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Finantipar – S.G.P.S., S.A. DISCIPLINA DE MERCADO 2010

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Índice 1  Introdução ..................................................................................................................................... 1 

2  Declaração de Responsabilidade ................................................................................................... 2 

3  Âmbito de Aplicação e Políticas de Gestão de Risco ................................................................... 3 

3.1  Âmbito de aplicação ................................................................................................................. 3 

3.2  Integração em conglomerado financeiro ................................................................................... 5 

3.3  Objectivos e políticas em matéria de gestão de risco ............................................................... 6 

4  Adequação de Capitais ................................................................................................................ 10 

4.1  Secção A – Informação Qualitativa ........................................................................................ 10 

4.2  Secção B – Informação Quantitativa ...................................................................................... 11 

5  Risco de Crédito e Risco de Crédito de Contraparte .................................................................. 13 

5.1  Aspectos Gerais - Secção A – Informação Qualitativa ........................................................... 13 

5.2  Aspectos Gerais - Secção B – Informação Quantitativa ......................................................... 16 

5.3  Método Padrão - Secção A – Informação Qualitativa ............................................................ 18 

5.4  Método Padrão - Secção B – Informação Quantitativa .......................................................... 20 

6  Técnicas de Redução do Risco de Crédito .................................................................................. 21 

7  Operações de Titularização ......................................................................................................... 21 

7.1  Secção A – Informação Qualitativa ........................................................................................ 21 

7.2  Secção B – Informação Quantitativa ...................................................................................... 22 

8  Riscos de Posição, de Crédito de Contraparte e de Liquidação da Carteira de Negociação ...... 23 

8.1  Secção A – Informação Qualitativa ........................................................................................ 23 

8.2  Secção B – Informação Quantitativa ...................................................................................... 24 

9  Riscos Cambial e de Mercadorias das Carteiras Bancária e de Negociação .............................. 24 

9.1  Secção A – Informação Qualitativa ........................................................................................ 24 

9.2  Secção B – Informação Quantitativa ...................................................................................... 25 

10  Posições em Risco sobre Acções da Carteira Bancária .............................................................. 25 

11  Risco Operacional ....................................................................................................................... 25 

11.1 Secção A – Informação Qualitativa ........................................................................................ 25 

11.2 Secção B – Informação Quantitativa ...................................................................................... 27 

12  Análise de Sensibilidade dos Requisitos de Capital ................................................................... 27 

12.1 Secção A – Informação Qualitativa ........................................................................................ 27 

12.2 Secção B – Informação Quantitativa ...................................................................................... 29 

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1 Introdução Em cumprimento do estabelecido no Aviso 10/2007 do Banco de Portugal sobre “Divulgação de Informação Detalhada sobre Solvabilidade”, na sequência da transposição das Directivas nºs 2006/48/CE e 2006/49/CE, a Finantipar – SGPS, S.A. (“Finantipar”) apresenta através deste documento a informação requerida relativa ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010. Este documento e as informações nele contidas têm subjacente uma óptica predominantemente prudencial.

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3 Âmbito de Aplicação e Políticas de Gestão de Risco

3.1 Âmbito de aplicação

3.1.1 Designação da instituição e perímetro de consolidação para fins prudenciais A Finantipar – S.G.P.S., S.A. (Finantipar ou Sociedade), com sede em Portugal, na Rua General Firmino Miguel, nº 5, em Lisboa, é uma sociedade privada, constituída em 15 de Junho de 1992. A Sociedade tem como objecto a gestão de participações sociais em outras sociedades, como forma indirecta de exercício de actividades económicas e indirectamente, através das suas subsidiárias (Grupo Finantipar), realiza operações bancárias, gestão de participações sociais, gestão de activos financeiros e de fundos, forfaiting e financiamento especializado (financiamentos de vendas a crédito e locação). As áreas operacionais do Grupo operam de forma integrada, encontrando-se centralizadas na sede do Grupo (Lisboa) algumas actividades e funções, conforme descrito nos capítulos seguintes. Em seguida apresentamos o perímetro de consolidação das participações financeiras do Grupo Finantipar para fins prudenciais:

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Em 31 de Dezembro de 2010, a estrutura do Grupo apresenta-se como segue:

Finantipar - S.G.P.S., S.A. 1992 - Portugal Gestão de Participações - -

Banco Finantia, S.A. 1987 1992 Portugal Bancária 54,72 Integral

Banco Finantia International, Ltd. 1997 1997 Ilhas Cayman Bancária 54,72 Integral

Banco Finantia Sofinloc, S.A. 1993 2001 Espanha Bancária 52,67 Integral

Esprin - Española de Promociones, S.L. 2000 2001 Espanha Prestação de serviços 54,72 Integral

Finantia Brasil, Lda. 1997 1997 Brasil Prestação de serviços 54,72 Integral

Finantia PH Limited 2004 2004 Malta Gestão de Participações 54,72 Integral

Finantia Securities Ltd 1993 1997 Reino Unido Broker-Dealer 54,72 Integral

Finantia Serviços - Prestação de Serviços Empresariais, Lda. 1989 1989 Portugal Prestação de serviços 54,72 Integral

Finantia SGFTC, S.A. 2003 2003 Portugal Administração de fundos 54,72 Integral

Finantia USA, Ltd. 1995 1997 E.U.A Broker-Dealer 54,72 Integral

Sofinloc - Instituição Financeira de Crédito, S.A. 1983 1992 Portugal Crédito especializado 54,72 Integral

Finantia Emea Ltd 2004 2004 Malta Financeira 54,72 Integral

Finantia Holding BV 2004 2004 Holanda Gestão de Participações 54,72 Integral

Finantipar Finance, Ltd. 2004 2004 Malta Financeira 100 Integral

LTR Finance nº5 plc 2004 2004 Irlanda Entidade de finalidade especial 54,72 Integral

LTR Finance nº6 plc 2006 2006 Irlanda Entidade de finalidade especial 54,72 Integral

LTR Finance nº7 plc 2009 2009 Irlanda Entidade de finalidade especial 54,72 Integral

LTR Finance nº8 plc 2007 2007 Irlanda Entidade de finalidade especial 54,72 Integral

Subsidiária Sede Actividade Método de Consolidação

Ano de Aquisição

Ano de Cosntituíção

% de Participação Efectiva

3.1.2 Diferenças a nível da base de consolidação para efeitos contabilísticos e prudenciais Não aplicável à Finantipar.

3.1.3 Transferência de fundos próprios ou reembolso de passivos entre a empresa-mãe e as suas filiais Não aplicável à Finantipar.

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3.1.4 Filiais não incluídas no perímetro de consolidação Não aplicável à Finantipar.

3.1.5 Não aplicação das obrigações relativas ao nível mínimo de fundos próprios e aos limites aos grandes riscos para as filiais incluídas no perímetro de consolidação Com excepção do Banco Finantia, S.A., da Sofinloc – IFC, S.A. e da Finantia SGFTC, S.A., todas as filiais encontram-se excluídas das obrigações relativas ao nível mínimo de fundos próprios e aos limites aos grandes riscos, numa base individual, nos termos do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 104/2007, de 3 de Abril, e do n.º 1 do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 103/2007, de 3 de Abril.

3.2 Integração em conglomerado financeiro Não aplicável à Finantipar.

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3.3 Objectivos e políticas em matéria de gestão de risco

3.3.1 Estratégias e processos de gestão de risco O Comité Financeiro, que reúne mensalmente, é o órgão responsável pela avaliação e monitorização integrada dos vários tipos de risco a que o Grupo Finantipar está sujeito, analisando e propondo metodologias, políticas e procedimentos adequados para o controlo e mitigação dos mesmos. Risco de Crédito

O risco de crédito, o qual deriva não só da possibilidade de uma contraparte entrar em incumprimento como da variação do valor económico de um determinado instrumento devido à degradação da qualidade de crédito, constitui um dos riscos mais importantes para o Grupo, dada a estrutura do seu activo.

A aprovação de qualquer exposição de crédito obedece a um conjunto de princípios e procedimentos internos constantes das Normas de Crédito do Grupo, que definem os diferentes níveis de decisão, tendo em conta o montante da exposição e o tipo de produto a ser financiado.

Na área do Financiamento especializado, a avaliação do risco de crédito é efectuada mediante um exaustivo processo de análise de risco, incluindo uma hierarquia de níveis de decisão, referências de crédito de agências especializadas e um modelo de scoring. O primeiro nível de decisão é a decisão automática efectuada através do sistema desenvolvido internamente pelo Grupo, o Siacc. Tal permite ao Grupo equilibrar a rendibilidade esperada com o consumo de capital para cada operação.

Na área de Banca, todas as tomadas de posição são efectuadas dentro de limites definidos pelo Departamento de Crédito. Todos os limites individuais são analisados por este departamento, existindo um cap máximo para cada exposição por contraparte em função do tipo de emitente e respectivo rating. Para além dos limites individuais, definidos em função da contraparte, a definição de novos limites, tem também em consideração a exposição de crédito por país e sector. O Departamento de Risco/ALM procede ao controle diário dos limites aprovados.

O perfil de risco das carteiras de crédito é analisado mensalmente no Comité Financeiro, assim como os créditos problemáticos, das áreas de Banca e do Financiamento especializado (neste último caso, apenas os créditos relativos às alçadas de decisão superiores, dada a granularidade da carteira). Nestas reuniões, é ainda realizada a análise da evolução das exposições, incluindo a análise da carteira de Financiamento especializado que reflecte a revisão do crédito com imparidade, os níveis de incumprimento e respectivos rácios de cobertura e de qualidade, assim como a alocação e consumo de capital.

Risco de Mercado

O risco de mercado ou de preço define-se como a possibilidade de incorrer em perdas devido a variações inesperadas do preço dos instrumentos ou operações financeiras resultantes, entre outros, de variações das taxas de juro e taxas de câmbio. O risco de mercado é monitorizado através do cálculo do Value-at-Risk (VaR).

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Risco de taxa de juro

O acompanhamento da exposição às variações das taxas de juro constitui um dos principais aspectos de uma gestão de riscos adequada. O Grupo adoptou uma estratégia de minimização do risco de taxa de juro associado aos seus activos de taxa fixa (activos de Financiamento especializado e de Banca), resultante da maioria dos seus passivos serem a taxa variável.

Para os activos a taxa fixa do Grupo, é realizada a monitorização sistemática da distribuição dos mesmos em buckets temporais, líquida dos correspondentes passivos a taxa fixa e instrumentos financeiros de cobertura de risco de taxa de juro, procedendo-se regularmente à cobertura dos mismatches que excedam os limites definidos pelo Comité Financeiro, mediante a utilização de instrumentos financeiros adequados, tipicamente swaps de taxa de juro. A definição dos instrumentos de cobertura a utilizar varia ao longo do tempo em função das decisões tomadas pelo Comité Financeiro.

Risco cambial

É norma do Grupo operar exclusivamente em activos e passivos denominados em EUR e USD. As posições noutras divisas são pontuais e sem peso significativo no balanço e nos resultados. Tendo em vista neutralizar o risco cambial, procede-se diariamente à monitorização não só da posição cambial à vista como também da exposição a prazo resultante das expectativas do impacto que os activos e passivos em USD poderão gerar no futuro.

Mensalmente, estas análises são apresentadas e discutidas no Comité Financeiro, tendo em vista a definição ou correcção das medidas a adoptar de forma a atingir o objectivo de minimização dos riscos cambiais incorridos. Risco de liquidez

O risco de liquidez define-se como a possibilidade de uma instituição vir a ser incapaz de satisfazer as responsabilidades exigidas nas datas devidas, devido a uma incapacidade de liquidar activos, obter financiamento ou refinanciar passivos em condições adequadas.

A gestão do risco de liquidez é feita de forma global (Grupo), centralizada (Departamento de Tesouraria e Departamento de Risco/ALM), dentro de limites pré-definidos e de acordo com duas vertentes distintas: i) gestão de fluxos de caixa, existindo um sistema de controlo de cash-flows que permite o apuramento e o controlo diário dos saldos de Tesouraria num horizonte temporal alargado e a manutenção de excesso de liquidez que assegure o normal funcionamento do Grupo mesmo em cenários mais adversos; ii) gestão de balanço, de forma a manter os principais indicadores de liquidez dentro dos limites pré-definidos pelo Comité Financeiro.

O Departamento de Tesouraria assume o controlo da gestão dos fluxos de caixa, fazendo um reporte diário a pelo menos um membro da Comissão Executiva. O Departamento de Risco/ALM é responsável pela elaboração de todas as análises relativas à gestão do balanço do Grupo. O relatório é apresentado mensalmente ao Comité Financeiro, que é responsável pela definição de toda a estratégia de liquidez do Grupo, bem como pela adopção de medidas de gestão correctivas sempre que os limites estipulados não sejam cumpridos.

Na área de Banca, a estratégia definida consiste em privilegiar activos com elevada liquidez, facilmente transaccionáveis, que possibilitem o auto-financiamento através de repos ou de outros instrumentos de funding.

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Quanto à actividade de Financiamento especializado, tem-se optado pelo financiamento back-to-back através de operações de securitização as quais representavam no final do exercício aproximadamente 88% do valor total desses activos.

O ano de 2010 ficou igualmente marcado pela continuação da política de diversificação das principais fontes de financiamento, o que se consubstanciou numa distribuição mais equitativa do peso relativo dos vários instrumentos passivos no total de responsabilidades do Grupo.

Para esta evolução contribuiu o crescimento dos depósitos de particulares, o incremento no número de contrapartes activas no mercado de financiamento interbancário colateralizado e não colateralizado, bem como o aumento dos volumes disponíveis para o financiamento colateralizado.

Relativamente aos demais instrumentos de passivo utilizados, a estratégia assenta na diversificação de fontes de financiamento, quer em termos de contrapartes, quer em termos do tipo de operações, havendo a preocupação de respeitar determinados rácios máximos de concentração nos maiores contrapartes.

Risco operacional

O Risco Operacional define-se como o risco de perda resultante de processos internos inadequados, falhas humanas ou de sistemas informáticos, ou de factores externos.

A gestão do Risco Operacional tem sido desde sempre uma preocupação do Grupo, o qual tem desenvolvido uma política de elaboração sistemática de manuais operativos e de responsabilização dos gestores de cada área pelo cumprimento das normas e procedimentos definidos, tendo como objectivo a mitigação deste tipo de risco. Consciente das melhores práticas de mercado, o Grupo tem vindo a intensificar esforços no sentido da implementação de métodos de medição e controle do risco, mais avançados e eficazes, mantendo o processo de levantamento de todos os tipos de risco a que poderá estar sujeito (loss event register e risk control self assessment).

De uma forma global, existe uma preocupação de identificação e análise ex-ante dos problemas e riscos, com o objectivo de actuar preventivamente no controlo e mitigação dos mesmos. Isto é particularmente relevante na aprovação de novos produtos financeiros, que está sujeita à análise e respectivo parecer de equipas multidisciplinares transversais aos vários departamentos, bem como a diferentes níveis de autorização. De referir a existência de planos de contingência operacionais e de um Disaster Recovery Plan de forma a assegurar a continuidade do negócio mesmo em situações extremas.

3.3.2 Estrutura e organização da função relevante de gestão de risco Em termos funcionais, a gestão do risco reporta directamente à Administração e é centralizada no Departamento de Risco/ALM (Assets and Liabilities Management) tanto para a área de Banca como para a actividade de Financiamento especializado. Configura-se como uma unidade independente dos departamentos de originação do Grupo, que abrange os diversos tipos de risco, com a análise de crédito a ser efectuada pelo Departamento de Crédito. Para maior eficácia as funções de Gestão de Risco de Crédito da área do Financiamento especializado foram integradas neste departamento. Trata-se de uma estrutura que facilita uma análise transversal e integrada, tendo em consideração a complementaridade das análises e as correlações entre os diferentes riscos sendo responsável por preparar os mapas de Risco e ALM para as reuniões do Comité Financeiro. Para tal, o Departamento de Risco/ALM tem acesso directo à informação de modo autónomo bem como dispõe

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de ferramentas que permitem elaborar diversos reportes de controlo e acompanhamento dos vários tipos de riscos.

3.3.3 Âmbito e natureza dos sistemas de informação e de medição do risco A informação utilizada para medição de risco é agregada num data warehouse (Business Objects). Esta informação é proveniente de diferentes sistemas, incluindo o sistema de front office Kondor, o sistema contabilístico Midas e o sistema de crédito especializado Lease. Para o cálculo do VaR, o Grupo utiliza o KVar, que é alimentado com a informação constante do Kondor.

3.3.4 Políticas de cobertura e de redução do risco Para os activos de Financiamento especializado estabeleceu-se como princípio orientador a cobertura do risco de taxa de juro, sendo a mesma assegurada através da contratação de swaps de taxa de juro, que permitem o matching das maturidades e prazos de refixação médios das taxas desses activos com os que resultam dos passivos das operações de securitização correspondentes.

Na área de Banca, é realizada a monitorização sistemática da distribuição de activos e passivos de acordo com os seus prazos de refixação de taxa, procedendo-se regularmente à cobertura dos riscos que excedam os limites definidos pelo Comité Financeiro, mediante a utilização de instrumentos adequados (por exemplo: swaps de taxa de juro, posições curtas em dívida soberana).

A posição cambial é monitorizada sistematicamente, procedendo-se regularmente à cobertura do risco de taxa de câmbio que exceda os limites definidos pelo Comité Financeiro, mediante a utilização de instrumentos adequados (por exemplo: spots, forwards, swaps).

3.3.5 Estratégias e processos de monitorização O risco de mercado é monitorizado através da metodologia VaR, que permite fazer um acompanhamento dinâmico da gestão de risco, através da previsão do impacto de variações futuras das taxas de juro e taxas de câmbio no valor económico do Grupo. Este cálculo é efectuado diariamente pelo Departamento de Risco/ALM.

No que respeita ao risco de taxa de juro, é igualmente efectuada uma análise do mismatch de taxa de juro (gap analysis), metodologia usada para medir o risco resultante do mismatch temporal de maturidades dos activos, passivos e instrumentos off-balance-sheet de taxa fixa do Grupo, através da distribuição por buckets temporais. Esta análise é efectuada semanalmente pelo Departamento de Risco/ALM.

Para o risco de taxa de câmbio, o Departamento de Risco/ALM efectua igualmente o cálculo diário da posição cambial.

Todas as análises produzidas são enviadas a vários membros do Comité Financeiro. A informação preparada para a reunião mensal do Comité Financeiro inclui os mapas respeitantes aos diferentes tipos de risco.

Eficácia de cobertura é o grau segundo o qual as alterações no justo valor ou nos fluxos de caixa do item coberto que sejam atribuíveis a um risco coberto são compensadas por alterações no justo valor ou nos fluxos de caixa do instrumento de cobertura. De acordo com o previsto no IAS 39, a eficácia é avaliada, no mínimo, no momento em que a entidade prepara as suas demonstrações financeiras anuais ou intercalares.

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4 Adequação de Capitais

4.1 Secção A – Informação Qualitativa

4.1.1 Principais características das diferentes rubricas e componentes dos fundos próprios Em 31 de Dezembro de 2010, o capital social da Sociedade, no montante de € 21.075.925 (2009: € 21.075.925), encontra-se integralmente realizado e é representado por 4.215.185 acções de valor nominal de € 5 cada.

Os prémios de emissão no valor de m€ 33.814 referem-se ao prémio pago pelos accionistas nos aumentos de capital ocorridos.

Durante o exercício de 2010 não ocorreram variações de acções próprias. Em 31 de Dezembro de 2010 o valor nominal das acções próprias era de m€ 802. A rubrica de Reservas e resultados transitados inclui a reserva legal de m€ 16.886 (2009: m€ 15.841) e outras reservas e resultados transitados no montante de m€ 106.974 (2009: m€ 127.854).

Os fundos próprios da Finantipar incluem ainda interesses minoritários elegíveis no montante de m€ 171.312 (2009: m€ 175.587) referentes aos interesses minoritários das participações do Banco Finantia, S.A. no Banco Finantia Sofinloc e da participação da Finantipar – SGPS, S.A. no Banco Finantia, S.A..

Em 31 de Dezembro de 2010, o Grupo Finantipar tem quatro passivos subordinados, com vencimentos determinados em 2012, 2015, 2016 e 2017, sendo o montante elegível para fundos próprios complementares de m€ 134.569 (2009: m€ 137.168).

A evolução dos fundos próprios verificada entre o final dos exercícios de 2010 e 2009 acompanhou a estratégia de desalavancagem do balanço do Grupo, que se traduziu na redução dos seus activos de risco, sendo que o rácio de solvabilidade registou um aumento no período de 12,7% para 13,2%.

4.1.2 Método utilizado pela instituição para a auto-avaliação da adequação do capital interno A avaliação de capital interno é efectuada periodicamente, sendo os requisitos de capital interno para risco de crédito e risco de mercado avaliados utilizando o respectivo Método Padrão utilizado para cálculo dos requisitos regulamentares de fundos próprios. Para o controle destes riscos, existe no Grupo um sistema de gestão de risco adequado, prevendo procedimentos diferenciados para as duas áreas de negócio do Grupo: Crédito especializado e Banca. Para a área de Crédito especializado, existe um sistema de scoring, baseado na experiência do Grupo neste negócio, enquanto para a área de Banca existe um sistema de limites para diversos tipos de exposição, controlados diariamente. Os requisitos de capital interno para risco operacional são iguais aos requisitos regulamentares de fundos próprios e calculados segundo o Método do Indicador Básico. O controle e mitigação deste risco são conseguidos através do estabelecimento e cumprimento de políticas, processos e procedimentos adequados em todas as áreas de actuação do Grupo. Os requisitos de capital interno para o risco de taxa de juro da carteira bancária são calculados através de um modelo Value-at-Risk (VaR), utilizando o método da simulação histórica. Este risco é objecto de um controle periódico, através do cálculo do VaR e do mismatch temporal. O risco de taxa de juro é objecto de cobertura, segundo decisão do Comité Financeiro, através de instrumentos adequados (actualmente, swaps de taxa de juro).

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4.1.3 Método utilizado pela instituição para apurar a adequação de fundos próprios ao nível do conglomerado financeiro Não aplicável à Finantipar.

4.2 Secção B – Informação Quantitativa

4.2.1 Adequação de Capitais – Fundos próprios

31-12-2010 31-12-2009

1. Fundos próprios totais para efeitos de solvabilidade (=∑(1.1 a 1.5)) 405.276 456.1201.1. Fundos próprios de base (= ∑(1.1.1 a 1.1.5)) 294.154 318.406

1.1.1. Capital elegível (= ∑(1.1.1.1 a 1.1.1.4)) 54.088 54.0881.1.1.1. Capital realizado 21.076 21.0761.1.1.2. (-) Acções próprias (802) (802)1.1.1.3. Prémios de emissão 33.814 33.8141.1.1.4. Outros instrumentos equiparáveis a capital - -

1.1.2. Reservas e Resultados elegíveis (= ∑(1.1.2.1 a 1.1.2.6)) 259.535 266.1531.1.2.1. Reservas 123.860 143.5671.1.2.2. Interesses minoritários elegíveis 171.312 175.5871.1.2.3. Resultados do último exercício e resultados provisórios do exercício em curso 5.409 (12.717)1.1.2.4. (-) Lucros líquidos resultantes da capitalização de receitas futuras provenientes de activos titularizados -1.1.2.5. Diferenças de reavaliação elegíveis para fundos próprios de base (41.045) (40.284)

1.1.3. Fundo para riscos bancários gerais -1.1.4. Outros elementos elegíveis para os fundos próprios de base =(1.1.4.1 + 1.1.4.2) - -

1.1.4.1. Impacto na transição para as NIC/NCA (impacto negativo) - -1.1.4.2. Outros elementos elegiveis para os fundos próprios de base - -

1.1.5. (-) Outros elementos dedutíveis aos fundos próprios de base (= ∑(1.1.5.1 a 1.1.5.3)) (19.468) (1.835)1.1.5.1. (-) Imobilizações incorpóreas/Activos intangíveis (1.421) (1.288)1.1.5.2. (-) Excedente em relação aos limites de elegibilidade de instrumentos incluídos nos fundos próprios de base - -1.1.5.3. (-) Outros elementos dedutíveis aos fundos próprios de base (18.048) (547)

1.2. Fundos próprios complementares (= ∑(1.2.1 a 1.2.3)) 134.569 137.7141.2.1. Fundos próprios complementares - Upper Tier 2 - 5471.2.2. Fundos próprios complementares - Lower Tier 2 134.569 137.1681.2.3. (-) Deduções aos fundos próprios complementares - -

1.3. (-) Deduções aos fundos próprios de base e complementares - -1.3.a. Das quais: (-) aos fundos próprios de base - -1.3.b. Das quais: (-) aos fundos próprios complementares - -

1.4. Deduções aos fundos próprios totais (23.447) -1.5. Fundos próprios suplementares totais disponiveis para cobertura de riscos de mercado - -1.6. Por memória: - -

1.6.1 (+) Excesso / (-) Insuficiência de provisões nas posições ponderadas pelo risco através do método das Notações Internas - -1.8.1.1 Montante de provisões no método das Notações Internas - -1.8.1.2. (-) Perdas esperadas determinadas pelo método das Notações Internas - -

1.6.2. Valor nominal dos empréstimos subordinados reconhecidos como elemento positivo dos fundos próprios - -1.6.3. Requisito mínimo de capital social (104) - -1.6.4. Fundos próprios de referência para efeito dos limites relativos aos grandes riscos (104) 405.276 456.120

Unidade: m Euros

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4.2.2 Adequação de Capitais – Requisitos de fundos próprios

31-12-2010 31-12-2009

2. Requisitos de fundos próprios (= ∑(2.1 a 2.6)) 246.445 287.8422.1. Para risco de crédito, risco de crédito de contraparte, risco de redução dos valores a receber e risco de entrega(=2.1.1+2.1.2) 230.023 266.239

2.1.1. Método Padrão (=2.1.1.1+2.1.1.2) 230.023 266.2392.1.1.1. Classes de risco no Método Padrão, excluíndo posições de titularização 206.926 252.262 2.1.1.1.1. Créditos ou créditos condicionais sobre administrações centrais ou sobre bancos centrais 19.048 21.452 2.1.1.1.2. Créditos ou créditos condicionais sobre administrações regionais ou autoridades locais - - 2.1.1.1.3. Créditos ou créditos condicionais sobre organismos administrativos e empresas sem fins lucrativos - - 2.1.1.1.4. Créditos ou créditos condicionais sobre bancos multilaterais de desenvolvimento - - 2.1.1.1.5. Créditos ou créditos condicionais sobre organizações internacionais - - 2.1.1.1.6. Créditos ou créditos condicionais sobre instituições 43.141 65.744 2.1.1.1.7. Créditos ou créditos condicionais sobre empresas 92.738 102.334 2.1.1.1.8. Créditos ou créditos condicionais sobre a carteira de retalho 38.541 58.628 2.1.1.1.9. Créditos ou créditos condicionais sobre com garantia de bens imóveis - - 2.1.1.1.10. Elementos vencidos 11.494 2.272 2.1.1.1.11. Elementos pertencentes a categorias regulamentares de risco elevado - - 2.1.1.1.12. Créditos sob a forma de obrigações hipotecárias ou obrigações sobre o sector público - - 2.1.1.1.13. Créditos sob a forma de organismos de investimento colectivo (OIC) - - 2.1.1.1.14. Outros elementos 1.964 1.8332.1.1.2. Posições de titularização no método padrão 23.097 13.976

2.1.2. Método da Notações Internas (= ∑(2.1.2.1 a 2.1.2.5)) - -2.1.2.1. Quando não são utilizados estimativas próprias de LGD e/ou de factores de conversão - - 2.1.2.1.1 Créditos ou créditos condicionais sobre administrações centrais ou sobre bancos centrais - - 2.1.2.1.2 Créditos ou créditos condicionais sobre instituições - - 2.1.2.1.3 Créditos ou créditos condicionais sobre empresas - -2.1.2.2. Quando são utilizados estimativas próprias de LGD e/ou de factores de conversão - - 2.1.2.2.1. Créditos ou créditos condicionais sobre administrações centrais ou sobre bancos centrais - - 2.1.2.2.2. Créditos ou créditos condicionais sobre instituições - - 2.1.2.2.3. Créditos ou créditos condicionais sobre empresas - - 2.1.2.2.4. Créditos ou créditos condicionais sobre a carteira de retalho - -2.1.2.3. Créditos sobre acções - -2.1.2.4. Posições de titularização - -2.1.2.5. Outros activos que não sejam obrigações de crédito - -

2.2. Risco de liquidação - -2.3. Requisitos de fundos próprios para riscos de posição, riscos cambiais e riscos sobre mercadorias (=2.3.1+2.3.2) 7 1.316

2.3.1. Método Padrão (= ∑(2.3.1.1 a 2.3.1.4)) 7 1.3162.3.1.1. Instrumentos de divida 7 3702.3.1.2. Títulos de capital - -2.3.1.3. Riscos cambiais - 9462.3.1.4. Riscos sobre mercadorias - -

2.3.2. Método dos Modelos Internos - -2.4. Requisitos de fundos próprios para risco operacional (= ∑(2.4.1 a 2.4.3)) 16.414 20.288

2.4.1. Método do indicador básico 16.414 20.2882.4.2. Método Standard - -2.4.3. Métodos de Medição Avançada - -

2.5. Requisitos de fundos próprios - Despesas gerais fixas - -2.6. Requisitos transitórios de fundos próprios e outros requisitos de fundos próprios - -

Unidade: m Euros

ADEQUAÇÃO DE CAPITAIS - PARTE 2

4.2.3 Adequação de Capitais - Síntese

31-12-2010 31-12-2009

Excesso (+) / Insuficiência (-) de fundos próprios 158.831 168.278Rácio de solvabilidade 13,2% 12,7%Adequação de fundos próprios ao nível do conglomerado financeiro Método Padrão (=2.1.1.1+2.1.1.2) 230.023 266.239

Unidade: m Euros

ADEQUAÇÃO DE CAPITAIS - PARTE 3

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5 Risco de Crédito e Risco de Crédito de Contraparte O risco de crédito deriva da possibilidade de uma contraparte entrar em incumprimento e da variação do valor económico de um determinado instrumento devido à degradação da sua qualidade de crédito.

Os instrumentos pertencentes à carteira bancária são objecto de requisitos prudenciais de capital para risco de crédito. O risco de crédito de contraparte decorre do risco de incumprimento de determinada contraparte de uma operação antes da liquidação final dos respectivos fluxos financeiros. As operações de recompra e os derivados de crédito são objecto de requisitos prudenciais de capital para risco de crédito de contraparte. Para estas operações a posição em risco é determinada recorrendo ao método de avaliação ao preço de mercado (mark-to-market), definido na Parte 3 do Anexo V do Aviso BdP n.º 5/2007, que consiste em adicionar ao valor de mercado da operação, quando positivo, o seu potencial de valorização futuro, o qual resulta da multiplicação do nocional por um factor prudencial em função do tipo de contrato. A informação quantitativa referente a estes dois tipos de risco encontra-se agregada nos quadros apresentados no ponto 5.2. Os valores referentes a 2009 incluem reclassificações para efeitos comparativos.

5.1 Aspectos Gerais - Secção A – Informação Qualitativa

5.1.1 Definições, para efeitos contabilísticos, de “crédito vencido”, de “crédito objecto de imparidade” e de “crédito em incumprimento” A Finantipar classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital e juros corridos que continuem a ser devidos após a data do seu vencimento. Na data da rescisão dos contratos todas as prestações de capital, vincendas ou vencidas, são consideradas vencidas. A Finantipar avalia regularmente a existência de evidência objectiva de imparidade na sua carteira de crédito. Um crédito, ou uma carteira de crédito concedido, definida como um conjunto de créditos com características de risco semelhantes, encontra-se em imparidade quando: (i) exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável dos fluxos de caixa futuros desse crédito, ou carteira de créditos, que possa ser estimado com razoabilidade. O crédito em incumprimento é definido como o crédito vencido há mais de 90 dias.

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5.1.2 Descrição das abordagens e métodos adoptados para a determinação das correcções de valor e das provisões A Finantipar constitui provisões para a sua carteira de crédito de acordo com as normas emanadas pelo Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, constituindo provisões para risco específico de crédito e para riscos gerais de crédito. As provisões para risco específico de crédito, apresentadas no activo como dedução à rubrica Crédito a clientes, destinam-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas, de capital ou juros. Conforme disposto na versão actual do Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, o montante a provisionar é função do período decorrido após o respectivo vencimento e da eventual existência de garantias, excluindo os créditos concedidos ao Sector Público Administrativo. A provisão para riscos gerais de crédito é de natureza genérica e destina-se a fazer face a riscos de crédito não identificados especificamente. Encontra-se registada no passivo, na rubrica Provisões, e corresponde tendo em conta a sua natureza, a 1% (locação) ou a 1,5% (crédito especializado) do total do crédito não vencido concedido pelo Grupo Finantipar, incluindo o representado por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga. À base de cálculo desta provisão são deduzidos os créditos concedidos ao Sector Público Administrativo. Para além das provisões acima mencionadas, a Finantipar constitui ainda imparidade para a sua carteira de crédito, utilizando para tal um modelo interno que se encontra em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro. Caso a aplicação deste modelo resulte numa correcção de valor de montante superior ao apresentado pelas provisões, deverá o mesmo sobrepor-se, com o intuito da carteira de crédito reflectir, a cada momento, o seu valor realizável, conforme definido no Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.

5.1.3 Descrição do tipo de correcções de valor e de provisões associadas a posições em risco objecto de imparidade O Grupo avalia regularmente a existência de evidência objectiva de imparidade na sua carteira de crédito. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso, num período posterior, o montante da perda estimada diminua.

Um crédito concedido a clientes, ou uma carteira de crédito concedido, definida como um conjunto de créditos com características de risco semelhantes, encontra-se em imparidade quando: (i) exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável dos fluxos de caixa futuros desse crédito, ou carteira de créditos, que possa ser estimado com razoabilidade.

Inicialmente, o Grupo avalia se existe individualmente para cada crédito significativo evidência objectiva de imparidade. Para esta avaliação e na identificação dos créditos com imparidade numa base individual, o Grupo utiliza a informação que alimenta os modelos de risco de crédito implementados e considera, entre outros, os seguintes factores:

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• A exposição global ao cliente e a existência de créditos em situação de incumprimento;

• A viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de gerar meios capazes de responder aos serviços da dívida no futuro;

• A existência de credores privilegiados;

• A existência, natureza e o valor estimado dos colaterais;

• O envolvimento do cliente com o sector financeiro;

• O montante e os prazos de recuperação estimados.

Caso, para determinado crédito, não exista evidência objectiva de imparidade numa óptica individual, esse crédito é incluído num grupo de créditos com características de risco de crédito semelhantes (carteira de crédito), o qual é avaliado colectivamente – análise da imparidade numa base colectiva. Os créditos que são avaliados individualmente e para os quais é identificada uma perda por imparidade não são incluídos na avaliação colectiva.

Caso seja identificada uma perda de imparidade numa base individual, o montante da perda a reconhecer corresponde à diferença entre o valor contabilístico do crédito e o valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efectiva original do contrato. O crédito concedido é apresentado no balanço líquido da imparidade reconhecida. Caso estejamos perante um crédito com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva actual, determinada com base nas regras de cada contrato.

O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de um crédito garantido reflecte os fluxos de caixa que possam resultar da recuperação e venda do colateral, deduzido dos custos inerentes com a sua recuperação e venda.

No âmbito da análise da imparidade numa base colectiva, os créditos são agrupados com base em características semelhantes de risco de crédito, em função da avaliação de risco definida pelo Grupo. Os fluxos de caixa futuros para uma carteira de créditos, cuja imparidade é avaliada colectivamente, são estimados com base nos fluxos de caixa contratuais e na experiência histórica de perdas. A metodologia e os pressupostos utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos regularmente pelo Grupo de forma a monitorizar as diferenças entre as estimativas de perdas e as perdas reais.

Adicionalmente, embora sem evidência objectiva de imparidade, é ainda avaliada a existência de imparidade para os créditos analisados em base colectiva, considerando a probabilidade de os créditos entrarem numa situação de incumprimento durante um período de emergência, período esse que decorre entre a ocorrência de um evento originador de perda e o momento em que a existência desse evento é percepcionada.

Quando os activos financeiros do Grupo estão com imparidade por perdas de crédito, após terem sido tomadas todas as diligências de cobrança e recuperação dos créditos de acordo com as políticas do Grupo e quando as expectativas de recuperação desses créditos são muito reduzidas, os valores dos créditos considerados irrecuperáveis são desreconhecidos do balanço mediante a utilização das respectivas provisões para perdas por imparidade. Recuperações subsequentes de quantias anteriormente desreconhecidas são registadas em resultados pela diminuição do montante das perdas por imparidade do período.

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5.1.4 Indicação das correcções de valor e dos montantes recuperados registados directamente na demonstração de resultados, relativa ao exercício de referência e ao exercício anterior As recuperações de créditos anteriormente abatidos ao activo são reconhecidas em resultados pela diminuição do montante das perdas por imparidade do período. Durante o exercício de 2010 o Grupo recuperou m€ 585 (2009: m€ 496) relativo a créditos previamente abatidos ao activo.

5.1.5 Relativamente ao risco de concentração Para analisar a gestão do risco de concentração no Grupo Finantipar teremos que dividir a carteira de crédito em duas partes: a carteira de retalho (crédito especializado) e a carteira da área de Banca.

No que respeita à carteira de retalho, dada a natureza da actividade e a dimensão das exposições que lhe estão subjacentes, a questão do risco de concentração não se coloca.

No que se refere à carteira da área de Banca, o risco de concentração é tido em conta no processo de aprovação de limites de exposição a um grupo de contrapartes, existindo valores máximos para estes limites, com base no tipo de contraparte e no seu rating.

Para além dos limites de exposição por contraparte, encontram-se estabelecidos limites de concentração de risco de crédito por país e por sector. Estes limites são aprovados pelo Comité Financeiro e são analisados e revistos pelo mesmo Comité, quando necessário. Para cada país existe um limite para a exposição total a contrapartes localizados nesse país, sendo estes limites regra geral mais elevados para países com melhor rating. Existe igualmente limite de crédito por sector de actividade. Estes procedimentos encontram-se descritos no Manual de Gestão de Risco de Crédito.

O controle dos limites por país e por sector é efectuado pelo Departamento de Risco/ALM com uma periodicidade no mínimo mensal, sendo os resultados reportados ao Comité Financeiro.

5.2 Aspectos Gerais - Secção B – Informação Quantitativa

5.2.1 Posições em Risco

31-12-2010 31-12-2009 31-12-2010 31-12-2009

CL I - Administrações centrais ou bancos centrais 432.153 368.879 402.716 295.643CL VI - Instituições 1.225.815 1.418.824 1.224.516 1.302.563CL VII - Empresas 1.106.535 1.124.503 1.109.174 901.310CL VIII - Carteira de retalho 646.810 984.159 720.415 1.053.614CL X - Elementos vencidos 290.117 271.611 307.579 285.458CL XIII - Outros elementos 24.952 23.472 27.730 27.805TOTAL 3.726.381 4.191.448 3.792.130 3.866.392

Unidade: m Euros

POSIÇÕES EM RISCO

Classes de Risco

Classe de Risco:

Posição em risco original Posição em risco original (média ao longo do período)

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5.2.2 Distribuição Geográfica das Posições em Risco

OCDENão-OCDE (Investment

grade )Outros OCDE

Não-OCDE (Investment

grade )Outros

31-12-2010 31-12-2010 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2009 31-12-2009

CL I - Administrações centrais ou bancos centrais 297.070 14.259 120.824 191.111 32.253 145.520CL VI - Instituições 943.858 225.931 56.026 975.500 265.073 118.387CL VII - Empresas 826.947 127.983 151.605 733.664 123.487 327.216CL VIII - Carteira de retalho 646.810 - - 984.158 - -CL X - Elementos vencidos 290.117 - - 271.611 - -CL XIII - Outros elementos 24.801 - 151 21.905 - 1.562% do total da posição em risco original 81,30% 9,88% 8,82% 75,82% 10,04% 14,14%

Unidade: m Euros

Classes de Risco

Classe de Risco:

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DAS POSIÇÕES EM RISCO ( em % da posição em risco original)

5.2.3 Distribuição Sectorial das Posições em Risco

31-12-2010 31-12-2009 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2010 31-12-2009

CL I - Administrações centrais ou bancos centrais 432.153 368.884 - - - - - - - -CL VI - Instituições - - 1.225.815 1.358.960 - - - - - -CL VII - Empresas - - 255.307 240.297 851.228 944.070 - - - -CL VIII - Carteira de retalho - - - 77.603 118.078 569.207 866.081 - -CL X - Elementos vencidos - - 181.792 174.325 24.501 34.251 83.823 63.035 1 -CL XIII - Outros elementos - - 2.795 2.629 180 170 143 135 21.833 20.534TOTAL 432.153 368.884 1.665.709 1.776.211 953.513 1.096.569 653.173 929.251 21.834 20.534

% do total da posição em risco original 11,60% 8,80% 44,70% 42,38% 25,59% 26,16% 17,53% 22,17% 0,59% 0,49%

Unidade: m Euros

( em % da posição em risco original)

Outros

DISTRIBUIÇÃO SECTORIAL DAS POSIÇÕES EM RISCO

Classe de Risco:

Soberanos Particulares e ENIClasses de Risco

Empresas Financeiras Outras Empresas

5.2.4 Repartição das Posições em Risco Vencidas e Objecto de Imparidade

31-12-2010 31-12-2009 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2010 31-12-2009290.117 271.611 961.668 1.364.257 160.270 171.776

Decomposição pelosprincipais Sectores Soberanos - - - 5.394 - 2.617Economicos: Empresas Financeiras 181.792 174.325 194.684 270.171 114.742 99.858

Outras Empresas 24.501 34.562 113.953 159.908 14.548 21.257Particulares e ENI 83.823 62.724 653.030 928.783 30.979 48.045Outros 1 - 1 - 1 -

Decomposição pelasprincipais Zonas Zonas Geográficas:Geográficas: - OCDE 290.117 271.611 948.776 1.272.886 153.841 155.955

- Não-OCDE (Investment grade ) - - 12.893 22.385 6.429 12.561 - Outros - - - 68.986 - 3.260

% do total da posição em risco original 7,79% 6,48% 25,81% 32,55% 3,82% 4,10%Posições em risco vencidas e objecto de imparidade: posições em risco originais Unidade: m Euros

Total das posições

Posições em risco vencidas Posições em risco objecto de imparidade Correcções de valor e Provisões

REPARTIÇÃO DAS POSIÇÕES EM RISCO VENCIDAS E OBJECTO DE IMPARIDADE

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5.2.5 Correcções de Valor e Provisões

171.776 139.037

Dotações líquidas de reposições 54.048 65.500

Utilizações 70.268 31.643Outros ajustamentos: 4.714 (1.118) - Ajustamentos por diferenças cambiais 4.714 (1.118) - Transferências de provisões - - - Combinações de actividades - - - Aquisições e alienações de filiais - - - Outros - -Saldo final 160.270 171.776

Unidade: m Euros

CORRECÇÕES DE VALOR E PROVISÕES

Correcções de Valor e Provisões 31-12-2010 31-12-2009

Saldo Inicial

5.2.6 Modelo “Prazo de Vencimento Residual”

31-12-2010 31-12-2009 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2010 31-12-2009

Classe de Risco:CL I - Administrações centrais ou bancos centrais 65.167 39.947 189.578 129.533 154.265 168.897 23.142 30.507CL VI - Instituições 518.151 583.752 334.251 452.872 337.564 292.127 35.850 30.209CL VII - Empresas 106.006 112.843 387.097 392.406 573.747 655.508 39.685 23.610CL VIII - Carteira de retalho 10.055 31.219 462.279 636.107 174.477 316.833 - 0CL X - Elementos vencidos 290.117 271.611 - - - - - 0CL XIII - Outros elementos 24.952 23.467 - - - - - 0TOTAL 1.014.448 983.135 1.373.204 1.610.918 1.240.052 1.433.365 98.677 84.326em % do total da posição em risco original 27,22% 23,46% 36,85% 40,34% 33,28% 34,20% 2,65% 2,01%VR: Vencimento residual Unidade: m Euros

PRAZO DE VENCIMENTO RESIDUAL (em % da posição em risco original)

Classes de RiscoVR < 1 ano 1 ano < VR < 5 anos 5 anos < VR < 10 anos VR > 10 anos

5.3 Método Padrão - Secção A – Informação Qualitativa

5.3.1 Identificação das agências de notação externa (ECAI1) e das agências de crédito à exportação (ECA2) utilizadas O risco de crédito consiste na probabilidade de ocorrência de impactos negativos nos resultados ou no capital, devido à incapacidade de uma contraparte cumprir os seus compromissos financeiros perante o Grupo, incluindo possíveis restrições à transferência de pagamentos do exterior. Nos anos de 2010 e 2009, o Grupo Finantipar utilizou o método padrão para o cálculo dos requisitos de fundos próprios para cobertura de risco de crédito.

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Os montantes das posições ponderadas pelo risco são determinados com base em coeficientes de ponderação definidos no Aviso nº 5/2007 do Banco de Portugal. A aplicação desses coeficientes de ponderação baseia-se na classe a que a posição em risco for afecta e na sua qualidade de crédito. A qualidade de crédito pode ser determinada com base nas avaliações de crédito de agências de notação externa (ECAI), ou nas avaliações de crédito de agências de crédito à exportação (ECA). No que respeita à carteira bancária, o Grupo Finantipar utiliza as notações das agências Standard & Poor ’s`Rating Services, Moody’s Investors Services e Fitch Ratings.

5.3.2 Descrição do processo utilizado para afectar as avaliações de risco dos emitentes ou das emissões aos elementos incluídos na carteira bancária O Grupo Finantipar afecta as avaliações de risco dos emitentes ou das emissões aos elementos incluídos na carteira bancária em consonância com as directrizes emanadas na Parte 4 do Anexo III Aviso nº 5/2007 do Banco de Portugal.

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5.4 Método Padrão - Secção B – Informação Quantitativa O modelo abrange os riscos de crédito, de crédito de contraparte e de entrega.

5.4.1 Método Padrão

0% 10% 20% 50% 75% 100% 150% Outros ponderadores

1.Posição em risco original por classe de risco

Classe de Risco:CL I - Administrações centrais ou bancos centrais 143.066 - 35.144 45.731 - 208.211 - - 432.153CL VI - Instituições - - 707.355 218.279 - 287.288 12.893 - 1.225.815CL VII - Empresas - - 52.355 102.682 - 654.680 296.818 - 1.106.535CL VIII - Carteira de retalho - - - - 646.810 - - - 646.810CL X - Elementos vencidos - - - - - 288.023 2.093 - 290.117CL XIII - Outros elementos 86 - 387 - - 24.478 - - 24.952

TOTAL posições em risco original: 143.152 - 795.241 366.693 646.810 1.462.681 311.804 - 3.726.381

Classe de Risco:CL I - Administrações centrais ou bancos centrais 143.066 - 35.144 45.731 - 208.211 - - 432.153CL VI - Instituições - - 707.355 218.279 - 287.288 6.464 - 1.219.386CL VII - Empresas - - 52.355 102.682 - 653.740 295.782 - 1.104.559CL VIII - Carteira de retalho - - - - 642.351 - - - 642.351CL X - Elementos vencidos - - - - - 140.795 1.916 - 142.711CL XIII - Outros elementos 86 - 387 - - 24.478 - - 24.952

TOTAL posições em risco original: 143.152 - 795.241 366.693 642.351 1.314.513 304.162 - 3.566.1123.TOTAL posições ponderadas pelo risco (=∑ (-2."x"ponderadores de risco) - - 159.048 183.346 481.763 1.314.513 456.243 - 2.594.914Posição em risco deduzida aos fundospróprios por classe de risco Classe de Risco:

CL I - Administrações centrais ou bancos centraisCL VI - InstituiçõesCL VII - EmpresasCL VIII - Carteira de retalhoCL X - Elementos vencidosCL XIII - Outros elementos

TOTAL posições em risco deduzidas aos fundos própriosUnidade: m Euros

MÉTODO PADRÃO

Ponderadores de Risco

TOTAL

2.Posição em risco por classe de risco (base de incidência dos ponderadores)

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6 Técnicas de Redução do Risco de Crédito Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, atendendo à actividade do Grupo, à natureza dos seus activos e aos métodos utilizados para a sua ponderação, não são aplicadas, para efeitos prudenciais, técnicas de redução do risco de crédito conforme exposto na alínea s) do Artigo 2.º do Decreto-lei n.º 104/2007 de 3 de Abril.

7 Operações de Titularização

7.1 Secção A – Informação Qualitativa

7.1.1 Identificação das operações de titularização em que a instituição se encontra envolvida, descrevendo o objectivo, a forma e o grau de envolvimento no respectivo processo, bem como a existência, ou não, de uma transferência significativa do risco de crédito Em 31 de Dezembro de 2010, o Grupo Finantipar encontra-se envolvido, na qualidade de cedente em quatro operações de titularização que de seguida se identificam:

- LTR Finance nº 5 plc - LTR Finance nº 6 plc - LTR Finance nº 7 plc - LTR Finance nº 8 plc Todas estas operações são titularizações tradicionais de activos originados pela actividade do crédito especializado, tendo como principal objectivo o financiamento destas operações de crédito.

Uma vez que não existe uma transferência significativa do risco de crédito todas estas operações são incluídas nas contas consolidadas do Grupo.

7.1.2 Elementos de informação sobre cada operação em que a instituição se encontra envolvida como cedente, conforme modelo seguinte:

LTR nº 5 LTR nº 6 LTR nº 7 LTR n.º 8 (a)

Sofinloc Sofinloc Sofinloc Sofinloc

Instituíções Patrocinadoras HSBC Bank HSBC Bank HSBC Bank WestLBInformação sobre as operações:

Data de ínicio 01-Jul-04 25-Set-06 03-Fev-09 30-Mar-07Maturidade legal 25-07-2015 (b) 24-Nov-18 20-Fev-23 22-Mar-18Cláusula de step-up (data) n.a. n.a. n.a. 20-Mar-09Revolving (anos) 3 anos 3 anos 1 ano 2 anosActivos titularizados (em milhões de euros) 500,3 947,6 146,9 620,1Valor em dívida (em milhões de euros) 23,4 250,1 99,4 211,8

Informação sobre o envolvimento das instituíções cedentesExistência de situações de "apoio implicito" n.a. n.a. n.a. n.a.Activos cedidos (por Instituíção)/Activos titularizados (total) (%)

Sofinloc 22,6% 42,8% 6,6% 28,0%Mais-valia inicial/Valor das posições de primeira perda readquiridas 0 0 0 0

Observações(a) Anteriormente denominado LTR Warehouse n.º2(b) O clean up desta operação está previsto ocorrer a 25 Julho de 2011

OPERAÇÕES DE TITULARIZAÇÃO

Titularização Tradicional

Instituições Cedentes

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7.1.3 Métodos de cálculo dos montantes das posições ponderadas pelo risco que a instituição aplica relativamente às suas actividades de titularização O Grupo Finantipar calcula o montante das posições ponderadas pelo risco relativamente às suas actividades de titularização de acordo com as directrizes estabelecidas no Aviso nº 7/2007 do Banco de Portugal. Uma vez que não existe transferência significativa do risco de crédito a nível consolidado, o cálculo de requisitos é efectuado como se as operações não se tivessem realizado, sendo a carteira de crédito ponderada conforme definido no Aviso nº 5/2007 do Banco de Portugal para a carteira de retalho.

7.1.4 Síntese das políticas contabilísticas da instituição, nomeadamente quanto ao tratamento das operações, ao reconhecimento de proveitos nas vendas, aos pressupostos de base da avaliação dos juros retidos e ao tratamento das titularizações sintéticas O Grupo consolida pelo método integral as entidades de finalidade especial, constituídas especificamente para o cumprimento de um objectivo bem definido, quando a substância da relação com tais entidades indicia que o Grupo exerce controlo sobre as suas actividades, independentemente da percentagem que detém sobre os seus capitais próprios, de acordo com a SIC 12 – Consolidação de Entidades de Finalidade Especial.

Todas as operações de titularização são incluídas nas contas consolidadas do Grupo, por via da consolidação integral das respectivas entidades de finalidade especial. O Grupo não tem operações de titularização sintéticas.

7.1.5 Designação das ECAI utilizadas no âmbito das operações de titularização Não aplicável ao Grupo Finantipar.

7.1.6 Indicação do valor em dívida agregado das posições em risco renováveis titularizadas, repartido pelo interesse do cedente e pelo interesse dos investidores Não aplicável ao Grupo Finantipar.

7.2 Secção B – Informação Quantitativa

7.2.1 Risco de Crédito – Operações de Titularização: Análise de Perdas Não aplicável ao Grupo Finantipar.

7.2.2 Risco de Crédito – Operações de Titularização: Método Padrão Não aplicável ao Grupo Finantipar.

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7.2.3 Risco de Crédito – Operações de Titularização: Síntese de actividades Não aplicável ao Grupo Finantipar.

8 Riscos de Posição, de Crédito de Contraparte e de Liquidação da Carteira de Negociação

8.1 Secção A – Informação Qualitativa

8.1.1 Indicação das subcarteiras da carteira de negociação que se encontram cobertas pelo “método Padrão sobre a carteira de negociação” e pelo “método de Modelos Internos sobre a carteira de negociação” O Grupo Finantipar apenas utiliza o método padrão sobre a carteira de negociação, não tendo qualquer subcarteira da carteira de negociação a ser coberta pelo método dos Modelos Internos.

8.1.2 Descrição das metodologias de avaliação dos riscos da carteira de negociação, para cada subcarteira, relativamente às instituições que apliquem o “método Padrão sobre a carteira de negociação” Os riscos da carteira de negociação são avaliados de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 8/2007.

8.1.3 Descrição das metodologias de avaliação dos riscos da carteira de negociação para as instituições que apliquem o “método de Modelos Internos sobre a carteira de negociação” Não aplicável à Finantipar.

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8.2 Secção B – Informação Quantitativa

8.2.1 Requisitos de Fundos Próprios (Carteira de Negociação)

31-12-2010 31-12-2009TOTAL Riscos da Carteira de Negociação (=∑(1. a 3.)) 7 3701.Risco de Posição (1.1. + 1.2) 7 370

1.1. Método Padrão sobre a Carteira de Negociação (=∑(1.1.1 a 1.1.6.)) 7 3701.1.1. Instrumentos de Dívida 7 370

1.1.1.1. Risco Específico 4 3551.1.1.2. Risco Geral 3 15

1.1.2. Títulos de Capital - -1.1.2.1. Risco Específico - -1.1.2.2. Risco Geral - -

1.1.3. Organismos de Investimento Colectivo (OIC): - -1.1.4. Futuros e Opções negociados em bolsa: - -1.1.5. Futuros e Opções do mercado de balcão - OTC: - -1.1.6. Outros - -

1.2. Método de Modelos internos sobre a Carteira de Negociação - -2.Risco de Crédito de Contraparte (=∑(2.1. a 2.3.)) - -

- -

2.2. Instrumentos Derivados - -2.3. Contratos de compensação multiprodutos - -

3. Risco de Liquidação - -

Unidade: m Euros

REQUISITOS DE FUNDOS PRÓPRIOS ( CARTEIRA DE NEGOCIAÇÃO)

Riscos da Carteira de NegociaçãoRequisitos de Fundos Próprios

2.1. Vendas/compras com acordo de recompra/revenda, concessão/contração de empréstimos devalores mobiliáriosou de mercadorias, operações de empréstimo com imposição de margem eoperações de liquidação longa

9 Riscos Cambial e de Mercadorias das Carteiras Bancária e de Negociação

9.1 Secção A – Informação Qualitativa

9.1.1 Indicação do método (Padrão ou de Modelos Internos) adoptado pela instituição para calcular os requisitos mínimos de fundos próprios para cobertura dos riscos cambial e de mercadorias O Grupo Finantipar utiliza o método Padrão para calcular os requisitos mínimos de fundos próprios para cobertura do risco cambial, não sendo aplicável à sua actividade o cálculo de requisitos mínimos para mercadorias.

9.1.2 Para instituições que apliquem o método Padrão para avaliar o riscos de mercadorias, apresentação da metodologia adoptada – método da Escala de Prazos de Vencimento ou método Simplificado Não aplicável à Finantipar.

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9.1.3 As instituições que apliquem o método de Modelos Internos devem divulgar as informações referidas no ponto 1.3 do Anexo VIII deste Aviso, considerando as adaptações necessárias para efeitos do presente Anexo Não aplicável à Finantipar.

9.2 Secção B – Informação Quantitativa

9.2.1 Requisitos de Fundos Próprios - Riscos Cambial e de Mercadorias

Requisitos de Fundos Próprios

Requisitos de Fundos Próprios

31-12-2010 31-12-20091. Risco Cambial (=1.1. + 1.2.) - 947

1.1. Método Padrão - 9471.2. Método de Modelos internos - -

2.Risco de Crédito de Contraparte (=∑(2.1. a 2.2.)) - -2.1. Método Padrão (=∑(2.1.1. a 2.1.4.)) - -

2.1.1. Método da Escala de Prazos de Vencimento ou Método Simplificado - -2.1.2. Futuros e Opções sobre mercadorias negociadas em bolsa - -2.1.3. Futuros e Opções sobre mercadorias do mercado de balcão - OTC - -2.1.4. Outros - -

2.1. Método dos Modelos Internos - -

Unidade: m Euros

Riscos Cambial e de Mercadorias

REQUISITOS DE FUNDOS PRÓPRIOS - RISCOS CAMBIAL E DE MERCADORIAS

10 Posições em Risco sobre Acções da Carteira Bancária Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, o Grupo Finantipar detém uma posição imaterial em acções da carteira bancária.

11 Risco Operacional

11.1 Secção A – Informação Qualitativa

11.1.1 Descrição da metodologia de cálculo dos requisitos de fundos próprios A Finantipar calcula os requisitos de fundos próprios para o risco operacional utilizando o método do indicador básico, através da metodologia descrita no Artigo 26º do Decreto-Lei nº 104/2007 de 3 de Abril.

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11.1.2 Elementos contabilísticos considerados para cálculo do indicador relevante (Método do indicador básico) O indicador relevante para o cálculo dos requisitos de fundos próprios para o risco operacional é a soma da margem financeira com os proveitos operacionais, à qual é aplicada a percentagem prevista na legislação em vigor. As rubricas contabilísticas da demonstração dos resultados que são parte integrante do indicador relevante são apresentadas no quadro abaixo:

+ Juros e rendimentos similares - Juros e encargos similares + Rendimentos de instrumentos de capital + Rendimentos de serviços e comissões - Encargos com serviços e comissões + Resultado de operações financeiras + Outros proveitos de exploração

11.1.3 Elementos contabilísticos considerados para cálculo do indicador relevante (Método standard) Não aplicável à Finantipar.

11.1.4 Elementos contabilísticos considerados para cálculo do indicador relevante (Método de medição avançada) Não aplicável à Finantipar.

11.1.5 Elementos contabilísticos considerados para cálculo do indicador relevante (Combinação de métodos) Não aplicável à Finantipar.

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11.2 Secção B – Informação Quantitativa

11.2.1 Risco Operacional

2008 2009 2010

Perdas esperadas consideradas no

quadro das práticas internas

Mecanismos de trasnferência de risco

1. Método do Indicador Básico 125.220 112.528 90.537

Financiamento das empresas - corporate finance2.Método Standard Negociação e vendas

Intermediação relativa à carteira de retalhoBanca comercialBanca de retalhoPagamento e liquidaçãoServiços de agênciaGestão de activos

Método de Medição Avançada (a)(a) Base de incidência, em termos de indicador relevante, das actividades sujeitas ao método de Medição Avançada Unidade: m Euros

Indicador RelevantePor memória: método de Medição

Avançada-Redução de requisitos de fundos próprios (Ano 0)

Actividades

RISCO OPERACIONAL

12 Análise de Sensibilidade dos Requisitos de Capital

12.1 Secção A – Informação Qualitativa

12.1.1 As instituições devem prestar as seguintes informações de natureza qualitativa relativamente ao risco de taxa de juro da carteira bancária

12.1.1.1 Identificação da natureza do risco de taxa de juro da carteira bancária O risco de taxa de juro da carteira bancária advém de diferenças entre os activos e passivos da carteira bancária em termos de natureza da taxa de juro (fixa ou variável), maturidade e prazos de refixação das taxas de juro, consubstanciando-se na possibilidade de se registarem perdas resultantes de variações da taxa de juro em função destas diferenças.

12.1.1.2 Breve descrição das características do(s) modelo(s) interno(s) de medição e avaliação do risco de taxa de juro da carteira bancária e da frequência da medição do risco de taxa de juro. Caso a instituição não possua modelo(s) interno(s) para avaliação do risco de taxa de juro deve mencionar essa situação

O risco de taxa de juro é medido utilizando mapas de análise do mismatch temporal de maturidades dos activos, passivos e instrumentos extrapatrimoniais de taxa fixa, através da distribuição por buckets temporais. Estes mapas são elaborados semanalmente. Sobre os referidos mismatch aplicam-se medidas de sensibilidade a variações das taxas de juro de mercado.

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12.1.1.3 Descrição dos pressupostos fundamentais utilizados para o cálculo do risco de taxa de juro (incluindo os pressupostos relativos ao accionamento de cláusulas de reembolso antecipado de empréstimos e a evolução da maturidade efectiva dos depósitos sem prazo de vencimento)

Para a carteira de Financiamento especializado, são utilizados pressupostos relativos ao nível de pré-pagamentos, atrasos de pagamento e situações de não pagamento. Para os restantes instrumentos são utilizadas as maturidades e prazos de refixação contratuais, não sendo considerados potenciais reembolsos antecipados ou renovações. O risco de taxa de juro da carteira bancária é calculado através de um modelo Value-at-Risk (VaR), utilizando o método da simulação histórica. Este risco é objecto de um controle periódico, através do cálculo do VaR e do mismatch temporal. O risco de taxa de juro é objecto de cobertura, segundo decisão do Comité Financeiro, através de instrumentos adequados (actualmente, swaps de taxa de juro).

12.1.1.3.1 Identificação das correlações materiais entre o risco de taxa de juro na carteira bancária e outros tipos de risco

Cada risco é analisado de forma independente em relação aos outros riscos, não sendo considerada qualquer mitigação de risco por correlação imperfeita entre os diferentes tipos de risco.

12.1.2 As instituições devem prestar as seguintes informações de natureza qualitativa sobre os testes de esforço realizados

12.1.2.1 Âmbito de aplicação e incidência (tipo de risco) Os testes de esforço efectuados abrangem o risco de crédito, o risco de taxa de juro e o risco de mercado. Tendo em conta que a carteira de negociação do Grupo é constituída por instrumentos de rendimento fixo, o risco de mercado a que se encontra sujeita pode decompor-se em risco de crédito e risco de taxa de juro.

12.1.2.2 Descrição, objectivos e frequência de realização Os testes de esforço visam um melhor entendimento do perfil de risco do Grupo, permitem avaliar o capital interno e a capacidade para absorver choques, e facilitam a detecção de vulnerabilidades na exposição do Grupo aos diferentes tipos de risco. São realizados dois tipos de testes de esforço:

• As análises de sensibilidade consistem na avaliação do impacto na condição financeira do Grupo da variação de um único factor de risco. São efectuadas semestralmente.

• Os testes de cenário consistem na avaliação do impacto conjunto de vários factores de risco

na condição financeira do Grupo. São efectuados anualmente.

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12.1.2.3 Descrição das hipóteses assumidas, cenários subjacentes, factores de risco considerados e choques introduzidos para simular acontecimentos adversos

A análise de sensibilidade para o risco de crédito da área de Financiamento especializado é efectuada com o objectivo de simular a deterioração das condições macro-económicas nos mercados onde o Grupo opera, através da variação da PD e da LGD. De forma a simular os acontecimentos adversos, é introduzido um choque de 10% na PD e de 5% na LGD para a carteira sem imparidade, enquanto para a carteira com imparidade é introduzido um choque de 2,5% na LGD. A análise de sensibilidade para o risco de crédito da área de Banca é efectuada com base nos ratings atribuídos às entidades de risco (emitentes e contrapartes) pelas agências de rating internacionais. A análise efectuada consiste na aplicação de um choque negativo de dois graus de rating a todas as entidades que compõem a carteira da área de Banca. A análise de sensibilidade para o risco de taxa de juro é efectuada através de variações paralelas e de alteração da inclinação das curvas de taxa de juro do euro e do dólar norte-americano, as duas moedas em que o Grupo possui posições significativas. Em linha com as recomendações do Banco de Portugal definidas em documento "Cenário macroeconómico e análise de sensibilidade" de Janeiro de 2011, as variações paralelas aplicadas foram de +100bp e -100bp. A alteração da inclinação das curvas de rendimento resultou do deslocamento de +100bp e -50bp da taxa de juro a 10 anos mantendo constante a taxa de juro a 3 meses. O teste de cenário efectuado tem por base um cenário subjacente sendo este o cenário de ajustamento orçamental (em linha com as orientações do Banco de Portugal), no qual se introduziram choques em PD, LGD, ratings e curvas de taxa de juro. Os choques foram introduzidos no cenário subjacente e comparados com o ano transacto: aumento das PD e LGD da carteira de crédito especializado sem imparidade equivalente a 10% e 5%, respectivamente, aumento da LGD da carteira de crédito especializado com imparidade equivalente a 2.5%, redução equivalente a um grau de rating por ano para todas as entidades da carteira de banca de investimento e carteira de trading e respectivo reforço da imparidade; variação paralela positiva das curvas de taxa juro de 50bps para 2011 e 100bps para 2012 e 2013; foi considerada a não renovação de dívida titulada - MLT e Securitização; e um crescimento dos depósitos mediante instrução do Banco de Portugal.

12.2 Secção B – Informação Quantitativa

12.2.1 Risco de Taxa de Juro (Carteira Bancária)

31-12-2010 31-12-2009+ 200 -22 111 -21 557- 200 +29 977 +24 640+ 200 -6,79% -6,53%- 200 9,20% 7,46%

"+ 200" = Choque na taxa de juro de 200 p.b., no sentido ascendente Unidade: m Euros"- 200" = Choque na taxa de juro de 200 p.b., no sentido descendente

Valor

% da Situação Liquída

Efeito na Situação Líquida de um choque de 200 p.b. na taxa de juro:

RISCO DE TAXA DE JURO (CARTEIRA BANCÁRIA)

Impacto