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 ROUSSEAU, Jean-Jacques. O contrato social ou Princípios do direito político; tradução Ciro Mioranza. - São Paulo: Escala Educacional, 2006. - (Série Filosofar). Página Destaque 11  Livro I  Cap. II "Essa liberdade comum é uma consequência da natureza do homem." 11 "A família é, pois, o primeiro modelo, pode-se dizer, das sociedades políticas."  12  "A força fez os primeiros escravos, a covardia os perpetuou."  13 Cap. III "O mais forte nunca é bastante forte para ser sempre o senhor, senão transforma a sua força em direito e a obediência em dever." 17 Cap. IV "Para que um governo arbitrário fosse legítimo, seria necessário, portanto, que o povo, em cada geração, fosse senhor de admiti-lo ou rejeitá-lo, mas então esse governo não seria mais arbitrário." 19 "Assim, por qualquer lado que se encarem as coisas, o direito de escravizar é nulo, não somente porque é ilegítimo, mas também porque é absurdo e nada significa."  

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ROUSSEAU, Jean-Jacques. O contrato social ou Princípios do direito político; traduçãoCiro Mioranza. - São Paulo: Escala Educacional, 2006. - (Série Filosofar). 

Página  Destaque 

11 Livro I

 

Cap. II 

"Essa liberdade comum é uma consequência da natureza do homem." 

11  "A família é, pois, o primeiro modelo, pode-se dizer, das sociedades políticas."  

12  "A força fez os primeiros escravos, a covardia os perpetuou." 

13  Cap. III 

"O mais forte nunca é bastante forte para ser sempre o senhor, senão transforma asua força em direito e a obediência em dever." 

17  Cap. IV 

"Para que um governo arbitrário fosse legítimo, seria necessário, portanto, que opovo, em cada geração, fosse senhor de admiti-lo ou rejeitá-lo, mas então essegoverno não seria mais arbitrário." 

19  "Assim, por qualquer lado que se encarem as coisas, o direito de escravizar énulo, não somente porque é ilegítimo, mas também porque é absurdo e nadasignifica." 

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22-23  Cap. VI 

"As cláusulas desse contrato são de tal modo determinadas pela natureza do atoque a menor modificação as tornaria vãs e sem efeito algum, de modo que,conquanto jamais tenham sido talvez formalmente enunciadas, são as mesmas em

qualquer lugar, em qualquer lugar tacitamente admitidas e reconhecidas até que,violado o pacto social, cada um recupere seus primeiros direitos e retome a sualiberdade natural, perdendo a liberdade convencional pela qual ele renunciou." 

25-26  Cap. VII 

"O corpo político ou o soberano, no entanto, extraindo sua existência unicamenteda sacralidade do contrato, não pode jamais se obrigar, mesmo para com outrem,a nada que derrogue esse ato primitivo, como alienar qualquer porção de simesmo ou submeter-se a outro soberano. Violar o ato pelo qual existe seria

aniquilar-se e o que anda é nada produz." 

28  Cap. VIII 

"Essa passagem do estado natural ao estado civil produziu no homem umamudança considerável, substituindo em sua conduta a justiça ao instinto eimprimindo a suas ações a moralidade que lhe faltava anteriormente." 

32  Cap. IX 

"É que, em lugar de destruir a igualdade natural, o pacto fundamental substitui, aocontrário, por uma igualdade moral e legítima a desigualdade física que a naturezapoderia ter disposto entre os homens, fazendo com que esses, embora pudessemser desiguais em força ou em talento, tornem-se iguais por convenção e dedireito." 

34  Livro II 

Cap. I 

"Afirmo, portanto, que a soberania, não sendo senão o exercício da vontade geral,

  jamais pode alienar-se e que o soberano, que não é senão um ser coletivo, nãopode

ser representado a não ser por si mesmo; é perfeitamente possível transmitir opoder, não, porém, a vontade." 

36  Cap. II 

"Pela mesma razão que a soberania é inalienável e também indivisível porque avontade é geral ou não o é, é a vontade do corpo do povo ou somente de uma

parte. no primeiro caso, essa vontade declarada é um ato de soberania e faz lei; nosegundo, não passa de uma vontade particular ou um ato de magistratura e é, no

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máximo, um decreto." 

38  Cap. III 

"Há frequentemente grande diferença entre a vontade de todos e a vontade geral.Esta considera somente o interesse comum, a outra considera o interesse privado eoutra coisa não é senão a soma de vontades particulares. Tirem, porém, dessasmesmas vontades as que em menor ou maior grau se destroem reciprocamente eresta como soma das diferenças a vontade geral." 

42  Cap. IV 

"Desse modo, pela natureza do pacto, todo ato de soberania, isto é, todo atoautêntico da vontade geral, obriga ou favorece igualmente todos os cidadãos, demaneira que o soberano conhece apenas o corpo da nação e não distingue nenhumdaqueles que a compõem." 

42  "Pode-se ver desse modo que o poder soberano, por mais absoluto, sagrado,inviolável que seja, não passa e nem pode passar além dos limites das convençõesgerais e que todo homem pode dispor plenamente da parte de seus bens e daliberdade que lhe foi conferida por essas convenções, de maneira que o soberano

  jamais possui o direito de sobrecarregar um súdito mais que outro porque então,tornando-se particular o negócio, seu poder deixa de ser competente." 

47  Cap. VI 

"Quando, porém, todo o povo estatui sobre todo o povo, só considera a si mesmo.E se então se formar uma relação, é do objeto inteiro sob um ponto de vista aoobjeto inteiro sob outro ponto de vista, sem nenhuma divisão do todo. Então, amatéria sobre a qual se estatui é geral como a vontade que estatui. A esse ato éque eu chamo uma lei." 

50  Cap. VII 

"O legislador é, sob todos os aspectos, um homem extraordinário no Estado. Se odeve ser por seu gênio, não o é menos por seu emprego. Não é magistratura, não ésoberania. Esse emprego, que constitui a república, não entra em sua constituição.É uma função particular e superior que nada tem de comum com o império

humano porque, se aquele que comanda os homens não deve comandar as leis,aquele que comanda as leis não deve tampouco comandar os homens, do

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contrário, essas leis, ministros de suas paixões, muitas vezes não fariam outracoisa senão perpetuar suas injustiças e ele jamais poderia evitar que interessesparticulares alterassem a santidade de sua obra." 

53  Cap. VIII 

"Assim com um arquiteto, antes de construir um grande edifício, observa e sondao solo para ver se esse pode sustentar o peso, o sábio instituidor não começa porredigir boas leis em si mesmas, mas examina antes se o povo, ao qual sãodestinadas, está preparado para suportá-las." 

61  Cap. XI 

"Se por acaso se procurar saber em que consiste precisamente o maior de todos os

bens, que deve ser o objetivo de todo sistema de legislação, verificar-se-á que sereduz a dois objetos principais: a liberdade e a igualdade. A liberdade, porquetoda dependência particular é outra tanta força subtraída ao corpo do Estado; aigualdade, porque a liberdade não pode subsistir sem ela." 

68  Livro III 

Cap. I 

"A força pública necessita, portanto, de um agente próprio que a reúna e a ponha

em funcionamento segundo os rumos da vontade geral, que sirva à comunicaçãodo Estado e do soberano, que faça de alguma forma na pessoa pública o que aunião da alma e do corpo faz no homem. Aí está o que é, no Estado, a razão dogoverno, confundido erroneamente com o soberano, do qual não é senãoministro." 

74  Cap. II 

"Numa legislação perfeita, a vontade particular ou individual deve ser nula; avontade do corpo, própria ao governo, bem subordinada; e, por conseguinte, a

vontade geral ou soberana, sempre dominante e a regra única de todas as outras." 

76  Cap. III 

"O soberano pode, em primeiro lugar, confiar o depósito do governo a todo povoou à maior parte do povo, de modo que haja maior número de cidadãosmagistrados que simples cidadãos privados. Dá-se a essa forma de governo onome de democracia." 

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76  "Ou pode muito bem restringir o governo entre as mãos de um pequeno número,de modo que haja maior número de simples cidadãos que de magistrados; e essaforma de governo recebe o nome de aristocracia." 

76  "Finalmente, pode concentrar todo o governo nas mãos de um magistrado único,do qual todos os demais recebem seu poder. Essa

terceira forma é a mais comum e se chama monarquia ou governo real." 

78  Cap. IV 

"Não é conveniente que aquele que redige as leis a execute nem que o corpo dopovo desvie sua atenção dos objetivos gerais para a concentrar nos objetivosparticulares. Nada é mais perigoso que a influência dos interesses privados nosnegócios públicos e o abuso das leis por parte do governo é uma mal menor quea corrupção do legislador, continuação infalível dos objetivos particulares."  

78  "Tomando o termo no rigor de sua acepção, nunca existiu verdadeira democracia

e jamais existirá. É contra a ordem natural que o grande número governe e que opequeno seja governado. Não se pode imaginar que o povo fique incessantementereunido para cuidar dos negócios públicos e é fácil ver que não poderiaestabelecer comissões para isso sem mudar a forma da administração." 

80  Cap. V 

"Há, pois, três espécies de aristocracia: natural, eletiva, hereditária. A primeiranão convém senão a povos simples. A terceira é o pior de todos os governos. Asegunda é a melhor; é a aristocracia propriamente dita." 

85  Cap. VI 

"Para que um Estado monárquico possa ser bem governado, seria necessário quesua grandeza ou sua extensão fosse medida conforme as faculdades daquele quegoverna. É mais fácil conquistar que administrar." 

98  Cap. X 

"Há duas vias gerais pelas quais um governo se degenera, a saber: quando serestringe ou quando o Estado se dissolve." 

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101  Cap. XI 

"O corpo político, bem como o corpo do homem, começa a morrer desde seunascimento e contém em si mesmo as causas de sua destruição."  

108  Cap. XV 

"Tão logo o serviço público deixa de ser a principal preocupação dos cidadãos edesde que preferem lançar mão de sua bolsa que apresentar-se pessoalmente, oEstado já está próximo de sua ruína. É necessário marchar para o combate?Pagam as tropas e ficam em casa. É preciso ir ao conselho? Nomeiam deputadoscomo substitutos e permanecem em casa. À força de preguiça e de dinheiro, elesdispõem, enfim, de soldados para servir a pátria e de representantes para vendê-la."

112  Cap. XVI 

"Sendo os cidadãos todos iguais em virtude do contrato social, todos podemprescrever o que todos devem fazer, ao passo que ninguém tem o direito de exigirque outro faça aquilo que ele mesmo não faz. Ora, é esse direito propriamente,indispensável para fazer viver e fazer mover-se o corpo político, que o soberanooutorga ao príncipe ao instituir o governo." 

121  Livro IV 

Cap.I 

"Enfim, quando o Estado, próximo de sua ruína, subsiste apenas de uma formailusória e vã, quando o laço social está rompido em todos os corações, quando omais vil interesse se adorna afrontosamente com o nome sagrado do bem público ,então a vontade geral emudece. Todos, guiados por motivos secretos, não opinammais como cidadãos, como se o Estado jamais tivesse existido. Então sãoaprovados falsamente, a título de leis, decretos iníquos cujo único fim é ointeresse particular."

124  Cap. II 

"Se, pois, no momento do pacto social houver opositores, sua oposição nãoinvalida o pacto, mas exclui a eles do mesmo; tornam-se estrangeiros entre oscidadãos. Quando o Estado é instituído, a residência prova o consentimento.Habitar o território é submeter-se à soberania." 

138  Cap.V 

"Esse corpo, que denomino tribunato, é o conservador das leis do poder

legislativo. Serve às vezes para proteger o soberano contra o governo, comofaziam em Roma os tribunos do povo. Outras vezes serve para sustentar o

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governo contra o povo, como faz atualmente em Veneza o Conselho do Dez. Ealgumas vezes serve para manter o equilíbrio entre ambas as partes, como ofaziam os éforos em Esparta." 

140  Cap. VI 

"Somente os maiores perigos podem balançar aquele que pode alterar a ordempública e não se deve jamais deter o sagrado poder das leis senão quando se tratade salvar a pátria. Nesses casos raros e manifestos, providencia-se pela segurançapública por meio de um ato particular que dela encarrega a pessoa mais digna." 

143  Cap. VII 

"Disso decorre que a censura pode ser útil à conservação dos costumes, mas

  jamais para restabelecê-los. Coloquem censores durante a vigência das leis. Tãologo elas o perderam, tudo entra em desespero. Nada de legítimo conserva suaforça, quando as leis não a tem mais."