8
1ª EDIÇÃO DE SETEMBRO / 2014 Semanário do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região - nº 758 - Rua Júlio Hanser, 140. Lajeado - Sorocaba/SP - CEP: 18030-320 SMetal e Toyota firmam novo acordo coletivo de trabalho Após mais uma negociação emperrada, na úl- tima terça-feira, dia 9, a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) protocolou um co- municado de greve junto à bancada patronal do Grupo 3, que reúne as empresas de autopeças, for- jarias e parafusos. O comunicado dá respaldo legal para a catego- ria iniciar paralisações no setor a partir desta quin- ta-feira, dia 11, em qualquer região do estado onde o sindicato for filiado à CUT. Para demonstrar que apoia a decisão da FEM, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (SMetal) realizou um protesto de duas horas de duração na manhã desta quarta-feira, dia 10, com a participa- ção dos metalúrgicos das autopeças que prestam serviços para a Toyota, chamadas de sistemistas. Nos dias anteriores, o SMetal já vinha realizado manifestações de menor duração em diversas ou- tras fábricas da região. Caso as negociações coletivas não avancem nos demais grupos patronais, a FEM deve en- tregar avisos de greve também para esses outros segmentos. Até o momento, as propostas de reajustes sa- lariais oferecidas ficaram entre 4,5% e 5,5%. A inflação desde a última data-base está calculada em 6,35%. Os sindicato da FEM exigem a repo- sição integral da inflação e mais aumento real de salários. PÁG. 3 PÁGs. 4, 5 e 6 Em Sorocaba, protesto nesta quarta reuniu metalúrgicos que trabalham nas sistemistas da Toyota FEM protocola aviso de greve no Grupo 3 CAMPANHA SALARIAL Protesto em Sorocaba nesta quarta-feira, dia 10, reuniu trabalhadores da TT Steel, Scórpios, Kanjiko e Sanoh; autopeças que prestam serviços para a Toyota Foguinho

Folha Metalúrgica 758

Embed Size (px)

DESCRIPTION

1ª edição de Setembro

Citation preview

Page 1: Folha Metalúrgica 758

1ª EDIÇÃO DESETEMBRO / 2014

Semanário do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região - nº 758 - Rua Júlio Hanser, 140. Lajeado - Sorocaba/SP - CEP: 18030-320

SMetal e Toyota firmam novo acordo coletivo de trabalho

Após mais uma negociação emperrada, na úl-tima terça-feira, dia 9, a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) protocolou um co-municado de greve junto à bancada patronal do Grupo 3, que reúne as empresas de autopeças, for-jarias e parafusos.

O comunicado dá respaldo legal para a catego-ria iniciar paralisações no setor a partir desta quin-ta-feira, dia 11, em qualquer região do estado onde o sindicato for filiado à CUT.

Para demonstrar que apoia a decisão da FEM, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba (SMetal) realizou um protesto de duas horas de duração na manhã desta quarta-feira, dia 10, com a participa-ção dos metalúrgicos das autopeças que prestam serviços para a Toyota, chamadas de sistemistas.

Nos dias anteriores, o SMetal já vinha realizado manifestações de menor duração em diversas ou-tras fábricas da região.

Caso as negociações coletivas não avancem

nos demais grupos patronais, a FEM deve en-tregar avisos de greve também para esses outros segmentos.

Até o momento, as propostas de reajustes sa-lariais oferecidas ficaram entre 4,5% e 5,5%. A inflação desde a última data-base está calculada em 6,35%. Os sindicato da FEM exigem a repo-sição integral da inflação e mais aumento real de salários.

PÁG. 3

PÁGs. 4, 5 e 6

Em Sorocaba, protesto nesta quarta reuniu metalúrgicosque trabalham nas sistemistas da Toyota

FEM protocola avisode greve no Grupo 3

CAMPANHA SALARIAL

Protesto em Sorocaba nesta quarta-feira, dia 10, reuniu trabalhadores da TT Steel, Scórpios, Kanjiko e Sanoh; autopeças que prestam serviços para a Toyota

Fogu

inho

Page 2: Folha Metalúrgica 758

Pág. 2 Edição 758Setembro de 2014

Prejuízos da especulação eleitoralConforme já vinha

sendo comentado há meses por lideranças sindicais e economis-tas que têm visão so-cial, as especulações pré-eleitorais, os boa-tos, os vazamentos de informações não com-provadas e as tentati-vas de desmoralizar o governo de Dilma Rousseff estão afe-tando diretamente as negociações salariais dos trabalhadores, es-pecialmente dos meta-lúrgicos.

Os patrões não iriam perder a opor-tunidade de pegar ca-rona nas incertezas eleitorais para nos negar bons reajustes salariais e quaisquer avanços nas cláusulas sociais da categoria.

Desde o primeiro governo do metalúr-gico Lula, nossa ca-tegoria vem conquis-tando reajustes acima da inflação todos os anos. Mesmo no auge da crise internacional, entre 2008 e 2009, garantimos esse avan-ço. Nos três primeiros anos de mandato da presidenta Dilma, essa conquista se manteve.

Agora, com as proximidades das eleições, com as “on-das” de preferência do eleitorado colhidas por institutos de pes-quisa e amplamente comentadas pela mí-dia tradicional; e, prin-cipalmente, com os cenários catastróficos

letivo de poder. Para eles, não basta crescer como cresceram nos últimos anos. Eles que-rem mais. Querem a desregulamentação do trabalho. Querem a fle-xibilização dos direi-tos trabalhistas. Com o PT na presidência, eles bateram recordes de produção, mas não atingiram essa meta, que é reduzir o valor da mão-de-obra.

Alguns candida-tos que concorrem nas eleições deste ano es-tão a postos para aten-der esses anseios dos empresários, em preju-ízo dos interesses dos trabalhadores. Por isso, todo cuidado é pouco.

Os impasses e a queda de braço nes-ta campanha salarial dos metalúrgicos são como um teste aplica-do pela organização empresarial. A lógica deles é: com todas as atenções voltadas para os ataques constantes ao governo que eles apoiam, vamos ofe-recer reajustes abaixo da inflação para ver se eles topam...

Pois bem, o SMetal e a FEM/CUT aceitam o desafio. Vamos con-clamar os trabalhado-res a lutarem até o fim por avanços nesta cam-panha salarial, mesmo que a batalha dure até depois das eleições; e ainda mais forte do que agora, se eles in-sistirem em tentar nos enrolar.

pintados pela oposição, os patrões metalúrgicos decidiram empurrar as negociações com a bar-riga.

Os cenários pessi-mistas tendem a passar logo depois das eleições; mas o resultado das urnas vai durar quatro anos. Os patrões sabem disso e pagam para ver qual será a reação dos trabalhadores ao nega-rem avanços após 12 anos de conquistas para a categoria metalúrgi-ca e para outros setores produtivos da sociedade.

Conforme afirmou recentemente o presi-dente da Associação Nacional dos Fabrican-tes de Veículos Automo-tores (Anfavea), Luiz Moan, as perspectivas futuras de mercado são boas, mas a economia anda “contaminada” com as especulações pessimistas.

Não se iludam. A maioria dos empresá-rios tem um projeto co-

Os cenários pessimistas

tendem a passar logo depois das eleições; mas

o resultado das urnas vai durar

quatro anos

Folha Metalúrgica

Diretor responsável: Ademilson Terto da Silva (Presidente)Jornalista responsável: Paulo Rogério L. de AndradeRedação e reportagem: Paulo Rogério L. de Andrade Fernanda IkedoFotografia: José Gonçalves Fº (Foguinho)Diagramação e arte-final: Lucas Eduardo de Souza Delgado Cássio de Abreu Freire

Sede Sorocaba: Rua Júlio Hanser, 140. Tel. (15) 3334-5400

Sede Iperó: Rua Samuel Domingues, 47, Centro. Tel. (15) 3266-1888

Sede Regional Araçariguama: Rua Santa Cruz, 260, Centro. Tel (11) 4136-3840

Sede em Piedade: Rua José Rolim de Goés, 61, Vila Olinda. Tel. (15) 3344-2362

Site: www.smetal.org.brE-mail: [email protected]ão: Bangraf Tiragem: 42 mil exemplares

Informativo semanal do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região

Encontro debate conquistase desafios para as mulheres

Conquistas e desafios para as mulheres no País foram pontos de discussão de um encontro que acon-teceu na sexta-feira, dia 5, no Sindi-cato dos Metalúrgicos em Sorocaba. Na mesa de debate, houve a presen-ça de pessoas engajadas na causa da mulher e da juventude.

Recentemente eleita como pre-sidente do Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), Ângela Gui-marães falou da importância das mulheres e dos jovens participarem da política antes, durante e depois da eleição, porque só assim o Brasil pode mudar.

Para Dulce Xavier, secretária Adjunta de Políticas da Mulher de São Paulo, o governo federal nos úl-timos 12 anos avançou e muito no que diz respeito às políticas públicas voltadas às mulheres. Destacam-se, segundo ela, a criação do Ligue 180, para atendimento telefônico 24 ho-

ras por dia para mulheres em situa-ção de violência, e progressos na Lei Maria da Penha.

Outro ponto levantamento, du-rante o encontro, foi da vice-presi-dente do PT de Sorocaba, Márcia Azzini. Para ela, o governo Dilma realizou uma série de avanços para as mulheres, porém, ainda há muito que melhorar. As manifestações, ex-plica Márcia, foram essenciais para a presidente atendesse demandas da população brasileira.

Antes de começar o debate, hou-ve uma dramatização encenada pelo ator e contador de histórias Zé Boc-ca. O encontro contou com a partici-pação dos vereadores Izídio de Brito e Carlos Leite (ambos do PT); e da deputada Iara Bernardi (PT). Os ho-mens também marcaram presença no evento sobre direitos da mulhe-res. O encontro foi realizado pelo PT de Sorocaba e CUT Regional.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Pelo presente edital, em caráter permanente, o presidente do SINDICATO DOS TRA-BALHADORES NAS INDÚSTRIAS METALÚRGICAS, MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO DE SOROCABA E REGIÃO, com fundamento no estatuto social, convoca todos os integrantes da categoria profissional para a Assembléia Geral Extraordinária, a realizar-se no dia 15 do mês de setembro de 2014, às 18:00 horas em primeira con-vocação e às 18:30 horas em segunda convocação na sede do Sindicato, localizada na Rua Júlio Hanser, nº 140, Bairro Lageado, cidade de Sorocaba/SP., para discutir a seguinte ordem do dia: a) leitura e aprovação da ata da Assembléia anterior; b) aprovação da venda dos imóveis, constituídos por duas áreas de aproximadamente 12,77 alqueires, inscritos nas matriculas nº 73388, 73389 situado na Rodovia Raposo Tavares Km 85,5 Bairro do Inhayba no Munícipio de Sorocaba/SP c) outros assuntos de interesse da categoria.

Sorocaba, 11 de setembro de 2014.

ADEMILSON TERTO DA SILVA Presidente

No início, houve uma dramatização encenada pelo ator Zé Bocca

Um dos assuntos debatidos no encontro foi o avanço representado pela Lei Maria da Penha

Paulo

de A

ndra

dePa

ulo de

And

rade

Page 3: Folha Metalúrgica 758

Edição 758 Pág. 3Setembro de 2014

Metalúrgicos da Toyotaconquistam acordo coletivo

O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região e a Toyota assinaram, no dia 29, um acordo coletivo que garante reajustes de salários e cláusulas sociais aos tra-balhadores por dois anos.

O reajuste salarial, a ser aplica-do em 1º de setembro de 2014 e de 2015, prevê a reposição integral da inflação dos 12 meses anteriores e mais um aumento real de 2%.

Este ano, por exemplo, o rea-juste será de 6,35% (inflação dos últimos 12 meses) e 2% de aumen-to acima desse índice, totalizando 8,48%.

Os índices de reajuste incidem um sobre o outro. O aumento de 2% é aplicado sobre o salário já reajustado em 6,35%. Por isso os percentuais não são somados, e sim multiplicados.

Diferente dos demais grupos metalúrgicos, as montadoras de ve-ículos têm negociado direto com os sindicatos de trabalhadores, sem mediação dos representantes patro-nais da Fiesp (Federação das Indús-trias do Estado de São Paulo).

Cláusulas sociaisO acordo na Toyota, que equi-

vale a uma Convenção Coletiva, também garante cláusulas sociais como estabilidade aos acidentados e portadores de doença ocupacio-nal, licença paternidade de sete dias, auxílio-creche, adicionais e indenizações, entre outras.

Um dos principais avanços nas

negociações deste ano foi a am-pliação da licença-maternidade de 120 para 180 dias.

As negociações tiveram a par-ticipação da direção executiva do SMetal e também dos integrantes do Comitê Sindical de Empresa (CSE) na Toyota.

“Com o apoio dos trabalhadores e o forte trabalho do CSE conse-guimos conquistar um bom acordo. Sabemos que ainda são necessárias muitas melhorias. Mas, juntos, va-mos continuar lutando por elas”, afirma Ademilson Terto da Silva, presidente do Sindicato.

Metalúrgicos de mais seis fábricas garantem PPRSeis empresas metalúrgicas

da região aprovaram o Progra-ma de Participação nos Resul-tados (PPR). As negociações foram feitas entre fábrica e Sin-dicato dos Metalúrgicos.

Em Sorocaba, foram três empresas. Os trabalhadores da Ferraduras Brasil conquistaram o acordo de bonificação e vão receber a primeira parcela em outubro e quita em março de 2015. Na Maf, o primeiro pa-gamento acontece em setembro e o segundo em fevereiro do ano que vem. Quanto na MG Fundição, o acordo será quita-do ainda este ano: primeira em setembro e conclui em outubro.

Em Iperó, foram três fábri-cas. Na Muller, os trabalhado-

res aprovaram a proposta e vão receber a bonificação em uma parcela, que será paga em outu-bro. Já na Wika, os funcionários também serão pagos em parcela única: em fevereiro. Enquanto na Ibrav, foi dividido em duas vezes: primeira em setembro e quita em fevereiro.

Ainda emperrado Na YKK, houve proposta

de valor por parte da empresa. Mas o Sindicato informou aos trabalhadores que a proposta ainda não atingiu o patamar de-sejado pelos funcionários, por isso foi rejeitada na mesa de negociações. O SMetal aguarda contato da fábrica para retomar negociações.

SALÁRIOS E CLÁUSULAS SOCIAIS

Além de colocar o PPR em votação na MG Fundição, os dirigentes sindicais falaram sobre a campanha salarial

Fogu

inho

Fogu

inho

O acordo garante reajustes de salários e cláusulas sociais aos trabalhadores por dois anos

Page 4: Folha Metalúrgica 758

Pág. 4 Edição 758 Setembro de 2014

CAMPANHA SALARIAL

Na sequência de fotos, dirigentes do SMetal se revezaram ao microfone para informar o andamento da campanha salarial e explicar aos trabalhadores das sistemistas sobre a necessidade de haver união da categoria para garantir avanços

Protesto para produção das sistemistas por duas horasUm dia depois da proposta de 5,5% de re-

ajuste salarial apresentada pelos patrões das autopeças (G3), os metalúrgicos das presta-doras de serviços (sistemistas) da Toyota, em Sorocaba, pararam a produção por duas horas nesta quarta-feira, dia 10, para exigir um índice melhor de aumento nos salários.

O protesto em Sorocaba, na zona norte, próximo à Toyota, aconteceu das 6h às 8h, foi liderado pelo Sindicato dos Metalúrgi-cos de Sorocaba e Região (SMetal) e contou com a participação de cerca de 500 traba-lhadores das sistemistas TT Steel, Scórpios, Sanoh e Kanjiko.

A manifestação não envolveu os metalúr-gicos da Toyota, que já têm acordo firmado nesta campanha salarial, garantindo a infla-ção e 2% de aumento real.

A inflação dos últimos 12 meses foi de 6,35%, de acordo com o INPC/IBGE. A Fe-deração Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM) reivindica a reposição integral da in-flação e mais aumento real. Os grupos pa-tronais, porém, têm oferecido reajustes entre 4,5% e 5,5%. Portanto, abaixo da inflação.

Apoio aos protestosA FEM protocolou comunicado de greve

junto ao Grupo 3 (autopeças, forjarias e pa-rafusos) na manhã desta terça-feira, dia 9. O mesmo deve acontecer nos próximos dias, caso as propostas não melhorem.

“O protesto desta quarta foi apenas o iní-cio da luta por melhores salários e avanços sociais na Convenção Coletiva. Pedimos o apoio de todos os metalúrgicos a essas ma-nifestações a fim de fortalecer a FEM nas negociações. Caso as propostas não melho-rem, teremos respaldo da Lei para iniciar paralisações mais demoradas e greves”, in-forma o secretário-geral do SMetal, Lean-dro Soares.

Fotos

: Fog

uinho

Page 5: Folha Metalúrgica 758

Edição 758 Pág. 5Setembro de 2014

CAMPANHA SALARIAL

Valmir Marques, Biro-Biro, entregou aviso de greve à bancada patronal nesta terça, dia 9

FEM entrega comunicado de greve para o Grupo 3

Protesto para produção das sistemistas por duas horas

Após a última rodada de nego-ciações com o Grupo 3 (autopeças, forjarias e parafusos), na manhã desta terça-feira, dia 9, o presiden-te da Federação Estadual dos Me-talúrgicos da CUT (FEM), Valmir Marques, Biro-Biro, protocolou um comunicado de greve junto à ban-cada patronal.

Nas negociações desta terça os representantes patronais do G3 ofe-receram apenas 5,5% de reajuste salarial, enquanto somente a infla-ção da data-base (setembro de 2013 a agosto de 2014) foi apurada em 6,35% pelo INPC/IBGE.

"Depois de um mês sem nego-ciação, ouvir isso é muito ruim. Até agora, as propostas apresenta-das pelas bancadas patronais estão muito distantes do nosso objetivo: aumento real mais a inflação", ex-

plica Biro-Biro.A rodada foi acompanhada por

dirigentes dos sindicatos de meta-lúrgicos de Sorocaba, ABC, Tau-baté, Itu, Salto e Cajamar. Todos se comprometeram a intensificar as mobilizações e protestos para fazer as negociações avançarem.

48 horasApós o prazo de 48 horas, conta-

dos a partir da data do comunicado de greve (manhã de terça-feira), os sindicatos têm respaldo legal para iniciar paralisações a qualquer mo-mento.

Apesar do comunicado de gre-ve, as negociações com o G3 conti-nuam. Uma nova rodada está agen-dada para o dia 17, às 10h, na sede do Sindipeças, em São Paulo. Não há negociações marcadas com os

demais grupos patronais metalúrgi-cos.

Na rodada desta terça com o G3, a Federação reivindicou também a inclusão do Vale-Cultura na Con-venção Coletiva do setor.

Em Sorocaba, as manifestações pela campanha salarial recomeça-ram já na manhã desta quarta-feira, dia 10, com um protesto dos traba-lhadores das sistemistas da Toyota (veja na página ao lado).

Foto:

Ado

nis G

uerra

Fotos

: Fog

uinho

Page 6: Folha Metalúrgica 758

Pág. 6 Edição 758 Setembro de 2014

Desde o início do mês, quan-do venceu a data-base da catego-ria metalúrgica (1º de setembro), o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região tem realizado assembleias de mobilização qua-se todos os dias nas fábricas do setor. As manifestações mais re-centes aconteceram na Bardella, YKK, Schaeffler, Moto Peças, Metso Fundição, Johnson Con-trols e Difran e nas prestadoras de serviços da Toyota.

As assembleias naYKK, Schaeffler, Metso e Moto Peças aconteceram nos últimos dias da semana passada. Na Johnson, Bardella e na Difran, a ativida-de aconteceu na terça, dia 9. Já o protesto dos metalúrgicos da TT Steel, Kanjiko, Sanoh e Scórpios foi realizado nesta quarta-feira, dia 10 (leia matéria na pág. 4).

Também durante assembleias de votação ou avaliação de pro-grama de participação nos resul-tados (PPR), o Sindicato coloca em pauta a necessidade de a ca-tegoria se unir para conquistar um bom acordo coletivo salarial. Foram esses os casos das assem-bleias recentes na MG Fundição, Ferraduras Brasil e Maf, em So-

rocaba; e na Muller, Wika e Ibrav em Iperó.

No caso das autopeças, forja-rias e parafusos (Grupo 3), os pa-trões já receberam aviso de greve por parte da Federação estadual dos Metalúrgicos. Por isso, para-lisações prolongadas podem co-meçar a qualquer momento (leia na pág. 5).

Voto conscienteNas assembleias, os dirigentes

sindicais também destacam a im-portância dos metalúrgicos man-terem sua tradição de participação cidadã nas eleições deste ano.

“Temos um projeto de Brasil que beneficia os trabalhadores a preservar. O voto consciente, o reconhecimento dos avanços que já tivemos e a certeza de mais mudanças positivas são funda-mentais na hora de escolher os candidatos”, ressalta o presidente do SMetal, Ademilson Terto da Silva.

“É obrigação do Sindicato Ci-dadão e de toda categoria orga-nizada alertar para o que está em jogo nas eleições e orientar o voto sério e consciente aos trabalhado-res”, conclui.

CAMPANHA SALARIAL

O SMetal foi na Schaeffler no dia 5 para mobilizar os trabalhadores na campanha salarial

Assembleia no dia 5 com os trabalhadores da YKK

Metalúrgicos da regiãocontinuam mobilizados

Na terça, uma das assembleias foi realizada na Johnson Controls

Assembleia na terça-feira com os metalúrgicos da Bardella

Na Moto Peças, a assembleia ocorreu no dia 3 de setembro

Na terça-feira, a assembleia aconteceu na Difran

Outra fábrica que o Sindicato fez presença foi na Metso Fundição, dia 3

Assembleia na quarta com os funcionários das sistemistas da Toyota

Fogu

inho

Page 7: Folha Metalúrgica 758

O candidato do PT ao gover-no de São Paulo, Alexandre Padi-lha, conversou com trabalhadores de duas empresas de Sorocaba na quinta-feira, dia 4, e se comprome-teu a implantar um programa esta-dual gratuito de qualificação profis-sional, caso seja eleito. As fábricas visitadas foram a Johnson Controls e a Apex Tools.

A proposta de Padilha, chamada Pronatec estadual, tem como base o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico), criado pela presidenta Dilma e que já for-mou 900 mil trabalhadores no país em menos de três anos.

Na Johnson, Padilha foi convi-dado a conhecer a fábrica, que pro-

duz baterias automotivas, e conver-sou com os funcionários durante o café da manhã, por volta das 5h50. Em seguida, o candidato partici-pou de uma assembleia em frente à Apex Tool, fabricante de ferramen-tas. Ambas ficam na zona industrial de Sorocaba.

“Vocês estão vendo na TV can-didatos ao governo do estado com histórias diferentes, compromissos diferentes. Mas quem vai para as portas de fábricas sou eu, porque eu tenho toda uma história ao lado dos trabalhadores", afirmou Padilha na Apex. Ele também garantiu que o Pronatec estadual poderá capacitar profissionalmente 2 milhões de tra-balhadores paulistas.

Padilha visita fábricas e defendeprograma gratuito de qualificação

Edição 758 Pág. 7Setembro de 2014

facebook.com/smetalsorocaba

twitter.com/smetalsorocaba

youtube.com/smetalsorocaba

smetalnas redes sociais

Confira galeria de imagens da visita de Padilha no www.smetal.org.br

Após as atividades nas fábricas, Padilha conversou com diretores do SMetal

O candidato do PT ao governo de São Paulo conversou com funcionários da Johnson Coltrols (esq.) e da Apex e afirmou que, eleito, vai criar o Pronatec estadual, que vai capacitar 2 milhões de trabalhadores

Padilha toma café da manhã na Johnson Controls Silvio Ferreira apresenta Padilha aos trabalhadores da Apex Tools Ex-ministro conversou com trabalhadoras nas portas das empresas

ELEIÇÕES 2014

Fogu

inho

Page 8: Folha Metalúrgica 758

Pág. 8 Edição 758 Setembro de 2014

A votação do projeto de lei (nº 178/2014) do Plano Diretor de Sorocaba, que consta na pauta da sessão da Câmara de hoje, dia 11, será novamente adiada. Até o início dessa semana, a Comissão de Estudos do Plano Diretor da Câmara recebeu 49 emendas, que precisam obter pareceres das co-missões permanentes da Casa de Leis.

O vereador Marinho Marte (PPS), relator da Comissão de Es-tudos do Plano Diretor da Câmara, disse que o projeto será retirado de pauta, pois é necessária a reali-zação de audiências públicas para debater cada item que foi incluso à propositura. Uma vez discutida e esclarecida cada emenda, o pro-jeto voltará à pauta da sessão para ser colocado em votação.

Futuro da cidade - O Plano Diretor define o futuro da cidade em relação à formatação de terre-nos a serem comercializados, os tamanhos das construções, o que é região residencial, o que é zona

Votação do Plano Diretor é adiada para debater emendas

www.smetal.org.brCadastre seu e-maile receba nossosboletins eletrônicos

Os convites para o almo-ço, organizado pela Comis-são de Eventos do PT de So-rocaba, estarão à venda até sexta-feira, dia 12. O interes-sado deve comparecer à sede do partido, localizado na rua Saldanha Marinho, 248, no Centro, e adquirir o seu pelo valor de R$ 35.

O prato principal será o T-Bone no Arado (também conhecido como bisteca), acompanhado de arroz, farofa e feijão gordo. Sobremesas e bebidas são à parte. O evento acontece neste domingo, dia 14, das 11h às 15h, na sede do SMetal. Mais informações pe-los telefones (15) 3346-3403 / 3329-3007.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) recebeu na terça-feira, dia 9, uma homenagem pelos 31 anos de fun-dação, que fez em 28 de agosto, da ban-cada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara de Sorocaba.

O metalúrgico Joselito Mansinho da Silva, coordenador da subsede regional da CUT em Sorocaba, foi o responsável por receber as congratulações. A home-nagem foi dada pelas mãos do vereador Izídio de Brito (PT) a Mansinho.

HistóriaO ano de 1983 fez parte de um período decisivo para a história política,

social e sindical brasileira. Trabalhadores, estudantes e movimentos so-ciais estavam mobilizados na luta contra a ditadura militar. Graças a essa mobilização, o regime imposto em 1964 estava enfraquecido. A repressão já não conseguia impedir que a classe trabalhadora se organizasse.

E foi entre 26 e 28 de agosto de 1983 que trabalhadores e trabalhado-ras urbanos e rurais vindos de todas as regiões do Brasil promoveram o Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (1º Conclat) – um encontro que mudaria a trajetória da luta sindical do País. Naquele congresso deci-diram em 28 de agosto pela fundação da CUT.

Regional da CUT recebe homenagem da Câmara Prazo para adquirir convite do almoço do

PT termina dia 12

industrial, política ambiental do município, plano de coleta de re-síduos sólidos, entre outros temas igualmente importantes.

CPI da Merenda EscolarApós a sessão de terça-feira,

dia 9, foi criada a CPI da Merenda Escolar, para averiguar irregula-ridades na alimentação e de falta de pagamento e benefícios das merendeiras das redes municipal e estadual de ensino de Sorocaba.

Cerca de 150 merendeiras lo-

taram a Câmara para reivindicar seus direitos trabalhísticos. Por pressão das trabalhadoras e da maioria dos vereadores, a Prefei-tura de Sorocaba pagou no mesmo dia o salário atrasado das funcio-nárias.

Mansinho (centro), que representou a Regional da CUT, recebe a homenagem

do vereador Izídio de Brito

Fogu

inho

Fogu

inho

No dia que o Plano Diretor seria votado, merendeiras das redes municipal e estadual lotaram o plenário da Câmara para protestar