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aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
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Índice
1. País em Ficha 03
2. Economia 04
2.1 Situação Económica e Perspectivas 04
2.2 Comércio Internacional 06
2.3 Investimento 09
2.4 Turismo 10
3. Relações Económicas com Portugal 10
3.1 Comércio de Bens 10
3.2 Comércio de Serviços 14
3.3 Investimento 14
3.4 Turismo 14
4. Relações Internacionais e Regionais 14
5. Condições Legais de Acesso ao Mercado 15
5.1 Regime Geral de Importação 15
5.2 Regime de Investimento Estrangeiro 16
5.3 Quadro Legal 18
6. Informações Úteis 19
7. Endereços Diversos 21
8. Fontes de Informação 25
8.1 Informação Online aicep Portugal Global 25
8.2 Endereços de Internet 26
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
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1. País em Ficha
Área:· 28.051 km2 (composta por uma parte continental - 26.017 km2 - e por diversas ilhas, nomeadamente Bioko, Annobon, Corisco e Elobey)
População: 680.000 habitantes (estimativa 2009 - FMI) Densidade populacional: 24,2 hab. / Km2 (estimativa 2009 - FMI) Designação oficial: República da Guiné Equatorial Chefe de Estado: Presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo (candidato do PDGE reeleito
em Novembro de 2009 com 95,37% dos votos) Primeiro-Ministro: Ignacio Milam Tang Data da actual Constituição: Aprovada em 15 de Agosto de 1982 Principais Partidos Políticos: Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), que forma o Governo;
existem mais 12 partidos registados, a maioria dos quais apoia o Presidente, incluindo a Convenção Liberal Democrática (CLD) e a União Democrática Socialista (UDS); a Convergência para a Democracia Social (CPDS) e a União Popular (UP) são opositores do Presidente; a Força Democrática Republicana (FDR) e o Movimento para a Autodeterminação da Ilha de Bioko (MAIB) operam de forma clandestina. As últimas eleições legislativas e municipais tiveram lugar em 4 de Maio de 2008 e foram ganhas pela “coligação eleitoral”, composta pelo PDGE e 9 pequenos partidos. O PDGE obteve 99 deputados e o CPDS elegeu um deputado. As próximas eleições deverão ter lugar em Maio de 2013 (legislativas) e Novembro de 2016 (presidenciais)
Capital: Malabo – 179.273 habitantes (estimativa 2010 da World Gazetteer) Outras cidades importantes: Bata (230.469 habitantes) e Ebebiyin (33.523 habitantes) Regiões: O país é composto por duas regiões (continental e insular), sete
províncias e dezoito distritos Religião: A grande maioria da população é católica (mais de 90%) Língua: As línguas oficiais são o espanhol e o francês, sendo também falados
alguns dialectos africanos (fang, bubi e inglês pidgin) Unidade monetária: Franco CFA
1 EUR = 655,957 CFA fr (paridade fixa face ao euro desde Janeiro de 1999) 1 USD = 455,34 CFA fr (final 2009)
O franco CFA é a moeda da Comunidade Financeira Africana, cuja autoridade responsável é o Banque Centrale des États de l’Afrique de l’Ouest, que abrange, entre outros países, a Guiné Equatorial
Risco País: Risco geral - B (AAA = risco menor; D = risco maior)
Risco Político - CC (EIU – Setembro 2010)
Risco de crédito: 7 (1 = risco menor; 7 = risco maior) (COSEC – Setembro 2010) Grau da abertura e dimensão relativa do mercado (2009): Exp. + Imp. / PIB = 112,7% Imp. / PIB = 43,1% Imp. / Imp. Mundial = 0,0%
Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU) – Viweswire 20th September 2010, Country Report September 2010
The World Year Book 2009
Organização Mundial de Comércio (OMC); Fundo Monetário Internacional (FMI)
Banco de Portugal; COSEC
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
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2. Economia
2.1 Situação Económica e Perspectivas
A evolução económica da Guiné Equatorial está marcada pelo início, em 1992, da exploração dos
recursos petrolíferos, que teve o seu maior desenvolvimento a partir de 1996. Segundo o Economist
Intelligence Unit (EIU), a produção petrolífera ascendeu a 462.000 barris/dia em 20091, o que coloca o
país no terceiro lugar no contexto da África Subsaariana, depois da Nigéria e de Angola. As reservas de
petróleo calculadas em 2008 atingiam 1.700 milhões de barris (equivalente a 12,9 anos de produção ao
ritmo actual), mas a descoberta e exploração de novas jazidas abre boas perspectivas para o sector.
A economia assenta basicamente no sector do petróleo e do gás, que representa 73,8% do produto
interno bruto (PIB) da Guiné Equatorial, de acordo com estimativas do Fundo Monetário Internacional
(FMI). Cabe ainda salientar a importância da indústria de derivados do petróleo e gás (11,6% do PIB) e
da construção (7,9% do PIB).
As receitas petrolíferas, que em 1993 não ultrapassaram os três milhões de USD, aumentaram para 190
milhões de USD em 2000 e para 3,3 mil milhões de USD em 2006. Entradas massivas de investimento
estrangeiro no sector do petróleo e do gás, bem como um crescimento acentuado das exportações de
petróleo, contribuíram para um elevado crescimento económico desde 1996 (média anual de 26,2%
entre 2001 e 2005).
Ao longo dos últimos anos a economia tem revelado uma robustez digna de realce, com a manutenção
de elevados índices de crescimento económico (10,7% em 2008). No entanto, em 2009, o crescimento
do produto interno bruto (PIB) não foi além de 5,3%, induzido pela descida dos preços do petróleo no
mercado internacional e por uma redução da produção no campo de Zafiro, que constitui o principal
campo petrolífero do país. Em contrapartida, o sector não-petrolífero registou um crescimento de 27,6%,
impulsionado pelos projectos de infraestruturas.
O ritmo de crescimento económico deverá continuar a abrandar para valores da ordem de 2,0% e 3,0%
em 2010 e 2011, respectivamente, fruto sobretudo da queda da produção de hidrocarbonetos2, incluindo
derivados. Para esta diminuição contribuem três factores principais: a produção no campo de Zafiro
continuará a declinar; nenhum novo campo petrolífero deverá começar a ser explorado; e o investimento
em novos poços só deverá começar no corrente ano. As previsões para os próximos dois anos indicam
que o sector não-petrolífero deverá registar um crescimento superior a 10%.
A evidência de uma melhoria significativa ao longo dos anos mais recentes está claramente reflectida na
generalidade dos indicadores macroeconómicos relevantes. Um aspecto menos positivo prende-se com
o aumento da taxa de inflação, que em 2009 alcançou 7,1%, impulsionada pela falta de concorrência do
1 Que se traduz numa quantidade muito considerável, tendo em conta a população do país. 2 As estimativas indicam que, de uma média de 462.000 barris/dia (petróleo e gás) em 2009, se passe para uma média de 410.000
barris/dia em 2011.
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
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sector retalhista, pelo aumento dos salários no sector público e pela procura interna. Em 2010, a taxa de
inflação deverá atingir 8,2%, induzida pelo aumento dos preços do petróleo e pelo crescimento do sector
não petrolífero, prevendo-se que recue para 7,5% no ano seguinte.
No sector externo, e num contexto de preços elevados do petróleo e de aumento da produção, a Guiné
Equatorial beneficiou de consideráveis excedentes da balança corrente ao longo dos últimos anos (9,1%
do PIB em 2008) mas em 2009, devido à acentuada diminuição do preço do petróleo (que representa
cerca de 97% das exportações) e ao forte aumento das importações, a balança corrente registou um
défice superior a 1,9 mil milhões de USD (15,6% do PIB). Para 2010, as previsões indicam um
desagravamento do défice corrente (8,8% do PIB), mas no ano seguinte deverá registar-se um novo
aumento (9,1% do PIB) em resultado da deterioração da balança comercial.
Principais Indicadores Macroeconómicos
Unidade 2006 a 2007 a 2008 b 2009 b 2010 c 2011 c
População Milhões 0,6 0,6 0,7 0,7 0,7 0,7
PIB a preços de mercado 109 CFA 5.021 6.027 8.250a 5.771a 7.077 7.661
PIB a preços de mercado 109 USD 9,6 12,6 18,4a 12,2a 13,9 13,9
PIB per capita (em PPP) USD 25.237 30.677 33.801 35.103 35.295 35.997
Crescimento real do PIB Var. % 1,3 21,4 10,7a 5,3a 2,0 3,0
Consumo privado Var. % -15,5b -9,2b 30,4 -22,0 6,3 23,0
Consumo público Var. % 33,8b 28,9b 48,4 48,0 15,5 11,6
Formação bruta de capital fixo Var. % 7,5b 13,0b 20,0 -0,5 6,0 7,0
Taxa de inflação (média) % 4,5 2,8 4,3a 7,1a 8,2 7,5
Dívida pública % do PIB 2,2b 1,4b 1,0 5,4 5,5 5,6
Saldo do sector público % do PIB 23,4 19,2 15,4 -8,0 -1,8 0,3
Balança corrente 106 USD 679 541 1.673a -1.904a -1.226 -1.271
Balança corrente % do PIB 7,0 4,3 9,1a -15,6a -8,8 -9,1
Reservas totais 106 USD 3.067 3.846 4.431a 3.252a 3.795 4.495
Taxa de câmbio (fim do período) 1USD=xCFA 498,07 445,59 471,34a 455,34 533,30 567,93
Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU) / Country Report September 2010, Viweswire 20th September 2010
Notas: (a) Valores efectivos;
(b) Estimativas;
(c) Previsões;
CFA – Franco CFA
Perante este quadro, e dando continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido, o principal desafio
para o Governo da Guiné Equatorial consiste no relançamento dos sectores fora do âmbito da indústria
petrolífera, de forma a aumentar a oferta interna e diversificar as exportações, criando mais emprego3 e
aumentando o nível de vida da população. Está também a ser dada particular atenção à indústria do gás, 3 Os últimos dados sobre o desemprego referem-se a 2001 e indicam uma taxa de 30%. A Direcção Geral de Estatística do
Ministério da Planificação não dispõe de dados mais actuais sobre este indicador.
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
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estando a ser planeada a construção, até 2014, de uma segunda unidade de liquefação de gás natural
(LNG), transformando o país numa hub de LNG para a região.
No final de 2007 o Governo aprovou um plano de desenvolvimento a longo prazo denominado “Horizonte
2020”, que tem um duplo objectivo: acelerar a redução da pobreza e criar as condições para que a Guiné
Equatorial se constitua um país moderno e desenvolvido no contexto do continente africano. O plano
centra-se na diversificação da economia como condição para gerar emprego e reduzir a dependência
dos hidrocarbonetos, existindo apoios financeiros destinados a sectores estratégicos (nomeadamente
agricultura e pescas) e incentivos adicionais ao sector privado.
O plano consta de duas fases: a primeira termina em 2012 e centra-se na melhoria das infra-estruturas
do país e na modernização dos serviços públicos como um meio para apoiar o desenvolvimento do
sector privado e do capital humano; a segunda fase (2013-2020) consiste no investimento das reservas
do país em activos internacionais, tendo em vista assegurar rendimentos futuros.
2.2 Comércio Internacional
A balança comercial da Guiné Equatorial apresenta elevados saldos positivos, que aumentaram de
forma continuada até 2008. Esta situação resulta basicamente das exportações de petróleo (cujo barril
atingiu um preço recorde em 2008), que representam mais de 97% das vendas globais ao exterior.
Sendo um exportador relevante no contexto da África Subsahariana, a nível mundial a Guiné Equatorial
ocupou, em 2009, a 80ª posição (75ª em 2008), o equivalente a 0,1% das exportações mundiais.
Enquanto importador, o país ocupa posições pouco significativas no ranking mundial (116ª posição em
2009).
Evolução da Balança Comercial
(106 USD) 2005 2006 2007 2008a 2009a
Exportação fob 7.113 8.291 10.250 14.465 8.495
Importação fob 2.121 2.020 2.365 3.909 5.258
Saldo 4.992 6.271 7.885 10.556 3.237
Coeficiente de cobertura (%) 335,4 410,4 433,4 370,0 161,6
Posição no “ranking” mundial
Como exportador 80ª 80ª 79ª 75ª 80ª
Como importador 145ª 134ª 132ª 127ª 116ª
Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU) e World Trade Organization (WTO)
Nota: (a) Estimativas
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
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Entre 2005 e 2008 as exportações aumentaram cerca de 103% e as importações registaram um
crescimento de 84%. O elevado crescimento das exportações reflecte o aumento da produção
petrolífera, bem como o crescimento substancial do preço do barril de petróleo.
Em 2008 as exportações atingiram 14,5 mil milhões de USD, mas em 2009 verificou-se um decréscimo
da ordem dos 41%, em consequência, fundamentalmente, da queda acentuada do preço do petróleo e
também da diminuição da produção. Prevê-se, para o corrente ano, uma recuperação das exportações,
que deverão atingir 10,1 mil milhões de USD, o que corresponde a um aumento de cerca de 19% face a
2009.
No que se refere às importações, que ascenderam a 3,9 mil milhões de USD em 2008, os dados
apontam para um crescimento de 34% em 2009, prevendo-se um forte abrandamento desta tendência
nos anos seguintes (3,7% e 0,3% em 2010 e 2011, respectivamente). De salientar que quase 65% das
importações registadas em 2009 dizem respeito à compra de combustíveis à Nigéria.
De acordo com os dados disponibilizados pelo International Trade Centre (ITC), os Estados Unidos da
América (EUA) representam o principal destino das exportações da Guiné Equatorial (29,2% do total em
2009), seguidos pela China (11,9%). O Japão e a República da Coreia têm vindo a ganhar importância
nos anos mais recentes, ocupando a 3ª e 4ª posições respectivamente, enquanto a Espanha e Taiwan
registaram uma perda de representatividade.
Portugal, que ocupava a 6ª posição em 2007 (6% das exportações da Guiné Equatorial), passou para 9º
lugar em 2008 (com uma quota de 2,6%), posicionando-se em 12º no último ano (com uma quota de
2,5%).
De referir que os dados que constam dos quadros que se seguem, disponibilizados pelo ITC, não se
baseiam em informação fornecida pela Guiné Equatorial, mas resultam dos dados reportados pelos seus
parceiros comerciais.
Principais Clientes
2007 2008 2009 Mercado
Quota (%) Posição Quota Posição Quota (%) Posição
EUA 19,9 1ª 21,9 1ª 29,2 1ª
China 18,2 2ª 14,2 3ª 11,9 2ª
Japão 6,3 7ª 7,1 6ª 8,9 3ª
República da Coreia 0,0 -- 5,2 8ª 7,9 4ª
Espanha 13,3 3ª 17,5 2ª 7,2 5ª
Taiwan 13,0 4ª 10,2 4ª 5,5 6ª
Fonte: International Trade Centre (ITC)
Nota: Para este mercado, os valores do comércio internacional são obtidos a partir dos dados reportados pelos parceiros comerciais
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
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Principais Fornecedores
2007 2008 2009 Mercado
Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição
Nigéria 0,2 23ª 1,4 15ª 64,8 1ª
China 7,4 5ª 17,0 1ª 6,9 2ª
EUA 19,0 1ª 11,3 3ª 5,9 3ª
Espanha 14,0 2ª 13,1 2ª 5,1 4ª
França 9,2 3ª 10,4 4ª 3,2 5ª
Costa do Marfim 8,4 4ª 9,1 5ª 2,2 6ª
Fonte: International Trade Centre (ITC)
Nota: Para este mercado, os valores do comércio internacional são obtidos a partir dos dados reportados pelos parceiros comerciais
Os EUA representavam normalmente o principal fornecedor da Guiné Equatorial (cerca de 37% do total
das importações em 2006), mas têm vindo a perder peso em favor de outros países, particularmente da
China, que passou para a 1ª posição em 2008, com uma quota de 17,0% (2,8% em 2006). A Espanha,
França, Costa do Marfim e Itália ocupam também um lugar de destaque enquanto fornecedores.
Em 2009, a importação de óleos brutos de petróleo da Nigéria, no montante de 3.358,2 milhões de USD
(perto de 65% das importações totais), colocou este país no primeiro lugar do ranking dos fornecedores,
quando nos anos anteriores não ía além do 15º (2008) e 23º (2007).
Portugal, que até 2008 tinha vindo a conquistar quota de mercado, sendo responsável por cerca de 1,5%
das importações do país, viu baixar a sua representatividade em 2009, não indo além de 0,4% das
importações totais (15ª posição).
Principais Produtos Transaccionados – 2009
Exportações / Sector % Importações / Sector %
27 – Combustíveis e óleos minerais 97,4 27 – Combustíveis e óleos minerais 67,2
29 – Produtos químicos orgânicos 2,2 84 - Máquinas e aparelhos mecânicos 9,1
44 – Madeira, carvão e obras de madeira 0,2 85 - Máquinas e aparelhos eléctricos 4,6
99 – Códigos especiais de classificação 0,1 73 – Obras de ferro fundido, ferro ou aço 3,1
Outros 0,1 Outros 16,0
Fonte: International Trade Centre (ITC)
Nota: Para este mercado, os valores do comércio internacional são obtidos a partir dos dados reportados pelos parceiros comerciais
Como foi referido, as exportações da Guiné Equatorial estão concentradas, na sua quase totalidade, nos
hidrocarbonetos, que representaram 97,4% do total das vendas guineenses ao exterior em 2009. Numa
análise mais detalhada, é de assinalar que os óleos brutos de petróleo foram responsáveis por 72,6%
das exportações do país, enquanto os gases de petróleo corresponderam a uma quota de 24,7%.
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
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A composição das importações é naturalmente mais diversificada, mas estão sobretudo direccionadas
para o sector energético e suas necessidades. Da estrutura das importações destacam-se três grupos de
produtos: produtos petrolíferos (67,2% em 2009), máquinas e aparelhos mecânicos e eléctricos (13,7) e
obras de ferro fundido, ferro ou aço (3,1%).
2.3 Investimento
De acordo com o World Investment Report 2010 publicado pela UNCTAD, a Guiné Equatorial recebeu,
ao longo dos últimos anos, valores significativos de investimento directo estrangeiro (IDE), que foi
canalizado fundamentalmente para o sector do petróleo e do gás4. Entre 2005 e 2009 o país recebeu
uma média anual de 664,8 milhões de USD de investimento directo estrangeiro, apesar de se ter
verificado um valor de investimento líquido negativo em 2008.
Investimento Directo
(106 USD) 2005 2006 2007 2008 2009
Investimento estrangeiro na Guiné Equatorial 769 470 1.243 -794 1.636
Investimento da Guiné Equatorial no estrangeiro 0 0 0 0 0
Posição no “ranking” mundial
Como receptor 84ª 106ª 91ª 205ª 76ª
Como emissor 145ª 150ª 148ª 148ª 140ª
Fonte: UNCTAD – World Investment Report 2010
Em 2009, a Guiné Equatorial posicionou-se no 76º lugar do ranking mundial enquanto receptor de IDE
(0,1% do total mundial) num universo de 208 países.
Dos principais investidores estrangeiros destacam-se, entre outros, a ExxonMobil, a Devon e a Marathon
Oil Company. Em Fevereiro de 2009 foi constituído o consórcio 3G5 (Guinea Gás Gathering) que tem
como accionistas a SONAGAS (sociedade estatal guineense), com 50% do capital, a alemã E-ON (25%
do capital), a espanhola Unión Fenosa (5%) e a portuguesa Galp (5%), ficando o Estado Guineense
(Ministério das Minas, Indústria e Energia) com os restantes 15%.
Enquanto emissor de investimento para o exterior, o país não tem qualquer expressão.
4 Dos 11.000 mihões de USD de investimento directo estrangeiro investidos no país desde meados de da década de 90, a maior
parte teve origem nos EUA. 5 Tendo como objectivo o levantamento das reservas de gás do pais e da região.
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
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2.4 Turismo
De acordo com os dados publicados pela Organização Mundial de Turismo (OMT), entraram nas
fronteiras da Guiné Equatorial 38 mil turistas em 2008, a que correspondeu um aumento de 26,4% face
ao ano anterior. Apesar dos valores irrisórios de turistas que visitaram o país, verificou-se, no período de
2005 a 2008, um cescimento médio anual da ordem dos 105%.
Quanto às receitas geradas pelos turistas, estas atingiram 2,8 milhões de USD em 2006 (último ano
disponível).
Dados relativos a 2007, indicam como principais mercados emissores a França (9,9%), Senegal (9,3%)
Portugal (7,5%), Mali (6,6%) e Itália (6,2%).
Indicadores do Turismo
2004 2005 2006 2007 2008
Turistas (103) n.d. 5 12 30 38
Receitas (106USD) 1,0 1,6 2,8 n.d. n.d.
Fonte: Organização Mundial de Turismo - OMT
Nota: n.d. – não disponível
Trata-se de um sector ainda incipiente mas com grande potencial de desenvolvimento devido às
características do país (geografia, clima e ecologia). Consciente das potencialidades turísticas, o
Ministério da Informação, Turismo e Cultura elaborou um plano nacional para a promoção do turismo.
3. Relações Económicas com Portugal
3.1 Comércio de Bens
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a Guiné Equatorial ocupa uma
posição modesta enquanto cliente de Portugal – 68ª em 2009 – com uma quota praticamente residual
em termos de exportações portuguesas (0,04%). Como fornecedor de Portugal, verificou-se ao longo dos
últimos anos uma evolução muito positiva, com a Guiné Equatorial a passar da 118ª posição em 2004
para a 25ª em 2005, ocupando a 32ª posição em 2009.
Para o comércio internacional da Guiné Equatorial e segundo as estatísticas do International Trade
Centre (ITC) relativas a 2009, a importância de Portugal, enquanto cliente e fornecedor, é bastante mais
expressiva (12ª e 15ª posição, respectivamente), com quotas de 2,51% ao nível das exportações e de
0,38% no que se refere às importações.
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
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Importância da Guiné-Equatorial nos Fluxos Comerciais com Portugal
2005 2006 2007 2008 2009
Posição 119ª 71ª 70ª 69ª 68ª Como cliente
% 0,00 0,03 0,03 0,04 0,04
Posição 25ª 21ª 22ª 35ª 32ª Como fornecedor
% 0,61 0,75 0,75 0,45 0,32
Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística
A balança comercial entre os dois países, tradicionalmente desfavorável a Portugal, agravou-se
acentuadamente a partir de 2005 (devido ao peso das importações de petróleo), tendo registado em
2007 o maior défice de sempre, atingindo um valor superior a 414 milhões de euros.
Entre 2005 e 2009, os valores das exportações portuguesas para a Guiné Equatorial apenas diminuíram
no último ano (atingiram perto de 14 milhões de euros, o que representou um decréscimo de 17,6% face
ao ano anterior), tendo ocorrido incrementos significativos nos anos anteriores, o que conduziu a uma
taxa média de crescimento anual nesse período de 170,9%.
Ao nível dos montantes das importações, que registaram acréscimos muito significativos até 2007 (ano
em que alcançaram 426 milhões de euros), verificou-se uma redução acentuada nos últimos dois anos,
tendo-se fixado em cerca de 159 milhões de euros em 2009, o valor mais baixo do período 2005-2009. O
crescimento médio anual entre 2005 e 2009 foi negativo (-9,5%).
Os últimos dados disponíveis, relativos ao período compreendido entre Janeiro e Agosto de 2010, e
quando comparados com os do período homólogo do ano anterior, registam uma tendência de aumento
das exportações portuguesas para o mercado da Guiné Equatorial (+139%), verificando-se igualmente
uma subida das importações (+13,4%). Assim, o coeficiente de cobertura das importações atingiu 13,5%,
que compara com 6,4% nos primeiros oito meses de 2009.
Evolução da Balança Comercial Bilateral
(103 EUR) 2005 2006 2007 2008 2009 Evol. % a 2009 Jan/Ago
2010 Jan/Ago
Var. %b
09/10
Exportações 1.389 10.330 11.901 16.912 13.937 170,9 8.136 19.444 139,0
Importações 300.142 398.482 426.308 276.064 159.054 -9,5 126.931 143.985 13,4
Saldo -298.753 -388.152 -414.407 -259.152 -145.117 -- -118.795 -124.542 --
Coef. Cobertura 0,5% 2,6% 2,8% 6,1% 8,8% -- 6,4% 13,5% --
Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística
Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2005-2009
(b) Taxa de variação homóloga
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
12
Relativamente à estrutura das exportações portuguesas para a Guiné Equatorial, constata-se uma forte
concentração nos minerais e minérios (42,8% do total em 2009), nas máquinas e aparelhos (19%) e nos
combustíveis minerais (11,7%), grupos que, no seu conjunto, representaram 73,5% do total. De referir
que os dois primeiros grupos de produtos registaram, em 2009, decréscimos significativos face ao ano
anterior (-29,9% e -17,4%, respectivamente).
Numa análise mais detalhada, a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada (NC), verifica-se que em
2009 os três produtos mais representativos (ordem decrescente), foram os seguintes: cimentos
hidráulicos (incl. os "clinckers"), mesmo corados (40,2% do total, mas com um decréscimo de 33% face a
2008); coque e betume de petróleo e outros resíduos dos óleos de petróleo (7,3%) e partes e acessórios
dos veículos automóveis (5,1%).
Exportações por Grupos de Produtos
(103 EUR) 2005 % Total 2005 2008 % Total
2008 2009 % Total 2009
Var. % 08/09
Minerais e minérios 951 68,5 8.503 50,3 5.960 42,8 -29,9
Máquinas e aparelhos 185 13,3 3.210 19,0 2.652 19,0 -17,4
Combustíveis minerais 0 0,0 77 0,5 1.636 11,7 §
Veículos e outro mat. transporte 6 0,4 1.495 8,8 1.019 7,3 -31,8
Metais comuns 128 9,2 2.008 11,9 947 6,8 -52,8
Plásticos e borracha 4 0,3 306 1,8 580 4,2 89,5
Pastas celulósicas e papel 2 0,1 209 1,2 270 1,9 29,1
Produtos químicos 43 3,1 474 2,8 222 1,6 -53,1
Madeira e cortiça 13 0,9 40 0,2 168 1,2 322,5
Produtos alimentares 29 2,1 57 0,3 125 0,9 118,4
Matérias têxteis 7 0,5 43 0,3 100 0,7 132,7
Instrumentos de óptica e precisão 17 1,2 45 0,3 25 0,2 -44,0
Produtos agrícolas 299 1,8 21 0,2 -92,9
Calçado 0 0,0 24 0,1 19 0,1 -21,0
Vestuário 1 0,0 11 0,1 10 0,1 -13,8
Peles e couros 3 0,0 9 0,1 231,4
Outros produtos 1 0,1 107 0,6 173 1,2 61,4
Valores confidenciais 2 0,1 §
Total 1.389 100,0 16.912 100,0 13.937 100,0 -17,6
Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística
Notas: A informação referente a 2005 encontra-se corrigida dos valores correspondentes às operações abrangidas pelo segredo estatístico,
agregando-se o respectivo montante na parcela "Valores confidenciais"
§ - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período anterior
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
13
Nos primeiros oito meses de 2010 verificou-se um grande crescimento do grupo dos minerais e minérios
(+99,2% em relação ao período homólogo de 2009), que continuam a liderar as vendas portuguesas
para este mercado, seguido pelo grupo dos combustíveis minerais (+565%) e pelas máquinas e
aparelhos (+99,1%). É de assinalar que estes três grupos de produtos representaram 73,5% do total das
exportações, à semelhança do que aconteceu em 2009.
Dados relativos a 2009 indicam que 64,6% das exportações para a Guiné Equatorial de produtos
industriais transformados incidiram em produtos classificados como de média-baixa tecnologia. Seguem-
-se os produtos de média-alta intensidade tecnológica (28,6%), de baixa tecnologia (6,0%) e de alta
intensidade tecnológica (0,8%). De salientar que 96,9% das exportações totais dizem respeito a produtos
industriais transformados.
De 2005 para 2009 e segundo dados do INE, o número de empresas exportadoras para este mercado
evoluiu de 16 para 37 empresas, verificando-se um crescimento contínuo ao longo dos anos.
No que diz respeito às importações portuguesas provenientes da Guiné Equatorial, estas centram-se
quase exclusivamente num único produto, combustíveis minerais, que representou 99,8% do total
importado em 2009, situação já verificada em anos anteriores e que se continua a registar em 2010 (nos
primeiros oito meses).
Importações por Grupos de Produtos
(103 EUR) 2005 % Total 2005 2008 % Total
2008 2009 % Total 2009
Var. % 08/09
Combustíveis minerais 298.609 99,5 275.914 99,9 158.761 99,8 -42,5
Madeira e cortiça 1.532 0,5 137 0,1 §
Máquinas e aparelhos 149 0,1 134 0,1 -9,7
Plásticos e borracha 11 0,0 §
Metais comuns 1 0,0 6 0,0 §
Veículos e outro mat. transporte 1 0,0 5 0,0 237,9
Total 300.142 100,0 276.064 100,0 159.054 100,0 -42,4
Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística
Nota: § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período anterior
Numa análise mais desagregada das importações (a quatro dígitos da NC), destacam-se os óleos brutos
de petróleo ou de minerais betuminosos (89,6% do total) e o gás de petróleo e outros hidrocarbonetos
gasosos (10,2%).
De 2005 para 2009 e segundo dados do INE, o número de empresas portuguesas importadoras deste
mercado decresceu de 13 para 6 empresas.
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
14
3.2 Comércio de Serviços
As estatísticas sobre os fluxos bilaterais dos serviços entre Portugal e a Guiné Equatorial não se
encontram disponíveis.
3.3 Investimento
As estatísticas sobre fluxos de investimento directo entre Portugal e a Guiné Equatorial são consideradas
confidenciais.
3.4 Turismo
Não existem actualmente dados disponíveis que permitam uma análise sobre os fluxos relativos ao
turismo dos naturais da Guiné Equatorial em Portugal.
4. Relações Internacionais e Regionais
A Guiné Equatorial integra, entre outras organizações, a União Africana (UA), o Banco Africano para o
Desenvolvimento (BAfD), e a Organização das Nações Unidas (ONU) e suas agências especializadas,
de entre as quais se destaca o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.
Ao nível regional, este país faz parte da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC)
e da Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC).
A CEEAC (composta por 10 membros) teve a sua origem em 1983 com vista a prosseguir processos de
cooperação e integração regional na África Central. Apesar de praticamente inactiva durante a década
de 1990 (os múltiplos conflitos na região atrasaram os resultados pretendidos), a Comunidade sofreu um
novo impulso nas cimeiras de Libreville em 1998 e de Brazzaville em Janeiro de 2004, sendo que, nesta
última, os seus membros declararam a intenção de criar uma zona de comércio livre a partir de Julho
desse ano.
A CEMAC, também denominada por Zona do Franco Centro-Africano, foi instituída em Março de 1994, e
integra 6 países: Camarões, Gabão, Guiné Equatorial, República do Congo (Congo-Brazzaville),
República Centro-Africana e Chade.
Ao nível das relações com a UE, foi assinado, a 13 de Junho de 2000, o Acordo Cotonou, o qual entrou
em vigor a 1 de Abril de 2003, substituindo as Convenções de Lomé que, durante décadas, enquadraram
as relações de cooperação entre os Estados-membros da UE e os países de África, Caraíbas e Pacífico
(ACP).
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
15
Com um período de vigência de 20 anos, este Acordo estabelece um novo quadro jurídico regulador da
cooperação entre as partes, cujo principal objectivo consiste na redução da pobreza e, a longo prazo, a
sua erradicação, o desenvolvimento sustentável e a integração progressiva e faseada dos países ACP
(atendendo às especificidades de cada um) na economia mundial.
No âmbito da parceria UE/Países ACP as partes acordaram em concluir novos convénios comerciais
compatíveis com as regras da OMC (Acordos de Parceria Económica - APE) eliminando
progressivamente os obstáculos às trocas comerciais e reforçando a cooperação em domínios conexos
como a normalização, a certificação e o controlo da qualidade, a política da concorrência, a política do
consumidor, entre outros.
Os novos regimes comerciais deviam ser introduzidos de forma gradual e pragmática, tendo sido
estabelecido um período preparatório (temporário) que terminou em 31 de Dezembro de 2007. Dadas as
dificuldades que acompanharam o processo de negociação entre as partes (apenas alguns Acordos
transitórios foram assinados) houve necessidade de continuar o diálogo com vista a alcançar uma maior
abertura no futuro.
Os interessados podem consultar informação sobre o Acordo Cotonou no Portal Europa, em:
http://europa.eu/legislation_summaries/development/african_caribbean_pacific_states/r12101_pt.htm e
sobre a evolução das negociações (progressos lentos, existindo dificuldades no que respeita às medidas
de financiamento, acesso aos mercados, taxas regionais, etc.) entre a UE e a CEEAC na página ACP-
EU Trade: http://www.acp-eu-trade.org/index.php?loc=epa/ (seleccionar, na coluna do lado esquerdo, o
capítulo Central Africa/Afrique Centrale).
No que respeita ao relacionamento bilateral entre a UE e a Guiné Equatorial o Site da Comissão
Europeia (Development ACP Countries), disponibiliza informação actualizada –
http://ec.europa.eu/development/geographical/regionscountries/countries/country_profile.cfm?cid=gq&typ
e=short&lng=en.
5. Condições Legais de Acesso ao Mercado
5.1 Regime Geral de Importação
Regra geral, o acesso ao mercado da Guiné Equatorial não está sujeito a restrições/barreiras não
alfandegárias, tendo muitos dos requisitos de licenciamento das importações sido levantados em 1992.
Apenas no caso do ouro e das importações de valor acima de 50.000 francos é necessária uma
autorização (através da DPI-Declaración Previa de Importación).
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
16
As mercadorias exportadas para a Guiné Equatorial (que ultrapassem o valor FOB de 3.000 milhões de
francos) estão submetidas a Inspecção Pré-Embarque, a realizar no país de exportação pela agência
especializada – Sociedade Geral de Superintendência (SGS).
Alguns bens, por razões de segurança e saúde pública, têm a sua importação proibida (lixos tóxicos,
químicos, alguns produtos cosméticos e determinados bens alimentares).
No caso de plantas e produtos de plantas, estes deverão ser acompanhados por certificados
fitossanitários e os animais vivos de um certificado de vacinas, nacional ou internacional. Os certificados
de origem dos produtos só terão de ser apresentados se o importador ou entidade bancária assim o
exigirem, ou para efeitos de concessão dos benefícios CEMAC.
Não se conhecem regras específicas exigidas relativamente à harmonização, standardização ou
qualidade dos produtos, se bem que o importador possa invocar normas presentes em regulamentação
europeia ou outra. É aconselhável a rotulagem em Castelhano e Francês, devendo seguir-se sempre as
indicações/orientações do importador relativamente aos procedimentos e formalidades a cumprir.
Os direitos aduaneiros aplicados são os comuns aos países da CEMAC, dividindo-se da seguinte forma:
Categoria I – Bens de primeira necessidade – taxa de 5%
Categoria II – Equipamentos e matérias-primas – taxa de 10%
Categoria III – Bens intermédios (semi-processados) – taxa de 20%
Categoria IV – Bens de consumo – taxa de 30%
Sobre os produtos importados recai, ainda, o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), cuja taxa geral
é de 15%, a Taxa de Comércio (de 1%), o Direito Especial (de 30%, aplicável só a certos bens), e as
taxas de integração comunitária da CEMAC, a TCI (de 1%) e a CCI (de 0,4%).
Quanto às aquisições públicas, em que há, em regra, sujeição a concursos públicos e a publicação dos
mesmos no Diário Oficial, importa referir que a Guiné Equatorial poderá, na sua qualidade de Estado
membro da CEMAC, outorgar contratos com base na preferência regional. As empresas estrangeiras
que sejam eleitas para a realização de obras públicas terão de subcontratar parte dos trabalhos a
empresas locais.
5.2 Regime de Investimento Estrangeiro
A Guiné Equatorial dispõe de um enquadramento legal orientado para a captação de investimento
directo estrangeiro, não obstante a existência de lacunas que podem originar alguma insegurança
jurídica. De destacar, neste aspecto, que Portugal não celebrou com este país qualquer acordo de
promoção e protecção recíprocas de investimentos.
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
17
Esta matéria está sujeita ao regime jurídico estabelecido no Código de Investimentos, de 30 de Abril de
1992 (posteriormente modificado pela Lei n.º 2/1994, de 6 de Junho), diplomas que visaram adaptar o
texto legal original (Lei de 1979) às exigências impostas pela adesão do país à CEMAC (Comunidade
Económica e Monetária da África Central), permitindo uma maior liberdade por parte dos investidores no
acesso ao mercado. Os projectos de investimento nos sectores das minas e hidrocarbonetos regem-se
por uma lei especial – http://www.equatorialoil.com/pdfs/EG%20Hydrocarbons%20Law%20(Spanish).pdf.
Em matéria de garantias, o quadro legal aplicável prevê o igual tratamento dos investidores nacionais e
estrangeiros, a transferência livre de lucros, capital e outros benefícios para o exterior, a liberdade de
estabelecimento, gestão e circulação, além dos demais princípios previstos nas convenções ACP/UE e
CEMAC (Código de Investimentos 17/99/CEMAC-020-CM-03, consultável em - http://www.ceiba-guinea-
ecuatorial.org/guineees/finv_chartes.htm).
A transferência de lucros, embora sendo livre, requer, a partir de certos limites, que sejam respeitadas
certas exigências, que passam pela apresentação num banco local de documentação específica,
nomeadamente cópia da factura definitiva, declaração ajuramentada sobre a proveniência dos fundos e
autorização do Ministério da Economia.
De um modo geral, o promotor externo pode aceder a qualquer sector de actividade (salvo o mineiro, o
dos hidrocarbonetos, o do cacau e o da madeira, sujeitos a regimes jurídicos específicos), devendo, em
qualquer dos casos, proceder previamente ao depósito de 30% do montante do investimento numa
instituição bancária.
O investimento estrangeiro poderá ser efectivado mediante a constituição de uma sociedade local,
participação em capital social de sociedade guineense ou através da criação de sucursal ou outro tipo de
estabelecimento da sociedade estrangeira.
No que respeita aos procedimentos envolvidos é necessário formular um pedido às autoridades que
deverá ser instruído com alguma documentação, como escritura de constituição da sociedade
investidora/certidão comercial, comprovativo de transferência dos 30% do valor do investimento,
identificações dos sócios/accionistas, referências bancárias da sociedade e identificação da empresa
criada ou a criar no país (e documentação desta). As vertentes ambientais e de segurança no trabalho
deverão, desde logo, ser incluídas na descrição da operação em causa.
A autorização do projecto, a concretizar-se, materializar-se-á na emissão de um certificado, no qual
estarão presentes, igualmente, os benefícios atribuídos (isenções fiscais, aduaneiras, incentivos ou
outros).
Relativamente aos incentivos ao investimento, as empresas estrangeiras podem aceder a um conjunto
de benefícios como reduções fiscais pelo emprego de trabalhadores locais (50% do salário), crédito de
15% sobre os lucros resultantes da exportação de produtos não tradicionais, assim como, no caso de
investimentos em zonas fora dos centros urbanos, amortização (ao nível fiscal) dos gastos havidos com
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
18
infra-estruturas, isenção de pagamento de taxas aduaneiras e outros impostos (com excepção do
imposto sobre o rendimento). Também a participação de cidadão locais no capital social do investidor
pode originar redução da carga fiscal.
De acordo com a lei laboral local, as empresas privadas apenas podem contratar trabalhadores
estrangeiros até ao limite de 10% do total dos seus empregados (limite que é de 30% no caso do sector
petrolífero).
Com vista à implementação de um projecto na Guiné Equatorial é essencial que os promotores tenham
conhecimento das normas a observar, sendo sempre aconselhável o recurso a apoio jurídico
especializado.
5.3 Quadro Legal
Regime de Importação
• Lei n.º 3/2009, de 12 de Março – Cria o corpo especial de inspectores de comércio, com vista a
controlar e supervisionar os preços dos bens na Guiné Equatorial, bem como assegurar o controlo
da qualidade dos produtos e garantir o cumprimento de regras de livre comércio no país.
• Decreto n.º 28/2008, de 31 de Março – Aprova o Regulamento de Seguro de Responsabilidade
Civil obrigatório para veículos a motor, mercadorias importadas e empreitadas.
Regime de Investimento Estrangeiro
• Decreto n.º 60/2009, de 6 de Abril – Fixa os salários mínimos nacionais para 2009-2011.
• Ordem Ministerial n.º 2/2008, de 20 de Novembro – Estabelece os requisitos para a realização e
recepção de transferências bancárias, com o objectivo de combater a evasão fiscal e
branqueamento de capitais e cumprir o Regulamento da CEMAC 02/00/CEMAC/UMAC/CM, de 29
de Abril de 2000.
• Lei n.º 8/2006, de Novembro – Define o quadro legal das actividades desenvolvidas no sector
petrolífero (Lei Petrolífera).
• Lei n.º 7/1992, de 30 de Abril (alterada pela Lei n.º 2/1994, de 6 de Junho) – Aprova o regime legal
do investimento na Guiné Equatorial.
• Lei n.º 2/1990 – Define o ordenamento geral do trabalho.
Para mais informação sobre mercados internacionais, consulte o Site da aicep Portugal Global –
http://www.portugalglobal.pt/PT/Internacionalizar/SobreMercadosExternos/Paginas/SobreMercadosExternos.aspx ou a “Livraria
Digital” – http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
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6. Informações Úteis
Formalidades na Entrada
São exigidos:
- Passaporte a todos os visitantes.
- Visto, tanto para turismo como para negócios.
Não existe representação diplomática portuguesa na Guiné Equatorial, sendo os assuntos deste país
acompanhados pela Embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe.
Riscos de Crédito e Caução e do Investimento Nacional no Estrangeiro
A COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. gere, por conta do Estado português, a garantia de
cobertura de riscos de crédito e caução e do investimento nacional no estrangeiro, originados por factos
de natureza política, monetária e catastrófica.
No contexto das Políticas de Cobertura para Mercados de Destino das Exportações Portuguesas, apólice
individual, a cobertura para o mercado da Guiné Equatorial é a seguinte (Setembro 2010):
Curto prazo: Caso a caso, numa base restritiva.
Médio e longo prazo: Clientes públicos e soberanos: Caso a caso, mediante análise das garantias
oferecidas, designadamente contrapartidas do petróleo. Clientes privados: Caso a caso, numa base
muito restritiva, condicionada a eventuais contrapartidas (garantia de banco comercial aceite pela
COSEC ou contrapartidas do petróleo).
Indicações mais pormenorizadas sobre políticas e condições de cobertura podem ser obtidas junto da
Direcção Internacional da COSEC.
Cuidados de Saúde
É obrigatória a vacina contra a febre amarela.
Apenas se deve consumir água engarrafada e convém evitar o consumo de alimentos não cozinhados,
sobretudo frutas e vegetais.
Recomendam-se cuidados profiláticos em relação ao paludismo e tifo, bem como o uso de repelente de
insectos, roupa fresca, clara e comprida e o uso de rede mosquiteira.
Os viajantes deverão assegurar-se que possuem um seguro médico válido para o estrangeiro, que cubra
as despesas de uma eventual evacuação sanitária.
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
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Hora Local
Corresponde ao UTC+1. Em relação a Portugal, a Guiné Equatorial tem mais uma hora no Inverno e a
mesma hora no Verão.
Horários de Funcionamento
Comércio:
8h00-13h00 / 16h00-19h00
(Segunda-feira a Sábado)
Bancos:
8h00 – 12h00
(Segunda-feira a Sábado)
Feriados
Feriados fixos:
1 de Janeiro – Dia de Ano Novo
1 de Maio – Dia do Trabalhador
25 de Maio – Dia da União Africana
5 de Junho – Dia do Nascimento do Presidente
3 de Agosto – Dia das Forças Armadas
15 de Agosto – Dia da Constituição
12 de Outubro – Dia da Independência
10 de Dezembro – Dia dos Direitos Humanos
25 de Dezembro – Natal
Feriados móveis:
Sexta-feira Santa, Páscoa e Corpo de Cristo
Corrente Eléctrica
220 volts AC, 50Hz.
Pesos e Medidas
É utilizado o sistema métrico decimal.
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7. Endereços Diversos
Em Portugal
aicep Portugal Global
O’ Porto Bessa Leite Complex
Rua António Bessa Leite, 1430, 2º
4150-074 Porto
Tel.: 22 6055300 | Fax: 22 6055399
E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt
aicep Portugal Global
Av. 5 de Outubro, 101
1050-051 Lisboa
Tel.: 21 7909500 | Fax: 21 7909581
E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt
Nota: Não existe representação diplomática da Guiné Equatorial em Portugal, sendo os assuntos do
nosso país acompanhados pela Embaixada da Guiné Equatorial em Paris.
Embaixada da Guiné Equatorial em Paris
29, Boulevard de Courcelles
75008 Paris
Tel.: (+003) 314 561 982 0/ 5 I Fax.: (+003) 314 561 982 6
E-mail: [email protected] I http://www.ambagefrance.com/
COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA
Direcção Internacional
Av. da República, 58
1069-057 Lisboa
Tel.: 21 7913821 | Fax: 21 7913839
E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt
Câmara de Comércio e Indústria Portugal Guiné Equatorial – CCIPGE
Rua de Camões, 305 - 1º
4000-145 Porto
Tel.: (+ 351) 220 936 635 | Fax.: (+ 351) 220 936 635
E-mail nfo@ccipgecom I http://www.ccipge.com
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Na Guiné Equatorial
Nota: Não existe representação diplomática portuguesa na Guiné Equatorial, sendo os assuntos deste
país acompanhados pela Embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe.
Embaixada de Portugal em São Tomé e Príncipe
Av. Marginal 12 Julho
C.P 173 - São Tomé e Príncipe
Tel.: (+002). 39 224.151 I Fax.: (+002). 39 223.602
E-mail: [email protected]
Ministerio de Asuntos Exteriores y Cooperación Internacional
Malabo – Guinea Ecuatorial
Tel.: (+240) 09 34 37 | Fax: (+245) 3202171
Ministerio de Defensa Nacional
Malabo – Guinea Ecuatorial
Tel.: (+240) 09 27 92
Ministerio de Obras Públicas y Infraestructuras
Malabo – Tel.: (+240) 091412 / 0041 / 0068
Bata – Tel.: (+204) 08 24 40 / 20 54
Guinea Ecuatorial
Ministerio de Minas, Industria y Energía
Carretera de Punta Europa,
Malabo – Guinea Ecuatorial
Tel.: (+240) 09 35 67 / 18 69 / 25 92 I Fax.: +240 09 3353
E-mail [email protected] I http://www.equatorialoil.com
Ministerio de Planificación, Desarrollo Económico e Inversiones Publicas
Malabo – Tel.: (+240) 09 29 35 / 33 52 / 60 97
Bata – Tel.: (+ 204) 08 23 03
Guinea Ecuatorial
Dirección General de Estadística e Cuentas Nacionales
Malabo - Guinea Ecuatorial
Tel./Fax: (+240) 093352
E-mail [email protected] I http://www.dgecnstat-ge.org/
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23
Ministerio de Información, Cultura y Turismo
Malabo –Tel.: (+240) 09 30 29
Bata –Tel.: (+204) 08 23 49
Guinea Ecuatorial
http://www.guineaecuatorialpress.com/
INSESO – Instituto Nacional de Seguridad Social
Malabo – Tel.: 240 09 21 14
Bata – Tel.: (+204) 08 26 90
Guinea Ecuatorial
Cámara de los Representantes del Pueblo
Malabo – Guinea Ecuatorial
Tel.: (+240) 09 21 22
Ayuntamiento de Malabo
Plaza del Ay Ayuntamiento
Malabo – Guinea Ecuatorial
Tel.: 240 08 97/01 20 I Fax: 240 0920 27
E-mail: [email protected] I
http://www.ayuntamientodemalabo.com/malabo_es/index_es.htm
OAPI – Organización Africana de la Propiedad Industrial
B.P. 888
Malabo – Guinea Ecuatorial
Tel.: (+240) 09 17 20 I Fax.: (+240) 09 45 35 / 09 33 13
Cámara de Comercio, Agrícola y Florestal de Malabo
Av. de la Independencia, Apto 51
Malabo – Guinea Ecuatorial
Tel.: (+240) 0923 43 / 09 45 76 I Fax.: (+240) 09 44 62
Cámara Oficial de Comercio de Bioko
Av. de la Independencia 43, Apto 51
Malabo – Guinea Ecuatorial
Tel./Fax.: (+240) 09 45 76
E-mail: [email protected]
Cámara de Comercio e Industria de Bata
Bata – Guinea Ecuatorial
Tel.: (+240) 082297
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Banco de los Estados de la África Central – BEAC
Dirección Nacional para la Guinea Ecuatorial
CP – 501
Malabo – Guinea Ecuatorial
Tel.: (+240 0 9 20 10 I Fax.: (+240) 0 9 20 06
E-mail [email protected]
Sociedad General del Banco en Guinea Ecuatorial
Av. de la Independencia
S/N 686
Malabo – Guinea Ecuatorial
Tel.: (+240) 93337 / 93357 I Fax.: (+240) 93366 / 93367
E-mail [email protected] I http://www.sgbge.gq/
Commercial Bank Guinea Ecuatorial – CBGE
Av. de la Independencia 184
Malabo – Guinea Ecuatorial
Tel.: (+240) 0 20 64 18 I Fax.: (+240) 0 09 89 44
E-mail [email protected] I http://www.cbc-bank.com
GEPetrol – Empresa Nacional de Hidrocarburos de Guinea Ecuatorial
Calle Acacio Mañé nº 39
P.O. BOX 965
Malabo - Guinea Ecuatorial
Tel.: (+240) 09 67 69 I Fax: (+240) 09 66 93
E-mail: [email protected]
Luba Freeport Ltd
B.P. 38
Guinea Ecuatorial
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aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
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8. Fontes de Informação
8.1 Informação Online aicep Portugal Global
Documentos Específicos sobre a Guiné Equatorial
• Título: “Guiné Equatorial – Informações e Endereços”
Edição: 04/2010
• Título: “Guiné Equatorial – Condições Legais de Acesso ao Mercado”
Edição: 01/2010
• Título: “Guiné Equatorial – Sites Seleccionados”
Edição: 01/2010
• Título: “Guiné Equatorial – Relações Económicas com Portugal”
Edição: 04/2009
Documentos de Natureza Geral
• Título: “Apoios Financeiros à Internacionalização – Guia Prático”
Edição: 08/2010
• Título: “Acordos Bilaterais Celebrados por Portugal”
Edição: 03/2010
• Título: “Aspectos a Acautelar num Processo de IDPE”
Edição: 04/2009
• Título: “Marcas e Desenhos ou Modelos – Regimes de Protecção”
Edição: 02/2009
• Título: “Normalização e Certificação”
Edição: 11/2008
• Título: “Como Participar em Feiras nos Mercados Externos”
Edição: 08/2008
• Título: “Seguros de Créditos à Exportação”
Edição: 06/2008
aicep Portugal Global Guiné Equatorial – Ficha de Mercado (Outubro 2010)
26 Agência para o Investimento e Comércio Externo de P ortugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA
Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www. portugalglobal.pt
Capital Social – 110 milhões de Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120
• Título: “Seguro de Investimento Directo Português no Estrangeiro”
Edição: 06/2008
• Título: “Guia do Exportador”
Edição: 02/2008
• Título: “Dupla Tributação Internacional”
Edição: 12/2004
A Informação On-line pode ser consultada no site da aicep Portugal Global, na Livraria Digital em –
http://www.portugalglobal.pt/PT/Biblioteca/Paginas/Homepage.aspx
8.2 Endereços de Internet
• Biblioteca Nacional de Guinea Ecuatorial – http://www.bibliotecanacionalge.org/index.htm
• Dirección General de Estadística y Cuentas Nacionales – http://www.dgecnstat-ge.org/
• Equatorial Guinea – An Overview – http://www.mbendi.com/land/af/eq/p0005.htm#14
• Equatorial Guinea – Country Profile –
http://www.nationsonline.org/oneworld/equatorial_guinea.htm
• Embajada de los Estados Unidos en Guinea Ecuatorial –
http://spanish.malabo.usembassy.gov/index.html
• Gobierno de la República de la Guinea Ecuatorial – http://www.guineaecuatorialpress.com/
• Guinea Ecuatorial – http://espanol.republicofequatorialguinea.net/
• Legislation Equatorial Guinea (LEXADIN) – http://www.lexadin.nl/wlg/legis/nofr/oeur/lxweeqa.htm
• Ministry of Mines, Industry and Energy – http://www.equatorialoil.com/
• Portal de Guinea Ecuatorial – http://www.guinea-ecuatorial.net/inicio.asp
• Site Institutionnel de la Guinée Equatoriale – http://www.ceiba-guinea-
ecuatorial.org/guineefr/index02.htm
• Société Générale de Banques en Guinée Equatoriale – http://www.sgbge.gq/