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1 do estudante Num VIII 1ª quinzena - setembro/2012 Folhetim do estudante é uma publicação de cunho cultural e educacional com artigos e textos exclusivos de Professores, alunos e membros da comunidade da “E.E. Miguel Maluhy”. Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br Sugestões e textos para: [email protected] Variedades Alunos do Maluhy no projeto Criança Esperança” pág.2 NOTÍCIAS DO INTERCÂMBIO Uma nova experiência O primeiro dia no curso relacionado ao intercâmbio cultural do Programa de Língua e Cultura Árabe foi muito legal, gostei muito, nós fizemos o reconhecimento do espaço e o que mais me chamou a atenção foram os instrumentos árabes. Foi muito emocionante o primeiro dia e bem divertido. Eu estou achando muito interessante o programa e pretendo me dedicar e aprofundar-me cada vez mais nessa cultura. Logo no primeiro dia o professor já começou a conversar conosco em Árabe e foi uma grande surpresa para todos nós. Enfim gostei muito de entrar nesse programa, essa oportunidade que tive está sendo muito importante para mim e vai ajudar muito a enriquecer o meu conhecimento além do meu futuro. Estou amando participar do projeto e tenho certeza que fiz uma grande escolha para os objetivos futuros que pretendo alcançar. Talita Novais 8ªE _________________________ TENDÊNCIAS/DEBATES Reforma estapafúrdia Querem professores de ensino médio generalistas como os do ensino básico. O aluno esperará a faculdade para ter professores especialistas. Será tarde demais A ideia que o Ministério da Educação (MEC) tem para melhorar a educação brasileira é a extinção do "professor de colégio". Nunca pensei que se chegaria nisso. É fantástico: não havendo mais a figura do professor, tudo se resolve. A reforma que o MEC propõe para o ensino médio se resume nisto: ficam extintas as disciplinas tradicionais - português, história, física, filosofia etc. Seus conteúdos devem ser diluídos em "áreas", criadas sem respaldo epistemológico, mas apenas como reflexo do mal arrumado Enem. A proposta foi tema de dois textos nesta seção no último sábado. Com ela, o MEC atual repete o erro da ditadura militar. Pela Lei de Diretrizes e Bases de 1971, foi feito algo parecido, tendo sido necessário voltar atrás sete anos depois, quando foi constatado o fracasso da reforma. Como não nasci ontem, posso dizer quais as principais consequências da reforma atual proposta. 1) A primeira é gravíssima: desaparecendo a disciplina, desaparece a figura do professor da escola média, ou seja, o tradicional professor de colégio, uma vez que é pelo domínio de um conteúdo específico que ele se caracteriza. O professor do ensino médio será um generalista igual ao professor do ensino das primeiras séries do ensino fundamental. Ele poderá ser despejados dentro das tais áreas e, conforme o jogo de forças interno a elas, descartado. Professor sem disciplina no âmbito do colégio não é professor. 2) Não havendo mais a profissão de, por exemplo, professor de física, de filosofia ou de história, para que serviriam os cursos de licenciatura na universidade brasileira? Para nada. Isso vai causar desprestígio ainda maior da carreira do magistério e o fechamento das licenciaturas na universidade. 3) Não existindo mais disciplinas na escola média, queiram ou não, haverá um vácuo de três anos na vida do jovem. As áreas não funcionarão de imediato (se é que algo assim possa funcionar um dia!), como sempre ocorre nesses casos de mudanças esdrúxulas. Haverá, então, o caos na escola: não se saberá que tipo de professor deverá ficar com os alunos e, ao fim e ao cabo, teremos rapidamente na universidade duas ou mais gerações com três anos a menos de ensino. 4) Descaracterizada dessa maneira, a escola média irá se configurar como um "lugar de espera". Será um tipo de playground para adolescentes (!), que deverão ficar lá, "na bagunça" - provavelmente eles próprios perceberão que não se sabe o que fazer com eles. A escola será um lugar para segurar uma juventude que deverá esperar a universidade para voltar a ter professor especialista! A universidade, por sua vez, terá de arcar com a tarefa de suprir o que se perdeu nesses três anos. Obviamente, não conseguirá dar conta disso. O ensino universitário sofrerá pressão no sentido de baixar seu nível, uma vez que a maioria dos alunos não estará entendendo coisa alguma em sala de aula. Tecnicamente, no jargão da sociologia da educação, trata-se aí de "expropriação do saber" do professor, uma conhecida antessala para arrocho salarial e contenção de despesa. PAULO GHIRALDELLI JR., 55, é filósofo, professor da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) e autor de "As Lições de Paulo Freire" (Manole) Folhetim

Folhetim do Estudante Digital núm. VIII

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1

do estudanteNum VIII

1ª quinzena - setembro/2012

Folhetim do estudante é uma

publicação de cunho cultural e

educacional com artigos e textos

exclusivos de Professores, alunos

e membros da comunidade da

“E.E. Miguel Maluhy”.

Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br

Sugestões e textos para:

[email protected]

Variedades “Alunos do

Maluhy no projeto Criança

Esperança” pág.2

NOTÍCIAS DO INTERCÂMBIO

Uma nova experiência

O primeiro dia no curso relacionado

ao intercâmbio cultural do Programa

de Língua e Cultura Árabe foi muito

legal, gostei muito, nós fizemos o

reconhecimento do espaço e o que

mais me chamou a atenção foram os

instrumentos árabes. Foi muito

emocionante o primeiro dia e bem

divertido.

Eu estou achando muito interessante

o programa e pretendo me dedicar e

aprofundar-me cada vez mais nessa

cultura. Logo no primeiro dia o

professor já começou a conversar

conosco em Árabe e foi uma grande

surpresa para todos nós.

Enfim gostei muito de entrar nesse

programa, essa oportunidade que tive

está sendo muito importante para

mim e vai ajudar muito a enriquecer

o meu conhecimento além do meu

futuro. Estou amando participar do

projeto e tenho certeza que fiz uma

grande escolha para os objetivos

futuros que pretendo alcançar.

Talita Novais – 8ªE

_________________________

TENDÊNCIAS/DEBATES

Reforma estapafúrdia

Querem professores de ensino médio

generalistas como os do ensino básico.

O aluno esperará a faculdade para ter

professores especialistas. Será tarde

demais

A ideia que o Ministério da Educação

(MEC) tem para melhorar a educação

brasileira é a extinção do "professor de

colégio". Nunca pensei que se chegaria

nisso. É fantástico: não havendo mais a

figura do professor, tudo se resolve.

A reforma que o MEC propõe para o

ensino médio se resume nisto: ficam

extintas as disciplinas tradicionais -

português, história, física, filosofia etc.

Seus conteúdos devem ser diluídos em

"áreas", criadas sem respaldo

epistemológico, mas apenas como

reflexo do mal arrumado Enem.

A proposta foi tema de dois textos nesta

seção no último sábado. Com ela, o MEC

atual repete o erro da ditadura militar.

Pela Lei de Diretrizes e Bases de 1971,

foi feito algo parecido, tendo sido

necessário voltar atrás sete anos depois,

quando foi constatado o fracasso da

reforma.

Como não nasci ontem, posso dizer quais

as principais consequências da reforma

atual proposta.

1) A primeira é gravíssima:

desaparecendo a disciplina, desaparece a

figura do professor da escola média, ou

seja, o tradicional professor de colégio,

uma vez que é pelo domínio de um

conteúdo específico que ele se

caracteriza.

O professor do ensino médio será um

generalista igual ao professor do ensino

das primeiras séries do ensino

fundamental. Ele poderá ser despejados

dentro das tais áreas e, conforme o jogo

de forças interno a elas, descartado.

Professor sem disciplina no âmbito do

colégio não é professor.

2) Não havendo mais a profissão de, por

exemplo, professor de física, de filosofia

ou de história, para que serviriam os

cursos de licenciatura na universidade

brasileira? Para nada. Isso vai causar

desprestígio ainda maior da carreira do

magistério e o fechamento das

licenciaturas na universidade.

3) Não existindo mais disciplinas na

escola média, queiram ou não, haverá um

vácuo de três anos na vida do jovem.

As áreas não funcionarão de imediato (se

é que algo assim possa funcionar um

dia!), como sempre ocorre nesses casos

de mudanças esdrúxulas. Haverá, então,

o caos na escola: não se saberá que tipo

de professor deverá ficar com os alunos

e, ao fim e ao cabo, teremos rapidamente

na universidade duas ou mais gerações

com três anos a menos de ensino.

4) Descaracterizada dessa maneira, a

escola média irá se configurar como um

"lugar de espera". Será um tipo de

playground para adolescentes (!), que

deverão ficar lá, "na bagunça" -

provavelmente eles próprios perceberão

que não se sabe o que fazer com eles. A

escola será um lugar para segurar uma

juventude que deverá esperar a

universidade para voltar a ter professor

especialista!

A universidade, por sua vez, terá de arcar

com a tarefa de suprir o que se perdeu

nesses três anos. Obviamente, não

conseguirá dar conta disso. O ensino

universitário sofrerá pressão no sentido

de baixar seu nível, uma vez que a

maioria dos alunos não estará

entendendo coisa alguma em sala de

aula.

Tecnicamente, no jargão da sociologia da

educação, trata-se aí de "expropriação do

saber" do professor, uma conhecida

antessala para arrocho salarial e

contenção de despesa.

PAULO GHIRALDELLI JR., 55, é

filósofo, professor da UFRRJ

(Universidade Federal Rural do Rio de

Janeiro) e autor de "As Lições de Paulo

Freire" (Manole)

Folhetim

2

do estudante setembro/2012

debate

Beleza “A beleza é a única coisa preciosa na

vida. É difícil encontrá-la, mas quem

consegue descobre tudo”.

Charles Chaplin

Primeiramente quero iniciar

com uma pergunta, o que é feio para

você?

Feio, segundo uma definição de nosso

dicionário, é tudo aquilo que não

obedece aos padrões de beleza, porem

precisamos estar atentos em quais

padrões a nossa sociedade tem

estabelecido esses conceitos.

Ao ligarmos nossas TV’s nos

deparamos com uma beleza imposta

pela mídia, e se formos nos basear por

ela, devemos ser magros, estar sempre

extremamente arrumados e mostrar

uma coisa que não somos. A mídia tem

um poder em nossas vidas do qual não

nos damos conta, as novelas, por

exemplo, impõem padrões que a

maioria da população adere, usando as

roupas que veem, falando coisas que

escutam, e muitas vezes, agindo como

agem.

Entretanto existem aqueles

que não aderem os padrões de beleza

impostos pela mídia, porem esses

encontram dificuldades em serem

aceitos pelos demais e até para

ingressar no mercado de trabalho.

Devemos nos conscientizar de

que a maior beleza não é a estética,

que nossos olhos podem ver

facilmente, pelo contrario, a beleza

esta em nosso interior e só quem é

capaz de dizer se somos bonitos ou

não, somos nós mesmos, através de

nossas atitudes. A nossa autoestima

nos faz bonitos e as ações de bondade

são transbordantes em beleza. O

sorriso é sem dúvidas a curva mais

perfeita em qualquer pessoa e é nisso

que devemos nos basear, não no que a

mídia impõe.

Beatriz Souza Santos – 3ºF

Trajetória e convicção

“...A expressão “matar o tempo”

é um dos maiores disparates já urdidos

pela cretinice humana, pelo desperdício

implicado e por sua inexequibilidade...”

Eis porque minha trajetória no

Maluhy iniciou-se exatamente em um

momento da minha vida que eu não

queria ficar com meu tempo vago, me

distraindo com coisas sem importância,

isso aconteceu em 2010, na metade do

ano, quando eu iniciei em meu primeiro

emprego.

Sempre ouvi comentários sobre

os professores desta escola, que eles

realmente exigiam resultados dos alunos,

logo no primeiro momento fiquei

sabendo do tão “temido” TCS (Trabalho

de conclusão de série) e sinceramente eu

me assustei, porém aceitei o desafio e

mesmo sem conhecer totalmente a

metodologia dos professores resolvi

fazer. Para minha surpresa fui

classificada para a entrevista, então me

encontrei diante de uma banca de

professores aos quais eu mal conhecia.

Lembro claramente que em meu

TCS e criticava o sistema de cotas nas

universidades mas após a entrevista eu

mudei completamente de opinião.

Esta escola me fez aprimorar

meu senso crítico e me fez acreditar em

mim mesma. Muitos não reconhecem os

professores que temos e vale lembrar que

o tempo perdido não volta para que

possamos corrigir nossos erros e que os

fins justificam os meios. Somos seres

finitos e bens materiais passam, uma das

únicas coisas que não poderão tirar de

nós é o nosso conhecimento. Em algumas

ocasiões vejo que os professores nos

tratam como profissionais e fica nítido

que eles acreditam em nós, a juventude

pois somos o futuro da nação e é bom

saber que apostam em nós.

Reconheço que tenho muito o

que aprender e que conviver com pessoas

inteligentes me inspira. Pressuponho que

todos precisam dar o primeiro passo e

afirmo que o Maluhy me ensinou a

andar.

Beatriz Souza Santos – 3ºF

Eleições 2012

Faltando tão pouco tempo para

nós cidadãos Brasileiros irmos as urnas

votar, fica quase impossível não falar

sobre o tema. Assim como em todos os

anos de eleição, no mês de Outubro

temos a difícil missão de escolher os

políticos que administrarão nossa cidade.

As ruas, a TV, as revistas, as

estações de rádio e até mesmo o nosso

mais novo meio de comunicação a

internet, andam cheios de propagandas

eleitorais, e o povo como sempre é

bombardeado com promessas de

melhorias nos hospitais, escolas, trânsito,

etc.

Os escândalos envolvendo

vários políticos em casos de corrupção só

tornaram o povo mais desconfiado e

desanimado em relação a política no

país, temos como exemplo o mensalão, e

como esse tantas outras polêmicas

envolvendo a roubalheira política.

Entretanto, não podemos culpar apenas

os políticos que agem de forma

criminosa, sendo corrupto e desviando as

verbas que são destinadas as

necessidades do povo, nós também

somos culpados por não cobrar as

promessas que nos foram feitas antes dos

nossos candidatos serem eleitos, somos

culpados por não apoiar aqueles que

ainda lutam para conseguir condições

melhores.

É triste admitir, mas o povo

brasileiro está acomodado.

Natália Rodrigues – 3ºF

folhetim

3

do estudante setembro/2012

OPINIÃO

LEIO PARA TORNAR

OS OUTROS

INTERESSANTES

Pode parecer presunção, mas

sim, eu seleciono as pessoas pelo que

elas leem pelo que elas realizam a

partir do que leem e especialmente a

partir do que amam a partir da leitura.

A leitura é claro que permite um

mundo especial e à parte. Acho muito

legal, quando um aluno comenta

comigo algo que esteja lendo para

cumprir um compromisso escolar e ao

mesmo tempo descobrir a si e aos

outros.

Estamos sim diante de um

grupo de jovens inexperientes e sem

formação escolar que lhes assegurasse

um nível elementar de leitura. A

experiência com as turmas dos

primeiros anos em participar com

procedimento (atitude respeitosa e

atenta a alguém que nos visita e traz

algo novo) é uma verdadeira

oportunidade para que tenhamos uma

atitude diferente em relação a nossos

colegas, professores, vizinhos e na

comunidade em geral.

Assistir ao filme CURTA

SARAUS, é também o esforço de

centenas de pessoas que descobriram

na periferia que poderiam ter uma

alternativa a violenta exclusão

cultural que é imposta a todos que

moram na periferia. Ao mesmo

tempo, encontrar a cavalaria andante

do BINHO com nosso companheiros ,

é sim um verdadeiro gesto libertário.

É libertário sim que você se descubra

como pessoa, com sentimentos,

emoções sinceras, fraternidade

humana e companheirismo literário.

Sim, isso é possível sim e ouso

afirmar, que nos encontrar em um

ambiente em que a vida e a poesia

sejam servidas a todos, é realmente

um grande gesto de solidariedade

humana.

Quero dizer com isso, que

nossa relação como seres humanos se

transforme e possibilite que tenhamos

uma nova forma de convívio a partir

de ideias, de ações de pensamentos

transformados a partir da reflexão.

Agora um toque final. Estava

conversando com o BINHO, que

considero a biblioteca, uma clínica

luxuosa e afetuosa que não nos injeta

remédio e seus atendentes nos olham

com uma ternura carinhosa e silêncio.

Aprendi isso com o escritor MIGUEL

SANCHES NETO sobre o

aprendizado humanista e quantos que

foram curados de profundas dores

humanas no silêncio da biblioteca.

Este escritor Miguel Sanches Neto,

tem um livro gente tão luminoso UM

AMOR ANARQUISTA, sobre a

extraordinária experiência anarquista,

da Colônia Cecília, no Paraná. Uma

colônia anarquista, onde o amor era

livre. Mas pode o amor não ser livre?

Prof. Rubens Aparecido

VARIEDADES

Projeto Criança Esperança

“A experiência no Criança Esperança foi

maravilhosa, pelo fato de me deparar com

uma cultura periférica. Crianças são tratadas

com muito carinho por seus instrutores e

professores, têm a oportunidade de aprender

música, dança, esportes e outras atividades

culturais.

A Bibliaspa, responsável por nossa

experiência, é uma outra oportunidade

maravilhosa em minha vida. Hoje eu consigo

ver que não há coisa melhor do que

conseguir experiências inimagináveis apenas

usando sua mente, e não seu trabalho

braçal.” Luiz Henrique – 3ºG

O projeto criança esperança desse ano,

promovido pela Rede Globo de Televisão,

teve como tema a formação da identidade

brasileira, mas também mostrou parte da

cultura de outros países. Esse projeto foi

realizado na Vila Brasilândia, região

noroeste da cidade de São Paulo, local

onde se tem um ótimo espaço no qual

ocorrem algumas atividades com crianças

carentes.

O projeto foi realizado da seguinte forma:

foi uma semana e meia de duração do

evento, cada dia era um país a ser

trabalhado. Os alunos do Maluhy que

participam de projeto de Intercâmbio

PLCA – Programa de Língua e Cultura

Árabe na BibliASPA que é um centro de

pesquisa da língua e cultura árabe, tiveram

a oportunidade de participarem das ações

no Criança Esperança.

A equipe BibliASPA se reuniu para

discutir o que seria melhor para a ser

desenvolvido de uma forma que as

crianças entendessem um pouco da cultura

e da língua Árabe, mas pudessem

participar também, fomos bem animados

para a unidade do Criança Esperança na

Brasilândia.

A nossa ação partiu da apresentação do

alfabeto árabe a interações com o uso da

música. Para as crianças menores,

apresentamos o alfabeto por meio da

participação da Janaina Elias, uma artista

plástica que faz suas obras com as letras

do alfabeto árabe e parte delas se

encontram expostas na BibliASPA. Ela

levou alguns carimbos com a forma das

letras e com o uso de tintas as crianças

puderam usar a sua criatividade para fazer

desenhos com as letras. Já com os mais

jovens, interagimos com a música, todos

participaram, criamos uma música

misturando a língua portuguesa com a

língua árabe utilizando o rap como estilo e

ficou bem legal. O tema era diversidade e

paz.

No fim da semana, dia 18/08 e 19/08,

ocorreu a festa de encerramento do

projeto e nos chamaram novamente para

apresentar a música, momento no qual

cada país representado tinha uma

apresentação a fazer, nós nos

apresentamos, cantamos e foi um

momento maravilhoso, foi uma ótima

experiência.

Os alunos do Comendador Miguel

Maluhy que participaram desse evento

foram : Jéssyca Deborah, Luiz Henrique,

Michael Douglas e Rebecca Campos.

Jéssyca Deborah – 3º E

folhetim

4

do estudante setembro/2012

RESENHAS Os Capitães da Areia

“Capitães da Areia era um grupo de

meninos abandonados, meninos de rua,

que ajudavam uns aos outros e moravam

no Trapiche localizado próximos a uma

das praias de Salvador, capital da Bahia.

Eram excluídos da sociedade e por esse

motivo roubavam, praticavam furtos e

surrupiavam coisas das pessoas para

sobreviver.

Era um grupo grande, a meu ver, mais de

50 meninos, dos quais os que se

destacavam eram Pedro Bala (o líder),

Boa vida, Gato, Negro, Professor e Sem

pernas.

Um certo dia Professor, que além da

habilidade de desenhar, contava estórias

aos demais, estava desenhando em uma

praça próxima ao Pelourinho e um

menino que também era morador de rua

ali parou e ficou observando-o desenhar

para desespero de sua irmã Dora que não

o encontrou no local combinado após ela

ir pedir alimento para os dois em um

local próximo. De repente chega a

menina Dora nervosa com seu irmão e é

convidada pelo Professor para viver com

eles no Trapiche e ela será a única

menina na história dos capitães da areia.

Professor se interessa por Dora mas ela

acaba gostando do líder, Pedro Bala.

Algum tempo depois eles começam a

namorar.

Pedro Bala é agredido covardemente por

meninos de outro grupo e logo depois se

vinga e antes que a briga grupal acabasse

a polícia intervém e acabada prendendo

Pedro Bala e levando-o para o

reformatório enquanto Dora é levada

para uma escola de freiras.

Pedro foge e volta para o seu grupo e

junto com os capitães da areia vão

resgatar Dora, porém ela estava

gravemente doente.

Dora morre deixando seu irmão Zé

Fuinha com os outros. Cada um dos

capitães se conscientiza, se separam e

viram homens honestos como sugere o

final do filme.

Filme que gostei porque mostra a

realidade dura em que vivemos e para

muitos, infeliz. Meninos que tem muitas

das vezes que fazer um trabalho

desonesto para sobreviver. Os meninos

representados no título tem uma ligação

muito forte, algo raro hoje em dia, talvez

pelo mundo virtual...mas ao contrário do

filme, na realidade, são poucas as

crianças de rua, abandonadas que

conseguem um bom futuro, talvez

nenhuma.

Hellen Tahyne – 1ºH

O filme Capitães de Areia conta uma

história de um grupo de meninos e uma

menina apenas, nesse grupo, que moram

na rua. A história em si é muito

interessante pois nos mostra alguns fatos

que acontecem na vida real. Eles

roubam, passam fome, brigam mas entre

eles há uma corrente muito forte pois

quando acontece algum problema todos

se reúnem para solucionar o problema.

O fato de todos serem jovens e

independentes me interessou bastante

mas a cena que mais me chamou a

atenção foi quando aquela jovem menina,

Dora, aparece cuidando de sua mãe a

beira da morte com o sentimento de

responsabilidade de que se sua mãe

morrer, o irmão dela que é muito

pequeno vai ficar sob sua guarda sem ter

o que comer, enfim...

Outra cena interessante ocorre quando o

Professor levou Dora e seu irmão para o

Trapiche, lugar onde ele e todos os

meninos moravam, momento no qual

todos os meninos queriam aproveitar-se

dela e quando Pedro Bala falou que

mulher não prestava e no filme eles se

enamoram com planos de nunca se

separarem...

Carol Machado – 1ºI

O Filme Capitães da Areia retratou o

cotidiano e a vida que jovens moradores

de rua viviam na época em que o enredo

se passa, de qualquer jeito o que é dito

no livro e mostrado no filme,

considerando os dois como um só objeto

de análise, se aplica muito bem aos

tempos contemporâneos.

O protagonista, pelo menos do meu

ponto de vista, é Pedro Bala, considerado

pelas autoridades um delinquente e por

seus companheiros um líder e herói. Vive

no Trapiche com cerca de 40 outros

jovens cuja idade varia, é o líder dos

capitães da areia, e poxa que vidinha

complicada, a maioria das vezes

elaborando planos no mínimo complexos

e cujo os quais exige um intelecto acima

da maioria somente para ter o que comer

e para não morrer de fome.

Esses garotos estavam no mínimo

totalmente excluídos da sociedade e

vivendo num contexto desses não é pra

menos que eles basicamente ficassem se

lamentando pela vida, transando,

bebendo, fumando e a vida deles

seguindo em frente. Quem vê pode até

achar que esses moleques não tinham

futuro, mas o fim do filme mostra o

Professor, personagem da estória, falar

um pouco de como se tornaria a vida dos

capitães da areia no futuro, um seria

padre, outro artista e Pedro Bala iria lutar

pela liberdade.

Eu ainda não terminei a leitura do livro,

o que é uma lastima já que sem dúvida

ler o livro e assistir ao filme representa

duas experiências diferentes para uma

obra admirável.

Sobre o descaso que os alunos da escola

fazem com o livro que ganharam de

graça, poxa vida, podem saber que o

autor está revirando-se no túmulo pela

idiotice demonstrada por essa geração

atual.

Flávio Steffano – 1ºJ

O filme, no todo, foi bem explicativo,

passei a entender melhor o título, porém

tem cenas bem fortes, mas isso não vem

ao caso.

O que eu percebi é que um grupo de

jovens, moradores de rua, levava uma

vida adulta, já que eram pobres e não

tinham o que comer. Eram chamados de

capitães da areia e viviam uma vida

muito sofrida.

Eles eram centrados em negócios e em

atos de roubo pois como eram pobres

não tinham nada na vida. Os personagens

que mais se destacaram foram Pedro

Bala e Dora que se conheceram na

metade da estória. Bala era o líder do

grupo e Dora uma menina que acabara de

perder a mãe e ficou sozinha com o

irmão e sem lugar para morar até que um

dia perambulando pela cidade com o

irmão, famintos e cansados, deixou seu

irmão em um local e foi procurar algo

para comerem, quando voltou seu irmão

não estava onde ela o tinha deixado. Ela

ficou ali desesperada, mas, depois de

alguns minutos, encontrou o irmão com

alguns meninos, momento no qual

conheceu o Professor que a levou para o

local onde eles moravam e depois disso

viveram uma aventura com muita

emoção, romance e até morte.

Com certeza depois desse filme comecei

a ver o mundo como ele é e com outros

olhos.

Gustavo Dias – 1ºK

Resenhas do filme “Capitães da

Areia” adaptação da obra de

Jorge Amado

Direção: Cecília Amado

Brasil -2010

folhetim

5

do estudante setembro/2012

POÉTICAS Soneto de voz

De amor ela me chama

O mesmo espera de mim

Meu coração agora em chama

Diz que nunca viu um amor assim

De amor eu a chamo

E transmito o que sinto

O que sinto é insano

Eu te amo,não minto.

Me chame de novo

Sussurre para mim

Naquela voz de choro

Meu amor sem fim

Aqui eu me despeço

E me perco em mim

Davi Benseman – 3ºE

AGENDA

Cine-Pipoca: “A morte de Quincas

Berro D´água , sala 17- noturno

14/09/2012

Cine-Pipoca: “RIO”, sala 17-

tarde, 14/09/2012

DICAS Participar: Ciclo de Atividades

Travessias em Conflito – O lado B

da imigração japonesa no Brasil.

12/09/2012 – Projeção do filme

“Corações sujos” 21:30h

Mais detalhes no site abaixo http://travessiasemconflito.com.br

Organização e Divulgação Núcleo HANA

NOTÍCIAS QUENTINHAS

DIÁLOGOS COM O

SAGRADO, a experiência de fé

no humanismo e na tolerância

religiosa

A sociedade brasileira tem

marchado com passos vigorosos

para trás. Afirmo isso, pois a

intolerância religiosa infelizmente

já se instalou há muito tempo no

interior da escola. A regressão do

ensino e da reflexão da sociedade

em geral e principalmente da

juventude nos apresentam um

quadro preocupante sobre esses

níveis de intolerância.

A obrigatoriedade do

ensino da historia e cultura do povo

africano, estabelecido pela lei nº

10.639, revela o quanto a sociedade

brasileira, especialmente a escola

tem agido, contra as comunidades

negras, associando-as como sempre

fizeram as elites a tudo que pode

desqualificar as tradições culturais

dessas comunidades.

Tenho encontrado pais que

se recusam a permitir que seus

filhos participem de festas juninas,

por serem festas pagãs (Santo João,

São Pedro), ignorando

completamente a história da cultura

humana e especialmente a dos

brasileiros generosos, já temos

descoberto alunos que praticam

uma falsa capoeira, denominada

capoeira ‘gospel’ que elimina

especialmente os elementos

africanos desta luta. Isso é um

verdadeiro crime contra a cultura

do povo brasileiro.

Para encarar de frente a

essa situação, uma equipe de

professores da EMEF.PROF.

ILEUSA CAETANO DA SILVA,

formulou um projeto para dialogar

com alunos e comunidade, os

fundamentos espirituais de

religiões milenares. O que

buscamos, procuramos sacerdotes

importantes em religiões milenares

e preparamos alunos para

participarem de um dialogo direto

com esses sacerdotes, e com uma

visita aos ambientes de culto

religioso. Com a finalidade de

aprender, respeitar e compreender

as experiências religiosas em suas

distinções históricas e

especialmente espirituais. Pedimos

aos sacerdotes, que a partir de uma

narrativa significativa de sua

religião, uma narrativa que

ensinasse o que existe em comum

entre as religiões e que essas

práticas podem viver em harmonia,

diálogo e convívio fraterno.

Temos tido um resultado

especialmente gratificante e sempre

inovador. Convidamos religiosos

pertencentes as seguintes religiões:

judaísmo, protestantismo, budismo,

cristianismo, islamismo e

candomblé. Já recebemos a visita

dos seguintes sacerdotes: RABINO

Gilberto Ventura, Reverendo Luis

Carlos Ramos. É aberto a qualquer

pessoa, com convite aos pais e a

comunidade em geral. O próximo

religioso que receberemos é

Antonio Nakamura, da BSGI, que

terá como tema a contribuição do

budismo para a paz humana.

Prof. Rubens Santos

___________________________

folhetim