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Folha da Antonina

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Publicação produzida pelos alunos da Educação de Jovens e Adultos da E.M. Professora Antonina Moreira

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Page 1: Folha da Antonina

FOLHA DA ANTONINA UMA PRODUÇÃO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Itabira Ano 1 Edição1

Dia do Trabalho - Emocione-se com o texto “Lição de vida”, página 02.

E confira também:

“É hora do causo!” Assombre-se! Página 05. Que tal aprender inglês através da música? Veja a letra da canção, da Adele, acompanhada de tradução. Página 05.

FELIZ DIA DAS MÃES!

XÔ, DENGUE!

Aprenda a fazer um repelente contra o mosquito transmissor

da doença, na página 02.

Você sabia?

Por que os terremotos são raros no Brasil? E por que a salsinha é importante para a nossa saúde? Informe-se, na página 03.

Recordação Leia o poema “Recordo

Ainda!” que irá transportá-lo para o mágico mundo da

infância! Página 04.

“Minha história, Minha vida” Que tal ler uma autobiografia? Página 04.

Mercado de Trabalho Como se portar em uma entrevista de emprego? Algumas dicas, na página 03.

Mãe Mário Quintana

Mãe... São três letras apenas

As desse nome bendito:

Também o céu tem três letras

E nelas cabe o infinito.

Para louvar nossa mãe,

Todo o bem que se disser

Nunca há de ser tão grande

Como o bem que ela nos quer.

Palavra tão pequenina,

Bem sabem os lábios meus

Que és do tamanho do CÉU

E apenas menor que Deus!

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2 EXPEDIENTE: Folha da Antonina Edição: Professora Denyse Lage Fonseca. Redação e Pesquisa de textos: Alunos e Professores da EJA. Revisão de textos: Professora Denyse Lage Fonseca.

Uma lição de vida Jorge Fernando dos Santos

Uma coisa que sempre me comoveu (e intrigou) é a alegria da rapaziada da coleta de lixo. Dia sim, dia não, o caminhão da SLU desce a

minha rua e eles fazem aquela algazarra. Quase sempre estão brincando, tirando sarro uns com os outros, sorridentes e solícitos com os moradores. Mesmo na pressa de apanhar os sacos de lixo, encontram tempo para gritar “bom dia, patrão” ou para comentar a vitória do Galo, a derrota do Cruzeiro ou vice-versa.

Dia desses levantei de bom humor, o que nem sempre acontece nas manhãs quentes de verão. No momento em que saía de casa, vi surgir no topo da rua o grande caminhão amarelo. E eis que de sua traseira saltou um negão todo suado, com um sorriso branco no meio da cara. A vizinha do lado estava lavando o passeio, desperdiçando água como já é de costume. O sujeito limpou o suor na manga da camisa e a cumprimentou. “Será que a senhora me deixa beber um pouco d’água?”, ele perguntou sem rodeios. “Essa água não é boa”, ela disse. “Espera um pouco que eu busco água filtrada.” “Que é isso, madame? Precisa não. Água da mangueira já está bom demais.”

Ela estendeu o jato d’água e ele se deliciou. Depois de beber boas goladas, meteu a carapinha sob a água e se refrescou. O sol no céu azul estava de arrebentar mamona e o alto da rua oscilava sob o efeito do calor. O negão agradeceu a “caridade” da minha vizinha e seguiu correndo atrás do caminhão amarelo, dentro do qual atirava os sacos de lixo apanhados no passeio.

Na esquina de baixo, o caminhão parou, pois o condomínio em frente sempre produz muitos sacos plásticos. Quando passei pelo negão e seu companheiro, ambos atiravam sacos no triturador do caminhão. Parei na sombra de uma quaresmeira para observar o trabalho deles enquanto esperava ônibus.

O motorista saiu da boleia com um cigarro na boca e perguntou se eu tinha fósforo. Emprestei-lhe o isqueiro e, enquanto ele acendia o seu “mata rato”, comentei: “Sempre admirei a alegria com que vocês trabalham.” O motorista soprou a fumaça, devolveu-me o isqueiro e comentou: “E por que a gente devia de ser triste?” “Não sei... Um trabalho desses não deve ser mole.” “Claro que não”, ele retrucou. “Mas duro mesmo é a vida de quem revira o lixo à procura de comida. A gente pelo menos não chegamos lá.” Em seguida, ele entrou na boleia, os dois homens de amarelo terminaram a coleta e subiram na carroceria. O caminhão arrancou e eu fiquei pensativo, enquanto esperava o “busun”. Fonte: //umacoisaeoutra.com.br/cultura/jorge.htm O texto foi selecionado pela professora de Língua Portuguesa, Denyse Lage Fonseca, em comemoração ao Dia do Trabalho. ______________________________________________________________________________________________________________________

Xô, dengue! por Mônica Penna de Andrade (Profª. de Ciências)

Os alunos da EJA aprenderam a fazer um repelente natural e caseiro contra insetos, na aula de Ciências, do dia 15/02/12. Esse repelente é muito eficaz contra mosquitos em geral, inclusive o mosquito da dengue. Basta aplicar sobre a pele, espalhando por toda a região descoberta. Aprenda a fazer também: Ingredientes: . ½ litro de álcool . 1 pacote de cravo da índia (10g) . 1 vidro de óleo corporal (100 ml) Modo de fazer: Deixe o cravo curtindo no álcool por 4 dias. Agite a mistura de manhã e à tarde. Depois de curtir, coe o líquido, retirando os cravos e acrescente óleo corporal ao álcool com a essência de cravo. Agite bem e está pronto o seu repelente corporal! Observação: Agite sempre antes de usar.

PARA REFLETIR... 1º DE MAIO – DIA DO TRABALHO DIA DO TRABALHO - 1º DE MAIO

EDITORIAL: Caro (a) leitor (a), O Jornal “Folha da Antonina” funda-se no princípio de ser imprescindível informar e, sobretudo, formar os indivíduos, em geral, acerca de diversas temáticas, possibilitando-lhes o desenvolvimento do olhar crítico e reflexivo. Expressar-se adequadamente, em diferentes circunstâncias, assegura a inserção ativa do cidadão em seu meio social. Nesse contexto, o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita é indispensável. Os textos que compõem o “Folha da Antonina” foram produzidos e/ou pesquisados por alunos e professores da EJA, da Escola Municipal “Professora Antonina Moreira”. Gostaria de convidar você a embarcar na leitura dos textos que atendem a finalidades específicas: informar, ensinar, entreter, emocionar, refletir... Boa leitura! Um grande abraço, Denyse Lage Fonseca (Professora de Língua Portuguesa da EJA)

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VOCÊ SABIA? 1 - O texto a seguir foi sugerido pelo professor de Geografia, Garcias Emiliano dos Santos.

Por que é raro terremotos ocorrerem no Brasil?

*Roberto Giansanti

“Tremores de terra ou abalos causados pela liberação de energia acumulada no interior da crosta terrestre não são raridades aqui. Ao contrário: o território nacional sofre cerca de 90 tremores todos os anos. Incomuns, na verdade, são os sismos de grande magnitude porque o país está em uma zona intraplacas tectônicas, com maior estabilidade, afastado das zonas de contato ou de separação de plataformas.

Essas áreas de contato são muito instáveis, como é o caso do arquipélago japonês, que sofre com abalos fortes. Mas grandes terremotos já foram registrados aqui. Em 1955, em Mato Grosso, um sismo atingiu 6,2 graus na escala Richter (que vai até 9). Ele teria sido devastador se tivesse ocorrido em uma área mais povoada.”

(*Geógrafo e autor de livros didáticos.)

2 - Confira, a seguir, os benefícios advindos da salsinha à vida humana, em um texto pesquisado pela aluna, Patrícia Aparecida Dias da Silva, da turma 201 (6ª série).

Salsinha: boa para alimentação e cura

“Vamos conhecer um pouco da história da salsinha, conhecida como Petroselinum crispum, pertencente à família das umbeliferae. Era tida, na Grécia Antiga, como sagrada e não era aproveitada como alimento. Apenas na Idade Média, os romanos a incluíram na alimentação. É cultivada ainda para fins medicinais, pois é considerada eficiente nas infecções do aparelho urinário, além de ser antianêmica e anti-reumática, para combater problemas pulmonares e de pele, e também, para amenizar a dor de picadas de insetos. É rica em cálcio, ferro e fósforo, vitaminas A e C. (...) Use suas folhas e talos para dar mais sabor a aves, frutos do mar, peixes, carnes, legumes, sopas, molhos e saladas. Experimente também colocá-la para condimentar carnes vermelhas e na água de cozimento do macarrão.” (Fonte: Revista “Ester”, 2002, p.31.)

Preparado para o mercado de trabalho?

Confira as dicas, produzidas pela turma 401 (8ª série), que orientarão você a como se portar em uma entrevista de emprego, de modo que tudo possa transcorrer bem. 1ª dica: Pontualidade é essencial. Portanto, compareça no horário marcado. 2ª dica: Boa aparência é tudo! Então, muito cuidado na hora de escolher a sua roupa. Vista-se adequadamente. 3ª dica: Nunca deixe o seu celular ligado durante a entrevista. 4ª dica: Seja educado (a). Não mostre desespero algum, mantendo sempre a calma. 5ª dica: Seja honesto (a) nas respostas. Expresse-se na norma culta.

“Vjea como é intreessnate nsoso céerbro!

De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as Lteras de uma plravaa etãso, a úncia csioa

iprotmatne é que a piremria e útmlia Lteras etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem

pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Sohw de bloa!

35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35!

R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453

4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3!

P4R4BÉN5!”

Este texto foi pesquisado, pela professora de Língua Portuguesa, Denyse Lage Fonseca, no site www.conhecerse.com/artigos/leituradireta.htm.

MERCADO DE TRABALHO

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RECORDANDO A INFÂNCIA... O tema “Identidade” tem sido trabalhado, ao longo deste semestre, com a turma 101 (5ª série), nas aulas de Língua Portuguesa. A partir do estudo dos poemas “Classificados Poéticos”, de Roseana Murray e “Brinquedos de Criança”, de Mário Quintana, os alunos foram orientados a produzir um poema com o tema “infância”. Após leitura oral dos textos, a turma elegeu o melhor. Embarque nessa viagem que é uma verdadeira volta ao passado que se faz sempre presente em nós.

Recordo ainda! Vângela Maria de Almeida Gomes

Recordo-me do meu tempo de criança, Brincava de boneca de pano. E a procura de flores Sem medo e sem temores. Recordo-me ainda das amarelinhas, Das amigas brincando de coisinhas. Adorava brincar de carrinho de rolimã Eu, meu irmão e minha irmã. Quando chegava a noite, Sentávamos em roda, Cantávamos uma moda, Desde atirei o pau no gato, até ciranda cirandinha.

Debaixo dos laranjais, Escondia dos meus pais. Aprontava o dia inteiro. Quase dormia no terreiro.

“MINHA HISTÓRIA, MINHA VIDA” O professor de História, Paulo Sérgio Gonçalves, explica que “o trabalho ‘Minha história, minha vida’ foi desenvolvido, com os alunos da turma 101 (5ª série), com o objetivo de fazer com que eles se percebessem como agentes construtores da história. Nesse caso, eles passaram de simplesmente ouvintes da história, para produtores da mesma.”

Meu nome é Geraldo Antônio de Araújo. Eu nasci no ano de 1960.

Quando nasci, tinha um problema de saúde que parecia difícil de sarar, mas, com muita fé e promessas a um santo, com um tempo, fui melhorando.

Ao completar 6 anos, comecei a estudar. Estudei até o ano de 1971. Parei por motivo financeiro, pois comecei a trabalhar com meu tio para ajudar em casa. Trabalhei e estou trabalhando até hoje.

Hoje, sou casado, tenho 4 filhos, um bom emprego. Em função desse novo trabalho, fui obrigado a voltar aos estudos. Sei que perdi muito tempo sem estudar, porém tenho a certeza de que irei conseguir bons resultados. Hoje e sempre, agradeço a Deus, por essa oportunidade que estou tendo. Obrigado!

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É HORA DO CAUSO!

Os causos são aquelas histórias, transmitidas de geração a geração, que ora provocam temor aos que ouvem, ora provocam gargalhadas. Verídicas ou não, elas fazem parte da tradição oral de um povo. Como é bom ouvi-los ou lê-los, já que muitos deles são recolhidos, isto é, são transcritos de narrativas orais, como o causo a seguir, recolhido pela aluna Maria Aparecida dos Santos, da turma 302 (7ª série).

A BELA DA NOITE

Os antigos moradores de minha cidade contam que em uma época do passado, numa fazenda que hoje não existe mais, havia noites de roda de viola em que todos: casados, moças e rapazes caíam no forró até o dia clarear. Sempre aparecia uma linda moça que todos os rapazes e também os viúvos tentavam cortejar, mas ela desaparecia misteriosamente. Numa noite de lua cheia, no meio do baile, a jovem apareceu, linda como um diamante. A sua pele branca se contrastava com o rosa do lindo vestido longo e suas mechas rolavam pelo rosto, deixando, ainda mais belos, os olhos azuis como o mar. Um dos rapazes disse ao amigo “Hoje eu a levo pra casa”. Tomou-a pela mão, conduzindo-a até o meio do salão e não a soltou mais. Ela, de nervoso, suava frio como se estivesse morta. Não havendo outro jeito, a donzela deixou que ele a acompanhasse até a sua casa.

Depois de muito andar, ela disse: “Obrigada!”. “Eu a levarei até a sua casa como prometi”, respondeu o cavalheiro. “Já chegamos.”, a moça lhe disse. “Como?”, perguntou o rapaz assustado. “Aqui é o cemitério”. A jovem que já não estava mais tão bela respondeu: “Moro aqui há mais de dois séculos”. Depois de dizer isso, foi passando através do portão e desapareceu por entre os túmulos, iluminada apenas pela única testemunha: a linda lua cheia que a tudo via, porém nada disse. O jovem, por sua vez, foi encontrado semanas depois, perambulando pelas estradas e, depois de contar a sua história para muitos, pediu ao padre para morar na igreja de onde nunca mais saiu. Quanto à bela jovem, ninguém mais a viu, mas dizem que, nas noites de lua cheia, uma linda loira, porém gelada, aparece como um sonho e abraça os moços solteiros.

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APRENDENDO INGLÊS ATRAVÉS DA MÚSICA!

A professora de Língua Inglesa, Maria Terezinha Fonseca, selecionou a letra da música “Rolling In The Deep”, da cantora Adele, acompanhada da tradução, para que você possa estudar esse idioma, de um modo bem mais interessante.

Rolling In The Deep There's a fire starting in my heart Reaching a fever pitch and it's bringing me out the dark Finally, I can see you crystal clear Go ahead and sell me out and I'll lay your shit bare. See how I'll leave with every piece of you Don't underestimate the things that I will do There's a fire starting in my heart Reaching a fever pitch and its bringing me out the dark. The scars of your love remind me of us They keep me thinking that we almost had it all The scars of your love, they leave me breathless I can't help feeling. Refrão: We could've had it all Rolling in the deep You had my heart inside of your hand And you played it to the beat Baby, I have no story to be told But I've heard one of you and I'm gonna make your head burn Think of me in the depths of your despair Making a home down there, as mine sure won't be shared. The scars of your love remind me of us They keep me thinking that we almost had it all The scars of your love, they leave me breathless I can't help feeling. Refrão (2 vezes) Throw your soul through every open door Count your blessings to find what you look for Turn my sorrow into treasured gold You pay me back in kind and reap just what you sow We could've had it all We could've had it all It all, it all, it all. Refrão (2 vezes).

Amando incondicionalmente Há uma chama acendendo no meu coração Chegando num ponto de febre, está me tirando da escuridão Finalmente eu posso vê-lo claro como um cristal Vá em frente e me abandone. Veja como eu o deixo com cada pedaço seu Não subestime as coisas que eu vou fazer Há uma chama acendendo no meu coração Chegando num ponto de febre e está me tirando da escuridão As cicatrizes do teu amor me fazem lembrar de nós Me fazem pensar que nós tínhamos quase tudo As cicatrizes de seu amor me deixam sem fôlego Eu não consigo evitar a sensação. Refrão: Nós poderíamos ter tido tudo Amando incondicionalmente Você teve meu coração na palma de sua mão E você brincou com ele de acordo a batida. Querido, não tenho nenhuma história a ser contada Mas ouvi uma das suas e eu vou fazer a sua cabeça queimar Pense em mim nas profundezas do seu desespero Criando um lar lá em baixo, já que as minhas não serão compartilhadas. As cicatrizes do teu amor me fazem lembrar de nós Me fazem pensar que nós tínhamos quase tudo As cicatrizes de seu amor me deixam sem fôlego Eu não consigo evitar a sensação. Refrão ( 2 vezes) Jogue sua alma em cada porta aberta Conte suas bênçãos para encontrar o que procura Transformou minha tristeza em ouro precioso Você me paga de volta em bondade e colhe aquilo que semeou Nós poderíamos ter tido tudo Nós poderíamos ter tido tudo Tudo, tudo, tudo. Refrão (2 vezes)

Fonte: www.vagalume.com.br