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1 do estudante Núm. XIII 2ª quinzena - Novembro/2012 Folhetim do estudante é uma publicação de cunho cultural e educacional com artigos e textos exclusivos de Professores, alunos e membros da comunidade da “E.E. Miguel Maluhy”. Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br Sugestões e textos para: [email protected] Charges: Carlos Latuff A “faixa de Gazaem São Paulo e a Gaza original A primeira imagem mostra o que está acontecendo hoje, polícia contra bandido, bandido contra polícia e polícia contra a comunidade. Hoje o Brasil está praticamente em guerra por causa desses acontecimentos nas comunidades periféricas, de um sair matando outro e quem acaba sofrendo as consequências é o cidadão que não tem nada a ver com esses acontecimentos e inadvertidamente acabam sendo mortos. Na segunda imagem observamos os conflitos na Guerra da faixa de Gaza, onde os israelenses estão eliminando os palestinos. Enquanto os soldados israelenses são atingidos em pequeno número o número de palestinos mortos é incalculável dentre os quais muitas mulheres e crianças. Júlia da Silva 8ªD Terra, trabalho e violência... No mundo da antiguidade tardia as pessoas trabalhavam a vida inteira, eram exploradas o tempo todo, mas não recebiam comida e nenhum tipo de ajuda de seus senhores, o objetivo principal era manter seu sustento, não recebiam dinheiro, tinham apenas um pedaço de terra que servia de moradia para quem não tinha nada, todo trabalho, toda a exploração e todo o sofrimento era em troca desse pedaço de terra, recebiam também a segurança do dono da terra, nada iria lhes acontecer enquanto trabalhassem e se mantivessem obedientes ao seu senhor e proprietário dessas terras. Era uma espécie de confinamento consentido e sofriam a violência das guerras entre os senhores, o que na maioria das vezes causava a morte de milhares desses cidadãos camponeses vítimas dessas lutas por poder e posses. Hoje em dia é um pouco diferente, as pessoas trabalham, mas recebem seu sustento, tem suas posses em seus nomes, são explorados, mas são recompensados com seus pequenos ganhos. Ao observar as imagens, notamos que pessoas inocentes, como os camponeses que citei, continuam morrendo nas mãos de policiais ou forças militares que deveriam estar protegendo e não matando nesse momento de conflitos, de guerra entre polícia e criminosos, ou mesmo da guerra na faixa de Gaza entre Israel e Palestina. O que me parece ser uma farsa na medida em que polícia e bandidos estão do mesmo lado matando pessoas inocentes, desarmadas, da mesma maneira que ocorre quando mísseis israelenses matam milhares de civis, mulheres e crianças palestinas nessa região de conflito, que lembra e muito as favelas de São Paulo. Rafaela dos Santos 1ºI A Servidão e a violência Na antiguidade tardia quem tinha mais bens, mais terras, mais servos, mais escravos e faziam as suas leis tinha mais poder e hoje em dia ainda vivemos assim. Sem percebermos e como os que viviam da mesma maneira no passado, vivemos confinados nas favelas já que nós moradores de favelas somos confinados por pessoas que tem mais poder, dinheiro e estudos que nós que vivemos nessa dura servidão moderna. Hoje estamos presenciando coisas do passado que muitos dizem ser uma guerra, um tentando ser melhor e maior que o outro e o resultado é a morte de pessoas inocentes que simplesmente não tem como se defender desses ataques, pessoas que vivem agrupadas, mas mesmo assim ainda são poucas para mudar essa situação, pois o exército do adversário é maior e tem mais poder que nós que somos favelados e não sabemos agir diante de tanta violência. Na Guerra entre Israel e Palestinos sempre os oprimidos saem perdendo, assim como nós os fracos e pequenos que não têm vez nessa sociedade onde só os mais fortes e poderosos tem perspectivas sociais e assim quanto maior a violência mais violência vai surgir. Karina Pereira 1ºI Folhetim

Folhetim do Estudante Núm. XIII

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Page 1: Folhetim do Estudante Núm. XIII

1

do estudanteNúm. XIII

2ª quinzena - Novembro/2012

Folhetim do estudante é uma

publicação de cunho cultural e

educacional com artigos e textos

exclusivos de Professores, alunos

e membros da comunidade da

“E.E. Miguel Maluhy”.

Acesse o BLOG do folhetim http://folhetimdoestudante.blogspot.com.br

Sugestões e textos para:

[email protected]

Charges: Carlos Latuff

A “faixa de Gaza” em São

Paulo e a Gaza original

A primeira imagem mostra o

que está acontecendo hoje, polícia

contra bandido, bandido contra polícia

e polícia contra a comunidade.

Hoje o Brasil está

praticamente em guerra por causa

desses acontecimentos nas

comunidades periféricas, de um sair

matando outro e quem acaba sofrendo

as consequências é o cidadão que não

tem nada a ver com esses

acontecimentos e inadvertidamente

acabam sendo mortos.

Na segunda imagem

observamos os conflitos na Guerra da

faixa de Gaza, onde os israelenses

estão eliminando os palestinos.

Enquanto os soldados israelenses são

atingidos em pequeno número o

número de palestinos mortos é

incalculável dentre os quais muitas

mulheres e crianças.

Júlia da Silva – 8ªD

Terra, trabalho e

violência...

No mundo da antiguidade

tardia as pessoas trabalhavam a vida

inteira, eram exploradas o tempo todo,

mas não recebiam comida e nenhum

tipo de ajuda de seus senhores, o

objetivo principal era manter seu

sustento, não recebiam dinheiro,

tinham apenas um pedaço de terra que

servia de moradia para quem não tinha

nada, todo trabalho, toda a exploração

e todo o sofrimento era em troca desse

pedaço de terra, recebiam também a

segurança do dono da terra, nada iria

lhes acontecer enquanto trabalhassem e

se mantivessem obedientes ao seu

senhor e proprietário dessas terras. Era

uma espécie de confinamento

consentido e sofriam a violência das

guerras entre os senhores, o que na

maioria das vezes causava a morte de

milhares desses cidadãos camponeses

vítimas dessas lutas por poder e posses.

Hoje em dia é um pouco

diferente, as pessoas trabalham, mas

recebem seu sustento, tem suas posses

em seus nomes, são explorados, mas

são recompensados com seus pequenos

ganhos.

Ao observar as imagens,

notamos que pessoas inocentes, como

os camponeses que citei, continuam

morrendo nas mãos de policiais ou

forças militares que deveriam estar

protegendo e não matando nesse

momento de conflitos, de guerra entre

polícia e criminosos, ou mesmo da

guerra na faixa de Gaza entre Israel e

Palestina.

O que me parece ser uma farsa

na medida em que polícia e bandidos

estão do mesmo lado matando pessoas

inocentes, desarmadas, da mesma

maneira que ocorre quando mísseis

israelenses matam milhares de civis,

mulheres e crianças palestinas nessa

região de conflito, que lembra e muito

as favelas de São Paulo.

Rafaela dos Santos – 1ºI

A Servidão e a violência Na antiguidade tardia quem

tinha mais bens, mais terras, mais

servos, mais escravos e faziam as suas

leis tinha mais poder e hoje em dia

ainda vivemos assim.

Sem percebermos e como os

que viviam da mesma maneira no

passado, vivemos confinados nas

favelas já que nós moradores de

favelas somos confinados por pessoas

que tem mais poder, dinheiro e estudos

que nós que vivemos nessa dura

servidão moderna.

Hoje estamos presenciando

coisas do passado que muitos dizem

ser uma guerra, um tentando ser

melhor e maior que o outro e o

resultado é a morte de pessoas

inocentes que simplesmente não tem

como se defender desses ataques,

pessoas que vivem agrupadas, mas

mesmo assim ainda são poucas para

mudar essa situação, pois o exército do

adversário é maior e tem mais poder

que nós que somos favelados e não

sabemos agir diante de tanta violência.

Na Guerra entre Israel e

Palestinos sempre os oprimidos saem

perdendo, assim como nós os fracos e

pequenos que não têm vez nessa

sociedade onde só os mais fortes e

poderosos tem perspectivas sociais e

assim quanto maior a violência mais

violência vai surgir.

Karina Pereira – 1ºI

Folhetim

Page 2: Folhetim do Estudante Núm. XIII

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do estudante novembro/2012

debate

Charge: Carlos Latuff “Movimento Mães de Maio

contra a violência que assombra a periferia”

A guerra em SAMPA

Depois me chamam de louco

sem noção de realidade quando

critico uma policia onde os

pensamentos dela e de seus

admiradores é que bandido

(vagabundo) tem que ser enforcado

em praça publica. Até que ponto

regrediremos sociedade? Que tal

levantarem os seus traseiros de suas

poltronas confortáveis, desligarem

suas televisões e pararem de dar

audiência para novelas, e se

manifestarem em grande quantidade

por melhor educação para os

cidadãos brasileiros, pois só assim

vocês realmente estarão fazendo

algo contra a criminalidade, só com

educação pode-se combater o crime,

e não com violência e desrespeito

aos direitos humanos. Entretanto,

infelizmente os brasileiros querem a

morte de quem rouba um celular, e

negligencia que o governo com

ajuda da mídia que nós sustentamos

é quem mais rouba nesse país. Está

na hora de acordar e ver quem

realmente gera a violência nesse

PAÍS.

Não estou defendendo

bandidos, estou apenas defendendo

a educação de qualidade para os

brasileiros, também não sou contra a

PM (Preparada para Matar) sou

contra esse sistema de merda que

muitos ainda hoje defendem um

sistema de preguiçosos sanguinários,

pois o caminho mais fácil realmente

é mandar para vala, e fazer com que

aquela vida vire apenas estatística

em um gráfico que fala sobre

criminalidade, (mesmo se a pessoa

que foi assassinada nunca fez parte

do crime) e negam o caminho mais

difícil que é dar um livro, educar e

ensinar o que muitos querem morto

a pensar diferente e correr atrás dos

seus direitos. Nunca falei bem de

bandido, apenas quero que sejam

respeitadas as leis que estão na

constituição desse país, não quero

passar como moralista, de esquerda

ou de direita que ambos se

explodam com seus egos gritantes,

só quero que as pessoas que gritam

“VIVA O CHOQUE”, “VIVA A

ROTA” e também “VIVA O

CRIME” gritem “VIVA A

EDUCAÇÃO”, que em nosso país é

uma merda, pelo menos a educação

que é dada as pessoas de baixa

renda.

A paz se faz com paz. Toda

violência gera violência da outra

parte. E quero deixar claro tudo isso,

eu não defendo bandido nem sou

contra a polícia que, como falei

anteriormente, acho muito

importante o trabalho dessa força de

segurança, só que o trabalho dela, a

meu ver, é Servir e Proteger, quem

deve julgar é o juiz, e a pena de

morte não é uma condenação.

Discordo que bandido bom é

bandido morto, acho que bandido

bom é aquele que está preso e nesse

momento é reeducado e reintegrado

na sociedade de maneira digna para

que tenha oportunidades quando sair

da prisão e não volte para o crime.

Brito Neto – 3ºF

_____________________________

PROVOCAÇÕES

Diversidade e Intolerância

O Ser humano é uma coisa

complexa! As massas são feitas de

idiotas facilmente manipuláveis

além de serem egoístas por natureza.

Essas massas são formadas

por egocêntricos que avaliam a vida,

o universo, a sociedade e tudo mais

por intermédio de seus pontos de

vista, de uma perspectiva que foi

implantada em suas mentes.

Ninguém odeia gay porque

nasceu odiando, odeiam porque

alguém lhes disse para odiar.

Não faz diferença se fazemos

parte dessa sociedade tão

“evoluída”, se a população é como

aquela da Idade média, quando a

igreja queimava vivos

esquizofrênicos por enxergarem

neles pessoas que praticavam magia

negra e eram possuídas por

demônios. Diversidade, isso já sugere

pessoas e culturas diferentes. Alguém

já disse que o homem tem medo do que

ele não conhece e eu já digo que o

homem idiota odeia o que não conhece.

A sociedade só será evoluída o

suficiente para que não ocorram

discriminações, racismo e intolerância

quando os idiotas deixarem de existir.

Flávio Franco – 1ºJ

folhetim

Page 3: Folhetim do Estudante Núm. XIII

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do estudante novembro/2012

VARIEDADES

POVO x POVO

A diversidade está fortemente

ligada à sociedade, seja cultural,

sexual, musical, etc. O fato é que

convivemos entre pessoas que muitas

vezes não tem nada parecido

conosco, o Brasil serve como um

bom exemplo de diversidade, mas

isso não quer dizer que todos

convivem em harmonia, muito pelo

contrário. O que divide a raça

humana está muito além do que

apenas as fronteiras dos países,

continentes, o que divide a

humanidade é a ignorância.

Todos nós temos algum tipo

de preconceito, não se pode negar

isso, precisamos buscar conhecer

aquilo que julgamos antes de ter a

noção verdadeira sobre o assunto,

entretanto não funciona assim. A

intolerância também está fortemente

ligada à sociedade, o que é fogo no

pavio para que as chamas da

violência queimem.

Falta de conhecimento?

Todos os dias algum negro sofre com

a intolerância racial, alguém sofre

pela intolerância sexual, assim como

cultural, algum muçulmano sofre

preconceito e todos por razões que

não tem fundamento.

Esse ódio sem fundamento só

cria mais ódio, todas as diversidades

já sofreram algum tipo de violência,

seja verbal, seja corporal e muitas

vezes a pior violência, a psicológica.

Até mesmo os irmãos de pátria se

atacam perante a intolerância, os

paulistas insultam os cariocas e os

cariocas retribuem o ódio, mas afinal,

não somos da mesma nação? Afinal

não somos todos humanos?

A intolerância começa em

casa, a partir do momento em que o

filho se espelha nos pais, ou seja, a

ignorância passa de geração em

geração. Se não começa em casa

começa na escola. Um ambiente que

deveria fazer o papel de formadora

parcial do caráter dos jovens acaba

fazendo ao contrário. Os primeiros

contatos com a violência causada

pela intolerância estão nesses dois

ambientes de formação. O pai

espanca o filho por ser gay ou

simplesmente o humilha e na escola

onde os colegas se atracam por serem

diferentes e até mesmo alguns

professores que utilizam a violência

verbal.

De certo sempre irá existir a

intolerância, fomos divididos, a

sociedade nos divide, só podemos

tentar reduzir ao máximo a ignorância

humana para que exista um pouco de

paz no mundo, mas talvez seja um

sonho distante a ser concretizado.

Romário Teixeira – 2ºF

DIVERS FOR SHARKS

Atualmente analiso diversas

ações do homem e, quase sempre, me

pergunto, por que? Como?

Pois bem, essas perguntas são

frequentes quando tratamos da vida

em sociedade, embora sejamos

civilizados devemos reconhecer que

muitas de nossas ações são

primitivas, cruéis aos olhos dos mais

sensíveis, ou seja, dos humanistas.

Devo usar como base para meu

exemplo um estudo realizado pela

organização Divers for Sharks, que

protege os tubarões, onde nos

explicaram as ações humanas,

certamente sempre visando lucros

que foram, ou melhor, são

prejudiciais à esses animais

marinhos. Nos explicaram como é

difícil a reprodução dos tubarões e

quanto sua carne vale, pois por

incrível que pareça, o tráfico de

barbatanas de tubarões movimenta

mais dinheiro que o tráfico de drogas

no mundo. Além disso vemos

claramente como a mídia impõe seus

valores, como ela influencia as

pessoas, como ela controla as pessoas

envolvendo-nos em suas

manifestações que mostram a

agressividade desse animal através de

filmes e documentários criando o

esteriótipo da fera.

Embora existam conceitos

que nos sensibilizam a aprofundar as

discussões sobre esse tema, como a

bioética, que hoje nos permite uma

proposição de que o homem e o

animal são iguais, muitas pessoas, ou

melhor, a maioria delas não apoiam

esses conceitos, pois como foi dito no

inicio o homem sempre quer estar

acima de qualquer espécie que

compõe a natureza e não aceita ser

comparado a um animal, um ser

irracional.

Talvez essa ignorância seja

um dos principais entraves para que o

mesmo possa melhorar sua qualidade

de vida e a sua relação com a

natureza. Seus ataques constantes à

natureza e suas riquezas acumuladas

refletem nitidamente a ideia de bem

estar social e a sua pequena

consciência ambiental.

È certo que há ainda dois

monstros maiores que os próprios

animais, a indiferença e a ignorância

que o homem, um animal racional,

insiste em cultivar.

Caio Nunes – 2ºE

folhetim

Page 4: Folhetim do Estudante Núm. XIII

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do estudante novembro/2012

Artigo

ESPECIAL

VIOLÊNCIA

Certamente a violência sempre

foi a principal arma de dominação.

Desde os tempos mais remotos, tal ato

de agressão á uma pessoa ou à

sociedade sempre foi uma válvula de

controle, que por incrível que pareça

tinha o intuito de diminuir os riscos de

uma possível revolução da sociedade

que até então sempre é a vítima. O que

quero dizer, sendo mais franco, é que

para uma autoridade ou uma instituição

governamental utiliza a violência para

demonstrar “que deve ser respeitado”,

impõe o medo, para não ver ou evitar

maior violência, o que historicamente

sempre demonstrou ser o caminho

errado.

Não vamos muito longe,

quando pensamos e relembramos a

história dos indígenas e depois os

negros africanos trazidos pelos navios

negreiros; observamos como a

violência se dá como fórmula para se

obter não só esse “respeito” mas

também para obter as terras e

consequentemente as riquezas

advindas dessa dominação, assim

como foi no caso dos índios em

meados dos séculos XV e XVI, onde

portugueses utilizando esses atos de

violência conseguiram obter as

riquezas locais e a posse desses

territórios, antes terras indígenas. Pois

bem então pensemos; toda essa

sistematização teve como real intuito a

busca da riqueza econômica e de fato

para obter tais riquezas, o homem

mata, usa métodos violentos para obter

a posse de um determinado local de

maneira que consiga manter as suas

riquezas através dessa posse.

Pois é, se fosse somente isso

me sentiria aliviado, porque se

pensarmos melhor, quem será que quer

manter suas posses? Pois é, ninguém.

Ai é que está a principal fonte de

ambição do homem, a ganância. Sua

obsessão por expandir suas riquezas,

suas terras, seus territórios, gera mais

violência. Sim, sim analisemos

novamente os fatos. Na atualidade

vivemos algo bastante semelhante em

decorrência dos conflitos de poder no

mundo.

A Faixa de Gaza, território

localizado entre a nação de Israel e o

território da Palestina é um exemplo

disso. Ao invadirem um pequena parte

de Israel os palestinos causaram um

grande conflito com o governo de

Israel. Embora seja em vão todo

esforço dos palestinos, pois os

soldados de Israel são extremamente

equipados e treinados pelos norte-

americanos, os palestinos vão á guerra

com estilingues tentando reconquistar

seu território. Como repreensão à essa

ação os soldados israelenses matam

não só o pequeno exército palestino,

mas também toda uma sociedade, uma

população, um povo.

Vimos isso nas imagens do

chargista Carlos Latuff que ilustram a

primeira página desse folhetim e que

representam o que quero dizer.

Devemos admitir que nesse sistema em

que vivemos não se perdem apenas

riquezas mas vidas também e a guerra

é o melhor exemplo disso.

Em outra charge a imagem

esclarece essas minhas considerações.

Um soldado da ROTA, polícia de elite

de São Paulo, mirou as costas de um só

membro da facção criminosa PCC. Ai

vemos um conflito direto, onde a

polícia e os marginais estão

envolvidos, sendo que a polícia está

atrás dos criminosos, o que dá a ideia

de que a polícia está no controle da

situação. Entretanto, na imagem, o

membro do PCC mira as costas de

outro policial, o que entendi como um

revide à primeira ação policial, em

seguida vem o desfecho da imagem e

para mim a parte mais perigosa dessa

interpretação, a polícia não mira só um

membro do PCC ou seu líder, agora

mira toda a sociedade confinada nos

guetos, pois é lá onde se cria esta

sociedade de oposição, vulgos

marginais.

Pois bem...agora pensemos

juntos, comparando as ideias que

apresento pressinto uma mesma

finalidade , ou seja, mais uma

sociedade desfeita pela violência, mais

uma sociedade literalmente morta,

destruída pela violência, tudo isso pelo

poder ou simplesmente por um

punhado a mais de terra a ser

controlada.

Caio Nunes – 2ºE

AGENDA

Entrevistas TCS – dias 22/23/26 e

27/11

SARESP 2012 – dias 27e 28/11

DICAS

Participar: Preparação e definição da

formatura 2012 – alunos das 8ªs séries

do ensino fundamental e dos 3ºs anos

do ensino médio.

Ler: “As Núpcias do Escorpião” com

prefácio do Prof. Rubens Santos

Autor – Tico, Edição do autor, 2012

Aguardar: Antologia Poética do Sarau

do BINHO, publicação produzida pelo

poeta BINHO com a colaboração dos

autores/escritores que participaram do

Sarau nos últimos anos.

______________________________

folhetim