Upload
dangthuy
View
212
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Leitura Literária de Contos Infanto-Juvenis
Autor: Cláudia Cristina Zaros Lessa Matheus
Escola de Atuação
Colégio Estadual Santo de Loyola – E.F.M
Município da escola
Terra Rica
Núcleo Regional de Educação
Paranavaí
Orientadora Carlos da Silva
Instituição de Ensino Superior
Universidade Estadual do Paraná – Campus Paranavaí
Disciplina/Área Português
Produção Didático Pedagógica
Unidade Didática
Relação Interdisciplinar
não
Público alvo Alunos da 7ª série (8° ano)
Localização Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Rua 21 de Abril, 548 – Terra Rica – PR.
Resumo
Esta Produção Didático-Pedagógica foi desenvolvida para o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria da Educação do Estado do Paraná e apresenta o Ensino e Aprendizagem da Leitura como tema de estudo. O gênero proposto é o conto, visto que é uma narrativa curta, assegurando um maior envolvimento do leitor não habituado a ler. O principal objetivo deste trabalho é proporcionar o conhecimento e o contato com texto literários infanto-juvenis que estimulem o processo de reflexão sobre os temas expostos nas obras estudadas.
Palavras- chave Língua Portuguesa; gênero discursivo; contos infanto-juvenis.
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA NO PDE
Leitura Literária de Contos Infanto-Juvenis
PARANAVAÍ
2011
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃOPROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO
EDUCACIONAL - PDE
CLÁUDIA CRISTINA ZAROS LESSA MATHEUS
Leitura Literária de Contos Infanto- Juvenis
Produção Didático-Pedagógica
apresentada à SEED – Secretaria de
Estado da Educação, como parte
integrante do PDE – Programa de
Desenvolvimento Educacional, sob a
orientação do Prof. Ms. Carlos da
Silva.
PARANAVAÍ
2011
Produção Didático-Pedagógica
NRE: Paranavaí Município: Terra Rica
Professora: Cláudia Cristina Zaros Lessa Matheus
e-mail: [email protected]
Disciplina: Língua Portuguesa Série: 7ª EF
Conteúdo da disciplina: Ensino e aprendizagem da leitura
IES: Unespar – Universidade Estadual do Paraná – Campus Paranavaí
Orientador: Carlos da Silva
Relacionado à disciplina: Língua Portuguesa
Título: Leitura Literária de Contos Infanto-Juvenis
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA NO PDE
1 Introdução
Esta unidade didática é resultado de um projeto de intervenção pedagógica
denominado Leitura Literária de Contos Infanto-Juvenis desenvolvido no Colégio
Estadual Santo Inácio de Loyola, na cidade de Terra Rica. O conteúdo da unidade
refere-se à leitura de Contos Infanto-Juvenis como proposta para despertar o gosto
pela leitura nos alunos da 7ª série da Educação Básica.
O ato de ler é primordial para a apropriação de conhecimentos relativos ao
mundo exterior. Ele enriquece e aprimora o vocabulário e contribui para o
desenvolvimento de um pensamento crítico e reflexivo, pois possibilita o contato com
diferentes ideias e experiências. Assim, é papel da escola desenvolver o gosto e o
prazer pela leitura, tornando os estudantes capazes de compreender diferentes
gêneros textuais que circulam na sociedade, de modo a formar leitores competentes
e autônomos, contribuindo para a sua inclusão e interação na sociedade. É sabido
que é através do texto literário que o hábito de leitura se forma. Porém, é preciso
reconhecer o fato de que a leitura de extensas obras literárias, sejam infanto-juvenis
ou a dita literatura adulta, tornaram-se exaustivas e desinteressantes para o aluno.
Caro(a) professor (a):
A Proposta desta unidade didática foi pensada para ser desenvolvida com alunos da 7ª série, em seis atividades que trabalharão os contos previamente escolhidos. Caso haja necessidade,conforme o nível de sua turma, você poderá ampliar e adaptar as atividades, além de escolher outros textos que achar conveniente. Sugere-se também que a sala seja ambientada de modo que o estudante tenha acesso ao gênero de forma motivadora.
O conto constitui unidade literária por excelência, uma vez que encerra uma
narrativa com começo, meio e fim, e oferece a vantagem de uma narrativa curta,
sem desvios do foco principal, concisa e de desenvolvimento mais instigante, com
mais agilidade e clareza do que uma narrativa longa. A leitura de um conto depende
de menor tempo e assegura maior envolvimento do leitor não habituado a ler.
Através dos contos, tem-se a oportunidade de entrar em contato com temas que
dizem respeito à condição humana vital e concreta, suas buscas, seus conflitos,
seus paradoxos, suas transgressões e suas ambiguidades.
Para sua realização, esta unidade didática foi dividida em seis atividades, as
quais procuram desenvolver as etapas de leitura em cada um dos textos escolhidos,
concluindo com a produção de um texto em cada um dos grupos.
A avaliação final dos grupos será realizada com a conclusão da produção
escrita, oportunidade em que a professora PDE poderá avaliar a criatividade, o
emprego da norma culta e a capacidade de elaboração textual.
2 Nome da Atividade: Leitura Literária de Contos Infanto-Juvenis
3 Habilidade: Leitura e Escrita
4 Nível: 7ª séries do ensino fundamental
5 Objetivos:
5.1 Objetivo geral: Proporcionar aos alunos o conhecimento e o contato
com textos literários infanto-juvenis que estimulem o processo de reflexão sobre os
temas expostos nas obras estudadas.
5.2 Objetivos específicos: Permitir no aluno o desenvolvimento da leitura
dos temas presentes nos contos; possibilitar ao aluno o desenvolvimento de
habilidades de leitura, tornando-o leitor crítico e atento às possibilidades de
interpretação de textos; conduzir o aluno ao processo de produção textual e,
especificamente, a reescritura de alguns dos contos lidos.
Caro(a) professor (a):
A Proposta desta unidade didática foi pensada para ser desenvolvida com alunos da 7ª série, em seis atividades que trabalharão os contos previamente escolhidos. Caso haja necessidade,conforme o nível de sua turma, você poderá ampliar e adaptar as atividades, além de escolher outros textos que achar conveniente. Sugere-se também que a sala seja ambientada de modo que o estudante tenha acesso ao gênero de forma motivadora.
1ª Atividade
Esta atividade consiste em apresentar o gênero aos estudantes ressaltando
a importância de conhecer e ser capaz de produzir textos narrativos. Em seguida, a
professora PDE incentivará os alunos para que eles participem de todas as
atividades, propondo que façam a leitura dos textos que serão apresentados.
Os alunos entenderão dessa forma que eles serão os construtores da
atividade, com vistas à elaboração final de um texto criado a partir dos contos lidos.
A reescritura servirá como complementação do ato de ler.
Na sequência da atividade, a professora PDE fará com os alunos alguns
questionamentos sobre o gênero conto a fim de saber quais conhecimentos eles têm
sobre os textos que serão lidos. Com o propósito de informar ou relembrar, os
alunos receberão da professora esclarecimentos sobre as características principais
do gênero conto, como tempo, espaço, personagens envolvidas, presença ou não
de diálogos, a linguagem utilizada em cada época e outras situações, conforme a
temática do texto. Como complemento desta atividade, os alunos serão
questionados quanto às seguintes situações:
Quais contos costumavam ouvir quando eram pequenos?
De quais ainda se lembram para contar aos colegas?
Caro(a) professor (a):
A Proposta desta unidade didática foi pensada para ser desenvolvida com alunos da 7ª série, em seis atividades que trabalharão os contos previamente escolhidos. Caso haja necessidade,conforme o nível de sua turma, você poderá ampliar e adaptar as atividades, além de escolher outros textos que achar conveniente. Sugere-se também que a sala seja ambientada de modo que o estudante tenha acesso ao gênero de forma motivadora.
Há algum conto marcante?
Qual o nome do autor?
Quem são as personagens principais?
Onde e quando os episódios se sucedem?
Como é a trama?
Há conflito?
O que é possível pensar sobre o final do conto?
Após essa atividade será criado um quadro com os estudantes para o registro
das informações.
Caro (a) professor(a):
O quadro de registro abaixo, além de documentar a proximidade, ou
não, dos alunos com o gênero, permite fortalecer a conversa sobre os
recursos narrativos, escolha de linguagem, estrutura e elementos que o
autor usa para envolver o leitor na trama, tornando o conto inesquecível.
Podem,também, caracterizar as personagens de cada conto.
Quadro de registro das informações coletadas:
Título do
conto
Autor Personagens Espaço/Tempo Trama Desfecho
Fragmento do Conto: Lolo Barnabé
No tempo em que as pessoas moravam em cavernas, existiu um homem muito criativo e inteligente chamado Lolo Barnabé.
Aos vinte anos, Lolo casou-se com Brisa. Ela também era como ele, criativa e inteligente. Casaram-se por amor. Muito amor.
Depois da lua-de-mel, escolheram a melhor caverna da região para morar e,
logo no primeiro ano de casamento, tiveram um filho, o Finfo Barnabé, também
criativo e inteligente. Todos os dias, Lolo saía para caçar e colher frutas. À noite,
sentavam-se todos em volta da fogueira, assavam a carne, cantavam canções e
agradeciam a Deus pela beleza da vida.
Eram muito felizes.
Eram muito felizes... mas nem tanto.
A caverna era úmida.
Por essa razão, Lolo e Brisa acharam melhor construir uma casa no alto do
morro. Teriam mais conforto e poderiam viver melhor.
Esta atividade servirá apenas para despertar nos alunos a expectativa para
as leituras subsequentes. A professora PDE fará a leitura oral, enfatizando os
aspectos mais importantes do texto, de forma a preparar os alunos para outras
leituras. Algumas perguntas poderão ser feitas, tais como:
Caro(a) professor (a):
Em cada uma das unidades será interessante
anotar as hipóteses levantadas pelos alunos, a fim de
que sejam conferidas e discutidas ao final de cada texto.
2ª Atividade:
Leitura e compreensão do conto “ Lolo Barnabé“, Eva Furnari.
Disponível em:
http://pt.scribd.com/doc/7074306/Literatura-Em-Minha-Casa-
Contos-Varios-Autores-has-Pescadas
Identifique no conto lido as características do gênero.
O que você pensa sobre o final do conto?
Fragmento do texto: Tadeu x Maria Angélica
À primeira vista, Tadeu e Maria Angélica formavam um casal normal.
Gostavam de cinema, de música e de viagens. Mas, acima de tudo, amavam o
futebol.
Só que, infelizmente, torciam para times rivais.
No começo, isso não era um grande problema. Maria Angélica não se importava
quando Tadeu comemorava as vitórias do time dele e Tadeu até dava parabéns
para Maria Angélica quando o clube dela vencia. Mas talvez isso só acontecesse
porque os dois times eram muito ruins, e as vitórias, muito raras.
Então, no campeonato deste ano, as coisas mudaram. Novos reforços foram
apresentados, técnicos foram contratados, as equipes melhoraram e as torcidas
começaram a ter esperanças.
Nesta atividade, o grupo será preparado para a leitura do conto,
oportunidade em que a professora falará sobre o autor, época, finalidade do texto,
informações que contextualizem a obra, estreitando o diálogo do autor com o leitor.
Em seguida, algumas questões serão formuladas, tais como:
O que sugere esse título?
Qual será o tema do conto?
Caro(a) professor (a):
Em cada uma das unidades será interessante
anotar as hipóteses levantadas pelos alunos, a fim de
que sejam conferidas e discutidas ao final de cada texto.
3ª Atividade:
Leitura e compreensão do conto “Tadeu X Maria
Angélica, Roberto Torero. Disponível em
www.revistanovaescola.com.br
Caro(a) professor (a):
Será interessante permitir que os alunos se coloquem na sala
de forma circular, afim de que ouçam a contação da história
e se emocionem com as experiências vividas pelas personagens.
Sugira que cada estudante leia um trecho em voz alta, seguindo
com eles o roteiro de estudo proposto nesta atividade.
S
E a finalidade dessa narrativa? (emocionar, divertir, informar, instruir)
É possível, com base no título e no autor, imaginar o cenário, as
personagens, a trama do conto?
A que conclusão é possível chegar com este conto?
Fragmento do Conto Biruta
Alonso foi para o quintal carregando uma bacia cheia de louça suja. Andava cm
dificuldade, tentando equilibrar a bacia que era demasiado pesada para seus
bracinhos finos.
- Biruta, eh, Biruta! - chamou sem se voltar.
O cachorro saiu de dentro da garagem. Era pequenino e branco, uma orelha em pé
e a outra completamente caída.
Sente-se aí, Biruta, que vamos ter uma conversinha - disse Alonso pousando a
bacia ao lado do tanque. Ajoelhou-se, arregaçou as mangas da camisa e começou a
lavar os pratos.
Caro(a) professor (a):
Em cada uma das unidades será interessante
anotar as hipóteses levantadas pelos alunos, a fim de
que sejam conferidas e discutidas ao final de cada texto.
4ª Atividade:
Conto “Biruta” de Lygia Fagundes Telles
www.scribd.com/literaturaemminhacasa
Caro(a) professor (a):
Será interessante permitir que os alunos se coloquem na sala
de forma circular, afim de que ouçam a contação da história
e se emocionem com as experiências vividas pelas personagens.
Sugira que cada estudante leia um trecho em voz alta, seguindo
com eles o roteiro de estudo proposto nesta atividade.
S
A professora fará o seguinte questionamento aos estudantes: O que torna
uma história tão interessante? ( Explicando aos alunos que o conto a ser trabalhado
contém uma carga dramática envolvente.)
O conto em questão é Biruta, de Lygia Fagundes Telles, cuja leitura e estudo
permitirão conhecer melhor os recursos de que o autor de narrativas normalmente
se utiliza para enredar seus leitores.
Será proposta uma leitura silenciosa pelos estudantes para que conheçam a
história.
Será interessante que, após esse momento, as dificuldades quanto ao
significado de palavras sejam anotadas no quadro de giz e, através da discussão
com a classe, da inferência do sentido pelo contexto ou da pesquisa em dicionário,
sejam esclarecidas.
Em seguida, será proposta uma segunda leitura, agora voltada para
referências do texto aos personagens, à sequência de ações, ao espaço, ao tempo e
ao foco narrativo.
Análise do texto Biruta.
1. identificação
Caro(a) professor (a):
Será interessante permitir que os alunos se coloquem na sala
de forma circular, afim de que ouçam a contação da história
e se emocionem com as experiências vividas pelas personagens.
Sugira que cada estudante leia um trecho em voz alta, seguindo
com eles o roteiro de estudo proposto nesta atividade.
S
nome do autor:
nome da obra:
2 Estrutura da obra
2.1 Assunto: é o principal acontecimento a partir do qual se desenvolve a
história.
Qual é o assunto do conto Biruta?
2.2 Enredo: é a organização dos fatos e ações vividas pelas personagens,
numa determinada ordem. Essa ordem pode ser linear, quer dizer, o que acontece
antes vem contado antes, o que acontece depois vem contado depois. Às vezes,
essa ordem linear pode ser interrompida para voltar ao passado, relembrando algo
que aconteceu antes do momento que está sendo narrado.
No conto Biruta, é usado esse procedimento: o narrador utiliza a técnica da
retrospectiva ou flash-back, fazendo com que Alonso se recorde de coisas
passadas.
Você seria capaz de dizer em que momentos isso acontece?
Observe os fatos abaixo e anote presente ao lado dos que são
contados no momento em que acontecem; e passado nos que são relembrados por
alonso.
Alonso lava a louça numa bacia.
Alonso volta à garagem triste e sozinho.
No asilo, Alonso recebe a visita da madrinha.
Alonso empresta Biruta a dona Zulu.
Animado, Alonso conversa com Leduína sobre o pedido de Zulu.
Zulu bate em Alonso por causa da carne que Biruta roubou.
Leduína conta para Alonso a verdade sobre Biruta. Alonso entrega a
louça a Leduína na cozinha.
Biruta é colocado no carro e parte com Zulu e o doutor.
2.3 Verossimilhança: é a coerência ou lógica interna da história. Os fatos
narrados, mesmo inventados, devem decorrer uns dos outros de forma que o leitor
aceite que possam ter ocorrido; o leitor precisa ser convencido de que os fatos
narrados são possíveis, dentro da história.
Como você avalia a verossimilhança do conto Biruta? O que é narrado
é verossímil, ou seja, você aceita que pudesse acontecer?
2.4 Tempo: uma história passa-se num tempo determinado, que pode ser
declarado pelo narrador ou que você pode inferir (descobrir qual é) a partir de pistas
que o texto fornece. No conto Biruta, menciona-se automóvel e, pelo que diz
Leduína, compra-se carne em açougues que fecham cedo (será que não havia
supermercados, como hoje, que fecham mais tarde?).
Você consegue deduzir a época em que acontece essa história?
Em que dia do ano se passa a história?Em que momento desse dia?
Por que a escolha desse dia para desfazer-se de Biruta torna mais
cruel a atitude de Zulu?
2.5 Personagens: os personagens são seres que vivem as ações. Através
do enredo, percebemos o relacionamento entre eles. Podem ser caracterizados
fisicamente (aparência, cor, idade etc.) e psicologicamente (qualidades, defeitos,
manias, gostos etc.), através do que fazem ou do que o narrador diz sobre elas.
O personagem principal é aquele em tomo do qual se desenvolve o enredo.
no caso do conto Biruta, Alonso é o personagem principal.
Como era Alonso fisicamente? E psicologicamente?
Que tipo de trabalho fazia e onde dormia?
Como era Biruta? Por que mexia nas coisas e as estragava?
Como era o relacionamento de Alonso com Biruta? Por que o cãozinho
era tão importante para ele?
Por que dona Zulu adotou Alonso?
Compare dona Zulu e Leduína que diferença há entre elas, quanto ao
modo de tratar o menino?
Como o marido de dona Zulu se relacionava com Alonso?
2.6 Espaço: É o lugar onde se passam as ações e fatos vividos pelas
personagens.
Em Biruta, as ações acontecem na casa de dona Zulu, mas Alonso e Biruta não
compartilham do espaço ocupado pelo casal.
Qual é o espaço reservado a Alonso e Biruta?
Que relação há entre esse espaço e a forma como Alonso é tratado
pela dona da casa?
2.7 Narrador: quem conta uma história é sempre o narrador, que pode
participar dela como personagem ou então colocar-se de fora, narrando apenas
aquilo que se passa com todos as personagens.
No caso de Biruta, em que posição se coloca o narrador?
3.Opinião
Escreva algumas linhas dando sua opinião a respeito desse conto,
expondo em que medida ele o emocionou. Após o término do trabalho, cada grupo
irá expor suas respostas, no palanque dos contos, discutindo as várias
possibilidades de interpretação levantadas (não se pode esquecer o caráter
polissêmico da obra literária); os estudantes devem compreender que várias
interpretações são possíveis e aceitáveis, desde que respaldadas pelo texto.
Caso alguns estudantes façam interpretações que nada têm a ver com o
texto, procure dialogar com eles para descobrir o que os levou a tais interpretações
e, assim, poder ajudá-los. À medida que a discussão se desenvolve, caberá à
professora dar destaque para aspectos mais sutis ou ainda não mencionados pelos
estudantes e que tenham relevância para a análise do conto.
Fragmento do Texto: O homem da cabeça de papelão
No País que chamavam de Sol, apesar de chover, às vezes, semanas
inteiras, vivia um homem de nome Antenor. Não era príncipe. Nem deputado. Nem
rico. Nem jornalista. Absolutamente sem importância social.
O País do Sol, como em geral todos os países lendários, era o mais comum, o
menos surpreendente em ideias e práticas. Os habitantes afluíam todos para a
capital, composta de praças, ruas, jardins e avenidas, e tomavam todos os lugares e
todas as possibilidades da vida dos que, por desventura, eram da capital. De modo
que estes eram mendigos e parasitas, únicos meios de vida sem concorrência, isso
mesmo com muitas restrições quanto ao parasitismo. Os prédios da capital, no
centro elevavam aos ares alguns andares e a fortuna dos proprietários, nos
subúrbios não passavam de um andar sem que por isso não enriquecessem os
proprietários também.
A professora perguntará se já leram algum livro desse autor. Em seguida o
professor apresentará o título do conto ”O homem da cabeça de papelão” e proporá
as seguintes questões ao grupo:
O que sugere o título do conto?
Onde se passa a história?
Quais são os personagens principais?
5ª Atividade:
Conto “ O homem da cabeça de papelão- João do Rio
Disponível em: www.releituras.com.br
Por que o personagem Antenor não era bem visto pela sociedade?
Como eram os habitantes do país que se chamavam de Sol?
Comente sobre a fala do patrão de Antenor: ”Depois, mesmo que seu
filho fosse águia, quem manda na minha casa sou eu.”
Por que Antenor decidiu consertar a sua cabeça?
Como agia Antenor com a cabeça de papelão?
Explique a fala de Antenor: “- As cabeças de papelão não são más de
todo. Fabricações por séries. Vendem-se muito”.
No desfecho do conto Antenor decide ficar com a cabeça de papelão.
Na sua opinião, Antenor agiu corretamente? Por quê?
A avaliação consistirá na produção de um texto tendo como parâmetro um
dos contos lidos pelos grupos. A atividade consiste na reescritura de um dos textos e
tem como propósito exercitar a capacidade imaginativa, conciliando-a com as
habilidades de escritura. Ao término desta atividade, a professora PDE fará as
devidas correções dos textos para posteriormente disponibilizá-los na biblioteca da
escola para leitura da comunidade escolar.
6ª Atividade:
Produção de um texto
(Avaliação)
REFERÊNCIAS
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil. Gostosura e Bobices. 5. Ed. São Paulo: Scipione, 1994
AZEVEDO, Aluísio, at.al. Histórias de humor. 1 Ed. São Paulo: Editora Scipione, 2003
BAKHTIN, M (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel
Lahud e Yara Frateteschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.
____.Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
BORDINI, Maria da Glória e AGUIAR, Vera Teixeira de. Literatura: a formação do
leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.
BRONCKART, Jean-Paul. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um
interacionismo sócio-discursivo. São Paulo. Educ. 1999
CANDIDO, Antônio. A Literatura e a Formação do Homem. São Paulo, 1972.
COELHO, Nelly Novaes. A literatura Infantil: história, teoria, análise: das origens
orientais ao Brasil de hoje. São Paulo: Quiron, 1981.
DIRETRIZES CURRRICULARES da EDUCAÇÃO BÀSICA: Língua Portuguesa.
Secretaria de Estado da Educação do Paraná. SEED, 2008.
DISPONÍVEL online em: em http://pt.scribd.com/doc/7074306/Literatura-Em-Minha-
Casa-Contos-Varios-Autores-has-Pescadas em 10.04.2011
DISPONÍVEL online em: www.revistanovaescola.com.br em 15.05.2011
DISPONÍVEL online em: http://pt.scribd.com/doc/7074391/Literatura-Em-Minha-
Casa-Contos-Varios-Autores-De-Conto-Em-Conto em 17.06.2011
DISPONÍVEL online em: www.releituras.com.br em 01.07.2011
FOUCAMBERT, J. A leitura em questão. Porto Alegre: Artes Médicas, 1984.
JAUSS. H. R. A história da literatura como provocação a teoria literária. São
Paulo: Ática, 1994.
KLEIMAN, A.Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. 8. Ed. Campinas:
Pontes, 2002.
LAGO, ANGELA, et.al. Historinhas Pescadas. 1.Ed. São Paulo:Editora Moderna,
2002.
LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina. Literatura infantil brasileira. História e
Histórias. 5ª Ed. São Paulo: Ática. Série Fundamentos, 1991.
LAJOLO, Marisa. A formação do professor e a Literatura Infanto-juvenil. Série
Ideias n. 5. São Paulo: FDE, 1988.
REVISTA NA PONTA DO LÁPIS: A hora e a vez do conto, Ano V- número 12,
dezembro de 2009.
ROCHA, Ruth. Para não vacinar a criança contra leitura. Leitura: Teoria e Prática.
Campinas, São Paulo, 1983.
SILVA, E. T. Conferências sobre leitura-trilogia pedagógica. 2 ed. Campinas/SP: Autores Associados, 2005.
TELLES, Lygia Fagundes. Histórias escolhidas. São Paulo: Boa Leitura Editora, 1961.
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 11.ed.São Paulo:Global,