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Folha da Justiça - Tribunal de Justiça do Amazonas

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Ano 8 - Edição 28 - Abril 2015

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NESTA EDIÇÃO

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NOVOS JUÍZES PARA O INTERIORForam empossados 16 magistrados que vão atuar nas comarcas do interior do Estado que estavam sem a presença efetiva do judiciário

O objetivo do convênio é possibilitar o acesso de alunos do 1º e 2º ano do ensino médio aos estágios nas varas e juizados dos municípios do interior

O departamento de engenharia do TJAM realizou reparos elétricos e hidraúlicos, instalação de divisórias e pintura

Foram destruídas 342 armas participantes em processoas baixados ou arquivados, destruídas pelo 12º Batalhão de Suprimentos do Exército

O evento, que é tradição em outros tribunais do país, foi realizado pela primeira vez no TJAM e contou com presença de autoridades do Estado

O evento é parte da campanha “Justiça Pela Paz Em Casa” que visa dar celeridade aos processos de violência contra mulheres

Em parceria com a Defensoria Pública, o TJAM abre o sexto ano do projeto de reinserção social de ex-detentos

TJAM E SEDUC ASSINAM ACORDO

REINAUGURADO FORÚM DE RIO PRETO

DESTRUIÇÃO DE ARMAMENTO

ABERTURA DO ANO JUDICIÁRIO 2015

TJAM NA SEMANA DA MULHER

REABERTURA DO REEDUCAR

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JUSTIÇA ITINERANTE

OBRAS NO INTERIOR

COMBATE À CRIMINALIDADE

Foram mais de 3 mil pessoas atendidas em 2014 e cerca de R$ 1,85 milhão movimentados

Prezando a qualidade do trabalho no interior, 18 municípios devem receber obras de melhoria em seus fóruns

A parceria foi firmada entre o TJAM e a Cúlpula da Segurança do Amazonas para combater a violência no Estado

A decisão da ministra Nancy Andrighi em iniciar o Pro-grama Nacional de Governança Diferenciada das Exe-cuções Fiscais pelo Amazonas tem um significado muito forte para os objetivos de nossa administração.

O primeiro é o respeito e o carinho da ministra para com a Justiça do Estado do Amazonas que, segundo suas próprias palavras, “é uma justiça que está crescendo e apresentando resultados positivos”.

Outro é a disposição da corregedora que se prontificou a vir a Manaus para, pessoalmente, conseguir a adesão e o apoio do Go-verno do Estado e da Prefeitura de Manaus a um projeto tão impor-tante para solucionar o congestionamento de ações relacionadas a dívidas fiscais.

Durante a visita da ministra, o TJAM se prontificou a implantar esse sistema de negociação das execuções fiscais, assumindo o primeiro projeto piloto fora do Distrito Federal, somando esforços à iniciativa de solucionar antigas demandas.

Antes mesmo do honroso convite da corregedora, esta presi-dência já vinha mantendo entendimentos com o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, em uma tentativa de desenvolver uma nova forma de governança diferenciada de execuções fiscais. Isso resultou em um dado concreto que, com certeza, vai ajudar Manaus a resolver alguns de seus problemas mais urgentes: a prefeitura vai renegociar mais de R$ 1 bilhão em processos da dívida ativa do município.

O Programa de Governança Diferenciada das Execuções Fiscais é a maior prova de que, quando existe vontade política e determina-ção, as políticas avançam. A Justiça acelera em busca de soluções. Neste caso, avança em três frentes: o cidadão e empresas, com a oportunidade de saldar dívidas, regularizando sua situação fiscal, o Judiciário, que encontra hoje na execução fiscal um de seus maiores gargalos, com a redução dos processos; e o Estado, com a recu-peração do crédito público. Os mutirões possibilitam que as dívi-das fiscais, relativas a qualquer tributo, sejam negociadas e possam ser pagas em postos bancários disponibilizados no mesmo local. O contribuinte participante pode sair da conciliação com sua certidão negativa de débito em mãos.

Lembrando o próprio prefeito Arthur, a proposta é pautada na redução de processos da dívida ativa dos estados e municípios e na recuperação do crédito público. Em relação ao município, mais de 300 mil processos serão renegociados e, se a prefeitura receber pelo menos parte desses recursos, já terá sido um grande passo.

Haveremos de honrar o compromisso assumido com a ministra Nancy Andrighi. E que Deus nos guie nessa tarefa!

Graça FigueiredoPresidente do Tribunal de Justiça do Amazonas

E D I T O R I A LUMA JUSTIÇA QUE CRESCE E

APRESENTA RESULTADOS

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Wellington José de AraújoLafayette Carneiro Vieira Júnior

SECRETARIASecretário Geral de Justiça

José Alves Pacífico

Secretária Geral de AdministraçãoMaria Zulena de Matos

DIVISÃO DE DIVULGAÇÃODiretor

Mário Adolfo Aryce de CastroReg.prof.: 375 DRT-AM

ReportagemBruno Mazieri / Rafael Valentim

Giselle Campello / Mellanie HasimotoMário Adolfo / Patrícia Ruon Stachon

Fotos

Raimundo Valentim / Raphael Alves

Projeto Gráfico e EditoraçãoIgor Braga de Souza

ColaboraçãoJosé Augusto / Lorena Caldas

Tiragem: 600 Exemplares

DIRETORIA

PresidenteDesembargadora Maria das Graças

Pessoa Figueiredo

Vice-PresidenteDesembargador Aristóteles Lima Thury

Corregedor Geral de Justiça do AmazonasDesembargador Flávio Humberto

Pascarelli Lopes

Ouvidor Geral de JustiçaDesembargador Jorge Manoel Lopes Lins

DESEMBARGADORESDjalma Martins da Costa

João de Jesus Abdala SimõesAri Jorge Moutinho da Costa

Socorro Guedes MouraDomingos Jorge Chalub Pereira

Yedo Simões de OliveiraPaulo César Caminha e Lima

Rafael de Araújo RomanoEncarnação das Graças S. Salgado

João Mauro BessaCláudio César Ramalheira Roessing

Sabino da Silva MarquesCarla Maria Santos dos Reis

Contatoswww.tjam.jus.br(92) 2129-6771 / 6831(92) 3303-5209 / [email protected] facebook.com/TribunaldeJusticadoAmazonas instagram.com/tjamazonas issu.com/tjam

Esta é uma publicação bimestral doTribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM).

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ORDEM DO MÉRITO JUDICIÁRIOAPÓS RECEBER A HONRARIA, ARTHUR NETO ELOGIOU A ESCOLHA DOS AGRACIADOS

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1992, deputado federal de 1995 a 1999 e de 1999 a 2003; senador da República de 2003 a 2011 e, atualmente, é prefeito de Manaus desde 2012.

Foi também presidente regio-nal do PSDB no Amazonas, em 1993; vice-líder do PSDB na Câ-mara dos Deputados, de 1995 a 1997; secretário-geral da execu-tiva nacional do PSDB, de 1996 a 1999; líder do governo no Con-gresso Nacional, de 1999 a 2001; ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República e Conselheiro de Governo na Pre-sidência da República, de no-vembro de 2001 a abril de 2002 e novamente líder do governo no Congresso Nacional, de abril a dezembro 2002.

MEDALHAA Ordem do Mérito Judiciário

foi instituída por intermédio da Resolução nº 49, de 21 de outu-bro de 1982 e disciplinada em re-gulamento próprio, com a finalida-de de laurear chefes dos poderes Executivos, Legislativo e Judiciá-rio da União e dos Estados, mi-nistros, desembargadores, juízes, procuradores de justiça, juristas eminentes, servidores e serven-tuários de justiça e dentre outras personalidades nacionais e es-trangeiras que se destacaram no exercício de seus deveres consti-tucionais, que se distinguiram pe-los serviços prestados à Justiça do Amazonas.

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, recebeu na manhã do dia 12 de de-

zembro, a Medalha da Ordem do Mérito Judiciário do Estado do Amazonas. A outorga da meda-lha, juntamente com o diploma, foi entregue pela presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargadora Graça Figueiredo.

Após o fim da solenidade, o prefeito disse estar feliz com o atual momento. “É uma alegria enorme receber esse prêmio, o que não deixa de ser um reconhe-cimento do nosso trabalho. Além disso, contamos com a compa-nhia dos outros agraciados. O poeta Tenório Telles – também agraciado com a honraria – fez um bonito discurso; o desembar-gador de São Paulo, Antônio Rulli Júnior, se mostrou um grande co-nhecedor de história. A organiza-ção do evento está de parabéns, principalmente, pelos agraciados que foram muito bem escolhi-dos”, comentou.

Ele também fez questão de ressaltar que a medalha acres-centa muito ao seu currículo. “Essa homenagem do TJAM me deixa mais seguro e conscien-te de que tenho uma obrigação a mais, que é fazer jus a essa honraria tão relevante para a minha vida”.

Antes de deixar a sede do TJAM, Arthur Neto lembrou que

sua administração é pautada no respeito e na dignidade. “Acredito que o direito de um começa onde termina o do outro. E é isso que eu espero da justiça, de quem é vizinho do outro. O Brasil tem que deixar de ser a pátria do egoísmo, para ser conhecido como a pátria da solidariedade”, finalizou.

HISTÓRICOArthur Virgílio do Carmo Ri-

beiro Neto, filho de Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro Filho e Izabel Victoria de Mattos Pereira do Car-mo Ribeiro, nasceu em Manaus, Amazonas, em 15 de novembro de 1945.

Casado com Maria Goreth Gar-cia do Carmo Ribeiro, é pai de Ar-thur Bisneto (deputado federal elei-to em 2014), Nicole, Juliano e Ana Carolina. Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio de Ja-neiro (UFRJ), ingressou na carreira diplomática ao concluir o curso no Instituto Rio Branco. Tem mestrado e exerceu a função de Conselheiro da Carreira de Diplomata do Mi-nistério das Relações Exteriores e Conselheiro Especial na embaixada brasileira em Lisboa, de maio de 2011 a junho de 2012.

Arthur já foi 1º Suplente de De-putado Federal-PMDB, de 1979 a 1982 e deputado federal-PMDB, de 1983 a 1987. Em 1986, foi candidato ao Governo do Ama-zonas, tendo obtido a segunda maior votação do pleito. Foi, ain-da, prefeito de Manaus de 1989 a

O escritor Tenório Telles, o corregedor-geral, desembargador Flávio Pascarelli; o prefeito de Manaus, Arthur Neto, a presidente do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo; o vice-presidente do TJAM, Aristóteles Thury e Neilson Cavalcante, prefeito de Presidente Figueiredo

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CONCENTRAREMOS ESFORÇOS, POIS

ESTAMOS CHEGANDO A UM ACORDO PARA UM NOVO CONVÊNIO

COM O TRIBUNAL DE JUSTIÇA”

PRESIDENTE DO TJAM E PREFEITO BUSCAM SOLUÇÃO PARA DÍVIDA ATIVA

A Prefeitura de Manaus tem mais de R$ 1,3 bi-lhão para receber em ações que tramitam

nas Varas Especializadas da Dívi-da Ativa Municipal da Comarca de Manaus. A maioria dessas dívidas é de IPTU, ISS, autos de infração e alvarás. Dinheiro parado que po-deria muito bem ser aplicado em obras na cidade de Manaus.

Para tentar desatar esse nó, a presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembar-gadora Graça Figueiredo, e o pre-feito de Manaus, Arthur Virgílio, se reuniram na manhã do dia 19 de janeiro para encontrar uma solu-ção para a cobrança da dívida.

“Algumas dívidas não valem a pena cobrar, porque a cobrança é mais alta que o débito. Nesse caso, é mais racional dar anistia. No en-tanto, é preciso encontrar uma so-lução. De acordo com a Justiça em Números, do CNJ, 65% do proces-sos que tramitam nos tribunais são da Dívida Ativa”, explicou a desem-bargadora Graça Figueiredo.

Além disso, quem paga o Aviso de Recebimento (AR) é o próprio TJAM, que é obrigado a desembol-sar R$ 28 mil por mês, o que re-presenta quase R$ 450 mil por ano.

Acompanhado do subprocu-rador do município, Rafael Albu-querque, Arthur chegou à sede do TJAM seguindo direto para o gabinete da presidência. Munida

de planilhas com todos os estudos da dívida ativa, a desembargadora–presidente fez uma explanação.

“Estamos desembolsando um valor muito alto em AR, um investi-mento que não vai ter retorno por-que é uma dívida que vai ser paga à prefeitura”, disse Graça Figueire-do, observando que essas dívidas se referem à cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), ISS, etc. As varas têm competên-cia para julgar e processar todas as execuções fiscais de autoria.

Depois de mais de uma hora de negociação, o prefeito Arthur Virgílio disse que, sem dúvida, a presidente Graça Figueiredo está fazendo uma administração muito sensível e parecida com as ideias de administração de Manaus.

“Em relação a dívida ativa, Ma-naus tem mais de R$ 1,3 bilhão para receber. Acontece que, parte disso – e estamos verificando qual é essa parte – é incobrável, porque é mais caro cobrar do que anistiar. Então é justo anistiar e permitir que essas pessoas comecem vida nova por aí”.

Mas Arthur garantiu que, aquilo que vale a pena ser cobrado, será cobrado. “E isso é um bom dinhei-ro. Nós, então, concentraremos esforços nisso, pois estamos che-gando a um acordo para um novo convênio com o tribunal de justiça”.

Arthur confirmou que pretende vender as dívidas boas para que instituições possam fazer essas cobranças. “A chamada venda da dívida ativa, que na verdade é a securitização dela, é um repasse para uma instituição financeira de boa qualidade. Então, essa ins-tituição faz, junto conosco, uma catalogação das dívidas tipo A, B, C, D e E. Logo, a A e B seriam as dívidas boas, C aquela que ela a instituição vai lutar mais para rece-ber, mas ela dá um adiantamento expressivo e a prefeitura reforça seu caixa”. Arthur finalizou dizendo que a outra parte da dívida deve-rá ser anistiada, porque é injusto, caro e dá prejuízo cobrar.

“Faremos a anistia em um ato com a presença da desembarga-dora, e seria uma honra para mim, dar anistia aos pequenos devedo-res”, adiantou Virgílio.

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DEZESSEIS JOVENS MAGISTRADOS ASSUMEM O CARGO, “ÁVIDOS FAZER CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO E AS LEIS, E COM PAIXÃO PELA MISSÃO QUE AGORA ABRAÇAM”, DISSE O ORADOR FÁBIO OLINTHO

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DEZESSEIS JOVENS MAGISTRADOS ASSUMEM O CARGO, “ÁVIDOS FAZER CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO E AS LEIS, E COM PAIXÃO PELA MISSÃO QUE AGORA ABRAÇAM”, DISSE O ORADOR FÁBIO OLINTHO

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O novo magistrado Fábio César Olintho de Souza durante discurso emocionado na posse dos novos juízes do Estado do Amazonas

Ao assumir, no dia 9 de janeiro, o cargo de juiz substituto de carrei-ra em sessão solene

realizada no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), o juiz Fá-bio César Olintho de Souza, 29, emocionou a plateia ao dizer que a magistratura, longe de qualificar como cidadãos de primeira classe, é “um sacro sacerdócio que trans-forma aqueles que nela ingressam em servos”.

“Servos dos mais necessita-dos, dos marginalizados, das mi-norias e de todos, sem qualquer espécie de distinção, que procu-rem refúgio nas asas acolhedoras da justiça”, disse o novo magistra-do.

Fábio Olintho foi o orador da turma de 16 juízes aprovados no concurso público realizado pelo TJAM, que tomaram posse em sessão solene, realizada no audi-tório do Centro Administrativo De-sembargador José Jesus Ferreira Lopes, na avenida André Araújo. Com capacidade para 470 pes-soas, o local ficou completamente lotado.

A solenidade de posse foi aberta às 10h pela presidente do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo. O vice-governador Henrique Oliveira compôs a mesa representando o governador José Melo. O procurador geral do mu-nicípio Marcos Cavalcante repre-sentou o prefeito Arthur Virgílio. Da Corte, marcaram presença na cerimônia o corregedor-geral de justiça do Estado, desembargador Flávio Pascarelli; o vice-presidente do TRE-AM, desembargador Mau-ro Bessa e os desembargadores Domingos Chalub, Paulo Lima, Sabino Marques e Ari Moutinho.

O momento de maior emoção para os novos magistrados foi quando eles receberam a toga de juiz. Após o juramento de posse, cada um deles vestiu a toga com o auxílio de um padrinho, na maio-ria das vezes o pai ou mãe. Alguns deles não seguraram a emoção e choraram. Em seguida, os 16 ma-gistrados foram chamados à mesa do secretário geral do TJAM, José Pacífico, para assinarem o Termo de posse.

Em seu discurso de sauda-ção, Graça Figueiredo fez questão de tratar os empossados como “meus colegas magistrados”. E citou o profeta Isaías para traduzir a “grande esperança que será de-positada pela população de cada

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missão judicante haverá de per-mitir. Seja no momento da con-ciliação das partes, seja decidin-do os conflitos de interesse, os senhores decerto saberão como promover a pacificação do meio social do interior, que hão de vi-ver – disse Nogueira.

IMPORTÂNCIA DO CONCURSODurante a solenidade de pos-

se dos 16 novos magistrados, o corregedor-geral de justiça do Amazonas, desembargador Flávio Humberto Pascarelli Lopes, res-saltou a importância da realização do concurso público. “O certame é importante na medida que nós temos um déficit de juízes no Esta-do. O interior estava, praticamen-te, sem juízes”, declarou.

Ele completou, ainda, que o déficit irá continuar, mas já houve uma melhora, salientando a serie-dade do certame.

“Acredito que foi um concurso muito sério. Os juízes que come-çaram a fazer parte do Poder Ju-diciário do Amazonas estão prepa-rados. Espero que eles consigam distribuir, com igualdade, a justiça no interior do Estado”.

localidade quando eles lá chega-rem e onde passarão a trabalhar na jurisdição”.

“Os municípios com suas co-marcas vagas, há muito tempo sem juízes, sem a presença efetiva da justiça, estavam tal qual dizia o profeta Isaías, nas trevas, em nu-vens escuras, sem brilho”, disse a desembargadora.

Ao falar em nome da turma, o juiz Olintho reviveu todo o di-fícil processo para chegar até o grande momento. O magistrado lembrou que foram ofertadas 31 vagas. De início se inscreveram 1.259 candidatos que enfrentaram cinco fases de extrema dificuldade no escopo de alcançarem o objeti-vo almejado.

“As cinco fases eliminatórias do concurso tornaram aqueles 1.259 candidatos iniciais em ape-nas 19 aprovados. Desses, 16 tomam posse neste dia, os quais superaram diversas dificuldades e embaraços surgidos durante a caminhada. Somos de fato e de direito, vencedores”.

Também discursou na ses-são solene o presidente da As-sociação dos Magistrados do

Amazonas (Amazon), Ludmilson Figueiredo Nogueira, que deu um conselho aos novos colegas que hoje ingressaram na magis-tratura.

“Não se deixem abater an-tes os muitos obstáculos que a

Os novos magistrados assinaram o termo de posse durante a solenidade realizada no Centro Administrativo Des. José Jesus Ferreira Lopes

“ “SUPERAMOS DIVERSAS

DIFICULDADES E SOMOS, DE FATO

E DE DIREITO, VENCEDORES”.

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Durante o evento, a presidente do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo, afirmou que dará todo o suporte necessário aos novos magistrados

Durante o discurso na posse dos novos magistrados, a presidente do TJAM, desembargadora Graça Fi-gueiredo, reforçou os desejos de boa sorte aos juízes empossados, além de reiterar os deveres da fun-ção. “Este momento é de grande re-alização pessoal para os empossan-dos, seus familiares e amigos. Aqui está sendo premiado o mérito, o esforço pessoal de cada um”, disse.

“A trajetória que hoje se inicia para meus colegas juízes, lhes ga-ranto, será de grande valia para a vida profissional de cada um, não só pela relevância do cargo, mas pela função social nobilitante. Ressalto o dever do juiz de morar no lugar para onde foi designado. Tenho certeza que os magistrados, ora empossa-dos, são vocacionados na arte de julgar, de cumprir sua missão institu-cional e que farão de sua comarca sua nova casa”.

Por ter dimensões continentais, a população do interior do Amazo-nas, muitas vezes, sofre para obter os serviços da justiça de manei-ra adequada e, por conta disso, a presidente do TJAM reforça que os novos juízes devem conviver na co-munidade onde serão designados. “Entendo que o juiz deve comparti-lhar com a comunidade local de toda a vida da cidade, de suas alegrias e tristezas, do seu desenvolvimento, da proteção às crianças, aos idosos, à propriedade, enfim, prestar o equi-

líbrio necessário a tudo que envolva a presença da justiça que os senho-res representam”, destacou.

Graça Figueiredo lembrou, ainda, que com as facilidades do mundo contemporâneo, como as tecnologias de comunicação e transportes, a justiça ficou mais acessível. “Lembro quando, há 35 anos, assumi a magistratura em mi-nha primeira comarca. Até a distante Boca do Acre, navegava-se quase 12 dias para chegar, dependendo da época do ano e, apesar de toda dificuldade, digo hoje com o mesmo entusiasmo que faria tudo novamen-te”, informou.

Graça Figueiredo afirmou que dará todo o suporte necessário aos magistrados. Além disso, a presi-dente do TJAM pediu que a “luz da justiça” seja levada às comunidades distantes do município, e não ficar somente em sua sede.

“E a experiência a ser colhida no nosso interior do estado, na primeira entrância, mais tarde será recordada como anos gratificantes da vida pro-fissional, da sensação de dever cum-prido por terem contribuído na ajuda do desenvolvimento do município, aos nossos conterrâneos caboclos que muita das vezes só têm o Poder Judiciário na presença do juiz para lhes garantir o reconhecimento de cidadão brasileiro, dos seus direitos e garantias constitucionais, muitas das vezes aviltados”.

“SER JUIZ É UM EXERCÍCIO BASEADO NOS FUNDAMENTOS DA ÉTICA”

Outro magistrado que julgou louvável a realização de concurso público, foi o desembargador João Mauro Bessa. “Ninguém desco-nhece que o poder judiciário está com uma deficiência muito grande de juízes. Inúmeras comarcas do interior estão sem magistrados e, este concurso, vem atender e su-prir essa deficiência”, disse.

Mauro Bessa comentou, tam-bém, que o ideal seria que mais magistrados fossem aprovados, porém, de qualquer forma, os 16 que tomaram posse representam um grande avanço. “Por certo que seria importante que mais candi-datos tivessem êxito. Infelizmente foram apenas 16, mas eles já re-presentam uma vantagem, mino-rando a deficiência no interior”.

O desembargador Domin-gos Jorge Chalub lembrou que as vagas foram abertas durante o mandato do desembargador João Simões, mas somente ago-ra, durante a administração da de-sembargadora Graça Figueiredo o concurso foi finalizado.

“Acredito que este tenha sido um dos certames mais rigorosos do Brasil. Então estão todos de parabéns. Agora, eles irão realizar um treinamento e ocuparão 16 co-marcas efetivamente. Com isso, estamos reduzindo a defasagem para o jurisdicionado no interior”, declarou.

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Este foi o primeiro con-curso do Judiciário do Amazonas após a Re-solução 75, do Conse-

lho Nacional de Justiça, que visa unificar os procedimentos e crité-rios relacionados ao concurso de ingresso na carreira da magistratu-ra. O edital foi lançado em março de 2013 pela Fundação Getúlio Vargas, que divulgou o resultado final do certame no fim de outubro do ano passado.

ORGULHO PARA OS PAISPrimeiro colocado no certame,

o juiz empossado Fábio Olintho re-velou que chegou a morar em pa-lafitas em cima de igarapé, durante uma parte da infância, próximo ao Complexo Penitenciário Raimundo Vidal Pessoa, em Manaus.

“É muito gratificante olhar para os pais e ver que eles estão felizes. Eu vim debaixo mesmo. Mas meus pais sempre guiaram eu e meus ir-mãos para os estudos. Nossa ex-pectativa agora é fazer o melhor pelos municípios. Eu e todos os 16 juízes que estão entrando estamos

com vontade de fazer a diferença”, prometeu Olintho, que represen-tou os outros empossados como orador durante a cerimônia.

“Embora eu não revele, era um sonho que eu tinha desde criança. Estou indo para Parintins e espero ajudar o povo e que eles possam ver no Judiciário um amigo que eles podem recorrer em busca de uma solução”, assegurou.

Como primeiro colocado no concurso, Olintho teve o direito de poder escolher a comarca em que atuará, a partir de uma lista dispo-nibilizada pelo TJAM. “Escolhi Pa-rintins porque é uma cidade com estrutura e proporciona uma boa qualidade de vida. Infelizmente, no nosso interior hoje são poucas as cidades que oferecem o míni-mo de estrutura para o seu povo”, analisou.

CAMINHADA ÁRDUADesignado para atuar na 1ª

Vara da Comarca de Coari, o juiz empossado Alan Minori ressaltou que a preparação ao concurso foi dura, com “muita renúncia, muito

estudo, muita dedicação, muita fé em Deus e muita força de vontade”.

“Além do apoio imprescindível dos meus pais como exemplo de vida, com o trabalho duro e hones-to, e dos meus amigos que sem-pre estiveram comigo. É a realiza-ção de um sonho; a magistratura traz a minha vocação que é, com autonomia, exercer diretamente a Justiça para quem precisa”, resu-miu. “Pretendo seguir o exemplo dos magistrados com quem eu trabalhei, sempre com trabalho ár-duo e humildade. Quero fazer isso em Coari e restabelecer a imagem que ela merece”, completou Minori.

TRAJETÓRIA LONGATambém designado para a

comarca de Coari, onde vai atuar na 2ª Vara, o juiz empossado Igor Campagnolli revelou que foram 5 anos de estudo até a aprovação no concurso.

“Passei por Ministério Público, Infraero, UEA, Tribunal de Contas do Estado, e fui analista e estagiá-rio do Tribunal de Justiça até che-gar neste dia. Não é do dia para

TRAJETÓRIA ÁRDUAATÉ A APROVAÇÃO NO CONCURSO

O momento dos cumprimentos foi bastante emocionante para os novos juízes

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noite. É muito estudo e dedicação e, sobretudo, vocação. Meu foco é trabalhar no jurisdicionado. Es-tamos aqui para servir quem mais precisa do Judiciário. Somos a úl-tima barreira entre a ilegalidade e o jurisdicionado”, ressaltou.

FOI DEFENSOR, AGORA É JUIZRecém-empossado, James

Santos conta com uma visão di-ferenciada para atuar como juiz da comarca de Tabatinga. Aos 28 anos, o magistrado já foi defensor público. “A perspectiva é exce-lente. Convivi pessoalmente com o trabalho do juiz atuando como defensor, então tenho a visão de quem aciona. E conheço Tabatin-ga, pois já atuei lá pelo Ministério Público Federal”, lembrou.

NOITES SEM DORMIRAos 27 anos, Priscila Pereira foi

uma das mais emocionadas du-rante a cerimônia de posse. Desig-nada para assumir a comarca de Maraã, a magistrada admite que abriu mão de festas e confrater-nizações em busca de um sonho. “Desde quando entrei na faculda-de em 2004, no Estado do Pará, eu sonho em me tornar uma ma-gistrada. É difícil, mas muito gratifi-cante. Quero me dedicar bastante e exercer bem minha função social. Agora vou para Maraã. Pesquisei e já liguei para a comarca, conversei

com a escrivã. É uma cidade pe-quena, que está precisando de um juiz titular”, ponderou.

PREPARAÇÃOOutro juiz empossado nascido

fora do Amazonas, Diego Barbosa saiu do município de São João da Boa Vista, no interior de São Paulo, na divisa com Minas Gerais. Bar-bosa ressalta que candidatos do Brasil inteiro buscam a carreira na magistratura, em todos os Estados.

“O interior de São Paulo tem mais estrutura, mas o cotidiano do juiz é mais estressante e perigoso. Todos os estados têm seus pontos positivos e negativos”, destacou.

“A princípio, quando me for-mei na faculdade, não acreditei que pudesse alcançar este cargo. Era algo muito distante para mim. Mas comecei a me preparar para concurso público. Fiz cursinho, es-tudava 10 horas por dia. Ao longo de 2 anos, consegui passar neste concurso. Hoje me sinto realizado e espero me aprimorar mais ain-da para que eu consiga exercer a carreira como ela pede, com muita dedicação, humildade e prepa-ração”, afirmou o juiz, que foi de-signado para a comarca de Santa Isabel do Rio Negro.

SONHO DEDICADO À MÃEPara o juiz recém-empossado

Rafael Raposo, a realização do so-

nho se estende à sua mãe, faleci-da quando ele tinha 10 anos.

“Iniciei minha preparação em julho de 2012 e desde então ve-nho estudando. Minha mãe era advogada e faleceu quando eu ti-nha 10 anos. Era um sonho dela e se tornou um sonho meu também. Estou muito feliz, vou para Fonte Boa. Não conheço o município, mas estou com o coração muito feliz em conhecer as pessoas e a cidade. O que o cidadão espe-ra de um magistrado quando ele recorre ao Judiciário é encontrar um juiz que seja imparcial, isento de paixões e ideologias. Pretendo exercer a magistratura, esse sa-cerdócio, para distribuir Justiça a Fonte Boa”, garantiu.

VITÓRIA DEDICADA À DEUSUma das mais parabenizadas

na cerimônia, a juíza Scarlet Barbo-sa dedicou a aprovação no concur-so a Deus. “A magistratura sempre foi um sonho desde o tempo da faculdade. Trabalhar diariamente com o jurisdicionado, colocar na prática o que aprendi na teoria des-pertou no meu coração ainda mais a paixão pela magistratura. Quan-do saiu o edital, tive a certeza que este era o concurso que Deus tinha preparado para mim. Atribuo esta vitória a Deus. Foi uma preparação árdua, mas este é um momento de muita felicidade”, finalizou.

O magistrado Alan Minori durante o juramente na posse dos novos juízes

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TJAM E SEDUCASSINAM ACORDOO Tribunal de Justiça do

Amazonas (TJAM) e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc)

assinaram convênio, no dia 28 de janeiro, para possibilitar o acesso de estudantes matriculados nos 1º e 2º anos do ensino médio aos estágios nas varas e juizados do Tribunal de Justiça, localizados no interior do Estado.

O convênio foi assinado pela presidente Graça Figueiredo e o secretário de Educação, Rossieli Soares. “Com o auxílio da Seduc, vamos proporcionar aprendizado e preparação à vida profissional desses jovens do interior”, expli-cou a desembargadora.

A estratégia do TJAM é formar um banco de estágio. E a única forma de isso acontecer seria por meio desse convênio com a Se-duc, porque as escolas estaduais de ensino médio ficam sob o con-trole da secretaria de educação.

“Quando fazemos convênios com os estudantes de faculdade, ele é feito com a Ufam e com a UEA. Nesse sentido vou agradecer a cooperação, porque precisamos que todos os municípios sejam contemplados com esse benefício para formação do estudante que vai ter oportunidade de ter conta-

to com os trabalhos do Judiciário, ampliar horizontes e ter uma remu-neração”, disse a desembargado-ra Graça Figueiredo.

No primeiro semestre, a sele-ção para estagiários ofereceu 28 vagas, com salário de R$ 300 e mais ajuda de custo para alimenta-ção no valor de R$ 100. A jornada de atividades de estágio será de quatro horas, a ser cumprida de segunda à sexta-feira.

SUB-REGIÕESDurante a assinatura do con-

vênio, a diretora da Escola de Aperfeiçoamento do Servidor (Es-tjam), Wiulla Garcia, explicou que, no primeiro semestre, a seleção foi feita em três sub-regiões (7ª, 8ª e 9ª) que correspondem aos municí-pios de Tabatinga, Benjamin Cons-tant, Atalia do Norte, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá, Amaturá, Itacoatiara, Maués, Nova Olinda, Silves, Urucurituba, Itapiranga, Presidente Figueiredo, Parintins, Boa Vista do Ramos, Barreirinha, Nhamundá, São Se-bastião do Uatumã e Urucará).

“Isso tudo somente no pri-meiro semestre deste ano. Para o segundo semestre, nós teremos mais duas sub-regiões que irão abranger municípios do Solimões

e alto Juruá”, explicou a presiden-te do TJAM.

“Para nós é uma alegria fazer parte disso. Nós que trabalhamos com o desenvolvimento do nosso aluno, do futuro profissional que vai estar lá e é uma oportunidade que mexe com a sociedade es-colar. Você realizar um processo seletivo acaba envolvendo aqueles que passam e que não passam, mas vai tentar se preparar para fa-zer parte do TJAM”, complemen-tou Rossieli Soares, que colocou à disposição da presidente do tribunal o sistema de transmissão para todo o interior pelo Centro de Mídias.

Durante a cerimônia, o secretário manifestou sua preocupação em relação ao crescimento de ações de depredação praticadas por jovens infratores dentro da rede pública de ensino. “Gostaria de ver como funciona no Estado as penas compensatórias. Precisamos achar um caminho porque existe uma depredação muito grande nas escolas e, geralmente, são os próprios alunos que são menores de idade. Sendo pior na capital do que no interior. Queríamos uma forma mais célere de aplicar uma pena”.

Presidente do TJAM e secretário de educação do Estado durante assinatura de acordo para seleção pública

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prédio do Fórum Senador Jeffer-son Péres passou por uma ampla reforma que incluiu, ainda, troca de pisos, pintura nova, reforma da cobertura e dos banheiros, além de adequação às normas de acessibili-dade. O prédio conta com uma sala da Defensoria Pública.

Para a presidente Graça Figuei-redo, os investimentos realizados na infraestrutura do prédio do fórum promovem a melhoria na prestação jurisdicional. “Essa reforma atende os anseios dos jurisdicionados, por-que proporciona mais eficácia nas atividades profissionais”, afirmou.

Em seu discurso, a presidente do TJAM disse também que esta-va feliz em participar da cerimônia de reinauguração do Fórum de Rio

Batizado com o nome de Senador Jefferson Péres, o Fórum da Co-marca de Rio Preto Eva

– a 80 quilômetros de Manaus –, foi reinaugurado pela presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargadora Graça Fi-gueiredo, em solenidade na manhã do dia 17 de dezembro. Entre os trabalhos executados pelo depar-tamento de engenharia do tribunal estão reparos na cobertura, reestru-turação das instalações elétricas e hidráulicas, pintura interna e externa e instalação de novas divisórias.

O prefeito de Rio Preto da Eva, Luis Ricardo de Moura Chagas, participou da solenidade, juntamen-te com o juiz da comarca, George

Hamilton Barroso e a defensora pública do município, Fabiana Dió-genes.

A desembargadora-presidente chegou ao município por voltas das 8h30 em companhia das juízas au-xiliares, Lia Maria Guedes e Etelvina Lobo Braga.

O primeiro a discursar na sole-nidade foi o juiz George Hamilton Barroso, que agradeceu ao traba-lho que a desembargadora Graça Figueiredo vem fazendo na defesa e na valorização das comarcas do interior, “em busca da aproximação da justiça com a sociedade”.

CONCILIAÇÃO SIMSegundo dados do departa-

mento de engenharia do TJAM, o

REINAUGURADO FÓRUM DE

RIO PRETO DA EVA

Autoridades reunidas durante a reinauguração do fórum do município de Rio Preto da Eva, em dezembro do ano passado

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Preto da Eva, um município tão próximo da capital, Manaus, e tão importante para a região, contem-plando importantes demandas da região.

Graça lembrou que o TJAM está em plena sintonia com o Con-selho Nacional de Justiça (CNJ) ao investir mais nos instrumentos de conciliação para evitar “judicializa-ção”. “Chegamos a um ponto em que, para evitar a enxurrada de processos, o judiciário deve traba-lhar para resolver os conflitos antes que se transformem em processo judicial. Esta deve ser, hoje, a maior preocupação dos magistrados dos tempos atuais, que devem recorrer mais à conciliação e a outros meca-nismos de solução de conflitos da sociedade”, afirmou a desembarga-dora.

De acordo com a presidente, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) vem adotando políticas pú-blicas nesse sentido, por meio de diversos programas.

COMPROMISSO COM O 1º GRAUDurante a solenidade de rei-

nauguração do Fórum da Comar-ca de Rio Preto da Eva, Graça Figueiredo disse estar feliz por realizar tal ação nos primeiros seis

meses de sua gestão. “Logo que concorri a presidên-

cia do TJAM, sempre tive em mente o reaparelhamento do 1º Grau. Por-que é aqui onde a justiça começa. O acolhimento do cidadão que che-ga em busca de justiça, tem que ser bem acolhido, tem que encon-trar estruturas que sejam dignas e que possam contar com os juízes, serventuários, promotores e defen-sores. Essa é a meta da presidência que está em sintonia com o CNJ”, afirmou.

Ainda durante seu pronuncia-mento, Graça Figueiredo lembrou que o 1º Grau estava esquecido e que a judicialização de todo e qual-quer processo é um grande pro-blema. “Tinham varas funcionando com dois funcionários, juízes so-zinhos e um acervo muito grande, tendo em vista que nós precisamos conscientizar as pessoas que não precisamos judicializar tudo. Nós temos que partir para as alterna-tivas de conciliação, porque caso contrário, o Poder Judiciário não vai poder responder aos anseios da sociedade, judicializando todos os processos e causas que nem são complexos”, declarou.

Sobre o acolhimento do juris-dicionado, a presidente salientou a

A presidente do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo convidou as autoridades presentes para participar do descerramento da placa de reinauguração do fórum

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“importância de funcionários bem treinados e suas visitas as co-marcas. “Para que haja esse bom acolhimento da população, é pre-ciso estruturar cartórios, treinar funcionários... Esse é o primeiro município que estou visitando e estamos fazendo de tudo para que essa estrutura seja mantida e conservada em todos os fóruns do interior”.

Ao prefeito Luis Ricardo de Moura Chagas, a desembarga-dora fez o pedido de que toda e qualquer ajuda necessária fos-se prontamente atendida, “não como favor ao juiz, mas sim como um compromisso que se presta a comunidade”. “Essa parceria é muito importante para todos nós. Para que possamos dar auxílio aos munícipes do se-nhor e ao nosso jurisdicionado”.

TEMOS QUE

PARTIR PARA AS ALTERNATIVAS

DE CONCILIAÇÃO, PORQUE CASO

CONTRÁRIO, O PODER JUDICIÁRIO NÃO VAI PODER RESPONDER

AOS ANSEIOS DA SOCIEDADE

Em seu discurso, a desembargadora-presidente pediu para que conciliações sejam realizadas com frequência pelos magistrados

HOMENAGEMAntes de encerrar Graça Figuei-

redo fez questão de lembrar da figu-ra do senador Jefferson Péres que leva o nome do fórum de Rio Preto da Eva. “Ele (Péres) era funcionário de carreira do TJAM. Quando entrei para o Poder Judiciário, em 1979, ele era secretário geral do tribunal. De-pois disso partiu para a vida pública, tendo em vista seu espírito inquieto em defesa do Amazonas, sendo mo-tivo de orgulho para todos que este prédio leve seu nome”, salientou.

Ao encerrar seu pronunciamen-to, a desembargadora disse estar trabalhando em todos os fóruns, tanto da capital como do interior, e que pretende visitar todas as co-marcas. “Agradeço a presença de todos. Contem com o TJAM, porque somos os vigilantes e guardiões do direito da democracia”.

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Uma das medidas adotadas pela desembargadora, foi a reforma do auditório do Fórum Azarias Menescal, localizado na Zona Leste

“ VAMOS ESTUDAR TODOS OS ESPAÇOS

E ALTERAR O QUE FOR NECESSÁRIO

QUEREMOS PRIORIZAR AS VARAS E O ATENDIMENTO AO

PÚBLICO

RESGATE DO FÓRUMPRESIDENTE ANUNCIA REFORMA DO AZARIAS MENESCAL

Reorganizar os espa-ços nos fóruns da Zona Leste e Norte, dar maior espaço para

as varas, desocupar corredores e reconstruir um auditório que foi desativado para ser ocupado por outras instituições. Estas foram algumas das decisões anunciadas no dia 19 de janeiro pela presiden-te do Tribunal de Justiça do Ama-zonas (TJAM), desembargadora Graça Figueiredo, durante visita aos fóruns Azarias Menescal, do São José e Lúcio Fonte de Rezen-de, na Cidade Nova.

A desembargadora começou a semana visitando o fórum da Zona Leste. Às 7h30 em ponto ela chegou ao Azarias Menescal, sendo recepcionada pelos juízes Frank Lemos do Nascimento, Alexandre Henrique Novaes de Araújo e Manuel Amaro Pereira de Lima. Acompanhada do engenhei-ro Haryson Rombaldi, diretor do Departamento de Engenharia, foi direto para o espaço onde, origi-nalmente, funcionava um auditó-rio. Mas, em administrações pas-sadas, o auditório foi desmontado e o espaço cedido para a Defen-soria Pública. O piso estava com-pletamente destruído e as paredes precisando de reforma. O sistema

de circulação de ar também será reaberto.

“Vamos estudar todos os es-paços que foram modificados por divisórias, alterando o projeto ori-ginal e transformando o fórum em um verdadeiro labirinto, onde nem o ar circula. Queremos priorizar as varas e o atendimento ao público”, avaliou Graça Figueiredo.

A desembargadora–presidente percorreu ainda as salas do Juiza-do Especial de Combate à Violên-cia Doméstica e Familiar Contra a Mulher e de Acolhimento das Varas

da Família. Nesse espaço, a pedi-do da presidente, o departamento de engenharia fará um estudo para modificar o layout, transformando pequenos gabinetes improvisados com divisórias, em apenas um espaço onde será instalada uma das varas que funcionam em um “cubículo” .

“O juizado especial de Violên-cia Doméstica contra a Mulher vai para o térreo. Mas isso só será feito após a conclusão do estudo. Vou ver o que é mais econômico”, apontou.

A antiga cantina dos funcioná-rios também passará por reformas, com a recuperação de placas de cerâmicas que estão “tufando” nas paredes, novas mesas e cadeiras de lanchonetes, “para dar maior dignidade no atendimento aos funcionárias”.

Depois de discutir também a restruturação do espaço físico do 19º Vara, Graça Figueiredo seguiu para o Fórum Lúcio Fonte de Re-zende, na Cidade Nova. Mas, an-tes, ao passar pela recepção do Azarias, determinou ao engenhei-ro Haryson que feche com portas de vidro na entrada do fórum, que após ter o projeto adulterado “fi-cou muito vulnerável”.

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FÓRUM LÚCIO FONTEPASSA POR V ISTORIA

Após visita ao Fórum Azarias Menescal (Zona Leste), no dia 19 de janeiro, a pre-

sidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembarga-dora Graça Figueiredo, seguiu para o Fórum Lúcio Fonte (Zona Norte). Ao chegar no local, que já tinha sido visitado pela desem-bargadora no início de sua ges-tão, ela percebeu que as mudan-ças solicitadas por ela, tinham sido feitas. “O espaço da recep-ção está bem melhor”, disse.

Em seguida, ela se dirigiu até o auditório, no qual sugeriu que fossem feitas modificações com relação a ventilação.

“É bom que sejam abertas umas três janelas para que haja uma ventilação desse espaço e, com isso, evitar o acúmulo de ácaros e mofo”, recomendou ao

diretor da Divisão de Engenha-ria do TJAM, Haryson Rombaldi e ao diretor do fórum, juiz Jaime Santoro Loureiro.

Próximo ao auditório, existe um espaço vazio no qual a pre-sidente garantiu colocar mesas com cadeiras para que os fun-cionários possam almoçar ou, de repente, fazer um lanche. Outra sugestão feita pela desembar-gadora foi a retirada de cadeiras de espera do corredor do fórum. “Temos que imaginar que isso é rota de fuga. Precisamos garan-tir a segurança dos magistrados e também do jurisdicionado que nos procura”.

Com a saída da Defensoria Pública do prédio, uma sala será transformada em vara ou ajuiza-mento. “Essas mudanças devem ser feitas o mais rápido possível para que todos possam ficar bem acomodados e, com isso, resga-tar o projeto inicial dando digni-dade a todos”, finalizou.“

AS MUDANÇAS

DEVEM SER FEITAS

O MAIS RÁPIDO

POSSÍVEL, PARA

ACOMODAR E DAR

DIGNIDADE A TODOS

OS CIDADÃOS

Uma espécie de refeitório será montado em um espaço vazio localizado no Fórum Lúcio Fonte, na Zona Norte de Manaus

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ENCONTRO COM JANOTPRESIDENTE DO TJAM CONVERSA COM PROCURADOR DA REPÚBLICA

A presidente do Tri-bunal de Justiça do Amazonas (TJAM), d e s e m b a r g a d o r a

Graça Figueiredo, participou no dia 30 de janeiro da inauguração do edifício anexo da Procuradoria da República no Amazonas (PR/AM).

A solenidade contou, ainda, com a presença do desembar-gador Wellington José de Araújo, representando o Tribunal Regio-nal Eleitoral (TRE/AM); do procu-rador-geral da República, Rodri-go Janot; da procuradora-chefe da PR/AM Tatiana Dornelles; do ministro do Supremo Tribunal de Justiça, Mauro Campbell; do vi-ce-governador Henrique Oliveira; do procurador-geral de Justiça Fábio Braga; do vereador Hiram Nicolau e de Wilker Barreto, pre-feito em exercício.

A procuradora-chefe Tatiana Dornelles disse que a criação do prédio somou no atendimento do povo amazonense. “Estamos or-gulhosos e, sem dúvida, foi um dia de muita felicidade. Anterior-mente a principal queixa era com relação as condições de traba-lho. Agora, vamos poder mostrar que podemos fazer um trabalho ainda melhor. Isso, graças a Pro-curadoria-Geral que acredita em nós e liberou verba para que pu-

déssemos ter esse espaço. Todo cidadão vai poder ter um atendi-mento digno e confortável”.

Já a presidente do TJAM, de-sembargadora Graça Figueiredo, ressaltou a importância da procu-radoria no município de Tefé e a reforma do prédio em Tabatinga. “Vejo tudo isso com bons olhos, principalmente, devido a nossa tríplice fronteira – com Peru e Colômbia – na qual o acesso de drogas é muito grande. E com a presença da procuradoria em parceria com o judiciário, tere-

mos mais opções de combater esse crime”, declarou.

O procurador-geral da Repú-blica, Rodrigo Janot, destacou a importância do bom atendimento ao cidadão, independentemente, de sua região.

“Trabalhamos para um órgão público e, consequentemente, trabalhamos para o público. A inauguração desse prédio permi-te o acesso mais rápido a justiça. Com isso, diminuímos, ainda, a diferença cultural entre os Esta-dos. Esperamos que o Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) esteja equipado para cumprir as decisões, seja ela qual for”, disse.

ATENDIMENTOA partir do dia 2 de fevereiro,

o atendimento ao cidadão co-meçou a ser realizado exclusiva-mente no anexo da PR/AM, que conta com dois computadores para a realização de denúncias online e duas salas reservadas para o atendimento presencial individual e coletivo. O horário do atendimento presencial é de segunda à sexta-feira, das 8h às 14h. Além disso, o cidadão po-derá registrar suas denúncias ou solicitações, em qualquer dia e horário por meio do site: http://cidadao.mpf.mp.br.“

A QUEIXA ERA EM RELAÇÃO ÀS

CONDIÇÕES DE TRABALHO. AGORA

PODEREMOS MOSTRAR UM

SERVIÇO AINDA MELHOR

A presidente do TJAM teve um encontro com Rodrigo Janot, procurador-geral da República, durante inauguração do prédio anexo da PR/AM

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DESTRUIÇÃO DE ARMAMENTOTJAM E EXÉRCITO DESTROEM 342 ARMAS

O Tribunal de Justi-ça do Amazonas (TJAM) acompanhou a destruição de 342

armas participantes de proces-sos arquivados ou já baixados, na manhã do dia 14 de novembro. Foi a segunda vez, somente em 2014, que as peças foram enca-minhadas para o 12º Batalhão de Suprimentos do Exército – com quem o TJAM tem parceria –, no quilômetro 53 da AM-010, onde passaram pelo procedimento exi-gido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Segundo Anderson Cabo Ver-de, da Divisão de Depósito Pú-blico, das 342 peças, 300 foram armas e 42 partes de equipamen-tos, como coronhas, canos de es-pingardas, entre outros.

“Geralmente essas armas já

estão sob a guarda do tribunal por muito tempo e precisam ser des-truídas. Aliás, segundo a resolução do CNJ, após 180 dias as peças devem ser descartadas”, explica.

Cabo Verde afirmou que o TJAM trabalha com a destruição de armas desde 2011, mas o Exército já realiza esse procedi-mento há muito tempo. “Além do tribunal, a Polícia Militar, a Federal e outras instituições já trabalham com a destruição desses objetos, fazendo com que a sociedade não tenha acesso a revólveres e outros tipos de armamento apre-endidos em inquéritos”.

PASSO A PASSOO procedimento é realizado a

cada dois meses com data mar-cada pelo próprio Exército, que acompanha todo o translado até

o 12º Batalhão de Suprimentos. “Em seguida, é realizada a

destruição manual do armamento selecionado. As peças são en-caminhadas para uma máquina que as amassa e tritura. Somente após isso é que eles são expostos ao efeito de combustão, cuja fun-ção é derretê-las e transformá-las em uma placa de metal”, explica Cabo Verde. .

Vale ressaltar que, de acordo com a resolução do CNJ, “as ar-mas de fogo e munições já depo-sitadas em juízo, como objeto de processo-crime em andamento, fase de execução penal ou ar-quivados, deverão, no prazo de 180 dias, ser encaminhadas ao Comando do Exército para os de-vidos fins, salvo se sua manuten-ção for justificada por despacho fundamentado”.

As armas apreendidas em inquéritos foram destruídas no 12º Batalhão de Suprimentos do Exérciro, localizado na AM-010

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NANCY ANDRIGHIFAZ OPÇÃO PELO AMAZONAS

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“ O TRABALHO

DESENVOLVIDO PELOS JUIZADOS

ESPECIAIS É OBRA CENTRAL DA VIDA PROFISSIONAL DA

MINISTRA. TEM COMO BANDEIRA A

PACIFICAÇÃO SOCIAL

A corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, lan-çou, no dia 25 de fe-

vereiro, no Palácio do Governo, o Programa Nacional de Governan-ça Diferenciada das Execuções Fiscais, que tem por objetivo res-gatar a Dívida Ativa do Estado que chega a R$ 2 bilhões. A dívida da Prefeitura de Manaus ultrapassa o mesmo montante. O Amazonas foi o primeiro estado escolhido para implantar o projeto piloto.

Para apresentar o programa e estabelecer a parceria, a minis-tra Nancy Andrighi manteve uma longa reunião com o governa-dor José Melo, que contou com a participação da presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargadora Graça Figueiredo. A corregedora tam-bém esteve na Prefeitura de Ma-naus, onde confirmou a adesão do prefeito Arthur Virgílio ao pro-grama.

Também participaram dos dois encontros o desembarga-dor Cláudio Roessing, represen-tante do CNJ na Região Norte, e os juízes auxiliares da Correge-doria, Osvaldo Marcolino e Cé-sar Bandiera.

O principal objetivo da Corre-gedoria ao lançar o programa é unir esforços dos três poderes e, assim, solucionar a questão. Para coordenar o projeto, a ministra Nancy convidou a juíza titular da Vara de Execução Fiscal do Dis-trito Federal, Soníria Rocha Cam-pos D’Assunção, hoje juíza auxi-liar da Corregedoria, que realizou

um treinamento com os juízes da região Norte, no TJAM.

CEM MILHÕES DE AÇÕESNo fim da reunião com José

Melo, a ministra Andrighi conce-deu uma entrevista coletiva aos jornalistas de Manaus, quando ex-plicou passo a passo o Programa Nacional de Governança Diferen-ciada das Execuções Fiscais.

Aos jornalistas, a Corregedo-ra disse que sua visita ao Estado do Amazonas e, especificamente ao governador e a presidente do TJAM, é para que a Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ) institua um programa de Governança Dife-renciada para as Varas de Execu-ções Fiscais.

“Hoje, a Vara de Execução Fis-cal, no Distrito Federal, tem 350 mil ações em andamento. O débito

que hoje nós temos é imenso com relação aos tributos e fica absolu-tamente impossível administrar, no caso dos juízes, um acervo de 350 mil processos”.

Nancy Andrighi explicou que o CNJ, por meio da Corregedoria Nacional, procurou fazer um estu-do de como administrar essa vara e fazer o recolhimento desses tri-butos que acabam prescrevendo, sem vir para os cofres públicos.

“Isso causa várias consequ-ências. O cidadão fica com seu nome pendente, com a vida im-possibilitada de manter negócios, de ter a sua ficha limpa e sua cer-tidão negativa. As empresas ficam impedidas de negociar, o Estado fica sem crédito e o Judiciário fica com grande saldo de processos. Esse número de 100 milhões de ações que tanto se fala todo dia no CNJ, 52 % deles são execuções fiscais”.

Diante do levantamento, o Conselho desenvolveu, juntamen-te com os juízes, esse trabalho que é em conjunto – governador, secretário e funcionários da Fazen-da e mais juiz da Vara –, um mode-lo de gestão na qual chamamos os devedores para uma negociação.

A divisão é feita por dívidas de pessoas físicas e jurídicas e, den-tro delas, criou-se três escalona-mentos: os grandes devedores, os médios e os pequenos devedores.

“Para mostrar como isso funcionar, houve mutirão no período de 18 a 23 de março, em Brasília, no Centro de Convenções, com 150 funcionários do Judiciário e da Fazenda, atendendo os

O prefeito de Manaus, Arthur Neto também recebeu a corregedora nacional de Justiça

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cidadãos e pessoas jurídicas que quiseram saldar suas dívidas”, adiantou a ministra, informando que o Judiciário contará com a toda a estrutura da Secretaria da Fazenda para fazer os cálculos na hora e efetuar o pagamento à vista ou parcelado.

“Feita a negociação, o juiz está lá para homologar e é entregue, na hora, uma certidão negativa de dé-bitos logo terminada a negociação”.

PROJETO EM 60 DIASO governador José Melo ga-

rantiu à ministra Nancy Andrighi que o estado vai disponibilizar todo o aparato que for necessá-rio para que o Judiciário possa executar o Programa Nacional de Governança Diferenciada das Exe-cuções Fiscais, que poderá render ao Estado parte da dívida ativa de R$ 2 bilhões.

Durante a entrevista coletiva da Corregedora Nacional, o go-vernador José Melo fez algumas intervenções para explicar a im-portância do programa para o seu governo.

“Estamos tentando reestrutu-rar o estado para enfrentar essa crise econômica de 2015 que se aproxima, e aí vem o CNJ, um ór-gão diferenciado, trazendo essa verdadeira benção, que poderá nos ajudar financeiramente. Uma dívida que não havia perspectiva de se receber”, avaliou Melo.

O governador discutiu com a ministra Nancy Andrighi e com a presidente do TJAM, desembar-gadora Graça Figueiredo, todos os passos do programa, com defini-ção de etapas a serem seguidas em cada estado.

“Agora vou tratar de criar me-canismos fiscais para dar, às par-tes, a condição de negociação. Exemplo: se eu tenho uma dívida que é de R$ 1 milhão. Nessa dí-vida, tenho juros, correções e etc. Somente o Estado, pode dizer que vai abrir mão disso e daquilo outro, sem precisar de lei”.

Melo adiantou que estipu-lou um prazo de, no máximo, 60 dias para que o programa já esteja funcionando no Centro de Convenções. O governador disse que parte dessa arrecadação vai para os poderes, compartilhando com o Ministério Público, Assem-bleia Legislativa, Tribunal de Jus-tiça e Tribunal de Contas.

“A parte que vier do Estado vai para os nossos programas prioritários do governo, de me-

lhoria do nossos serviços como educação e saúde, por exem-plo”, destacou.

PRESIDENTE AGRADECE MINISTRA“Queremos, com esse projeto,

dar baixa nesse acervo de proces-sos que, segundo a ‘Justiça Em Nú-meros’, revela que 52% dos proces-sos do nosso acervo do Amazonas, são da dívida ativa e não de proces-sos que estão em andamento”.

Esta foi a avaliação da presi-dente do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo, sobre o Progra-ma Nacional de Governança Dife-renciada das Execuções Fiscais, apresentado no dia 25 de feverei-ro, pela corregedora nacional de justiça, ministra Nancy Andrighi.

A desembargadora fez uso da palavra, após a coletiva da corre-gedora, para agradecer, em nome do Tribunal de Justiça, a presença

A presidente do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo com a ministra Nancy Andrighi

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da ministra no Amazonas. “Tal ação muito nos honra. A se-

nhora fazer do Amazonas o estado piloto do programa de governança para a redução de cobrança dos tri-butos fiscais, muito nos enobrece”.

“Gostaria de agradecer tam-bém a parceria com o governador, que tanto se empenhou para co-laborar com o projeto. Sabemos que esta ação será um êxito, prin-cipalmente pelo treinamento que já está sendo realizado pela juíza auxiliar do CNJ aos juízes do Es-tado”, disse a presidente.

A ministra Nancy Andrighi adiantou que vai percorrer todos os Estados do país com esse programa, conversando com os governadores e seus colegas pre-sidentes dos tribunais, porque é “uma atividade conjunta”.

“Convidando o legislativo, po-deremos criar incentivos para que o cidadão faça seu pagamento,

dando isenção ou algum benefí-cio”, avaliou a ministra.

Graça respondeu que o tra-balho que a corregedora nacional vem fazendo é de grande valia.

“Com ele, baixaremos esses números e faremos com que o contribuinte tenha acesso sem muita formalidade à Justiça, dan-do uma resposta ao cidadão que busca se legalizar perante o Esta do”, considerou Graça Figueiredo.

REUNIÃO COM OS JUÍZESA corregedora participou, ain-

da, de um encontro com cerca de 40 juízes do Tribunal de Justi-ça do Amazonas (TJAM), Amapá, Roraima, Rondônia, Pará e Acre. A reunião aconteceu no Auditó-rio Desembargador Artur Virgílio, no Centro Administrativo Desem-bargador José Jesus de Ferreira Lopes, prédio anexo à sede do TJAM. A corregedora, que atua

também como ministra do Supe-rior Tribunal de Justiça (STJ), apre-sentou o seu plano de trabalho na Corregedoria e conversou rapida-mente com os magistrados.

Antes de começar o encontro, uma solenidade marcou a entrega da Medalha do Mérito Judiciário à corregedora. A presidente do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo, ressaltou o trabalho de Nancy Andrighi pelo Judiciário brasileiro, em especial aos Juiza-dos Especiais.

“Destaco o Programa Redes-cobrindo os Juizados Especiais, que foi lançado em Minas Gerais. O trabalho desenvolvido pelos Juizados Especiais é obra central da vida profissional da ministra. Tem como bandeira a pacificação social. Que ela receba nossa ho-menagem como grande jurista que é, mulher de reconhecido valor, grande brasileira e uma autêntica

Durante coletiva de imprensa, na sede do Governo do Amazonas, a presidente agradeceu a iniciativa de usar do Estado como piloto para programa de execuções fiscais

A corregedora nacional, ministra Nancy Andrighi em discurso de agradecimento pela Medalha do Mérito Judiciário

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senhora da Justiça”, exaltou a de-sembargadora-presidente.

Também estiveram presentes à cerimônia o vice-presidente do TJAM, desembargador Aristóte-les Thury, o corregedor do TJAM, desembargador Flávio Pascarelli, a presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargadora Socorro Guedes, e os desembar-gadores João Simões, Paulo Lima, Mauro Bessa, Cláudio Roessing e Sabino Marques.

Nancy Andrighi agradeceu à entrega da medalha e diz ter se sentido honrada com a homena-gem. “Quero agradecer ao Tribunal de Justiça do Amazonas pela ou-torga da medalha. Esta não é só mais uma medalha. Esta é a me-dalha que vou guardar num lugar muito especial no meu coração. Meu atual desempenho é uma das funções mais antipáticas que se pode desempenhar na magistratu-ra. Muito significativo você ocupar o lugar que eu estou e ainda receber uma medalha”, disse, agradecida.

No encontro com os magis-trados, a ministra Nancy Andrighi apresentou como será seu traba-lho como corregedora nacional da Justiça. Ela tomou posse no cargo em agosto do ano passado.

“Já fui juíza no Rio Grande do Sul e sei como é estar distante do centro do poder, dos tribunais su-periores. Meu modo de ser diante da Corregedoria Nacional é bas-tante diferenciado daqueles que me antecederam”, assegurou.

“Meu papel é, antes de punir, saber em que condições traba-lha o magistrado. Tenho muita restrição acerca das metas que a Corregedoria Nacional impõe, tra-çando um risco de igualdade neste país tão diferente, com tantas re-alidades. Não vou deixar de lutar para que as regras relativas às es-tatísticas que nos são apresenta-das devam ser analisadas mais de acordo com a realidade do local”, completou.

Nancy Andrighi reforçou, ain-da, o pedido pela celeridade judi-cial. “Gostaria de convidar os ma-gistrados para levar a bandeira de que os juízes brasileiros podem re-verter o quadro de 100 milhões de ações. Não é baixar o acervo de qualquer maneira. Mas temos que ser bons juízes e administrar isso da melhor maneira possível. Tenho que exigir dos presidentes dos tri-bunais que os juízes dos Juizados tenham pelo menos três juízes lei-gos, senão não vamos liberar as

pautas nunca”, analisou.Antes do fim do encontro, a

corregedora nacional fez um pedi-do aos juízes: que mantenham o contato. “Me peçam o que for ne-cessário, mas me deem ideias no-vas, modernas, com o princípio da simplicidade e da informalidade. Todos podem dar uma contribui-ção, sabemos o que dá certo e o

que não dá certo. Vamos manter o idealismo, coragem, a determina-ção. Um dia as coisas acontecem. Nosso trabalho é buscar a justiça. Estamos sendo alvos de críticas há muito tempo, acho que agora é a hora da virada”, finalizou.

SOLUÇÕES Com a iniciativa que visa so-

lucionar o congestionamento de ações relacionadas a dívidas fis-cais, a juíza auxiliar da Correge-doria Nacional de Justiça (CNJ), Soníria D’Assunção, apresentou aos magistrados da região Norte o “Programa Nacional de Governan-ça Diferenciada das Execuções Fiscais”.

Realizado na manhã do dia 25 de fevereiro, no auditório Desem-bargador Paulo Mendes, no Cen-tro Administrativo Desembargador José de Jesus Ferreira Lopes, prédio anexo à sede do TJAM, no Aleixo, o encontro trouxe à Manaus juízes que atuam nas Varas Fiscais da Capital – Acre, Rondônia, Ro-raima, Amapá, Pará e Amazonas.

A juíza Soníria D’Assunção, co-ordenadora do projeto, explica que o programa avança em três fren-

A juíza auxiliar da Corregedoria Nacional de Justiça, Soníria D’Assunção ministrou treinamento para os juízes da Região Norte sobre o programa de governança

PROMOVEMOS O PROGRAMA

NO SENTIDO DE COLABORAR PARA

QUE OS JUÍZES FAÇAM UMA GESTÃO

ESTRATÉGICA DOS PROCESSOS

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tes: o cidadão e empresas, com a oportunidade de saldar dívidas, regularizando sua situação fiscal; o Judiciário, que encontra hoje na execução fiscal um de seus maio-res gargalos, com a redução dos processos; e o Estado, com a re-cuperação do crédito público.

“Este é um programa de au-xílio aos juízes. A execução fiscal enfrenta uma crise no Brasil. Cerca de 50% das ações em curso no judiciário, hoje, são de execução fiscal – o que representa um cré-dito trilionário a ser recuperado”, explica.

Por conta do volume exacer-bado de litígios, acrescenta a Soní-ria D’Assunção, e as dificuldades de gerir o número de processos, a corregedoria do CNJ promove o “programa no sentido de colabo-rar para que os juízes façam uma gestão estratégica dos processos, com classificação e coordenação deles, para que os magistrados

alcancem o fim, que é a recupera-ção do crédito”.

A juíza auxiliar disse, ainda, que esse movimento, com a colabora-ção do Poder Executivo, pode al-

cançar altos índices, a exemplo do que acontece no Distrito Federal. “Lá, temos entre 83% e 87% de acordos, quando trabalhamos em conjunto”, destaca. A juíza explica que, dos mais de 350 mil processos no Distrito Federal, que representam R$ 15 bilhões já julgados, outros R$ 1 bilhão ainda serão ajuizados.

“O programa começa nos es-tados, e a pretensão da ministra Nancy Andrighi é estender para a Justiça Federal também. Na justiça estadual, estamos iniciando pelas capitais com as dívidas de tribu-tos municipais e estaduais”, relata Soníria D’Assunção, observando, ainda, a vontade de mudar a forma de como as dívidas são tratadas.

“Fazemos grandes mutirões de conciliação, mas também que-remos fomentar uma mudança de mentalidade em relação ao trata-mento da dívida nas varas, para que isso se torne permanente nas varas de execução fiscal”, disse.

CONVIDANDO O LEGISLATIVO,

PODEREMOS CRIAR INCENTIVOS PARA

QUE O CIDADÃO FAÇA SEU PAGAMENTO,

DANDO ISENÇÃO OU ALGUM BENEFÍCIO

A ministra Nancy Andrighi e a presidente do TJAM, exortaram o poder legislativo para que mais incentivos sejam criados

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em conjunto, e trabalhar nessa dívida. Não será preciso de uma nova estrutura. Os funcionários que estão no judiciário vão traba-lhar, vão receber um treinamento técnico para essa nova forma de trabalhar. Somente isso. O resto fica tudo como está.

Folha da Justiça – O que já está sendo apresentado para os juízes en-volvidos?

Nancy Andrighi – É uma es-trutura que depende muito do treinamento dos funcionários da Fazenda e do Judiciário. Hoje já estamos fazendo a apresentação do programa, mostrando como ele é dividido e tantas outras questões que envolvem o pro-grama. Acredito que no máximo, em 60 ou 90 dias, já estaremos com ele implantado.

Folha da Justiça – E o que im-pede, atualmente, que esses processos sejam julgados?

Nancy Andrighi – Não, não existe nenhum tipo de impedi-mento. Só é o ritmo normal. A ideia é que depois de estar ju-dicializado, dificilmente, será obtido com facilidade uma nego-ciação. Porque a lei processual brasileira e a lei de execução fis-cal, ela permite ter instrumentos que facilitem a criação de obstá-culos processuais que levam de 8 a 10 anos um julgamento de um processo desse.

Após reunião com o governador José Melo, a ministra do Superior Tribunal de

Justiça (STJ) e corregedora na-cional de Justiça, ministra Nancy Andrighi concedeu coletiva na sede do governo. Durante a en-trevista, ela fez que questão de explicar como funcionará o pro-grama de execuções fiscais, de que forma o cidadão será bene-ficiado, disse que não há impedi-mentos para dar celeridade nes-ses tipos de processos e elogia o Poder Judiciário do Amazonas: “O Amazonas tem apresentado resultados bastante positivos”.

Folha da Justiça – Por que a se-nhora decidiu começar o projeto pelo Amazonas?

Nancy Andrighi – Começamos pelo Estado do Amazonas por ser uma justiça que está cres-cendo, apresentando resultados positivos e já viemos fazer o trei-namento dos juízes envolvidos na ação. Acreditamos que com a ajuda do governador do Es-tado, José Melo; do prefeito de Manaus, Arthur Neto e da presi-dente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembar-gadora Graça Figueiredo, vamos desenvolver uma nova forma de governança diferenciada de exe-cuções fiscais. O TJAM se pron-tificou a ser o primeiro estado a receber o projeto piloto, fora do

Distrito Federal, onde vamos im-plantar esse sistema de negociar as execuções fiscais.

Folha da Justiça – No Amazo-nas, de que forma esse projeto pode beneficiar o cidadão?

Nancy Andrighi – Penso que essa nova forma de governança, de administrar a Vara Municipal de Execução daqui, que tem 300 mil processos, traz três bene-fícios: primeiro para o cidadão que consegue colocar, em dias, a vida dele fiscal. Ele com ne-gociação ou pagamento à vista, recebe imediatamente um cer-tidão negativa que faz com que ele volte a ter seu direito de ci-dadania, sem nenhum obstácu-lo. Segundo, beneficia o Estado, porque ele recebe aquilo que lhe é devido, ajudando o governador e o prefeito a administrar melhor, tendo os recursos necessários. E terceiro, para nós do Poder Judiciário, pois é nosso dever e obrigação fazer uma jurisdição em um prazo razoável.

Folha da Justiça – Em termos de estrutura, como funcionará o progra-ma? Haverá custo?

Nancy Andrighi – Não have-rá custo de forma alguma. Não será preciso construir prédio ou qualquer coisa do tipo. Vamos trabalhar com o que a Justiça e a secretaria de fazenda possuem. É ligar os computadores, todos

‘COMEÇAMOS PELO AMAZONAS POR

SER UMA JUSTIÇA CRESCENTE’, DIZ

MINISTRA

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PRESIDENTE DO TJAM NA PALESTRA DE

CAMPBELL

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A presidente do Tribunal de Justiça do Ama-zonas (TJAM), de-sembargadora Graça

Figueiredo, assistiu, na manhã do dia 2 de março, a palestra do mi-nistro do Superior Tribunal de Jus-tiça, Mauro Campbell Marques, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que marcou a abertura do ano le-tivo da Escola de Contas Públicas (ECP) do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE).

O ministro Campbell abordou o tema “A Lei de Improbidade Admi-nistrativa e os Reflexos no Âmbito dos Tribunais de Contas”. O gover-nador José Melo e o presidente da Assembleia Legislativa do Amazo-nas (Aleam), Josué Neto, também participaram da aula inaugural, que foi aberta pelo presidente do TCE, conselheiro Josué Filho.

Depois da abertura feita por Josué, a palavra foi concedida ao coordenador geral da Escola de Contas, conselheiro Érico Dester-ro, que fez um balanço das ativi-dade da ECP, criada em 2009 com o objetivo de promover ações de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e pa-trimonial do estado, bem como entidades de administração direta e indireta.

Desterro informou que a ECP ofereceu, em 2014, 37 cursos e

certificou 8.071 pessoas de 61 municípios, “superando distâncias e cumprindo a missão pedagógica da corte de contas”.

Os cursos foram ministrados de forma presencial em Manaus, na sede da ECP, e nas dez cida-des-polo — como Parintins e Ita-coatiara, que atraíram os servido-res de municípios próximos —, e também à distância, por meio de transmissão de satélite.

De acordo com o TCE, a meta da Escola de Contas Públicas, em 2015, é capacitar pelo menos 15 mil servidores públicos e jurisdicio-nados em todo Estado, por meio de uma maratona de cursos.

COTADO PARA O STFO Ministro do Superior Tribu-

nal de Justiça, desde 2008, Mau-ro Campbell chegou a ser cotado como o nome mais próximo da vaga aberta por Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal (STF). Campbell tinha como trunfo o apoio dos ministros José Eduardo Cardoso (Justiça) e Eduardo Braga (Minas e Energia), peemedebista e ex-governador do Amazonas

A escolha do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) só foi definida em abril. O Planalto escolheu o jurista Luiz Fachin, um nome com experiência em tribu-nais superiores, e atendeu a uma

reivindicação da magistratura, que clama por reforços para dar cele-ridade ao andamento dos proces-sos, que alcançam a mais alta Cor-te e se avolumam. O substituto de Joaquim Barbosa – desfalque do Supremo desde sua aposentadoria no final de julho de 2014, 10 anos antes de atingir a idade limite – re-cebeu o aval do atual presidente do STF, Ricardo Lewandowski.

Além de Campbell, outros no-mes cogitados foram os dos tam-bém ministros do STJ, Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e Luiz Felipe Salomão. Os três possuem currículos que agradam aos critérios que o Palácio do Planalto tem buscado.

Campbell é especializado em Direito Administrativo e Ambiental, contesta a corrente que defende a redução da competência do STJ e costuma se declarar aberto à apre-sentação de recursos. Luis Felipe Salomão é especialista em Direito Comercial e é considerado, no STJ, um dos ministros que mais buscam novas soluções para velhos pro-blemas. Foi ele quem elaborou e enviou ao Senado o anteprojeto da lei de arbitragem, que admite como legitimamente aceitas soluções ne-gociadas à margem do rito judicial convencional.

Autoridades reunidas minutos antes do início da palestra do ministro do STJ, Mauro Campbell

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CARLOS ZAMITHRECEBE MEDALHA DO MÉRITO JUDICIÁRIO

O juiz titular da 8ª Vara Criminal, Carlos Za-mith, recebeu na manhã do dia 27 de

fevereiro, a Medalha do Mérito Ju-diciário pelos serviços prestados à Justiça do Amazonas. A outor-ga da medalha foi realizada na presidência do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), tendo em vista que o magistrado não pode estar presente na solenidade rea-lizada em dezembro de 2014.

A presidente do TJAM, de-sembargadora Graça Figueiredo,

ao laurear Zamith com a medalha, fez questão de ressaltar o seu de-sempenho à frente das varas pe-las quais ele responde. “Esse é o reconhecimento do seu trabalho. Estou muito feliz de poder lhe en-tregar tal honraria. Que você con-tinue desempenhando suas fun-ções com honradez”, disse.

Para Zamith, este é um momen-to muito importante em sua carreira. “Sinto que o meu trabalho foi reco-nhecido por essa honraria. É um estímulo para que eu continue de-sempenhando o meu papel. São 20

anos de tribunal e espero continuar exercendo a minha função com zelo e afinco. O reconhecimento é sem-pre bom e estimulante”, declarou.

Ele lembrou, ainda, dos ensi-namentos de seu pai e dedicou a medalha a ele. “Meu pai faleceu há 2 anos e eu sinto que nunca tive a oportunidade de agradecer como ele merecia ser agradeci-do, pelo legado que ele me dei-xou. Recebendo essa medalha, gostaria imensamente que ele estive presente para dedicá-la a ele”, finalizou.

A autorga da medalha ao magistrado foi feita no gabinete da presidente do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo

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GRAÇA FIGUEIREDO ABRE O

ANO JUDICIÁRIO DE 2015

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sué Filho, presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazo-nas; vereador Hiram Nicolau, 1º vice-presidente representante do Presidente da Câmara Municipal Manaus; a procuradora-chefe da República no Amazonas, Tatiana Dornelles; Fabíola Bessa Lima, procuradora-chefe substituta do Ministério Público do Trabalho da 11ª Região; o presidente da OAB-AM, Marco Aurélio Choy; e o presidente da Associação dos Magistrados do Amazonas, Ludi-milson de Sá Nogueira.

O discurso de Graça Figuei-redo fez uma avaliação do atual momento por que passa o Poder Judiciário, enumerou as obras, decisões, programas e cortes para reduzir gasto realizados em seus seis meses de mandato.

Para a presidente, o judiciá-rio vem passando por grandes transformações na funcionalida-de de seus trabalhos, mas essa prestação de contas se faz ne-cessária, “porque temos consci-ência de que várias instituições brasileiras passam, hoje, por um processo de descrença da popu-lação”.

“Por isso, a palavra de ordem tem que ser a transparência dos atos da administração. Somos muitas vezes, alvos de críticas. É claro que algumas são necessá-rias, daí precisando de revisão. A

tiça do Amazonas, mas também do que estabelecemos como metas para o ano judiciário de 2015”, anunciou Graça.

A desembargadora também descerrou uma placa comemo-rativa para registrar a data, em companhia do vice-presidente do TJAM, desembargador Aris-tóteles Thury e do corregedor-geral de Justiça, desembargador Flávio Pascarelli.

Compuseram a mesa, ainda, o deputado estadual Bi Garcia, 3º vice-presidente da Assem-bleia Legislativa do Amazonas; a desembargadora presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AM), Maria do Perpétuo Socorro Guedes Moura; o conselheiro Jo-

O Tribunal de Justi-ça do Amazonas (TJAM) viveu, no dia 10 de fevereiro, um

dia histórico. Ao longo de seus 124 anos, realizou pela primeira vez, a Abertura do Ano Judici-ário. A solenidade contou com a presença do governador em exercício, Henrique Oliveira e do prefeito Arthur Virgílio Neto. Em seu discurso, a presidente do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo, citou que a tradição ocorre há alguns anos em outras cortes do país.

“A história registra que a ses-são solene de instalação do ano judiciário foi instituída pelo minis-tro Pedro Chaves, quando Presi-dente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), no ano de 1961”.

Graça também lembrou que a Sessão Solene de abertura do Ano Judiciário no STJ foi con-cebida há mais de 10 anos pelo então presidente da corte, minis-tro Maurício Corrêa, e tornou-se uma tradição que se renova a cada ano.

“Estamos nos associando a esta tradição por acreditar que precisamos prestar contas de nossos atos à sociedade ama-zonense. Não só daquilo que foi feito nesses seis meses em que estou à frente do Tribunal de Jus-

Autoridades prestigiaram a primeira solenidade de abertura do Ano Judiciário realizada pelo Tribunal de Justiça do Amazonas

“SOMOS ALVOS DE CRÍTICAS, MAS A

PALAVRA DE ORDEM TEM QUE SER A

TRANSPARÊNCIA DOS ATOS DA

ADMINISTRAÇÃO

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justiça brasileira, como qualquer outra atividade institucional, é um processo contínuo, nunca alcan-çado plenamente. Como disse o desembargador paulista Guilher-me Gonçalves Strenger, ‘os de-safios são constantes e a socie-dade está mudando mais rápido do que nunca’”.

O maior desafio do Judiciário, de acordo com a desembarga-dora, será combater a demora na prestação jurisdicional. Segundo o relatório “Justiça em Números”, isso ocorre com todos os tribu-nais de justiça do país, “conse-quência de dificuldades que se arrastam há décadas”.

“De modo que a meta a ser atingida pelo CNJ para os próxi-mos anos é a desjudicialização, com ênfase na conciliação para a solução dos conflitos menos complexos, deixando somente as causas mais complexas de cognição exauriente para apre-ciação do Judiciário”, analisou.

O balanço do relatório “Justi-ça em Números”, destacado pela desembargadora, aponta que o

Brasil tinha em 2014, cerca de 95,15 milhões de processos em andamento, principalmente na esfera estadual e que as despe-sas com a justiça somaram R$ 61,6 bilhões.

“Deste modo, precisamos de-senvolver mecanismos para que a Justiça de todo o Brasil tenha uma evolução menos desumana que a atual. Estamos diante de uma luta sem tréguas, mas con-fio plenamente na magistratura do meu país, que está empenha-da em buscar o que for melhor para sociedade e para a presta-ção jurisdicional, anseio constan-te do povo.

CONCURSOA presidente enumerou tam-

bém os novos concursos pú-blicos que irá realizar em 2015, assim como a reforma e recons-trução de fóruns em comarcas dos municípios de Parintins, Humaitá, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, Boca do Acre, Careiro, Barreirinha, São Sebas-tião do Uatumã, Lábrea, Guajará,

Borba e Manicoré.O TJAM vai realizar, ainda,

no primeiro semestre de 2015, o concurso público para assistente judiciário (nível médio) e auxiliar judiciário (fundamental) para a 7ª região do rio Negro/Solimões, que abrange as cidades de Ana-mã, Autazes, Anori, Beruri, Ca-apiranga, Careiro, Careiro da Vár-zea, Coari, Codajás, Manaquiri e Novo Airão.

No segundo semestre, a pre-sidência realizará concurso na 8ª região para estágio de nível mé-dio nas Comarcas de Itacoatiara, Itapiranga, Maués, Nova Olinda do Norte, Presidente Figueiredo, Silves e Urucurituba.

Outro concurso previsto para este ano, é o que vai selecionar juízes leigos para auxiliar os Jui-zados Especiais. Serão 30 vagas para lotação nas varas da capital, a partir de março. Já o concur-so público para o cargo de Juiz substituto deve oferecer mais ou menos 25 vagas, com o intuito de formar um cadastro reserva.

O corregedor-geral de Justiça do Amazonas, desembargador Flávio Pascarelli; a presidente do do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo e o vice-presidente do TJAM, desembargador Aristóteles Thury

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TJAM NA SEMANA DA

MULHER

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“Estamos fazendo um apelo para que a Lei Maria da Pe-nha não precise ser

exercida todos os dias. Queremos que os homens sejam companhei-ros de suas mulheres e não agres-sores”. Com essa declaração, a presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembar-gadora Graça Figueiredo, iniciou os trabalhos voltados à campanha “Justiça Pela Paz Em Casa”, na manhã do dia 9 de março, na sede do TJAM. O objetivo é dar maior celeridade aos processos envol-vendo agressões contra as mulhe-res e palestras educacionais.

A desembargadora-presidente revelou que o tribunal promoveu uma intensa programação. “Quere-mos enfatizar e mostrar para toda a sociedade que a mulher precisa ser respeitada, que ela é inteligente e que é ponto fundamental na for-mação da família. Demos priorida-de, ao longo da semana, nos pro-cessos que envolvem agressões contra as mulheres e que estão tramitando nas duas varas da Maria da Penha e nos tribunais do júri. E, para todas aquelas que foram agre-didas, saibam que o TJAM está de braços abertos para acolhê-las”, afirma.

Além da celeridade nos proces-sos, a presidente Graça Figueiredo destacou a realização de palestras de conscientização tanto na capi-tal quanto no interior do Estado. “Nossos juízes estão envolvidos com a campanha e, desde já, dei-xo o convite não apenas para as mulheres, mas também aos seus companheiros que desejam parti-cipar deste momento. Queremos que todos conheçam mais de perto os direitos das mulheres. Recente-mente, fizemos um trabalho de re-cuperação de 20 agressores. Isso para nós é algo bastante significati-vo”, comenta.

Apesar da violência estar dimi-nuindo, os números ainda são alar-mantes. “Ainda é um ponto de afli-ção para o tribunal de justiça, tendo em vista que por plantão são pedi-das 80 medidas protetivas, o que mostra que as agressões contra as mulheres ainda é algo bastante comum e do cotidiano. É a nossa missão reduzirmos esse número o mais rápido possível”, informou.

Antes de finalizar, a presidente lembrou da assinatura da lei que tipifica feminicídio. “Recebi o con-vite da ministra Carmén Lúcia para estar presente neste momento, em

Brasília, porém, declinei para parti-cipar do ato de conscientização no Amazonas. O convite se estendeu por todos TJs do Brasil, que pos-suem presidentes mulheres. A par-tir de agora, todo crime doméstico praticado contra as mulheres assu-me caráter hediondo”.

JUSTIÇA ITINERANTEO programa “Justiça Itineran-

te” teve todas suas pautas, entre os dias 9 e 13 de março, voltadas para as mulheres. A ação fez par-te da comemoração ao Dia Inter-nacional da Mulher – no dia 8 de março. Segundo o juiz Alexandre Novaes, responsável por cuidar do projeto, foram pautados 54 proces-sos. “Atendemos exclusivamente ações de interesse da mulher. So-bretudo aquelas de natureza da área de família como ação de ali-mentos, reconhecimento voluntário de paternidade, divórcio, entre ou-tros”, diz.

O magistrado explica que o primeiro passo é procurar o ônibus da “Justiça Itinerante” portando do-cumentos necessários para o ajui-zamento das reclamações. Dentre eles estão carteira de identidade, documentos dos filhos (se for mãe) e comprovante de residência. “Em caso de divórcio, é necessário que a mulher compareça em compa-nhia do ainda marido, para que fique caracterizado um divórcio de natureza consensual. Se houver bens, ela deverá comparecer com os documentos (original e cópia)”.

Entre as ações mais comuns nesse período estão as que envol-vem pensão de alimentos e divór-cios. Porém, as separações pos-

suem uma demanda bem maior do que as pensões. O juiz justifica que, muitas vezes, a mulher já possui um novo relacionamento, mas ain-da não se desvinculou formalmente do anterior.

“E isso acontece mais por falta de informação. Quando a ‘Justiça Itinerante’ vai a um desses lugares, observamos que muitas mulheres nos procuram para formalizar uma situação que já está consolidada com o tempo”, comenta.

Após o ajuizamento, é bom res-saltar que nem sempre a audiência é realizada na mesma hora. “Isso porque contamos com uma gran-de pauta. Mas no caso específico de divórcio, estamos pautando em um prazo de no máximo dois dias. Ou seja, se a mulher nos procurar na segunda-feira, por exemplo, na quarta-feira já conseguiremos rea-lizar a audiência”, adianta.

Apesar de não ser o foco do projeto, a violência contra a mulher também tem seu espaço. Novaes afirma que toda mulher é titular de direitos que não podem ser viola-dos por quem quer que seja. “Se a agressão for além do que pode ser tolerada e violência alguma pode ser tolerada, o local está de portas abertas. Essa violência tem que ser denunciada. Embora não seja nossa área de atuação, podemos prestar todos os esclarecimentos”, finaliza.

Neste ano, quando o programa estave no Viver Melhor, foram rea-lizadas 144 audiências e um total de 288 atendimentos, números considerados expressivos pelo juiz Alexandre Novaes. Após a Sema-na da Mulher, o ônibus foi para a praça Heliodoro Balbi (antiga Praça da Polícia).

A presidente-desembargadora participou da abertura da campanha realizada em todo o país pelos tribunais de justiça

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Após a realização da solenidade de Aber-tura do Ano Judiciário 2015, que aconteceu

na manhã do dia 10 de fevereiro, na sede do Poder Judiciário, a presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desem-bargadora Graça Figueiredo, deu detalhes sobre os concursos que sua gestão irá realizar na 7ª Re-gião (rios Negro/Solimões), a se-leção pública nas 1ª, 8ª e 9ª sub-regiões e as obras que deverão iniciar até o final de fevereiro.

Folha da Justiça – Como serão realizados os concursos para o interior do Estado?

Graça Figueiredo – Os concur-sos realizados para interior acon-tecerão no interior. As pessoas precisam saber que vão prestar concurso para morar no municí-pio e servir o judiciário daquela comarca. Não irão vir para capital. Não haverá essa promoção.

Folha da Justiça – Foi feito algum estudo para que pudessem ser realiza-dos esses certames?

Graça Figueiredo – Assinamos um convênio com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), no qual vamos realizar seleções pú-blicas onde não exista faculdade. O edital já foi publicado e cada aprovado receberá uma bolsa de R$ 300, mais R$ 100 de auxílio transporte. Ao todo serão disponi-bilizadas 28 vagas que ajudarão no andamento das comarcas.

Folha da Justiça – As obras que a se-nhora anunciou já possuem data para iniciar?

Graça Figueiredo – Sim. Assim que a licitação ficar pronta, nós devemos iniciar essas obras.

Folha da Justiça – O fundo de re-aparelhamento vai ser o responsável por custear essas obras?

Graça Figueiredo – Esta é a fi-nalidade das custas e depósitos judicias. Eles tem a finalidade de reaparelhar o judiciário na forma de construção de fóruns e reali-zação de reformas. O que não pode ser feito é pagar servidores e serventuários. Eles são pagos somente com o duodécimo.

Graça Figueiredo – Todas as ve-zes que vamos instituir uma des-pesa, nós consultamos primeiro o setor de finanças. Somente por lá podemos colocar no edital o nú-mero de vagas que poderão ser concebidas, quantos posso cha-mar para cada cargo... Porque não adianta fazer um concurso e deixar as pessoas em um banco. Todo mundo que faz concurso quer ser nomeado. Então, tenho esse aval do setor financeiro do TJAM.

Folha da Justiça – Quais serão es-ses concursos?

Graça Figueiredo – Vamos abrir um edital para assistente judiciá-rio (nível médio) e auxiliar judiciário (nível fundamental). No primeiro caso, serão 11 vagas, no qual o salário será de R$ 3.678,39 mais R$ 1.276,65 de auxílio alimenta-ção e R$ 279, 57 de auxílio saúde. No segundo caso, serão 14 vagas com salário de R$ 1.925,20 e os outros benefícios citados. Ambos para o interior do Estado.

Folha da Justiça – E no caso da seleção pública?

‘A IDEIA É REFORÇAR AS COMARCAS DO INTERIOR’, DIZ PRESIDENTE

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TJAM E DEFENSORIA REALIZAM ABERTURA ANUAL DO

PROGRAMA REEDUCAREm parceria com a De-

fensoria Pública do Estado, o Tribunal de Justiça do Amazonas

(TJAM) realizou, na manhã do dia 9 de fevereiro, a abertura anual do Programa Reeducar. Criado em 2009, o projeto desenvolvido com parceiros na sociedade civil mobi-liza profissionais como defensores públicos, juízes, assistentes so-ciais, psicólogos e voluntários para promover a reinserção social de jovens que passaram pelo sistema prisional.

Cerca de 6 mil jovens já foram beneficiados com o programa em 5 anos. Somente em 2014, o pro-jeto realizou 2.162 atendimentos incluindo orientações, palestras e cursos profissionalizantes, que contribuem para formação pesso-al e reintegração dessas pessoas no mercado de trabalho e à socie-dade.

Participaram da solenidade no Fórum Henoch Reis, em Manaus, o desembargador Sabino Mar-ques, presidente do Grupo de Mo-nitoramento Carcerário; a juíza de Direito, Eulinete Tribuzy, coordena-dora do Reeducar, o defensor pú-

blico Miguel Tinoco, entre outras autoridades.

“O Monitoramento Carcerário abriga os subgrupos Começar de Novo, o Reeducar e o Crack nem Pensar, além do Núcleo de Ad-vocacia Voluntária. Os resultados têm sido satisfatórios. Buscamos dar encaminhamento, cursos pro-fissionalizantes, tudo que possa vir a substituir a alegação de que não há oportunidades. Estamos reabrin-do mais uma etapa, esperando que o decorrer de 2015 seja tão produti-vo quanto os demais anos”, afirmou o desembargador Sabino Marques.

Para a juíza Eulinete Tribuzy, a diminuição da reincidência tem ob-tido êxito. “Estamos colaborando com a diminuição da criminalida-de. A intenção é expandir o projeto para o interior do Amazonas. Te-mos parceria com Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas), Setrab (Secre-taria de Estado do Trabalho), Sine (Sistema Nacional de Emprego), Narcóticos Anônimos, e o Cetam (Centro de Educação Tecnológica do Amazonas), entre outros par-ceiros”, enumerou a magistrada.

Já o defensor público Miguel

Tinoco ressaltou que a ideia do projeto é reduzir o retorno ao cár-cere. “Tentamos mostrar a esses jovens que obtiveram algum be-nefício legal que eles observem os compromissos que eles assumi-ram para obter essa liberdade. O Reeducar estende o braço a essa população. São muitos parceiros que oferecem cursos profissiona-lizantes para que eles possam ter aquilo que é considerado o direito básico fundamental, o direito ao emprego”, analisou o defensor.

Um dos beneficiados pelo Pro-grama Reeducar, Mauro Sérgio, de 29 anos, fez cursos de técnica de refrigeração e também trabalha como empilhador. “Meu advogado me indicou o projeto. No início, não dei muita confiança. Mas depois comecei a participar dos cursos e hoje vejo o que eu me tornei, sem olhar para o passado. O projeto colocou o “querer” dentro de mim. Passei por muitas dificuldades, mas eu consegui”, comemorou.

O cadastro dos assistidos pode ser feito no Departamento de Assistência Social da Defenso-ria Pública localizada a Rua 24 de Maio, 321, Centro de Manaus.

Diretor do Grupo de Monitoramento Carcerário, o desembargador Sabino Marques participa de palestra de resgate da dignidade de ex-cumpridores de pena, realizada com frequência no auditório do Fórum Henoch Reis, localizado no Aleixo

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SERAFIM APRESENTAPACTO DE GOVERNANÇADurante visita de cor-

tesia à presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), de-

sembargadora Graça Figueiredo, o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) apresentou sua proposta de Pacto de Governança defendida no dia 9 de fevereiro, na tribuna da As-sembleia Legislativa do Amazonas.

Depois de ouvir os argumentos do parlamentar e pedir mais infor-mações sobre cada ponto do pro-jeto, Graça Figueiredo disse que o pacto chega em bom momento, pois o Amazonas, como todo o res-to do país, está prestes a viver uma grande crise econômica e “somente estabelecendo o diálogo entre os poderes, onde cada um se com-prometa a fazer a sua parte, pode-remos ultrapassar essas barreiras”.

Ao avaliar a proposta do ex-prefeito e hoje parlamentar, a de-sembargadora disse que o Pacto de Governança veio no momento exato para que os poderes possam conversar e buscar soluções para resolver seus problemas.

“É uma oportunidade para que nós possamos fazer uma integra-ção das nossas angústias, das nossas necessidades e o que po-demos apresentar de melhor para a população”, disse a presidente.

Em tempos de crise, Graça Figueiredo disse que por meio do

pacto proposto por Serafim, onde haverá troca de informações, ava-liação da situação de cada seg-mento da máquina pública e sen-timento de colaboração, será mais fácil de vencer a crise.

“Sim, pois essas questões se-rão debatidas amplamente, e eu acho que haverá um entendimento e uma ação conjunta para que as soluções venham com mais inteli-gência e mais rapidamente”.

O QUE É?Elaborado pelo deputado Se-

rafim Corrêa logo nos primeiros dias de seu mandato, o Pacto de Governança propõe um entendi-mento entre os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas a fim de enfrentar problemas que tornam pesada a máquina administrativa pública do Amazonas.

O pacto faz um raio-x das des-pesas do setor público no estado nos últimos 5 anos e sugere que todos os citados participem de um processo de mudança, com enfrentamento dos problemas e racionalização dos gastos de tal forma que possam gerar recursos a serem aplicados em favor da po-pulação, principalmente, nas áreas da saúde, educação e segurança.

À saída do gabinete da desem-bargadora Graça Figueiredo, Cor-

rêa disse aos jornalistas que teve uma conversa franca sobre a res-ponsabilidade de todos. “Apresen-tei na assembleia uma proposta de um Pacto de Governança e foi em torno disso que nós conversamos. É uma coisa boa para o estado e para a sociedade como um todo”.

O deputado do PSB ava-liou que esse entendimento entre TJAM, governo, ALEAM, MPE, e TCE será fundamental para que “juntos possam encontrar os me-lhores caminhos para solucionar os problemas que o estado vive”.

“Trocamos ideias, conversamos bastante sobre esse tema. Cumpri-mento a desembargadora pela sua administração e pela maneira clara e transparente com que ela vem gerenciando o TJAM”.

Serafim também avaliou como “algo positivo” o impacto que sua proposta causou à sociedade e aos demais poderes envolvidos no pac-to. “Alertei sobre isso na tribuna da assembleia, e agora estou visitando os poderes, conversando para que possamos superar esse primeiro momento. E, em um segundo mo-mento, os cinco responsáveis pela administração maior do estado sentarem à mesa, se entenderem, conversarem e, a partir daí, superar as dificuldades de 2015 e até ficar preparados para as dificuldades de 2016”, analisou o parlamentar.

A desembargadora Graça Figueiredo recebeu do deputado estadual Serafim Corrêa o modelo do pacto de governança criado por ele

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JUSTIÇA ITINERANTEAPRESENTA NÚMEROS DE AUDIÊNCIAS E ACORDOS EM 2014

A Justiça Itinerante fina-lizou o ano de 2014 com excelentes nú-meros. Das 1.216

audiências marcadas no ano pas-sado, 1.154 foram realizadas, re-sultando num total de 1.090 acor-dos sacramentados. Pouco mais de 3 mil pessoas foram atendidas nos 12 meses, movimentando cerca de R$ 1,85 milhão.

A presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargadora Graça Figuei-redo, incentiva o programa, que ajuda, principalmente, a desbu-rocratizar causas de natureza consensual.

“Existe uma demanda reprimi-da, que não é absorvida porque muitas pessoas não têm acesso a advogados. Os serviços são feitos a custo zero, num procedimento rápido, via conciliação. A mobili-

dade que o atendimento itineran-te permite é o sucesso do projeto. A itinerância está na moda, hoje são vários os órgãos públicos que oferecem este tipo de serviço”, explica o juiz Alexandre Novaes, coordenador do projeto.

Na Justiça Itinerante, o ci-dadão poderá ajuizar ações no valor de até 20 salários míni-mos, sem advogado, na área cível (para cobrança de dívidas, indenização por danos materiais e morais, questões de direito do consumidor, entre outras) e ações de natureza consensual na área de família, como pensão alimentícia, divórcio, guarda de filhos e reconhecimento voluntá-rio de paternidade.

As atividades são desenvolvi-das com o auxílio de advogados voluntários, além de servidores do Tribunal.

PROGRAMAÇÃO DE 2015A Justiça Itinerante divulgou a

programação de todo o primeiro semestre de 2015. O objetivo é fazer com que o ônibus seja dis-ponibilizado para cidadãos de toda Manaus.

“Estamos disponibilizando o calendário previamente para que a população possa se organizar, se planejar para que a gente possa garantir um atendimento melhor à população. Estamos contemplan-do praticamente todas as zonas de Manaus, garantindo o acesso da população ao serviço da Justiça Itinerante”, assegurou Novaes.

NOVO NÚMEROUm novo número de telefone foi

disponibilizado para os atendimen-tos da Justiça Itinerante. Agora o contato pode ser feito através do 9 9972-2202.

No programa, o cidadão pode ajuizar ações no valor de até R$ 20 salários mínimos, sem advogado, sendo somente na área cível

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TJAM PLANEJA OBRAS EM FÓRUNS DE

18 MUNICÍPIOS DO INTERIOR

A Divisão de Engenharia do Tribunal de Justiça do Amazonas traçou um plano de obras que

vai contemplar 18 municípios no in-terior do Estado, além de Manaus, entre construção e reforma de fó-runs. A iniciativa foi uma determi-nação da presidente do TJAM, de-sembargadora Graça Figueiredo, como forma de proporcionar aos jurisdicionados, magistrados e ser-vidores as condições necessárias para oferecer uma prestação de serviço célere e de qualidade.

Serão 21 ao todo, divididas entre reformas e construções de pequeno, médio e grande porte. O custo total está estimado em R$ 34,7 milhões. O Tribunal Pleno aprovou o plano de obras, por una-nimidade na última terça-feira (9).

Em Parintins, Humaitá, Ben-jamin Constant, Rio Preto da Eva, Atalaia do Norte, São Sebastião do Uatumã, Lábrea, Guajará, Borba, Manicoré, Tabatinga e Coari serão feitas reformas de pequeno porte nos fóruns. Em Careiro, Barreiri-nha, Boca do Acre e Nhamundá, as reformas serão de médio porte. Em Autazes, será construído um novo fórum com o valor estimado

em R$ 1,2 milhão. Já em Carauari, também será construído um novo, mas avaliado como de grande por-te, com o valor estimado em R$ 1,8 milhão.

“Foi feito um estudo para o planejamento destas obras. Verifi-camos todas as pendências. Mas ainda vamos visitar todas as co-marcas. Se ainda houver neces-sidade de mais alguma reforma, vamos passar para a presidência”, afirmou o diretor de Engenharia do TJAM, Haryson Rombaldi.

OBRAS TAMBÉM EM MANAUSA maior obra será a constru-

ção de um Fórum Cível próximo ao Fórum Henoch Reis, em Ma-naus. Projetado para abrigar 56 varas, o novo prédio terá também espaço para a Defensoria Pública, Ministério Público, Ordem dos Ad-vogados do Brasil (OAB), Conta-doria, Livraria, Caixas Eletrônicos, Auditório com capacidade para 200 pessoas, Sala do Diretor do Fórum, Refeitório para servidores e magistrados, Setor de Certidão, Ambulatório Médico, Espaço Infan-til, Recepção, Correios, Central de Mandados e sala para os oficiais de Justiça.

Ao todo, a obra terá 12 mil me-tros quadrados de área construída, oito andares e um edifício-garagem com 250 vagas de estacionamen-to na área interna e 120 vagas de estacionamento na área externa. A previsão é que a construção seja concluída em 22 meses.

PLANEJAMENTOO planejamento das obras

segue a metodologia definida no Sistema de Priorização de Obras, instituída na Resolução 114/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Das obras previstas, duas se enquadram como de grande porte (têm um valor estimado superior a R$ 1,5 milhão), sete se enquadram como obras de médio porte (têm um valor estimado de até R$ 1,5 milhão), e dez são obras de peque-no porte (com custo de até R$ 150 mil cada uma).

Após a aprovação no Tribunal Pleno, as obras de grande porte deverão ser levadas ao conhe-cimento do CNJ, também para atender a resolução do 114/2010. As licitações devem acontecer no primeiro semestre deste ano.

A presidente do TJAM e o desembargador Sabino Marques conferiram a apresentação dos projetos de reforma

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TJAM REALIZA DESTRUIÇÃO DE

CAÇA-NÍQUEISNa manhã do dia 25

de março, o Depósito Público do Tribunal de Justiça do Amazonas

(TJAM) encaminhou para empresa Amazon Clean, localizada no Distri-to Industrial 2, 42 caça-níqueis que passaram pelo processo de tritura-ção e incineração. “Esta é a primei-ra vez que estamos fazendo esse tipo de trabalho. As peças foram apreendidas de diversas formas. Muitas delas estavam com os jui-zados e foram encaminhados para o depósito”, explica Sidney Level Brito, diretor do depósito.

Por se tratar de uma grande quantidade de peças apreendidas e que ocupam um grande espaço, a destruição era necessária. “A par-tir disso, entramos em contato com

a Amazon Clean que foi bastante solícita. Por se tratar de uma parce-ria, não existe ônus para o TJAM. Houve uma consulta prévia com a Vara do Meio Ambiente para saber a destinação correta do material e, em seguida, o desembargador Sabino Marques, diretor do fórum, assinou a autorização da remessa”, comenta.

Todas as peças fizeram parte de inquéritos policiais e que tor-naram-se processos. “Como é um tipo de material que não retorna para a sociedade ao final do pro-cesso, sempre procuramos ante-cipar a tutela para que possamos nos desfazer dos detritos”.

Roberto Lima, sócio-proprietá-rio da Amazon Clean, afirma que é de extrema importância a retirada

desse tipo de produto das ruas de Manaus. “Esse material é vician-te e acaba prejudicando a nossa população. Já somos parceiros da Polícia Federal e agora estamos fir-mando esse acordo com o TJAM. Estamos à disposição de qualquer órgão ambiental do estadual, muni-cipal e federal, para dar a destina-ção correta desse material”, disse. Vale lembrar que a empresa, recen-temente, incinerou três toneladas de drogas.

As máquinas foram trituradas em uma máquina industrial e, em seguida, incineradas. “As cinzas são incorporadas ao filler que serve para a fabricação de asfalto. Esta-mos participando dessa iniciativa pela primeira vez e é algo gratifican-te”, finaliza.

Pela primeira vez o Tribunal de Justiça do Amazonas realizou a destruição de caça-níqueis no Estado

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COMBATE À CRIMINALIDADECÚPULA DA SEGURANÇA E TJAM SE UNEM PARA COMBATER CRIMES

A explosão no indíce da população carcerá-ria, os excessos co-metidos por policiais

durante a prisão de suspeitos, o lado quase nunca compreendido do policial que arrisca a vida no combate ao crime, a construção de novos presídios e as ações para combater a violência urbana, foram alguns dos assuntos de-batidos no dia 5 de fevereiro, na reunião da presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargadora Graça Figueire-do, com a cúpula da segurança do Amazonas.

Para buscar o apoio do Poder Judiciário para a união de esforço nas ações de combate à criminali-

dade, estiveram no TJAM o secre-tário de Segurança Pública, Sérgio Fontes; coronel comandante-geral da Polícia Militar, Gilberto de An-drade Gouvêa; Louismar de Matos Bonates, secretário de estado da Administração Penitenciária e o delegado-geral da Polícia Civil, Orlando Dário Góis do Amaral. Pelo TJAM também participaram da reunião o desembargador Sa-bino Marques, coordenador do Mutirão Carcerário e a juíza au-xiliar da presidência, Anagali Ber-tazzo, que também é titular da 6ª Vara Criminal.

Depois de agradecer à pre-sença dos secretários de estado e comandante da PM, Graça Figuei-redo passou a palavra ao desem-

bargador Sabino Marques, que leu a pauta sobre os principais pro-blemas que enfrenta nos presídios da capital e do interior. Ele citou como os presídios mais perigosos do estado: os de Parintins (onde, inclusive, já foi registrado rebelião com decapitação de detento), Ma-nacapuru e Tefé. Em relação ao excesso cometido pelos policiais, denunciado por Sabino, o secre-tário Sérgio Fontes disse que a Secretaria de Segurança vai inves-tir na conscientização do policial, mas advertiu que seus homens continuarão usando a força “den-tro da legalidade” para combater a criminalidade.

A presidente do TJAM interviu para dizer que é preciso, sim, con-

Medidas serão adotadas para que a segurança do Estado possa contar com suporte do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM)

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ter os excessos cometido pelos policiais, mas advertiu que, acima disso, está a segurança dos cida-dãos de bem e de toda a socieda-de, “que não pode ficar refém dos criminosos”. Graça Figueiredo tam-bém prometeu mais rigor e uma avaliação mais apurada na liberação de habeas corpus para combater uma prática bastante criticada pela sociedade, “aquela de que a polícia prende e a justiça solta”.

“Não quero intervir em nenhu-ma autoridade de nossos magis-trados, mas vamos conversar com os nossos colegas para pedir mais rigor, principalmente, em relação aos criminosos de alta periculosi-dade”, disse a desembargadora.

CONSTRUÇÃO DE PRESÍDIOSDurante a reunião, o secretá-

rio da Administração Penitenciária, Lousimar Bonates, anunciou que o Governo do Estado já fez contato com o Governo Federal e solicitou apoio para a construção de dez unidades prisionais de grande por-te para servirem de unidades polo

nas calhas dos rios.“Assim como tem o hospital de

referência, nós teríamos uma uni-dade prisional de referência para atender os municípios, de manei-ra que o cidadão apenado possa cumprir a sentença mais próximo de sua residência, sem prejuízo da continuidade do seu processo”.

“O Governo Federal confir-mou esse apoio?” – perguntou o repórter. Bonates respondeu que “refizemos o pedido agora, neste novo orçamento. Esperamos ser atendidos”.

REFORÇOSO Comandante da PM, coronel

Gilberto Gouvêa, adiantou que fo-ram treinados 8 mil homens para trabalhar no Carnaval de Manaus. Após esse treinamento, eles refor-çam o policiamento diário, com a presença mais ostensiva da polícia nas ruas de Manaus.

A presidente do TJAM tam-bém questionou a forma como os detentos são transportados para as audiências no fórum, sem ne-nhuma segurança, principalmente quando descem para serem ouvi-dos. Às vezes ficam até 70 presos em um mesmo ambiente do tri-bunal. O secretário Sérgio Fontes sugeriu que as audiências pode-riam ser feitas através de vídeo-conferência. “Isso não será difícil de conseguir porque o governo tem interesse que passe a ser feito dessa forma, para reduzir o uso de carros, consumo de combustível e dar maior segurança às pessoas que circulam nos fórum, inclusive aos profissionais da Justiça”, fina-lizou.

‘PARCERIA FORTALECE O ÂNIMO’Após reunião com a presidente

do TJAM, desembargadora Graça Figueiredo, e com o desembarga-dor Sabino Marques, presidente do Grupo Permanente de Monito-ramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, Sérgio Fontes, titular da Secretaria de Segurança Públi-ca, afirmou que a parceria com o judiciário é de extrema importância para o andamento da segurança no Estado.

“Viemos pedir apoio da de-sembargadora Graça Figueiredo no sentido de sermos orientados como melhor proceder para aten-der as demandas do judiciário da melhor maneira possível. E, com isso, estabelecer esse canal de integração com o nosso judiciário que, afinal de contas, é um par-ceiro muito importante no sistema criminal do Estado”, declarou.

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Gilberto Gouvêa, que também participou do en-contro, disse que a participação da justiça é fundamental. “É muito bom podermos fazer essa visita, pois nos dá oportunidade para tratarmos de assuntos que são de total importância para a segurança pública. É fundamental que a justi-ça esteja interessada em colabo-rar. Sabemos que a segurança pú-blica se soluciona com um pacto da sociedade e não apenas com a polícia”.

Gouvêa ressaltou, ainda, o interesse da presidente do TJAM em dialogar com a cúpula da se-gurança do Amazonas. “Quando ela nos convida para essa reunião, demonstra que tem interesse em colaborar com a segurança do nosso Estado, fortalecendo as-sim, o nosso ânimo para trabalhar e desempenhar o nosso papel da melhor maneira possível”, destaca.

Já o coronel Louismar Bo-nates, da Secretaria da adminis-tração Penitenciária, encarou a reunião de forma proveitosa e es-clarecedora em vários pontos, que segundo ele, estavam nebulosas na questão prisional.

“Esse encontro é uma de-monstração de que a união vai ser boa para a sociedade, envolvendo a segurança pública, o sistema prisional e o poder judiciário. Nós vamos poder dar uma resposta muito mais eficaz na questão pro-cessual de ressocialização do pre-so, de forma que o sistema prisio-nal não venha a ser um óbice para a segurança do Estado”, finalizou.“ SABEMOS QUE A

SEGURANÇA PÚBLICA SE SOLUCIONA

COM UM PACTO DA SOCIEDADE E NÃO

APENAS COM A POLÍCIA

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TJAM ASSINA

CONVÊNIO COM A UFAMNa manhã do dia 12 de

fevereiro, a presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM),

desembargadora Graça Figueire-do, esteve presente no Polo Avan-çado do Núcleo de Conciliação das Varas da Família, localizado no bairro Alvorada, para assinar con-vênio com Universidade Federal do Amazonas (Ufam), na pessoa da reitora da instituição, professo-ra Márcia Perales. Ainda fizeram parte do encontro, o juiz Gildo Carvalho, coordenador do projeto, e Fred dos Reis Arruda, pró-reitor de extensão e interiorização.

Segundo Gildo Carvalho, o momento é uma prova concre-ta de distribuição de justiça com afeto de maneira simples, eficien-te e eficaz para o TJAM. “Para a universidade, é um rico campo de pesquisa. Conversamos diaria-mente sobre as experiências que atravessamos com as pessoas que têm problemas não econô-micos, mas problemas da alma. E isso nos engrandece muito como seres humanos”, disse.

A presidente do TJAM lembrou que, atualmente, o país possui mais de 94 milhões de processos

tramitando, e que o Conselho Na-cional de Justiça (CNJ) busca a desjudicialização, que somente é possível por meio da conciliação.

“Este centro, além de contri-buir para a pacificação social, traz de imediato a sociedade e aos operadores do direito, a realização de um sonho, que é distribuir jus-tiça sem muita formalidade. Então, para mim, é muito gratificante que o tribunal partilhe com a universi-dade de tão valoroso ato”, decla-rou, agradecendo, inclusive, aos funcionários que ajudam nesse processo.

Carvalho ressaltou a sua feli-cidade em conseguir reunir tanto o TJAM, quanto a Ufam, em um encontro considerado por ele “a realização de um sonho”. “Sem-pre deixo claro que não é uma relação da universidade com o tribunal, mas, é uma relação do poder público com as pessoas que padecem desse apoio so-ciojurídico em relação ao conflito de família”, informou, salientando, ainda, que existem planos futuros para a parceria.

“A desembargadora Graça si-nalizou a necessidade de ampliar essa abordagem de métodos al-

ternativos de resolução de disputa e encontramos na universidade o parceiro ideal, porque temos uma mão de obra qualificada, riquíssi-ma e cheia de boa vontade”.

UFAMPara a reitora da Ufam, profes-

sora Márcia Perales, essa parceria entre as duas instituições é muito importante para o Estado.

“Valorizamos os nossos par-ceiros. Acreditamos que, aquilo que não podemos fazer sozinhos, nós nos juntamos e ficamos mais fortes e asseguramos o que nós somos. Esse é um exemplo de projeto de extensão que é exito-so, com avaliações permanentes”, ressaltou Márcia.

Após assinar o convênio, a presidente do TJAM e a reitora da Ufam puderam conhecer as insta-lações do polo avançado. “É um motivo de orgulho participar disso tudo juntamente com os nossos alunos e professores. É um gran-de marco de uma instituição fe-deral que procura mesclar ensino, pesquisa, extensão e trabalhar na busca permanente da excelência acadêmica com o compromisso social”, finalizou.

O juiz Gildo Alves, juntamente com a presidente do TJAM e a reitora da Universidade Federal do Amazonas, professora Márcia Perales, durante renovação de convênio

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