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FLÚOR A fluoretação da água de abastecimento tem sido reconhecida como uma das maiores medidas tomadas dentro da saúde pública deste século. É o mais efetivo, econômico e abrangente método de prevenção da cárie dentária em locais de alta prevalência dessa doença, fato esse reconhecido cientificamente (PINTO 16 , 1989; 17 , 1994; FEJERSKOV et al. 8 , 1994; BURT 3 , 1995; TORRIANI 23 , 1996). Recomendada pela Organização Mundial de Saúde a partir da década de cinqüenta, a fluoretação da água no Brasil vem sendo utilizada desde 1953, com o primeiro projeto instalado em Baixo Guandu, no Espírito Santo (TORRIANI 23 , 1996). Os poderes benéficos do flúor foram descobertos através da observação de um de seus efeitos colaterais: a fluorose, devido ao alto teor de flúor na água. Dessa forma passou-se a pesquisar a dose ideal de flúor, capaz de aumentar a resistência do esmalte de um dente sem alterar a sua aparência. Temos que a dose ideal varia com a temperatura média anual e com a umidade relativa do ar, desta forma, no Brasil é considerada ideal, a dose de 0,7mg de flúor para 1litro de água. O flúor é importante na formação dos dentes, pois favorece a formação de cálcio e potássio, mas para a prevenção da cárie é preciso ter o flúor presente de forma constante no meio bucal. O flúor favorece a deposição de cálcio e potássio quando está presente em baixa concentração. Os métodos de aplicação tópica oferecem altas concentrações de flúor, levando à formação de fluoreto de cálcio, que é uma forma de flúor solúvel, porém em contato com a saliva o fluoreto de cálcio fica protegido por uma película protetora. O fluoreto de cálcio vai funcionar como um reservatório de flúor, que vai ser mais utilizado ou não de acordo com a dieta alimentar. Portanto indivíduos com alto risco/atividade de cárie precisam de aplicações de flúor mais freqüentes.

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FLÚORA fluoretação da água de abastecimento tem sido reconhecida como uma das maiores medidas tomadas dentro da saúde pública deste século. É o mais efetivo, econômico e abrangente método de prevenção da cárie dentária em locais de alta prevalência dessa

doença, fato esse reconhecido cientificamente (PINTO16, 1989;17, 1994; FEJERSKOV et al.8, 1994; BURT3, 1995; TORRIANI23, 1996). Recomendada pela Organização Mundial de Saúde a

partir da década de cinqüenta, a fluoretação da água no Brasil vem sendo utilizada desde 1953, com o primeiro projeto instalado em Baixo Guandu, no Espírito Santo (TORRIANI23,

1996). Os poderes benéficos do flúor foram descobertos através da observação de um de seus

efeitos colaterais: a fluorose, devido ao alto teor de flúor na água. Dessa forma passou-se a pesquisar a dose ideal de flúor, capaz de aumentar a resistência do esmalte de um dente

sem alterar a sua aparência. Temos que a dose ideal varia com a temperatura média anual e com a umidade relativa do ar, desta forma, no Brasil é considerada ideal, a dose de 0,7mg de

flúor para 1litro de água. O flúor é importante na formação dos dentes, pois favorece a formação de cálcio e potássio, mas para a prevenção da cárie é preciso ter o flúor presente

de forma constante no meio bucal. O flúor favorece a deposição de cálcio e potássio quando está presente em baixa concentração. Os métodos de aplicação tópica oferecem altas

concentrações de flúor, levando à formação de fluoreto de cálcio, que é uma forma de flúor solúvel, porém em contato com a saliva o fluoreto de cálcio fica protegido por uma película

protetora. O fluoreto de cálcio vai funcionar como um reservatório de flúor, que vai ser mais utilizado

ou não de acordo com a dieta alimentar. Portanto indivíduos com alto risco/atividade de cárie precisam de aplicações de flúor mais freqüentes.

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• O flúor dinamicamente importante é o que está presente constantemente na cavidade oral. Atualmente não se tem mais usado a suplementação de flúor pois pode-se perfeitamente controlar a incidência de cárie através do flúor tópico e motivação que é a higiene e a dieta, mesmo nos locais onde não há água fluoretada, pois há flúor nos dentifrícios e nos alimentos.

• A fluoretação da água de consumo público é o mais seguro, efetivo, simples e econômico método de prevenção da cárie dental e sua adoção em todas as áreas onde essa doença constitui-se em problema de saúde pública tem sido uma recomendação insistentemente reiterada pelas organizações internacionais e nacionais do setor de saúde. No Brasil, a fluoretação da água iniciou-se em 1953 na cidade de Baixo Guandu, Espírito Santo, cujo sistema de abastecimento era operado pela fundação SESP do Ministério da Saúde. Um grande número de estudos desenvolvidos em países distintos comprova que a dosagem ideal de flúor na água de consumo está entre 0,7 e 1,2 mg/litro ou partes por milhão de flúor.

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• Como toda droga, o flúor poderá produzir efeitos adversos quando sua ingestão atinge níveis de toxicidade crônica ou aguda. Com relação à toxicidade crônica do flúor, o único efeito conhecido da ingestão contínua é a fluorose dentária. fluorose dentária é o quadro resultante de um distúrbio ocorrido durante a formação do dente causado pela ingestão crônica e excessiva de fluoretos. Caracteriza-se clinicamente por apresentar esmalte opaco e manchas de coloração que podem variar do branco ao castanho-escuro, como também apresentar áreas hipoplásicas e de erosão .

• Enfim, temos várias formas de prevenção dentária com flúor em nosso meio: Flúor na saliva através dos alimentos;

• Flúor depositado no abastecimento de água nas cidades; • Aplicação do flúor gel; • Aplicação do verniz protetor; • Teor de flúor nas pastas de dente; • Bochechos fluoretados.

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• Vantagens do flúor: • Fortalecimento do esmalte do dente, inibindo a

desmineralização que é o enfraquecimento do dente que começa superficialmente podendo se aprofundar;

• Diminuição do número e do potencial de microorganismos bucais como o causador da cárie ( streptococcus mutans);

• Favorecimento da remineralização que é um dente enfraquecido retomando sua resistência. Nunca esquecendo da importância da visita ao dentista à cada 6 meses, pois ele quem irá orientar à respeito desta prevenção, ainda temos a aplicação de selantes como prevenção. O paciente precisa saber se ele tem alto risco de cárie ou baixo risco de cárie, qual seria a melhor forma da utilização do flúor, uso do selante ou ainda sê preciso a restauração do dente. Essencial que seja feita uma higiene adequada e uma dieta saudável

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• Estudos epidemiológicos demonstram que no Brasil tem-se uma prevalência de fluorose entre zero, em Arroio do Tigre-RS (Campos et al., 1998), até 97,6% em Urussanga – SC (Capella et al., 1989).

• Para instalação e funcionamento adequado do sistema de fluoretação da água "é necessário o controle da qualidade da água e que não haja interrupção do fornecimento.

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Tabela 1 - Classificação das amostras de acordo com a concentração de flúor (mg/l).*

Concentração de flúor Classificação• 0 a 0,54 Inaceitável (fator de proteção para cárie)• 0,55 Teor mínimo aceitável• 0,55 a 0,64 Subfluoretada• 0,65 a 0,74 Ótima• 0,75 a 0,84 Superfluoretada• 0,84 Teor máximo aceitável• 0,85 a 1,14 Inadequada• ≥1,15 Inaceitável (fator de risco para fluorose) *Extraído de Ramires I. Avaliação da concentração de flúor na água de

abastecimento público, antes e depois dos procedimentos de fluoretação [dissertação de mestrado]. Faculdade de Odontologia de Bauru. Universidade de São Paulo;*2004. p. 189.

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Custos:• O custo da fluoretação da água de abastecimento público é

inexpressivo. Um máximo de US$ 5,41 per capita/ano em cidades com menos de 10.000 habitantes e um mínimo US$ 0,12 per capita/ano em cidades com mais de 200.000 habitantes. O custo médio fica em torno de US$ 0,51 per capita/ano . Mesmo considerando uma inflação média de 4% ao ano nos Estados Unidos, o valor resultante, em dólares, será irrisório. Newbrun estimou que a fluoretação proporciona uma economia de até 50 vezes em relação a cada dólar nela investido.

• Os quatro componentes de flúor mais comumente de flúor utilizados são: Fluossilicato de Sódio - Na2SiF6, Ácido Fluossilíco - H2SiF6, Fluoreto de Sódio - NaF e Fluoreto de Cálcio ou Fluorita - CaF2.

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Nº de cidades com água fluoretada:

Apesar da obrigatoriedade da fluoretação em sistemas públicos de abastecimento ser estabelecida há mais de 31 anos pela Lei Federal nº 6.050, de maio de 1974, muitos municípios ainda não cumprem a determinação.

Segundo a última Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB), realizada em 2000, dos 5.507 municípios existentes à época, menos da metade (45,74%) adicionavam flúor à água distribuída. As regiões Norte e Nordeste apresentam índices ainda mais baixos do que a média nacional: 7% e 16,5%, respectivamente. O ministério pretende reduzir a desigualdade regional e priorizar a instalação do programa de fluoretação nos municípios nordestinos e da região Norte.

O Brasil foi o primeiro país da América Latina a adicionar flúor no sistema de abastecimento de água, em 1953, no município de Baixo Guandu (ES), por meio da extinta Fundação Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp), atualmente a Funasa. O levantamento odontológico, realizado dez anos depois da instalação do sistema no município capixaba, revelou redução de 66% do número de dentes cariados, perdidos e obturados

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Maringá

• A água de abastecimento público de Maringá é fluoretada desde 1981 sem interrupções, de acordo com as informações fornecidas pela Companhia de Saneamento do Paraná (SANEPAR).

• O objetivo do presente estudo foi avaliar a prevalência de fluorose dental em estudantes da rede estadual de ensino de Maringá – PR.

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Materiais e métodos• A amostra foi constituída por 313 crianças, com 12 anos

de idade, sendo 151 (48,2%) meninos e 162 (51,7%)• Meninas, nascidas no período de 20 de maio de 1992 a 20

de fevereiro de 1993, de ambos os sexos, recrutadas nas 30 escolas estaduais do município de Maringá que atendiam ao ensino fundamental. Foram excluídas as crianças que faziam uso de aparelho ortodôntico fixo ou que apresentavam os dentes comprometidos por restaurações extensas ou fraturas que dificultassem a visualização

• foram examinadas as as faces vestibulares dos incisivos centrais superiores após escovação dentária realizada pelas próprias crianças

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• Para classificar os diferentes graus de fluorose utilizou-se o índice de Dean.

Este índice é baseado em variações no aspecto estético do esmalte abrangendo seis categorias: fluorose ausente, questionável, muito leve, leve, moderada e severa.

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Resultados:

• A prevalência encontrada de fluorose dental foi de 13,4% sendo que 11,2% das crianças apresentaram fluorose muito leve e 2,2% fluorose leve. Os casos com fluorose muito leve só foram possíveis de serem visualizados após secagem dos dentes. Os índices moderado e grave não foram encontrados nesta população

• Com relação à água de consumo, 83% da amostra total utilizavam água da torneira ou filtro, 9% relataram consumir água mineral e 8% de poço artesiano

• Dos indivíduos que apresentaram algum grau de fluorose, todos relataram utilizar água da torneira ou filtro

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Discussão

• A prevalência da fluorose em escolares de 12 anos no município de Maringá foi de 13,4%, o que pode ser considerada baixa e dentro dos limites estabelecidos para comunidades com acesso à fluoretação da água de abastecimento público. Pendrys e Stamm (1990), relataram que em lugares onde a média do teor de flúor na água é próxima ao ideal, espera-se uma fluorose dental de 20% para a população

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• Comparando-se os resultados deste trabalho com outros levantamentos realizados no mesmo município, em 1998, Pietro e Tumang (1998) verificaram que na mesma faixa etária, o CPO-D era de 1,93 e, com relação a fluorose dental, 12,1% das crianças apresentaram fluorose questionável, 3,9% fluorose muito leve e 2,9% fluorose leve

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• Apesar de termos considerado para avaliação apenas os incisivos centrais superiores, isto não justificaria a baixa prevalência encontrada. Um estudo realizado por Clark e Berkowitz, em 1997, mostrou que quando toda a dentição era levada em consideração, encontrou-se uma prevalência igual a 46% e que, quando apenas os incisivos superiores eram avaliados, esse número diminuía para 40% o que demonstra que quando apenas os incisivos superiores são examinados não ocorre uma diferença significativa nos resultados, facilitando a pesquisa, diminuindo custos e aumentando a praticidade durante a realização dos exames

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• O teor de flúor na água deve ser mantido entre 0,7 ppm e 1,2 ppm conforme a temperatura média anual (Barros et al., 1990; Buendia & Zaina, 1982; Paiva & Barros-Filho, 1993; Souza et al., 1990) para que seja possível uma relação entre a quantidade mínima necessária para prevenção eficiente da cárie dental, sem implicar em aumentos significativos da prevalência de fluorose. Em localidades com índice de fluorose abaixo do esperado pode existir subfluoretação (Barros et al., 1990). Não podemos afirmar que o controle da concentração de flúor seja realizado de forma rigorosa para a população de Maringá, pois ainda são necessários estudos para avaliar a real concentração de fluoretos na água que chega para o consumo da população

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Conclusão

• A prevalência da fluorose dentária em alunos da rede estadual de ensino de Maringá foi de 13,5%, variando entre os graus “muito leve” e “leve”, o que não representa um problema de Saúde pública para esta população e não requer medidas urgentes de intervenção. Ainda assim, há necessidade constante de se conscientizar a população e os profissionais de saúde a evitarem o excesso da ingestão de fluoretos e, com isso, os efeitos adversos como a fluorose dentária