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FINANCIAMENTO DO SUS E O CONTROLE SOCIAL IRLANDA PONTES DE OLIVEIRA ENFERMEIRA E CONTADORA MESTRE EM SAÚDE DA FAMÍLIA AGOSTO/2017

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FINANCIAMENTO DO

SUS E O CONTROLE

SOCIALIRLANDA PONTES DE OLIVEIRA

ENFERMEIRA E CONTADORA

MESTRE EM SAÚDE DA FAMÍLIA

AGOSTO/2017

FÓRUM DE

CONSELHEIROS DE

SAÚDE NA 13ª REGIÃO DE

SAÚDE/CE

FINANCIAMENTO DO SUS

QUAL A HISTÓRIA DO

FINANCIAMENTO?

SAÚDE NO BRASIL

CONTEXTUALIZAÇÃO - PROCESSO HISTÓRICO

-1941- I Conferência Nacional de Saúde

-1953-Criação do Ministério da Saúde - Em 1930, durante o

governo de Getúlio Vargas, com o nome de Ministério dos Negócios da Educação e

Saúde Publica. Em 1937 passou a se chamar Ministério da Educação e Saúde. Em

25 de julho de 1953 fica como Ministério da Saúde.

-1963 -III Conferência Nac. de Saúde (Rio de Janeiro)

-1967-Unificação dos IAPs Inst. Após. E Pensões e criação do

INPS

-1975 -Lei cria o Sistema Nacional de Saúde

SAÚDE NO BRASIL

CONTEXTUALIZAÇÃO - PROCESSO HISTÓRICO

-1986 –VIII Conferência Nacional de Saúde

-1987 –SUDS –Sistema Unificado e Descentralizado de

Saúde

-1988 –SUS –Sistema Único de Saúde

-1990 –Leis 8080/90 e 8142/90

-1991 –Municipalização

-1991 –Instituição do Programa de ACS

-1991 / 1992 / 1993 / 1996 –NOB’s

SAÚDE NO BRASIL

CONTEXTUALIZAÇÃO - PROCESSO HISTÓRICO

-1994 –PSF

-1997 a 2007 CPMF

-2001 / 2002 –NOAS

-2000 –EC 29 e criação Inc. S. Bucal (PT Nº 1.444/00)

-2006-PACTO PELA SAÚDE

-2011 – Decreto 7508 –Reg. da Lei 8080/90

-2012 – Lei 141/12 – Regulamentação EC

29/2000

-2012 – Lei 141/12 – Regulamentação EC 29/2000

O MAIOR DOS SUCESSOS: A LEGISLAÇÃO

DO SUS (CF/88 E LEIS)

“SAÚDE DIREITO DE TODOS OS

CIDADÃOS E DEVER DE TODO O ESTADO:

UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS”.

(CF/88 – Saúde = Artigos 196 a 200)

LEGISLAÇÃO –SAUDE NO BRASIL

• CONSTITUIÇÃO FEDERAL CF -1988

• Art.196. A saúde é direito de todos e dever

do Estado, garantido mediante políticas sociais

e econômicas que visem à redução do risco de

doença e de outros agravo e ao acesso

universal e igualitário às ações e serviços

para sua promoção, proteção e recuperação.

LEGISLAÇÃO –SAUDE NO BRASIL

• CONSTITUIÇÃO FEDERAL CF -1988

• Art.30. Compete aos Municípios:

• VII– prestar, com a cooperação

técnica e financeira da União e do

Estado, serviços de atendimento à

saúde da população.

LEGISLAÇÃO –SAUDE NO BRASIL

• Lei Orgânica da Saúde

• LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990.

• Art.1º-Esta lei regula, em todo o território

nacional, as ações e serviços de saúde,

executados isolada ou conjuntamente, em

caráter permanente ou eventual, por pessoas

naturais ou jurídicas de direito Público ou

privado.

LEGISLAÇÃO –SAUDE NO BRASIL

• Lei Orgânica da Saúde

• Lei Nº8.142, de 28 de dezembro de 1990.

• Dispõe Sobre A Participação da comunidade nagestão do Sistema Único de Saúde(SUS) e sobreas transferências intergovernamentais de recursosfinanceiros na área da saúde e dá outrasprovidências.

• Art. 4° Para receberem os recursos, osMunicípios, os Estados e o Distrito Federal deverãocontar com:

LEGISLAÇÃO –SAUDE NO BRASIL

• Lei Orgânica da Saúde

• Lei Nº8.142, de 28 de dezembro de 1990.

• I- Fundo de Saúde;

• II- Conselho de Saúde,

• III- Plano de saúde;

• IV- Relatórios de gestão

• V- Contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;

• VI- Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários(PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação.

LEGISLAÇÃO –SAUDE NO BRASIL

• Lei Orgânica da Saúde

• Lei Nº8.142, de 28 de dezembro de 1990.

• Parágrafo único. O não atendimento

pelos Municípios dos requisitos

estabelecidos neste artigo, implicará em

que os recursos concernentes sejam

administrados, respectivamente, pelos

Estados ou pela União.

?

• DEFENSORES DA SAÚDE– Conselheiros,

profissionais, secretários de saúde, prefeitos,

políticos e autoridades da saúde realizaram

inúmeros movimentos sociais em prol da

regulamentação da EC 29/00, entre eles,

destacamos:

DEFENSORES DA SAÚDE – MOVIMENTOS SOCIAIS

• BRASÍLIA - XIV Marcha a Brasília em Defesa dos

Municípios, que acontece entre os dias 10 a 12 de

maio de 2010;

• RECIFE, 13 de Janeiro de 2011...marcha pela

regulamentação da Emenda Constitucional 29;

• BRASÍLIA – 27 de outubro de 2011, cerca de 1.500

pessoas se concentraram em frente ao Congresso

Nacional para marcharem prol da regulamentação da

Emenda Constitucional 29-marcha batizada como “A

Primavera da Saúde”,

EC –EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 29/00

• O que definiu a EC 29/00?

EC –EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 29/00

• O que definiu a EC 29/00?• A Emenda Constitucional 29, aprovada em 2000,

estabeleceu que os municípios devem gastar 15% desuas receitas com saúde e os Estados, 12%. Já a União,tudo o que foi empenhado no ano anterior, mais avariação nominal do Produto Interno Bruto(PIB).

Pequeno detalhe! Grande problema!A EC 29 foi omissa com relação à definição dos

percentuais a serem investidos pela União.

EC –EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 29/00

• Quase 12 anos de luta pela legitimidade da

EC 29/00

• EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 29, DE 13

DE SETEMBRO DE 2000

REGULAMENTAÇÃO DA EC 29/2000LEI Nº 141, DE 13 DE JANEIRO DE 2011

• Enfim, a regulamentação...

• Em 7 de dezembro de 2011, a regulamentação da

Emenda Constitucional Nº.29 (EC-29) foi aprovada

pelo Senado. Foram mais de 10 anos de vai-e-vem,

envolvendo o Senado, a Câmara, os Ministérios,

Econômicos, o Ministério da Saúde e as Secretarias de

Saúde dos Estados e Municípios. Realizadas grandes

discussões entre várias correntes de pensamento e a

questão do financiamento virou uma espécie de

“samba de uma nota só”.

REGULAMENTAÇÃO DA EC 29/2000LEI Nº 141, DE 13 DE JANEIRO DE 2012

• CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

• CAPÍTULO II - DAS AÇÕES E DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DESAÚDE

• CAPÍTULO III – DA APLICAÇÃO DE RECURSOS EM AÇÕES ESERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE

• CAPÍTULO IV - DA TRANSPARÊNCIA, VISIBILIDADE,FISCALIZAÇÃO, AVALIAÇÃO E CONTROLE

• CAPÍTULO V - DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

• 48 Artigos

O QUE DIZ A LEI Nº 141/2012

REGULAMENTAÇÃO DA EC 29/2000LEI Nº 141, DE 13 DE JANEIRO DE 2012

• O mais importante, no texto da regulamentação, foi adefinição do que se deve considerar como gasto emsaúde, afim de evitar que os Tribunais de Contasacabassem por julgar procedentes definições oportunistasde gasto em saúde utilizadas pelos Estados e Municípiospara reduzir às transferências ao setor.

• Manutenção do texto do Senado que define o conceito degastos com saúde, visando evitar que os Estados eMunicípios possam mascarar outros gastos, classificando-os como gastos com saúde.

O QUE DIZ A LEI Nº 141/2012

REGULAMENTAÇÃO DA EC 29/2000LEI Nº 141, DE 13 DE JANEIRO DE 2012

ESFERA DE

GOVERNO

EC 29 LEI COMPLEMENTAR

141 DE 2012

União ? ?

Estados 12% 12%

Distrito Federal e

Municípios15% 15%

O QUE DIZ A EC 29 E A LEI Nº 141/2012

REGULAMENTAÇÃO DA EC 29/2000

• Triste Notícia!!!!!• De acordo com relatório de 2011 da

Organização Mundial de Saúde (OMS), oGoverno brasileiro é um dos que menos investeem saúde no mundo, 7,5% do seu orçamento.O gasto é bem inferior que a média africana, de9,6%. No Brasil, gasta-se com saúde oequivalente a R$ 1,82 por habitante/dia.

DECRETO Nº 7508/2011

• CAPÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

• DEFINIÇÕES- Região de Saúde; Contrato

Organizativo da Ação Pública da Saúde; Portas de

Entrada; Comissões Intergestores; Mapa da Saúde;

Rede de Atenção à Saúde; Serviços Especiais de

Acesso Aberto; Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica

• CAPÍTULO II – DA ORGANIZAÇÃO DO SUS

• Seção I – Das Regiões de Saúde

• Seção II – Da Hierarquização

• CAPÍTULO III – DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE

DECRETO Nº 7508/2011

• CAPÍTULO IV – DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

• Seção I – Da Relação Nacional de Ações e Serviços de

Saúde - RENASES

• Seção II – Da Relação Nacional de Medicamentos

Essenciais - RENAME

• CAPÍTULO V – DA ARTICULAÇÃO INTERFEDERATIVA

• Seção I – Das Comissões Intergestores

• Seção II – Do Contrato Organizativo da Ação Pública da

Saúde

• CAPÍTULO VI – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

DECRETO Nº 7508/2011

• O QUE MUDOU COM O DECRETO:

• Inova ao clarear as responsabilidades sanitárias

previstas na Lei 8.080 dos entes federados

sobre a oferta e organização das ações e

serviços de saúde, por meio de contrato jurídico;

• Estabelece requisitos mínimos para a definição

das Regiões de Saúde;

• Priorizar a atenção primária como a principal

porta de entrada do SUS;

DECRETO Nº 7508/2011

• O QUE MUDOU COM O DECRETO:

• Impõe metas e indicadores para o planejamento

da saúde; define o padrão da integralidade da

assistência.

• O decreto consolida normas que estão na Lei

8.080, porém não explicitadas até então,

possibilitando maior transparência para a gestão

da Saúde e, com isso, fortalecendo o controle

social.

A PARTIR DO

PACTO PELA SAÚDE 2006

(Portarias 399/GM de 22/02/2006)

O QUE É RECEITA E ORÇAMENTO?

• RECEITA PÚBLICA

• “Receita Pública é a soma de ingressos,

impostos, taxas, contribuições e outras fontes

de recursos, arrecadados para atender às

despesas públicas”.

O QUE É RECEITA E ORÇAMENTO?

• ORÇAMENTO

• “O Orçamento público é um instrumento deplanejamento e execução das FinançasPúblicas. Na atualidade o conceito estáintimamente ligado à previsão das Receitas efixação das Despesas públicas. O orçamentocontem estimativa das receitas e autorização pararealização de despesas da administração públicadireta e indireta e num determinado exercício,que, no Brasil, coincide como o ano civil”.

BLOCOS DE FINANCIAMENTO?

• Portaria Nº 698 de 30/03/2006

• 1. ATENÇÃO BÁSICA

• 2. ATENÇÃO DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADEAMBULATORIAL E HOSPITALAR

• 3. VIGILÂNCIA EM SAÚDE

• 4. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

• 5. GESTÃO DO SUS

• 6. INVESTIMENTO – PORTARIA/MS nº 837 de 23 deabril de 009

O QUE MUDA COM A

PORTARIA Nº 1.091 DE 27 DE

ABRIL DE 2017

CIT 2017 - FIM DOS BLOCOS

COMPATIBILIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS

ORÇAMENTO

SUBFUNÇÕES VINCULADAS À SAÚDE

Como é:

301 -Atenção Básica

302 -Assistência Hospitalar e

Ambulatorial

303 -Suporte Profilático e

Terapêutico

304 -Vigilância Sanitária

305 -Vigilância Epidemiológica

306 -Alimentação e Nutrição

Como será:301 -Atenção Básica

XXX -Assistência Hospitalar e

Ambulatorial

XXX –Assistência Farmacêutica

XXX -Vigilância em Saúde

-

-

XXX -Transferências Ações e

Serviços Públicos Saúde

COMPATIBILIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS

PLANEJAMENTO

COMO FICARÃO OS REPASSES

FEDERAIS

METODOLOGIA DO RATEIO

DIMENSÕES ESTABELECIDAS PARA O CÁLCULO DO

RATEIO

Necessidades de saúde Capacidade de oferta e

produção

Desempenho técnico e

financeiro

Necessidades de

saúde segundo as

situação

socioeconômico,

demográfica,

geográfica e

epidemiológica

Capacidade de

oferta e produção

de ações e

serviços de saúde

Desempenho

técnico e financeiro

anual das ações e

serviços de saúde

Metodologia desenvolvida pelo Prof. Áquilas Mendes (USP)

FINANCIAMENTO DO SUS

E O

CONTROLE SOCIAL

FISCALIZAÇÃO DAS AÇÕES E GASTOS COM

SAÚDE

• FISCALIZAÇÃO POR PARTE DO CMS -

ASSEGURADA POR LEI:

• CF/88–Art.10...é assegurada a participação dos

trabalhadores e empregadores nos colegiados

dos órgãos públicos em que os interesses

profissionais ou previdenciários sejam objeto de

discussão e deliberação

FISCALIZAÇÃO DAS AÇÕES E GASTOS COM

SAÚDE

• FISCALIZAÇÃO POR PARTE DO CMS -ASSEGURADA POR LEI:

• ADCT - Ato das Disposições ConstitucionaisTransitórias Art.77– ...fundo que seráfiscalizado pelo conselho de saúde.

• Lei 8080/90- artigo 33- Os Fundos são umaespécie de conta especial exclusiva do setor,cuja movimentação deverá ser feita sob afiscalização dos Conselhos de Saúde.

FISCALIZAÇÃO DAS AÇÕES E GASTOS COM

SAÚDE

• FISCALIZAÇÃO POR PARTE DO CMS -ASSEGURADA POR LEI:

• Resolução no 333 do CNS, 1992- Revogada pelaResolução 453/2012 o Conselho de Saúde tementre suas atribuições: fiscalizar amovimentação de recursos repassados à Secretariade saúde e/ou Fundo de Saúde e propor critériospara a programação e para as execuções financeirae orçamentária dos Fundos de Saúde,acompanhando a movimentação e destinação derecursos.

FISCALIZAÇÃO DAS AÇÕES E GASTOS COM

SAÚDE

• FISCALIZAÇÃO POR PARTE DO CMS -ASSEGURADA POR LEI:

• LEI 8142/90Art.1-...conselho controla inclusivenos aspectos econômicos e financeiros...

• Lei Complementar nº 141/12-Art.37. Os órgãosfiscalizadores examinarão, prioritariamente, naprestação de contas de recursos públicosprevista no art.56 da Lei Complementar nº 101,de4/5/2000, o cumprimento do disposto no art.198da Constituição Federal e nesta Lei Complementar.

Não se gerencia o que não se mede,

não se mede o que não se define,

não se define o que não se entende,

não há sucesso no que não se

gerencia.

Deming

FONTE:

• PORTARIA No 1.091, DE 27 DE ABRIL DE 2017

Institui Grupo de Trabalho Tripartite para propor normas e procedimentos voltados ao

fortalecimento do processo de planejamento e de transferência dos recursos federais para o

financiamento das ações e serviços públicos de saúde no âmbito do Sistema Único de

Saúde.

• II CICLO TEMÁTICO COSEMS/CE 2017

• MINISTÉRIO DA SAÚDE/DAI, 2017

• MANUAL DO GESTOR MUNICIPAL DO SUS (CONASEMS/COSEMS-

RJ/LAPPIS/IMS/UERJ), 2016

OBRIGADA!

www.assessoriainovar.com.br