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1 do estudante Núm. XXI I- ANO II 1ª quinzena - Agosto/2013 Folhetim do estudante é uma publicação de cunho cultural e educacional com artigos e textos de Professores, alunos, membros da comunidade da “E. E. Miguel Maluhy” e de pensadores humanistas. Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br Sugestões e textos para: [email protected] Resenhas... pág. 2 e 3 Literatura, lançamento da quinzena... pág.3 Extra Alunos escritores no Maluhy... pág. 5 Coveiro do cemitério da Consolação já prepara terceiro livro sobre criaturas atormentadas NATÁLIA ALBERTONI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Francisco Pinto de Campos Neto, 54, o Tico, sepulta cadáveres de dia e concebe personagens ao anoitecer. De segunda a sexta, das 9h às 16h, é coveiro no cemitério da Consolação, no centro. As horas livres são gastas na produção do seu terceiro livro, que tem o remorso como mote. Tico já publicou duas coletâneas de contos: "Elas etc." e "As Núpcias do Escorpião", cheias de histórias de criaturas atormentadas --como a menina abusada pela tia e o paraplégico apaixonado por um travesti. Em 1980, Tico passou em letras na USP, mas não terminou a faculdade. Trabalhou como revisor na área e, inquieto, fez de tudo um pouco: assistente de caminhão, porteiro de boate gay, pintor de parede... A vida foi ficando difícil, e ele acabou indo morar na rua. Tinha 34 anos quando foi internado pela primeira vez, numa instituição particular, por conselho do irmão mais velho --Tico tinha virado um copo de álcool Zulu. "Passava dias bebendo e cheirando pó." Foi confinado 20 vezes por causa do vício, em clínicas privadas e públicas. Está sóbrio há dez anos --por força de vontade, não à força pelas intervenções médicas, acredita. No ano passado, o homem que desde menino sonhava em viver de literatura viu um cartaz da prefeitura: concurso para sepultador. Conseguiu dinheiro emprestado e se inscreveu. Também em 2012, foi acolhido por Robson Padial, 48 --é dele o Sarau do Binho, projeto itinerante que reúne artistas da periferia paulistana. Tico conheceu ali a Agência Popular de Fomento à Cultura Solano Trindade, que financiou uma tiragem de 500 exemplares de "As Núpcias" (restam apenas cem cópias). Livro e resultado do concurso saíram quase ao mesmo tempo. "Encontrei um cantinho para morar e consegui pagar o primeiro aluguel com a venda dos livros", afirma. Fernando Pastorelli/Folhapress CONHECIMENTO DE CAUSA Das dez histórias d'"As Núpcias", quatro se passam em manicômios. A temática rendeu a Tico, em maio, o 5º Prêmio Carrano de Luta Antimanicomial e Direitos Humanos. A obra trata de abuso de medicamentos, punição e abandono. Nenhum personagem é real, mas o autor escreve com conhecimento de causa. "O que fazem lá é uma lobotomia química. Me emocionei muito com 'Bicho de Sete Cabeças' [filme de 2001 com Rodrigo Santoro]. Daquilo mostrado, só não vivi o choque elétrico." Para ele, é necessário batalhar pela luta antimanicomial, mas também ter cuidado com a atual "psiquiatrização" dos sentimentos. "Você sai de qualquer posto de saúde com [medicação] tarja preta. O Binho costuma falar que qualquer farmácia é uma biqueira [ponto de venda de drogas]. E deve estar dando lucro, porque fica aberta 24 horas." O coveiro-escritor acha que "os remédios trazem uma felicidade de plástico que interessa à indústria farmacêutica. Com a cabeça cheia de Rivotril, o cara não questiona nada". Até a onda de protestos no país não seria a mesma, diz. "Imagina se esses manifestantes tomassem Lexotan... Eles estariam dando risada." Francivaldo Gomes, 45, administrador do cemitério, não sabia que tinha um artista entre os funcionários. "Temos 30 personagens famosos enterrados. Para um lugar que tem tradição em cultura, é ótimo ter um sepultador-escritor." 'SEM FRESCURICE' "É um livro sem embromação nenhuma. Não é sofisticado, fantasioso... Vai direto ao ponto. Uma obra que interessa a quem realmente gosta de ler, quer saber algo sobre o cotidiano, sobre a cidade. Fiquei realmente preso a tudo que se refere a São Paulo, principalmente ao centro, que o autor descreve muito bem, sem "frescurice". É um título que merece muito respeito dos leitores. Eu daria nota 8,5 para o escritor. E olha que sou muito rigoroso com notas. Para chegar a 10 tem que ser Edgar Allan Poe." José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Folhetim

Folhetim do Estudante - Ano II - Núm. XXII

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Page 1: Folhetim do Estudante - Ano II - Núm. XXII

1

do estudante Núm. XXI I- ANO II

1ª quinzena - Agosto/2013

Folhetim do estudante é uma

publicação de cunho cultural e

educacional com artigos e textos

de Professores, alunos, membros

da comunidade da “E. E. Miguel

Maluhy” e de pensadores

humanistas.

Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br

Sugestões e textos para:

[email protected]

Resenhas... pág. 2 e 3

Literatura, lançamento da

quinzena... pág.3

Extra – Alunos escritores

no Maluhy... pág. 5

Coveiro do cemitério da

Consolação já prepara

terceiro livro sobre

criaturas atormentadas

NATÁLIA ALBERTONI

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Francisco Pinto de Campos Neto, 54, o

Tico, sepulta cadáveres de dia e concebe

personagens ao anoitecer.

De segunda a sexta, das 9h às 16h, é

coveiro no cemitério da Consolação, no

centro. As horas livres são gastas na

produção do seu terceiro livro, que tem o

remorso como mote.

Tico já publicou duas coletâneas de

contos: "Elas etc." e "As Núpcias do

Escorpião", cheias de histórias de

criaturas atormentadas --como a menina

abusada pela tia e o paraplégico

apaixonado por um travesti.

Em 1980, Tico passou em letras na USP,

mas não terminou a faculdade. Trabalhou

como revisor na área e, inquieto, fez de

tudo um pouco: assistente de caminhão,

porteiro de boate gay, pintor de parede...

A vida foi ficando difícil, e ele acabou

indo morar na rua. Tinha 34 anos quando

foi internado pela primeira vez, numa

instituição particular, por conselho do

irmão mais velho --Tico tinha virado um

copo de álcool Zulu. "Passava dias

bebendo e cheirando pó."

Foi confinado 20 vezes por causa do

vício, em clínicas privadas e públicas.

Está sóbrio há dez anos --por força de

vontade, não à força pelas intervenções

médicas, acredita.

No ano passado, o homem que desde

menino sonhava em viver de literatura viu

um cartaz da prefeitura: concurso para

sepultador. Conseguiu dinheiro

emprestado e se inscreveu.

Também em 2012, foi acolhido por

Robson Padial, 48 --é dele o Sarau do

Binho, projeto itinerante que reúne

artistas da periferia paulistana.

Tico conheceu ali a Agência Popular de

Fomento à Cultura Solano Trindade, que

financiou uma tiragem de 500 exemplares

de "As Núpcias" (restam apenas cem

cópias).

Livro e resultado do concurso saíram

quase ao mesmo tempo. "Encontrei um

cantinho para morar e consegui pagar o

primeiro aluguel com a venda dos livros",

afirma.

Fernando Pastorelli/Folhapress

CONHECIMENTO DE CAUSA

Das dez histórias d'"As Núpcias", quatro

se passam em manicômios. A temática

rendeu a Tico, em maio, o 5º Prêmio

Carrano de Luta Antimanicomial e

Direitos Humanos.

A obra trata de abuso de medicamentos,

punição e abandono. Nenhum personagem

é real, mas o autor escreve com

conhecimento de causa.

"O que fazem lá é uma lobotomia

química. Me emocionei muito com 'Bicho

de Sete Cabeças' [filme de 2001 com

Rodrigo Santoro]. Daquilo mostrado, só

não vivi o choque elétrico."

Para ele, é necessário batalhar pela luta

antimanicomial, mas também ter cuidado

com a atual "psiquiatrização" dos

sentimentos.

"Você sai de qualquer posto de saúde com

[medicação] tarja preta. O Binho costuma

falar que qualquer farmácia é uma

biqueira [ponto de venda de drogas]. E

deve estar dando lucro, porque fica aberta

24 horas."

O coveiro-escritor acha que "os remédios

trazem uma felicidade de plástico que

interessa à indústria farmacêutica. Com a

cabeça cheia de Rivotril, o cara não

questiona nada".

Até a onda de protestos no país não seria a

mesma, diz. "Imagina se esses

manifestantes tomassem Lexotan... Eles

estariam dando risada."

Francivaldo Gomes, 45, administrador do

cemitério, não sabia que tinha um artista

entre os funcionários. "Temos 30

personagens famosos enterrados. Para um

lugar que tem tradição em cultura, é ótimo

ter um sepultador-escritor."

'SEM FRESCURICE'

"É um livro sem embromação nenhuma.

Não é sofisticado, fantasioso... Vai direto

ao ponto. Uma obra que interessa a quem

realmente gosta de ler, quer saber algo

sobre o cotidiano, sobre a cidade. Fiquei

realmente preso a tudo que se refere a São

Paulo, principalmente ao centro, que o

autor descreve muito bem, sem

"frescurice". É um título que merece

muito respeito dos leitores. Eu daria nota

8,5 para o escritor. E olha que sou muito

rigoroso com notas. Para chegar a 10 tem

que ser Edgar Allan Poe." José Mojica

Marins, o Zé do Caixão.

Folhetim

Page 2: Folhetim do Estudante - Ano II - Núm. XXII

2

do estudante ano II agosto/2013

OPINIÃO

Projetos que

Dialogam

A escola Miguel Maluhy

teve dois projetos aprovados no

PRODESC – Programa de

Projetos Descentralizados 2013 da

Secretária Estadual de Educação

que contemplam ações para o

enriquecimento e o aprofunda-

mento do estudos dos alunos do

Ensino Médio.

O Projeto “Desvendando

São Paulo – a viagem” é uma

iniciativa que visa desenvolver a

capacidade investigativa dos

estudantes além da elaboração de

uma ação planejada de estudos

que permitam a organização de

um trabalho coletivo por série que

apresente uma visão global sobre

os diversos aspectos que consti-

tuem um bairro da cidade de São

Paulo.

Essa atividade possibilita

uma integração dos conteúdos e

principalmente um aprimora-

mento da prática inter e

transdisciplinar, tanto para os

professores quanto para os alunos,

e o resultado dessa prática nós

poderemos observar na Mostra

Cultural que será promovida pela

Escola em meados do mês de

Novembro de 2013.

Ao mesmo tempo temos o

projeto “Um Escritor na Escola”,

ação já desenvolvida

anteriormente porém sem a ênfase

que está sendo dada nesse

momento, que visa desenvolver

com as turmas de ensino médio a

leitura de uma obra literária

contemporânea e que tenhamos a

presença do escritor para dialogar

com os alunos acerca das suas

motivações, inspirações e

vivências no desenvolvimento de

sua obra.

Nesse caso foi

selecionado pelos professores um

autor, Francisco Pinto de Campos

Neto, mais conhecido como Tico

e seu livro “Núpcias de

Escorpião”, que desenvolvesse

uma narrativa atual e essa

narrativa tivesse diretamente

relacionada com o eixo

“CIDADE ou URBANIDADE”,

temáticas que estão diretamente

enfocadas pelo projeto

“Desvendando São Paulo”.

Dessa maneira consegui-

mos desenvolver no ensino médio

um diálogo temático atendendo

todas as séries do ensino médio e

de diferentes períodos

possibilitando uma reflexão

profunda sobre o caráter coletivo

do trabalho que é gerado por um

projeto pedagógico que permite a

prática efetiva dos conceitos

extremamente discutidos e

difundidos pelas teorias

pedagógicas mais atuais.

Prof. Valter Gomes - História

RESENHAS

UMA LEITURA

PSICOPEDAGÓGICA DO

FILME: TODA CRIANÇA

É ESPECIAL

O objetivo desta resenha é

sugerir uma reflexão

psicopedagógica do filme “Toda

criança é especial” e propor um

debate sobre os diversos problemas

da aprendizagem infantil trazendo

alguns elementos para serem

aprofundados.

É importante compreender

o contexto para que tenhamos uma

visão ampla dos fatos e como se

formulou o processo de

aprendizagem do personagem

principal, isto é, quais eram suas

dificuldades, porque ele não

conseguia superá-las e o que foi

extremamente relevante para que

houvesse aprendizagem. Posto isto, o

contexto nos permite pensar os

pressupostos e implicações que

permeiam tais fatos.

Do mesmo modo, para

realizar uma leitura psicopedagógica

é fundamental destacar o contexto

social e familiar do sujeito aprendiz,

isto é, como é a sua estrutura

familiar, a escola que frequenta,

outros movimentos ou grupos que

participa, quais a habilidades, se há

alguma deficiência física ou mental.

folhetim

Page 3: Folhetim do Estudante - Ano II - Núm. XXII

3

do estudante ano II agosto/2013

O personagem principal da

história é Ishaan Nandkishore

Awasthi, um menino de 9 Anos de

idade. Ishaan é um menino sonhador,

a priori apresenta-se como uma

criança feliz, todavia pela

incompreensão sofrida o menino fica

deprimido, pois possui muita

dificuldade de aprendizagem, por

isso, é visto como preguiçoso,

desinteressado e burro. Mas o que

todos não sabem é que Ishaan é

disléxico.

A história desse garoto de

nove anos chamado Ishaan, é uma

grande lição de vida, isto é, um garoto

que queria brincar, aprender

brincando seria uma maneira de

conseguir alfabetizá-lo. O Filme

“Toda criança é especial” retrata a

história de inúmeras crianças

matriculadas ou não em nossas

instituições escolares. Ishaan e tantas

outras crianças precisam de uma

escola mais lúdica, com menos

formalidades e regras puramente

burocráticas e sem sentido. Em outras

palavras, Uma escola que desse valor

ao movimento, a cor, a arte, ou seja,

uma instituição que valorizasse os

sentidos, os canais de aprendizagem e

que tivessem profissionais

qualificados e comprometidos com o

processo de aprendizagem, que o

entendesse para transformar tudo isso

em prática. Desta forma, é

fundamental a ação e o conhecimento

do psicopedagogo na escola, pois esse

profissional tem o papel de observar e

agir diante do sofrimento de crianças

que tem seu direito de aprender

negado.

Concluímos que o afeto, o

uso do que é significativo e o estudo

do contexto que a criança está

inserida é extremamente importante

para um processo de aprendizagem e

uma construção de uma modalidade

de aprendizagem sadia. Segundo

Alicia Fernandez o desejo é peça

fundamental para a aprendizagem.

Através da nossa forma de agir

podemos rotular, ridicularizar e

humilhar os seres humanos que só

precisariam de um olhar, atenção, e de

estratégias para conseguirem crescer,

se desenvolver e aprender, de modo

que, este não precise ficar doente,

deprimido, triste, sem vida.

Prof. Daniel Menezes - Filosofia

literatura

Coletânea reúne autores

que construíram o

‘Sarau do Binho’

Livro mostra a construção do Sarau do

Binho. (Foto: Divulgação / Suzi Soares)

Lançamento da Quinzena

Por David da Silva, do Blog Bar &

Lanches Taboão

Uma seleção de 179

autores que nos últimos 17 anos

construíram a história do Sarau do

Binho, foi lançada em livro na

segunda-feira, dia 8 de julho, no

Espaço Clariô, em Taboão da

Serra.

Nascido no município, o

poeta Robinson Padial, o Binho,

48 anos, criou em 1996 o encontro

literário inicialmente chamado

Noite da Vela. Os artistas se

reuniam em um bar de propriedade

de Binho no bairro Jardim

Kennedy, na região do Campo

Limpo.

Em 1997 poetas de Campo

Limpo e Taboão saíam às ruas,

retirando dos postes placas com

propagandas eleitorais. Os painéis

eram repintados com poesias, e

devolvidos aos postes. Estava

criado o neologismo Postesia.

No ano de 2004 a reunião

de poetas foi renomeada de Sarau

do Binho, inspirado no movimento

poético Cooperifa, fundado quatro

anos antes por Sérgio Vaz e Marco

Pezão. Naquele mesmo ano, em 27

de novembro, o Sarau do Binho

lançou a manifestação de rua “Não

Matarás Nenhum Brasileiro”.

Três anos depois, Binho

desencadeou a Caminhada Cultural

pela América Latina, batizada pelo

jornalista David da Silva

de Expedición Donde Miras. Silva

assina a crônica intitulada Na

esquina de Campo Limpo com

New Orleans.

Esta sina poético-andarilha

deu a Binho o lampejo de inventor.

Em agosto de 2009 ele criou a

Bicicloteca – bicicleta munida de

estantes que distribui livros de

graça em comunidades de baixa

renda na região do Campo Limpo,

e também acompanha os artistas

nas suas peregrinações literárias.

O último bar que abrigava

o Sarau do Binho, ao lado da

Uniban (hoje Anhanguera/Campo

Limpo) foi fechado por

perseguição política da prefeitura

paulistana. Desde então, o sarau

cumpre uma itinerância poética por

vários pontos culturais da Capital,

Grande São Paulo, interior paulista

e outros Estados.

Dentre os seus vários portos

seguros, o Sarau do Binho lança

âncora todas ás segundas 2ªs-feiras

de cada mês no Clariô.

folhetim

Page 4: Folhetim do Estudante - Ano II - Núm. XXII

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do estudante ano II agosto/2013

to talk

Vocabulário: 15 tipos

de camisas em inglês Aqui segue uma lista com as

principais variações de camisas

para você não errar.

A. tank top: a nossa camiseta regata

B. T-shirt : camiseta (tem esse nome

pois quando aberta, ela lembra a letra

T).

C. sleeveless shirt: camiseta sem

manga

D. tube top: top

E. sports bra: top esportivo

F. jersey: camiseta de uniforme de

time (jersey é o nome do material

usado na maioria desse tipo de

camiseta).

G. V-neck shirt: camiseta com gola

V

H. polo shirt: camisa gola polo

I. Hawaiian shirt: camisa com

estampa havaiana

J. blouse: blusa feminina

K.turtleneck: camisa com gola alta

L. flannel shirt: camisa de flanela se

for feita de material mais quente ou

a plaid shirt : se for apenas xadrex

porém com material comum

M. dress shirt: camisa social

N. sweatshirt: moletom

O. tunic : túnica ou bata

www.institutoorange.blogspot.com

ação

Alunos do Miguel Maluhy

auxiliam na formação de

professores Municipais de

Educação Infantil

Ocorreu no último dia 03

de agosto de 2013 nas instalações

do CEU Vale do Sol, onde se

concentra também o Centro de

Educação Infantil Vale do Sol, um

encontro de formação envolvendo

professores da unidade de

educação Infantil, a Coordenadora

Pedagógica, Profª. Luzia e a

Gestora da CEI, Profª. Lenir, para

um diálogo sobre “Diversidade,

Literatura, Oralidade e Orienta-

lismo” conduzido pelo Prof.

Valter Gomes, que ministra aulas

de História e desenvolve projetos

de pesquisa e educação nessa área.

Esse diálogo educacional

permitiu um aprofundamento

sobre questões cruciais para a

prática pedagógica na atualidade

e, em especial, para o aprofunda-

mento dessas questões na

educação infantil e fundamental

básica, antes mesmo do ensino

médio.

Foram abordados concei-

tos como Identidade, Multicultu-

ralismo, Gênero, Tradição, Orien-

talismo, Eurocentrismo além da

necessidade de experi-mentar uma

prática educativa que atenda essa

perspectiva diversa do ser humano

que forma o lócus ESCOLA.

Alunos do Miguel Maluhy

do ensino médio auxiliaram esse

debate apresentando uma

adaptação de um estória infantil

que buscava explicitar esses

conceitos e fazer o uso da

oralidade através da contação de

estória para aproximar e

desenvolver a interação dos

ouvintes.

As professoras participa-

ram ativamente e se sensibi-

lizaram com o diálogo dedicando

o boa parte da formação para o

debate de ideias acerca das

motivações que essa iniciativa

trouxe para o grupo.

Entre os alunos partici-

pantes destacamos a aluna Talita

Novais Cavelho do 1ºE e o ex-

aluno Michael Douglas, conclu-

inte do ensino médio em 2012,

que foram personagens centrais na

adaptação apresentada.

Segue abaixo um depoimento da

Aluna Talita Novais Cavelho:

“A apresentação que fizemos na CEI

Vale do Sol foi um sucesso! Pensamos

que não ia dar certo apresentar para as

várias professoras com as falas não muito

treinadas, mas deu tudo certo. Após a

apresentação produzimos uma dinâmica

com os professores, porém discutimos

sobre a ideia central do texto de que o ser

humano não é uma única coisa e sim um

espectro de múltiplas e diversas coisas.

Foi muito bom, achei gratificante ter

participado desse evento e em qualquer

outra oportunidade que surgir para uma

nova apresentação não vou faltar porque

é assim que vamos crescendo e

enriquecendo nosso repertório cada vez

mais.”

folhetim

Page 5: Folhetim do Estudante - Ano II - Núm. XXII

5

do estudante ano II agosto/2013

EXTRA EXTRA

EXTRA

Carlos Fagner

José Brito

Luiz Henrique

Romário Oliveira

Prof. Valter Gomes

Alunos e Professores do

Maluhy são alguns dos

autores presentes na

coletânea

“SARAU DO BINHO”

Em função das diversas

ações conjuntas para desenvolver

a leitura e a participação dos

alunos em situações de

protagonismo literário tais como

concursos, saraus e leituras

dramáticas além de performances

que utilizam a oralidade e a

musicalidade, e tendo como

parceiros culturais o coletivo do

Sarau do Binho, que tem em

Robson Padial o seu mentor,

conseguimos criar uma

oportunidade única que está

transformando muitos jovens em

leitores críticos bem como em

autores de textos utilizando as

diferentes perspectivas dos gêneros

literários. E é com mérito

reconhecido que alguns desses

estudantes tiveram suas produções

selecionadas e publicadas nessa

importante coletânea que já surge

com uma grande experiência a ser

utilizada e debatida pelos

professores que atuam educadores

nos estudos literários e

articuladores do desenvolvimento

da escrita entre os jovens da escola

pública. Os alunos autores Carlos

Fagner, José Brito, Luiz Henrique

e Romário Oliveira merecem

nossos cumprimentos pelo feito e

pelo elogio de diversos leitores de

seus textos, sejam os do livro

sejam aqueles publicados

consistentemente nesse Folhetim.

Os livros poderão ser adquiridos

nos Saraus ou em contato através

do blog:

saraudobinho.blogspot.com !

Prof. Rubens Santos

folhetim