% do lucro líquido do exercício. A reserva para investimento, que corresponde ao lucro remanescente, após a destinação para reserva legal, visa principalmente atender aos planos de investimentos previstos em orçamento de capital, processos de modernização e manutenção das fábricas, aprovados pelos Conselhos Fiscal e de Administração.

25 Benefícios a empregados

(a) Programa de remuneração variável A Companhia e suas controladas dispõem de um programa de remuneração variável para seus funcionários, vinculada ao seu plano de ação e ao alcance de objetivos específicos de acordo com a geração de caixa, os quais são estabelecidos e acordados no começo de cada ano. O montante registrado como despesa no exercício encerrado em 2010 R$ 50.185 (R$ 54.771 em 31 de dezembro 2009).

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(b) Plano de previdência privada de contribuição definida

Em 2000, a Companhia aderiu à Fundação Senador José Ermírio de Moraes (FUNSEJEM), entidade de previdência complementar sem fins lucrativos, que atende a empregados de empresas do Grupo Votorantim. Nos termos do regulamento do plano de benefícios, as contribuições da Companhia à FUNSEJEM acompanham as contribuições dos empregados, podendo variar de 0,5% a 6% do salário nominal. As contribuições realizadas pela Companhia no exercício encerrado em 2010 totalizaram R$ 6.936 (R$ 5.641 em 31 de dezembro de 2009). As contribuições realizadas pelos empregados e dirigentes neste período totalizaram R$ 11.531 (R$ 7.675 em 31 de dezembro de 2009).

A Companhia incorporada Aracruz Celulose S.A. instituiu a Fundação Aracruz de Seguridade Social (ARUS), entidade fechada de previdência complementar, sem fins lucrativos, que atualmente atua sob a forma de fundo multipatrocinado. Em setembro de 1994, ocorreu a adesão da patrocinadora Portocel - Terminal Especializado de Barra do Riacho S.A. A Companhia e a Portocel são patrocinadoras do plano de aposentadoria ARUS. Em 15 de dezembro de 2009, a Companhia assinou o Termo de Rescisão do Convênio de Adesão ao Plano de Aposentadoria Arus e Retirada da Patrocinadora. Em caso de aprovação do pedido de retirada das patrocinadoras do plano de aposentadoria Arus, o compromisso das patrocinadoras calculados de acordo com a Resolução MPAS/CPC no 06/88 encontra-se totalmente coberto pelos ativos do plano.

(c) Plano de assistência médica aos aposentados

A Companhia firmou um acordo com o Sindicato da Indústria de Papel, Celulose e Pasta de Madeira para Papel do Estado de São Paulo, assegurando o custeio de assistência médica (SEPACO) de forma permanente para os seus funcionários, para os seus dependentes, até que estes completem a maioridade, e para os seus cônjuges, de forma vitalícia. A política da Companhia define que o custo do benefício será alocado durante a carreira ativa do empregado, no período entre a data de admissão na Companhia e a data em que o empregado atinge a elegibilidade ao recebimento do benefício de assistência médica. O pronunciamento técnico CPC 33 - "Benefícios a Empregados" requer que a entidade determine o valor presente das obrigações de benefícios definidos e o valor de mercado dos ativos dos planos ao final de cada período de reporte e encoraja que a entidade envolva profissionais atuariais qualificados na mensuração de tais obrigações. O montante registrado no resultado do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2010 foi de R$ 694 relativo à reversão de despesas (R$ 24.884 em 31 de dezembro de 2009). Os métodos atuariais adotados atendem às práticas contábeis vigentes, seguindo as hipóteses econômicas e biométricas, conforme demonstrado: Premissas atuariais

2010 2009 Taxa de desconto real 6,75 6,75 Taxa real de crescimento nominal dos custos médicos 3,0 3,0 Taxa de aumento de utilização da assistência médica 3,0 3,0 Inflação de longo prazo 4,25 4,50 Tábua biométrica de mortalidade geral AT-83 AT-83 Tábua biométrica de mortalidade de inválidos IAPB 57 IAPB 57

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Com base no relatório do atuário independente, a posição do passivo atuarial na data de encerramento dos balanços era a seguinte: 2010 2009

Reconciliação do passivo Valor presente das obrigações atuariais 69.469 58.373 Custo do serviço corrente Juros sobre as obrigações atuariais 7.747 7.528 Benefícios pagos (4.256 ) (4.183 ) (Ganho) e perdas (2.797 ) 7.751

Saldo das obrigações atuariais 70.163 69.469

O saldo destas obrigações foi incluído na rubrica "Demais contas a pagar", no passivo não circulante. O aumento de 1% na taxa de crescimento nominal dos custos médicos geraria um impacto de (mantendo todas as demais premissas constantes):

Aumento

de 1%

2010

Análise de sensibilidade em relação a taxa de crescimento nominal dos custos médicos Impacto no custo do serviço corrente e nos juros sobre as orbigações atuariais (976 ) Impacto no valor presente das obrigações (8.688 )

(d) Composição dos gastos com benefícios a empregados Controladora Consolidado

2010 2009 2010 2009

Salários, encargos e benefícios de curto prazo 334.540 138.403 449.950 388.723 Fundo de garantia e indenizações de rescisão 33.273 8.554 41.809 24.214 Custos previdenciários (INSS) 62.855 35.772 94.329 80.255 Outros benefícios 7.668 1.741 9.738 11.198

438.336 184.469 595.826 504.390

26 Programa de remuneração baseado em ações - Phantom Stock Options (PSO) Em 28 de abril de 2010, o Conselho de Administração aprovou o Programa de Incentivo de Longo Prazo, que consiste no plano para outorga de Phantom Stock Options ("PSO") que tem por objetivo integrar

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executivos no processo de desenvolvimento da Companhia a médio e longo prazos, facultando participarem das valorizações das ações da Companhia. O programa é baseado no conceito de PSO, que consiste em uma premiação em dinheiro baseada na valorização da ação da Companhia, em relação a um preço de exercício preestabelecido pelo programa em um prazo predeterminado. O plano não prevê negociação efetiva (compra e venda) das ações. São elegíveis ao plano o diretor-presidente e diretores executivos da Companhia. A cada outorga, o executivo elegível recebe uma quantidade de PSO definida com base em uma premiação-alvo e na expectativa de valorização da Companhia. A meta de valorização das ações da Companhia é estabelecida pelo Conselho de Administração e o número de PSO outorgadas será calculado de tal forma que, se atingida a meta de valorização, a premiação resultante será igual ao valor- -alvo. As PSO somente poderão ser exercidas se respeitados o prazo de carência (vesting) de três anos, a partir da data de outorga estabelecida nos contratos e possuem prazo máximo de exercício de cinco anos, quando vencem. Excepcionalmente, a primeira outorga denominada Programa 2009 possui período de carência escalonado. O preço de exercício das opções é calculado pelo preço médio dos últimos seis meses do preço de fechamento das ações FIBR3. Para os Programas de 2009 e 2010 foi utilizado o preço de exercício de R$ 27,55, obtido segundo os critérios de valorização estabelecidos pelo Conselho de Administração. Em agosto de 2010 foram outorgadas opções conforme a seguir, denominadas Programas 2009 e 2010: Programa 2010

Período de vesting Direito ao exercício Opções

Preço de exercício

36 meses 28 de agosto de 2013 223.207 27,55 Programa 2009

Período de vesting Direito ao exercício Opções

Preço de exercício

Não há 27 de agosto de 2010 52.215 27,55 Quatro meses 26 de dezembro de 2010 52.215 27,55 14 meses 27 de outubro de 2011 52.214 27,55

156.644

Premissas e cálculo do valor justo das opções outorgadas A precificação das opções foi realizada com base no modelo Binomial Trinomial Trees (BTT) devido à facilidade de implementação, de validação e inclusão das peculiaridades do programa. Este modelo é uma aproximação numérica da metodologia risk-neutral ou martingales e é muito utilizado na precificação de instrumentos que não podem possuir fórmulas fechadas de precificação.

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Para determinação desse valor foram utilizadas as seguintes premissas econômicas:

Programa

2010 2009

Volatilidade do preço da ação (i) - % 5,72 5,72 Taxa de retorno livre de risco (ii) - % 10,6 a 11,7 10,4 a 11,7 Preço médio das ações (média seis meses anteriores) 31,33 31,33 Preço de exercício das opções 27,55 27,55 Prazo médio ponderado de vida da opção (meses) 56,37 25,88

Valor justo da opção resultante do modelo (média) 1,96 1,96

(i) Baseado na volatilidade diária para um período de seis meses. (ii) Foi utilizada a curva da taxa de juros pré-DI (Brasil) na data da mensuração.

A Companhia efetuará a liquidação desse plano de benefícios aos executivos, em dinheiro, quando do exercício das opções.

As variações nas quantidades de opções de compra de ações e seus correspondentes preços médios ponderados do exercício estão apresentadas a seguir:

Quantidade

de opções

Preço médio ponderado de exercício por

ação em reais

Em aberto no início do período Outorgadas durante o período 379.851 27,55 Em aberto no final do período 379.851 27,55 Opções exercíveis no final do período 52.215 27,55

O prazo médio ponderado remanescente para exercício das opções em aberto em 31 de dezembro de 2010 é de 20 meses.

No período findo em 31 de dezembro de 2010, a despesa apropriada totalizou R$ 366, contabilizada no resultado do período na rubrica "Despesas gerais e administrativas" e o passivo, registrado na rubrica "Outras contas a pagar".

27 Receita líquida

Demonstramos a seguir a reconciliação da receita bruta e a receita líquida individual e consolidada para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e de 2009: Controladora Consolidado

2010 2009 2010 2009

Receita bruta de vendas 4.167.450 1.671.410 7.785.155 5.820.530 Impostos federais (191.668 ) (123.852 ) (217.184 ) (158.887 ) Impostos estaduais (196.681 ) (113.482 ) (204.517 ) (114.160 ) Devoluções e abatimentos (*) (15.287 ) (9.346 ) (1.080.067 ) (254.511 )

3.763.814 1.424.730 6.283.387 5.292.972

(*) Representados substancialmente por descontos de perfomance para clientes no exterior.

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28 Resultado financeiro O resultado financeiro individual e consolidado para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 são os seguintes: Controladora Consolidado

2010 2009 2010 2009

Despesas financeiras Juros sobre empréstimos e financiamentos (472.638 ) (266.322 ) (732.314 ) (709.067 ) Apropriação de juros - aquisição de ações Aracruz (288.701 ) (311.845 ) (288.701 ) (474.536 Comissões sobre financiamentos (24.347 ) (4.826 ) (78.997 ) (39.977 ) Outras despesas financeiras (56.460 ) (15.116 ) (92.520 ) (95.271 )

(842.146 ) (598.109 ) (1.192.532 ) (1.318.851 ) Receitas financeiras Receita de aplicações financeiras 161.950 121.596 252.101 190.516 Ganhos com instrumentos financeiros derivativos 152.373 20.196 152.284 210.086 Reversão de atualização monetária de passivo contingente (i) 73.409 73.409 Reversão de atualização de PIS e COFINS no 9.718/98 (ii) 159.918 Reversão de atualização de processo de ICMS transitado em julgado 24.401 Outras receitas financeiras 19.556 3.051 48.916 79.500

407.288 144.843 526.710 664.421

Variações cambiais Variação cambial sobre empréstimos e financiamentos 136.848 862.197 331.098 2.845.195 Variações cambial - outros ativos e passivos 176.876 (37.343 ) (29.494 ) (619.230 )

313.724 824.854 301.604 2.225.965

Resultado financeiro líquido (121.134 ) 371.588 (364.218 ) 1.571.535

(i) Reversão de atualização do processo contingente de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das

receitas de exportação relativo ao ano de 2003. Vide Nota 22(a)(iii). (ii) Reversão de atualização do processo contingente de PIS e COFINS revertido em 2009. Vide

Nota 22(a)(i).

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29 Despesas por natureza As despesas custo dos produtos vendidos, vendas e administrativas para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 são as seguintes: Controladora Consolidado

2010 2009 2010 2009

Custo dos produtos vendidos Depreciação, exaustão e amortização 959.051 318.149 1.431.433 1.216.699 Fretes 252.308 92.940 514.968 580.083 Benefícios a empregados 327.757 92.338 468.796 406.171 Custos variáveis (matérias-primas e materiais de consumo) 1.754.782 675.256 2.123.225 2.088.645 Outros 118.324 94.052 156.237 264.131

3.412.222 1.272.735 4.694.659 4.555.729

Despesas com vendas Benefícios a empregados 27.960 21.549 32.879 45.728 Despesas de comercialização (i) 88.163 43.078 206.729 253.734 Arrendamentos operacionais 2.219 1.923 2.260 2.665 Depreciações e amortizações 641 845 2.620 1.026 Provisão para deterioração de créditos a receber 21.477 2.713 21.477 2.713 Outros 6.438 4.746 15.463 (8.892 )

146.898 74.854 281.428 296.974

Despesas administrativas Benefícios a empregados 106.272 40.626 116.703 101.430 Serviços de terceiros (ii) 111.948 77.919 128.489 140.293 Provisões para contingências 10.691 12.868 11.573 12.868 Depreciações e amortizações 6.089 8.888 7.115 8.888 Doações e patrocínios 10.302 406 10.316 406 Outras 22.020 7.762 38.120 32.238

267.322 148.469 312.316 296.123

(i) Contemplam gastos com manuseios de mercadoria, despesas de terminais, comissões e outros. (ii) Contemplam honorários advocatícios, consultorias, auditorias, serviços administrativos e outros.

30 Outras receitas e despesas operacionais, líquidas As "Outras receitas e despesas operacionais" individual e consolidada para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 são as seguintes: Controladora Consolidado

2010 2009 2010 2009

Amortização de mais valia de ativos (inclui ganho/ perda na alienação dos ativos da unidade Guaíba) (65.974 ) (515.736 ) (83.123 ) (242.868 ) Avaliação ao valor justo da participação inicial detida na Aracruz na data da aquisição (Nota 34) 1.378.924 1.378.924 Variação do valor justo dos ativos biológicos 13.082 304.376 92.319 551.604 Outros 44.996 (53.163 ) (16.695 ) (78.644 )

(7.896 ) 1.114.401 (7.499 ) 1.609.016

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31 Cobertura de seguros O Grupo mantém coberturas de seguros para risco operacional e responsabilidade civil geral, com limites máximos para indenização de US$ 1.800 milhões e US$ 25 milhões respectivamente, correspondentes a R$ 2.999.000 e R$ 42.000 em 31 de dezembro de 2010. A administração do Grupo considera esse valor suficiente para cobrir possíveis riscos de responsabilidades, sinistros com seus ativos e lucros cessantes. O grupo não tem seguro para suas florestas. Visando minimizar o risco de incêndio, são mantidos, pela brigada interna de incêndio, um sistema de torres de observações e uma frota de caminhões. O Grupo não apresenta histórico de perdas relevantes com incêndio de florestas. O Grupo dispõe de apólice de seguro de transporte nacional e internacional (importações e exportações) com vigência até 31 de janeiro de 2011. Além das coberturas anteriores, o Grupo mantém em vigor as apólices de responsabilidade civil dos executivos e diretores em montantes considerados adequados pela administração. As premissas de riscos adotadas e suas respectivas coberturas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo da auditoria das demonstrações financeiras, consequentemente não foram examinadas por nossos auditores independentes.

32 Informação por segmento A administração definiu os segmentos operacionais do Grupo, com base nos relatórios utilizados para a tomada de decisões estratégicas, revisados pela Diretoria, os quais estão segmentados entre os produtos de celulose e papel. As operações de papel e celulose estão sediadas exclusivamente no Brasil. As principais informações por segmento de negócio correspondentes aos exercícios findos em 31 de dezembro são as seguintes:

Consolidado

2010

2009

Papel

Celulose

Papel

Celulose

Receita líquida de vendas 373.179

5.910.208

544.252

4.748.720 Custo do produto vendido (314.050 ) (4.380.609 ) (375.588 ) (4.180.141 )

Lucro bruto 59.129

1.529.599

168.664

568.579

Despesas com vendas (16.714 ) (264.714 ) (30.537 ) (266.437 ) Despesas administrativas (18.549 ) (293.767 ) (30.449 ) (265674 ) Resultado de equivalência patrimonial e outras

receitas (despesas) operacionais, líquidas (881 ) (13.946 ) 133

1.607.750

Resultado operacional 22.985

957.172

107.811

1.644.218

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As áreas geográficas são determinadas baseadas na localização dos clientes. As receitas líquidas da Companhia classificadas por área geográfica podem ser demonstradas como segue: Consolidado

2010 2009

Europa 2.430.720 1.340.207 América do Norte 1.622.256 1.088.565 Ásia 1.355.932 1.577.728 Brasil e outros 874.479 1.286.472

6.283.387 5.292.972

A Companhia possui dois clientes do segmento de celulose que individualmente representam mais que 10% da "Receita líquida de vendas". No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, o montante de receita para estes clientes representou 31% (25% em 2009).

33 Lucro por ação

(a) Básico O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos acionistas da Companhia pela quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas durante o período, excluindo as ações ordinárias compradas pela Companhia e mantidas como ações em tesouraria. São reduzidos do lucro atribuído aos acionistas da controladora, quaisquer dividendos de ações preferencialistas e eventuais prêmios pagos na emissão de ações preferenciais durante o período. 2010 2009

Lucro das operações continuadas atribuível aos acionistas da controladora antes das deduções 524.134 1.836.130 (-) Prêmio pago na emissão de ações preferenciais (108.643 )

(=) Lucro atribuível aos acionistas da controladora 524.134 1.727.487

Quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas 467.720.762 241.085.835 Lucro básico por ação (em reais) 1,12 7,17

(b) Diluído

A Companhia não possui dívida conversível em ações e opção de compra de ações, dessa forma, não apresenta ações ordinárias e preferenciais potenciais para fins de diluição.

34 Combinação de negócios

(a) Aquisição Conforme mencionado na Nota 1, a Companhia adquiriu o controle acionário da empresa Aracruz, em 21 de janeiro de 2009. Foi utilizado o método de aquisição para a contabilização dos ativos identificáveis adquiridos, passivos assumidos e a participação de não controladores.

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Conforme requerido pelo parágrafo no 42 do pronunciamento técnico CPC 15, a Companhia reavaliou sua participação anterior de 12,35% na Aracruz pelo valor justo na data da aquisição e reconheceu no resultado do período o ganho resultante: Ações ordinárias detidas antes da combinação de negócios - em milhares 127.506 Preço cotado da ação em 21 de janeiro de 2009 12,65

Valor justo da participação inicial detida na Aracruz 1.612.956

(-) Saldos contábeis em 21 de janeiro de 2009 Custo contábil do investimento (valor patrimonial e saldo remanescente do ágio) (234.032 )

Resultado bruto da avaliação ao valor justo da participação inicial 1.378.924

A tabela a seguir demonstra a contrapartida da compra da Aracruz e da alocação dos ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos que foram reconhecidos na data da aquisição, o valor justo à data de aquisição da participação de não controladores e a determinação do ágio:

Formação do

preço de compra

Preço de compra considerado Valor presente a ser pago às famílias (Lorentzen, Moreira Salles, Braga e Safra) 4.687.972 Valor justo da participação inicial na Aracruz 1.612.956 Valor justo da participação de não controladores na data da aquisição 2.078.056

8.378.984

Valores Ajuste de Valor justo contábeis valor justo total

(-) Valor justo dos ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos Adiantamentos a fornecedores - Programa Produtor Florestal 292.979 397.358 690.337 Imobilizado 7.646.598 3.042.053 10.688.651 Intangível 779.000 779.000 Outros ativos 3.869.034 (19.326 ) 3.849.708 Empréstimos e financiamentos (9.691.996 ) 140.276 (9.551.720 ) Outros passivos (1.154.120 ) 9.254 (1.144.866 )

Valor justo total dos ativos adquiridos e passivos assumidos 962.495 4.348.615 5.311.110

(+) IR e CS diferidos oriundos de diferenças temporárias na data da aquisição 1.293.269

(=) Ágio fundamentado pela expectativa de rentabilidade futura do investimento anteriormente à baixa pela venda de Guaíba 4.361.143 (-) Baixa de ágio pela venda de Guaíba 130.693

(=) Ágio fundamentado pela expectativa de rentabilidade futura do investimento 4.230.450

Os custos relacionados com a transação estão representados por comissões, despesas com advogados e intermediários e totalizaram R$ 26.322, incluídos no resultado do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2009.

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O ágio fundamentado pela expectativa de rentabilidade futura do investimento foi alocado ao segmento de celulose. Os efeitos do imposto de renda e contribuição social diferidos não contemplam os possíveis efeitos de dedutibilidade fiscal do ágio para fins de apuração do tributo corrente. O valor justo atribuído aos acionistas não controladores foi determinando com base no valor de mercado das ações cotado em 21 de janeiro de 2009, no montante de R$ 2.078.056. Os valores de mercado alocados na UGC estão suportados por laudo técnico de avaliadores independentes.

(b) Contas a pagar - aquisição Aracruz Conforme descrito na Nota 1, a aquisição da Aracruz ocorreu mediante assunção passivo, a ser pago em parcelas semestrais, em janeiro e julho de cada ano, exceto pelo expresso a seguir, sem juros ou correções, que foram contabilizados ao valor presente, conforme demonstrado a seguir: 2010 2009

Valor presente da obrigação assumida em janeiro de 2009 (descontada a 103% do CDI) - Famílias e Safra 4.687.971 4.687.971 Valor presente da obrigação assumida em janeiro de 2009 (descontada a 103% do CDI) - acionistas ordinaristas remanescentes 215.692 215.692 Pagamentos no exercício (4.223.418 ) (1.687.848 ) Apropriação de juros 760.431 468.364

Saldos em 31 de dezembro 1.440.676 3.684.179

Parcelas vincendas em Janeiro de 2010 1.042.888 Junho de 2010 983.120 Outubro de 2010 404.281 Janeiro de 2011 855.118 747.987 Julho de 2011 585.558 505.903

1.440.676 3.684.179

Parcela circulante 1.440.676 2.430.289

Parcela não circulante 1.253.890

35 Ativo não circulante mantido para a venda e resultado de operações descontinuadas Em 21 de dezembro de 2010, o Conselho de Administração aprovou a alienação dos ativos de sua unidade geradora de caixa denominada CONPACEL, constituída de uma fábrica de papéis com capacidade de 390 mil toneladas/ano e uma base florestal superior a 80 mil hectares de plantios

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florestais e cerca de 30 mil hectares de áreas de preservação. Em 31 de dezembro, os principais ativos e passivos desta unidade, bem como os resultados das operações descontinuadas para os exercícios de 2010 e 2009, são resumidos a seguir:

(a) Conpacel Ativo Passivo Circulante Circulante Estoques 41.373 Empréstimos e financiamentos 22.420 Demais ativos 4.164 Fornecedores 14.637

Demais passivos 13.403 45.537

50.460 Não circulante Ativos biológicos 160.765 Passivo não circulante Ativo imobilizado 406.448 Empréstimos e financiamentos 15.311 Ativo intangível 475.413 Outros passivos 5.266 Demais ativos 7.864

20.577 1.050.490 Total dos ativos 1.096.027 Total dos passivos 71.037

Resultado das operações descontinuadas 2010 2009

Receita líquida 491.314 447.076 Custo dos produtos (serviços) (379.699 ) (334.197 ) Lucro bruto 111.615 112.879 Despesas comerciais, gerais e administrativas (17.297 730 Resultado financeiro (662 ) 21.700 Lucro antes do imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido 93.656 135.309 Imposto de renda e contribuição social (31.843 ) (46.005 )

Lucro líquido das operações descontinuadas 61.813 89.304

Os fluxos de caixa gerados durante o exercício de 2010 nesta UGC são os seguintes:

. Fluxos de caixa das operações descontinuadas

2010 2009

Proveniente das operações 246.143 273.233 Utilizados nas atividades de investimento (77.240 ) (57.784 ) Utilizados nas atividades de financiamento (*) (169.535 ) (215.597 )

(632 ) (148 )

(*) Em função do Consórcio operar com caixa centralizado de seus consorciados, as atividades de financiamento

representam o repasse ao consorciado do fluxo de caixa gerado na operação, líquido de investimentos realizados durante o exercício.

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Adicionalmente, o Conselho de Administração aprovou a alienação dos ativos de sua unidade distribuidora de papéis denominada KSR Distribuidora, constituída de uma rede de 19 filiais em diversos estados do País e um Centro de Distribuição no Estado de São Paulo. Em 31 de dezembro, os principais ativos e passivos desta unidade, bem como os resultados das operações descontinuadas para os exercícios de 2010 e de 2009, são resumidos a seguir:

(b) KSR Distribuidora Ativo Passivo Circulante Circulante Contas a receber 52.324 Fornecedores 18.942 Estoques 34.210 Salários e encargos 1.379 Demais contas a receber 4.043 Demais passivos 4.568

90.577 24.889

Não circulante Impostos a recuperar 2.885 Ativo imobilizado 5.626 Demais ativos 1.034

9.545

Total dos ativos 100.122 Total dos passivos 24.889

Resultado das operações descontinuadas 2010 2009

Receita líquida 274.904 259.558 Custo dos produtos (serviços) (210.706 ) (208.540 ) Lucro bruto 64.198 51.018 Despesas comerciais, gerais e administrativas (45.690 ) (46.066 ) Resultado financeiro 733 792 Lucro antes do imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido 19.241 5.744 Imposto de renda e contribuição social (6.542 ) (1.953 )

Lucro líquido das operações descontinuadas 12.699 3.791

Os fluxos de caixa gerados durante o exercício de 2010 nesta UGC são os seguintes: . Fluxos de caixa das operações descontinuadas

2010 2009

Proveniente das operações 48.481 (2.503 ) Utilizados nas atividades de investimento (1.252 ) (77 ) Utilizados nas atividades de financiamento (*) (46.309 ) 2.287

920 (293 )

(*) Em função desta UGC operar com caixa centralizado da Fibria, as atividades de financiamento representam o repasse ao

caixa da Matriz do fluxo de caixa gerado na operação, líquido de investimentos realizados durante o exercício.

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O valor contábil destes acervos líquidos foi comparado com os valores justos menos a despesa de vender e não houve a necessidade de registro de perdas por impairment.

36 Eventos após a data do balanço Em 31 de janeiro de 2011, a Companhia concluiu a alienação dos elementos patrimoniais, representados pelas instalações industriais, terras e florestas que constituem sua participação no Conpacel, pelo preço certo e ajustado de R$ 1.450 milhões, mediante assinatura pela Companhia e por Suzano Papel e Celulose S.A. ("Suzano"), do contrato de Compra e Venda de Estabelecimento e Outras Avenças e pelo pagamento do preço por Suzano à Fibria. A Administração destinará estes recursos para redução da alavancagem da Companhia.

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