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INSTITUTO DO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL, I.P. CENTRO DE EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE BRAGA EFA NS - CURSO TÉCNICO/a COMERCIAL UFCD:CP1 Nº: 1 - Liberdade e responsabilidade democráticas Formador: Cecília Almeida Tema:DR2 Direitos e deveres laborais Data: Pág. : 1/3 Formando Direitos e Deveres Laborais A Direcção Regional de Braga do CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal – disse ontem, que grande parte das empresas «não respeita minimamente», os formalismos da lei na elaboração dos horários de trabalho. O coordenador regional, Manuel Carvalho, indicou em conferência de imprensa, que os atropelos verificam-se desde logo pela falta de cumprimento no que se refere à obrigatoriedade de obtenção de pareceres prévios, junto dos trabalhadores e dos representantes destes para a elaboração dos mapas de horários. Por outro lado, disse os mapas afixados, designadamente em grandes cadeias de distribuição, «por norma são adulterados ou desrespeitados», seja por prolongamento da semana de trabalho, seja por alterações constantes diárias e semanais aos horários ou ainda por plafonamentos de horários. «As empresas demonstram completa incapacidade para fazer a planificação e a gestão de acordo com aquilo que está estabelecido no próprio contrato, isto é definir quais são as semanas em que se trabalha mais horas e definir 1

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UFCD:CP1 Nº: 1 - Liberdade e responsabilidade democráticas Formador: Cecília Almeida

Tema:DR2 Direitos e deveres laborais Data: Pág.: 1/3

Formando

Direitos e Deveres Laborais

A Direcção Regional de Braga do CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal – disse ontem, que grande parte das empresas «não respeita minimamente», os formalismos da lei na elaboração dos horários de trabalho.

O coordenador regional, Manuel Carvalho, indicou em conferência de imprensa, que os atropelos verificam-se desde logo pela falta de cumprimento no que se refere à obrigatoriedade de obtenção de pareceres prévios, junto dos trabalhadores e dos representantes destes para a elaboração dos mapas de horários.

Por outro lado, disse os mapas afixados, designadamente em grandes cadeias de distribuição, «por norma são adulterados ou desrespeitados», seja por prolongamento da semana de trabalho, seja por alterações constantes diárias e semanais aos horários ou ainda por plafonamentos de horários.

«As empresas demonstram completa incapacidade para fazer a planificação e a gestão de acordo com aquilo que está estabelecido no próprio contrato, isto é definir quais são as semanas em que se trabalha mais horas e definir previamente quais são as semanas em que se trabalha menos horas», disse referindo que o recurso à flexibilidade do horário de trabalho está a impedir os trabalhadores de organizarem a sua vida a nível social e familiar, advindo daí «gravíssimos problemas» como desentendimentos de casais, divórcios e falta de condições para apoiar filhos menores e/ou doentes.

Numa reunião recente a nível nacional, o CESP constatou que uma grande parte das situações, são originadas pelas diferenças de horários de trabalho dos casais. «Muitas vezes o homem e a mulher mal se encontram e é um problema complicado para a sua organização familiar», notou.

Acresce que algumas empresas criam dificuldades na assistência aos filhos, à paternidade, e não respeitam os direitos das grávidas. Segundo Manuel Carvalho, vários trabalhadores têm requerido, ao abrigo da lei da maternidade e da paternidade, horários especiais e têm sido confrontados com a recusa das entidades patronais.

«É cada vez mais difícil trabalhar com horários flexíveis, ainda por cima com as direcções das lojas a

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criarem dificuldades na assistência aos filhos», assinalou, indicando que uma grande parte dos casos denunciados à Comissão da Igualdade no Trabalho e no Emprego não são considerados, porque as empresas manifestam recusa alegando dificuldades de funcionamento.

A Direcção Regional de Braga do CESP vai exigir a intervenção das autoridades responsáveis, no sentido de por cobro às situações ilegais detectadas e divulgar a carta reivindicativa da CGTP em locais de trabalho, apelando aos trabalhadores para a sua organização e unidade.

Anunciou ainda que irá mobilizar os trabalhadores para a Marcha de Jovens Trabalhadores, no dia 28 de Março, em Lisboa, e associar-se às comemorações do Dia Internacional da Mulheres, sábado (8 de Março), não só publicitando e lembrando às trabalhadoras os seus direitos, mas também pugnando pelo respeito dos horários de trabalho. Amanhã, o CESP promove em Braga uma campanha de sensibilização sobre estas questões, centrada na Arcada.

Estas decisões resultam de uma resolução elaborada segunda-feira, em Braga, por delegados sindicais.

O coordenador regional da CESP esteve acompanhado na conferência de imprensa de ontem pelas delegadas sindicais do Continente de Guimarães, do Feira Nova de Vila Verde e de Braga e da GCT, um grupo de distribuição alimentar.

(In Diário do Minho, 6/03/2008, pág.5)

Proposta de Trabalho:

1- Identifique no texto alguns direitos laborais dos trabalhadores que são vulgarmente desrespeitados, segundo a denúncia dos sindicatos.

Segundo o sindicato do trabalhador os direitos desrespeitados são o prolongamento da semana de trabalho, alterações constantes diárias e semanais aos horários ou ainda por plafonamentos de horários e os direitos a parentalidade.

2- Desenvolva uma pesquisa na internet para referenciar alguns artigos do Código do Trabalho que não estarão a ser respeitados, segundo as denúncias do CESP.

Artigos nº 37º 41º 46º 47º 49º, relativamente ao horário de trabalho artigo 212º e 215º.

3- A partir da sua experiência, referencie outros artigos do código do trabalho que não sejam vulgarmente respeitados em diversos contextos de trabalho.

4- O respeito de vários direitos dos trabalhadores, reclamado pelo sindicato (CESP), poderá por em causa a produtividade das empresas? Justifique.

5- Desenvolva uma reflexão sobre a importância, ou não, dos sindicatos para o desenvolvimento da sociedade nas economias capitalistas liberais, como aquelas que existem na União Europeia.

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