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Filha de um fotógrafo judeu-alemão, Guilhermo
Kahlo, e de Matilde Calderón y Gonzalez, uma mestiça mexicana, Frida
Kahlo nasceu em 1907 no México. Aos 6 anos
contraiu poliomelite, sendo esta a primeira de
uma série de enfermidades, acidentes, lesões e operações que sofreu ao longo de sua
vida, dando início à heróica luta por seu
trabalho e sua saúde física e emocional.
Ao contrário de muitos artistas, não começou a pintura
em idade precoce, e teve que aprender a
criar em meio às seqüelas de seus problemas físicos,
que tornavam necessário o uso de um colete especial
para a coluna.
Sua mãe mandou fabricar um
dispositivo especial de apoio para telas e
tintas, que a permitiam pintar deitada, com um
espelho no teto, para que pudesse criar
seus famosos auto-retratos, onde
expressava seu mundo interior, seus mais
profundos sentimentos e
emoções.
"Pinto-me a mim mesma porque estou com freqüência
sozinha, e porque sou a pessoa a qual melhor conheço".
Em 1928, com 21 anos, tendo recuperado a capacidade de se auto-
locomover, ela leva suas obras ao famoso muralista Diego Rivera, que a
estimulou a continuar seu trabalho como pintora. Um ano mais tarde, os
dois se casaram. Sob a influência da obra do marido, adotou o emprego de zonas de cor
amplas e simples num estilo propositalmente ingênuo. Procurou na sua arte afirmar a identidade nacional
mexicana, e por isto adotava com muita freqüencia trajes do folclore e
da arte popular do México.
"Acreditavam que eu era surrealista, mas não o era. Nunca pintei meus sonhos. Pintei minha própria
realidade".
Foi ainda de Diego Rivera a idéia de que Frida se vestisse com as roupas tradicionais folclóricas que, junto
com as sobrancelhas e buço espessos,
transformaram-se em sua imagem-símbolo.
O casal tornou-se célebre, foi aclamado
em viagens ao exterior, sendo que a obra de Frida logo ganhou independência em
relação à do marido. Criou seu estilo único e peculiar. Expôs em Nova
Iorque e Paris, tendo sido a primeira artista mexicana a ter suas obras expostas no Museu do Louvre.
Mas o relacionamento entre os dois foi extremamente conturbado por infidelidades de
ambos os lados...
...e ainda marcado por duas gestações mal-sucedidas em que perdeu os filhos que poderiam ter dado novas alegrias à sua vida.
O escritor Carlos Fuentes, grande admirador de Frida disse dela uma vez: "Frida encontrou a maneira de pintar a dor, de permitir-
nos ver a dor e, com isso, refletir a dor do mundo…
...ela é a imagem da conquista da adversidade, contra vento e maré, ela representa o que é ser capaz de
formar a sua vida e reinventar-se a si mesma e viver plenamente...
...Frida Kahlo é neste sentido o
símbolo da esperança, do
poder, da capacidade de encher-nos de forças para um
setor variado da nossa população
que passa por condições adversas".
É inegável que diante de todas as adversidades e apesar da dor física e emocional que marcaram sua vida, Frida lutou por seus sonhos, pela felicidade, pela arte e pelo amor.
Seu último quadro foi intitulado “Viva a Vida”.
Em 13 de julho de 1954, com 47 anos, Frida Kahlo morre devido a uma embolia
pulmonar, deixando um legado que ainda impressiona o mundo. Diego Rivera
escreveu em sua auto-biografia que o dia da morte de Frida foi o mais trágico de sua
vida. Quatro anos após a sua morte, sua casa familiar, conhecida como "Casa Azul",
transforma-se no Museu Frida Kahlo.
FORMATAÇÃO: CLAUDIA MADEIRACLAUDIA’SLIDES: http://www.corepoesia.com
TEXTO E IMAGENS: INTERNETSOM: “CONCERTO DE ARANJUEZ, DE RODRIGO,
POR ERNESTO CORTAZAR