Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    1/58

    Filosofar rindo Rir filosofando: “ E agora, José!” ou “ É agora, José!”

    Por José Luiz Caon - [email protected].!r 

    "o caro #rofessor #ensador $rnildo Jaco! %&$'() a seus Josés de se#re e aeus Josés de a*ora.

    "o Professor "lfredo Culleton cujo *entil con+ite entendo ser recon,ecientode #esuisadores filsofos #or #esuisadores #sicanal/ticos e +ice-+ersa.

    INTRODUÇÃO

    Con+ersa01es $(&R$ #raticantes de estudos e #esuisas filosficas e #raticantesde estudos e #esuisas #sicanal/ticas n2o s2o couns. "uele ue se ete a ol,ar #elaluneta do outro #ratica avant la lettre auilo ue 3anoel de 4arros constata e O livro dasignorãnças:  “desa#render oito ,oras #or dia ensina os #rinci#ios”.

    56 transiss1es ort/feras no ca#o da filosof/a e no ca#o da #sican6lise.&oda+ia) nada #ode essas redu01es de entes contra isso ue se#re enc,e de adira02o74e8underun*9 o #esuisador filsofo e de sur#resa 7!errasc,un*9 o #esuisador 

     #sicanalista. (a #r6tica) +i+eos $(&R$ 7;'%C5$(9 adira01es e sur#resas. (o ocaso de sua “s#lendid isolation”) dis#ondo de u =r*anu  sui generis) o

    Ca#/tulo ? da Traumdeutung, u dis#ositi+o ou instruento de #esuisa feito de #rocedientos infral*icos e infra*raaticais) Freud entre*a-se a ua #esuisa nica)interro*ando-se $(&R$ o #razer da seAualidade e o #razer da fala. $ é $(&R$ a

    seAualidade das +i+Bncias e eA#eriBncias desde a infancia e o riso das falas #rieiraenteinofensi+as e de#ois atre+idas se #rolon*ando +ida a fora e jo*os) *racejos e c,istes ueele se situa. $ ue ta!é e situo.

    riso do jo*o de lin*ua*e 7%#iel9) do *racejo 7%c,ertz9 e do c,iste 7'&;9 éuni+ersal. $ Freud nos faz +er ue o riso do c,iste é) #or eAcelencia) a +ia do inconscientee dire02o D +ida *re*6ria e solid6ria) onde o ue é irre+ersi+elente socializado n2o éoutra coisa sen2o a fala.

    $ sua c,istosa aula de EEE) Ferenczi diz: “"ntes de Freud) nuerosos autores seinteressara #elo #ro!lea do riso) uitos contri!u/ra de aneira i#ortante #ara a

     #sicolo*/a do #razer #or eio do c,iste) as se#re se contentara co ua +is2ounilateral do #ro!lea) su#ondo ter tratado o conjunto. " o!ra de Freud) #elo contr6rio)

    a!ran*e toda a co#leAidade e #rofundidade dos #ro!leas en+ol+idos) de odo ue #odeos considerar o *rande estre da ciencia e da ter#Butica #sicol*icas também o pioneiro no dominio da estética.”. Ferenczi conta-nos ue dois sen,ores) de#ois de ua+eeente alterca02o) cada ual retorna #ara a residBncia. G encontra na soleira da #ortau !il,el,e assinado #elo outro co o dizer escrito: “%afadoH”. ofendido) le+a o !il,etede +olta) entre*a-o #essoalente) falando: “&rouAe-l,e o cart2o de +isitas ue o sen,or esueceu na in,a residBncia.”

    $ a*ora u #uA2o de orel,as #or $rnest Jones e EI: “ li+ro O chiste e suasrelações com o inconsciente constitui a #rinci#al contri!ui02o de Freud #ara a uest2o daestética. &rata das fontes inconscientes do #razer nos c,istes) nos ditos es#irituosos e no,uor.  Seu texto é muito apurado e apresenta um raciocínio cerrado, pedindo,

    considerável concentração para ser plenamente apreciado. Talvez por essa razão, seja omenos conhecido dos textos de reud e o campo por ele abarcado é o !ue menos "oi 

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    2/58

    explorado posteriormente por outros psicanalistas, o !ue é lamamentável, já !ue se tratade um tema bastante "rutí"ero. 'n A vida e a obra de Sigmund reud 'a*o) K) #. . 

    " sacada de $/lio Rodri*ué e EI ue re#roduzo assi: n2o ,6 ue) sea#oiando e Freud) n2o se refira ao '&;) enuanto #ou#an0a de dis#Bndios naanuten02o de ini!i01es inconscientes 7recalcadas9M ao N3'N) enuanto #ou#an0a e

    dis#endios na anuten02o de re#resenta01es endurecidas 7re#riidas9M ao 5uor)enuanto #ou#an0a e dis#Bndios na anuten02o de sentientos dolorosos ou c,atos.'&;) N3'N e 5G3R nos traze de +olta o estado de infancia) uando ne éraoscOnscios do N3'N) carec/aos de 5G3R ou éraos inca#azes de '&;. ue) naaior #arte do te#o) éraos felizes eso se o sa!er. Rodri*ué intui ue de+e ,a+er ua infra*ra6tica e ua infral*ica) e!ora ele n2o o eA#licite. 5istoriando o destino dao!ra de Freud) EIc) ainda acrescenta ue o '&;) “#osteriorente foi desco!erto #or duas correntes ue n2o tB nada a +er entre si: middle grou" in*lBs e a escola lacaniana."!os centra-se no fato de ue o si*nificante +in*aH” 'n Sigmund reud# o século da

     "sicanalise, $%&'($&&'. $scuta) K) #. KQ. Rodri*ué ainda recon,ece ue e Lacan) o'&; est6 no $(&R$ a et6fora e a eton/ia. o '&; ue introduz o fator 

    )berraschung   7su#resa9: ua sur#resa eton/ica ue a#resenta) nu rel#a*o) osujeito cindido. o efeito *erbl+ung und Erleuchterung  7desconcerto e esclareciento9.

    Jean-Pierre Cléro) e -ictionnaire .acan, $lli#ses: KQ) #. KSI) justifica assisua afira02o “ #e ps$chanal$ste est l%homme du &'T( ”: “ '&; é a arca do discursodo #sicanalista. claro ue Lacan #rocurou falar essa lin*ua furti+a ue é a esa l/n*uado inconsciente) ao criar) coo JoTce criou u ti#o de no+a l/n*ua e innegans/ 0a1e) eao incor#orar o tero “'&;” coo #ala+ra fancesa) se #rocurar traduzi-la #or  ES234T 7essa seria uase eui+alente9. &al+ez Lacan ten,a #rocurado fazer do '&; a l/n*ua do

     #iscanalista) ele+ando aiss os la#sos e as ratadas a u ti#o de efeito su#erior: o '&;enuanto eAcelencia dos la#sos. 7%K de Efe+E?9. interedi6rio eAiste uanto eAisteos teros a#arenteente ais consistentes. '&; in+erte a dialética da consistBncia eda ,esita02o. '&; d6 consistBncia ao interedi6rio e torna os teros de $(&R$ e;'%C5$( ais fleA/+eis. 3anter o tero ale2o '&; é ua técnica ca#az de dar aointeredi6rio ua consistencia ue se #erder/a caso fosse traduzido. " introdu02o de ua

     #ala+ra estran*eira na l/n*ua #r#ria é u certo odo de constru02o ue faz a l/n*ua uano+a l/n*ua intersticial. "lé disso) u estilo tal+ez n2o seja outra coisa ue a cria02o deua l/n*ua intersticial ue #erite in+erter o jo*o de direto e indireto) de distante #ara

     #rAio. $ todo o caso) assi coo é #ela sacada do interedi6rio ue se jul*a o+erdadeiro s6!io) o ,oe judicioso e sa*az 7se*undo "ristteles e Lei!niz9) assita!é é #elo '&; ue se jul*a o #sicanalista. '&; é o eui+alente da intui02o eate6tica e nas ciencias) as ele se distin*ue da intui02o nisso e ue ele afasta

    racidalente as #r#rias constru02os de toda ideolo*/a de Ualet,eiaV. ) psicanalista é ohomem do &'T(”.Por fi) retoando ua tra+essia #ro*rediente e re*rediente) e ananese) n2o

     #osso deiAar de encionar os estudos inau*uradores de $rnildo Jaco! %tein nos uaisconsidera ta!é a #esuisa #sicanal/tica das 7de9fora01es do inconsciente uec,aaos inicialente e fundaentalente de #sico#atol*ico. o #sico#atol*icoentendido $(&R$ o sentido de UtW #6t,ei 6t,osV 7#adeciento9 e de UtW #6sc,onV7#assi+aento9. Psico#atol*ico) #ortanto) enuanto #endant de toda e ualuer de7fora02o9 do inconsciente) seja la#so #or esueciento) la#so #or ato fal,o) riso de ditoc,istoso) enle+o de dito su!liizante) den+aneio ou “trou+aille” 7ac,ado9) a#rendiza*eserendi#idosa. Xiz %tein: “Caon) no seu #rojeto e desen+ol+iento desen+ol+iento da

    tese doutoral) certaente te+e #resente +arios as#ectos do trBs cain,os ue eAainaosra#idaente 7o etdo #sicanal/tico do ensaio eta#sicol*icoM a es#ecula02o

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    3/58

    eta#sicol*icaM a cr/tica i#lac6+el dos ac,ados e sua counica02o.9 'n “Psico#atolo*iae #esuisa #sicanal/tica”) Anamnese $di#ucrs) E. $ %tein conclui: “" ,i#tese centralco ue Caon tra!al,a #ara constuir a sua tese) est6 resuida nua afira02o D #6*inaSI: * psicanálise di"ere das outras disciplinas, por!ue alar+a o campo do psí!uico e

     permite situar o psicopatol+ico com relação aos procesos inconscientes. -/ *

     paiscanálise pode reinvindicar le+ítimamente o direito de conduzir os di"erentesdiscursos sobre a psicopatolo+ia”.$(&R$ os #oucos '&;$ ue Freud nos deiAou) este é inco#ar6+el: &as 0ir 

     "1r ortschritte machen2 'm 3ittelalter h4tten sie mich verbrannt, heutzuta+ebe+n1+en sie sich damit, meine 51cher zu verbrennen.   7 ue n2o fazeos #elo

     #ro*ressoH (a 'dade 3édia) eles teria e ueiado. 5oje) eles se contenta e eueiar os li+rosH9

    !ser+eos ue o +er!o Y +er!rennen Z si*nifica al*o diferente ao se referir au autor e ao se referir aos li+ros dele. $ na lusofonia “ueiar” é #r6tica ue se fazse #recisar ueiar li+ros ne #essoasH $) curiosaente) até os nazistas ac,a ue

     #sicanan6lise é ciBncia adjeti+adaH

     .67869: * mente espirituosa v; e recupera a!uilo !ue a mente l+ica deixa de ladocomo in

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    4/58

     #ois ue sendo ininteli*/+el é o!scuro e des#ro+ido de sentido. 3ais: ininteli*/+el s sediz a#ro#riadaente das aneiras de falar e de escre+er. $ o l*ico ]lo!ot entende ueo “X"% G(^$R%&_(XL'C5$” é “auilo ue n2o satisfaz o #rinc/#io da necessidade”ou “auilo ue n2o satisfaz ao #rinc/#io da 7n2o-9contradi02o”.

    $ntendaos assi) nessa esa #ers#ecti+a do entendiento de infraestruturae de ininteli*/+el) auilo ue é inef6+el) “X"% G("G%PR_C5L'C5$”. Penso ueFreud entenderia coo ua outra e ousada resistBncia D #sican6lise isso ueitt*enstein) nua derra#a*e) sentencia no &R"&"C&G%: “?.IKK: “$s *i!t allerdin*sGnaus#r`c,lic,es. Xas  5eigt    sich,  es ist das 3Tstisc,e.” 756) co certeza) oineA#ress6+el. ue se mostra a si mesmo) é o /stico.9 $ ainda: .: “o+on annic,t s#rec,en \ann) dar!er uss an sc,8ei*en”. 7Xo ue a *ente n2o é ca#az defalar) so!re isso a *ente de+e silenciar.9 &oda+ia) j6 Carna#) refere "!!a*nano) se

     #osiciona diferenteente. 'sto é) #ara enunciados do ti#o “$Aiste o!jetos inef6+eis”)Carna# diria e lin*ua*e foral: “$Aiste desi*na01es de o!jetos ue n2o s2o

    desi*na01es de o!jetos”) ou “$Aiste enunciados ue n2o s2o enunciados”.Xo infraestruturado) do ininteli*/+el) do inef6+el) #asseos #ara o #ar de

    o#ostos) “enunciado” e “enunciante”. Ga frase ti#o enunciado carece de uenunciante e ua frase ti#o enunciante n2o se su!ju*a ou se do!ra Duilo ue os l*icosentende coo enunciado. ue o sujeito de u enunciante n2o é o sujeito doenunciado) eso uando ,6 coincidBncia. &eos de +oltar a esse assunto ou tea 7osfranceses dize “sujet” #ara desconcerto dos tradutoresH9.

     (2o de+eos es#erar “jo*o de #ala+ra” 7%P'$L9) *racejo 7%C5$R&;9 ou c,iste7'&;9 e al*e!rBs ou lo*iuBs. Para os l*icos) o c,iste de tendBncia cética) 7Freud)

    EIc9 n2o #assaria de erro l*ico a ser e+itado e) se coetido) de+e iediataente ser eA#ur*ado. "ssi sendo) !oa #arte de nossa eAistBncia) +ai #ara o ralo. $ onde ficaent2o o “#riu +i+ere) deinde #,iloso#,are”b

    “Lasciate o*ni s#eranza” os ue estudais a diens2o do inconsciente le+ando desa/da a toc,a da raz2o l*ica eA#ur*ada) #ois assi nada +ereis.“$etendon2oetereis”) diz a +oz de outra raz2o cuja raz2o é #oder ser se raz2oal*ua.

    Xe ua infraestrutura) de u ininteli*/+el) de u inef6+el #ode) #elo enoscoo efeito e fora de a#arecBncias) +ir D luz a estrutura) a inteli*i!ilidade) afacundidade ue est2o noutro lu*ar 7situs9b riso do c,iste) ou '&;) é ua dessasa#arecBncias cuja estrutura) inteli*i!ilidade) fecundidade e facundidade tB ra/zesnoutro lu*ar 7situs9 ou noutra cena.

    sujeito do enunciado é #ereneente sujeito. sujeito de u enunciante s é #erene enuanto dura a enuncia02oH (2o s2o o eso sujeito) #or ais ue coincidae #or ais ue a!os se funda ou se fundeH

    &ratar do #assar da transitoriedade do ri7s9o é ficar $(&R$ duas su#erf/cies eassintotia: jaais se toca. ue %ilas e Cari!des é esse) cujo $(&R$ é coo o #resenteue se#re de #resente nos é dado e dele jaais #odeos sairb ficar) se ser tocado)$(&R$ a assa da correnteza aorfa e transeunte das 6*uas e a assa da reteza i+el

    e #erene do leito do rio. Ficar $(&R$: o ue n2o se #ode fazer fisicaente #ode-sefazer entendendo to#olo*icaente e *ra0as ao #oder enunciante da fala.

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    5/58

    %e o =r*anu da “L*ica classica aristotélica”) eso a#erfei0oado di+ersas+ezes até o #resente) resultando e “L*ica cl6ssica oderna”) n2o assiste o l*ico oual*e!rista ao #enetrare na diens2o unil6tera da ente ue é siultaneaente enteconsciente e inconsciente) ,a+eria outro =r*anub &eria Freud nos le*ado esse=r*anu outrob

    Freud ue coe0ou suas #esuisas #sicanal/ticas das fora01es #sico#atol*icas do inconsciente ainda ,oje c,aadas de “s/ntoas” deu-se conta uen2o #oderia ser entendido #elos cole*as #sico#atlo*os. $sses o ou+ia e o entendian2o a #artir do étodo e ,orizontes ue ele) Freud) e#re*a+a) as a #artir de outrosétodos e outros ,orizontes. Perce!endo ue) alé dos s/ntoas) ,a+ia outras7de9fora01es do inconsciente) as 7de9fora01es on/ricas do inconsciente uecon,eceos #elo noe de “son,os” 7&r`ue9) #artiu #ara outra +ariante da #esuisa

     #sicanal/tica do #sico#atol*ico. "*ora) n2o soente #ensa e transiitir o ue s2oessas 7de9fora01es ue todos +i+eos durante o sono) #ensa ta!é e eA#or e

    discorrer so!re o étodo e os ,orizontes co os uais fazeos #esuisas #sicanal/ticas.$ #erce!eu ue esse étodo seria intil se a#licado coo se faz #ela refleA2o)

    intui02o ou associa02o. "ssi) é #reciso ta!é ler as 7de9 fora01es do inconsciente #or eio de ua outra “*ra6tica” e ua outra “l*ica” ue se a#lica a essas7de9fora01es. $nt2o redi*e u enore ca#itulo) Ca#/tulo ? da Traumdeutung ) uere#resenta nada enos ue u uarto de todo o li+ro co#osto e sete ca#/tulos.

    #esuisador #sicanal/tico ue se de!ru0a so!re os “$inf`lle” 7re#resenta01esideati+as ou ia*éticas su!itneas9 a ue c,aaos la#sos) sendo ora de esuecientos7^er*essen,eiten9) ora de atos fal,os 7Fe,eleistun*en9) ta!é se de!ru0a so!re os

    c,istes ridentes 7lac,elnde '&;$9 ou os “c,istes” su!liizantes ou edificantes7er,a!ene '&;$9) ou so!re os de+aneios 7&a*tr`ue9 e a#rendiza*ens serendi#idosas.$sse #esuisador #recisa ter freuenteente sen2o se#re o Ca#/tulo ? daTraumdeutung   a!erto ao lado. #esuisador) enuanto filsofo) #siclo*o)

     #sico#eda*o*o) #sico#atlo*o) etc.) nada entender6) coo os #rieiros cole*as #sico#atlo*os de Freud) se n2o esti+er failiarizado co auilo ue #ro#on,o c,aar:=>ispositivos in"ral+icos e in"ra+ramaticais do ?r+anum "reudo@lacaniano paraleitura e análise das "oramçAes do inconsciente”  $ os ue se encontra no ca#o da

     #sican6lise n2o coo aadores) as coo técnicos) se n2o esti+ere “!ealfa!etizados” co esse =r*anon freudo-lacaniano) continuar2o in*Bnua einocenteente #r6ticos analfa!etos ou seianalfa!etos.

    Boltar a reud é voltar lacanianamente a reud é tomar, retomar e se servir do ?r+anum "reudiano@lacaniano.

    Co a #u!lica02o da Traumdeutung   7Freud) Ea9) Freud n2o se fez ler ouanto es#era+a. "ssi) #u!lica iediataente ua sula de sua oentosa o!ra:Sobre o sonho, reud ) EEa. 3as) o ue o torna realente con,ecido é Freud) EE!:

     2ara a "sico"atolog6a da vida contidiana $ Freud) EIc) ele retoa as #esuisas ea*ora ostra ue o riso do c,iste 7'&;9 n2o é ua era su!es#ecie do cOico. risodo '&; é 7de9fora02o do inconsciente an6lo*a a essa 7de9fora02o do son,o ue nos

    acontece enuanto estaos adorecidos.

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    6/58

     (as 7oner8ncias introdut9rias : "sican;lise  7Freud) EEI-EE?a9) Freud) noue se refere D #esuisa #sicanal/tica) se*ue) na eA#osi02o) e orde in+ersa da *Bnesedo ue ac,ara: La#sos 7esuecientos) atos fal,os9) son,os e s/ntoas. (a na orde da*Bnese) era s/ntoas) son,os) atos fal,os. $ $(&R$ a orde da *Bnese e da an6lise)a#arece interitenteente a #esuisa #sicanal/tica do c,iste 7'&;9. ue na ordeda eA#osi02o dos teAtos freudianos) o c,iste ou o riso do c,iste a#arece e inuer6+eis$(&R$%.

    lei*o aador e #sican6lise [ auele ue lB teAtos #sicanal/ticos se ter eA#eriencia de #sicanalisante [ n2o #ode dizer ue n2o ten,a eA#eriencia de son,ante)de coetedor de la#sos ti#o atos fal,os ou esuecientos) de de+aneios) dea#rendiza*ens ao léo ue c,ao de a#rendiza*ens serendi#idosas. %o!retudo n2o #odedizer ue n2o ten,a eA#eriencia de ter rido fazendo jo*os de #ala!ras) *racejos ouc,istes e de rir uando se entre*a D escuta deles.

    Poder-se-ia trazer essa ultid2o de leitores interessad/ssios na #sican6lise)

    estudando co eles coo Freud e Lacan fizera a #artir das o!ras ue nos le*arab c,iste é fala e é escuta en+iesada e es#ecial de fala. %e essa escuta en+iesada e a!ertan2o ,6 coo eA#lodir o riso e a *ar*al,ada. c,iste é ta!é #oderosa ara ue ser+etanto #ara anter socialente o status uo coo #ara a!rir es#a0os contra tiranias deualuer orden.

    Freud e#re*ou uitas ,istrias do #o+o judeu) e *eral o #o+o ido judeu)eAainando-l,es a condi02o de se essas ,istrias s2o ou n2o c,istes. interesante +er ue e uitos #o+os as #essoas se ser+e de c,istes #ara !rincar) *racejar) ou coodizeos e !rasileiro) #ara *ozar u do outro. (2o con,e0o #o+o cujas #essoas seja

    ais c,istosas uas co as outras do ue as de etnia judaica. &oda+ia) encontroa#roAia01es $(&R$ os ii*rantes /talo-!rasileiros de etnia /talo-+Bneta.$) na lusofonia !rasileira) sa!eos da uantidade de c,istes de *oza02o ue

    era #roduzidos durante a tirania da recente ditadura no 4rasil. " Coiss2o da ^erdadede+eria or*anizar e Almana

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    7/58

     .6C869: ) ri-s/o do chiste é universal e sobrevive en!uanto houver pelo menosum %GSMI'T. Ne ne le "erai pas O des "ins d%illustration,mais bien parce !u%il n%$ a de trait d%esprit !ue particulier P il n%$ a pas de trait d%espirt dans l%espace abstrait. Ne commencerai de vous montrer O ce propos en !uoi 

    le TI*'T >%GSMI'T se trouve ;tre la meilleure entrée pour notre objet, O savoir #GS )I3*T'FS >G #%'FE)FSE'GFT. E%est non seulement la meilleure entrée, maisaussi la "orme la plus éclatante sous la!uelle IGJ> lui@m;me nous indi!ue lesrapports de lQ'FE)FSE'GFT avec le S'RF''*FT et ses techni!ues.” Gu mesmotraduzo e adapto: =Gn"im, tomarei um exemplo. o primeio exemplo de !ue IGJ>se serve no seu livro, ) chiste e sua relação com o inconsciente. Fão "arei isso para

     "ins de ilustração, mas por!ue somente há traço espirituoso particular P nã há traçoespirituoso no espaço abstrato. Eomeçarei por lhes mostrar, !uanto a esse propsito,em !ue o traço espirituos mostra ser a melhor introdução a nosso assunto, a saber, as

     "ormaçAes do inconsciente. Fão é somente a melhor introdução, mas também a "orma mais brilhante sob a !ual IGJ> mesmo nos indica as relaçAes doinconsciente com o si+ni"icante e com suas técnicas.” #acan, S6@67 de 6Unov7K9.

     M)I J3 >'SM)S'T'B) 'FI*#?R'E) G 'FI*RI*3*T'E*# >G J3 ?IR*FJ3 IGJ>)@#*E*F'*F) para a escuta, exame e análise das di"erentes

     "ormaçAes do inconsciente: .67/ síntoma, .6C/ sonho, .6V/ es!uecimento, .6W/ ato "alho, .6/ chiste ridente, .6U/ chiste sublimizante .69/ devaneio, .6L/ aprendiza+ens serendipidosas.

    s uatro de Freud da !ase do =r*anon freudo-lacaniano: .67@ >ie Berdichtun+ -a condensação/X .6C@ >ie Berschiebun+ -o deslocamento/X .6V@ I1cYsicht au" >arstellbarYeit -a consideração O "i+urabilidade/X6W@ @ I1cYsicht au" Berst4ndlichYeit -a consideração O inteli+ibilidade/.

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    8/58

    José) no ltio encontro #resencial) onde ta!é te encontra+as) ou+iste-e dizer ue u retorno lacaniano a Freud su*ere a tarefa de eAtrair dos escritos freudianos)es#ecialente dos do #er/odo c,aado de Ys#lendid isolationZ) u Y=r*anu freudo-lacanianoZ #ara nossas #r6ticas de #esuisas #sicanal/ticas. 3utatis utandis) esseY =r*anu freudo-lacaniano Z #ode ser considerado) #ara a #r6tica de #esuisas

     #sicanal/ticas) #endant do Y =r*anu aristotélico Z #ara a #r6tica de #esuisas filosficas eoutras. Por fi) foi dito ue) atualente) Fre*e est6 #ara "rostteles assi coo Lacanest6 #ara Freud.

    $ na continua02o das con+ersa01es) en+iaste a todos os #artici#antes) a*ora esitua02o sei#resencial) ua carta e fora de e-ail. "/ dizes ue continuas fiel aoY =r*anu aristotélico Z a*ora e rediens2o) coo tu eso #udeste co#ro+ar #elasleituras estudadas de trBs alentadas o!ras so!re ,istria da l*ica : Nneale) illia Nneale) 3art,a) O desenvolvimento da .9gica  7E?K9) Calouste ]u!lenian. Lis!oa)EQ M4lanc,é) Ro!ert) =ist9ria da .9gica de Arist9teles a >ertrand 3ussel  7E9. Porto :$di01es ) EQI M 4oc,ens\i) '. 3.)  =istoria de la .9gica ormal   7EI?9. 3adrid :]redos) EQI.

    $ ainda referes ter acol,ido a su*est2o de acrescentar aos dois discursos) discurso*raatical-anal/tico e discurso *raatical-dialético do tradicional Y =r*anuaristotélico Z) os discurss retrico e #oético) coo o faze Lu/s ga+ier L#oezFRJ$"&) e Y Teor6as aristotélicas del discurso Z 7KK9. (a+arra : $unsa) KK e la+ode Car+al,o) Arist9teles em nova "ers"ectiva# 4ntrodução : teoria dos

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    9/58

    Lacan) eio século de#ois) n2o tendo ne aores ne #endores de escritor uantoFreud) ser+e-se de ua #lateia de ou+intes a ue diri*e a #ala+ra) so! fora desein6rio) coo diz ele) falando D oda coo u #sicanalisante falaria se esti+esse esitua02o #sicanal/tica de trataento. $ fazia re*istrar o ue fala+a) #a*ando-seesten*rafos) os uais iediaente l,e datilo*rafa+a e dezenas de laudas auilo ue

    ele #roferira de +i+a +oz.Coo tu) ,6 uitos jo+ens) o0as e ra#azes) ue filosofa e serendi#idade)a#esar de estare e cursos de *radua02o ou #s-*radu02o de filosofia. "ssi #rocedese#re ue encontra es#a0o) *ra0as as ine+it6+eis distra01es dos #rofessores) ou *ra0a Dsdi+ertidas con+ersa01es e situa02o de ta+erna ou !arzin,os. Filosofar) a #assos curtos)coo é eu caso) ou a #assos lar*os) coo é o caso de $rnildo Jaco! %tein) é #ara antes)durante e de#ois dos cursos de filosofiaH

    Falei no ltio encontro #resencial ue Y Festsc,rifft Z é coo u raal,ete deteAtos ue ai*os escre+e ao ai*o) no caso) #elos Q anos de $rnildo Jaco! %tein. Pelase*unda +ez estou a escre+er ,oena*eando-o #elos lti#los interesses dele na

     #sican6lise e #ela escuta filosfico-#sicanal/tica ue ele e deonstrou ao ler 

    cuidadosaente in,a tese de doutorado ao #artici#ar na !anca eAainadora na %or!one)Paris ^'') e KsetE. "diante ter6s ta!é o#ortunidade de ler auilo ue j6 a#ronteies#ecialente #ara os Josés dele e ta!é al*o ue *ostaria ue ser+isse #ara ti e ta!é

     #ara ele e os #rAios de +ocBs dois.%er6s tu ta!é desses Josés ue se ser+e da eAistBncia on/rica coo nos te#os

    dos Farasb $sses +2o co a racionalidade e #un,o #ara a su#erf/cie unil6tera da entee #retende trazer essa su#erf/cie unil6tera da ente #ara a +ida da racionalidade. 3as)aca!a #roduzindo outra coisa: u arreedo de son,oH

    &oda+ia) os Josés a ue e refiro) #rieiraente) da eia-noite) eles #artira #arasua #rieira +ia*e na dire02o do ocaso e o ocaso l,es a#areceu coo al+orada #lena decantares de *alos) cantares ue nos diferentes idioas s2o diferenteente ou+idos etranscritos. &oda+ia) e todas as #artes do undo dos *alos) os *alos canta i*ualente.$ esses Josés) se ficar ou+indo #ios de corujas) retornara #ara sua eia-noite.

    $ se*uida) da eia-noite) #artira #ara no+a +ia*e) desta +ez) na dire02o daadru*ada e a adru*ada l,es a#areceu coo iluina02o fu*iti+a) as #lena de luzes)luzes ins#itas) onde con+i+era co #o!as des+airadas) esuecidas de seus suas carneserticas 7fles,) c,air9 e de suas #enas) se a*itando nostal*icaente e +oos estou+ados. $no+aente e no+a ente os Josés retornara #ara sua eia-noite.

    $nt2o) $(&R$ #toloaicos e co#ernicianos da ente) #erce!era e ainda #erce!e ue é Y D re!ours Z e Y al ses*o Z ue se +i+e: ue o eio-dia é a ais tre+osadas ,oras e ue a eia-noite é se#re este #resente ue de #resente nos é dado. %i H ue

    todos nasceos e orreos no #resente ue se#re de #resente nos é dado) as se#re$(&R$ o #assado e o futuro.$) assi coo nin*ué é ca#az de fin*ir ue est6 +i+o) assi ta!é nin*ué é

    ca#az de +oar #ara fora desse #resente ue de #resente nos é dado irrecusa+elente atéue) aueles ue nasceos co o ser destinado a estar se#re D orte) j6 ne ais issotereos : e ficaos se ais deri+as) ou coo diz Freud) n2o ais o+idos a #uls1es) oucoo diz Lacan) nos ais o+idos a desejo.

    Pois u dia) u deses Josés) se encontrou aristotelicaente adirado co as #roezas do tauatur*o ue) nu dado oento) nos diz: a*ora +ou fazer +ocBs ficareadirad/ssios #erante o ue se #ode fazer co a ate6tica. $ continua) diri*indo-se

     #ara i:

      - &u #e*as u !aral,o de cartas de jo*ar. %e#ara dez cartas de u nai#eualuer) #or eAe#lo) nai#e de co#as. Co essas dez cartas fora ua seuencia de

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    10/58

    E a E. "*ora) tu +ais +ir6-las #ara !aiAo) as cada ua +ai ficar na esa #osi02oe ue est6.

    Fiz tudo o ue o estre disse e fiuei atento a*uardando #or #rAiasinstru01es.

    - $ a*ora) ua #or ua) +aos #assar al*uas cartas da esuerda #ara a direitada fila.

    $le eso #assou trBs cartas) ua de cada +ez.- C,aa ua #essoa) ue tu uiseres.C,aei o cole*a de estudos de L*ica. Lo*o) o estre disse #ara eu cole*a:- Pe*a a carta ue est6 na eAtrea esuerda da fila e #1e essa esa carta na

    eAtrea direita da fila. Podes fazer isso di+ersas +ezes. 'sto é) #odes #assar) ua #or +ez) di+ersas cartas) #elo enos ua) nunca ais do ue dez.

    estre deu as costas aos Josés. cole*a #assou da #onta esuerda #ara a #onta direita da fila) ua #or +ez) seis cartas. $ o estre +oltou-se e disse:

    - &eu ai*o #assou tantas cartas uanto é o nero dessa carta 7e le+antou a carta da fila) contando-se da esuerda #ara a direita9. (2o deu outra. $ra a o seis. $ eucole*a ,a+ia #assado realente seis cartas. &anto eu coo eu cole*a ficaosadirad/ssios.

    3as) ,a+eria ais. tauatur*o deu as costas) #assou a escre+er nu #a#elzin,o. $ se*uida) disse:

    - (este #a#elzin,o) est6 escrito auilo ue teu cole*a ir6 necessariaente fazer.$ deiAou o #a#el do!rado e cia da esa. cole*a) desta +ez #assou) ua #or ua) da esuerda #ara a direita) trBs cartas.

    - Leia o ue est6 escrito no !il,eteH [ sentenciou o estre.$sta+a escrito: “Passar6s tantas cartas indicadas #elo nero da E cartacontando da direita #ara a esuerdaH”

    $ no+aente n2o deu outra. $ra a carta de nero trBs. cole*a #assararealente) ua #or +ez) trBs cartas.

    raos jo+ens) al sa/dos da adolescBncia) uando o tauatur*o nos encontroue nos deiAara adirados. eni*a deiAou José curioso. tauatur*o #artiu e deiAou-nos o eni*a. Xe todos os ue esta+a #resentes) soente eu) ne seuer o cole*a deL*ica) *astou neurOnios uerendo desco!rir o se*redo ou re*ra desse jo*o.$A#erientei e soente de#ois de dois eses ac,ei o se*redo de coo se #odetransforar u jo*o l*ico e di+ertiento de #restidi*itador se ser #restidi*itador.

    Re#roduzi a fa0an,a co outros cole*as e se#re acerta+a. (unca l,es re+elei ose*redo do eni*a. ue eu di+ertiento era +er o asso!ro e a adira02o ue seesta#a+a nos rostos deles. Foi assi ue a#rendi a filosofar rindo e e di+ertindo:filosofar n2o é dar res#ostas) é criar situa01es onde os outros fica adirados)sur#reendidos) estu#efatos co nossas uest1es.

    Poder-se-ia sa!er se esse dis#ositi+o *erador de adira02o) es#anto) sur#resatocaria na ala de u filsofo do ser) esse filsofo do ordin6rio. $ se tocaria no filsofodo se-ser) o filsofo do eAtra ordin6rio) filsofo da falta-a-ser) filsofo do desejo) ou)

    “tout court” filsofo lacaniano. Lacan) antes do ns) os Josés) eui+ocara-se ao uerer teorizar as rela01es inter#essoais e todas suas #eri#écias feitas a #artir de estudos) tais

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    11/58

    coo O semin;rio sobre A carta roubadaBM O tem"o l9gico e a asserção da certe5aanteci"adaC O nDmero tre5e e a orma l9gica da sus"eita 3as) encontrou ais do ue

     !usca+a) no oento e ue se deu conta ue ua rela02o $(&R$ dois é #elo enostern6ria. $ co a 2orloined .etter  e a teoria da I causa aristotélica 7essa o!scura einco#leta +isualiza02o da Tche  e  AutFmaton9 relan0a o Y Jenseit5 des .ust"rin5i"B7Freud) EK*9) sacando ue) #aradoAalente) ,6 #razer alé dos #razeres e#icreos)ue continua sendo #razer li!idinal. “der &odtrie!”) o estar D orte e +ida ta!éte o seu #razerH “&odtrie!” é Ru!ic2o a desafiar Césares e #seudo-Césares. $(&R$César e #seudo-César) n2o te essa de dar a César o ue é de César e ao #seudo-Céssar o ue é do #seudo-César) #ois ue) o ,oe é desejo e desejo n2o é ser ne +ir-a-ser)desejo é desejo e fun02o do se-ser ue é o ,oe) ue) #aradoAalente) a!icionadar conta do ser) sendo ue) #ara tanto) ele) ,oe) ne seuer ser é) #ois ue +i+edesejando ser. $ é enuanto tal ue encerra sua carreira de ,oeH $ o ,oe)enuanto desejo) n2o se reduz a ua ausBncia #resentificada ne a ua #resen0a

    ausenciada) #ois ue) #or ser #ura e si#lesente F"L&") carece de ualuer redu02o. sujeito ca#az de adirar aristotelicaente n2o é esse sujeito fu*az e

    transitrio) intransiti+o e desejante) e) enuanto tal) sujeito ue +i+e e caristia n2o de !e su#reo) as de ilus1es de !e su#reo. "ui) nos socorre o fenOeno daselancolias steiniano-\antianas ue) #ara *ozo delas) #recisaos nos transferenciar aelas e #en7s9ar co as #enas das asas n2o dessas #o!as \antianas ue #ara +oar 

     #recisa de ar. Precisaos das #enas de luz e de *ra+itacionaldiade da RX$3%']('F'C"(&$: ue luinosidade se *ra+itacionalidade é tre+a e *ra+itacionalidadese luinosiade é ceitério ou !i!lioteca.

    s Josés entraos na ju+entude o+idos D adira02o e es#anto e) so!retudo) asur#resas. 3as) adira02o) es#anto e sur#resas ne ,a!itaria o uso das foras l*icasateatizadas co as uais) a intui02o #osta $(&R$ #arBnteses) nos #erite dar contada falta 7anue9. ue tanto 4oole uanto Peirce derru!a o fundaento aristotélicodo uadrado das o#osi01es ostrando ue o fundaento de todas as #ro#osi01escate*ricas n2o é o ser as o se-ser.

    Re#risando a ,istria) d6 #ara se +er ue o #rieiro ensaio da F"L&" ue aindacontinua !e sucedido é a constru02o do #ote de !arro feito a#enas co as 2os do,oe. claro ue o ,oe) ele fazia das 2os u #ote e ua #onte) uando) co as2os e conc,a) trans#orta+a a 6*ua do rio #ara a #r#ria !oca. "ssi) u #ote éeAtens2o das 2os a*ora feitas 2os de !arro. 3utatis utandis) su!stituindo o !arro

     #ela +oz) teos #otes sonoros) as #ala+ras do ,oe: #otes ocos coo os !ojos dascatedrais ou a ala de u cano de es#in*arda.

    Ga *arrafa atualaente costua ser u #ote de +idro. Ga *arrafa de +in,on2o é de +idro. $ ua *arrafa de +idro c,eia de +in,o ue continua oca assi cooua *arrafa de +idro se +in,o é oca. Por fi) é es#antoso e adir6+el sa!er #elafilosofia freudo-lacaniana ue o ue se#re eAistiu #ara o ,oe é a lin*ua*e e ue alin*ua*e é esse e#rio de #ala+ras 7sincronicidade) #aradi*aticidade9 ue oes#/rito e seriedade ou serialidade ou es#irituosaente ordena se*undo certas leias

    7sincronicidade) sinta*aticidade9. 3as) ue se#re o oco é ue se estrutura coo ualin*ua*e e ue é #ela lin*ua*e ue esse oco se constitui.

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    12/58

    "ssi) é *ra0as a esse inef6+el) a esse oco estruturado coo ua lin*ua*e)as constitu/do #ela lin*u*e ue o sujeito se +B faladoM ou se +B a#aiAonado coo sediz e todas as l/n*uasM ou se +B e estado de conte#la02o) co se diz e roanoM ouse +B e estado de adira02o) coo se diz e *re*oM ou se +B a#an,ado #elo c,iste eoutras tantas 7de9 fora01es do inconsciente) coo se diz e freudo-lacanBs. 3as) sejaadira02o) conte#la02o) c,iste) tudo se d6 na +elocidade do instante. efeito é clar2oe esta#ido.

     Mor !ue é !ue rimos e choramos Z O rebours [, Z al ses+o [ e O revelia dessesdiscursos ri+idamente comportados !ue expulsam deles o chiste -&'T(/, o +racejo-SE\GIT(/ e o o prprio jo+o espirituoso -SM'G#/]

    Xante elancolizou a  ilosoia 2erene  i#ondo-l,e o acicate da #oesia: eacordaos $(&R$ 'nfernos e Paradisos se Pur*atrios) ue uns e outros os ,6) si)antes da orteH Ca!eria ainda aos freudo-lacanianos) elancolizar a Filosofia doFilsofo co o acicate da #sican6liseb $ acordaos $(&R$ c,oros e risos se

    serenidades ue ta!é as ,6 antes da orteH 3as) $(&R$ Lacan 7esse trBs e u :cl/nico) l*ico-ate6tico) filsofo9) e "ristteles 7esse outro trBs e u : #ro#edeuta)l*ico) filsofo9 : acordaos coo ue renasce $(&R$ o couro e a carne. $ $(&R$o se-ser 7falta de ser9 e o ser 7falta de falta9: acordaos desejando ser. $sse $(&R$)coo n2o-nascido) ue se#re insiste e nascer se nunca nascer) feito rio de es#/ritoue estando se#re a #assar nunca #assab

    nesse $(&R$ - u con+ite a a!andonar os fundaentos das F'L%F'"%P$R$($% $ G&R"% e os des+arios de ualuer #o!a \antiana - ue interin6+el einteritenteente soos alientados #or #siue inconsciente. &al o #ulsar do cora02o)

    ela +i*e durante as +inte e uatro ,oras do dia. Recordar [ +oltar ao cora02o [ édesesuecer n2o ais o ser) as desesuecer e auecer o fundaento do ser: o desejo. $o #odeos fazer rindo) isto é) filosofar rindo ue é #andant do rir filosofando.

    $ recordando) ua *arrafa é u #ote de +idro. Ga *arrafa de +idro n2o é ua*arrafa de +in,o e ua *arrafa c,eia de +in,o continua sendo oca assi coo ua*arrafa de +in,o es+aziada é oca. Por fi) é es#antoso e adir6+el sa!er #ela filosofiafreudo-lacaniana ue o ue se#re eAistiu #ara o ,oe é a lin*ua*e e ue alin*ua*e é esse e#rio de #ala+ras 7sincronicidde) #aradi*aticiade9 ue o es#/ritoordena se*undo certas leis 7sincronicidade) sinta*aticidade9. 3as) ue se#re o oco éue se estrutura coo ua lin*ua*e e ue é #ela lin*ua*e e lin*ua*eiro ue esseoco se constitui.

    "ssi) é *ra0as a esse inef6+el) a esse oco estruturado coo ua lin*ua*e)as constitu/do #ela lin*ua*e ue o sujeito se +B falado) se +B a#aiAonado coo sediz e todas as l/n*uas) se +B e estado de conte#la02o) coo se diz e roano) e se+B e estado de adira02o) coo se diz e *re*o) ou a#an,ado #elo c,iste e outrastantas 7de9fora01es) coo se diz e freudo-lacaniano. 3as) seja adira02o ouconte#la02o) es#anto ou su#resa) tudo se d6 na +elocidade do instante. efeito éclar2o e esta#ido) desconcerto e esclareciento) “ êr!lffun* und $rleuc,tun*”)enfi) riso de c,iste) acontecBncias ti#o interro*a01es se interro*anteH

     .6V869: *ut invenio viam, aut "acio -ou encontro camino, ou eu mesmo o "aço/.

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    13/58

     “reusfarinaestH”. Xois estudantes de filosofia jesu/tas +ista o %ein6rio

    3enor Claretiano) e $steio) R%) onde os Josés cursaos o anti*o ]in6sio. $(&R$a#resenta01es di+ertidas do ti#o “$ntrar na deles) #ara le+ar o da *enteH”) oferece u

     #rBio e din,eiro no +alor de cinuenta cruzeiro nauela é#oca) #ara auele uetraduzir corretaente a ora02o latina. $u conuisto o #rBio.

    ue e ajudou a decifrar a “reusfarinaestH” foi a le!ran0a de desafios #arecidos) coo “Ca#uccininon,a!entsacraentaH”M “C,ristussurreAitnonest,icH”M asa*acidade de ôltaire ue conse*uiu res#onder e lati) a carta ais curta de todos oste#os ao ai*o Pirron. $ste l,e tin,a andado a se*uinte !re+/ssia carta: “$o rusH”7^ou D ca#an,a”. ^oltaire l,e res#onde: “'”. 7“'” é a se*unda #essoa do sin*ular doodo i#erati+o do +er!o “ire”) ir.99.

     ,tt#:888.tri*ofacile.cojardinsc,ronicacuriositeS-+a.,t%e*undo "ristteles) as #essoas o+idas a es#antos ju!ilosos filosofa.

    %us#eita+a ele +iria te#os e ue esses es#antos ju!ilosos n2o orre de todo) #orue ,6 se#re u !ar ou !istrO acol,edor $(&R$ ua aula e outra da acadeiab%er6 ue “reusfarinaest” é ta!é “reus#,iloso#,iaest”b.

    s ue aco#an,aos as #esuisas #sicanal/ticas freudianas) ainda ais ,ojeretoadas #elo retorno lacaniano a Freud) #odeos +er ue u filsofo e nosso;eit*eist #ode e de+e acol,er os dados #sico-e#/ricos a #artir siultaneaente de oitodire01es :

    .E9 "s 7de9fora01es #sico#atol*icas #esadas do inconsciente ta!éc,aadas sintoasM

    .K9 "s 7de9fora01es on/ricas do inconsciente ta!é c,aadas son,osdurante o dorirM

    .9 "s 7de9fora01es #sico#atol*icas le+es ou cotidianas do inconscienteta!é c,aadas atos fal,osM

    .S9 "s 7de9fora01es #sico#atol*icas le+es ou cotidianas do inconscienteta!é c,aadas de esuecientosM

    .I9 "s 7de9fora01es ridentes do inconsciente ta!é c,aadas c,istesM

    .?9 "s 7de9fora01es edificantes do inconsciente ta!é c,aadassu!liiza01esM

    .9 "s 7de9fora01es delirantes ou alucinatrias 7a#aiAonadaente #ersecutrias) erticas) etc.)9 do inconsciente) ta!é c,aadas de de+aneiosM

    .Q9 "s 7de9fora01es do inconsciente nos a#arendentes ta!é c,aadasa#rendeiza*ens serendi#idosas 7a#render #or a#render) a+enturosa e a+entureiraente9.

    $!ora Freud seja atualente uito ais cele!rado do ue no te#o dele) osdez anos de sua “s#lendid isolation” j6 ressoara nas #esuisas filosfico-fenoenol*icas. $ se a ,i#tese do inconsciente) ue filosofia da lin*ua*eeA#licaria ca!alente o c,isteb

    Para FR$GX) a reda02o da #esuisa #sicanal/tica é aco#an,ante da #r#ria #esuisa #sicanal/tica. ua reda02o es#ecial ti#o di6rio de ca#o ou “in edias res”.

    Coo disse) o nasciento da #sican6lise e do #esuisador #sicanal/tico deu-se nucurto #er/odo de a#roAiadaente dez anos) ue con,eceos coo “s#lendid

    http://www.trigofacile.com/jardins/chronica/curiosite/0400-va.htmhttp://www.trigofacile.com/jardins/chronica/curiosite/0400-va.htm

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    14/58

    isolation”) #er/odo e ue Freud) escre+eu di+ersos teAtos ue a*ora costuaosen*lo!ar so! o t/tulo de 7de9fora01es #sico#atol*icas do inconsciente 7dasGn!e8usste9. Freud n2o tin,a fora02o de alienista 7#siuiatra9 e os estudos de

     #sico#atolo*ia ordin6ria fora curtos) as co estres eAcelenteente #re#arados."conteceu ue as #esuisas freudianas do #sico#atol*ico o se#ara+a dos

    deais #esuisadores do #sico#atol*ico. $(&R$ esses) esta+a 4reuer) C,arcot)Janet) 3aTnert) Nraft-$!in*) 4leuler) Jun*... Freud ue se se#ara de Jun*) #ois ueJun* nunca se alin,ara D #esuisa #sicanal/ticaH

    " #artir do encontro co Fliess) co ue tra+a intensa aizade eAistencial e #rofissional) Freud j6 n2o #ri+a co os #sico#atlo*os dos sisteas da #sico#atolo*iaordin6ria) e!ora n2o deiAe de l,es ler e estudar as #u!lica01es. Xir-se-ia ue Freudentendeu ue esta+a $(&R$. $ s #odia eso se dizer: “aut in+enio +ia) aut eafacio”. $ coo n2o ,a+ia +ia al*ua) te+e ue in+ent6-la) “a! iis fundaentis” ouda estaca zero.

    Para o entendiento do #sico#atol*ico) Freud anuncia+a eA#lica01es !ediferenciadas) ue #ara os Nraft-$!in* n2o #assa+a e n2o #assaria de contos defadas cient/ficos. "s eA#lica01es freudianas do #sico#atol*ico e outras !ases n2oc,aa+a a aten02o do #sico#atlo*o ordin6rio da é#oca !e coo o de ,oje. Freudsentia ue #recisa+a anunciar a ue uer ue fosse as intui01es e desco!ertas ue ocon+oca+a. "ssi) se deiAar de lado as #esuisas das fora01es #sico#atol*icas doinconsciente) a!re no+a +ia) isto é) entre*a-se D #esuisa #sicanal/tica das fora01eson/ricas do inconsciente. $ no+aente se deiAar ne ua ne outra dessas duas +ias

     #arte #ara ua terceira e ua uarta +ias: as 7de9fora01es o!strutoras do inconsciente)

    ti#o atos fal,os e esuecientos dos uais) se aiores incOodos) #adeceoscotidianaente.$!ora o tea dos c,istes ue Freud di+isa junto a "nna ^on Lie!e 7C`cilie 39)

    considerada #or ele sua estra) !e coo nas interlocu01es #resenciais esei#resenciais ou e#istolares co o ai*o Fliess) é soente e EI 7Freud) EIc9ue ele #u!lica o tra!al,o so!re o c,iste 7'&;9 curiosaente ao eso te#o e ue

     #u!lica os trBs ensaios so!re a seAualidade. "lternadaente) durante al*u te#otra!al,ara na #esuisa #sicanal/tica de u e outro tea.

    Freud refere-se +6rias +ezes a C`cilie 3) e Freud) EQId 7$studos so!re a,isteria) "orrortu) #. EE-ES9. 3as) o c,iste de C`cili 3) ue foi assunto ou tea 7osfranceses dize “sujet”9 do li+ro de %ara, Nofan n2o é a#ro+eitado #or Freud ne eEIc ne e 1927d,  >er \umor. Xiz Freud e EQId: “" %ra. C`cilie 3 esta+anua situa02o e ue cada #ensaento dela se transfora+a nua alucina02o) cujaliuida02o freuenteente eAi*ia uito “'&;” 7%icH9 7es#/rito) es#irituosidade9. (essaé#oca) ueiAa+a-se de ue ela esta+a olestada #or ua lucina02o: seus dois édicos [ 4reuer e eu [ esta+a #endentes 7auf*e,`n*t 8aren9 de duas 6r+ores no jardi

     #rAias ua da outra. " alucina02o suiu de#ois ue a an6lise des+endou o se*uinte #rocesso: na tarde anterior) ela #ocurara 4reuer ue l,e recusou u certo edicaento.POs) entao) es#eran0as e i) as e encontrou i*ualente duro de ala.

    "!orreceu-se e #ensou forteente eocionada: D)s dois se e!uivalem, um é pendant do outro%. 7Xie z8ei sind einander 8ert) der eine iest das Pendant zu anderenHV9”.

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    15/58

    Penso ue) e nosso oento de ;eit*eist) ua odalidade do retornolacaniano a Freud ca#az de atrair ais curiosos estudiosos é o assunto da uarta *rande

     #esuisa #sicanal/tca de Freud) a sa!er) o riso) #roduzido e re+elado #elos c,istesenuanto fora00oes do inconsciente.

    Considerando-se a or*aniza02o de ua *ra6tica e de ua l*ica) isto é) de uainfra*ra6tica e de ua infral*ica #r#rias do inconsciente de ue Freud se#re seser+e) de+er/aos nos deter lon*aente no lon*o Ca#/tulo ? da Traumdeutung . uen2o #assar) re#assar e se anti+er nesse fundaental Ca#/tulo ? da Traumdeutung ) uea!andone ualuer es#eran0a se uiser se*uir Freud ou Lacan nas fora01es

     #sico#atol*icas) on/ricas) ridentes ou su!liizantes do inconsciente) nas defora01escotidianas do inconsciente ti#o atos fal,os ou esuecientos) nas 7de9fora01es ati+as e

     #ersistentes inconscientes ti#o de+aneios 7#ersecutrios ou li!idinosos9 ou ti#oa#rendiza*ens serendi#idosas do a#render #elo di+ertiento de a#render.

    Por ue retornar ao tea) “#esuisa #sicanal/tica”) a#s dez anos de solid2o) ue

    de es#lBndida soente o é *ra0as a uitas dissidBnciasb 3eus ltios estudos e #esuisas do su!lie 7se*undo Lon*ino) 4ur\e) 4oileau) etc.9) es#ecialente ore+elado na literatura *nOica) e #arece ser u #endant dos estudos e #esuisas doc,iste e) enuanto tal) #ode ser #ro#osto coo ais ua +ia #ara a #esuisa

     #sicanal/tica.&ras#or e #esuisa #sicanal/tica o ue é estudado e a#resentado e #esuisas

    da estil/stica liter6ria do su!lie é de fato contri!ui02o tanto #ara os ue a!ra0ara a #esuisa #sicanal/tica uanto #ara os ue a!ra0ara a #esuisa liter6ria) es#ecialenteso! a fora de ,istria e cr/tica da estil/stica liter6ria. "inda ressoa e ino+a entre ns)

    desde uando a#areceu) a o!ra ineras +ezes reeditada de 3. Rodri*o  .a"a, Estil6stica da l6ngua "ortuguesa 7ESI9. %P: 3artins Fontes) EQ) KI# ue a*ora #odese +er coroada co essa outra de 4aldine %aint-]irons)  iat luG# une "hilos"hie du

     sublime 7E9) uai ^oltaire) ?KQ#. ensaio #sicanal/tico ta!é c,aado de ensaio eta#iscol*ico é arcado

     #elo estilo do #esuisador. 'sso freuenteente n2o se +B nos alo*rados teAtos uee+ita até a eA#ress2o “#esuisa #sicanal/tica”) #ois ue) ,i#otecados [ ente econsciBncia [ a +er!as ou a éritos acadBicos !urocr6ticos) s #ode eso #edir recon,eciento a u noe es#rio ti#o “#esuisa e #sican6lise”) onde ualuer 

     #esuisa #sicol*ica) sociol*ica) antro#ol*ica) uando n2o resen,as de diferentesteAtos #sicanal/ticos n2o #assa de colas e raerr1es a en*ordar o consuiso de

     #rodu01es ue sufoca a acadeia uni+ersit6ria e #arauni+ersit6ria 7essa dos institutos #sicanal/ticos9 !rasileiras: ua ilitncia eAdrAula e unifores caricaturais ue n2os2o fantasias de carna+al facilente reo+/+eis.

    retorno a Freud enuanto retorno lacaniano a Freud ser6 u of/cio !urocraticaente i#oss/+el coo o s2o os of/cios de #sicanalisar !urocraticaente)*o+ernar !urocraticaente) educar !urocraticaente. retorno lacaniano a Freud n2oser6 se estilo) coo se ou+e no lea: “fa0a coo eu) n2o e iiteH” (u #a/scoo o 4rasil) onde) caso ,ou+esse +ota02o #ela deocracia) atualente) o +oto n2o

    seria deocraticaente li+reH &oda+ia) o eleitor aior de idade se #erite ser tratadocoo se fosse “de enor”: te li!erdade !urocr6tica de cu#rir o de+er de +otarH

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    16/58

    '#osturas si!ilinas assi coo n2o seria a!sor+idas ta!é #ela *raciosa) rent6+ele !e sucedida #esuisa e #sican6lise nas acadeias uni+ersit6rias e

     #arauni+ersit6rias cujo odelo é a +itrina nacional do eAerc/co do #oder e fora deP3X4) onde até #ol/ticos encontra *uaridab Por fi) ca!e le!rar a *raciosao!ser+a02o ue innicott costua+a dizer: “56 dois ti#os de #esuisa: a financiada e ado inconsciente.”

     

     .6W869: Ietraçar as vías traçadas pelo pe!uisador psicanalítico ori+inal é relançar a pes!uisa psicanalítca.

     -ie Traumadeutung   7Freud) Ea9 Ca#/tulo ?: C"%&$L) Pierre-5enri) 4ntroduction : H.inter"rétation du r8ve/, de reud  7EQ9. PGF. Q#. $sse li+ro é udos ais #r6ticos “co#anions” #ara o estudo detal,ado do li+ro 6Aio de Freud)

    “ -ie Traumdeutung ”. Freud dis#Os o li+ro dele e sete ca#/tulos. " se*uir) os t/tulosdos ca#/tulos e ale2o e na tradu02o da "orrortu:

    Ca#. E9 Xie 8issensc,aftlic,e Literatur der &rau#ro!le 7La !i!lio*rafiacient/fica so!re ls #ro!leas del sueo9.

    Ca#. K9 Xie 3et,ode der &raudeutun*: Xie "nalTse eines &rauusters 7$létodo de la inter#retacin de los sueos. "n6lisis de u sueo #aradi*6tico9.

    Ca#. 9 Xer &rau ist eine unsc,erfllun* 7$l sueo es un co#liiento dedeseo9.

    Ca#. S9 Xie &rauentstellun* 7La desfi*uracin 7defora02o9 del sueo9.Ca#. I9 Xas &rauaterial und die &rauuellen 7$l aterial T las fuentes del

    sueo9.Eap. 6U/ >ie Traumarbeit -Gl trabajo del suen^o/.Ca#. 9. ;ur PsTc,olo*ie der &rau+or*`n*e 7%o!re la #sicolo*ia de los

     #rocesos on/ricos9.

    ais lon*o de todos os ca#/tulos é o Ca#. ? co #ouco ais de K #6*inas. u ca#/tulo desaniador D #rieira +ista) #ois ue ais se #arece a u e#rio deteas do ue a u teAto did6tico. &oda+ia) n2o ,esito e afirar ue é o ais

    i#ortante ca#/tulo #ara o #esuisador #sicanal/tico e #esuisadores e *eral.$ no+e sec01es #recedidas #or ua !re+e) as !ril,ante introdu02o) ua

    +erdadeira #latafora e#isteol*ica) Freud trata do tra!al,o on/rico) isto é) daessBncia do son,o. "#resento os t/tulos das no+e sec01es deste Ca#. ? e ale2o ees#an,ol. s neros das #6*inas #recedidos #or %. ou #. refere-se res#ecti+aenteDs edi01es %&GX'$("G%]"4$ e "3RRR&G:

    reud, 7K6c, Eap. 6U: >ie Traumarbeit, S. CL6X Gl trabajo del sue^o, p. CL.

    .": Xie ^erdic,tun*sar!eit) %. KQKM $l tra!ajo de condensacin) #. KQ..4: Xie ^ersc,ie!un*sar!eit) %. IM $l tra!ajo de des#lazaiento) #. EE.

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    17/58

    .C: Xie Xarstellun*sittel des &raus) %. M Los edios de fi*uracin delsueo) #. E?.

    .X: Xie Rc\sic,t auf Xarstell!ar\eit) %. IM $l iraiento de la fi*ura!ilidad) #. SI.

    .$: Xie Xarstellun* durc, %T!ole i &raue: eitere tT#isc,e &r`ue. %.SIM La fi*uracin #or s/!olos en el sueo: tros sueos t/#icos. ) #. I.

    .F: 4eis#iele: Rec,nen und reden i &rau) %. IM $je#los: Cuentas T dic,osen el sueo.#. S.

    .]: "!surde &r`ue: Xie intelle\tuellen Leistun*en i &rau. %. SEM%ueos a!surdos: Las o#eraciones intelectuales en el sueo) #. SK?.

    .5: Xie "ffe\te i &raue) %. SSSM Los afectos en el sueo) #. SIQ.

    .': Xie se\undr`re 4ear!eitun*) %. SM La ela!oracin secundaria) #. SQI.

    5anna "rendt) e A condição humana, seja tal+ez ue ais se a#roAia a

    Freud no ue se refere D eA#ress2o “Xie &rauar!eit”) eA#ress2o ue #ode ser entendidaais coo “la!or on/rico do inconsciente” do ue coo u “tra!al,o on/rico doinconsciente”. ,tt#:888.li!ertarianiso.or*li+ros,aac,.#df 

    la!or da #siue) diferenteente do tra!al,o de nossas 2os) est6 #er#etuaente e ati+idade) tanto no odo de +ida e ue etaos des#ertos) uantono odo de +ida e ue estaos adorecidos. $ o o!rar ou la!orar do inconsciente é

     #erene) tanto uando estaos adorecidos) coo uando estaos des#ertos. o#ortuno rele!rar ue o tero ale2o “dic,t” uer dizer “denso”) “es#esso”.

    “Xic,ti*\eit” é “densidade”) “es#essidade”. “Xic,ten”) tanto ser+e #ara “e!uc,ar”)

    “socar !uc,a nu cano”) coo #ara “#oetar”H “Xic,tun*” ser+e #ara o ue ns !rasileiros entendeos #or “!uc,a” e ta!é “#oesia”H $nt2o “+erdic,ten” ser+e #arao ue uereos si*nificar #or “co#riir”) e tecnolo*iaM #or “condensar”) e ciBnciaf/sicaM #or “concentrar” e ciBncia u/ica. $ntendeos uito !e auilo ue a#areceuando dizeos “aassar ua fol,a de #a#el”M uando dizeos “co#riir ua assaaté ficar u co#riido” 7isto é ua dr6*ea) ua #/lula de reédio9M uando dizeos“condensar u ar rarefeito”.

    $ o in+erso de aassaento é desdo!raento 7isto é an6lise9M o in+erso deco#ress2o é liuifica0ao 7isto é an6lise9M o in+er+erso de condensa02o é rarefica02o7isto é an6lise9. "ssi sendo) desdo!raento) desco#ress2o) liuifica02o) rarefa02os2o efeitos de deco#osi02o ou desanc,aento) enfi) k("L'%$.

    )ra, *FH#'SG en!uanto MS'E*FH#'SG é atividae de "ala de psicanalistante. Msicanálise não é opinião, jul+amento, sanção de psicanalista. Gste >GBG ser capaz de ouvir a!uilo !ue na prpria "ala do psicanalisante, análise, decomposição, ainda

     "ica meio amarrotado, comprimido, densi"icado. G 'ST) _JG SGI E*M*( >G  >*I GSEJT* MS'E*F*#`T'E*.

    Coo disse) a introdu02o ao Ca#. ? é ua #latafora ue Freud a#resenta aoleitor. ^aos nos deter e al*uns #ar6*rafos. “Nur wir allein stehen einem anderenSacherhalt !e!en"#er$ %"r uns schie# sich &'IS()*N den TI*J3'F\*#T und

    die Resultate unser +etrachtun! ein neues s-chishe .eterial ein/ der durch unser0er%ahren !ewnnene #*TGFTG TI*J3'F\*#T der die TI*J3RG>*FGF

    http://www.libertarianismo.org/livros/haach.pdfhttp://www.libertarianismo.org/livros/haach.pdfhttp://www.libertarianismo.org/livros/haach.pdf

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    18/58

    3us diesem let4teren, nicht aus dem  3*F'GSTGF TI*J3\'F\*#entwic5elten wir die 6sun! des Traumes8 Freud nos diz ue soente ns é ue nosenfrentaos co u outo estado de coisasM #ara ns) inter#1e-se $(&R$ o7OITE-O OIK347O  7T3A)L4I=A.T 9 e os resultados de nosso eAae) u no+oaterial #s/uico: é O LATE34A. -E 7OITE-O OIK347O .ATEITE   7 .ATEIT T3A)L4I=A.T 9 o!tido #or eio de nosso #rocediento) isto é) os 2EISALEITOS OIK347OS . Freud ainda diz ue é deste ltio aterial latente 7os #ensaentoson/ricos9) n2o do contedo on/rico anifesto) ue ns #rocedeos e c,e*aos Dliuida02o do son,o.

    Ca!e ao*ra eAainar as rela01es $(&R$ o contedo on/rico anifesto e os #ensaentos on/ricos latentes e se*uir tra0o a tra0o os #rocessos #or eio dos uaisesses #ensaentos on/ricos latentes se tornara esse outro contedo on/rico anifesto.O (ONT*DO em ensaments n:rics latentes e (ONT*DO n:ricmani%est ;u ensaments n:rics mani%ests< = um (ONT*DO s>/   o desafio

    consite e encontrar os sinais 7eleentos) alfa!eto9 e as re*ras ue re*e o uso desseseleentos) co#arando-os) $(&R$ si) de u lado) auilo ue é o odo dea#arecBncias no contedo latente e) de outro lado) auilo ue é outro odo dea#arecBncias no contedo anifesto. assi ue ent2o os #ensaentos on/ricoslatentes se nos re+elar2o #or si ss: ao encontr6-los) eles se re+ela e se ostra #ura esi#lesente. coo se #ela so!ra 7o contedo on/rico anifesto9 encontr6sseos ocor#o 7contedo on/rico latente9 do ual ela de#ende) ou é fun02o. 3as) os eleenosue) e se relacionando $(&R$ si) conteAtua a so!ra n2o s2o os eleentos ue) ese relacionando $(&R$ si) conteAtua o cor#o. Por eAe#lo) a so!ra #ode ser curta)

    lon*a. &reente) caso a#are0a so!re 6*uas intranuilas... contedo on/rico anifesto a#arece-nos coo ua #icto*rafia ti#o cartaeni*6tica. Cada u dos eleentos dessa #icto*rafia de+e referi-se aos eleentoslatentes estruturads e li*nau*e on/rica de #ensaentos latentes. &oda+ia) n2o se de+elB-los enuanto ia*ens) ua ia*e nua estrutura referida a outra ia*e noutraestrutura) ou coo se diz) taco-a-taco. Xe+e-se lB-los a #artir da rela02o $(&R$ oseleentos de ua estrutura co a rela02o $(&R$ os eleentos noutra estrutura. ue,6 de rela02o no contedo on/rico anifesto é) utatis utandis) o P$(X"(& dauiloue ,6 de rela02o no conteAto on/rico latente.

     Gntão a!uilo !ue o sonho é para a atividade inconsciente do inconscienteen!uanto estamos adormecidos é a!uilo !ue é o riso do chiste en!uanto atividadeinconsciente do inconsciente en!uanto estamos despertos.

    "uilo ue Freud a#resenta ao lon*o deste Ca#. ? coo 7de9fora01es on/ricasda ati+idade do inconsciente é atriz #ara todas as 7de9fora01es de+idas D essaati+idade #erene do inconsciente) tais coo sintoas #sico#atol*icosM risos dosc,istesM enle+os de su!liiza01es) enuanto efeito de lin*ua*e 7Lon*ino) 4ur\e)4oileau) etc.9) esuecientos nas #ertur!a01es da eriaM atos fal,os nas

     #ertur!a01es no falar ou do escre+erM de+aneios enuanto transfi*ura01es fantas6ticasaorosas ou #ersecutriasM j!ilos triunfantes) freuenteente coo “eure\as” secretos)

    nas a#rendiza*ens serendi#idosas) etc .. na sucessão temporal de nossas vidas paraconscientes ou conscientes !ue as atividades do inconsciente soam como

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    19/58

     psicopatol+icas. (o odo inconsciente n2o ,6 te#o. 56 es#acialidade de su#er/ficeunil6tera a ue #odeos aceder indiretaente *ra0as aos atuais estudos da to#olo*ia)a#enas intu/dos #or Freud e ne se#re intu/dos até #or freudo-lacanianos.

    Coo disse) se*uindo Freud) #odeos trans#or #ara a an6lise do riso do c,isteauilo ue nos ser+iu #ara a an6lise do son,o. 3as) se toaros a teoria lacaniana dosi*nificante) uita coisa fica atal,ada e) conseuenteente) ais facilitada. &oda+ia)

     #ara su#erar Freud é #reciso) antes de tudo) con,ecer-l,e !e as teorias. (isso Lacan éeAe#lar.

    s #ensaentos inconscientes) #ensaentos desejantes) D re+elia da consciBncia) #ensaento n2o nascidos) s2o #ensaentos destinados a n2o nascer. 3eso etidosnas 7de9fora01es do inconsciente) lo*o soe) as deiAa rastros e efeitos) coo é ocaso e o ocaso do raio 7fulen9 co seu estrondo e sua iluina02o. Penseos na d/ziaa#eridica do U#i”: ,6 se#re u resto ue n2o se entre*aH Con+é #ensar ue a no02ode resto) enuanto so!ra) coo é o resto de coida ue deiAaos no #rato) n2o é o

    “resto” ines*ot6+el ue se#re est6 a alientar a d/zia a#eridica. Xai) n2o éi#oss/+el entender ue o R$"L é o i#oss/+el) ue o R$"L) no ensino lacaniano) éisso ue n2o cessa de n2o se inscre+er. $ o inconsciente é da orde do Real. s

     #ensaentos do inconsciente) n2o nascidos) s2o #ensaentos ue d2o a #ensar. (2o é a eles ue se refere ua can02o ale2 ue j6 eAistia no te#o de Freud e

    ue tal+ez ele a ten,a a#reciadob ,tt#:#t.8i\i#edia.or*8i\iXie]edan\ensindfrei$ ais do ue a#enas se inforar) el,or realente é ou+i-la e cantar junto:,tt#s:888.Toutu!e.co8atc,b+&d$tctcms  ou aco#an,ar #ela tradu02o:,tt#s:888.Toutu!e.co8atc,b+-c8JlsGfG

    $is ua s/ntese co eus coent6rios das no+e sec01es deste Ca#. ? #ro#osta #or Castel:" sec02o “"” #arte de ua assietria fundaental ue Freud eAtrai de suas

     #r6ticas de inter#reta02o. Por eAe#lo) associa01es li+res feitas #elo son,ante ao relatar o son,o son,ado oferece uito ais #ensaentos latentes do ue os ,6 no contedoanifesto. "ssi sendo) Freud su#1e ue de+e ,a+er u ecaniso es#ecial deC(X$(%" ca#az de causar essa des#ro#or02o. 3ais ainda: nessaC(X$(%") ,6 ua cota ue #eranece condensada eso de#ois de uitaan6lise do son,o.

    " sec02o “4”) ao ser eAainada no detal,e) ostra a raz2o de ser da cota decondensa02o inanalis6+el: *ra0as ao X$%LC"3$(&) certas re#resenta01es7si*nificantes9 esca#a ao censor) coo uando o turista faz coo ue al*o esca#e aool,o do fiscal da aduana. Le!reos a ,istria da sen,ora idosa ue todo o dia #assa+a

     #ela aduana le+ando e tranzendo no carrin,o de 2o u onte de alfafa) so! a ual eno eio da ual o fiscal n2o encontra+a sen2o alfafa. (2o #erce!ia ele ue a sen,oraidosa contra!andea+a carrin,os de 2o.

     (as sec01es “C” e “X”) Freud esclarece coo a ia*e ental atual e le!radado son,o foi odificada *ra0as D for0a do desejo ue é ca#az de odificar a fi*ura daia*e ental ori*in6ria e assi contra!ande6-la disfa0ada) !urlando a censura

     #s/uica ue soente sa!e de ia*ens #rBt-D-#orter. Freud interessa-se) coo o deteti+ede “" Carta rou!ada” de Poe) e encontrar a ia*e a*ora in+isi!ilizada e ocultada na

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Die_Gedanken_sind_freihttps://www.youtube.com/watch?v=3TdEtctcY0shttps://www.youtube.com/watch?v=3TdEtctcY0shttps://www.youtube.com/watch?v=-cwJQlsUf7Uhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Die_Gedanken_sind_freihttps://www.youtube.com/watch?v=3TdEtctcY0shttps://www.youtube.com/watch?v=-cwJQlsUf7U

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    20/58

    ia*e atual e #resente) as ue) a*ora deforada) en*ana a censura e #assa #elaalfnde*a. 'sto é) Freud +B co outro ol,ar auilo ue o ol,ar da censura soente +Biediataente) isto é) alé de ol,ar a coisa coo faz o censor) Freud ol,a a coisa eol,a ta!é ol,ar do censor. coo uando o #rofessor a#ontando #ara a l#adadiz: “^ocBs est2o +endob ue é issob” [ “" l#adaH”) dize todos”. “(2o. ^ocBsn2o est2o +endo eu dedo a#ontado #ara a l#adab” 3utatis utandis) é o esoue se #assa co u aconteciento referido a 4oca*e. $sta+a ele sentado D esa cosuas alunas. Per*unta-l,e: “ ue é ue ten,o $(&R$ as #ernasb”. %ilBncioconstran*edor. $nt2o ele reata: “" #erna da esaH”. Passados al*uns inutos) c,e*aoutras alunas e 4oca*e +olta a #er*untar: “ ue é ue ten,o $(&R$ as #ernasb”.$nuanto as recé-c,e*adas fica constran*idas) as outras *rita felizes) coo ue*ozando das recé-c,e*adas) constran*idas) auilo ue 4oca*e re+elara antes: “"

     #erna da esa”. 3as) 4oca*e l,es diz: “(2oH auilo ue #ensara #ensara antes eue as ue c,e*ara est2o #ensando a*ora H” 4oca*e +B o ol,ar co o ual as alunas

    +ee a coisaH ) riso do chiste como o sonho do sono provém da atividade doinconsciente !ue, para se impor desinibidamente precisa burlar a censura. G o chistetambém trans"orma a censura em cesura2

    %ec02o “$” - 56 ua l*ica ue d6 conta da rela02o $(&R$ ia*ens j6 ueauilo ue a ia*e inocente acol,ida #ela censura n2o é ca#az de re#resentar o desejoue realente transfora a ia*e ori*inal e ia*e inocenteb dessa l*ica)el,or) infral*ica ue Freud se ser+e. ue *eralente é c,aado de “ela!ora02osecund6ria” 7%e\und`are 4ear!eitun*9 é ua es#écide de “Ruc\sic,t auf ^erst`ndlic,\eit”. ua outra odifica02o a*ora i#osta aos #ensaentos on/ricos j6

    deforados) tentando) e!ora se uito sucesso) dar-l,es u ordenaentorelati+aente coerente e u tanto co#reens/+el. Freud retoar6 essa te6tica na%ec02o “'”) onde ele +ai eA#licitar o uarto #rinc/#io ue #artici#a da 7de9fora02oon/rica.

    $ aui Freud) nessa %ec02o “$”. e!ora tardiaente) introduz ua ,i#tesecuriosa e a eu +er desnecess6ria:  EGistem imagens ti"o s6mbolos on6ricosM  "ssisendo) ,a+eria ia*ens inconsicentes uni+ersais) inclusi+e filo*enéticas) nas uais est6in+estido o desejo seAual. u ent2o) a#enas nos ser+ios dessas ia*ens) #or eAe#lo)de aniais #ré-,istricos coo caufla*ens #ara) escondendo a ia*e censurada)su!ornar a censurab uando enino) son,ei ue no #6tio ao lado do uarto de eus

     #ais) ,a+ia dois aniais #ré-,istricos) u era enor e o outro) alé de aior) tin,aua tro!a ssea. Xe u oento #ara outro) enfiou a tro!a ssea no +entre doenor. "cordei arfante. "col,er a ,i#tese de s/!olos ia*éticos uni+ersais e soacoo u derra#ada jun*iana de Freud) a+ant la lettre. Freud n2o sa!ia de Jun* uandoescre+eu a aior #arte do Ca#. ?) antes do in/cio do %éc. gg...

    %ec02o “F” [ (esta sec02o) Freud +ai discutir n2o ais a o#acidade das ia*enson/ricas) as) #elo contr6rio) a lucidez e consciBncia de certas a01es intelectuais ti#oc6lculo) ju/zos) as uais ne #recisa de an6lise su#leentar #ois ue a#arece j6claras #or si soente. auilo ue ser6 retoado na %ec02o onde no+aente se estuda

    a considera02o D inteli*i!ilidade 7sintaAes) in ausentia9 e o#osi02o D considera02o Dfi*ura!ilidade 7#aradi*as) in #raesentia9.

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    21/58

    Coo é ue al*o nico #ode ser foruladob Freud c,aa de “Rc\sic,t auf Xarstell!ar\eit” 7considera01es ou incidBncias de re#resenta!ilidade9 a u #rinc/#io deo!rar ou a*ir de nossa ente. Por eio dessa ati+idade) #ensaentos inconscientes7desejos inconscientes9 se transfora e ia*ens sens/+es 7e sensuais9) coo nosson,os. riso do c,iste n2o é u resultado dessa transfora02ob. $ste ténuedis#ositi+o 7Rc\sic,tna,e9 j6 é) ele eso) ua defora02o) e) coo tal) uacensura aos #ensaentos inconscientes. ra) essa trans#osi02o 7!ersetzun*9 é o nicoeio ca#az de re+elar o ue) de outro odo #eranece indiz/+el e ineA#lic6+el. "léda #esuisa #sicanal/tica) a literatura) as artes #l6sticas e) atualente) os eios decounica02o nada) de no+o #roduziria ca#az de nos ostrar auilo ue nos o+e enos a*ita o te#o todo alé de nossas toadas de consciBncia. ^eja-se #or eAe#lo oue se anuncia nesse li+ro: ,tt#:888.transcri#t-+erla*.deQ--QSK-S??-+on-freud-und-lacan-aus-literatur-edien-ue!ersetzen

    %ec02o “]” [ $sta sec02o trata de #ensaentos inteli*entes e son,o

    relacionados a sietria) total a!surdidade de contedo) entendidos enuanto o!jeto dede jul*aento de eAclus2o) ou coo *osto de dizer) “co#leentaridade eAcludente”.

     #ara isso ue os son,antes dize: “'sso n2o te sentido al*uH”" %ec02o “5” é u #reldio #ara a teoria siste6tica ue +ai ser a#resentada no

    Ca#. ^''. Xistin*ue-se as re#resentat1es on/ricas e os afetos aco#an,antes esouando con+enientes ou incon+enientes ou co#oss/+eis ou inco#oss/+eis. "#resenta-se ua sentica da condensa02o e do deslocaento enuanto contra#artida causal,i#otética.

    " %ec02o “'”) a*ora) +ai ostrar ue a tendBncia do desejo n2o se ,i#oteca ne

    se #rende a #rodu01es on/ricas seja elas uais fore. s fantasas 7P,antasieren9ue) #or u lado) se fantasa*oriza #ara su!ornar e des#istar a censura) #or outrolado) #resta-se #ara realizar desejos seAuais infantis ue) coo alas #enadas)

     #erdura sucu!idas #elo recalue. (u dizer atri!u/do a Plat2o) o ser ,uano,onesto faz e son,o auilo ue n2o se #erite fazer enuando acordado. Xe+eras) osujeito #ode fazer e son,o ou e riso auilo ue uitos soente #ode fazer esintoas) #a*ando #ara tanto) des#erdi0adaente) iensos #re0os. &oda+ia n2o se

     #ense ue son,ar durante o sono) de+anear durante a +i*/lia) rir 7rir é o el,or reédio9) etc.) seja ca#azes de re+erter os sintoas. (2o eAistes #rodu01es art/sticas)seja de ualuer *Bnero ue fore) #siconeurticas) #sico#er+ersas ou #sicticas. %eeAiste) elas s2o #rodu01es "P$%"R dos sintoas #siconeurticos) #sico#er+ersos ou

     #sicticos.

    ?@A?7/ O snh e chiste/ um endant d utr  3ais consideraçAes paraintroduzir o Eapítulo 6U de reud, 7K66a, proposta como matriz para análise do riso dochiste, este en!uanto -de/"ormação do inconsciente.

    Coo é ue #ensaentos inconscientes 7#ensaentos inconscienteente

    desejantes ou desejanteente inconscientes9 se transfora e son,os eni*6ticosb tra!al,o #sico#atol*ico inconsciente ue resulta e sintma é an6lo*o ao tra!al,o

    http://www.transcript-verlag.de/978-3-89942-466-9/von-freud-und-lacan-aus-literatur-medien-uebersetzenhttp://www.transcript-verlag.de/978-3-89942-466-9/von-freud-und-lacan-aus-literatur-medien-uebersetzenhttp://www.transcript-verlag.de/978-3-89942-466-9/von-freud-und-lacan-aus-literatur-medien-uebersetzenhttp://www.transcript-verlag.de/978-3-89942-466-9/von-freud-und-lacan-aus-literatur-medien-uebersetzen

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    22/58

    on/rico inconsciente ue resulta e snh  durante o sonoH $ o tra!al,o c,istoso7'&;']9 inconsciente ue resulta e ris durante a +i*/lia é an6lo*o ao sintma e aosnhH

    Ca!e o!ser+ar ue o tra!al,o on/rico inconsciente é ua #rodu02oori*inalente deforadora e de*radadora e) #ortanto) seu resultado ser6 eni*6tico.$sse tra!al,o é deterinado tanto #ela instncia de “alfnde*a” ue nunca ficaco#letaente adorecidaH $la est6 se#re) ais ou enos de ol,o. $ssa “alfnde*a”é denoinada “C$(%GR"” #or Freud. $ntendo ue a censura é) #or u lado) “censuraautmBtica”) essa) cujas re*ras) coo no jo*o do Aadrez) i#1e restri01es) e) #or outro)é) “censura mral”) cujos “#rinc/#ios” ou do*as e fora clara ou o!scura)

     #rocede da +ontade ou dis#ositi+os dos ante#assados) #rinci#alente dos #ais)su#ostaente aceitas se #estanejar #or cada u de ns ne ue seja #ara constestar.%2o restri01es educati+as eA#licitaente aceitas #or cada u de ns cooincontorn6+eis) #ois ue i#ostas #elos #ais) ante#assados) tradi01es) con+en01es) etc..

    %er6 ue o #esuisador #sicanal/tico) coo Freud ou Lacan) acol,e as7de9fora01es do inconsciente [ e #or eAcelBncia) o son,o e o c,iste) - #ossu/do #eloeso es#anto ju!iloso ue "ristteles confessa estar #ossu/do uando se entre*a aoato filosficob s #esuisadores #sicanal/ticos sa!eos ue todas as nossas aiscuidadas fora01es de nosso #ensaento) se#re #ass/+eis ais ou enos de

     #ertur!a02o) s2o deterinadas #ela a02o dos #ensaentos inconscientes ou #ensaentos desejantes. G, para reud, o modo matricial é a ação do inconsciente no processo de -de/"ormação onírico. "ssi sendo) #ara Freud) “Traumarbeit ” é atriz #ara toda e ualuer 7de9fora02o #rocedentes da a02o do inconsciente) seja

    7de9fora01es ti#o sintoas) son,os) esuecientos) atos fal,os) c,istes) de+aneios ou)acrescento eu) eA#eriBncias de su!liiza02o ou edificantes 7Lon*ino) 4ur\e) 4oileau)etc.9 e a#rendiza*ens serendi#idosos Ds uais nos entre*aos #elo ero aor aoa#render. 3uito ais do ue #ela adira02o) o #esuisador é toado #ela surpresa7!errasc,un*9 do inusitado) do ines#erado das 7de9fora01es do inconsciente) diantedo ue n2o de+e recuar ne se #rote*er.

    estudo e #esuisa #sicanal/tica enuanto +ia ré*ia do inconsciente encontrano son,o e na elucida02o do son,o sua atriz e odelo) toda+ia) o estudo e #esuisa doc,iste) esse entendido coo “trait dVes#rit”) #ode ser #ro#ostos) ual fio +erel,o)ca#az de unir e a #ers#assar e fora de teoria do si*nificante. Foi o ue) a+ant lalettre) Freud fez e Freud) EIc) coisa ue Lacan rediensionou) coo se +B nissoue a#arece no S@', 2arte @$, .ições @$ a @N  o oento e ue Lacan su!+erte etrans#1e o *rafo de %aussure e lan0a os fundaentos do *rafo de Lacan.

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    23/58

    Cra% de Saussure Cra% de 6acan

      !ser+eos ue) no *rafo de %aussure) “C5"p($ %']('F'"(&$” corre esentido in+erso da “courante du %']('F'” e ue) no *rafo de Lacan) esses sentidosa#arece res#ecti+aente e γ=>Α e δ=>δV. Lacan #ro#ondo teoria re+olucion6ria

     #ara o si*nificante transfora o *rafo de %aussure oferecendo-nos outro desen,o.J6 de+e ter ficado !atante claro ue o tea deste eu teAto trata das

    7de9fora01es do inconsciente centrado no estudo dos #rocessos do '&; 7c,iste9. (afrancofonia) teos trBs eA#ress1es lin*ua*eiras: “!o ot”) “ot dVes#rit”) “traitdVes#rit”. " #ala+ra “'&;” é couente traduzida #or “ot dVes#rit”. Lacan)antendo a teoria do si*nificante lacaniano) #ro#1e ue se traduza #or “trait dVes#rit”.$nt2o) #ara Lacan) todo o “ot dVes#rit” se reduz ao si*nificante “trait dVes#rit”) ue é aestrutura su!jacente do “ot dVes#rit”.

     (a lusofonia) o “'&;” ale2o é o nosso “c,iste”. “trait dVes#rit” lacaniano énosso “tra0o es#irituoso”. %er6 se#re nesse sentido ue e#re*arei a #ala+ra c,iste ou'&;) #ois ue eu estudo do c,iste deterina-se a #artir do teAto de Freud e #elarea#ro#ria02o da teoria do si*nificante lacaniano. ^er-se-6 ue a tra0o es#irituosoful*ura e eAcele ta!é na lusofonia es#ecialente uando o c,iste é suaente !re+ee eA#losi+o coo é o caso do c,iste fonético) do ti#o “eritR/ssia Ju/za”M ou o casodo outro noe #ara a #rofessora ^al*ina ue) se*undo nosso inteli*ente Jo2ozin,o) é

     #rofessora 4ucLeta. $ no caso de u eAcelent/ssio) as oroso Juiz) #odeos dizer ue é “esse lent/ssio Ju/z”.

    tra0o es#irituoso é sin*ular/ssio) nico) de ua +ez #or todas) u U,a#aAle*oenonV. ,tt#:en.8i\i#edia.or*8i\i5a#aAle*oenon. %e é certo ue o estudo do

    tra0o es#irituoso é u con+ite #ara ua entrada cOoda e di+ertida ao ca#o da fun02odo si*nificante no inconsciente) ta!é é certo ue esse estudo da tra0o es#irituosofreuenteente reete aos estudos das outras fora01es do inconsciente) a sa!er) as7de9fora01es #sico#atol*icas do inconsciente 7sintoas9 M as 7de9fora01es on/ricasdo inconsciente 7son,os durante o sono9 M as fora01es deforadoras e de*radadoras doinconsciente no contidiano da *ente) coo s2o os atos fal,os e esuecientos M #or fi)Ds 7de9fora01es de+aneadoras do inconsciente ta!é no cotidiano da *ente) coos2o os de+aneios. $ n2o se de+e esuecer a retoada do #roissor estudo da estil/stica)a #artir da #esuisa #sicanal/tica das eA#eriBncias do su!lie) na #ers#ecti+a de

    Lon*ino) 4ur\e) 4oileau) etc. (e se de+e esuecer a retoada #roissora desses #sico#eda*o*os ue !usca na #esuisa #sicanal/tica ua contri!ui02o fecunda co aual encontra dire01es #ara a #er*unta: “Coo é ue a#rendeos o+idos a desejob”

    3asotta) e suas “Lecciones de introduccin al #sicoan6lisis) '.) ]ranica: E) #. IQ: “Freud) e su tra!ajo so!re el c,iste refleAiona so!re las relaciones de este con elinconsciente) es coo lo dice el t/tulo iso del li!ro) T lo ue encuentra es nadaenos ue el chiste es modelo " sa!er) ue la o#eracin ue su!Tace a ese efecto de unrelato ue nos ,ace re/r es la isa o#eracin ue suTace a toda >ildung  7foracin9)es decir) a todo #roduto #roducido #or el inconsciente) el la#us) el sintoa) el sueo) elato falido.  Gl chiste es interessante para reud por!ue está hecho con palabras,

     por!ue su e"ecto depende unicamente de las palabras.”   7...9 Lo ue Freud +iene a

    http://en.wikipedia.org/wiki/Hapax_legomenonhttp://en.wikipedia.org/wiki/Hapax_legomenon

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    24/58

    decirnos) se lo +e) es u ensa*e u tanto incodo: ue ,asta las enferidadesentales del ,o!re est6n estructuradas coo u c,iste.” 7#. IQ e I9.

    Recenteente) 3arco "ntonio Coutin,o Jor*e) e seu  undamentos da 2sican;lise de reud a .acan# As bases conceituais, vol @$, Jor*e ;a,ar $ditor: K)nas #6*inas EE?-EKI) re+isitou #erfunctoriaente o teAto de Freud) 7Freud) EIc9 edeté-se nu #ar6*rafo ue) coo ele a#onta) é !ase e #onte $(&R$ Freud e Lacan.&ranscre+o o ori*inal de Freud e a tradu02o) #ois ue é u locus classicus: “orte sindein #lastisc,es 3aterial) it de sic, allerlei anfan*en l`sst. $s *i!t orte) 8elc,e in*e8issen ^er8endun*en die urs#rn*lic,e volle 4edeutun* ein*en!sst ,a!en) derensie sic, in andere ;usaen,an*e noc, erfreuen.” 7...9 $s *i!t i Xeutsc,en auc,orte) die in andere %inne voll   und leer  *enoen 8erden \hnnen) und z8ar ine,er als nur eine. $s \hnnen n`lic, z8ei +ersc,iedenen "!\hlin*e dessel!en%taes) das eine sic, zu) eine orte it voller  4edeutun*) das andere sic, zu einer a!*e!lassten $nd- oder "n,`,*esil!e ent8ic\elt ,a!en) und !eide doc, 8oll\oen

    *leic, lauten. Xer ]leic,laut z8isc,en eine vollen ort unter a!*e!lassten %il!e a*auc, ein zuf`lli*er sein. 'n !eiden F`llen \ann die '&;tec,ni\ aus solc,en^er,`ltnissen des %#rac,aterials (utzen zie,en.” 7]) ^') #. IS9. 7Las #ala+ras sonun #l6stico aterial con el ue #uede e#reenderse toda classe de cosas. 5aT #ala+rasue en ciertas ace#ciones ,an #erdido su #leno si*nificado ori*inario) del ue toda+ia*ozan en outro conteAto. 7...9 $n ale6n eAiten ta!ién #ala!ras ue #ueden toarse endiferente sentido) T #or certo en 6s de uno) en sua ace#cin plena o en la vacía. sea)

     #ueden ,a!erse desarrollado dos retoos diferentes de un iso ori*en) con+irtiéndoseen una s/la!a final o sufijo descoloridos) teniendo a!os) e#ero) el iso sonido.

    $sta ,oofonia $(&R$ ua #ala!ra plena T ua s/la!a desocolorida #uede ta!éinser casual. $ a!os casos la técnica del c,iste #ude a#ro+ec,ar tales constelacionesdel aterial lin*/stico.” 7#. S-I9. $ Coutin,o Jor*e o!ser+a: “" #ala+ra co sentido

     #leno desi*na assi) #ara Freud) o si+ni"icante) ao #asso ue a #ala+ra co sentidoes+aziado desi*na o si+no. 7...9 %e d+ida) é #oss/+el ler nessa cate*oria ua ori*efreudiana da fecunda o#osi02o introduzida #or Lacan $(&R$ %ala lena e  "ala vazia.”7#. EKE e n. 9.

    &oda+ia) n2o !asta a#ontar u dado indiscut/+el ue ser+e de #onte $(&R$auilo ue #ara Freud é palavra plena 7si*nificante definido #or Lacan9 +ersus palavravazia 7si*no definido #or Lacan9. Con+é deter-nos) coo faz Jean-Pierre Cléro) nu

     !re+e eAae de uatro teros: si*ne 7si*no9) si*nifiant 7si*nificante9) si*nifié7si*nificado9) si*nal 7sinal9. s lin*uistas distin*ue !e $(&R$ si*no e sinal. si*no est6 instalado nua estrutura de di6lo*o ue o sinal dis#ensa. &oda+ia) na #r6tica)o sinal #ode e de+e ser considerado coo u si*no zero [ tal coo é a an*stiaentendida coo sinal [ reetendo-se a si*nos. " an*stia nasce coo sinal) as é+i+ida #or eio de si*nos. (a scia de 4eet,o+en) #or eAe#lo) as #rieiras notas7sinais9 da I %infonia) s2o si*nos ue e+oca ou retu!a o sinal do destino: a orte.s estoicos e de#ois %aussure ensina ue u si*nificante se li*a a u si*nificado en2o a u referente. &oda+ia) Lacan se interessa nua tese de %aussure) tese de ue a

    assa de si*nificantes e a assa de si*nificados est6 or*anizada de tal fora ue usi*nificante ou u si*nificado tB a #ro#riedade de n2o ser res#ecti+aente outro

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    25/58

    si*nificante ou outro si*nificado) ne #ode estar res#ecti+aente no lu*ar de outrosi*nificante ou si*nificado. &oda+ia) se #or u lado %aussure usa ua !arra di+isora eunificadora $(&R$ o si*nificante e o si*nificado)  #acan dispensa o si+ni"icado eutiliza a barra GFTIG um e outro si+ni"icante. (esse $(&R$ dois si*nificanates) est6o sujeito) se#re sur*indo e fenecendo $(&R$ u e outro do #ar de si*nificantes)sur*indo e fenecendo e todo) se#iterno e se#re no o+iento do7s9 si*nificante7s9.Para %aussure) o si*nificado é o re+erso so si*nificanteM #ara Lacan) o si*nificado é o

     #roduto de u #ar de si*nificantes. Para %aussure) o si*nificado #redoina so!re osi*nificanteM #ara Lacan) o si*nificante en*endra o si*nificado) si*nificado esse ue

     #ode ele eso a*ir coo si*nificante) assi coo ualuer ia*e #ode a*ir coosi*nificante e )inclusi+e) ualuer tra0o distinti+o) u fonea. Lacan: “LD-dessus il fautuand Be ue /insiste #our ue +ous tous +ous #reniez connaissance de ce ue jVaiécrit dans ce ue jVai a##elé  ./instance de la lettre dans l/inconscient ) D sa+oir leseAe#les ue jVai donnés dans ce teAte des deuA fonctions ue jVa##elle Y les onctions

    essentielles du signiiant P en tant uVelles sont celles #ar oq) si lVon #eut dire , le soc du signiiant creuse dans le réel ce

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    26/58

    odernos. &oda+ia) Y lasciate o*ni s#eranza Z) e #esuisa #sicanal/tica n2o ,6 atal,os)n2o ,6 cursos) #ercursos) estrados) doutorados) #s-doutorados. (2o é coo trans#osi02odid6tica ue a#resento esse roteiro enuanto retorno lacaniano a Freud. coo se fosseu a#a. &oda+ia os #assos e as cain,adas de#ende de cada u ou de cada ua.

    reud, 19?@c, aarece diidid em trEs artes, sete ca:tuls e, cntadasuma a uma, trinta e uma secFGes Hara mair cmdidade e racticidade, su!irue se acmanhe a reartiFJ d teKt inteir de reud cm = aresentad ela*ditra 3mrrrtu, emarelhad cm minnha rsta de distri#uiLl em M1secFGes/ SecFFJ ?1AM1 a SecFJ M1AM1

    ."9 P"R&$ "("L&'C":Ca#. E co K sec01es) as uais noto EE e KE.Ca#. K co EK sec01es) as uais noto E a ESE.Ca#. co I sec01es) as uais noto EIE a EE.

    .49 P"R&$ %'(&&'C":Ca#. S: co K sec01es) as uais noto KE e KEE.Ca#. I: co ua nica sec02o) a ual noto KKE.

    .C9 P"R&$ &$=R'C"MCa#. ?: co ua nica sec02o) a ual noto KE.Ca#. : co Q sec01es) as uais noto KSE a EE.

     (o "dendo E) ser6 dada ua !re+e infora02o de cada ua das E sec01es dossete ca#/tulos de Freud) EIc.

     (^$ C"&$]R'"% '('C'"'%) P$RFG(C&=R'"% $ X$F'C'$(&$%a#ontadas #or Freud e Parte “"”) Ca#. E) %ec. K) ou %ec02o KE.

    Freud utiliza no+e cate*orias #ara dar conta dos teAtos dos autores de ue seser+e e #1e e orde os ac,ados tericos col,idos. &oda+ia) #ara Freud) s2o coo ue

     #seudo-cate*orias e continua sendo “disjecta e!ra” 7e!ros des*rudados9. $outros teros si#les) é u e#rio de dados.

    1 Die 35tiitt3lemJ de reud

    3 atiidade.inha traduFJ

    6a actiidad$TraduFJ da

    3.ORROTU2 Die +e4iehun! 4um

    Inhalt unseresDen5ens

    RelaFJ cm cnted denss ensar

    6a re%erencia alcntenid de nuestr

    ensarM Der (hara5ter des

    sielenden Urteils(arBter de Pul!ament

    ldic*l carBcter de Puici

    ue Pue!aQ Die Haarun! des

    Unhnlichen3casalament ds

    dissemelhantes*l aareamient de l

    desemePante

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    27/58

    @ Der0rstellun!s5ntrast

    (ntraste reresentacinal *l cntraste dereresentaci>n

    Der Sinn imUnsinn

    Sentid n nJLsentid *l sentid en l sinsentid

    7 Die3u%einander%l!e n

    0er#l"%%un! und*rleuchtun!

    SeuEncia de descncert ede esclareciment

    6a sucesi>n dedescnciert eiluminaci>n

    das )errhlendes 0erstec5ten

    Na #usca d cult ;diml:cit<

    6a re#usca de lescndid

    9 die #esndere 3rtn V"r4e des

    'IT&es

    Ti esecial de #reidaded chiste

    *l articular ti de#reedad del chiste

    .

    Freud #1e orde no *alin,eiro) ediante u *a!arito ca#az de classificar osC5'%&$%. Funda-se) inicialente:

    .E9 na FR3": C5'%&$% de #ala+ra 7orts'&;9 e C5'%&$% de #ensaento 7Xen\en'&;9M

    .K9 na 3"&R'" 7contedo9: “tendBncias o!cenas”) “tendBncias ,ostis”)“tendBncias c/nicas” e “tendBncias céticas”. $+ito usar se#re ue #oss/+el o tero“inten02o” e e sir+o do tero “tendBncia”) tanto #ara auilo ue é conce!ido cooinconsciente ou consciente.

    Freuenteente) até eso e EE?) Freud nos confunde uando utiliza no

    lu*ar dos teros “tendBncia” ou “tendBncias” os teros “inten02o” ou “inten01es”.Coo a atosfera da &erra) o 'nconsciente n2o te inten01es) as tendBnciasH $ssaconfus2o d6 lu*ar ou es#a0o a ue se toe o ca#o do 'nconsciente coo se fosse uaeAtens2o do ca#o do ConscienteP#ré-consciente) isto é) se ,6 inten01es i#l/citas noConscientePré-consciente) ent2o ta!é as ,6 no 'nconsciente. "ssi) e+itar-se-6ualuer tentati+a de in+as2o de aniisos) isticisos e uejandos nas #esuisas

     #sicanal/ticas. essa a istifica02o a#arenteente inocente ao uso de #siclo*os) #siuiatras) #sico#eda*o*os) filsofos) telo*os et cater+a ue de+e ser se#re e+itada." res#onsa!ilidade ue teos e rela02o ao 'nconsciente n2o é oral) as éticaH "

    res#onsa!ilidde ética n2o soente é ncess6ria) ela é ta!é suficiente.

    CL"%%'F'C" FR$GX'"(" X% C5'%&$%) $3 ]($R% C3X'F$R$(&$% $%PC'$%:

     % ]($R% X C5'%&$:“"”: C(X$(%".“4”: 3L&'PL" "C$P X 3$%3 3"&$R'"L.“C”: XGPL %$(&'X.

    % ]($R% C3 %G"% $%PC'$% $%PC'$%:

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    28/58

    E: Condensa02o co 7X$9FR3" X$ G3" P"L"^R" 3'%&".K: Condensa02o co 3X'F'C"..: 3lti#la ace#02o do eso aterial no &X ou na P"R&$..S: 3lti#la ace#02o do eso aterial e R$RX$("3$(&..I: 3lti#la ace#02o do eso aterial co L$^$ 3X'F'C"..?: 3lti#la ace#02o do eso aterial) esa #ala+ra PL$(" ou ^";'"..: Xu#lo sentido de (3$ ou de %']('F'C"X ("&GR"L..Q: Xu#lo sentido de %']('F'C"X F']GR"X 7conotati+o9 ou

    CX'F'C"X 7denotati+o9..: Xu#lo sentido e XGPL %$(&'X PRPR'"3$(&$ X'& 7jo*o de

     #ala+ras9..E: Xu#lo sentido e $G'^C'X"X"X$..EE: Xu#lo sentido e XGPL %$(&'X C3 "LG%. 

    CL"%%'F'C" C3PL$3$(&"R PRP%&" PR FR$GX:G"(& FR3":.EK: C5'%&$% &$(X$(C'%% '(F$(%'^% 7'(=CG%9.

    G"(& " C(&$X:E: C5'%&$% &$(X$(C'%% 4%C$(%..ES: C5'%&$% &$(X$(C'%% 5%&'%..EI: C5'%&$% &$(X$(C'%% C('C%..E?: C5'%&$% &$(X$(C'%% C&'C%.

     ?A?7/ Uma utra cena = incnsciente Uma utra maneira de arendersemre %i, = e serB ss:el aesar das esclas institucinali4ads u nJ

    s ue !uscaos realizar estudos acadBcios e filosof/a) #sicolo*/a) #sico#atolo*/a) #sico#eda*o*/a) teolo*/a) etc.) nu curso de *radu02o uni+ersit6riacostuaos ficar en+ol+idos durante al*uns seestres estudando) so! o noe de“L*ica”) auilo ue ,6 séculos é con,ecido coo =r*anon de "ristteles.

    Rele!ro ue uatro tratados de "ristteles: 7ategorias)  -a 4nter"retação) Anal6ticos  ' e  Anal6ticos  '' destina-se ao con,eciento e e#re*o do étodo ue*arante #ensar corretaente. 56 u tratato) a#arenteente esuecido) T9"icos  e seuco#leento)  Elencos) destinados ao con,eciento e e#re*o de étodos ue*arante con+ersar corretaente. Nant retoa e outras diens1es e seu curso deL*ica essa arte da correta con+ersa02o. $ atualente al*uns se*uidores fazeosestudos so!re esse tea. $u eso ten,o u teAto na re+ista &$g&GR" onde a!ordoessa te6tica. Cf. ,tt#:888.re+istateAtura.core+istaatS.,t

     utrossi) a#ro+eitando a funcionalidade do F"C$4N ue curiosaente

    n2o te #oder de fazer a se#ara02o $(&R$ #artici#antes lcidos e #atici#antes idiotas)as si#lesente é ca#az de re+el6-los) criaos) o jornalista Carlos Fernando Narnas e

    http://www.revistatextura.com/revista9/mat4.htmhttp://www.revistatextura.com/revista9/mat4.htm

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    29/58

    eu ua Counidade $#istolar %olid6ria onde o escre+in,ador escre+in,a #ara leitoresue l,e escre+in,a. " #ro#osta é a se*uinte:

    ]ru#os de escritores #rofissionas e aadores ue escre+e a leitores ueescre+e.  " aior re+olu02o #eda**ica acontece nos oentos e ue a classe dea#rendentes fica dis#osta e c/rculo) onde u #artici#ante enAer*a a todos e todosenAer*a a u) e onde cada #artici#ante) e P4L'C) diri*e a #ala+ra a G3interlocutor ue) #or sua +ez) l,e res#onde) iediataente e e #!lico.

    &rata-se de odalidade de eAerc/cio do di6lo*o +i+o e #r6tico) coo "risttelesteoriza e “&#icos”) Nant e “L*ica” e 5.P. ]rice e “L*ica e con+ersa02o”

     (o a!iente escritural) essa fora de interati+idade dialo*ada se d6) e #arte) #or cartas en+iadas #elo correio cou. &oda+ia) as cartas n2o costua ter #u!licidadeiediata. %a!e-se raraente de carta #u!licaente en+iada a u interlocutor. $sses s2o

    os liites e ue esta+a a literatura e#istolar."tualente) *ra0as D in+en02o do correio eletrOnico e D or*aniza02o de *ru#os

    internéticos) coo os *ru#os Ta,oo e face!oo\) a literatura e#istolar #ode ser PG4L'C"3$(&$ retoada) rediensionada e #raticada no oento eso da sua

     #rodu02o) deocratizando) assi) o a!iente internético) coo se deocratiza oa!iente 6ulico.

    a interescritura e #!lico ue torna ca#az u escritor) #rofissional ouaador) a sair de sua solid2o e a escre+er #ara o leitor ue l,e escre+e. ]an,a osinterlocutores) *an,a os #artici#antes e *an,a a deocracia.

    Carlos Fernando N"R("%) jornalista) e José Luiz C"() #sicanalista) de#oisde di+ersas iniciati+as) e a!iente escritural) co *ru#os de #artici#antes #resenciais)sei#resenciais e D distncias) #ostos iediataente a escre+er #ara leitor ue escre+e)estaos aniando ais essa iniciati+a de literatura e#istolar #!lica) e cia do lance)nessas duas counidades internéticas a!ertas ao escritor #rofissional ou aador)dis#osto a escre+er #ara o leitor ue escre+e.

    Xe Ca0a#a+a 7%P9 e de Porto "le*re) Efe+KEE,tt#s:888.face!oo\.co*rou#sccs.caoncounidadesolidariaEIEQ?KEQIS

    ?Ibnotift*rou#acti+itT

    Por outro lado) ,oje teos o costue de nos orientar #or uatro discurso e"ristteles. 'sso alar*a o ca#o do tradicional =r*anon "ristotélico ue até ,6 #oucote#o co#reendia soente os tratados da L*ica e Xialética 7con+ersa02o9. "ssi)teos outros dois discursos) a sa!er) Retrica e Poética.

    Pro#or u =r*anu n2o foi o ue fez "ristteles ne Freud. 3as) o ue éeso u =r*anub L"L"(X$ e "44]("( nos infora nos +er!etes=R]"(G3) Cv(($) CR'&R' e "PR$C'". Certaente) ser+e #ara oesta!eleciento de u =r*anu freudo-lacaniano enuanto #endant do =r*anuaristotélico-fre*iano.

    https://www.facebook.com/groups/ccs.caoncomunidadesolidaria/915186231854675/?notif_t=group_activityhttps://www.facebook.com/groups/ccs.caoncomunidadesolidaria/915186231854675/?notif_t=group_activityhttps://www.facebook.com/groups/ccs.caoncomunidadesolidaria/915186231854675/?notif_t=group_activityhttps://www.facebook.com/groups/ccs.caoncomunidadesolidaria/915186231854675/?notif_t=group_activity

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    30/58

    ?7A?7/ O 'IT& nJ = cWmicX O 'IT& nJ = “'it8 ds #ritYnicsX O'IT& nJ = humrX Tds dem %a4er rir, mas smente 'IT& = ;de

  • 8/18/2019 Filosofar Rindo e Rir Filosofando - Março2016

    31/58

    c,iste esse tra!al,o n2o seria analo*aente s tra!al,o) as ta!é !rinuedo efol*uedoH ) pensamento latente é o GFTIG o inconsciente -pensamento desejante/ eo sonho mani"esto2 (o ale2o: “^orstellun*s\ontrast”) “Xer %inn i Gnsinn”) “Xie^er!lffun* und $rleuc,tun*” s2o “cate*or/as” ue est2o aué ou alé 7tanto faz9 dare*i2o onde i#era o #rinci#io de n2o-contradi02o.

    riso enuanto efeito de '&; 7trait dVes#rit) tra0o es#irituoso9 é ua7de9fora02o do inconsciente. &oda+ia) ne todo o riso é coo o riso do C5'%&$ -&R" $%P'R'&G% -) efeito iediato do inconsciente. Por eAe#lo) o riso dacoicidade e de outras técnicas ou #rocessos ca#azes de fazere rir n2o de+e ser eui#arado ao riso #roduzido #ela técnica do “'&;”.

    tero “,uor”) ue Freud utiliza e seu tra!al,o de EK) Freud) EKd) -er  =umor ) ne ua +ez o ualifica ,uor judeu [ #ara resseniento dos ue ainda ac,aue #sican6lise ne é ciBncia ariana ne ciBncia seita [ as si#leente ciBncia toutcourtH ue o “'c,” ac,e ue triunfa so!re o “!er'c,”b $ssa eA#eriBncia ue Freud

    c,aa de “der 5uor” #rocede de ua técnica e de ua tendBncia ue n2o de+e ser eui#arada D técnica #sicanaliticaente #ro#osta #or Freud #ara dar conta do '&;.

    %e*undo o odelo do “Xer 5uor” d6 #ara deonstrar) coo j6 fiz) aeta#sicolo*ia do #erd2o) isto é) coo o #erdoar-se a si eso é u triunfo so!re onarcisiso e o cul#ar-se é ua derrota de si eso so0o!rando ao narcisiso #r#rio.&odo #oderoso é o sujeitin,o ue é ca#az de a*oar ou irritar a oni#otente di+indadeHConferir o site:

    ,tt#:888.i,uonline.unisinos.!rindeA.#,#bo#tioncocontent+ie8articleidSSsecaoQQ

    " C$(%GR" enuanto cri+o) #eneira) coador é intu/da coo re*ra #or Freuddesde se#re. Co a teoria das instncias) ua derra#a*e a ser+i0o dos e*olatr/adas)a C$(%GR") #ara eles) se oraliza e ideolo*iza) ser+indo-se de cri+os) #eneiras ecoadores oralizantes. Coo a reli*i2o) essa #sican6lise é a ue ais triunfaH Coo sea ética da #sican6lise j6 n2o fosse alé de necess6ria ta!é suficienteH

    desascraento da oni#otBncia do %en,or) acidentalente de cor !ranca) #elaso!re+i+Bncia do %er+o) acidentalente de cor ne*ra) faz co ue o triunfo do (e*roseja +i+ido coo ae0a ao %en,or. Coo n2o ,6 ais al*eas e re!enues) o anti*o%en,or 7n2o-todo o !ranco) #ode so!re+i+er ascarado de %en,or !ranco9. $ste se ser+edo c,iste c/nico ue) #or ser ca#az de detonar o riso) #ode ser i*noranteentee#re*ado #or &iranos de araue contra (e*ros li+res) as ainda so! as asso!ra01esda doin