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Fichamento em cima de dois textos de François Truffaut.
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Uma certa tendência do cinema francêsFrançois Truffaut
Objetivo do texto: definir a tendência do cinema francês, do realismo psicológico, e delinear os seus limites
“A Guerra e o pós-Guerra renovaram o nosso cinema. Ele evoluiu sob o efeito de uma pressão interna, ao passo que o realismo poético foi substituído pelo realismo psicológico.”
Evolução do cinema francês: renovação dos argumentos e dos assuntos, audácia tomada perante as obras-primas, confiança dada ao público de ser sensível quanto a temas difíceis
Destaque dado aos argumentistas, em especial no caso das adaptações Tradição da Qualidade: Jean Aurenche e Pierre Bost “Uma adaptação honesta é uma traição” (Carlo Rim) Equivalência: procedimento que supõe existir no romance adaptado cenas
possíveis de serem filmáveis e outras não, surgindo a necessidade de “cenas equivalentes” – ou seja, como se o autor do romance as tivesse escrito para o cinema
“Inventar sem trair” (Aurenche e Bost) – Truffaut lembra que se pode também trair por omissão
A reputação de Aurenche e Bost seria estabelecida através de dois pontos: a fidelidade ao espírito das obras que adaptam; e o talento que aplicam
Truffaut critica o procedimento de equivalência: “não tenho de todo a certeza que um romance contenha cenas impossíveis de serem filmadas”
Alibismo: arte de “enganar o produtor”, dando-lhe ao mesmo tempo satisfação, e de enganar também o “grande público”, igualmente satisfeito
“O artista não pode dominar sempre a sua obra. Ele deve ser às vezes Deus, outras vezes, a sua criatura.”
“O objetivo destas notas limita-se a examinar uma certa forma de cinema, do único ponto de vista dos argumentos e argumentistas. Mas penso que é necessário frisar que os realizadores são e pretendem ser responsáveis pelos argumentos e diálogos que ilustram.”
Ali Baba e a “Política dos Autores”François Truffaut
Diferenciais de Ali Baba: quebra de ritmo, rotura do movimento Truffaut enumera os defeitos que impediram o filme de ser “perfeito”:
argumento fraco e pouco rigoroso, a música e o mau desempenho de Henri Vilbert
Estilização escolhida, a partir e um orientalismo marselhês a comédia-burlesa
Fórmula de Giraudoux: “Não existem obras, só existem autores” Ali Baba seria um filme de autor, que alcançou uma mestria exepcional,
um autor de filmes. Assim, o sucesso técnico de Ali Baba confirmaria o fundamento da “Política de Autores”