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Set Osíris e Ano letivo 2013-14 Português 8.º F 2.º teste de avaliação escrita Nome: __________________________________________Número: ____ Data: ____ /dezembro/ 2013 Avaliação: _________________ Professora, ________________ Encarregado de Educação,______________ GRUPO I – COMPREENSÃO DA LEITURA (50%) TEXTO A: O Mito de Osíris A religião do Egito Antigo teve um papel fundamental no desenvolvimento da cultura egípcia. A fé egípcia baseava-se numa diversidade de antigos mitos, no culto da natureza e na adoração de muitas divindades. Os egípcios contavam belas histórias sobre as origens e os atributos dos seus deuses, através das quais procuravam explicar os mistérios da natureza. Uma das mais conhecidas dessas histórias é o mito de Osíris. Segundo a crença egípcia, no início apenas existia o oceano e o deus do sol, Ré. Este nasceu de uma flor de lótus e de um ovo e, quando surgiu à superfície da terra, trouxe consigo quatro crianças, os deuses Shu e Geb e as deusas Tefnut e Nut. Da união de Geb e Nut nasceram dois filhos, Osíris e Seth, e duas filhas, Ísis e Néftis. Osíris sucedeu a Ré como rei da terra, tendo sido apoiado pela sua esposa, Ísis. Seth, o deus-vento do deserto, era mau e invejoso. Tinha inveja da brisa fresca que soprava ao entardecer, que empurrava suavemente as velas dos barcos que subiam o Nilo e das águas fertilizantes do grande rio. Acima de tudo invejava o seu irmão Osíris, casado com a bela deusa da chuva, Ísis. Um dia, não conseguindo ultrapassar o ódio que o consumia, Seth matou Osíris, retalhando o seu corpo em pedaços que espalhou por todo o Egito. Depois fomentou a desordem e a violência. Ísis chorou amargamente a morte do seu esposo amantíssimo. As suas lágrimas caíram sobre os campos, parecendo gotas de chuva refrescante. Noite e dia, Ísis procurou, sem parar, os restos mortais de Osíris por todo Egito. Por fim, a deusa, revolveu as entranhas da terra, recolhendo um a um todos os pedaços do corpo do seu amado marido. Auxiliada por Anúbis, o deus- 1.º Teste de Português – 8.º ano | 1 5 10 15 20 25 30 35 40

Ficha Avaliação Dez-8ºano

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Ano letivo 2013-14Portugus8. F2. teste de avaliao escrita

Nome: __________________________________________Nmero: ____ Data: ____ /dezembro/ 2013Avaliao: _________________ Professora, ________________ Encarregado de Educao,______________1. Teste de Portugus 8. ano | 1

Grupo I Compreenso da Leitura (50%)

Texto A: O Mito de OsrisOsris e sis

1. Teste de Portugus 8. ano | 2A religio do Egito Antigo teve um papel fundamental no desenvolvimento da cultura egpcia. A f egpcia baseava-se numa diversidade de antigos mitos, no culto da natureza e na adorao de muitas divindades. Os egpcios contavam belas histrias sobre as origens e os atributos dos seus deuses, atravs das quais procuravam explicar os mistrios da natureza. Uma das mais conhecidas dessas histrias o mito de Osris.Segundo a crena egpcia, no incio apenas existia o oceano e o deus do sol, R. Este nasceu de uma flor de ltus e de um ovo e, quando surgiu superfcie da terra, trouxe consigo quatro crianas, os deuses Shu e Geb e as deusas Tefnut e Nut. Da unio de Geb e Nut nasceram dois filhos, Osris e Seth, e duas filhas, sis e Nftis. Osris sucedeu a R como rei da terra, tendo sido apoiado pela sua esposa, sis.Seth, o deus-vento do deserto, era mau e invejoso. Tinha inveja da brisa fresca que soprava ao entardecer, que empurrava suavemente as velas dos barcos que subiam o Nilo e das guas fertilizantes do grande rio. Acima de tudo invejava o seu irmo Osris, casado com a bela deusa da chuva, sis.Um dia, no conseguindo ultrapassar o dio que o consumia, Seth matou Osris, retalhando o seu corpo em pedaos que espalhou por todo o Egito. Depois fomentou a desordem e a violncia.Seth

sis chorou amargamente a morte do seu esposo amantssimo. As suas lgrimas caram sobre os campos, parecendo gotas de chuva refrescante. Noite e dia, sis procurou, sem parar, os restos mortais de Osris por todo Egito. Por fim, a deusa, revolveu as entranhas da terra, recolhendo um a um todos os pedaos do corpo do seu amado marido. Auxiliada por Anbis, o deus-chacal, embalsamou o corpo de Osris, que ressuscitou, para voltar a reinar, triunfante e imortal. O dio e a inveja j nada podem contra Osris com a coroa branca na cabea e empunhando o cetro e o chicote, passou a presidir o julgamento dos mortos.Do grande amor de sis nasceu um filho, o deus-falco Hrus, que ficou a reinar no Egito em vez de seu pai. Mais tarde, Hrus derrotou Seth numa grande batalha e tornou-se senhor da terra.

Texto adaptado da Infopedia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2011. [Consult. 2011-10-15]

Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.

1. O mito de Osris relata a histria de dois deuses, que eram irmos. Reconstri a histria, ordenando as sequncias apresentadas de (A) a (I). Escreve a sequncia de letras que corresponde ordem pela qual essas informaes aparecem no texto. Comea a sequncia pela letra (E).

A. Dominado pelo dio, Seth matou o seu irmo Osris.B. Ajudada por Anbis, sis procurou os restos mortais do seu marido.C. Geb e Nut tiveram quatro filhos, Osris, Seth, sis e Nftis.D. Aps ter sucedido a seu pai, Hrus derrotou o seu tio Seth, numa batalha cruel.E. R era o deus do sol.F. Osris sucedeu a R, tornando-se no rei da terra.G. Com inveja e maldade, Seth matou o seu irmo Osris, retalhando o seu corpo.H. Quando R veio viver para a terra, trouxe consigo quatro crianas, Shu, Geb, Tefnut e Nut.I. Seth tinha muita inveja de seu irmo Osris.

Resposta: 1- E 2- ______ 3- ______ 4 - ______ 5 - _______ 6 - ______ 7 - _______ 8 - _______ 9 - ________

2. Transcreve do texto as expresses que significam:a. Vento brando (3. pargrafo) _____________________________________________________b. Cortando (4. pargrafo) ________________________________________________________c. Vitorioso (5. pargrafo) ________________________________________________________

TEXTO B

L atentamente o texto. Em caso de necessidade, consulta o vocabulrio apresentado.

A CANTAREIRA Abril 1920 A Foz para mim a Corguinha, o Castelo e o Monte com o rio da vila a atravess-lo, e a Rua da Cerca at ao Farol. O que est para l no existe... S me interessa a vila de pescadores e martimos que cresceu naturalmente como um ser, adaptando-se pouco e pouco vida do mar largo. E ainda essa Foz se reduz cada vez mais na minha alma a um cantinho a meia dzia de casas e de tipos que conheci em pequeno, e que retenho na memria com razes cada vez mais fundas na saudade, e mais vivas medida que me entranho na morte. O mundo que no existe o meu verdadeiro mundo.Esta vila adormecida estava a cem lguas do Porto e da vida. Ali moravam alguns pescadores e martimos, o Antnio Lus, a Poveira, as senhoras Ferreiras, a D. Ana da Botica e as Capazorias. E, na Foz e na pensativa Lea, uma gente desaparecida com os navios de vela, os embarcadios1 que iam ao Brasil em longas viagens de trs meses. As casas, limpas como o convs do navio, espreitavam para o mar, umas por cima das outras. Todas tinham um grande culo de engonos2, para ver o iate ou a barca que partia, ou para procurar ansiosamente, l no fundo, o navio que trazia a bordo o marido ou o filho ausente, e um mastro no quintal para lhes acenar pela derradeira vez. Meu av materno partiu um dia no seu lugre3; minha av Margarida esperou-o desde os vinte anos at morte, desde os cabelos loiros que lhe chegavam aos ps at aos cabelos brancos com que foi para o tmulo. Quando os rolos de espuma rebramiam no Cabedelo4, apertavam-se os coraes no peito, e luz da candeia rezavam horas esquecidas pelos que andam sobre as guas do mar.Conheo ainda, to bem como ontem, todos os cantos da casa de minha av: as escadas com um cabo de navio a servir de corrimo, a sala da frente com dois painis escuros nas paredes, Jesus crucificado e S. Joo Baptista, e o estrado onde ela e a tia Iria, todo o dia sentadas, trabalhavam nas almofadas de bilros. A renda de bilros uma indstria da beira-mar, destas mulheres loiras, de olhos azuis e rosto comprido as da Foz, as de Lea e as de Vila do Conde que passavam a vida espera dos homens, enquanto as mos geis iam tecendo ternura e espuma do mar... Nesta sala abriam-se duas portas, uma para os quartos interiores, e outra para o corredor onde os rapazes dormiam num armrio com beliches.Ao lado da casa, que subia em socalcos pelo monte, subia tambm uma escada de pedra em patamares at l acima. Do quintal, mais alto que os telhados, via-se o mundo. Era dali, saltando o muro, que eu partia para excurses maravilhosas atravs do pinheiral do Lage...Raul Brando, Os Pescadores, Porto Editora, 2010

1. embarcadios: aqueles que andam embarcados, marinheiros. 2. engonos: encaixe. 3. lugre: embarcao de trs mastros. 4. Cabedelo: lngua de areia na foz de um rio (no texto, surge como nome prprio, pois o nome de um local na Foz do Douro).Responde, de forma completa e bem estruturada, aos itens que se seguem.

Ao longo do texto, o narrador recorda a Foz.Identifica o sentimento do narrador que simultaneamente estreita o campo da memria e o torna mais vivo.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Explicita o sentido da frase O mundo que no existe o meu verdadeiro mundo (l. 6).____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

O centro da Foz situa-se a meia dzia de quilmetros do centro da cidade do Porto. Como explicas ento a afirmao do narrador: Esta vila adormecida estava a cem lguas do Porto e da vida. (l. 7)?_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Identifica o recurso expressivo a que o narrador recorre para intensificar a ideia transmitida.___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Transcreve do texto uma expresso que demonstre que a Foz era uma vila despovoada.____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Identifica a situao que fazia com que os moradores da Foz e de Lea apertassem os coraes no peito (l. 16)._____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________GRUPO II CONHECIMENTO EXPLCITO DA LNGUA

Das palavras destacadas nas frases seguintes, identifica a nica que formada por amlgama.

Nas cidades circula-se melhor de moto do que de carro. Consulto vrias vezes a diciopdia. Quando viajo para o estrangeiro, utilizo a TAP. O navio lanou um SOS, porque corria o risco de naufragar.

Das palavras destacadas nas frases seguintes, identifica a nica que formada por extenso semntica.

O tiquetaque deste relgio irrita-me. Hoje fazem-se t-shirts com inscries muito criativas. O meu leitor de DVD deixou de funcionar repentinamente.

Nas frases seguintes, encontram-se destacadas palavras formadas por truncao. Escreve, diante de cada frase, as palavras completas que lhes correspondem. Segue o exemplo.

Marquei uma consulta no otorrino para tratar a garganta. Otorrinolaringologista .Tive nega no teste de matemtica. _________________________________________________Utilizo sempre o metro para me deslocar para o trabalho. ________________________________

Recorda, alguns dos processos irregulares de formao de palavras, identificando os que se encontram presentes nas palavras destacadas das frases seguintes. Observa o modelo.

FrasesEmprstimoSigla Acrnimo Amlgama Traz-me o dossi que est em cima da mesa.XO programa Escola Segura assegurado pela PSP.Quando h feridos num acidente, o INEM presta-lhes assistncia mdica imediata.O meu irmo estuda engenharia informtica em Londres.Hoje, muitos jovens qualificados trabalham em call-centers.

Indica o processo morfolgico de formao das palavras do quadro: derivao por prefixao (DP); derivao por sufixao (DS); derivao por prefixao e sufixao (DPS); derivao no afixal (DNA); derivao por parassntese (DPA); composio morfolgica (CM) e composio morfossinttica (CMS).

PalavrasDPDSDPSDNADPACMCMSNaturalmenteFim de semanaTrocaClaustrofobiaAdormecerDesaparecimentoDesfazer

Atenta na frase Hoje, sorrimos.. Expande-a, acrescentando-lhe:

um modificador da frase e um complemento indireto;_________________________________________________________________________________um modificador do grupo verbal com valor de modo._________________________________________________________________________________

Observa a frase e completa a grelha, incluindo nelas os elementos sintticos indicados

Este livro grosso foi-me oferecido pelo meu tio em Lisboa.

Sujeito Predicado Complemento IndiretoComplemento agente da passivaModificador do nomeModificador de grupo verbal

Distingue, nas frases seguintes, o complemento direto (CD), o complemento indireto (CI) e o complemento oblquo (CO). Segue o modelo.

FrasesComplementos / Grupo FrsicoCDCICOEle perdoou a todos.a todos / GPrepXO Mrio viu um elefante no circo.O Joo j no mora aqui.Ele telefonou ao Manuel anteontem.

Distingue, nas frases seguintes, o vocativo do sujeito.

FrasesVocativo Sujeito Joo, mas tu vens ou no vens? Pedro, ele no tem mais que fazer?

Identifica o tipo de sujeito presente nas frases seguintes.

FrasesTipo de sujeitoEstes avies e aqueles aterraram bem.Disseram que o avio era francs.Estes avies so todos de guerra.Vamos todos para o aeroporto.H muitos avies de guerra expostos no museu.

GRUPO III EXPRESSO ESCRITA

O mar foi sempre visto como palco de aventuras arriscadas que ora terminam em tragdia ora so bem-sucedidas.Escreve um texto narrativo, correto e bem estruturado, com um mnimo de 180 e um mximo de 240 palavras, selecionando uma das seguintes personagens para encarnares e que protagonizar a tua narrativa:um pescador;um marinheiro de navio mercante;um capito de navio de guerra;um faroleiro.Na tua narrativa, deves descrever psicologicamente o protagonista da ao e incluir, pelo menos, um momento de dilogo.

Antes de iniciares a tua redao, atenta nas indicaes que se seguem:

No te esqueas de que, no final, deves reler com ateno o texto que produziste, verificar se h erros ortogrficos ou sintticas e proceder s correes que entenderes necessrias.

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Rel o teu texto.

Bom trabalho!A Professora, Manuela Borges