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Financiamento de Infraestrutura e
Segurança de Longo Prazo no Brasil
Seminário do
Novembro 2016
STRICTLY PRIVATE & CONFIDENTIAL
2
Financiamento de Infraestrutura no Brasil
Investimentos em Infraestrutura por País (% PIB)1
Investimentos em Infraestrutura no Brasil
13,4%
11,4%
6,2%
5,8%
4,5%
3,6%
2,1%
China
Vietnam
Chile
Colombia
India
Philippines
Brazil
Fontes: McKinsey Global Institute Analysis, Credit Suisse
Nota (1): Em 2013
Investimentos em setores de infraestrutura em % do PIB e Redução Total
2,1%
1,5%
0,8% 0,6%0,8%0,4%
0,7% 0,6%0,5%0,2% 0,2% 0,2%
2,0%
1,5%
0,6% 0,7%
5,4%
3,6%
2,3% 2,2%
1971-1980 1981-1989 1990-2000 2001-2014
Eletricidade Telecomunicações Água e Saneamento Transportes Total
Visão Geral
Desafios crônicos e conhecidos
– Migração do consumo para investimento como indutor do
crescimento (PIB) ainda não ocorreu
– Investimento / PIB (%) está abaixo da média global
– Tendência: Investimento / PIB (%) vem caindo desde os anos 70
Média Global: 3.8%
Programas anteriores de investimento (PIL, Plansab, Plano
Decenal) foram insuficientes para reverter a trajetória
– Sobre-dependência do BNDES para funding de longo prazo
– Distorções tarifárias em nome da “modicidade tarifária”
– Inibe-se o desenvolvimento de um mercado de capitais local
STRICTLY PRIVATE & CONFIDENTIAL
Cronograma de Editais e Leilões
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Financiamento de Infraestrutura no Brasil
Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) Investimentos Estimados para Projetos Selecionados1
Programa inicial do governo Temer objetiva impulsionar investimentos em infraestrutura
Aeroportos
Terminais
Rodovias
Ferrovias
Florianápolis
Salvador
Porto Alegre
Fortaleza
Terminal de Combustíveis
em Santarém
RDJ XX – Granéis Vegetais
BR-364 / 365 / GO / MG
BR-101 / 116 / 290 / 386 /
RS
Corredor Norte – Sul
Ferrogrão
FIOL
R$ 6.5 bilhões
R$ 926 milhões
R$ 14.8 bilhões
R$ 14.3 bilhões
Total: R$36 billhões
(11 projetos)
Energia: CELG, Campos Marginais
AeroportosTerminais
RodoviasEnergia: Blocos de exploração,
direitos minerários
Reformulação dos modelos passados (PIL, PAC e Plansab)
– Realismo tarifário / maior equity IRR
– Estabilidade regulatória e jurídica
– Menor intervenção estatal
– Mercado de capitais como parceiro
– PPI pequeno1 vis-à-vis:
o “PIL2”: ~R$ 200 bilhões
o “PAC2”: ~R$ 1.0 trilhão
o “Plansab”: R$ 500 bilhões
Potencial para expansão do programa
– 34 projetos (1ª versão do PPI)
– Pacote de 11 projetos chegaria
a R$ 36 bilhões de Capex
– Tarifas sem hedge cambial
para investidores estrangeiros
– Redefinição dos sócios locais
– Indefinição sobre EPC’istas
– Dúvidas sobre o papel das
agências reguladoras
SaneamentoEnergia: Distribuidoras e hidrelétricas
Ferrovias
2T16 4T16 1T17 2T17
Energia: CELG
1T18
SaneamentoEnergia: CERON
Terminais, Rodovias, FerroviasEnergia: Blocos de exploração, direitos minerários, distribuidoras, hidrelétricas
Energia: Campos marginais
Editais
Leilões
Fontes: Projetocrescer.gov, Folha de São Paulo
Nota: (1) apesar destes 11 projetos somarem um Capex estimado de R$ 36 bilhões, segundo a Folha de S. Paulo, o
Ministro Henrique Meirelles, afirmou a empresários brasileiros e chineses em Xangai (China), em 02/09/2016, que o total
de investimentos em projetos de infraestrutura estimados pelo Governo Federal até 2020 seria de US$ 269 bilhões.
Aeroportos
+ -
+ -
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Financiamento de Infraestrutura no Brasil
Novo papel do BNDES
Fontes: BNDES, News Run
Notas: (1) ICSD de 2,0x para crédito do BNDES (apenas), e 1,5x global (BNDES + debêntures) – ver website do BNDES
-, além de potencial estrutura compartilhada de garantias (News Run)
Antigo modelo inibia o amadurecimento do mercado de capitais
– Financiamentos subsidiados como input nos modelos econômico-
financeiros para leilão: resultado da busca por modicidade tarifária
– BNDES não compartilhava garantias
– Conclusões:
o BNDES como principal financiador de longo prazo para
infraestrutura
o Bancos comerciais como bridge lenders até o take out
o Debêntures de infraestrutura não “decolaram” até hoje
Novo modelo: redução gradativa do protagonismo do BNDES
– Financiamento subsidiado focado em “áreas estratégicas”
– Setores maduros: taxas de mercado
– Estímulo (via ICSD)1 à alavancagem dos projetos junto ao mercado privado
– Espaço a ser potencialmente ocupado por fundos de pensão, seguradoras e
fundações, via debêntures de infraestrutura (prazo final: 10 anos)
– BNDES faria o last mile (prazos superiores a 10 anos): complementariedade
– Autorização do TCU para devolução de R$ 100 bilhões ao Tesouro em 2016
Emissões de Debêntures de Infraestrutura (R$ b)
~R$19 bilhões de emissões
totais, desde a aprovação da
Lei 12.431/2011
Desembolsos em Infra (R$ bilhões) e Participação Total (%)
28,7 29,8 31,839,6
53,49,4 4,2
39,714,6
18,3
38,134
71,5
54,2
71,7
2010 2011 2012 2013 2014
53%42%
76%
50%
62%
3,4
5,85,0
3,9
0,6
2012 2013 2014 2015 2016
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5
Financiamento de Infraestrutura no Brasil
Potenciais Investidores em debêntures de infraestrutura
49%
51%
166
70
59
26
24
21
Outros
R$ 740bn
Conjunto investidores institucionais: proporcional ao desafio de infraestrutura
A alocação média atual em debêntures de infraestrutura é insignificante
Ao mesmo tempo, estes fundos não têm batido metas atuariais desde 2013
Redesenho do financiamento de LP: novo papel dos bancos comerciais
‒ Estruturadores dos projetos
‒ Fiéis depositários do Projeto Básico/Engenharia
‒ Tomadores do risco durante a fase de construção
‒ Contratação de advisors ambientais, legais e fiscais: acompanhamento das obras
e cronograma físico-financeiro, chancelando desembolsos durante a construção
‒ Taxas de remuneração diferenciadas: construção x pós-construção
‒ Distribuição a mercado (institucionais) uma vez operacionais
‒ Instrumento de mercado (debêntures de infraestrutura) regulado pela CVM
‒ Estímulo à criação de mercado secundário líquido
‒ BNDES: funding mais longo (+10 anos) e potencialmente subordinado
Investimentos por EFPCs (R$ bilhões)2
13%
10%
15%
3%
7%6%
13% 12% 13%12% 12%
10%
69%
96%
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Carteira TMA/TJP Carteira Acumulada TMA/TJP Acumulada 2010-2015
Desempenho dos Fundos de Pensão Fechados1
Fontes: Anbima, Confederação Nacional da Indústria (CNI), Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP) e Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais.
Nota (1): Taxa mínima atuarial (TMA), Taxa de Juro Parâmetro (TJP). (Fonte: ABRAPP).
Nota (2): Entidades Fechadas de Previdência Complementar (fonte: ABRAPP). Se considerássemos também os investimentos das seguradoras (R$ 697mn em 2014, conforme Confederação Nacional das Empresas de Seguros
Gerais) e das fundações, o investimento agregado destas classes de investidores institucionais chegaria a mais de R$1.4 trilhão.
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Financiamento de Infraestrutura no Brasil
“CEP” dos principais conjuntos de fundos soberanos1
Fonte: Sovereign Wealth Fund Institute
Nota (1): Valores consideram fundos soberanos de forma agregada por país.
Noruega
> $800b
China
> $1.5 trilhão
EAU
> $1.2 trilhão
Kuwait
> $590b
Hong Kong
> $400b
Arábia Saudita
> $700b
Qatar
> $335b
Singapura
> $540b
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Financiamento de Infraestrutura no Brasil
Ângulo dos Investidores de Equity
Fonte: G5 Evercore
Olhar global:
‒ Principais fontes de capital de longo prazo: Ásia e no Oriente Médio
‒ Fundos de pensão canadenses e, em menor escala, australianos, complementam estes pockets
Principais preocupações no momento:
‒ Abordagem cautelosa em relação ao Brasil, com exceção das empresas estatais chinesas (“SOE’s”): ativamente construindo market share (ver abaixo)
‒ Retornos mínimos sobre capital próprio elevados comparativamente ao histórico recente do Brasil (~20% em R$ nominais)
o Reflexos de incerteza política e cenário de transição econômica
o Validados pelos últimos leilões de transmissão de abril e outubro de 2016
‒ Preocupação com o papel e a força das agências reguladoras a partir de agora
‒ Preocupação com a capacidade de entrega dos EPC’istas locais (ex-Lava Jato)
‒ Foco para fins de sociedade tem se deslocado: das construtoras brasileiras para fundos de infraestrutura locais ou com histórico de atuação no Brasil
‒ Fortalecimento da base de financiadores locais (fundos de pensão, seguradoras, fundações) deixa o Brasil mais atraente aos olhos do investidor estrangeiro
Comentários finais:
‒ China / Hong Kong: miram aquisições estratégias de plataformas de crescimento / oportunidades de “exportar” cadeias produtivas inteiras
‒ Japão: equity tickets menores comparados ao passado (R$ 300-400m), foco em setores específicos (saneamento, mobilidade urbana), forte preocupação
com volatilidade cambial e percepção de instabilidade política. Como minoritários tradicionais, a seleção dos sócios locais se torna ainda mais restritiva
‒ Cingapura: interesse marginal moderado e em setores específicos (transporte de gás, saneamento, energia elétrica e, em menor escala, portos)
Anexos- Novas condições de financiamento ao setor elétrico
- Performance dos maiores fundos de pensão
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Financiamento de Infraestrutura no Brasil
Novas condições de financiamento para o setor elétrico
Novas condições explicitamente criam mais espaço para debêntures de
infraestrutura
o ICSD = 2,0s para crédito do BNDES (apenas);
o ICSD = 1,5x global (BNDES + outros créditos)
o Potencialmente: estrutura compartilhada de garantias
Fontes: BNDES, News Run
(1) Os limintes do BNDES incluem a exposição do tomador via debêntures
Setor Participação Custo
Eficiência energética e
iluminaçãoAté 80% 100% TJLP
Solar Até 80% (anterior 70%) 100% TJLP
Eólica, biomassa, cogeração
e PCHAté 70% 100% TJLP
Hidrelétrica Até 50% (anterior 70%) 100% TJLP
Termelétrica 50% (anterior 70%) 100% TJLP
Transmissão Até 80%Taxa de mercado
(anterior: 100% TJLP)
Distribuição Até 50%50% TJLP / 50 % mercado
(anterior: 70% TJLP)
Novas Condições de Financiamento1 BNDES (breve atualização)
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Financiamento de Infraestrutura no Brasil
Underperformance consistente por alguns dos principais planos de previdência complementar do País
Retorno dos Fundos da Previ x Meta Atuarial
-20%
-10%
0%
10%
20%
30%
40%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 3Q2016
Meta Atuarial Plano 1 Previ Futuro
Retorno do Novo Plano da Funcef x Meta Atuarial
Retorno da Petros x Meta Atuarial
Retorno da Funcesp x Meta Atuarial1
-4%
0%
4%
8%
12%
16%
20%
2010 2011 2012 2013 2014 2015
Novo Plano Meta Atuarial
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Consolidado Meta Atuarial
Fontes: Previ, Petros, Funcef, Funcesp
Nota (1): Consolida os resultados dos fundos da Funcesp
-5%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 3Q2016
Petros Meta Atuarial
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Financiamento de Infraestrutura no Brasil
Contatos e Aviso Importante
Este material foi preparado pela G5 Consultoria e Assessoria Ltda., (“G5 Evercore”) para o Valor Econômico, para a qual o material foi exclusivamente direcionado e pode ser utilizado para fins do Seminário deInfraestrutura organizado pelo Valor Econômico em 28 de Novembro de 2016. A G5 Evercore não assume nenhuma responsabilidade pela investigação independente ou verificação das informações de mercadocontidas nesta apresentação, tendo confiado que tais informações são completas e precisas. Nenhuma representação ou garantia, expressa ou implícita, é feita a respeito da exatidão ou a integralidade de taisinformações e nada contido no material é ou deverá ser confiado como uma representação do passado, do presente ou do futuro. Este material não tem a intenção de fornecer uma base sólida para avaliação do ValorEconômico e/ou seus clientes, e não deverá ser considerado uma recomendação com respeito a qualquer transação ou outro assunto. Este material foi desenvolvido por, e é propriedade da, G5 Evercore e foipreparado exclusivamente para o benefício e uso do Valor Econômico e de seus clientes presentes ao Seminário de Infraestrutura realizado em 28 de Novembro de 2016.
Este material não constitui uma oferta ou um solicitação para a compra ou venda de qualquer ação, e não é um compromisso da G5 Evercore (ou nenhuma de suas filiais atuais ou futuras) para fornecer financiamentoa qualquer transação ou para comprar qualquer ação relacionada. A G5 Evercore não assume obrigação de atualizar ou revisar de outra maneira este material. Este material pode não refletir a informação conhecidapor outros profissionais de outras áreas de negócio da G5 Evercore e de suas filiais atuais ou futuras.
A G5 Evercore e suas filiais não fornecem assessoria legal, contábil ou fiscal. Nenhuma afirmação contida neste material foi desenvolvida pela G5 Evercore ou por suas filiais com o intuito de, e não pode ser usada por,qualquer contribuinte com a finalidade de desenvolver planejamento tributário de qualquer natureza. Qualquer pessoa que tenha acesso a este material e/ou venha a fazer uso do mesmo para fins de tomada dedecisões relativas do seu negócio, deve procurar o devido aconselhamento legal, contábil e fiscal de consultores independentes, baseado em suas circunstâncias e/ou objetivos particulares.
São Paulo
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04538 133 - Itaim Bibi
+55 11 3014 6868
Rio de Janeiro
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22430 042 - Leblon
+55 21 3205 9180
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Sócio Fundador e CEO
+55 11 3014-6840
Marcio Santiago
Sócio Sênior
+55 11 3014-6862
Marcelo Lajchter
Sócio Fundador
+55 21 3014-6841