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10 | internacional Fevereiro 2011 Folha Universal China ultrapassa o Japão e se torna a segunda maior economia do mundo O “gigante adormecido”, como o país era chamado, mostra que está acordando, e de que maneira! A China superou o Japão e se tornou a segunda maior economia mundial. O Produto Interno Bruto (PIB) chi- nês somou mais de R$9,9 trilhões no ano passado, apontando um au- mento de 8,5% no crescimento glo- bal, o suficiente para ultrapassar o Japão, de acordo com a informação do vice-director do comité de fi- nanças e economia da China, Yin Zhongging. Zhongging ainda informou que o Yuan, a moeda chinesa, está passan- do por uma forte pressão de valo- rização e, por isso, o país enfrenta desafios provenientes dos fluxos de capital especulativo. Estima-se que o Produto Interno Bruto chinês tenha crescido mais de 9% no quarto trimestre de 2010, em comparação ao mesmo período de 2009. Em 2010, a economia da China teria crescido 10,1%, superando a alta de 9,2% do ano anterior. Perigo e oportunidade Na visão de David Dollar, di- rector do Banco Mundial para a China e Mongólia, o modelo económico adoptado pelo país, proveniente da abertura de mer- cado há quase 30 anos, já mostra sinais de esgotamento. “O mo- delo de sucesso usado pela China quando ainda era uma economia pequena não funciona mais ago- ra, quando ela é uma das maiores economias do mundo”, afirma o director. Os chineses estão entre os maio- res poupadores do mundo. Eles economizam para garantir a aposen- tadoria, pagar o estudo dos fi- lhos, preparar- se em caso de alguma doença ou situa- ção de emergência. Para manter suas altas taxas de crescimento e ocupar a posição de lí- der da economia mun- dial em alguns anos, a China terá que fazer com que seus cida- dãos poupem menos e con- sumam mais e, C om 845 milhões de falan- tes nativos, o mandarim, língua oficial da China, se expande pelos países ocidentais, que vêem no idioma o substituto do in- glês no mundo dos negócios. Desde a implementação das re- formas de abertura económica em 1978, a economia chinesa não dei- xou de crescer a passos gigantes- cos, duplicando seu Produto Inter- no Bruto (PIB) a cada sete ou oito anos, tirando centenas de cidadãos da pobreza, fortalecendo o sector privado e o turismo e, com isso, expandindo o conhecimento de sua cultura e idioma no exterior. Como se isto não fosse suficiente, as projecções económicas realizadas pelo Escritório Nacional de Pesquisa Económica (NBER, na sigla em in- glês) indicam que o PIB chinês até 2040 vai superar o do resto do mun- do e o mercado chinês crescerá mais que o dos Estados Unidos, União Europeia, Japão e Índia juntos. Levando isso em conta, como não era para menos, os estrangei- ros deixaram de ignorar a pujança do dragão chinês para presenciar uma das histórias mais importantes do desenvolvimento económico de nossos tempos. Com alvos do Oriente Perante esta realidade, os outros países, especialmente os ocidentais, não tiveram outra opção senão bus- car compreender a cultura chinesa e estudar o idioma pelo qual serão fechados os contratos bilionários, se comunicarão os funcionários mais talentosos e será negociada a aber- tura de grandes multinacionais. Este fato já vinha se evidenciando, embora mais por uma questão de segurança nacional, durante a Se- gunda Guerra Mundial, quando o governo dos EUA reconheceu a ne- cessidade urgente de aprender idio- mas estrangeiros menos comuns, tanto no Ensino Médio quanto no Superior. “No final dos anos 80, a Fundação Geraldine Dodge proporcionou bolsas a 60 escolas secundárias para que adop- tassem o mandarim. Com isso, o cená- rio para o ensino deste idioma começou a mudar para o nível educacional pri- mário e secundário”, explica Yu-Lan Lin, diretora do Programa de Idio- mas Estrangeiros, implementado nas escolas públicas de Boston, nos EUA. “Nos últimos anos, a demanda por este idioma cresceu exponencialmente. Mandarim, o idioma dos negócios Este fato se reflecte no mundo dos ne- gócios todos os dias, onde a China vai abrindo mais sedes ou companhias em diferentes países. Por ali, os estran- geiros estão mais interessados não só em aprender o idioma, mas também sua cultura” , comenta Diana Chang, professora de mandarim básico, ra- dicada em Miami (EUA). Fonte: EFE assim, fomentar o mercado interno. Cheng Siwei, presidente da As- sociação Nacional para a Constru- ção Democrática do país, acha que esse é um bom momento para mu- danças: “No idioma chinês, a pala- vra crise é formada pelos caracteres que significam perigo e oportunidade. Apesar do perigo, o momento é de oportunidade também”, observa Cheng Siwei.

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10 | internacionalFevereiro 2011

Folha Universal

China ultrapassa o Japão e se torna a segunda maior economia do mundoO “gigante adormecido”, como o país era chamado, mostra que está acordando, e de que maneira!

A China superou o Japão e se tornou a segunda maior economia mundia l. O

Produto Interno Bruto (PIB) chi-nês somou mais de R$9,9 trilhões no ano passado, apontando um au-mento de 8,5% no crescimento glo-bal, o suficiente para ultrapassar o Japão, de acordo com a informação do vice-director do comité de f i-nanças e economia da China, Yin Zhongging.

Zhongging ainda informou que o Yuan, a moeda chinesa, está passan-do por uma forte pressão de valo-rização e, por isso, o país enfrenta desafios provenientes dos fluxos de capital especulativo.

Estima-se que o Produto Interno Bruto chinês tenha crescido mais de 9% no quarto trimestre de 2010, em comparação ao mesmo período de 2009.

Em 2010, a economia da China teria crescido 10,1%, superando a alta de 9,2% do ano anterior.

Perigo e oportunidadeNa visão de David Dollar, di-

rector do Banco Mundia l para a China e Mongólia, o modelo

económico adoptado pelo país, proveniente da abertura de mer-cado há quase 30 anos, já mostra sinais de esgotamento. “O mo-delo de sucesso usado pela China quando ainda era uma economia pequena não funciona mais ago-ra, quando ela é uma das maiores economias do mundo”, af irma o director.

Os chineses estão entre os maio-res poupadores do mundo. Eles economizam para garantir a aposen-tadoria, pagar o estudo dos f i-lhos, preparar-se em caso de alguma doença ou situa-ção de emergência.

Para manter suas altas taxas de crescimento e ocupar a posição de lí-der da economia mun-dial em alguns anos, a Ch ina terá que fazer com que seus cida-dãos poupem menos e con-sumam mais e,

C om 845 milhões de falan-tes nativos, o mandarim, língua oficial da China, se

expande pelos países ocidentais, que vêem no idioma o substituto do in-glês no mundo dos negócios.

Desde a implementação das re-formas de abertura económica em 1978, a economia chinesa não dei-xou de crescer a passos gigantes-cos, duplicando seu Produto Inter-no Bruto (PIB) a cada sete ou oito anos, tirando centenas de cidadãos da pobreza, fortalecendo o sector privado e o turismo e, com isso, expandindo o conhecimento de sua cultura e idioma no exterior.

Como se isto não fosse suficiente, as projecções económicas realizadas pelo Escritório Nacional de Pesquisa Económica (NBER, na sigla em in-glês) indicam que o PIB chinês até 2040 vai superar o do resto do mun-do e o mercado chinês crescerá mais que o dos Estados Unidos, União Europeia, Japão e Índia juntos.

Levando isso em conta, como

não era para menos, os estrangei-ros deixaram de ignorar a pujança do dragão chinês para presenciar uma das histórias mais importantes do desenvolvimento económico de nossos tempos.

Com alvos do OrientePerante esta realidade, os outros

países, especialmente os ocidentais, não tiveram outra opção senão bus-car compreender a cultura chinesa e estudar o idioma pelo qual serão fechados os contratos bilionários, se comunicarão os funcionários mais talentosos e será negociada a aber-tura de grandes multinacionais.

Este fato já vinha se evidenciando, embora mais por uma questão de segurança nacional, durante a Se-gunda Guerra Mundial, quando o governo dos EUA reconheceu a ne-cessidade urgente de aprender idio-mas estrangeiros menos comuns, tanto no Ensino Médio quanto no Superior.

“No final dos anos 80, a Fundação

Geraldine Dodge proporcionou bolsas a 60 escolas secundárias para que adop-tassem o mandarim. Com isso, o cená-rio para o ensino deste idioma começou a mudar para o nível educacional pri-mário e secundário”, explica Yu-Lan Lin, diretora do Programa de Idio-mas Estrangeiros, implementado nas escolas públicas de Boston, nos EUA.

“Nos últimos anos, a demanda por este idioma cresceu exponencialmente.

Mandarim, o idioma dos negócios

Este fato se reflecte no mundo dos ne-gócios todos os dias, onde a China vai abrindo mais sedes ou companhias em diferentes países. Por ali, os estran-geiros estão mais interessados não só em aprender o idioma, mas também sua cultura”, comenta Diana Chang, professora de mandarim básico, ra-dicada em Miami (EUA).

Fonte: EFE

assim, fomentar o mercado interno.Cheng Siwei, presidente da As-

sociação Nacional para a Constru-ção Democrática do país, acha que esse é um bom momento para mu-danças: “No idioma chinês, a pala-vra crise é formada pelos caracteres que significam perigo e oportunidade.

Apesar do perigo, o momento é de oportunidade também”, observa Cheng Siwei.

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| 11desportoFevereiro 2011

Folha Universal

O s antigos alunos e profes-sores da Escola de Des-portos Joka Sport reco-

nheceram, em Luanda, o contributo desta instituição na formação e de-senvolvimento integral dos cidadãos no país, a julgar pelo trabalho feito ao longo de mais de uma década de existência.

Em declarações à imprensa, a margem do encontro de confrater-nização do 14º aniversário do cen-tro, assinalado dia 25 de Janeiro, os desportistas, muito deles ainda no activo, foram unânimes em defen-der a sua continuidade, para o bem das crianças e jovens que pretendem iniciar aprendizagem de forma pe-dagógica e científica.

O seu proprietário, João Duarte Pereira Santinho, “Joka Santinho”, que apesar das dificuldades, mani-festou o desejo de continuar a dar o seu contributo e esforço na ma-nutenção do empreendimento, “só um maior apoio de outras entidades permitirão cumprir com os objectivos preconizados”.

Para Joka Santinho, a escola ao longo dos 14 anos de existência tem desempenhado um importante papel na educação e formação dos jovens angolanos. Pelo facto, há ne-cessidade de ser encarado como um parceiro social do Governo, mere-cendo uma atenção especial.

O sérvio Drasco Stoiljkovic, di-rector técnico, apontou a aposta nos escalões de formação como a maior premissa do desenvolvimento des-portivo, realçando a importância de

mais investimentos e apoios múlti-plos aos estabelecimentos do género.

“A Escola Joka Sport já formou muitos jogadores que estão em vários clubes e mesmo em selecções nacio-nais. Isso é muito positivo para o avanço do desporto angolano”, disse o também treinador da equipa prin-cipal do Progresso Sambizanga, do campeonato nacional de futebol da primeira divisão (Girabola).

Por sua vez, o antigo professor Óscar Contreiras “Abegá”, que re-conheceu o contr ibuto da Joka Sport na sua projecção à carreira

Antigos alunos e professores reconhecem contributo da Joka Sport

do ABC dos desportos aos alunos. Já os antigos alunos, Yanick da

Silva, de 24 anos de idade, licencia-do em relações internacionais pela Universidade Privada de Angola (UPRA), Mauro Almeida, de 27 anos, funcionário bancário e forma-do em gestão de empresas, Yomani Nicolau, bancário e formado em direito, e Cláudio Cortes, que ape-nas se dedica ao futebol, também expressaram satisfação por terem passado pela escola Joka Sport.

O convívio e homenagem aos antigos alunos e professores da re-ferida instituição situada no esta-belecimento do Instituto Médio de Economia de Luanda (IMEL), foi antecedido de jogos dos iniciados e, posteriormente, de juvenis.

A Joka Sport é uma instituição de utilidade pública criada em 1997, por Joka Santinho, e inaugurada em 25 de Janeiro do mesmo ano, pelo Presidente da República, José Edu-ardo dos Santos. Tinha um apoio financeiro e material por parte da BECOM, para o pagamento de sa-lários dos professores e outras des-pesas, cancelado em finais de 2009.

O projecto tem contribuído na educação e saúde dos alunos, além de ajudá-los a abdicar das más prá-ticas como a delinquência juvenil, consumo de bebidas alcoólicas, drogas, prostituição e outros ma-les. Ao longo dos 14 anos de sua existência, a instituição formou centenas de atletas que fazem car-reiras em diversos clubes no país e no estrangeiro.

Fonte: ANGOP

de treinador de futebol a nível de outras agremiações, afirmou ser um importante centro de formação des-portiva e da vida, principalmente às crianças e os jovens.

Para o actual membro da equipa técnica do Santos FC é preciso va-lorizar e apoiar o trabalho feito na escola, para que o nosso desporto no geral possa dar saltos baseados em conhecimentos científicos. Da mesma opinião foram os professores Walter Vieira, Daniel Silva, Olím-pio e Luís Paulo, estes últimos dia-riamente se dedicam à transmissão

Treinamento duma nova geração na Escola de Desportos Joka Sport

Foto: A. J.

Foto: A. J.

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entrevistaFevereiro 2011

Folha Universal12 |

DINIS BUNDO [email protected]

T em um nome fácil de fixar, 25 anos de idade, 1,55 cm, nasceu no bairro da Cuca,

município do Cazenga, província de Luanda, casado com dona Me-lissa, pai de uma filha, o sector que lhe foi encarregue no Petro Atlético de Luanda é o de avançado, pon-ta de lança. O CAN-Orange 2010 ajudou a pô-lo no topo de futebol em Angola.

Entretanto, a fama não virou a sua vida ao avesso – ter o “rei na barriga”. Aos f ins-de-semana gosta de estar com os pais e visitar amigos de infân-cia, para com eles “tirar um papo”, descontraído. Quando miúdo deu trabalho aos pais, regressava a casa com os calções rasgados, “fugava” a escola para ir jogar bola… A situação ficou insustentável. Dada a determi-nação do petiz, os seus progenitores renderam-se ao talento e carisma do filho. Ele tem todas as cartas a seu favor, é só ele acreditar, cada vez mais em si mesmo, e saber jogá-las. Estamos a falar de Mabiná, no bilhe-te de identidade: José Pedro Alberto.

Folha Universal: Alguém o

influenciou a escolher a moda-lidade de futebol?

Mabiná: Desde miúdo joguei à bola. Muitas vezes em companhia dos meus amigos, sem o conhecimento dos meus pais, deslocávamo-nos ao estádio da Cidadela ou dos Coqueiros para observarmos como Ndunguidi e Nejo jogavam, isso se verificou nos anos 90.

Depois disso, eram os famosos “tru-munos” no bairro, imitando os nossos “craques”, as nossas referências. Cres-cia em mim o desejo de ser um deles.

Foi aos 17 anos, ingressei no Clu-be Desportivo da Nocal, onde soltei o meu potencial futebolístico, posterior-mente, no Inter Clube, para mim era a melhor escola de futebol na época, fi-quei imparável …hoje, sou o Mabiná.

FU: Fala-nos um pouco sobre

o seu percurso no Sport Fute-bol Clube Benfica de Luanda?

M: Fiquei nele dois anos, joguei no limite das minhas capacidades, dei o melhor de mim, havia espírito de equi-pe, ensinaram-me a ser um bom e forte

atleta, daí comecei a ser cobiçado pe-las grandes equipas do nosso fu-tebol, como o Inter Clube, Iº de Agosto e Petro Atlético de Luanda.

FU: Ao que se sabe você tem um carinho “muito espe-cial” pelo Benfica?! O que lhe motivou a preferir jogar pelo Petro Atlético de Luanda?

M: por vários motivos, primeiro aos minhas referências de infância eram do Petro de Luanda, por outro lado, qualquer atleta que se preze quer jo-gar em grandes equipas, e eu não fujo a regra. O “Petro” é um dos grandes clubes do nosso futebol.

FU: Como reagiu ao convite

para integrá-lo?M: Com muita tranquilidade. Pre-

parei-me bem nos escalões menores. Senti-me merecedor e, acima de tudo, era um sonho que se concretizava.

FU: Que vantagens colhe des-sa opção?

M: Estar no Petro sempre foi parte dos meus planos, geralmente integro o 11 inicial, a par disso fui convocado para a Selecção Nacional. O CAN-ORANGE 2010, foi um “marco” na minha vida. Ali convivi com ou-

tros “grandes talentos” do nosso fute-bol. Naturalmente, não descuro o lado monetário.

FU: Caracterize, por suas pala-vras, o Petro Atlético de Luanda?

M: Uma grande equipa, excelente escola de futebol, nela, aprimoro, expo-nencialmente, os meus aspectos técnicos e tácticos. A equipa técnica é boa. Há camaradagem e espírito de inter-ajuda. Os campeonatos estão bastante renhi-dos. Mas, o nosso moral continua alto.

FU: Fale-nos um pouco sobre a tua relação de trabalho?

M: Quanto a isso, não tenho motivos de queixa, sou um atleta muito querido quer pelos colegas quer pelos técnicos. O ambiente é agradável. Procuro ser amigo de todos e conservar a minha humildade.

FU: Em quantos campeona-tos já participou, envergando a camisola do “Petro”?

M: Já participei em quatro. Vence-mos dois (2), 2008 e 2009, e perdemos em dois. Jogamos sempre para ganhar campeonatos, por isso estamos sem-pre entre as equipas mais destacadas.

FU: Sente-se satisfeito com o salário auferido no Petro Atlé-tico de Luanda?

M: Se disser que sim estaria a ser pouco verdadeiro, se disser que não, estaria a ser injusto. O que se passa é que o custo de vida no nosso país é muito alto. Talvez seja um problema

do nosso continente. Coloco-me, ape-nas, numa posição de “vale mais um pássaro na mão, do que dois a voar”.

FU: Se um clube estrangei-ro lhe fazer uma boa proposta, você aceitaria?

M: (sorriso) Bem! Deixemos de ser hipócritas, quem, nesses caso, trocaria o símbolo matemático de adição “+” (mais) por “–” menos? Não se pode tra-balhar sempre só por amor a camisola.

FU: O que significou para si o CAN-ORANGE 2010?

M: Foi uma experiência inesquecível quer do ponto de vista desportivo quer do ponto de vista turístico. O país tornou-se num cartão postal a nível mundial.

Enquanto selecção tivemos um bom desempenho. Jogamos de igual para igual com as demais equipas, apesar de não termos ido mais distante.

FU: O que faltou, para os an-golanos ficarem com o cobiça-do troféu?

M: Faltou-nos sorte, embora todas equipas tinham um único propósito: vencer o campeonato. Porém, apenas uma o podia arrebatar.

FU: De lá para cá recebeu al-gum convite para jogar num clube estrangeiro ?

M: Sim tive duas propostas, que não se efectivaram, porque no decurso das conversações houve um bloqueio. Prefiro não citá-los.

JOSÉ PEDRO ALBERTO MABINÁ

Foto: A. J.

Foto: A. J.

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cultura | 13Fevereiro 2011

Folha Universal

O Museu Central das For-ças Armadas Angolanas, localizado no interior da

fortaleza de São Miguel, no Cen-tro da cidade de Luanda, está ligado ao Ministério das Forças Armadas Angolanas. Criado em 1975 após a saída dos portugueses por ocasião do fim da guerra da independência de Angola, expõe diverso material utilizado durante a segunda guer-

Museu central das Forças Armadas Angolanas

JOãO ZAU [email protected]

ra mundial em 1945. O acervo é constituído por espadas, munições, fuzis, carros de combate blindados e de transporte, aviões, canhões de vários calibres, diversas armas e ou-tros artefactos.

No exterior do Museu também estão expostas estátuas de personali-dades que fazem parte da historia do país como de Paulo Dias de Novais, o fundador da cidade de São Pau-lo da Assunção de Luanda, Agos-tinho Neto, primeiro presidente de Angola, Diogo Cão, o primeiro a

pisar o solo angolano, Luís Vaz de Camões, o maior poeta da língua portuguesa, Vasco da Gama, des-cobridor do caminho marítimo das índias em 1497, Paulo Alexandrino Cunhas, Governador de Angola no 1846-1855, D. Afonso Henriques, primeiro Rei de Portugal 1128-1185, entre outros.

O Museu das Forças Armadas conta com três salas de exposição, um pavilhão aberto e 72 trabalha-dores. O acervo é ainda composto por fotografias, documentos, armas,

fardamentos militares e alguns qua-dros que mostram factos históricos da luta pela independência de An-gola e contra o apartheid na África do Sul. Também se destaca um jipe soviético e um carro de passeio que foram usados pelo líder da Indepen-dência de Angola, Agostinho Neto.

De acordo com a guia do mu-seu, Isabel Dionora, entrevista-da pela equipe de reportagem da Folha Universal, o museu está en-cerrado aos visitantes, devido às obras de reabilitação.

Foto: A. J.

Foto: A. J. Foto: A. J.

Um ângulo do museu Entrada principal do museu

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vez uma jarra bonita. Mes-mo que a fruta não venha servida e sim em uma traves-sa, coloque dois pratinhos de sobremesa: um para a fruta e outro para o pão. Surpreen-da seu marido de duas ma-neiras: uma, tendo sempre uma novidade para o café da manhã, algo que ele goste e outra, diga a ele que cada dia um faz o café da manhã, um dia você e outro ele. Esta cumplicidade entre o casal trás solidez ao casamento.

14 | olhar femininoFevereiro 2011

Folha Universal

Ingredientes:* 1 colher (sopa) rasa de Fermento em Pó Royal

* 300 g. de manteiga* 1 xícara (chá) de açúcar

* 5 xícaras (chá) de farinha de trigo * Quantidade a gosto

* Geleia de sua preferência

Modo de PreparoBata em creme a manteiga com o açú-

car. Junte os ingredientes secos penei-rados e por último o fermento em pó Royal. Amasse bem. Estenda a massa e corte em círculos com

cavidades no centro. Coloque num tabu-leiro grande untado e asse em forno prea-

quecido e moderado (180° C). Após assado, coloque geleia nas cavidades.

Massa * 1 colher (café) de Fermento em Pó Royal* 2 ovos * 3 xícaras de farinha de trigo * 1 colher (sopa) de margarina ou manteiga

Molho * 2 tomates * 1 alho * 1/2 colher (sopa) de orégano * salsinha a gosto * 1/2 cebola pequena

Recheio* 200g. de queijo mussarela ralado

Modo de Preparo

MassaMisture todos os ingre-

dientes da massa até que soltem das mãos. Deixe descansar por 30 minutos. Abra os discos do tamanho da frigideira.

Molho

Bata os ingredientes do molho no liquidificador.

Fritando as pizzas

Unte a f r ig ideira com margarina, coloque a massa e deixe dourar. Vire a mas-sa e coloque uma colher do molho e o recheio de sua preferência.

Coloque um pouco de orégano, tampe e aguarde o queijo derreter. Sirva logo em seguida.

Prepare-se: vamos pôr mãoS à mASSA!

Você já experimentou uma “pizza de frigideira”?então, que tal fazermos uma ...

ingredientes:

Chegou a hora do chá, uma das infusões mais escolhidas pelos angolanos. Mas é bom ter algo gostoso para acompanhá-lo...

Nós temos uma boa sugestão para ti, “bis-coitinhos com geleia”.

Biscoitinhos para chá Royal

Tempo de preparo: 25´Rende: 80 biscoitinhos

A mesa do café da manhã no dia a dia

O café da manhã é a primeira refeição do dia e a mais

importante, fundamental para a saúde e o bom fun-cionamento do organis-mo. Como é bom sentar em uma mesa bem posta para tomarmos nosso café da manhã, que garantirá ener-gia e disposição para nosso

dia de trabalho, vamos or-ganizar o café da manhã.

Analise seu estilo de vida, o tempo que você e sua fa-mília dispõe antes de sair de casa e dentro destas variá-veis faça sua organização.

Mesa de café para quem mora sozinha/o

Gaste um tempinho para

ter o prazer de se sentar em uma mesa agradável e bem arrumada, mesmo que vá fazer esta refeição sozinha/o. Arrume a mesa do café da manhã, de véspe-ra, deixando para a manhã seguinte apenas a colocação dos alimentos que devem fi-car na geladeira, assim quan-do você acordar sua mesa estará quase pronta. Faça o café preto, esquente o leite, tire as frutas da geladeira, ponha uma música suave e comece bem seu dia. Aos poucos o seu café da ma-nhã será tão importante que você vai se pegar compran-do aquela geleia maravilhosa ou o queijo creme especial para colocar na sua mesa.

Mesa do café da manhã para você e seu marido

Se você não tem uma em-pregada em sua casa que coloque seu café da manhã, comece também a colocar a mesa de véspera. Tenha um aparelho de café bem char-moso e mude sempre as tra-vessas onde coloca o queijo, os frios, as frutas para que sua mesa tenha sempre um visual renovado. Use guarda-napinhos ao lado das xícaras, uma flor se a tiver, um objec-to de decoração que tenha a ver com café da manhã. Tal-

Café da manhã para quem mora sozinha/o

Café da manhã para casais

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| 15saúde Fevereiro 2011

Folha Universal

CoRTE NA CIRCULAÇão SANGUÍNEA Trombose ou AVC um mal que pode ser evitado

F icar muito tempo sentado, fa-zer longas viagens, tomar an-ticoncepcionais. Fumar e não

se exercitar, levando uma vida seden-tária, acções aparentemente corriquei-ras podem provocar uma trombose.

A doença provoca coágulos, que obstruem a passagem do fluxo sanguí-neo em veias ou artérias do corpo. Em boa parte dos casos, quando se mani-festa nas veias, a chamada trombose venosa, se restringe a causar incha-ço e dor, principalmente nas pernas.

O problema pode evoluir para algo mais grave e causar até a morte. O deslocamento do coágulo em direc-ção ao pulmão pode provocar embolia pulmonar, a trombose também pode causar enfarto e acidente vascular cere-bral, conhecido como AVC. “O AVC e o enfarto são muito mais conhecidos e relacionados ao risco de morte, no entan-to, a embolia pulmonar também é um problema muito difícil e é desconhecido pela maioria das pessoas”, alerta Suely Meirelez, hematologista, médica ao ser-viço da Clica Multiperfil em Luanda.

Segundo a médica, 78% das pessoas

DINIS BUNDO [email protected]

internadas nos hospitais, desconhe-cem a doença. “No caso de uma em-bolia pulmonar, a pessoa tem uma falta de ar profunda, que dura dias e o mé-dico trata como se fosse asma ou pneu-monia. Para fazer o diagnóstico correc-to é preciso que o paciente passe por exames de imagem caros e disponíveis em poucos hospitais. E os médicos não estão preparados para pensar na embo-lia como uma hipótese”, aponta Suely.

Entre os factores de risco para o desenvolvimento da trombose veno-sa está a predisposição genética para a hipercoagulabilidade, que aumenta as chances do surgimento de coágu-los, a imobilização prolongada dos membros, em viagens e internações.

O tratamento de pele constan-te ou em demasia, a f im de curar o câncer pode alterar a coagulação sanguínea, a obesidade, o tabagismo e o uso de anticoncepcionais e me-dicamentos para a reposição hormo-nal, são factores de risco para con-trair um AVC, vulgo trombose.

“A doença se manifesta de forma aguda, mas o tratamento pode durar de três a seis meses e, quando há a pre-sença de um câncer, ele dura até o con-trole do tumor”, sublinhou a médica.

Trombose venosaprofunda

Trombose venosa superficial de perna

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