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{ FLORBELA ESPANCA Trabalho realizado por: 3F Daniel a Olivei ra Regin a Melo Renata Ferrei ra Rute Teixei ra

Florbela Espanca Rute

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Este trabalho foi proposto no mbito da disciplina de Portugus com a finalidade de reconhecer a grande importncia dos poetas do sculo XX. Contudo, o nosso grupo escolheu a poetisa Florbela Espanca pela sua forma de se expressar .

Introduo

Poetisa portuguesa, natural de Vila Viosa (Alentejo). Nasceu filha ilegtima de Joo Maria Espanca e de Antnia da Conceio Lobo, que morreu com apenas 36 anos, e o motivo da sua morte sempre foi desconhecido. Foi educada pelo pai e pela madrasta, Mariana Espanca, em Vila Viosa. Estudou no liceu de vora, mas s depois do seu casamento (1913) com Alberto Moutinho concluiu, em 1917, a seco de Letras do Curso dos Liceus. Em Outubro desse mesmo ano matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que passou a frequentar. Na capital, contactou com outros poetas da poca e com o grupo de mulheres escritoras que ento procurava impor-se.

Biografia

Colaborou em jornais e revistas, entre os quais o Portugal Feminino. Em 1919, quando frequentava o terceiro ano de Direito, publicou a sua primeira obra potica, Livro de Mgoas. Em 1921, divorciou-se de Alberto Moutinho, de quem vivia separada havia alguns anos, e voltou a casar, no Porto, com o oficial de artilharia Antnio Guimares. Nesse ano tambm o seu pai se divorciou, para casar, no ano seguinte, com Henriqueta Almeida. Em 1923, publicou o Livro de Sror Saudade. Em 1925, Florbela casou-se, pela terceira vez, com o mdico Mrio Laje, em Matosinhos.

Em Dezembro de 1930, agravados os problemas de sade, sobretudo de ordem psicolgica, Florbela morreu em Matosinhos. Postumamente foram publicadas as obras Charneca em Flor (1930), Cartas de Florbela Espanca, por Guido Battelli (1930), Juvenlia (1930), As Marcas do Destino (1931, contos), Cartas de Florbela Espanca, por Azinhal Botelho e Jos Emdio Amaro (1949) e Dirio do ltimo Ano Seguido De Um Poema Sem Ttulo, com prefcio de Natlia Correia (1981). O livro de contos Domin Preto ou Domin Negro, vrias vezes anunciado (1931, 1967), seria publicado em 1982.

A poesia de Florbela caracteriza-se pela recorrncia dos temas do sofrimento, da solido, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude que s podero ser alcanados no absoluto, no infinito. O contedo da sua linguagem, marcadamente pessoal, centrada nas suas prprias frustraes e anseios. Simultaneamente, a paisagem da charneca alentejana est presente em muitas das suas imagens e poemas, transbordando a convulso interior da poetisa para a natureza. Florbela Espanca no se ligou claramente a qualquer movimento

Caracterizao dos seus poemas

literrio.

Est mais perto do neo-romantismo e de certos poetas de fim-desculo, portugueses e estrangeiros, que da revoluo dos modernistas, a que foi alheia. Pelo carcter confessional, sentimental, da sua poesia, segue a linha de Antnio Nobre, facto reconhecido pela poetisa. Por outro lado, a tcnica do soneto, que a celebrizou, , sobretudo, influncia de Antero de Quental e, mais longinquamente, de Cames.

Poetisa de excessos, cultivou a paixo, com voz marcadamente feminina (em que alguns crticos encontram dom-joanismo no feminino). A sua poesia, mesmo pecando por vezes por algum convencionalismo, tem suscitado interesse contnuo de leitores e investigadores. caracterizada como a grande figura feminina das primeiras dcadas da literatura portuguesa do sculo XX.

Poemas e respectiva anlise

Diz-me, Amor, como Te Sou Querida

Diz-me, amor, como te sou querida,

A Conta-me a glria do teu sonho eleito,

Emparelhada Interpolada

B Aninha-me a sorrir junto ao teu peito, B Arranca-me dos pntanos da vida. A Embriagada numa estranha lida, A Mostra-me a luz, ensina-me o preceito Que me salve e levante redimida! B Trago nas mos o corao desfeito, A Agonia sem f dum moribundo, C Nesta negra cisterna em que me afundo, D Sem quimeras, sem crenas, sem turnura, Grito o teu nome numa sede estranha, D Das cristalinas guas da montanha! E Como se fosse, amor, toda a frescura. E C

Emparelhada

BInterpolada

Cruzada

Cruzada

Cruzada

Florbela Espanca, in "A Mensageira das Violetas"

Interpretao: O poema Diz-me, Amor, como Te Sou Querida composto por 14 versos e 4 estofes, sendo 2 estrofes quadra (4 versos) e 2 estrofes terceto (3 versos). Com isto pode-se concluir que nas quadras h a presena de rima emparelhada e interpolada e nos tercetos h rima cruzada.

Anlise do poema

Espera

No me digas adeus, sombra amiga, Abranda mais o ritmo dos teus passos;A B Sente o perfume da paixo antiga, Dos nossos bons e cndidos abraos! A B Sou a dona dos msticos cansaos, A fantstica e estranha rapariga B Que um dia ficou presa nos teus A braos... No vs ainda embora, sombra amiga! B A Teu amor fez de mim um lago triste: C Quantas ondas a rir que no lhe ouviste, Quanta cano de ondinas l no fundo! C D Espera... espera... minha sombra amada... A V que pra alm de mim j no h nada A D E nunca mais me encontras neste mundo!...

Cruzada

Cruzada

Cruzada Cruzada

Emparelhada

Interpolada

Emparelhada

Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"

Interpretao: O poema Espera .. composto por 14 versos e 4 estrofes, ou seja 2 quadras (4 versos) e 2 tercetos (3 versos). Na quadra h a presena de rima cruzada e no terceto h a presena de rima emparelhada e interpolada .

Anlise do poema

Conclui-se que a poesia de Florbela qualificada pela repetio dos temas do sofrimento, da solido, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude .

Concluso