Upload
valter-gomes
View
297
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
do estudanteNum VIII
1ª quinzena - setembro/2012
Folhetim do estudante é uma
publicação de cunho cultural e
educacional com artigos e textos
exclusivos de Professores, alunos
e membros da comunidade da
“E.E. Miguel Maluhy”.
Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br
Sugestões e textos para:
Variedades “Alunos do
Maluhy no projeto Criança
Esperança” pág.2
NOTÍCIAS DO INTERCÂMBIO
Uma nova experiência
O primeiro dia no curso relacionado
ao intercâmbio cultural do Programa
de Língua e Cultura Árabe foi muito
legal, gostei muito, nós fizemos o
reconhecimento do espaço e o que
mais me chamou a atenção foram os
instrumentos árabes. Foi muito
emocionante o primeiro dia e bem
divertido.
Eu estou achando muito interessante
o programa e pretendo me dedicar e
aprofundar-me cada vez mais nessa
cultura. Logo no primeiro dia o
professor já começou a conversar
conosco em Árabe e foi uma grande
surpresa para todos nós.
Enfim gostei muito de entrar nesse
programa, essa oportunidade que tive
está sendo muito importante para
mim e vai ajudar muito a enriquecer
o meu conhecimento além do meu
futuro. Estou amando participar do
projeto e tenho certeza que fiz uma
grande escolha para os objetivos
futuros que pretendo alcançar.
Talita Novais – 8ªE
_________________________
TENDÊNCIAS/DEBATES
Reforma estapafúrdia
Querem professores de ensino médio
generalistas como os do ensino básico.
O aluno esperará a faculdade para ter
professores especialistas. Será tarde
demais
A ideia que o Ministério da Educação
(MEC) tem para melhorar a educação
brasileira é a extinção do "professor de
colégio". Nunca pensei que se chegaria
nisso. É fantástico: não havendo mais a
figura do professor, tudo se resolve.
A reforma que o MEC propõe para o
ensino médio se resume nisto: ficam
extintas as disciplinas tradicionais -
português, história, física, filosofia etc.
Seus conteúdos devem ser diluídos em
"áreas", criadas sem respaldo
epistemológico, mas apenas como
reflexo do mal arrumado Enem.
A proposta foi tema de dois textos nesta
seção no último sábado. Com ela, o MEC
atual repete o erro da ditadura militar.
Pela Lei de Diretrizes e Bases de 1971,
foi feito algo parecido, tendo sido
necessário voltar atrás sete anos depois,
quando foi constatado o fracasso da
reforma.
Como não nasci ontem, posso dizer quais
as principais consequências da reforma
atual proposta.
1) A primeira é gravíssima:
desaparecendo a disciplina, desaparece a
figura do professor da escola média, ou
seja, o tradicional professor de colégio,
uma vez que é pelo domínio de um
conteúdo específico que ele se
caracteriza.
O professor do ensino médio será um
generalista igual ao professor do ensino
das primeiras séries do ensino
fundamental. Ele poderá ser despejados
dentro das tais áreas e, conforme o jogo
de forças interno a elas, descartado.
Professor sem disciplina no âmbito do
colégio não é professor.
2) Não havendo mais a profissão de, por
exemplo, professor de física, de filosofia
ou de história, para que serviriam os
cursos de licenciatura na universidade
brasileira? Para nada. Isso vai causar
desprestígio ainda maior da carreira do
magistério e o fechamento das
licenciaturas na universidade.
3) Não existindo mais disciplinas na
escola média, queiram ou não, haverá um
vácuo de três anos na vida do jovem.
As áreas não funcionarão de imediato (se
é que algo assim possa funcionar um
dia!), como sempre ocorre nesses casos
de mudanças esdrúxulas. Haverá, então,
o caos na escola: não se saberá que tipo
de professor deverá ficar com os alunos
e, ao fim e ao cabo, teremos rapidamente
na universidade duas ou mais gerações
com três anos a menos de ensino.
4) Descaracterizada dessa maneira, a
escola média irá se configurar como um
"lugar de espera". Será um tipo de
playground para adolescentes (!), que
deverão ficar lá, "na bagunça" -
provavelmente eles próprios perceberão
que não se sabe o que fazer com eles. A
escola será um lugar para segurar uma
juventude que deverá esperar a
universidade para voltar a ter professor
especialista!
A universidade, por sua vez, terá de arcar
com a tarefa de suprir o que se perdeu
nesses três anos. Obviamente, não
conseguirá dar conta disso. O ensino
universitário sofrerá pressão no sentido
de baixar seu nível, uma vez que a
maioria dos alunos não estará
entendendo coisa alguma em sala de
aula.
Tecnicamente, no jargão da sociologia da
educação, trata-se aí de "expropriação do
saber" do professor, uma conhecida
antessala para arrocho salarial e
contenção de despesa.
PAULO GHIRALDELLI JR., 55, é
filósofo, professor da UFRRJ
(Universidade Federal Rural do Rio de
Janeiro) e autor de "As Lições de Paulo
Freire" (Manole)
Folhetim
2
do estudante setembro/2012
debate
Beleza “A beleza é a única coisa preciosa na
vida. É difícil encontrá-la, mas quem
consegue descobre tudo”.
Charles Chaplin
Primeiramente quero iniciar
com uma pergunta, o que é feio para
você?
Feio, segundo uma definição de nosso
dicionário, é tudo aquilo que não
obedece aos padrões de beleza, porem
precisamos estar atentos em quais
padrões a nossa sociedade tem
estabelecido esses conceitos.
Ao ligarmos nossas TV’s nos
deparamos com uma beleza imposta
pela mídia, e se formos nos basear por
ela, devemos ser magros, estar sempre
extremamente arrumados e mostrar
uma coisa que não somos. A mídia tem
um poder em nossas vidas do qual não
nos damos conta, as novelas, por
exemplo, impõem padrões que a
maioria da população adere, usando as
roupas que veem, falando coisas que
escutam, e muitas vezes, agindo como
agem.
Entretanto existem aqueles
que não aderem os padrões de beleza
impostos pela mídia, porem esses
encontram dificuldades em serem
aceitos pelos demais e até para
ingressar no mercado de trabalho.
Devemos nos conscientizar de
que a maior beleza não é a estética,
que nossos olhos podem ver
facilmente, pelo contrario, a beleza
esta em nosso interior e só quem é
capaz de dizer se somos bonitos ou
não, somos nós mesmos, através de
nossas atitudes. A nossa autoestima
nos faz bonitos e as ações de bondade
são transbordantes em beleza. O
sorriso é sem dúvidas a curva mais
perfeita em qualquer pessoa e é nisso
que devemos nos basear, não no que a
mídia impõe.
Beatriz Souza Santos – 3ºF
Trajetória e convicção
“...A expressão “matar o tempo”
é um dos maiores disparates já urdidos
pela cretinice humana, pelo desperdício
implicado e por sua inexequibilidade...”
Eis porque minha trajetória no
Maluhy iniciou-se exatamente em um
momento da minha vida que eu não
queria ficar com meu tempo vago, me
distraindo com coisas sem importância,
isso aconteceu em 2010, na metade do
ano, quando eu iniciei em meu primeiro
emprego.
Sempre ouvi comentários sobre
os professores desta escola, que eles
realmente exigiam resultados dos alunos,
logo no primeiro momento fiquei
sabendo do tão “temido” TCS (Trabalho
de conclusão de série) e sinceramente eu
me assustei, porém aceitei o desafio e
mesmo sem conhecer totalmente a
metodologia dos professores resolvi
fazer. Para minha surpresa fui
classificada para a entrevista, então me
encontrei diante de uma banca de
professores aos quais eu mal conhecia.
Lembro claramente que em meu
TCS e criticava o sistema de cotas nas
universidades mas após a entrevista eu
mudei completamente de opinião.
Esta escola me fez aprimorar
meu senso crítico e me fez acreditar em
mim mesma. Muitos não reconhecem os
professores que temos e vale lembrar que
o tempo perdido não volta para que
possamos corrigir nossos erros e que os
fins justificam os meios. Somos seres
finitos e bens materiais passam, uma das
únicas coisas que não poderão tirar de
nós é o nosso conhecimento. Em algumas
ocasiões vejo que os professores nos
tratam como profissionais e fica nítido
que eles acreditam em nós, a juventude
pois somos o futuro da nação e é bom
saber que apostam em nós.
Reconheço que tenho muito o
que aprender e que conviver com pessoas
inteligentes me inspira. Pressuponho que
todos precisam dar o primeiro passo e
afirmo que o Maluhy me ensinou a
andar.
Beatriz Souza Santos – 3ºF
Eleições 2012
Faltando tão pouco tempo para
nós cidadãos Brasileiros irmos as urnas
votar, fica quase impossível não falar
sobre o tema. Assim como em todos os
anos de eleição, no mês de Outubro
temos a difícil missão de escolher os
políticos que administrarão nossa cidade.
As ruas, a TV, as revistas, as
estações de rádio e até mesmo o nosso
mais novo meio de comunicação a
internet, andam cheios de propagandas
eleitorais, e o povo como sempre é
bombardeado com promessas de
melhorias nos hospitais, escolas, trânsito,
etc.
Os escândalos envolvendo
vários políticos em casos de corrupção só
tornaram o povo mais desconfiado e
desanimado em relação a política no
país, temos como exemplo o mensalão, e
como esse tantas outras polêmicas
envolvendo a roubalheira política.
Entretanto, não podemos culpar apenas
os políticos que agem de forma
criminosa, sendo corrupto e desviando as
verbas que são destinadas as
necessidades do povo, nós também
somos culpados por não cobrar as
promessas que nos foram feitas antes dos
nossos candidatos serem eleitos, somos
culpados por não apoiar aqueles que
ainda lutam para conseguir condições
melhores.
É triste admitir, mas o povo
brasileiro está acomodado.
Natália Rodrigues – 3ºF
folhetim
3
do estudante setembro/2012
OPINIÃO
LEIO PARA TORNAR
OS OUTROS
INTERESSANTES
Pode parecer presunção, mas
sim, eu seleciono as pessoas pelo que
elas leem pelo que elas realizam a
partir do que leem e especialmente a
partir do que amam a partir da leitura.
A leitura é claro que permite um
mundo especial e à parte. Acho muito
legal, quando um aluno comenta
comigo algo que esteja lendo para
cumprir um compromisso escolar e ao
mesmo tempo descobrir a si e aos
outros.
Estamos sim diante de um
grupo de jovens inexperientes e sem
formação escolar que lhes assegurasse
um nível elementar de leitura. A
experiência com as turmas dos
primeiros anos em participar com
procedimento (atitude respeitosa e
atenta a alguém que nos visita e traz
algo novo) é uma verdadeira
oportunidade para que tenhamos uma
atitude diferente em relação a nossos
colegas, professores, vizinhos e na
comunidade em geral.
Assistir ao filme CURTA
SARAUS, é também o esforço de
centenas de pessoas que descobriram
na periferia que poderiam ter uma
alternativa a violenta exclusão
cultural que é imposta a todos que
moram na periferia. Ao mesmo
tempo, encontrar a cavalaria andante
do BINHO com nosso companheiros ,
é sim um verdadeiro gesto libertário.
É libertário sim que você se descubra
como pessoa, com sentimentos,
emoções sinceras, fraternidade
humana e companheirismo literário.
Sim, isso é possível sim e ouso
afirmar, que nos encontrar em um
ambiente em que a vida e a poesia
sejam servidas a todos, é realmente
um grande gesto de solidariedade
humana.
Quero dizer com isso, que
nossa relação como seres humanos se
transforme e possibilite que tenhamos
uma nova forma de convívio a partir
de ideias, de ações de pensamentos
transformados a partir da reflexão.
Agora um toque final. Estava
conversando com o BINHO, que
considero a biblioteca, uma clínica
luxuosa e afetuosa que não nos injeta
remédio e seus atendentes nos olham
com uma ternura carinhosa e silêncio.
Aprendi isso com o escritor MIGUEL
SANCHES NETO sobre o
aprendizado humanista e quantos que
foram curados de profundas dores
humanas no silêncio da biblioteca.
Este escritor Miguel Sanches Neto,
tem um livro gente tão luminoso UM
AMOR ANARQUISTA, sobre a
extraordinária experiência anarquista,
da Colônia Cecília, no Paraná. Uma
colônia anarquista, onde o amor era
livre. Mas pode o amor não ser livre?
Prof. Rubens Aparecido
VARIEDADES
Projeto Criança Esperança
“A experiência no Criança Esperança foi
maravilhosa, pelo fato de me deparar com
uma cultura periférica. Crianças são tratadas
com muito carinho por seus instrutores e
professores, têm a oportunidade de aprender
música, dança, esportes e outras atividades
culturais.
A Bibliaspa, responsável por nossa
experiência, é uma outra oportunidade
maravilhosa em minha vida. Hoje eu consigo
ver que não há coisa melhor do que
conseguir experiências inimagináveis apenas
usando sua mente, e não seu trabalho
braçal.” Luiz Henrique – 3ºG
O projeto criança esperança desse ano,
promovido pela Rede Globo de Televisão,
teve como tema a formação da identidade
brasileira, mas também mostrou parte da
cultura de outros países. Esse projeto foi
realizado na Vila Brasilândia, região
noroeste da cidade de São Paulo, local
onde se tem um ótimo espaço no qual
ocorrem algumas atividades com crianças
carentes.
O projeto foi realizado da seguinte forma:
foi uma semana e meia de duração do
evento, cada dia era um país a ser
trabalhado. Os alunos do Maluhy que
participam de projeto de Intercâmbio
PLCA – Programa de Língua e Cultura
Árabe na BibliASPA que é um centro de
pesquisa da língua e cultura árabe, tiveram
a oportunidade de participarem das ações
no Criança Esperança.
A equipe BibliASPA se reuniu para
discutir o que seria melhor para a ser
desenvolvido de uma forma que as
crianças entendessem um pouco da cultura
e da língua Árabe, mas pudessem
participar também, fomos bem animados
para a unidade do Criança Esperança na
Brasilândia.
A nossa ação partiu da apresentação do
alfabeto árabe a interações com o uso da
música. Para as crianças menores,
apresentamos o alfabeto por meio da
participação da Janaina Elias, uma artista
plástica que faz suas obras com as letras
do alfabeto árabe e parte delas se
encontram expostas na BibliASPA. Ela
levou alguns carimbos com a forma das
letras e com o uso de tintas as crianças
puderam usar a sua criatividade para fazer
desenhos com as letras. Já com os mais
jovens, interagimos com a música, todos
participaram, criamos uma música
misturando a língua portuguesa com a
língua árabe utilizando o rap como estilo e
ficou bem legal. O tema era diversidade e
paz.
No fim da semana, dia 18/08 e 19/08,
ocorreu a festa de encerramento do
projeto e nos chamaram novamente para
apresentar a música, momento no qual
cada país representado tinha uma
apresentação a fazer, nós nos
apresentamos, cantamos e foi um
momento maravilhoso, foi uma ótima
experiência.
Os alunos do Comendador Miguel
Maluhy que participaram desse evento
foram : Jéssyca Deborah, Luiz Henrique,
Michael Douglas e Rebecca Campos.
Jéssyca Deborah – 3º E
folhetim
4
do estudante setembro/2012
RESENHAS Os Capitães da Areia
“Capitães da Areia era um grupo de
meninos abandonados, meninos de rua,
que ajudavam uns aos outros e moravam
no Trapiche localizado próximos a uma
das praias de Salvador, capital da Bahia.
Eram excluídos da sociedade e por esse
motivo roubavam, praticavam furtos e
surrupiavam coisas das pessoas para
sobreviver.
Era um grupo grande, a meu ver, mais de
50 meninos, dos quais os que se
destacavam eram Pedro Bala (o líder),
Boa vida, Gato, Negro, Professor e Sem
pernas.
Um certo dia Professor, que além da
habilidade de desenhar, contava estórias
aos demais, estava desenhando em uma
praça próxima ao Pelourinho e um
menino que também era morador de rua
ali parou e ficou observando-o desenhar
para desespero de sua irmã Dora que não
o encontrou no local combinado após ela
ir pedir alimento para os dois em um
local próximo. De repente chega a
menina Dora nervosa com seu irmão e é
convidada pelo Professor para viver com
eles no Trapiche e ela será a única
menina na história dos capitães da areia.
Professor se interessa por Dora mas ela
acaba gostando do líder, Pedro Bala.
Algum tempo depois eles começam a
namorar.
Pedro Bala é agredido covardemente por
meninos de outro grupo e logo depois se
vinga e antes que a briga grupal acabasse
a polícia intervém e acabada prendendo
Pedro Bala e levando-o para o
reformatório enquanto Dora é levada
para uma escola de freiras.
Pedro foge e volta para o seu grupo e
junto com os capitães da areia vão
resgatar Dora, porém ela estava
gravemente doente.
Dora morre deixando seu irmão Zé
Fuinha com os outros. Cada um dos
capitães se conscientiza, se separam e
viram homens honestos como sugere o
final do filme.
Filme que gostei porque mostra a
realidade dura em que vivemos e para
muitos, infeliz. Meninos que tem muitas
das vezes que fazer um trabalho
desonesto para sobreviver. Os meninos
representados no título tem uma ligação
muito forte, algo raro hoje em dia, talvez
pelo mundo virtual...mas ao contrário do
filme, na realidade, são poucas as
crianças de rua, abandonadas que
conseguem um bom futuro, talvez
nenhuma.
Hellen Tahyne – 1ºH
O filme Capitães de Areia conta uma
história de um grupo de meninos e uma
menina apenas, nesse grupo, que moram
na rua. A história em si é muito
interessante pois nos mostra alguns fatos
que acontecem na vida real. Eles
roubam, passam fome, brigam mas entre
eles há uma corrente muito forte pois
quando acontece algum problema todos
se reúnem para solucionar o problema.
O fato de todos serem jovens e
independentes me interessou bastante
mas a cena que mais me chamou a
atenção foi quando aquela jovem menina,
Dora, aparece cuidando de sua mãe a
beira da morte com o sentimento de
responsabilidade de que se sua mãe
morrer, o irmão dela que é muito
pequeno vai ficar sob sua guarda sem ter
o que comer, enfim...
Outra cena interessante ocorre quando o
Professor levou Dora e seu irmão para o
Trapiche, lugar onde ele e todos os
meninos moravam, momento no qual
todos os meninos queriam aproveitar-se
dela e quando Pedro Bala falou que
mulher não prestava e no filme eles se
enamoram com planos de nunca se
separarem...
Carol Machado – 1ºI
O Filme Capitães da Areia retratou o
cotidiano e a vida que jovens moradores
de rua viviam na época em que o enredo
se passa, de qualquer jeito o que é dito
no livro e mostrado no filme,
considerando os dois como um só objeto
de análise, se aplica muito bem aos
tempos contemporâneos.
O protagonista, pelo menos do meu
ponto de vista, é Pedro Bala, considerado
pelas autoridades um delinquente e por
seus companheiros um líder e herói. Vive
no Trapiche com cerca de 40 outros
jovens cuja idade varia, é o líder dos
capitães da areia, e poxa que vidinha
complicada, a maioria das vezes
elaborando planos no mínimo complexos
e cujo os quais exige um intelecto acima
da maioria somente para ter o que comer
e para não morrer de fome.
Esses garotos estavam no mínimo
totalmente excluídos da sociedade e
vivendo num contexto desses não é pra
menos que eles basicamente ficassem se
lamentando pela vida, transando,
bebendo, fumando e a vida deles
seguindo em frente. Quem vê pode até
achar que esses moleques não tinham
futuro, mas o fim do filme mostra o
Professor, personagem da estória, falar
um pouco de como se tornaria a vida dos
capitães da areia no futuro, um seria
padre, outro artista e Pedro Bala iria lutar
pela liberdade.
Eu ainda não terminei a leitura do livro,
o que é uma lastima já que sem dúvida
ler o livro e assistir ao filme representa
duas experiências diferentes para uma
obra admirável.
Sobre o descaso que os alunos da escola
fazem com o livro que ganharam de
graça, poxa vida, podem saber que o
autor está revirando-se no túmulo pela
idiotice demonstrada por essa geração
atual.
Flávio Steffano – 1ºJ
O filme, no todo, foi bem explicativo,
passei a entender melhor o título, porém
tem cenas bem fortes, mas isso não vem
ao caso.
O que eu percebi é que um grupo de
jovens, moradores de rua, levava uma
vida adulta, já que eram pobres e não
tinham o que comer. Eram chamados de
capitães da areia e viviam uma vida
muito sofrida.
Eles eram centrados em negócios e em
atos de roubo pois como eram pobres
não tinham nada na vida. Os personagens
que mais se destacaram foram Pedro
Bala e Dora que se conheceram na
metade da estória. Bala era o líder do
grupo e Dora uma menina que acabara de
perder a mãe e ficou sozinha com o
irmão e sem lugar para morar até que um
dia perambulando pela cidade com o
irmão, famintos e cansados, deixou seu
irmão em um local e foi procurar algo
para comerem, quando voltou seu irmão
não estava onde ela o tinha deixado. Ela
ficou ali desesperada, mas, depois de
alguns minutos, encontrou o irmão com
alguns meninos, momento no qual
conheceu o Professor que a levou para o
local onde eles moravam e depois disso
viveram uma aventura com muita
emoção, romance e até morte.
Com certeza depois desse filme comecei
a ver o mundo como ele é e com outros
olhos.
Gustavo Dias – 1ºK
Resenhas do filme “Capitães da
Areia” adaptação da obra de
Jorge Amado
Direção: Cecília Amado
Brasil -2010
folhetim
5
do estudante setembro/2012
POÉTICAS Soneto de voz
De amor ela me chama
O mesmo espera de mim
Meu coração agora em chama
Diz que nunca viu um amor assim
De amor eu a chamo
E transmito o que sinto
O que sinto é insano
Eu te amo,não minto.
Me chame de novo
Sussurre para mim
Naquela voz de choro
Meu amor sem fim
Aqui eu me despeço
E me perco em mim
Davi Benseman – 3ºE
AGENDA
Cine-Pipoca: “A morte de Quincas
Berro D´água , sala 17- noturno
14/09/2012
Cine-Pipoca: “RIO”, sala 17-
tarde, 14/09/2012
DICAS Participar: Ciclo de Atividades
Travessias em Conflito – O lado B
da imigração japonesa no Brasil.
12/09/2012 – Projeção do filme
“Corações sujos” 21:30h
Mais detalhes no site abaixo http://travessiasemconflito.com.br
Organização e Divulgação Núcleo HANA
NOTÍCIAS QUENTINHAS
DIÁLOGOS COM O
SAGRADO, a experiência de fé
no humanismo e na tolerância
religiosa
A sociedade brasileira tem
marchado com passos vigorosos
para trás. Afirmo isso, pois a
intolerância religiosa infelizmente
já se instalou há muito tempo no
interior da escola. A regressão do
ensino e da reflexão da sociedade
em geral e principalmente da
juventude nos apresentam um
quadro preocupante sobre esses
níveis de intolerância.
A obrigatoriedade do
ensino da historia e cultura do povo
africano, estabelecido pela lei nº
10.639, revela o quanto a sociedade
brasileira, especialmente a escola
tem agido, contra as comunidades
negras, associando-as como sempre
fizeram as elites a tudo que pode
desqualificar as tradições culturais
dessas comunidades.
Tenho encontrado pais que
se recusam a permitir que seus
filhos participem de festas juninas,
por serem festas pagãs (Santo João,
São Pedro), ignorando
completamente a história da cultura
humana e especialmente a dos
brasileiros generosos, já temos
descoberto alunos que praticam
uma falsa capoeira, denominada
capoeira ‘gospel’ que elimina
especialmente os elementos
africanos desta luta. Isso é um
verdadeiro crime contra a cultura
do povo brasileiro.
Para encarar de frente a
essa situação, uma equipe de
professores da EMEF.PROF.
ILEUSA CAETANO DA SILVA,
formulou um projeto para dialogar
com alunos e comunidade, os
fundamentos espirituais de
religiões milenares. O que
buscamos, procuramos sacerdotes
importantes em religiões milenares
e preparamos alunos para
participarem de um dialogo direto
com esses sacerdotes, e com uma
visita aos ambientes de culto
religioso. Com a finalidade de
aprender, respeitar e compreender
as experiências religiosas em suas
distinções históricas e
especialmente espirituais. Pedimos
aos sacerdotes, que a partir de uma
narrativa significativa de sua
religião, uma narrativa que
ensinasse o que existe em comum
entre as religiões e que essas
práticas podem viver em harmonia,
diálogo e convívio fraterno.
Temos tido um resultado
especialmente gratificante e sempre
inovador. Convidamos religiosos
pertencentes as seguintes religiões:
judaísmo, protestantismo, budismo,
cristianismo, islamismo e
candomblé. Já recebemos a visita
dos seguintes sacerdotes: RABINO
Gilberto Ventura, Reverendo Luis
Carlos Ramos. É aberto a qualquer
pessoa, com convite aos pais e a
comunidade em geral. O próximo
religioso que receberemos é
Antonio Nakamura, da BSGI, que
terá como tema a contribuição do
budismo para a paz humana.
Prof. Rubens Santos
___________________________
folhetim