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1 FORMAÇÃO PARA COROINHAS (MÓDULO AVANÇADO)

FORMAÇÃO PARA COROINHAS · 2015. 7. 31. · MISSA SOLENE COM BISPO ... INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO..... 64 . 3 CURSO PARA ACÓLITOS DO SERVIÇO NACIONAL DOS ACÓLITOS (SNA)

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FORMAÇÃO PARA COROINHAS

(MÓDULO AVANÇADO)

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SUMÁRIO

Sumário CURSO PREPARATÓRIO PARA ACÓLITO (SNA) ........................................................................................ 3

ESPAÇOS DA CELEBRAÇÃO E AS VESTES LITÚRGICAS ...................................................................... 20

AS INSÍGNIAS DO BISPO .................................................................................................................................. 23

OBJETOS E PARAMENTOS LITÚRGICOS ................................................................................................... 23

OUTROS SÍMBOLOS LITÚRGICOS ............................................................................................................... 31

GUIA PRÁTICO PARA COROINHA SERVIR NAS CELEBRAÇÕES ....................................................... 33

MISSA SOLENE COM BISPO ........................................................................................................................... 35

FRAGMENTOS DO CERIMONIAL DOS BISPOS ......................................................................................... 38

INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO ............................................................................................... 64

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CURSO PARA ACÓLITOS DO SERVIÇO NACIONAL DOS ACÓLITOS (SNA)

1 - A NOSSA PARÓQUIA

1. A nossa paróquia

Vamos começar hoje um pequeno curso. Ele destina-se a preparar acólitos para a nossa paróquia. Porquê?

Porque a paróquia precisa deles.

O que é uma paróquia? É um grupo de cristãos, pertencentes a uma Diocese, e com um pároco, que é o seu pastor

próprio. Além das pessoas, uma paróquia tem sempre um território, maior ou mais pequeno, e uma igreja

principal, chamada igreja paroquial Pode ter outras igrejas e capelas. Mas uma só é paroquial. É nessa igreja que,

habitualmente, se fazem os batismos. Por isso, uma igreja paroquial tem sempre pia batismal. A paróquia

também pode ter um Centro paroquial e outros serviços.

Cada pároco é nomeado pelo bispo da Diocese, e pode estar numa paróquia mais ou menos tempo. Só os padres

podem ser párocos, mas numa paróquia pode haver um diácono que trabalha com o pároco. Os párocos são

conhecidos por vários nomes, conforme as terras: senhor padre, senhor prior, senhor reitor, senhor abade...

Os cristãos de uma paróquia têm muitas coisas em comum: laços familiares, amizade, vizinhança, conhecimento

mútuo. Mas sobretudo têm a mesma fé em Jesus. Uma paróquia é, pois, uma família alargada, que tem a mesma

fé como elemento de ligação. É na paróquia que as crianças e adultos são batizados; ali frequentam a catequese,

fazem a primeira comunhão, recebem a confirmação, casam, e em cada domingo vão à missa à igreja paroquial

ou outra.

2. O domingo na paróquia Para os cristãos de todas as paróquias do mundo, o domingo é o dia mais importante da semana. É chamado dia

do Senhor, porque foi num domingo que Jesus ressuscitou. Como é no domingo que as famílias cristãs de cada

paróquia se reúnem na igreja, chama-se-lhe dia dos cristãos. No domingo não se trabalha nem há escola.

Para que se reúnem os cristãos todos os domingos na igreja da sua paróquia? Para tomarem parte na missa, pois

há um mandamento da Igreja que diz assim: «No domingo e nos outros dias festivos de preceito, os fiéis devem

participar na missa». Não se deve faltar à missa por qualquer motivo, e muito menos por não nos apetecer ir.

Quem assim faz mostra que ainda não entendeu o que é o domingo e a importância que a reunião desse dia tem

para a fé de cada um e de todos em conjunto. Quem preside quase sempre à missa paroquial em cada domingo é

o pároco. Há sempre uma hora marcada para a missa. O sino lembra às pessoas essa hora, tocando uma, duas ou

três vezes antes. A missa tem vários nomes: eucaristia, ceia do Senhor, fracção do pão, assembleia eucarística,

etc.

O que acontece durante a missa? Ouve-se a palavra de Deus, canta-se, dizem-se orações, leva-se pão e vinho ao

altar, faz-se o que Jesus fez na última Ceia, dá-se a comungar o pão consagrado que é o Corpo de Cristo. Por fim,

as pessoas regressam a suas casas e procuram viver cada vez mais de acordo com o que Deus lhes disse na sua

Palavra e o Espírito Santo lhes segredou no coração.

3. A assembleia cristã do domingo Os cristãos reunidos na igreja de cada terra, no domingo, formam uma assembleia. Jesus fez esta promessa aos

seus discípulos: Quando dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu estou no meio deles (Mt 18, 20).Esta

presença de Jesus faz com que a reunião dos cristãos e a sua assembleia sejam muito diferentes de outras

reuniões e de outras assembleias. Esta faz-se para celebrar a liturgia, ou seja para escutar Deus que fala, para lhe

dirigir cânticos e orações, e para comungar o Corpo de Jesus.

Donde vêm as pessoas que se reúnem? Vêm de suas casas. E quem é que vem? Vêm homens e mulheres,

rapazes, moças e crianças. E porque vêm as pessoas àquela reunião? Porque não podem passar sem celebrar

todos os domingos a Ceia do Senhor. Domingo em que não se reúnem é como se fosse um dia sem sol.

Quem as mandou celebrar essa Ceia? Foi Jesus, quando disse aos seus Apóstolos: Fazei isto em memória de

Mim. Nós hoje chamamos missa ou eucaristia a essa Ceia que celebramos quando nos reunimos, todos os

domingos.

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4. Os ministros da assembleia litúrgica Para que uma assembleia litúrgica possa celebrar a missa, precisa de ministros. Quem são eles? São os

encarregados de fazer algum serviço na assembleia. Na assembleia litúrgica cristã, os que fazem as leituras, os

que recolhem as ofertas, os que servem ao altar, todos são ministros litúrgicos.

Os diversos ministros litúrgicos servem ao mesmo tempo a Deus e às pessoas reunidas. Para que a celebração da

missa decorra bem, são precisos pelo menos quatro ministros. Quais são eles? São o presidente, o leitor, o cantor

e o acólito. O presidente só pode ser um bispo ou um presbítero (=padre), porque só eles podem fazer o que Jesus

mandou aos seus Apóstolos, ou seja, mudar o pão e o vinho no corpo e sangue de Cristo. O leitor é preciso para

fazer as leituras. O cantor é preciso para cantar o salmo responsorial e para dirigir o canto da assembleia. E o

acólito, para que é ele preciso? O acólito é preciso para muitas coisas. Mas antes de dizermos quais são essas

coisas, temos de ver, numa das próximas lições, quem é o acólito e quem pode ser acólito.

2 - O QUE É UMA IGREJA

1. A palavra «igreja» Entre os edifícios das aldeias, vilas e cidades de qualquer país há alguns que se distinguem de todos os outros

principalmente pela sua forma e dimensões. São as igrejas. Vamos falar delas neste segundo encontro.

A palavra «igreja» quer dizer três coisas:

1) o grupo de cristãos de uma terra reunidos em assembleia;

2) o conjunto dos cristãos de uma terra, de uma região ou do mundo inteiro;

3) os edifícios onde esses grupos de cristãos se reúnem.

Quando a escrevemos com um I grande ou maiúsculo (Igreja) referimo-nos, sobretudo, ao conjunto dos cristãos

duma região ou dum país (Igreja ou diocese de...) ou de todo o mundo (Igreja Católica).

Pelo contrário, quando a escrevemos com um i pequeno ou minúsculo (igreja), então é para falar dos edifícios

onde os cristãos se reúnem, como por exemplo a igreja de Santo António de..., a igreja do Carmo de..., a igreja de

Nossa Senhora de..., a igreja de São Francisco de..., e assim por diante.

Hoje vamos falar das «igrejas» com um i pequeno, ou seja dos edifícios onde os cristãos se reúnem.

2. Os primeiros lugares de reunião dos cristãos Os cristãos sempre precisaram de lugares para se reunir. Onde o faziam eles nos primeiros tempos? Onde se

juntavam para celebrar a sua fé? Já teriam igrejas?

Sabemos que não. Os primeiros lugares onde os cristãos se reuniram foram as casas de alguns deles, aquelas em

que cabiam todos os batizados dessa terra. Os donos dessas casas, em geral muito simples e pequenas, punham-

nas à disposição do grupo dos cristãos dessa terra, ao qual eles próprios pertenciam.

Podia às vezes haver um que tivesse gosto em que a reunião fosse em sua casa. Mas se ela era pequena demais,

não servia para a reunião, porque não cabiam lá todos os cristãos. O dono dessa casa não ficava aborrecido.

Compreendia a razão de não escolherem a casa dele e ia ele à casa que fosse escolhida.

Nós sabemos que era assim, porque está escrito na Bíblia. Por exemplo, os Atos dos Apóstolos falam-nos disso.

Quando os Apóstolos voltaram de Jerusalém, depois de Jesus ter subido ao Céu, foram todos para o primeiro

andar de uma casa onde costumavam reunir-se (At 1, 12-14); no dia em que foi escolhido um cristão para

começar a fazer parte do grupo dos Apóstolos, estavam reunidos nesse lugar cerca de cento e vinte pessoas (At 1,

15-26); no dia de Pentecostes a comunidade de Jerusalém estava toda reunida no mesmo lugar (At 2, 1-4); no dia

em que Pedro foi libertado da prisão por um anjo, os cristãos estavam a rezar em casa de uma mulher chamada

Maria, mãe de João Marcos (At 12, 12-17).

3. Donde vem o costume de chamar igreja à casa de oração dos cristãos Esta situação de os cristãos não possuírem edifícios próprios para as suas reuniões e terem de as fazer nas casas

uns dos outros, durou todo o tempo em que era proibido ser cristão, ou seja, até ao fim das perseguições romanas.

Quando, finalmente, o Imperador Constantino, no ano 313 da nossa era, deixou de perseguir os cristãos e ele

próprio se converteu e pediu o Batismo, os discípulos de Jesus começaram a poder construir as primeiras casas

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destinadas apenas às suas reuniões e celebrações. E como era sempre aí que eles se juntavam uns com os outros,

nos domingos e noutros dias de semana, passaram a chamar a essas casas «igrejas».

Compreendemos agora que o verdadeiro nome de cada igreja deveria ser «casa da Igreja» de tal terra. A igreja

paroquial de uma terra determinada é a «casa da Igreja», isto é, do grupo dos cristãos dessa terra.

4. Igrejas de muitos tamanhos Vista do exterior, uma igreja é uma casa grande, feita de pedra, de tijolo ou de cimento, geralmente mais

comprida do que larga, onde se reúnem os cristãos, especialmente nos domingos. Também existem igrejas de

forma redonda e de forma quadrada.

Há igrejas de muitos tamanhos. Regra geral, as das cidades e vilas são maiores do que as das aldeias. É fácil

adivinhar porquê: há mais habitantes nas cidades e vilas do que nas aldeias. Nas cidades e vilas há até mais do

que uma igreja.

As igrejas têm muitos nomes. Vamos aprender alguns: catedral, basílica, igreja paroquial, capela (que é uma

igreja mais pequena).*

5. A torre da igreja Cada igreja costuma ter uma torre, sempre mais alta que a própria igreja. A torre indica onde está a igreja.

Quando nos aproximamos duma cidade, as torres das igrejas chamam-nos a atenção, e até podem levar-nos a

pensar em Deus.

Nas torres estão colocados os sinos. Estes servem para lembrar aos cristãos os acontecimentos principais da vida

da comunidade. Tocam-se para a Missa, para as festas, e quando há batismos, casamentos, funerais, etc.

Também servem para o relógio bater as horas. E nalgumas terras, os sinos são utilizados para dar a toda a

população sinais importantes. Tocados de certa maneira eles avisam as pessoas de que há incêndio ou outro

qualquer perigo, ou então de que chegou à terra alguém importante que se esperava.

3 - O INTERIOR DE UMA IGREJA

1. A porta principal e o átrio Já vimos na lição anterior como são as igrejas por fora. Hoje vamos descobrir como elas são por dentro. Se na

terra onde vivemos há igreja paroquial, é essa que vamos visitar; se não houver igreja paroquial mas sim outra

igreja ou capela onde se celebra a missa no domingo, é para ela que se dirige a nossa visita.

Uma igreja tem a porta principal e pode ter portas laterais. Nós vamos entrar pela porta principal. Se ela estiver

fechada, começamos por abri-la. Quem guarda a chave da igreja é o senhor prior, ou o sacristão, ou ainda

algumas das pessoas que têm a responsabilidade de arranjar a igreja.

Muitas igrejas, logo a seguir à porta da entrada, têm um pequeno átrio, isto é, um espaço vazio. Isso quer dizer

que quem vem de fora não entra logo na igreja. Noutras, este átrio é antes da porta principal. Seja duma maneira

ou de outra, é bom que haja um espaço para que as pessoas, quando chegam de casa ou quando saem da igreja

possam, no caso de estar a chover ou de fazer muito calor, falar aí umas com as outras. Quando o átrio é depois

da porta principal, existe um guarda-vento, que faz mais do que guardar o vento, porque também guarda do frio,

do barulho da rua, e evita que os cãezinhos que acompanham os donos entrem na igreja, que não é lugar para

eles.

Quando a igreja tem guarda-vento, é nele que está a porta ou as portas pelas quais se entra diretamente na igreja.

2. A nave ou lugar dos fiéis

Vamos então penetrar no interior da igreja. Antes de avançar olhemos com atenção. Estamos na parte mais ampla

da igreja. É um grande salão, não é? Chama-se lugar dos fiéis, porque é aí que os fiéis estão durante a missa;

também se chama nave, porque, pelo seu feitio e altura parece um grande navio ou uma grande nave.

Esta parte pode ter várias formas: pode ser retangular, quadrada, ou em semi-círculo. Quase todas as igrejas têm

uma só nave. Mas algumas têm mais do que uma. Normalmente, a nave tem bancos ou cadeiras para os fiéis.

Quase sempre há capelas laterais ao longo da nave, mas pode não haver.

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3. O presbitério Passemos agora da nave da igreja para a outra parte, mais pequena, onde está o altar. Chama-se a esta segunda

parte da igreja o presbitério. Esta palavra vem de presbítero, que é outro nome que se dá aos senhores padres.

Então quer dizer que assim como a nave é o lugar dos fiéis, assim o presbitério é o lugar dos presbíteros e de

todos os ministros litúrgicos, dos quais já falamos noutra lição.

Primeiro que tudo reparem que subimos um, dois ou mais degraus para chegarmos a esta parte, o que quer dizer

que ela está em plano superior à nave dos fiéis. É como num teatro, onde o palco também está acima da plateia.

Para quê? Para se ver bem o que aí se passa. Na igreja é a mesma coisa. Para se ver bem o que aí se faz, o

presbitério está em plano superior à nave.

Quais são as coisas que se encontram no presbitério? Encontram-se aí o altar, a cadeira presidencial, o ambão,

por vezes o sacrário, bancos para os ministros, e uma mesa, chamada credência, onde se colocam as coisas

necessárias para a celebração da Missa. Falaremos de tudo isso noutras lições.

4. A capela batismal Todas as igrejas paroquiais têm um lugar próprio para fazer os batismos. Chama-se a esse lugar capela batismal.

É dentro dessa capela que está a pia batismal. As pias batismais podem ter muitos feitios: redondas, quadradas

ou poligonais. Algumas são divididas ao meio, para de um lado estar a água limpa que se utiliza no batismo, e no

outro se deitar essa água na cabeça dos batizandos, tanto crianças como adultos. Outras não são divididas: têm

apenas um espaço amplo interior, onde uma criança pode ser batizada por imersão. No princípio não havia pias

batismais, mas verdadeiras piscinas, onde toda a gente era batizada dentro da água.

Se quiserem, podemos dar um beijo na pia batismal, pois foi aí que recebemos a vida nova que Deus nos deu pela

água e pelo Espírito Santo. Já houve tempos em que os fiéis, quando entravam na igreja paroquial, iam sempre

beijar a pia batismal. Era um bonito costume. Ainda hoje, se alguém quiser fazer isso de vez em quando, lhe fica

muito bem.

5. A capela do Santíssimo Sacramento ou o Sacrário Nos primeiros tempos da Igreja o pão consagrado para as pessoas muito doentes poderem comungar antes de

morrer, guardava-se numa caixa fechada, na Sacristia. Depois veio outro tempo em que, em cada igreja paroquial

havia sempre uma capela do Santíssimo Sacramento. Era aí que, depois da missa, se guardava o pão consagrado

num cofre, que se chama sacrário ou tabernáculo.

Mais tarde o sacrário começou a pôr-se no presbitério. É assim que continua a fazer-se em muitas igrejas. Mas

está mandado que, nas igrejas novas, haja uma capela do Santíssimo, que também serve para aí se rezar em

silêncio, quando se entra na igreja ou noutros momentos.

Numa das próximas lições havemos de aprender muito bem o que faz um candidato a acólito quando entra numa

igreja, como se ajoelha para adorar o Santíssimo Sacramento, e muitas outras coisas. Hoje dizemos só isto.

6. A sacristia e outros lugares da igreja Também fazem parte do interior do edifício da igreja a sacristia, onde se guardam as vestes litúrgicas e outras

coisas necessárias às celebrações, as salas para reuniões, as casas de banho e outras dependências.

4 - O QUE É UM ACÓLITO

1. Os ministros litúrgicos Na primeira lição do nosso curso dissemos que toda a assembleia litúrgica precisa de ministros litúrgicos para a

servir. E também dissemos que, para a celebração da missa dominical decorrer sem atropelos, são precisos, pelo

menos, quatro ministros: o presidente, o leitor, o cantor e o acólito.

Imaginem, por exemplo, que num domingo as pessoas se tinham reunido para a missa, mas não havia ninguém

para fazer as leituras nem para cantar o salmo. O presidente tinha de presidir e, quando chegasse o momento,

tinha também de ir ler as leituras, no caso de não haver ninguém na assembleia capaz de as proclamar, e isso

faria com que a celebração sofresse um atropelo; se não houvesse cantor, o salmo responsorial teria de ser apenas

lido, o que seria outro atropelo, pois o salmo deve ser cantado por um cantor diferente do leitor.

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Se isso viesse a acontecer muitas vezes, poderia ficar-se com a ideia errada de que a missa é o que na realidade

não é ou não deve ser. Se fosse sempre o presidente da celebração a fazer tudo, alguém poderia pensar que a

missa é só dele, quando isso não é verdade, pois Jesus quis e quer que ela seja de todos os cristãos reunidos em

assembleia. Jesus não quer que seja um só a fazer tudo, mas também não quer que haja alguns que nunca fazem

nada. O que Ele mais gosta é que cada um faça o que deve fazer, para que a celebração seja de todos e todos

sintam que são responsáveis por ela.

2. O que é o acólito? A palavra acólito vem do verbo acolitar, que significa acompanhar no caminho. Dado que se pode acompanhar

alguém indo à frente, ao lado ou atrás de outras pessoas, acólito é aquele ou aquela que, na celebração da

liturgia, precede, vai ao lado ou segue outras pessoas, para as servir e ajudar.

Quem é que o acólito acompanha e serve? Em primeiro lugar acompanha e serve o presidente da celebração da

missa, que tanto pode ser o bispo como o presbítero; em segundo lugar acompanha e serve o diácono, o ministro

extraordinário da comunhão, ou outras pessoas que precisam de ser ajudadas durante a celebração. Noutras

celebrações, acompanha e serve as pessoas responsáveis por essas mesmas celebrações.

Quando é que o acólito começa a ajudar e a servir o presidente da missa? Quando o bispo ou o presbítero, na

sacristia, tomam as suas vestes. Já então o acólito deve estar vestido e pronto, para poder ajudar. Depois,

acompanha-os na procissão de entrada, indo à frente. Durante a missa, o acólito está sempre atento ao que o

bispo ou o presbítero precisam, para lhes apresentar umas vezes o missal, outras vezes as coisas que eles hão de

colocar no altar, ou para os acompanhar quando vão distribuir a comunhão aos fiéis. Por fim, quando o

presidente regressa à sacristia, o acólito vai à sua frente e ajuda-o a tirar as vestes e a guardá-las.

Só depois de tudo isso feito é que o acólito pensa em si próprio. No fim de ter ajudado o presidente da

celebração, também ele tira a sua túnica e a guarda. Enquanto faz tudo isso, agradece a Jesus por ter estado a

servi-lo na pessoa dos seus ministros, e pode lembrar-se daquela palavra do Senhor: Tudo aquilo que fizestes a

um dos meus irmãos, mesmo aos mais pequenos, foi a mim que o fizestes.

Podemos então dizer que o acólito, desde o princípio até ao fim da missa, acompanha, ajuda e serve o próprio

Jesus. Ele não o vê com os seus olhos; mas a fé ensina-o. Um verdadeiro acólito vai descobrindo isto cada vez

mais. Se um acólito não o descobre, corre o risco de se cansar de ser acólito. Mas se o descobre e acredita

nisso, então vai desejar sempre ser escolhido para acólito, em cada domingo.

3. Quem pode ser acólito? Para explicar muito bem este assunto tenho de dizer várias coisas. A primeira é esta: há acólitos instituídos e

acólitos não instituídos.

a) Acólitos instituídos

Chamam-se acólitos instituídos, aqueles que o bispo duma diocese chamou e fez acólitos. Este chamamento e

esta instituição pelo bispo querem dizer que um acólito instituído é convidado a participar muito

empenhadamente na celebração da Eucaristia, que é o coração da Igreja, e que o deve fazer sempre que esteja

presente e for convidado a fazê-lo pelo responsável da celebração.

Também quer dizer que, dentro da mesma diocese, o acólito instituído pode ser chamado a realizar o seu serviço

em qualquer paróquia, desde que o pároco o convide ou lho peça, uma vez que o bispo que o chamou é o bispo

de todas as paróquias dessa diocese.

Quem é que pode ser acólito instituído? Só os rapazes que se preparam para isso durante bastante tempo. É o

que acontece com os seminaristas, embora também possam ser chamados outros rapazes ou homens que não

sejam seminaristas. Este pormenor quer dizer que, um dia, se esse rapaz ou homem vier a ser ordenado padre,

deve não só servir bem, como bom acólito que foi, mas também ensinar os mais novos da paróquia onde estiver,

a serem bons servidores, ou seja, ótimos acólitos.

b) Acólitos não instituídos

Os acólitos não instituídos são em muito maior número do que os instituídos. São aqueles que nós conhecemos

melhor, porque os vemos todos os domingos a servir na missa, nas nossas paróquias. Eles podem ser rapazes ou

moças. Quem os chama para serem acólitos é o pároco de cada paróquia e não o bispo da diocese. Esse

chamamento é precedido duma preparação. O Curso para Acólitos de que esta lição faz parte, tem por fim

ajudar a fazer essa preparação.

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Juntamente com o Curso é muito importante praticar o serviço de acólito, procurando fazê-lo cada domingo

com maior perfeição e atenção, mas sobretudo com muito espírito de fé. Podemos dizer que Jesus foi o primeiro

de todos os acólitos, pois disse um dia estas palavras: Eu estou no meio de vós como quem serve. Ora, o acólito,

quer seja instituído quer seja não instituído, é e deve ser cada vez mais um rapaz ou uma moça que gostam de

servir a Deus e aos seus irmãos na vida, a começar pelos que moram em sua casa e com os que com eles

convivem mais de perto, e também na liturgia.

4. Os serviços dos acólitos não instituídos Como o nosso Curso se destina aos candidatos a acólitos não instituídos nas Paróquias, vamos enumerar as

suas funções principais na missa de cada domingo.

Antes de começar a missa: — prestar todos os serviços ao presidente e ver se o altar e tudo o mais está preparado para a celebração.

Ao começar a missa:

— na procissão de entrada, a caminho do altar, levar a cruz, assim como os círios acesos.

Durante a missa: — servir o presidente em tudo o que for preciso: apresentar o missal e as coisas necessárias para preparar o

altar;

— acompanhar o presidente e os ministros extraordinários durante a distribuição da comunhão aos fiéis;

— arrumar os vasos sagrados, na credência, depois da purificação.

No fim da missa: — acompanhar o presidente e ajudá-lo a tirar as vestes. Só depois disso é que o acólito tira a sua túnica.

Nesta lição apenas enumeramos as coisas mais importantes. Mais tarde diremos tudo com mais pormenor.

5 - O ALTAR

1. O que é o altar? Na terceira lição do nosso curso fizemos a apresentação do interior de uma igreja e dissemos que, no presbitério,

havia vários objetos importantes. Um deles é o altar. Será esse o assunto desta quinta lição.

Dizem os Evangelhos que, na sua última Ceia, Jesus, depois de Se sentar à mesa com os Apóstolos (Lc 22, 14),

tomou o pão e, dando graças, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: Tomai, todos, e comei: isto é o meu

Corpo. No fim da Ceia, tomou o cálice e, dando graças, deu-o aos seus discípulos, dizendo: Tomai, todos, e

bebei: este é o cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória de Mim.

Os primeiros cristãos chamaram mesa do Senhor (1 Cor 10, 21) à mesa onde celebravam a Ceia que Jesus lhes

recomendara que fizessem em sua memória.

De fato o altar cristão é, em primeiro lugar, a mesa da Ceia do Senhor, e em segundo lugar o centro da celebração

da missa, como diz o missal: «O altar, em que se torna presente sob os sinais sacramentais o sacrifício da cruz,

é também a mesa do Senhor, na qual o povo de Deus é chamado a participar quando é convocado para a

missa..., e ainda o centro da ação de graças celebrada na Eucaristia».

É no altar que se depõe o pão e o vinho que se tornarão Corpo e Sangue de Cristo. É desta mesa que se

aproximam os que desejam receber o pão da vida e o cálice da salvação. O altar é, portanto, uma mesa, mas mesa

muito especial que deve ser tratada com muito respeito e carinho. Mais tarde diremos outras coisas acerca do

altar. Por agora ficamos apenas com esta noção que é importante. O altar é a mesa da Ceia de Cristo. É nele que

se celebra a Eucaristia.

2. Um só altar Quando as reuniões dos cristãos se faziam nas casas de alguns deles, como vimos na segunda lição, a mesa da

Ceia do Senhor era colocada na sala só no momento em que se trazia o pão e o vinho para a celebração da

Eucaristia.

Ao começarem a construir-se as primeiras igrejas, o altar passou a ser fixo, isto é, a estar sempre no mesmo

lugar. Já não se punha e tirava como até então. Mas continuou a haver um só altar em cada igreja. Para quê? Para

mostrar melhor que Jesus tinha feito uma única última Ceia, e que é nela que todos os cristãos, que formam um

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só povo, comungam o corpo e o sangue do seu único Senhor, que é também o único Salvador que morreu e

ressuscitou por todos os homens e mulheres.

Mais tarde, passou a haver muitos altares nas igrejas. Isso não foi bom, porque às vezes, numa mesma igreja, à

mesma hora e em diversos altares, havia vários padres que celebravam missa para vários grupinhos de fiéis.

Estamos a ver os resultados que daí nasceram: cada grupinho dizia que tinha estado na sua missa. Até parecia

que não pertenciam todos a um só povo cristão, ou então que Jesus não tinha feito uma única última Ceia.

As normas litúrgicas atuais dizem que, em cada igreja, construída de novo, é melhor haver um altar: «É

preferível que nas novas igrejas a construir se levante um só altar, para que na assembleia una dos fiéis o altar

único signifique que há um só Cristo e uma única Eucaristia da Igreja».

Nas igrejas antigas, com muitos altares, nada se deve fazer sem estudar muito bem cada caso: «Nas igrejas já

construídas, quando nelas existir um altar antigo que torne difícil a participação do povo, e que não se possa

transferir sem detrimento do seu valor artístico, construa-se outro altar de forma artística e devidamente

dedicado, e realizem-se apenas nele as celebrações sagradas. Para não desviar a atenção dos fiéis, não se

adorne de modo especial o altar antigo».

3. As coisas que se colocam no altar Hoje em dia, quando está junto do altar, o presidente volta-se para a assembleia. Mas ainda não há muitos anos

que não era assim. Quando o sacerdote celebrava missa, fazia-o de costas voltadas para os fiéis. Foi o Concílio

Vaticano II que restaurou o costume primitivo, ao dizer que, «nas igrejas novas, o altar deve ser construído

afastado da parede, de modo a permitir andar à volta dele e celebrar a missa de frente para o povo». Nas

igrejas antigas também se fez essa adaptação. Hoje, todos os bispos e presbíteros celebram a missa voltados

para os fiéis.

O altar pode ser de pedra, de madeira, ou de outros materiais sólidos, e as suas dimensões não precisam de ser

muito grandes. Por ser no altar que se celebra a Eucaristia e se distribui o Corpo e o Sangue de Cristo aos fiéis,

está sempre coberto com uma toalha branca. Isso mostra bem que a missa é uma festa. Em nossa casa, nos dias

de festa, também se cobre a mesa do almoço ou do jantar com uma toalha bonita.

Em cima do altar ou à volta dele colocam-se os castiçais com velas acesas, mas de maneira que os fiéis possam

ver bem o que se realiza nele. Porque pomos nós velas acesas junto do altar ou em cima dele? Para recordar

que Cristo é a luz do mundo, e que essa luz continua a brilhar na Igreja para iluminar toda a família humana.

Além disso, as velas acesas são sinal de festa.

Na igreja também deve haver uma cruz com a imagem de Jesus crucificado. Deve ser uma cruz proporcional às

dimensões da igreja e bem visível a toda a assembleia. Não deve, portanto, ser uma cruz pequenina. Onde

colocá-la? Junto do altar ou noutro lugar conveniente.

Sobre o altar, fora da celebração, não se devem pôr outras coisas. Ele é a mesa da Ceia do Senhor, e essa mesa

merece-nos muito respeito. Por isso, quando nela se colocam flores, devem ser poucas, e postas num dos lados

do altar, para não dificultarem a visibilidade: «A ornamentação com flores deve ser sempre moderada, e em vez

de as pôr sobre a mesa do altar, disponham-se perto dele».

4. Outras coisas que se põem no altar durante a missa Para poder celebrar-se a Eucaristia são precisas outras coisas no altar. Vamos falar delas e vê-las com os

nossos olhos, para lhes fixarmos melhor os nomes e as sabermos distinguir umas das outras.

Quando a missa começa, o leitor, que traz o Evangeliário na procissão de entrada, coloca-o sobre o altar, e aí

fica até à proclamação do Evangelho, onde o presidente o vai buscar e o leva para o ambão. No fim da liturgia

da palavra, quando o presidente vai para o altar, o acólito leva o Missal para lá. Depois vai entregando nas

mãos do presidente várias coisas, e todas são colocadas no altar pelo presidente: o corporal, a patena e a píxide

com o pão, o cálice e o sanguinho.

Também pode ser o acólito a colocar no altar o corporal, o sanguinho e o cálice. Mas é mais bonito que ele

entregue tudo nas mãos do presidente.

Se no altar houver um microfone, deve ser de pequenas dimensões.

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6 - A CADEIRA PRESIDENCIAL E O AMBÃO

1. A cadeira presidencial Na lição anterior falamos acerca do altar. Vamos hoje referir-nos a outras coisas importantes que se encontram

também no presbitério. Uma é a cadeira onde se senta o presidente da celebração e a outra é o ambão donde se

fazem as leituras. Estas três coisas ou lugares (o altar, o ambão e a cadeira presidencial) são as mais importantes

dentro do presbitério. Por isso lhes dedicamos uma atenção especial.

Talvez algum de vós esteja a pensar assim: porquê falar acerca da cadeira presidencial. Terá ela uma importância

que justifique metade de uma lição? Penso que sim, pois trata-se de um sinal que ajuda a descobrir as funções

daquele que preside à assembleia em nome de Cristo e com a sua autoridade, como diz o missal: A cadeira do

sacerdote celebrante deve significar a sua função de presidente da assembleia e guia da oração.

Reparem naquelas palavras: deve significar. Quer dizer que tal significação pode não ser notada. Isso acontece

quando a cadeira é insignificante, ou quando não está colocada onde lhe pertence.

Em primeiro lugar, para ser significativa a cadeira presidencial deve distinguir-se, pela sua qualidade artística, de

todas as outras que existem na igreja; isto quer dizer que ela deve ser a mais bela e a mais artística de todas. Em

segundo lugar, ela deve ser única; isso não acontece quando, por exemplo, dos dois lados da cadeira do

presidente se encontram outras duas iguais a ela, destinadas a dois acólitos; se as cadeiras do presidente e dos

acólitos forem iguais, pode pensar-se que as funções deles também são iguais, o que não é verdade. Em terceiro

lugar, a cadeira presidencial deve estar bem situada, o que nem sempre é fácil: O lugar mais indicado é ao fundo

do presbitério, de frente para o povo, a não ser que a arquitetura da igreja ou outras circunstâncias o não

permitam: por exemplo, se viesse a ficar demasiado distante e tornasse difícil a comunicação entre o sacerdote e

a assembleia dos fiéis.

A melhor maneira de dar àquela cadeira todo o relevo que ela merece, é ver, com os olhos da fé, naquele que nela

se senta, o próprio Senhor Jesus Cristo. De fato, o presidente é um sinal. Sinal de Cristo, o único verdadeiro

presidente de cada assembleia litúrgica. Esta é também a razão pela qual, na cadeira do presidente, só ele se deve

sentar.

2. O ambão Aqui está uma palavra que não é corrente na nossa língua. Não admira. "Ambão" é um termo derivado da língua

grega, na qual quer dizer lugar para onde se sobe. Os ambões antigos tinham sempre degraus. O ambão é o lugar

da proclamação da Palavra de Deus. A elevação que lhe corresponde facilita a transmissão da palavra e a

visibilidade do leitor, que são duas coisas importantes. A maior parte das igrejas não possuem ambão, mas sim

uma estante das leituras, o que não é a mesma coisa: O lugar das leituras deve ser um ambão estável e não uma

simples estante móvel.

É do ambão que se proclamam as leituras e o salmo responsorial. Pode também fazer-se do ambão a homilia e a

oração dos fiéis. Mas não se devem fazer do ambão os comentários e introduções às leituras, nem dirigir daí o

canto da assembleia. A dignidade da palavra de Deus é tão grande que merece um lugar que lhe seja reservado.

Para realçar a importância do ambão, convém adorná-lo com sobriedade, colocando junto dele algumas flores.

Mas não devem ser tantas que desviem para elas a atenção dos fiéis que escutam a Palavra de Deus. É que esta

Palavra é muito mais importante do que as flores. E tudo o que possa diminuir ou desviar a atenção dos fiéis

durante a proclamação da Palavra, presta um mau serviço litúrgico.

Para que as leituras sejam bem ouvidas por todos, a igreja deve estar devidamente sonorizada. E para que os

leitores possam ver bem o texto dessas leituras, deve haver luz suficiente no ambão. Embora sejam os leitores

que devem ter o cuidado de verificar, antes da missa, se o lecionário está aberto na página certa, não fica mal aos

acólitos lembrar-lhes isso, se eles se esquecerem de o fazer.

Quando, na celebração da missa dominical, o segundo leitor acaba de proclamar a sua leitura, um dos acólitos vai

ao ambão, tira o lecionário e guarda-o, para que o diácono ou o presbítero que vai ler o evangelho possa colocar

o evangeliário na estante do ambão.

3. Os assentos para os ministros No presbitério devem colocar-se apenas os assentos que sejam necessários para os acólitos ou outros ministros.

Se houver assentos a mais, devem ser retirados. Esses assentos devem ser simples e discretos. Devem estar

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colocados no lugar mais conveniente, donde os ministros possam desempenhar as funções que lhes estão

distribuídas.

Quando um acólito está sentado, não deve estar de qualquer maneira, a olhar para todos os lados, mas atento e

sossegado. Se um acólito não estiver tranquilo, toda a gente olha para ele, e muitas pessoas vão ficar também

desatentas, sobretudo as crianças. Ora, um acólito, não deve nunca ser responsável pela falta de atenção de

ninguém. Se o fosse de propósito, estaria a prestar um mau serviço à assembleia cristã.

4. A credência A credência é uma mesa, que está no presbitério, e que serve para aí colocar as coisas que são precisas para a

missa, antes de se levarem ao altar: o cálice, o corporal, o sanguinho, a patena e as píxides com o pão para a

comunhão, as galhetas com o vinho e a água, a bandeja e ainda o que for necessário para lavar as mãos.

5. A reserva da Santíssima Eucaristia Em todas as igrejas deveria haver uma capela destinada à reserva da Santíssima Eucaristia. Acontece, porém, que

nem sempre existe. Em muitas igrejas o sacrário está também situado no presbitério.

Não é o ideal, porque tira espaço ao presbitério, que deveria ser o mais amplo possível, e perturba os ministros

durante a celebração. Muitos não sabem como hão de fazer cada vez que passam diante do sacrário com a

Santíssima Eucaristia.

Quando se entra na igreja, sempre se deve genuflectir com um joelho diante do sacrário do Santíssimo. Se o

sacrário estiver no presbitério, todos os que tomam parte na procissão de entrada da missa genuflectem ao

chegarem junto do altar, e no fim da missa antes de se retirarem.

Durante a missa, quando se passa diante do sacrário, os acólitos devem apenas fazer uma inclinação do corpo.

Para a fazer devem parar. É muito feio inclinar a cabeça ou o corpo quando se vai a caminhar.

7 - SER ACÓLITO

1. O acólito vai para a igreja Cada domingo, algum tempo antes de começar a missa, o acólito deve ir para a igreja, sempre muito bem vestido

e limpo, desde o cabelo até aos sapatos, sem esquecer as mãos e as unhas.

Não se esqueça de uma coisa importante: quem vai receber a santíssima Eucaristia, não deve tomar nenhuma

comida ou bebida, exceto água ou remédios, pelo espaço de ao menos uma hora antes da sagrada

comunhão. Isto quer dizer que o acólito deve terminar o pequeno-almoço cerca de 15 minutos antes de começar a

missa, dado que desde o princípio da missa até à comunhão se demoram 45 minutos. Não se esqueça também de

que, durante a missa, não deve chupar chicletes nem outras guloseimas. Na igreja não se come comida vulgar. Só

se comunga o Corpo de Cristo.

2. O acólito chega à igreja Ao chegar à porta da igreja, o acólito deve cumprimentar os companheiros e as pessoas que ali estiverem. Pode

também esperar um pouco por outros acólitos que ainda não tenham vindo. É bom estar ali um bocadinho, em

grupo, contando ou ouvindo alguma novidade.

Ao entrar na igreja, deve começar por ver se há algum cartaz ou notícia nova no guarda-vento ou no expositor, e

também se lhe está atribuído algum serviço nesse dia: acolitar, recolher as ofertas, acolher as pessoas à porta da

igreja, distribuir alguma folha. São serviços que pertencem aos acólitos.

Por fim, o acólito dirige-se para os primeiros bancos da igreja. É aí o seu lugar, não nos bancos de trás. Porquê?

Porque pode ser necessário chamá-lo para algum serviço durante a celebração, e, se estiver à frente, isso torna-se

mais fácil. E também porque é bonito ver os mais novos uns ao pé dos outros.

3. O acólito saúda Jesus Que faz o acólito ao chegar ao seu lugar nos bancos da frente? Ajoelha e saúda Jesus, que está presente na

Eucaristia guardada no sacrário. Jesus é o grande amigo de todos os cristãos, e a nossa primeira palavra deve ser

sempre para Ele. Nas igrejas mais modernas há uma capela do Santíssimo. Se for esse o caso, é para aí que o

acólito se deve dirigir, a fim de saudar Jesus.

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Como se saúda Jesus? Primeiro ajoelhando, a seguir inclinando a cabeça, depois fazendo sobre si próprio o sinal

da cruz, e por fim ficando uns momentos em adoração. Vejamos como se faz cada um destes gestos.

Como se ajoelha? Com os dois joelhos e conservando o corpo bem direito. Há pessoas que, depois de ajoelhar,

se sentam nos calcanhares, o que é muito feio. Não se deve confundir o ajoelhar com ambos os joelhos e o

genuflectir com um só joelho. Falaremos disso mais tarde. Porque se inclina a cabeça? Porque essa é uma forma

de saudar Jesus, com um gesto de humildade, que é o significado da inclinação da cabeça. Assim como ajoelhar

significa tornar-se pequeno diante de Deus, inclinar a cabeça é manifestar que temos consciência da nossa

pequenez. Como se faz o sinal da cruz? Faz-se com a mão direita aberta e os dedos juntos, indo com a mão da

testa ao peito e do ombro esquerdo ao direito, ao mesmo tempo que se diz: Em nome do Pai, do Filho e do

Espírito Santo. O sinal da cruz é o sinal identificativo dos cristãos, porque foi na cruz que Jesus deu a vida por

nós. Que diz o acólito durante os breves momentos de adoração? Pode dizer, por exemplo: Jesus, hoje é

domingo, o dia da tua ressurreição, e eu estou aqui na igreja da minha terra para celebrar a tua Ceia. Faz-me

bom cristão, bom paroquiano e bom acólito.

Tudo isto deve ser feito com muita dignidade e sem pressa, pensando n’Aquele que estamos a saudar. Depois de

rezar durante alguns momentos o acólito, se nesse dia for ele a acolitar, vai para a sacristia e veste a sua túnica.

Se não for o seu dia de acolitar, fica sentado no banco, a olhar para o sacrário e a falar com o Senhor. Mas não

deve estar a falar com quem está ao seu lado, nem a rir, nem a brincar, nem a fazer mal.

4. A túnica do acólito Todos os que servem no presbitério usam uma veste branca, a começar pelo presidente da celebração e a acabar

nos acólitos. A veste dos bispos, dos presbíteros e dos diáconos chama-se alva, palavra que quer dizer veste

branca. À dos acólitos chama-se-lhe túnica, que é uma veste também branca, mas mais ajustada ao corpo do que

a alva.

O acólito não veste a túnica logo na primeira vez que exerce este serviço. É bom, primeiro, que faça o Curso

para Acólitos, e que, mesmo sem túnica, durante alguns domingos, esteja junto dos outros companheiros que já

são acólitos, e aprenda, pouco a pouco, a fazer as coisas com eles. Quando o responsável dos acólitos entender

que algum dos candidatos está preparado para acolitar bem, informa disso o pároco e este, num domingo, depois

da homilia, chama-o, nomeia-o acólito e entrega-lhe a túnica, o cíngulo e uma pequena cruz de madeira. A mãe

do acólito ou outra pessoa sua amiga vem ajudá-lo a vestir-se e, nesse mesmo domingo, é ele o primeiro que leva

para o altar o pão ou alguma das outras coisas que estão na credência.

Geralmente é a mãe do acólito que lhe deve fazer a túnica, que será cingida à cintura por um cíngulo ou cordão,

também branco. A túnica deve estar sempre muito bem lavada e passada a ferro. As túnicas dos acólitos também

podem pertencer à paróquia. Nesse caso, deverão ser de tamanhos diferentes, para se adaptarem facilmente à

altura de cada acólito.

A cor branca da túnica recorda ao acólito que ele deve viver na graça de Deus, ser puro de coração e servir o

Senhor com alegria, dignidade e generosidade.

O acólito deve aprender a atar o cíngulo e a arranjar a túnica, para não ir com ela de qualquer maneira, porque

isso é feio. Se não sabe fazer o nó do cíngulo, peça ao senhor padre ou a outra pessoa que o ensine.

O acólito já deve ter a túnica vestida quando o senhor padre chega à sacristia, para poder ajudá-lo a vestir-se.

Quando ele chega, cumprimenta-o e, quando ele veste a alva, dá-lhe o cíngulo e ajuda-o a arranjar a alva, para

ficar à mesma altura, em baixo, tanto adiante como atrás.

O acólito nunca deve chegar atrasado. Isso é falta de educação e impede que a missa comece à hora marcada.

O lema do acólito é constituído por três palavras, e todas começam por um «A»: Amigo, Asseado, Atento. O

acólito é amigo de todos mas particularmente do seu pároco, é asseado desde a ponta dos cabelos ao bico dos

pés, e está sempre atento ao que é preciso fazer. E é Pontual.

8 - GESTOS E ATITUDES NA LITURGIA

1. O sinal da cruz Na liturgia, o acólito faz gestos e toma atitudes corporais. Vamos ver, nesta lição, quais são os seus gestos e

atitudes mais importantes.

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Quando os nossos pais nos levaram à igreja da nossa paróquia para sermos batizados, o sacerdote e depois os

nossos pais e padrinhos, fizeram-nos o sinal da cruz na fronte. Porquê? Porque o sinal da cruz é o mais

importante de todos os sinais cristãos. Ele recorda o mistério pascal de Cristo, que tem no centro a cruz onde Ele

deu a sua vida por nós.

Não admira, por isso, que todas as celebrações litúrgicas comecem pelo sinal da cruz e pelas palavras: Em nome

do Pai e do Filho e do Espírito Santo. A seguir, ao longo das celebrações, o presidente faz, por vezes, o sinal da

cruz sobre as pessoas e as coisas. E, por fim, todas as celebrações terminam também pelo sinal da cruz, em forma

de bênção. Diz o sacerdote: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai, Filho, e Espírito Santo. E enquanto ele diz

estas palavras, traça, com a mão direita, uma cruz sobre toda a assembleia, e cada um dos fiéis faz sobre si

próprio o sinal da cruz.

Não é só na liturgia que isto acontece. Ao deitar-se e ao levantar-se o cristão faz o sinal da cruz. Como o faz?

Colocando a mão esquerda, se está livre, sobre o peito, traça sobre si mesmo uma cruz, com a mão direita aberta,

da testa ao peito e do ombro esquerdo ao direito, dizendo: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Amém.

Quando se pode dispor de água benta, começamos por molhar a ponta dos dedos da mão direita na água, e

depois benzemo-nos. A água benta recorda-nos a graça do santo batismo.

Nos desafios de futebol transmitidos pela televisão, com frequência vemos os jogadores, ao entrarem no campo,

a fazer o sinal da cruz... Mas muito mal feito. E não são só eles. Há cristãos que até na igreja fazem o mesmo.

Não se pode chamar àquilo um sinal da cruz. Quando muito, será a sua caricatura. Quando te benzeres, não

faças assim. O Senhor que por ti morreu na cruz merece mais do que isso. Benze-te sempre devagar e com muita

dignidade, pensando em Jesus, teu Salvador e Mestre.

2. O nosso corpo e o espaço Quando estamos de pé, o espaço tem para nós seis partes: acima de nós, abaixo de nós, à nossa frente, à nossa

retaguarda, à nossa direita e à nossa esquerda. Para chegar ao que está acima de nós elevamo-nos nos pés e

levantamos os braços; apanhamos o que está abaixo de nós abaixando-nos; alcançamos o que está à nossa

frente avançando; recuamos quando queremos ir buscar o que ficou lá atrás; sempre que precisamos de ir para

a direita ou para a esquerda, para aí nos voltamos antes de começarmos a andar nessa direção. Fazemos cada

um dos nossos movimentos exteriores com os nossos pés e as nossas mãos.

Estará tudo dito? Não haverá mais espaço nenhum a explorar? Há sim. Podemos falar também do espaço que

existe dentro de nós, aquele que constitui o nosso mundo interior. Para entrarmos nesse universo não usamos os

pés nem as mãos, mas o nosso espírito. Entramos dentro de nós recolhendo-nos, ou andamos por fora de nós

quando nos dispersamos.

3. Estar de pé Na missa, os fiéis estão de pé: desde o início do cântico de entrada, ou enquanto o sacerdote se encaminha para

o altar, até à oração coleta, inclusive; durante o cântico do Aleluia que precede o Evangelho; durante a

proclamação do Evangelho; durante a profissão de fé e a oração universal; e desde o invitatório Orate

fratres antes da oração sobre as oblatas até ao fim da missa, exceto nos momentos adiante indicados.

4. Caminhar Na liturgia, para fazer a maior parte das ações, caminha-se. Assim acontece na procissão de entrada, quando o

leitor vai ler ao ambão, quando o acólito se levanta para levar os dons ao altar, durante a procissão da

Comunhão, ao sair da igreja, depois da despedida. Em todos esses momentos, e ainda noutros, se caminha na

liturgia.

Não é fácil caminhar bem e com dignidade durante a missa. Muitos fazem-no de maneira desagradável e

distraída; outros com demasiada pressa ou devagar demais.

O acólito deve ser ensinado a caminhar bem. Eu diria até que a primeira coisa que ele deve aprender é a

caminhar na presença de Deus e em direção a Deus. Quando caminha na procissão de entrada, quando vai

buscar o missal e o leva ao presidente, quando acompanha a procissão do Evangelho, quando caminha para

levar os dons ao altar, quando caminha ao lado do presidente segurando a bandeja na comunhão...

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5. Estar sentado ou de joelhos Ouve-se melhor alguém que fala, quando se está sentado. Por isso nos sentamos durante as leituras que

precedem o Evangelho e durante o salmo responsorial; durante a homilia e a preparação dos dons; e, conforme

as circunstâncias, durante o silêncio sagrado depois da Comunhão.

Estamos de joelhos durante a consagração, exceto se as razões de saúde, a estreiteza do lugar, o grande número

dos presentes ou outros motivos razoáveis a isso obstarem. Mas se alguém não puder ajoelhar-se nesse momento

tão importante, deve fazer uma profunda inclinação de todo o corpo, à elevação da hóstia e do cálice.

6. Genuflexão A genuflexão consiste em dobrar o joelho direito até ao solo, por respeito, e a voltar a erguer-se em seguida. O

corpo deve manter-se direito. O acólito deve genuflectir sempre que passe diante do Santíssimo Sacramento, a

não ser que vá em procissão ou leve nas mãos algum objeto. É o que acontece quando leva o turíbulo, a cruz ou

as velas na procissão de entrada ou na procissão do Evangeliário.

Fora da celebração da missa, genuflecte-se sempre diante do Santíssimo Sacramento quer exposto na custódia,

quer no sacrário.

Todos genuflectem à Cruz, desde a adoração solene, em Sexta-feira Santa, até à Vigília Pascal, e a assembleia

genuflecte às palavras «E encarnou...», nas solenidades da Anunciação e do Natal do Senhor; nos restantes

tempos e festas faz, apenas, uma inclinação.

7. Uniformidade dos gestos e atitudes Para se conseguir a uniformidade nos gestos e atitudes numa mesma celebração, é preciso que os fiéis

obedeçam às indicações que, no decurso da celebração, lhes forem dadas pelo diácono, pelo ministro leigo ou

pelo sacerdote, de acordo com o que está estabelecido nos livros litúrgicos.

9 - O ACÓLITO NA PRIMEIRA PARTE DA MISSA

1. O acólito prepara-se para a Missa Nas lições anteriores já dissemos algumas coisas sobre os preparativos da Missa. Vamos recordá-las e completá-

las. O acólito será tanto mais perfeito no seu serviço litúrgico, quanto melhor aprender e mais perfeitamente

realizar cada pormenor da sua função.

Começamos por recordar que nenhum acólito deve chegar atrasado à igreja, porque, antes de a Missa começar,

cada um tem várias coisas a fazer.

A primeira de todas é a preparação espiritual para participar na celebração. Este ponto deve ser levado muito a

sério por todos os acólitos, sem exceção, desde os maiores aos mais pequenos. O que é preparar-se

espiritualmente para a celebração da Missa? É chegar a horas à igreja, ajoelhar-se, fazer o sinal da cruz e falar,

durante breves momentos, com o Senhor, presente no pão consagrado do sacrário e também na comunidade ali

reunida.

Só depois, e sem pressas, é que o acólito faz a sua segunda preparação, não já interior, mas exterior. Em que

consiste ela? Em vestir a túnica e em ajudar os mais novos a fazer o mesmo.

2. Preparar as coisas no presbitério Em cada celebração deve haver um acólito responsável pelos outros e pela coordenação de tudo o que a todos diz

respeito. Vamos chamar-lhe primeiro dos acólitos. Há também os acólitos designados para cada um dos serviços:

acólito do turíbulo ou turiferário, acólito da cruz, acólitos dos círios ou ceroferários, e outros acólitos designados

para outros serviços (por exemplo, o acólito do livro, os acólitos que colocam sobre o altar o corporal, o

sanguinho, o cálice e o Missal ou que os apresentam ao presidente, os que ajudam o presidente a receber os dons

do povo, os que lhe entregam a patena ou o vaso com o pão, o vinho e a água, os que lhe apresentam as lavandas,

e aqueles que hão de acompanhar os ministros durante a distribuição da comunhão, segurando a bandeja).

Entre todos estes tem função especial o acólito do livro, ou seja, o acólito que apresenta, ao presidente da

celebração, o Missal e a Oração dos fiéis. Este acólito deve ter o cuidado de pôr o Missal no seu lugar,

devidamente marcado, e de ver qual é a fita que indica as orações do dia, para não as confundir ao apresentar o

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livro ao presidente. Se o sacristão já tiver posto o Missal no seu lugar, nem por isso o acólito deve deixar de ir

verificar onde o deve abrir.

Embora a preparação dos outros livros litúrgicos da Missa pertença aos leitores e ao salmista, o primeiro dos

acólitos deve verificar se todos eles (Lecionário, Oração dos fiéis e Livro dos Salmos) estão nos respectivos

lugares e devidamente marcados.

O primeiro dos acólitos deve verificar também se, na credência (ou no fundo da igreja, sobre uma mesa, quando

houver procissão com os dons) estão: o cálice, o corporal, o sanguinho e, se for preciso, a pala; a patena e a

píxide, se esta for necessária; o pão para a Comunhão do sacerdote, dos ministros e do povo; as galhetas com

vinho e água; a caldeirinha com água e o hissope ou um ramo, quando se fizer a aspersão; a bandeja ou bandejas

para a Comunhão dos fiéis; e o que é preciso para o sacerdote lavar as mãos (jarra com água, bacia e toalha ou

manustérgio). O cálice pode estar coberto com o véu da cor do dia ou branco.

Para que os acólitos aprendam a fazer bem os diversos serviços litúrgicos que lhes dizem respeito, devem-nos

realizar rotativamente. Para isso é bom que, na igreja, haja um quadro com os nomes e as funções de cada um em

cada domingo e, se for caso disso, também durante a semana.

3. Preparar as coisas na sacristia ou no fundo da Igreja Na sacristia (ou no fundo da igreja, sobre uma mesa, quando a procissão de entrada partir daí) preparam-se

as vestes: para o presidente: a alva, a estola e a casula; para o diácono (quando ele estiver presente): a alva, a

estola e a dalmática; para os outros ministros: as alvas ou as túnicas.

Também aí se devem preparar outras coisas: o Evangeliário, que será levado na procissão por um leitor;

o turíbulo e a naveta com incenso (quando este se usar); a cruz processional; e os castiçais com círios ou velas.

4. A procissão de entrada e os ritos iniciais Tudo o que dissemos até este momento na lição de hoje foi a propósito da preparação das pessoas e das coisas

para a Missa. Chegou o momento de falar da celebração em si mesma.

A Missa começa pela procissão de entrada. Esta procissão, pelo menos nos dias mais festivos, parte da sacristia

(ou do fundo da igreja), e daí, passando pela coxia central, dirige-se para o presbitério, enquanto o coro canta

o cântico de entrada.

A procissão organiza-se assim: acólito do turíbulo, com o turíbulo fumegante; acólito da cruz, com a cruz

processional; pelo menos dois acólitos dos círios, que caminham ao lado do acólito da cruz, com círios acesos,

nos castiçais; leitor, com o Evangeliário um pouco elevado; outros acólitos, de entre os que designamos acima,

e que sejam necessários para uma celebração bela e harmoniosa; diácono ou diáconos (quando estiverem

presentes); presbíteros concelebrantes (quando estiverem presentes); presidente da celebração (bispo ou

presbítero).

Ao chegarem junto do altar, todos fazem inclinação profunda; se no presbitério houver sacrário com o

Santíssimo Sacramento, todos genuflectem, exceto o acólito da cruz e os acólitos dos círios.

Os acólitos colocam a cruz e os castiçais junto do altar e o leitor depõe o Evangeliário no centro do altar; se

não houver incensação, todos ocupam imediatamente os seus lugares e participam ativamente na celebração,

cantando e respondendo às saudações do presidente.

Os ritos iniciais da Missa terminam pela oração Coleta. Quando o presidente diz ou canta: Oremos, o acólito do

livro vai buscar o Missal e apresenta-o, aberto, ao presidente, segurando-o com ambas as mãos. Depois de o

povo dizer: Amém, o acólito depõe o Missal no seu lugar.

O acólito do livro deve aprender a abrir o Missal e a segurá-lo, à altura devida, mas sem amarrotar ou sujar as

folhas. Para isso não se esqueça de lavar muito bem as mãos antes de a Missa começar.

5. A Liturgia da Palavra Terminados os ritos iniciais da Missa, começa imediatamente a Liturgia da Palavra. Escusado será dizer que os

acólitos a devem escutar com toda a atenção e fé. É Deus que lhes fala pela voz dos leitores. Já dissemos, noutra

lição, qual deve ser a atitude dos acólitos. Eles vão ser vistos por toda a assembleia. Principalmente as crianças

e os jovens vão ter os olhos postos neles. Nada lhes vai escapar.

Cada vez que um leitor ou o salmista vai para o ambão, pode ser acompanhado por um acólito; mas não é

obrigatório. Não se deve fazer isso habitualmente, mas apenas nos dias mais solenes. Quando se fizer, o acólito

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vai até junto do leitor ou do salmista, e acompanha-o até ao ambão; depois vai sentar-se e, quando a leitura ou

o canto termina, levanta-se e acompanha de novo o leitor ou o salmista ao seu lugar.

Quando tiver sido lida a segunda leitura, um acólito vai tirar o Lecionário do ambão, para que aí seja colocado

o Evangeliário. E se houver procissão solene com o Evangeliário, tomam parte na procissão o acólito do

turíbulo e os acólitos com círios acesos, que se colocam junto do ambão, um de cada lado daquele que proclama

o Evangelho, ou onde der mais jeito, de modo a não impedir a visibilidade aos fiéis. Terminada a proclamação

do Evangelho, colocam os castiçais no lugar onde foram buscá-los.

Durante a homilia devem escutar com atenção; e se o presidente chamar algum, este deve fazer o que lhe for

pedido com desembaraço e simplicidade, mas sem dar nas vistas.

Ao terminar a recitação do Símbolo da fé ou Credo, um dos acólitos, se o presidente for para a sua cadeira,

leva-lhe o livro da Oração dos fiéis, e apresenta-lho aberto. Caso contrário leva o livro para o ambão, e

entrega-o ao presidente que aí se encontra ou coloca-o ele próprio na estante do ambão.

10 - O ACÓLITO NA SEGUNDA PARTE DA MISSA

1. A segunda parte da Missa Depois de termos falado do ministério do acólito na primeira parte da Missa, chegou o momento de falar desse

mesmo ministério na segunda parte.

O que é a segunda parte da Missa?....É a que vai desde o fim da oração dos fiéis até ao fim da própria Missa.

Começa quando acaba a Liturgia da palavra, e termina quando a assembleia é despedida.

É fácil de perceber que a primeira parte da Missa se compõe de dois momentos (os Ritos iniciais e a Liturgia da

palavra), e a segunda de outros dois: a Liturgia eucarística e os Ritos de conclusão. Deste modo, a Missa tem no

princípio os Ritos iniciais e no fim os Ritos de conclusão, e entre estes dois ritos tem duas liturgias: a Liturgia da

palavra na primeira parte, e a Liturgia eucarística na segunda.

Por várias razões a Liturgia eucarística e os Ritos de conclusão são muito diferentes. A Liturgia eucarística é

longa, pois vai desde a preparação do altar até ao fim da Comunhão dos fiéis, demorando cerca de meia hora. É

nela que o pão e o vinho primeiro se colocam no altar e depois se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo. É

também nela que todos dizemos o Pai-Nosso, nos saudamos uns aos outros com o abraço da paz e podemos

receber a Comunhão. Não admira, por isso, que os serviços mais expressivos do ministério dos acólitos tenham

lugar nesse momento.

Ao contrário, os Ritos de conclusão são muitíssimo breves. Duram, por vezes, apenas alguns instantes.

Compõem-se de pequenos avisos de interesse para a comunidade local, feitos pelo presidente da celebração, e

terminam com a bênção e a despedida da assembleia: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.

2. Duas observações Antes de continuar quero fazer-vos duas observações. A primeira diz respeito à vocação de acólito. Quando o

vosso pároco ou uma catequista vos convidou para serdes acólitos, Jesus já vos tinha convidado a segui-l’O e a

serdes seus discípulos e amigos. Quando aconteceu isso? Muitas vezes, mas de modo particular quando tomastes

consciência de que éreis batizados, ou quando começastes a conhecer melhor Jesus na catequese, ou quando

fizestes a primeira Comunhão, ou quando falais com Deus na oração. Ser bom discípulo de Cristo é a coisa mais

importante na vida de um batizado. É bom que sejais óptimos acólitos, conscientes do vosso serviço litúrgico,

assíduos à vossa assembleia, educados, disponíveis, asseados. Mas ainda é melhor que sejais bons discípulos de

Cristo, muito seus amigos. Isso é que é o principal. Ser acólito é apenas um caminho para chegar a ser amigo de

Jesus e membro vivo da vossa comunidade paroquial.

A segunda observação é acerca da celebração da Missa em que tomam parte vários acólitos. Diz o missal que,

quando isso acontece, eles repartem entre si os serviços que pertencem a todos. Por exemplo: uns preparam o

altar, outros ajudam o presidente a receber as ofertas dos fiéis, outros levam-lhe o pão e o vinho, outros

acompanham os ministros que distribuem a Comunhão, etc. Mas, se alguma vez o encarregado dos acólitos ou o

senhor padre não te escolher para qualquer serviço, lembra-te de que o mais importante é que sejas bom cristão,

amigo de todos os outros acólitos e de Jesus.

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3. Os serviços do acólito na Liturgia eucarística A Liturgia eucarística tem quatro momentos importantes: a preparação do altar, a apresentação dos dons, a

Oração eucarística e a Comunhão. Em cada um deles os acólitos devem fazer tudo e só o que lhes compete. Nem

mais, nem menos. E o que é esse tudo e só? Vamo-lo aprender agora, partindo sempre da hipótese de que, na

celebração de que estamos a falar, não está presente nenhum diácono.

a) A preparação do altar

Caso o padre pedir, assim que terminar a oração dos fiéis, três acólitos vão à credência e levam para o altar o

corporal, o cálice e o sanguinho (com ou sem a pala) e o missal. Pode ser um outro acólito a entregar-lhes cada

uma destas coisas. Os acólitos recebem-nas com ambas as mãos. Tanto o que as entrega como o que as recebe

devem fazê-lo muito bem. Mas também pode ser cada acólito a tirar as coisas da credência. É bom ir variando a

maneira de fazer.

A quem entregam eles essas coisas? Ao responsável dos acólitos, ou ao acólito que, nesse domingo, tiver sido

encarregado de preparar o altar. Tal como cada um recebeu as coisas com ambas as mãos, também as entrega

com ambas as mãos.

O responsável dos acólitos começa por desdobrar o corporal no meio do altar, e a seguir dispõe as outras coisas

desta maneira: o sanguinho na parte inferior do corporal, o cálice à direita no corporal, e o missal à esquerda do

corporal. Se houver microfone, há que colocá-lo no lugar certo.

Enquanto os acólitos preparam o altar alguns fiéis, de entre os mais novos, recolhem as ofertas e trazem-nas, em

procissão, até junto do altar. Os acólitos as recebem e vão colocá-las em lugar conveniente, fora da mesa

eucarística.

b) A apresentação dos dons

Se o pão e o vinho destinados à Eucaristia são trazidos na procissão dos dons, o presidente recebe-os e entrega-os

aos acólitos, que os seguram nas mãos e, depois, lhos entregam de novo, do modo que se vai explicar a seguir.

Se o pão e o vinho estiverem na credência, os acólitos levam-nos e entregam-nos ao presidente, por esta ordem:

primeiro a patena e as píxides com o pão que vai ser consagrado, e a seguir o vinho e a água que o sacerdote

deita e mistura no cálice. O acólito que traz o vinho e a água apresenta-os ao sacerdote no lado do altar.

Quer o pão e o vinho sejam trazidos da assembleia, quer venham da credência, é sempre e só o presidente que os

recebe e os coloca no altar. Nenhum outro ministro o pode nem deve fazer.

Terminada a apresentação dos dons e no caso de se usar o incenso, um acólito apresenta o turíbulo ao presidente

e o outro a naveta. Depois de o sacerdote pôr o incenso no turíbulo, o acólito entrega-lho e acompanha-o na

incensação dos dons, da cruz e do altar. Quando termina a incensação, o acólito, ao lado do altar, incensa o

sacerdote e, depois, o povo.

Após a incensação, o sacerdote vai ao lado do altar e os acólitos servem-lhe a água para ele lavar as mãos e

apresentam-lhe a toalha para as limpar. Depois voltam a levar tudo para a credência.

c) A apresentação simplificada dos dons

Por vezes, o presidente da celebração vai para o altar logo que termina a oração dos fiéis. Nesse caso os acólitos

procedem assim: um deles coloca o missal no altar; outro entrega o corporal ao presidente; outro a patena e as

píxides com o pão; outro o cálice e o sanguinho. Por fim, aquele que traz as galhetas com o vinho e a água,

aproxima-se do lado do altar e apresenta-as ao sacerdote para que ele prepare o cálice.

Assim que o sacerdote depõe o cálice no altar, os acólitos servem-lhe a água para ele lavar as mãos e apresentam-

lhe a toalha para as limpar. A seguir repõem as lavandas na credência.

d) Os acólitos durante a Oração eucarística

A Oração eucarística é o coração da Missa. A participação mais ativa e consciente nesta Oração consiste em

responder ao diálogo inicial, em cantar o Sanctus, em estar de pé ou ajoelhar nos momentos próprios, em cantar a

aclamação e, por fim, em cantar ou responder Amém.

Um dos acólitos, um pouco antes da consagração, pode chamar a atenção dos fiéis com um toque de campainha,

que pode tocar-se também a cada elevação, e outro acólito, no caso de se usar o incenso, pode incensar a hóstia e

o cálice ao serem mostrados depois da consagração.

e) Os acólitos durante a distribuição da Comunhão

Um pouco antes da Comunhão os fiéis são convidados a saudar-se mutuamente. Os acólitos saúdam-se também

uns aos outros e alguns saúdam o presidente. Mas todos o devem fazer com sobriedade.

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Durante a distribuição da Comunhão, cada ministro é acompanhado por um acólito, que leva uma bandeja. Se os

fiéis comungam na mão, o acólito nada tem a fazer; se a Comunhão lhes é dada de outro modo, o acólito segura a

bandeja por baixo da boca daquele que comunga.

Terminada a Comunhão, os acólitos voltam ao altar, trazendo as bandejas com todo o cuidado e respeito, para

que nada se perca do Corpo de Cristo que eventualmente nelas tenha caído. Não as colocam no altar, mas

entregam-nas nas mãos dos ministros que vão realizar a purificação dos vasos sagrados. Depois da purificação,

se esta se fez no altar os acólitos recebem as patenas e os outros vasos sagrados das mãos dos ministros e levam-

nos para a credência; se foi feita na credência, como é preferível, o próprio ministro que purifica as bandejas e as

coloca na credência.

f) A oração depois da Comunhão

Terminada a purificação dos vasos sagrados, e após breves momentos de silêncio, o sacerdote diz Oremos. O

acólito do livro apresenta-lhe imediatamente o missal aberto. No fim da oração, depois da Comunhão, o acólito

fecha o missal e volta a colocá-lo no seu lugar.

4. Os ritos de conclusão da Missa Tal como no início da Missa houve uma procissão de entrada, assim há uma procissão de saída no final, com os

mesmos ministros. Antes de lhe dar início, se o sacrário estiver no presbitério, todos fazem a genuflexão.

a) Procissão solene

A procissão organiza-se assim: à frente vai o acólito com o turíbulo, a seguir o acólito com a cruz processional,

os acólitos dos círios que caminham ao lado do acólito da cruz, com círios acesos, nos castiçais, os outros

acólitos que tomaram parte na celebração e, por fim, o presidente da celebração.

Ao chegar à sacristia, todos, juntamente com o presidente, fazem inclinação à cruz e depois saúdam igualmente o

presidente ao mesmo tempo.

A seguir, todos depõem as coisas de que se serviram na celebração acabada de realizar. Os acólitos arrumam as

vestes do sacerdote e, por fim, tiram e arrumam as suas.

Todos devem ter cuidado em guardar silêncio, numa atitude de comum recolhimento e de respeito para com a

santidade da casa de Deus.

b) Procissão simples

Por vezes a saída é muito mais simples. Na procissão tomam parte apenas os acólitos e o presidente da

celebração, que entram diretamente na sacristia pela porta que a liga ao presbitério.

Antes da procissão, se o sacrário estiver no presbitério, todos começam por fazer genuflexão. Depois vão à frente

os acólitos mais pequenos, seguidos dos maiores e, por fim, o presidente da celebração.

Ao chegar à sacristia, todos, juntamente com o presidente, fazem inclinação à cruz que deve existir na sacristia, e

depois saúdam igualmente o presidente ao mesmo tempo.

A seguir, todos depõem as coisas de que se serviram na celebração acabada de realizar. Os acólitos arrumam as

vestes do sacerdote e, por fim, tiram e arrumam as suas.

Todos devem ter cuidado em guardar silêncio.

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES:

A) 1. Basílica - Igreja de grande porte, privilegiada com relíquias de um ou mais santos, e que possua grande

influência sobre determinada região geográfica ou país e seu acentuado caráter espiritual que exerce sobre

religiosos e leigos de uma jurisdição eclesiástica. A Basílica de São Pedro, por exemplo, reúne estas condições

e possui condição ímpar, uma vez que o Papa, como chefe da Igreja, exerce pleno poder e jurisdição eclesiástica

sobre todo o mundo católico.

2. Catedral - É a Igreja episcopal, cujo dirigente maior é o Bispo que exerce sobre os Párocos das igrejas de sua

diocese, repassando, com sua autoridade eclesiástica, as diretrizes firmadas pelo Papa. Nas catedrais é que são

sepultados os bispos de uma determinada Diocese e esta é a condição para que uma igreja seja designada

"Catedral".

3. Igreja - É um templo católico, normalmente, com qualidade de Paróquia, onde o Vigário e/ou Pároco,

exercendo sua autoridade religiosa, confirma e repassa as instruções episcopais aos religiosos ou fiéis que estão

sob sua jurisdição eclesiástica.

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4. Capela - Templo católico que comporta, normalmente, só um altar, caracterizada pela sua modesta estrutura

física, onde o padre exerce suas funções, normalmente de forma itinerante, estando subordinada e pertencendo a

determinada paróquia.

5. Santuário - Igreja ou paróquia digna de apreço pelas relíquias que contém, normalmente do padroeiro de uma

cidade ou Estado, pela afluência de devotos ou sinais visíveis de grandes graças daí obtidas.

Texto extraído do site www.paginaoriente.com

B)

Nártex:O termo arquitectônico nártex refere-se, em sentido lacto, à zona de entrada de um templo. Também

outras designações podem surgir associadas a este termo, como pronaos, átrio, vestíbulo, galilé.

Retábulo: (do espanhol retablo) é uma construção de madeira, de mármore, ou de outro material, com

lavores, que fica por trás e/ou acima do altar e que, normalmente, encerra um ou mais painéis pintados ou

em baixo-relevo.

Consistório: é uma reunião de Cardeais para dar assistência ao Papa nas suas decisões

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O ESPAÇO DA CELEBRAÇÃO E AS VESTES LITÚRGICAS

Espaço da celebração:

Presbitério: espaço ao redor do altar, geralmente um pouco

elevado, onde se realizam os ritos sagrados.

Altar: mesa fixa ou móvel destinada á celebração eucarística.

Ambão ou Mesa da Palavra: estante de onde proclama a palavra

de Deus.

Cadeira Presidencial: É a cadeira ocupada pelo presidente da

celebração, de onde ele preside a assembleia e dirige a oração. Significa

que o presidente é o representante de Cristo na comunidade.

Credência: mesinha onde se colocam os objetos litúrgicos que

serão utilizados na celebração.

Púlpito: nas igrejas mais antigas, lugar de onde o sacerdote

dirige a pregação.

Sacrário ou Tabernáculo: espécie de pequena urna onde se

guarda o Santíssimo Sacramento

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Batistério: lugar reservado para a celebração do batismo. Em

substituição ao verdadeiro batistério, usa-se a pia batismal.

Sacristia: sala anexa à igreja onde se guardam as vestes dos

ministros e os objetos destinados às celebrações; também o lugar onde os

ministros se paramentam.

Nave da Igreja: espaço reservado para os fiéis

Confessionário: Pequena sala ou estrutura, própria para atender

confissões individuais.

VESTES LITÚRGICAS OU PARAMENTOS

Assim como se utiliza roupas diferentes para o trabalho, para o divertimento e para a escola, pois

cada roupa manifesta um sentido, as vestes litúrgicas também têm significado: manifestam clima de alegria,

de festa, de ambiente e funções sagradas.

Alva ou Túnica: veste longa, de cor branca, comum aos

ministros de qualquer grau.

Amito: pano que o padre coloca no pescoço antes de vestir

outros paramentos (pouco usado).

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Casula: veste própria do sacerdote que preside a celebração.

Espécies de manto que se veste sobre a alva ou estola. A casula

acompanha a cor litúrgica do dia.

Capa Pluvial: capa longa que o sacerdote usa ao dar benção

com o Santíssimo, ou ao conduzí-lo nas procissões, e ao aspergir a

assembleia.

Cíngulo: cordão no qual se prende a alva ao redor da cintura.

Dalmática: veste própria do Diácono. É colocada sobre a alva e

a estola.

Estola: veste litúrgica dos ministros ordenados. O Bispo e o

presbítero a colocam sobre os ombros de modo que caia pela frente em

forma de duas tiras, acompanhando o comprimento da alva ou túnica. Os

Diáconos usam a estola a tiracolo sobre os ombros esquerdo, prendendo-

a do lado direito.

Véu Umeral ou Véu de Ombro: manto retangular que o

sacerdote usa sobre os ombros, ao dar a bênção com o Santíssimo ou

transportar o ostensório com o Santíssimo Sacramento.

Batina e Sobrepeliz: Veste própria de quem está cerimoniando

a celebração, ou seja, está coordenando toda a liturgia da missa ou de um

ato litúrgico. Na presença deste, o padre e toda a equipe de celebração

fica sob seus cuidados e organização.

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AS INSÍGNIAS DO BISPO

Mitra: espécie de chapéu alto com duas pontas na parte

superior e duas tiras da mesma tela que caem sobre os ombros.

Báculo: cajado que o bispo utiliza para as celebrações.

Simboliza que o bispo é o pastor.

Solidéu: peça de tela em forma arredondada e côncava que

cobre a coroa da cabeça.

Anel: simboliza a união do bispo com os fiéis de sua diocese e

de maneira mais abrangente, a união do bispo com toda a Igreja.

Cruz Peitoral: cruz que os bispos levam sobre o peito.

OBJETOS LITÚRGICOS

Objetos Litúrgicos: não são apenas coisas concretas, são sinais, por isso transmitem mensagem, não só pela

presença deles, mas pelo modo como são utilizados ou conservados. A beleza da patena, do cálice e âmbulas,

o formato e o acabamento das velas, as flores naturais e sua conservação do memorial da páscoa de Cristo.

Âmbula: Recipiente para a conservação e distribuição da

Eucaristia.

Cálice: Taça onde se coloca o vinho que vai ser

consagrado.

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Patena: Prato onde são colocadas as hóstias para a

consagração.

Corporal: Pano quadrangular de linho com uma cruz

no centro; sobre ele é colocado o cálice, a patena e a âmbula

para a consagração.

Pala: Cobertura quadrangular para o cálice.

Galhetas: Recipientes onde se coloca a água e o

vinho para serem usados na Celebração Eucarística

Crucifixo: Fica sobre o altar ou acima dele, lembra a

Ceia do Senhor é inseparável do seu Sacrifício Redentor.

Lecionários: Livros que contém as leituras da Missa.

Lecionário Ferial (leituras da semana); Lecionário Santoral (leitura

dos santos), Lecionário Dominical (leituras do Domingo).

Manustérgio: Toalha usada para purificar as mãos antes,

durante e depois do ato litúrgico.

Missal: Livro que contém o ritual da missa, menos as

leituras.

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Sanguíneo: Pequeno pano utilizado para o celebrante

enxugar a boca, os dedos e o interior do cálice, após a consagração.

Ostensório ou Custódia: Objeto utilizado para expor o

Santíssimo, ou para levá-lo em procissão.

Teca: Pequeno recipiente onde se leva a comunhão para

pessoas impossibilitadas de ir à Missa.

Ambão ou Mesa da Palavra: Estante onde é proclamada a

palavra de Deus.

Incenso: Resina de aroma suave. Produz uma fumaça que

sobe aos céus, simbolizando as nossas preces e orações a Deus.

Naveta: Objeto utilizado para se colocar o incenso, antes

de queimá-lo no turíbulo.

Turíbulo: Recipiente de metal usado para queimar o

incenso.

Alfaias: Designam todos os objetos utilizados no

culto, como por exemplo, os paramentos litúrgicos.

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Aliança: Anel utilizado pelos noivos para significar

seu compromisso de amor selado no matrimônio.

Andor: Suporte de madeira, enfeitado com flores.

Utilizados para levar os santos nas procissões.

Asperges: Utilizado para aspergir o povo com água-

benta. Também conhecido pelo nome de aspersório.

Bacia: Usada como jarro para as purificações

litúrgicas.

Báculo: Bastão utilizado pelos bispos. Significa que

ele está em lugar do Cristo Pastor.

Batistério: O mesmo que pia batismal. É onde

acontecem os batizados.

Caldeirinha: Vasilha de água-benta.

Campainha: Sininhos tocados pelo acólito no

momento da consagração.

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Candelabro: Grande castiçal com ramificações, a

cada uma das quais corresponde um foco de luz.

Castiçais: Suportes para as velas.

Cadeira do Celebrante: Cadeira no centro do

presbitério que manifesta a função de presidir o culto.

Círio Pascal: Uma vela grande onde se pode ler

ALFA e ÔMEGA (Cristo: começo e fim) e o ano em curso.

Têm grãos de incenso que representam as cinco chagas de

Cristo. Usado na Vigília Pascal, durante o Tempo Pascal, e

durante o ano nos batizados. Simboliza o Cristo, luz do

mundo.

Colherinha: Usada para colocar a gota de água no

vinho e para colocar o incenso no turíbulo.

Conopeu: Cortina colocada na frente do sacrário.

Credência : Mesinha ao lado do altar, utilizada para

colocar os objetos do culto.

Cruz Processional: Cruz com um cabo maior

utilizada nas procissões.

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Esculturas: Existem nas Igrejas desde os primeiros

séculos. Sua única finalidade litúrgica é ajudar a mergulhar

nos mistérios da vida de Cristo. O mesmo se pode dizer com

relação às pinturas.

Estante: Suporte para missal, ou almofada que serve

como suporte também.

Genuflexório: Faz parte dos bancos da Igreja. Sua

única finalidade é ajudar o povo na hora de ajoelhar-se.

Hóstia: Pão Eucarístico. A palavra significa "vítima

que será" sacrificada.

Hóstia Grande: É utilizada pelo celebrante. É maior

apenas por uma questão de prática. Para que todos possam vê-

la na hora da elevação, após a consagração.

Carvão: Utilizado no turíbulo para queimar o

incenso.

Jarro: Usado durante a purificação.

Lavatório: Pia da Sacristia. Nela há toalha e sabonete

para que o sacerdote possa lavar as mãos antes e depois da

celebração.

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Livros Litúrgicos: Todos os livros que auxiliam na

liturgia: lecionário, missal, rituais, pontifical, gradual,

antifonal.

Luneta: Objeto em forma de meia-lua utilizado para

fixar a hóstia grande dentro do ostensório.

Matraca: Instrumento de madeira que produz um

barulho surdo. Substitui os sinos durante a semana santa.

Pia para Água Benta: Pequeno suporte para água

benta, geralmente são colocados na entrada da Igreja.

Píxide: O mesmo que Âmbula.

Relicário: Onde são guardadas as relíquias dos

santos.

Sacrário: Caixa onde é guardada a Eucaristia após a

celebração. Também é conhecida como Tabernáculo.

Viático: Pequena Bolsa, utilizada para levar a

sagrada comunhão aos enfermos.

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Véu do Cibório: Capinha de seda branca que cobre a

âmbula. É sinal de respeito para com a Eucaristia.

Pálio ou Umbrella: Utilizados para procissão com o

Santíssimo Sacramento fora da Igreja, em locais abertos.

Bursa: Bolsa quadrangular para colocar o corporal.

Cibório: O mesmo que Âmbula.

Cruz Peitoral: Crucifixo dos bispos.

Purificatório: O mesmo que Sanguinho.

Santa Reserva: Eucaristia guardada no Sacrário.

Tabernáculo: O mesmo que Sacrário.

Véu do Cálice: Pano utilizado para cobrir o cálice.

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OUTROS SÍMBOLOS LITÚRGICOS

Vinho: Utilizados para celebração da santa missa.

Pela consagração se tornará sangue de Cristo.

Velas e Fogo: Simbolizam a luz de Cristo presente

em nossas vidas. As velas podem ter as cores do tempo

litúrgico. O fogo representa-nos a luz, pois sem ela não

podemos viver bem, não conseguimos enxergar com clareza

as coisas. A luz, na liturgia, simboliza a presença de Deus em

nosso meio, iluminando o nosso caminho, nossa vida.

Lembra-nos que devemos ser a luz do mundo, e iluminar o

caminho dos irmãos, como Jesus nos pediu.

Água: Sabemos, primeiramente, que a água é algo

essencial para a nossa sobrevivência. Porém ela tem também

seu valor simbólico. Quando uma planta está para morrer, o

que fazemos? Regamos a planta com água. Assim, a água

simboliza vida. Depois de um futebol precisamos tomar um

bom banho para ficarmos limpos. Então a água simboliza

aquilo que livra da sujeira e da maldade. No Batismo, a água

é o símbolo mais importante. Também quando o padre coloca

gotas de água no cálice com vinho, elas simbolizam todos os

batizados, todos nós que participamos da Missa. Em seguida,

com a água, o coroinha ajuda o padre a purificar as suas mãos,

e após a comunhão, a purificar o cálice.

Santos Óleos: O óleo na antiguidade era usado na

preparação dos atletas e lutadores, para a competição. Com o

corpo coberto de óleo, ficava difícil para o adversário agarrar

e segurar o lutador, o que o protegia de vários ataques. Por

isso o óleo simboliza força e proteção. Na Bíblia os reis eram

ungidos com óleo, que simbolizava a escolha de Deus. Na

Igreja, o óleo é bento na Missa da Crisma de cada diocese

(ocorre geralmente na quinta feira Santa), e é utilizado no

Batismo, na Crisma, nas Ordenações e na Unção dos

Enfermos.

Cinzas: é o símbolo da miséria, penitência, limitação

de nossa vida. No antigo Testamento muitas pessoas se

cobriam de cinzas, para mostrar que eram fracas, quando se

arrependiam dos pecados e queriam implorar a misericórdia e

auxílio de Deus. Na quarta-feira de cinzas, início da

Quaresma, o padre espalha na cabeça dos fiéis um pouco de

cinza, para simbolizar que somos fracos e precisamos pedir

misericórdia a Deus para nos convertermos ao amor.

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Flores: as flores simbolizam a beleza da criação de

Deus, a vida. Simboliza que toda a Criação de Deus se reúne

para louvá-lo e agradecê-lo.

Incenso: Com sua especificidade aromática, sua

fumaça simboliza, pois, a oração dos santos, do povo, que

sobe a Deus, que ora como louvor, que ora como súplica.

Imagens de Santos: os cristãos sempre tiveram

carinho e veneração pelos santos. A imagem deles são como

fotografias, que nos ajudam a lembrar da pessoa e dos

exemplos que ele nos deixou. Além de serem intercessores

junto a Deus por nossos pedidos.

Luz do Sacrário: Pequenas luzes ou lamparinas

localizadas próximas ao sacrário quando acesas indicam que

há presença de Jesus sacramentado no sacrário e por isso

necessita que façamos genuflexão diante de Deus presente no

sacrário.

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GUIA PRÁTICO PARA COROINHA

SERVIR NAS CELEBRAÇÕES A) SANTA MISSA

MOMENTOS DA MISSA ATITUDES ENTRADA Procissão de entrada começa com a expressão do Celebrante: “Nossa

proteção está no nome do Senhor”, ao que se responde: “Que fez o

céu e a terra”, enquanto respondemos fazendo o sinal da cruz sobre

nosso corpo. Entram sempre de dois a dois. Se houver um terceiro

este vai atrás dos dois, mais ao meio, formando assim um triângulo

entre eles. Quando chegar em frente ao presbitério/altar os coroinhas

abrem espaço entre eles para que o padre entrando no espaço deixado

entre ambos faça a reverência ao altar juntamente com os coroinhas.

Em seguida padre sobe para presbitério para fazer o ósculo do altar,

em seguida vão os coroinhas para seus devidos lugares,

permanecendo em pé em frente seus assentos. Participa de todos os

momentos seguintes do modo que for necessário: cantando, louvando

com braços, escutando e rezando em silêncio.

SAUDAÇÃO DO PRESIDENTE

ATO PENITENCIAL

HINO DE LOUVOR

ORAÇÃO DA COLETA

Coroinha permanece em seu lugar e senta-se quando o padre o fizer.

1ª LEITURA, SALMO E

2ª LEITURA

(LITURGIA DA PALAVRA)

Coroinha permanece sentado.

ACLAMAÇÃO AO

EVANGELHO

Coroinha levanta-se juntamente com o padre e vira seu rosto e o

corpo em direção ao ambão da palavra.

EVANGELHO Em pé coroinha ouve atento a palavra ser proclamada.

HOMILIA

Coroinha senta-se após evangelho e levanta-se quando padre termina

homilia e inicia a oração do creio ou as preces. Assim que o coroinha

levantar-se dirige-se à credencia serve água num copo e oferece ao

sacerdote, que pode estar com sede por ter falado ininterruptamente.

PROFISSÃO DE FÉ/PRECES Coroinha em pé na frente de seu banco reza junto com todos.

OFERTÓRIO

Coroinha dirige-se até à credencia leva os objetos nesta ordem para o

altar:

1. Cálice (contendo junto com ele sanguíneo, patena com hóstia, pala

e corporal)

2. Âmbulas contendo partículas para serem consagradas (se houver).

3. Galhetas de Vinho e Água (levando com as alças das galhetas

voltadas para o sacerdote).

4. Jarra contendo água, bacia e manustérgio (lavabo/purificação do

padre).

Obs: Claro que o coroinha deve observar nos itens 2, 3 e 4 o

momento ideal para levar os objetos ao Padre, visto que o sacerdote,

faz neste momento várias orações também. Após o lavabo, os

coroinhas ficam nas laterais do altar munidos de sinetas, se houver.

PREFÁCIO, SANTO E ORAÇÃO

EUCARÍSTICA

Coroinha permanece em pé. Somente ajoelha-se no momento em que

o padre abençoa as oferendas fazendo o gesto da cruz com a mão

sobre as oferendas dizendo: “a fim de que se tornem para nós: o

corpo + e o sangue de Jesus Cristo, Senhor nosso que nos mandou

celebrar este mistério”. Neste momento toca a sineta brevemente.

Em seguida toca mais prolongadamente quando o padre ergue o

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Corpo e o Sangue de Cristo.

Coroinha levanta-se após o fim da resposta ao que o Padre diz: “Eis o

mistério da fé”.

PAI-NOSSO Em pé ao lado do altar.

Após a oração do Pai-Nosso: se for o momento dos ministros se

purificarem, o coroinha mais próximo a credencia auxilia-os lavando

suas mãos na credencia mesmo.

GESTO DA PAZ O coroinha só deve descer do presbitério para dar a paz se o

presidente assim fizer e deve retomar quando ele o fizer também.

FRAÇÃO DO PÃO E

CORDEIRO DE DEUS

Permanece em pé ao lado do altar.

COMUNHÃO Comunga após os ministros/leitores e volta ao seu lugar podendo se

sentar ou ajoelhar em frente seu assento para rezar.

PÓS-COMUNHÃO

(PURIFICAÇÃO DOS VASOS

SAGRADOS)

O coroinha deve estar atento porque quando o padre voltar com a

comunhão para o altar ele deverá estar a postos esperando seu

momento de ajudar com a galheta de água na mão. Em seguida o

padre lhe dará a galheta após usar, depois as âmbulas e o cálice e seus

acessórios.

(APÓS PURIFICAÇÃO) O coroinha se senta quando o padre voltar e se sentar. Caso ele

permaneça em pé em silêncio, coroinha volta pro seu banco e se

senta.

ORAÇÃO PÓS-COMUNHÃO Coroinha fica em pé em frente seu banco.

AVISOS Se padre voltar para seu banco coroinha o espera para sentar quando

ele se sentar. Caso padre permaneça em pé, coroinha pode se sentar.

BENÇÃO Coroinha em pé em frente seu banco recebe a benção.

APÓS A BENÇÃO Coroinha desce do presbitério para esperar padre fazer reverência e

volta para sacristia ou local específico para terminar a celebração.

TERMINANDO A

CELEBRAÇÃO

A celebração termina após o padre se inclinar e dizer diante de um

crucifixo: “Bendigamos ao Senhor” e todos inclinando-se também

respondem: “Demos graças a Deus”

B) CELEBRAÇÃO DA PALAVRA A celebração da palavra segue o mesmo roteiro acima da Santa Missa, com exceção das partes cinzas do

quadro acima que são substituídas respectivamente pelos momentos abaixo:

OFERTÓRIO

Coroinha dirige-se até à credencia leva os objetos nesta ordem para o

altar:

1. Corporal e sanguíneo.

2. Jarra contendo água, bacia e manustérgio (lavabo/purificação do

celebrante).

RITO DE LOUVOR

Neste momento o celebrante pode pedir pra assembleia ficar de

joelhos para um instante de adoração a Jesus entoando um canto.

Coroinha se ajoelha como o celebrante e levanta-se quando ele o

pedir.

O celebrante pode também optar por fazer de joelhos uma adoração

em silêncio ou ainda fazer em pé o rito de louvor indicada pela liturgia

diária para celebrações da palavra.

PÓS-COMUNHÃO O coroinha deve estar atento porque quando o celebrante voltar com a

comunhão para o altar ele deverá estar a postos esperando seu

momento de ajudar levando de volta para credencia o corporal e o

sanguíneo.

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MISSA SOLENE COM BISPO

MOMENTOS DA MISSA

SOLENE

O QUÊ FAZER?

ENTRADA: BISPO DE BÁCULO E MITRA

LEMBRE-SE A PROCISSÃO DE ENTRADA SÓ COMEÇA A ANDAR AO

SINAL DO BISPO OU PRESIDENTE QUE PODE SINALIZAR O O

MOMENTO DE INÍCIO DIZENDO: “A NOSSA PROTEÇÃO ESTÁ NO

NOME DO SENHOR” E TODOS RESPONDEM: “QUE FEZ O CÉU E A

TERRA”.

1. TURÍBULO E NAVETA ANTES DE ENTRAR: BISPO/PADRE COLOCA INCENSO NO

TURÍBULO.

QUANDO CHEGA AO ALTAR FICA SOBE NO PRESBITÉRIO E

AGUARDA AO LADO DA CREDÊNCIA.

2. DUAS VELAS E CRUZ AO MEIO VELAS EM FRENTE AO PRESBITÉRIO PARAM UMA DE FRENTE PARA

OUTRA, ENQUANTO CRUZ JÁ É COLOCADA EM SEU LUGAR E

CRUCIFERÁRIO SE RETIRA PARA SEU LUGAR.

CERUFERÁRIOS SE RETIRAM APÓS SUBIDA DO CERIMONIÁRIO.

3. LEITORES

4. MINISTROS

5. LIBRÍFERO AUXILIARÁ NO MENUSEIO DO MISSAL/ PONTIFICAL DURANTE A

CELEBRAÇÃO. APRESENTANDO-O SEMPRE QUE NECESSÁRIO,

SEGURANDO-O E VIRANDO AS FOLHAS AO FIM DA LEITURA DE

CADA PÁGINA. DEVE CONHECER OS LIVROS BEM PARA EXERCER

ESTA FUNÇÃO.

6. ACÓLITOS E OUTRAS

FUNÇÕES.

APÓS FAZER REVERÊNCIA AO ALTAR SOBEM PARA O PRESBITÉRIO

E/OU COLOCAM-SE NOS SEUS LUGARES.

7. DIÁCONOS UM DELES ENTRA COM O EVANGELIÁRIO NAS MÃOS, LEVANDO-O

ERGUIDO DURANTE TODA A PROCISSÃO

8. PADRES

9. BISPOS

10. MITRÍFERO E BACULÍFERO AGUARDAM AO CHEGAR EM FRENTE AO PRESBITÉRIO. BISPO IRÁ

RETIRAR MITRA E BÁCULO.

11. CERIMONIÁRIO RETIRA MITRA E BÁCULO DO BISPO QUANDO ELE CHEGA EM

FRENTE AO PRESBITÉRIO PARA QUE ELE POSSA BEIJAR E

INCENSAR O ALTAR. CERIMONIÁRIO ACOMPANHA BISPO NA

INCENSAÇÃO SEGURANDO SUAS VESTES PARA NÃO ENCOSTAR NO

TURÍBULO.

SÓ SE DEVOLVE A MITRA APÓS A ORAÇÃO DA COLETA.

LITURGIA DA PALAVRA:

LEITURAS BISPO SENTADO DE MITRA

EVANGELHO:

1.VELA

2.TURÍBULO

3. NAVETA

4. VELA

OS QUATRO ENTRAM EM FILA INDIANA. PARAM UM DO LADO DO

OUTRO EM FRENTE AO PRESBITÉRIO E VIRADOS PARA O ALTAR

FAZEM REVERÊNCIA. LOGO EM SEGUIDA. SOBE PRIMEIRO

TURÍBULO E NAVETA E AJOELHAM-SE DIANTE DO BISPO,

ERGUENDO A NAVETA E O TURÍBULO ABERTO À ALTURA DA MÃO

DO BISPO.

EM SEGUIDA LEVANTAM-SE, FAZEM REVERÊNCIA AO BISPO E

DIRIGEM-SE PARA O AMBÃO FICANDO AO LADO DE UM DOS

CERUFERÁRIOS ATÉ A RESPOSTA: GLÓRIA A VÓS SENHOR.

ASSIM QUE TURÍBULO E NAVETA ACABAREM DE SUBIR OS

ÚLTIMOS DEGRAUS DO PRESBITÉRIO CERUFERÁRIOS SOBEM E SE

POSICIONAM UM DE CADA LADO DO AMBÃO DA PALAVRA.

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(Continuação) EVANGELHO:

CERIMONIÁRIO

DIÁCONO OU PADRE PEDE A BENÇÃO PARA BISPO.

APÓS O BISPO ABENÇOAR DIÁCONO/PADRE RETIRA-SE A MITRA

DO BISPO.

QUANDO O BISPO ACABAR DE FAZER A PERSIGNAÇÃO+, DAR O

BÁCULO PARA ELE. DIÁCONO/PADRE INCENSA EVANGELHO COM

TRÊS DUCTOS.

APÓS PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO PEGA O BÁCULO PARA

BISPO BEIJAR A PALAVRA E DAR BENÇÃO COM EVANGELHO.

DIÁCONO/PADRE TRAZ EVANGELHO PARA BISPO BEIJAR.

DEPOIS DO BISPO BEIJAR O LIVRO COLOCA A MITRA E O

CERIMONIÁRIO DEVE SABER PREVIAMENTE, SE AGORA (HOMILIA),

O BISPO UTILIZARÁ O BÁCULO.

PROFISSÃO DE FÉ (CREIO) SEM MITRA E SEM BÁCULO

OFERTÓRIO:

ENTRA TURÍBULO E NAVETA

ACÓLITOS AUXILIAM O

DIÁCONO/PADRE A PREPARAR O

ALTAR.

TURÍBULO E NAVETA

CERIMONIÁRIO

TURIFERÁRIO E NAVETEIRO

ENTRAM EM FILA INDIANA, REVERENCIAM O ALTAR E

ESPERAM SUA VEZ PERTO DA CREDÊNCIA.

ACÓLITOS LEVAM OBJETOS LITÚRGICOS PARA O ALTAR:

CÁLICE, ÂMBULAS, VINHO E ÁGUA PARA DIÁCONO/PADRE QUE

ESTÁ COM CÁLICE. (obs: quando levar a galheta leve sempre a alça das

galhetas voltadas para o diácono/padre). APÓS O USO DAS GALHETAS,

ACÓLITOS AGUARDAM COM BACIA, JARRO E MANUSTÉRGIO A

POSTOS, MAS DEVEM ESPERAR. ANTES DO BISPO PURIFICAR-

SE ELE IRÁ INCENSAR AS OFERTAS E SER INCENSADO PELO

CERIMONIÁRIO.

TURIFERÁRIO E NAVETEIRO APROXIMAM-SE ERGUENDO ABERTOS

TURÍBULO E NAVETA PARA BISPO. LOGO APÓS ENTREGA

TURÍBULO AO BISPO QUE INCENSARÁ, COM ICTOS SUCESSIVOS,

JUNTO AO CERIMONIÁRIO, O ALTAR.

PEGA TURÍBULO DA MÃO DO BISPO DEPOIS DE FINDAR A

INCENSAÇÃO DO ALTAR. E APÓS FAZER UMA BREVE REVERÊNCIA

AO BISPO E PADRES CONCELEBRANTES INCENSA-O COM TRÊS

DUCTOS. FINALIZA COM MAIS UMA REVERÊNCIA. DÁ ENTÃO O

TURÍBULO AO TURIFERÁRIO E CHAMA OS ACÓLITOS PARA

PURIFICAR AS MÃOS DO BISPO.

TURIFERÁRIO E NAVETEIRO COLOCAM-SE À FRENTE DO ALTAR E

NAVETEIRO ACENA PEDINDO PARA ASSEMBLEIA FICAR EM PÉ

PARA INCENSAÇÃO. TURÍBULO E NAVETA FAZEM REVERÊNCIA À

ASSEMBLEIA E INCENSA-A COM TRÊS DUCTOS, TERMINA FAZENDO

REVERÊNCIA. VOLTAM PARA SACRISTIA.

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LITURGIA EUCARÍSTICA:

CERIMONIÁRIO

SANTO:

1.VELA

2.TURÍBULO

3. NAVETA

4. VELA

EPICLESE:

TODOS SE AJOELHAM , EXCETO

CERUFERÁRIOS.

CONSAGRAÇÃO:

ACÓLITOS

TURÍBULO E NAVETA

EIS O MISTÉRIO DA FÉ:

CERUFERÁRIOS, TURÍBULO E

NAVETA

APÓS BISPO TERMINAR ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS RETIRA

SOLIDÉU.

OS QUATRO ENTRAM EM FILA INDIANA. PARAM UM DO LADO DO

OUTRO EM FRENTE AO PRESBITÉRIO E VIRADOS PARA O ALTAR

FAZEM REVERÊNCIA.

LOGO EM SEGUIDA SOBE OS CERUFERÁRIOS E FICAM EM PÉ NAS

LATERAIS DO ALTAR.

ACÓLITOS TOCAM SINO PARA CHAMAR ATENÇÃO PARA EPICLESE

E O AJOELHAR-SE.

NESTE MOMENTO CERIMONIÁRIO SAI RETIRANDO RAPIDAMENTE

VESTES DE CIMA DOS SAPATOS DOS ACÓLITOS E LOGO APÓS

AJOELHA-SE.

TOCAM O SINO NA CONSAGRAÇÃO PÃO E VINHO.

JÁ TENDO PEDIDO PARA O NAVETEIRO COLOCAR INCENSO

QUANDO SE AJOELHARAM, AGORA ELE (TURIFERÁRIO) INCENSA A

EUCARISTIA NAS ESPÉCIES DO CORPO E SANGUE ATRAVÉS DE

TRÊS DUCTOS.

TODOS SÓ SE LEVANTAM AO FIM DA RESPOSTA.

SAEM EM PROCISSÃO (FILA INDIANA).

PÓS-COMUNHÃO

CERIMONIÁRIO

AVISOS

CERIMONIÁRIO

APÓS LEVAREM AS RESERVAS EUCARÍSTICAS PARA O SACRÁRIO

DEVOLVE-SE O SOLIDÉU PARA BISPO.

BISPO FAZ A ORAÇÃO PÓS-COMUNHÃO

NOS AVISOS, SE BISPO NÃO ESTIVER FALANDO PODE DAR A MITRA

PARA ELE.

BENÇÃO FINAL

CERIMONIÁRIO

TENDO RECEBIDO MITRA ANTES DE COMEÇAR A BENÇÃO, APÓS O

BISPO FALAR “O SENHOR ESTEJA CONVOSCO” SE ELE NÃO FOR

DAR BENÇÃO SOLENE DAR O BÁCULO PARA BISPO.

NA BENÇÃO SOLENE ENTREGA-SE O BÁCULO QUANDO ELE FOR

DIZER: “ABENÇOE-VOS O DEUS TODO-PODEROSO PAI, FILHO E

ESPÍRITO SANTO. AMÉM”

APÓS A BENÇÃO:

CRUCIFERÁRIO

RECOLHE A CRUZ E ESPERA JUNTO COM OS DEMAIS O BISPO

FAZER REVERÊNCIA AO ALTAR. A SEGUIR A CRUZ PUXA

PROCISSÃO DE SAÍDA, E OS QUE ERAM TURIFERÁRIO E NAVETA

AGORA SEM OBJETOS NAS MÃOS SAEM NA FRENTE DOS ACÓLITOS.

TENTE-SE AO MENOS SAIR NA ORDEM QUE ENTRARAM.

ESPEREM O BISPO VIR PARA SACRISTIA, OU O LOCAL QUE

ESTIVEREM REUNIDOS, SE ELE NÃO VIER O PADRE SAÚDA A CRUZ

PROCESSIONAL DIZENDO: “BENDIGAMOS AO SENHOR” E TODOS

RESPONDEM “GRAÇAS A DEUS”. E ENCERRA-SE A MISSA.

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FRAGMENTOS DO CERIMONIAL DOS BISPOS CAPÍTULO IV

ALGUMAS NORMAS MAIS GERAIS

INTRODUÇÃO

55. Segundo a doutrina do Concílio Vaticano II, deve-se procurar que os ritos brilhem por uma nobre

simplicidade. Isto vale igualmente para a liturgia episcopal, embora nela não se deva descurar a piedade e

reverência devidas ao Bispo, no qual está presente o Senhor Jesus no meio dos crentes, e do qual, na sua

qualidade de sumo sacerdote, deriva e depende, de certo modo, a vida dos fiéis.

Além disso, como nas celebrações litúrgicas do Bispo participam habitualmente as diversas ordens da

Igreja, cujo mistério se manifesta assim de modo mais claro, cumpre que resplandeça a caridade e o respeito

mútuo entre os membros do Corpo místico de Cristo, de modo que na própria liturgia se realiza o preceito do

Apóstolo: “Adiantai-vos uns aos outros na mútua consideração”.

Antes, portanto, de se entrar na descrição de cada um dos ritos, parece oportuno antepor algumas

normas, que a tradição sancionou e convém observar.

I. VESTES E INSÍGNIAS

Vestes e insígnias do Bispo

56. Na celebração litúrgica, as vestes do Bispo são as mesmas que as do presbítero; mas, na celebração

solene, convém que, segundo costume que vem já de tempos antigos, revista a dalmática, que pode ser

sempre branca, por baixo da casula, sobretudo nas ordenações, na bênção de Abade e de Abadessa, bem

como na dedicação da Igreja e do altar.

57. As insígnias pontificais do Bispo são: o anel, o báculo pastoral, a mitra, a cruz peitoral, e ainda o pálio

se lhe for concedido pelo direito.

58. O anel, insígnia da fidelidade e da união nupcial com a Igreja, sua esposa, deve o Bispo usá-lo

sempre.

59. Dentro do seu território, o Bispo usa o báculo, como sinal do seu múnus pastoral. Aliás, qualquer

Bispo que celebre solenemente o pode usar, com o consentimento do Bispo do lugar. Quando estiverem

vários Bispos presentes na mesma celebração, só o Bispo que preside usa o báculo.

Com a parte recurvada voltada para o povo, ou seja, para a frente, o Bispo usa habitualmente o báculo

na procissão, para ouvir a leitura do Evangelho e fazer a homilia, para receber os votos, as promessas ou a

profissão da fé; e finalmente para abençoar as pessoas, salvo se tiver de fazer a imposição das mãos.

60. A mitra, que será uma só na mesma ação litúrgica, simples ou ornamentada de acordo com a

celebração, é habitualmente usada pelo Bispo: quando está sentado; quando faz a homilia; quando faz as

saudações, as alocuções e os avisos, a não ser que logo a seguir tenha de tirar a mitra; quando abençoa

solenemente o povo; quando executa gestos sacramentais; quando vai na procissões.

O Bispo não usa a mitra: nas preces introdutórias; nas orações; na oração universal; na oração

Eucarística; durante a leitura do Evangelho; nos hinos, quando estes são cantados de pé; nas procissões em

que se leva o Santíssimo Sacramento, ou as relíquias da Santa Cruz do Senhor; diante do Santíssimo

Sacramento exposto.

O Bispo pode prescindir da mitra e do báculo quando se desloca dum lugar para outro, se o espaço

entre os dois for pequeno.

Quando ao uso da mitra na administração dos sacramentos e dos sacramentais, observe-se além disso

o que adiante vai indicado nos respectivos lugares.

61. A cruz peitoral usa-se por baixo da casula ou da dalmática, ou por baixo do pluvial, mas por cima da

mozeta.

62. O Arcebispo residencial, que houver já recebido o pálio do Romano Pontífice, reveste-o por cima da

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casula, dentro do território da sua jurisdição, quando celebra a Missa estacional, ou pelo menos quando

celebra com grande solenidade, e ainda nas ordenações, na bênção de Abade ou de Abadessa, na consagração

de virgem, na dedicação de igreja ou de altar.

A Cruz arquiepiscopal usa-se quando o Arcebispo, após haver recebido o pálio, se dirige à igreja para

celebrar alguma cerimônia litúrgica.

63. O hábito coral do Bispo, quer dentro que fora da sua diocese, consta da veste talar de cor violácea;

faixa de seda violácea ornada nas extremidades com franjas igualmente de seda (mas sem flocos); roquete de

linho ou de tecido semelhante; mozeta de cor violácea sem capuz; cruz peitoral suspensa por cima da mozeta

de cordão de cor verde entrançado de ouro; solidéu também de cor violácea; barrete da mesma cor com borla.

Quando se usa veste talar violácea, usam-se também meias violáceas. Entretanto, o uso das meias

violáceas com veste talar negra ornada de vivos é inteiramente livre.

64. A capa magna violácea, sem arminho, só se pode usar dentro da diocese e nas festas mais solenes.

Vestes dos presbíteros e dos outros ministros

65. A veste sagrada comum a todos os ministros de qualquer grau é a alva, apertada à cintura pelo

cíngulo, a não ser que, pela sua forma, se ajuste ao corpo mesmo sem o cíngulo. Antes de revestir a alva, se

esta não esconder perfeitamente o traje comum à altura do pescoço, deve usar-se o amito. Não se pode usar a

sobrepeliz em vez da alva, quando se tiver de vestir a casula ou a dalmática, ou quando se usa a estola em vez

da casula ou da dalmática. A sobrepeliz deve usar-se sempre por cima do hábito talar.

Os acólitos, leitores e restantes ministros, em lugar das vestes acima referidas, podem usar outras

legitimamente aprovadas.

66. A veste própria do presbítero celebrante, na Missa e outras ações sagradas, diretamente ligadas à

Missa, é a casula, a qual se veste por cima da alva e da estola, a não ser que se indique outra coisa.

O sacerdote põe a estola ao pescoço, pendente diante do peito.

O pluvial, ou capa de asperges, é usado pelo sacerdote nas ações sagradas solenes fora da Missa, nas

procissões e outros atos sagrados, segundo as rubricas próprias de cada rito.

Os presbíteros que assistem a uma celebração sagrada em que não celebrem devem usar as vestes

corais, sendo prelados ou cônegos; se não, a sobrepeliz por cima do hábito talar.

67. A veste própria do diácono é a dalmática, que se reveste por cima da alva e da estola. A dalmática

pode, contudo, dispensar-se ou por necessidade ou por menor grau de solenidade. A estola do diácono põe-se

a tiracolo, atravessando-a do ombro esquerdo sobre o peito e prendendo-a do lado direito do corpo.

II. SINAIS DE REVERÊNCIA EM GERAL

68. A inclinação é sinal de reverência e de honra que se presta às próprias pessoas ou às suas imagens.

Há duas espécies de inclinações: de cabeça e do corpo:

a) a inclinação de cabeça faz-se ao nome de Jesus ou da Virgem Maria e do Santo, em cuja honra se

celebra a Missa ou a Liturgia das Horas;

b) a inclinação do corpo, ou inclinação profunda, faz-se: ao altar, caso nele não esteja o sacrário com

o Santíssimo Sacramento; aos Bispos; antes e depois da incensação, como se dirá adiante, n. 91; e todas as

vezes em que vem expressamente indicada nos diversos livros litúrgicos.

69. A genuflexão, que se faz flectindo só o joelho direito até ao solo, significa adoração; pelo que é

reservado ao Santíssimo Sacramento, quer exposto, quer guardado no sacrário, e à Santa Cruz, desde a

adoração solene na Ação litúrgica de Sexta-feira da Paixão do Senhor até ao início da Vigília Pascal.

70. Não fazem genuflexão nem inclinação profunda aqueles que transportam os objetos a usar na

celebração que se vai realizar, por ex., a cruz, os castiçais, o livro dos Evangelhos.

Reverência ao Santíssimo Sacramento.

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71. Todos aqueles que entram na igreja nunca devem omitir a adoração ao Santíssimo Sacramento: seja

dirigindo-se à capela do Santíssimo, seja fazendo pelo menos genuflexão.

Fazem igualmente genuflexão todos os que passam diante do Santíssimo Sacramento, a não ser que se

vá em procissão.

Reverência ao altar

72. O altar é saudado com uma inclinação profunda por todos quantos se dirigem ao presbitério, dele se

retiram ou passam por diante do altar.

73. Além disso, o celebrante e os concelebrantes beijam o altar no início da Missa, em sinal de veneração.

O celebrante principal, antes de deixar o altar, venera-o, por via de regra, beijando-o; os restantes, mormente

se forem muitos, fazem-lhe a devida reverência.

Na celebração das Laudes e das Vésperas a que o Bispo preside, este beija também o altar no princípio

e, se for oportuno, igualmente no fim.

Todavia, nos países em que este gesto não se coaduna plenamente com as tradições e mentalidade dos

povos, podem as Conferências Episcopais substitui-lo por outro, dando conhecimento do fato à Sé

Apostólica.

Reverência ao Evangelho

74. À Missa, na celebração da palavra e na vigília prolongada, enquanto se proclama o Evangelho, todos

estão de pé, voltados para quem o lê.

O diácono, ao dirigir-se para o ambão, leva solenemente o livro dos Evangelhos, ladeado dos acólitos

com os castiçais de velas acesas, indo à frente o turiferário com o turíbulo.

No ambão, o diácono de pé, voltado para o povo, depois de o saudar com as mãos juntas, faz o sinal

da cruz com o polegar da mão direita, primeiro sobre o livro, no início do Evangelho que vai ler, depois sobre

si mesmo no fronte, na boca e no peito, dizendo: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo.

O Bispo faz também sobre si mesmo o sinal da cruz, na frente, na boca e no peito, e o mesmo fazem

todos os restantes. Depois, pelo menos na Missa estacional, o diácono incensa o livro três vezes, ou seja, ao

meio, à esquerda e à direita. Em seguida, lê o Evangelho até ao fim.

Terminada a leitura, o diácono leva o livro ao Bispo para este o oscular, ou o próprio diácono oscula o

livro, salvo se, como atrás se diz no n.73, a Conferência Episcopal tiver estabelecido outro sinal de

veneração.

Na falta do diácono, um presbítero pede e recebe a bênção do Bispo, e proclama o Evangelho, na

forma atrás descrita.

75. Estão todos igualmente de pé, enquanto se cantam ou recita os cânticos evangélicos Benedictus,

Magnificat e Nunc dimittis. Ao iniciar cada um destes cânticos, todos se benzem.

Reverência ao Bispo e outras pessoas

76. O Bispo é saudado com inclinação profunda pelos ministros ou por quantos dele se aproximam por

motivo de serviço ou, depois de prestado esse serviço, se retiram ou passam diante dele.

77. Quando o trono do Bispo fica situado atrás do altar, os ministros saúdam o altar ou o Bispo, consoante

se aproximem ou do altar ou do Bispo; mas evitem, quanto possível, passar entre o Bispo e o altar, por

respeito para com um e para com outro.

78. Se acaso no presbitério estiverem presentes vários Bispos, a reverência só é feita àquele que preside.

79. Quando o Bispo, revestido das vestes atrás descritas no n. 63, se dirige à igreja para celebrar alguma

ação litúrgica, pode, consoante os costumes locais, ou ser acompanhado publicamente à igreja pelos cônegos

ou outros presbíteros e clérigos revestidos de hábitos corais ou de sobrepeliz por cima do hábito talar, ou

então ir até à igreja de maneira mais simples e ali ser recebido à porta pelo clero.

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Em ambos estes casos, o Bispo vai à frente: se for Arcebispo, precedido de um acólito com a cruz

arquiepiscopal com a imagem do Crucifixo na parte da frente; atrás do Bispo, seguem os cônegos, os

presbíteros e o clero, dois a dois. À porta da igreja, o mais digno dos presbíteros apresenta ao Bispo o

aspersório, exceto se depois se fizer a aspersão em vez do ato penitencial. O Bispo, de cabeça descoberta,

asperge-se a si mesmo e aos presentes; e depois devolve o aspersório. Em seguida dirige-se, com o seu

séquito, para o lugar onde se guarda o Santíssimo Sacramento e aí faz uma breve oração; finalmente, vai para

o vestiário.

O Bispo pode, no entanto, ir diretamente para o vestiário e aí ser recebido pelo clero.

80. Nas procissões, o Bispo que preside à celebração litúrgica, revestido das vestes sagradas, vai sempre

só, atrás dos presbíteros, mas à frente dos seus assistentes, que o acompanham um pouco atrás.

81. O Bispo que preside a uma celebração sagrada ou nela apenas participa revestido de hábitos corais, é

assistido de dois cônegos com os seus hábitos corais, ou de dois presbíteros ou diáconos de sobrepeliz por

cima do hábito talar.

82. O Chefe do Estado, quando for assistir oficialmente à Liturgia, é recebido pelo Bispo já paramentado

à porta da igreja, e, se for católico, o Bispo oferece-lhe, se for oportuno, água benta,; saúda-o consoante o uso

comum. E, seguindo à sua esquerda, acompanha-o ao lugar que lhe está destinado fora do presbitério.

Terminada a celebração saúda-o ao retirar-se.

83. Os outros magistrados que detêm o mais alto poder no governo da nação, da região ou da cidade, se

for costume, são recebidos à porta da igreja, consoante os usos locais, por algum dignitário eclesiástico mais

categorizado, o qual os saúda e conduz aos lugares que lhes estão reservados. Entretanto, o Bispo os pode

saudar, ao dirigir-se para o altar na procissão de entrada, bem como ao retirar-se.

III. INCENSAÇÃO

84. O rito da incensação exprime reverência e oração, como vem significado no Salmo 140,2 e no

Apocalipse 8,3.

85. A matéria que se deita no turíbulo deve ser incenso puro de suave odor, ou, ajuntando-se-lhe outra

substância, haja o cuidado de que a quantidade de incenso seja muito superior.

86. Na Missa estacional do Bispo, usa-se o incenso:

a) durante a procissão de entrada;

b) no princípio da Missa, para incensar o altar;

c) na procissão e proclamação do Evangelho;

d) ao ofertório, para incensar as oferendas, o altar, a cruz, o Bispo, os concelebrantes e o povo;

e) à elevação da hóstia e do cálice, depois da consagração.

Nas restantes Missas, o uso do incenso é facultativo.

87. Usa-se ainda o incenso, como vem descrito nos livros litúrgicos:

a) na dedicação da igreja e do altar;

b) na confecção do sagrado crisma, quando se transportam os santos óleos;

c) na exposição do Santíssimo Sacramento no ostensório;

d) nas exéquias dos defuntos.

88. Via de regra, deve-se usar também o incenso nas procissões: da Apresentação do Senhor, do Domingo

de Ramos, da Missa da Ceia do Senhor, da Vigília Pascal, da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, da

solene transladação das relíquias, e, em geral, nas procissões que se fazem com solenidade.

89. Em Laudes e Vésperas, quando celebradas com solenidade, pode-se fazer a incensação do altar, do

Bispo e do povo, enquanto se canta o cântico evangélico.

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90. Para pôr incenso no turíbulo, o Bispo senta-se, se estiver na cátedra ou junto de outro assento; fora

disso, põe o incenso de pé. O diácono apresenta-lhe a naveta, e o Bispo benze o incenso com o sinal da cruz

sem dizer nada.

Depois, o diácono recebe do acólito o turíbulo e entrega-o ao Bispo.

91. Antes e depois da incensação, faz inclinação profunda à pessoa ou ao objeto que é incensado; não,

porém, ao altar nem às oferendas recebidas para o sacrifício da Missa.

92. São incensados com três ductos do turíbulo: o Santíssimo Sacramento, a relíquia da Santa Cruz e as

imagens do Senhor solenemente expostas, as oferendas, a cruz do altar, o livro dos Evangelhos, o círio

pascal, o Bispo ou o presbítero celebrante, o coro e o povo, o corpo de defunto.

Com dois ductos incensam-se as relíquias e as imagens dos Santos expostos a pública veneração.

93. O altar é incensado com ictos sucessivos dos turíbulo, do seguinte modo:

a) se o altar estiver separado da parede, o Bispo incensa-o em toda a volta;

b) se o altar não estiver separado da parede, o Bispo incensa-o passando primeiro ao lado direito,

depois ao lado esquerdo.

Se a cruz estiver sobre o altar ou junto dele, é incensada antes do altar; caso contrário, o Bispo

incensa-a ao passar por diante dela.

As oferendas são incensadas antes da incensação do altar e da cruz.

94. O Santíssimo Sacramento é incensado de joelhos.

95. As relíquias e as imagens sagradas expostas a pública veneração são incensadas depois da incensação

do altar; à Missa, porém, só no início da celebração.

96. O Bispo, quer esteja no altar quer na cátedra, recebe a incensação de pé, sem mitra, a não ser que já

esteja com ela.

Os concelebrantes são incensados pelo diácono, todos ao mesmo tempo.

Por fim, o diácono incensa o povo, do lugar mais conveniente.

Os cônegos que porventura não concelebrem ou o coro duma comunidade são incensados ao mesmo

tempo que o povo, salvo se a disposição dos lugares aconselhe outra coisa.

Isto igualmente aos Bispo que, porventura, estejam presentes.

97. O Bispo que preside, mas não celebra a Missa, é incensado depois do celebrante ou concelebrantes.

Depois do Bispo, onde for costume, é incensado o Chefe do Estado, quando assiste oficialmente à

sagrada celebração.

98. As monições e orações que devam ser ouvidas por todos, o Bispo não as profira antes de terminada a

incensação.

IV. RITO DA PAZ

99. O Bispo celebrante, depois de o diácono dizer: Saudai-vos uns aos outros em Cristo, dá a saudação da

paz pelo menos aos dois concelebrantes mais próximos, e depois ao primeiro diácono.

100. Entretanto, os concelebrantes, diáconos e restantes ministros, bem como os Bispos eventualmente

presentes dão-se mutuamente a paz de maneira idêntica.

O Bispo que preside à celebração sagrada, sem celebrar, dá a paz aos cônegos, presbíteros ou diáconos

que o assistem.

101. Os fiéis dão-se mutuamente a paz, na forma estabelecida pelas Conferências Episcopais.

102. Se estiver presente o Chefe do Estado, a assistir oficialmente à sagrada celebração, o diácono ou

algum dos concelebrantes aproxima-se dele e dá-lhe o sinal da paz, de acordo com os costumes locais.

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103. Ao dar a saudação da paz, pode-se dizer: A paz esteja contigo, ao que se responde: E contigo também.

Também se podem usar outras palavras, conforme os costumes locais.

V. POSIÇÃO DAS MÃOS

Mãos erguidas e estendidas

104. É costume, na Igreja, o Bispo ou o presbítero dirigirem a Deus as orações de pé, com as mãos um

tanto elevadas e estendidas.

Tal costume de orar já se encontra na tradição do Antigo Testamento, e foi adotado pelos cristãos em

memória da Paixão do Senhor: “Quando a nós, não só erguemos (as mãos), senão que também as

estendemos, e (cantada) a Paixão do Senhor, louvamos a Cristo através da oração”.

Extensão das mãos sobre pessoas e objetos

105. O Bispo estende as mãos: sobre o povo, para dar a bênção solene, e sempre que tal seja requerido na

celebração dos sacramentos e sacramentais, conforme vem indicado nos livros litúrgicos nos lugares

respectivos.

106. O Bispo e os concelebrantes estendem as mãos sobre as oferendas na Missa, durante a epiclese antes

da consagração.

À consagração, enquanto o Bispo segura, com as mãos, a hóstia ou o cálice e profere as palavras da

consagração, os concelebrantes, enquanto proferem as palavras do Senhor, estendem a mão direita, se parecer

conveniente, para o pão e para o cálice.

Junção das mãos

107. O Bispo, não tendo o báculo pastoral, põe as mãos juntas, sempre que, revestido com as vestes

sagradas, se encaminha para celebrar a ação litúrgica, ou está ajoelhado para orar, ou se dirige do altar para a

cátedra ou da cátedra para o altar, e todas as vezes que tal é prescrito pelas rubricas dos livros litúrgicos.

Do mesmo modo os concelebrantes e os ministros, quando se deslocam ou estão de pé, devem pôr as

mãos juntas, a não ser que tenham de levar alguma coisa.

Outras formas de pôr as mãos

108. Quando o Bispo faz sobre si o sinal da cruz, ou dá a bênção, coloca a mão esquerda sobre o peito, a

não ser que tenha de levar alguma coisa.

Estando ao altar, ao abençoar as oblatas ou outra coisa qualquer com a mão direita, coloca a esquerda

sobre o altar, salvo indicação em contrário.

109. Estando sentado, o Bispo, se estiver paramentado com as vestes litúrgicas e não tiver o báculo

pastoral, pousa as palmas das mãos sobre os joelhos.

VI. USO DA ÁGUA BENTA

110. Seguindo louvável costume, todos, ao entrar na igreja, molham a mão na água benta, contida na

respectiva pia, e fazem com ela o sinal da cruz, como recordação do seu próprio batismo.

111. Á entrada do Bispo na igreja, o clérigo mais categorizado da Igreja oferece-lhe a água benta, se for o

caso, entregando-lhe o aspersório. O Bispo asperge-se a si mesmo e aos que o acompanham, e depois devolve

o aspersório.

112. Tudo isto se omite, quando o Bispo entra na igreja já paramentado, e quando, na Missa dominical, se

faz a aspersão em vez do ato penitencial.

113. Da aspersão do povo na Vigília pascal e na dedicação da igreja, dir-se-á mais adiante, nos nn. 369 e

872.

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114. A aspersão dos objetos que se benzem faz-se segundo as normas dos livros litúrgicos.

VII. MANEIRA DE TRATAR OS LIVROS LITÚRGICOS E PROFERIR OS DIVERSOS TEXTOS

115. Os livros litúrgicos hão se ser tratados com cuidado e respeito, pois é deles que se proclama a Palavra

de Deus e se profere a oração da Igreja. Por isso, mormente quando se trata de celebrações litúrgicas

realizadas pelo Bispo, tenham-se à mão os livros litúrgicos oficiais das edições mais recentes, belos e dignos,

quer na apresentação gráfica quer na encadernação.

116. Nos textos que devam ser proferidos em voz alta e clara, tanto pelo Bispo como pelos ministros e

todos os demais, a voz há de corresponder ao gênero de cada texto, conforme se trata de leitura, de oração, de

admonição, de aclamação, de canto, tendo ainda em conta a forma de celebração e a solenidade da

assembléia.

117. Nas rubricas e normas que vêm a seguir, as palavras “dizer”, “recitar”, “proferir” devem entender-se

tanto do canto como da recitação, respeitando os princípios expostos em cada um dos livros litúrgicos e as

normas dadas à frente nos respectivos lugares.

118. A expressão “cantar ou dizer”, usada adiante com freqüência, deve entender-se do canto, a não ser que

haja algum motivo que não aconselhe o canto.

________________________________________________________________________________________

II PARTE

A MISSA

CAPÍTULO I

MISSA ESTACIONAL DO BISPO DIOCESANO

INTRODUÇÃO

119. A manifestação mais importante da Igreja local dá-se quando o Bispo, na qualidade de sumo sacerdote

do seu rebanho, celebra a Eucaristia, mormente na igreja catedral, rodeado do seu presbitério e ministros,

com a plena e ativa participação de todo o povo santo de Deus.

Esta Missa, chamada “estacional”, manifesta, não somente a unidade da Igreja local, mas também a

diversidade dos ministérios ao redor do Bispo e da sagrada Eucaristia.

Para ela, portanto, se convoque o maior número possível de fiéis, nela concelebrem os presbíteros

com o Bispo, desempenhem os diáconos o seu ministério, exerçam os acólitos e leitores as suas funções.

120. Esta forma de Missa deve sobretudo seguir-se nas maiores solenidades do ano litúrgico, quando o

Bispo consagra o santo crisma e na Missa vespertina da Ceia do Senhor, nas celebrações do Santo Fundador

da Igreja local ou do Padroeiro da diocese, no “die natali” do Bispo, nas grandes concentrações do povo

cristão, e ainda na visita pastoral.

121. A Missa estacional deve ser cantada, segundo as normas da Instrução Geral do Missal Romano.

122. Via de regra, convém que haja pelo menos três diáconos propriamente ditos: um para o Evangelho e

para ministrar ao altar, e dois para assistir o Bispo. Se forem mais, distribuam entre si os diferentes

ministérios, e pelo menos um deles dirija a participação ativa dos fiéis. Se não puder haver diáconos

propriamente ditos, os seus ministérios serão desempenhados por presbíteros. Estes, revestidos das vestes

sacerdotais, concelebram com o Bispo, ainda que tenham de celebrar outra Missa para o bem pastoral dos

fiéis.

123. Na igreja catedral, se estiver presente o Cabido, convém que todos os cônegos concelebrem com o

Bispo a Missa estacional, sem com isto excluir os outros presbíteros.

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Os Bispos, porventura, presentes e os cônegos não concelebrantes devem apresentar-se de hábito

coral.

124. Quando, por circunstâncias particulares, não se possa juntar uma Hora canônica à Missa estacional do

Bispo, e o Cabido tem obrigação de coro, deve este celebrar essa Hora em tempo oportuno.

125. Devem preparar-se:

a) dentro do presbitério, nos lugares respectivos:

- o Missal;

- o Lecionário;

- folhetos para os concelebrantes;

- o texto da oração universal, tanto para o Bispo como para o diácono;

- livro dos cantos;

- cálice de dimensões suficientes coberto com o véu;

- pala;

- corporal;

- sanguinhos;

- bacia, jarra com água e toalha;

- um recipiente com água para se benzer, quando se houver de usar no ato penitencial;

- patena para a Comunhão dos fiéis;

b) em local conveniente:

- pão, vinho e água (outros dons)

c) na sacristia, ou nos vestiário:

- o livro dos Evangelhos;

- o turíbulo e a naveta com incenso;

- a cruz que se há de levar na procissão;

- sete (ou pelo menos dois) castiças com velas acesas; e ainda:

- para o Bispo: bacia, jarra com água e toalha; amito, alva, cíngulo, cruz peitoral, estola, dalmática,

casula (pálio, no caso de Metropolita), solidéu, mitra, anel, báculo;

- para os concelebrantes: amitos, alvas, cíngulos, estolas, casulas;

- para os diáconos: amitos, alvas, cíngulos, estolas, dalmáticas;

- para os restantes ministros: amitos, alvas, cíngulos, ou sobrepeliz a serem usados sobre o

hábito talar; ou outras vestes devidamente aprovadas. Os paramentos sagrados hão de ser da cor da

Missa que se celebra ou de cor festiva.

CHEGADA E PREPARAÇÃO DO BISPO

126. Após a recepção, conforme o n. 79, o Bispo, ajudado pelos diáconos assistentes e pelos outros

ministros, que, antes de ele chegar, já devem estar paramentados com as respectivas vestes sagradas, tira a

capa ou a mozeta no vestiário e, se for conveniente, também o roquete, lava as mãos, e põe o amito, a alva, o

cíngulo, a cruz peitoral, a estola, a dalmática e a casula.

A seguir, um dos diáconos impõe-lhe a mitra. O Arcebispo, antes da mitra é-lhe imposto o pálio pelo

primeiro diácono.

Entretanto, os presbíteros concelebrantes e outros diáconos que não ajudam o Bispo, vestem os

respectivos paramentos.

127. Estando todos preparados, aproxima-se o acólito turiferário, o Bispo impõe o incenso no turíbulo e

benze-o fazendo sobre ele o sinal da cruz, tendo-lhe um dos diáconos apresentado a naveta. Em seguida, o

Bispo recebe do ministro o báculo. Um dos diáconos toma o livro dos Evangelhos, e leva-o com reverência,

fechado, na procissão de entrada.

RITOS INICIAIS

128. Enquanto se executa o canto de entrada, faz-se a procissão da sacristia ou do vestiário para o

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presbitério, assim organizada:

- turiferário com o turíbulo aceso;

- outro acólito com a cruz, no meio de sete ou pelo menos dois acólitos, com castiçais de velas

acesas;

- clérigos, dois a dois;

- o diácono com o livro dos Evangelhos;

- outros diáconos, se houver, dois a dois;

- presbíteros concelebrantes, dois a dois;

- o Bispo, que avança sozinho, de mitra, levando o báculo pastoral na mão esquerda e abençoando

com a mão direita;

- um pouco atrás do Bispo, os dois diáconos assistentes;

- por fim, os ministros do livro, da mitra e do báculo.

- Se a procissão passar diante do Santíssimo Sacramento, não se para nem se faz genuflexão.

129. É de louvor que a cruz processional fique erguida junto do altar, de modo a ser própria cruz do altar,

caso contrário será retirada; os castiçais colocam-se junto do altar, na credência ou perto dela no presbitério;

o livro dos Evangelhos depõe-se sobre o altar.

130. Ao entrarem no presbitério, todos, dois a dois, fazem inclinação profunda ao altar; os diáconos e os

presbíteros concelebrantes aproximam-se do altar e beijam-no; e a seguir vão para os seus lugares.

131. O Bispo, ao chegar junto do altar, entrega o báculo ao ministro, depõe a mitra, e faz inclinação

profunda ao altar, ao mesmo tempo que os diáconos e os outros ministros que o acompanham. Depois, sobe

ao altar e beija-o, juntamente com os diáconos.

Em seguida, depois de o acólito, se for necessário, ter de novo imposto incenso no turíbulo, incensa o

altar e a cruz, acompanhado por dois diáconos.

132. Em seguida, Bispo, concelebrantes e fiéis, de pé, benzem-se, ao mesmo tempo que o Bispo, voltado

para o povo, diz: Em nome do Pai.

Depois, o Bispo, estendendo as mãos, saúda o povo, dizendo: A paz esteja convosco, ou outra das

fórmulas contidas no Missal. A seguir, o próprio Bispo, um diácono ou um dos concelebrantes pode, com

palavras muito breves, introduzir os fiéis na Missa do dia. Depois o Bispo convida ao ato penitencial, que

conclui dizendo: Deus todo-poderoso. Se for necessário, o ministro segura o livro diante do Bispo.

Quando se utiliza a terceira fórmula do ato penitencial, as invocações são proferidas pelo próprio

Bispo, por um diácono, ou por outro ministro idôneo.

133. Aos domingos, em vez de costumado ato penitencial, é de louvar se faça a bênção e a aspersão da

água.

Feita a saudação, o Bispo, de pé, na cátedra, voltado para o povo e tendo diante de si um recipiente

com água para benzer, trazido por um ministro, convida o povo a orar, e, após breve pausa de silêncio,

profere a bênção. Onde a tradição popular aconselhe se mantenha o costume de misturar o sal na bênção da

água, o Bispo benze também o sal, e depois deita-o na água.

O Bispo recebe do diácono o aspersório, asperge-se a si mesmo, aos concelebrantes, ministros, clero e

povo, se for conveniente, indo pela igreja, acompanhado dos diáconos. Entretanto, executa-se o canto que

acompanha a aspersão.

De regresso à cátedra, e terminado o canto, o Bispo, de pé, de mãos estendida, diz a oração

conclusiva. Em seguida, quando prescrito, canta-se ou recita-se o hino Glória a Deus nas alturas.

134. Após o ato penitencial, diz-se o Senhor, salvo nos casos em que se tiver a aspersão da água ou

utilizado a terceira fórmula ao ato penitencial, ou as rubricas prescreverem outra coisa.

135. O Glória diz-se conforme as rubricas. Pode ser entoado pelo Bispo, por um dos concelebrantes, ou

pelos cantores. Durante o canto, ficam todos de pé.

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136. A seguir, o Bispo convida o povo a orar, cantando ou dizendo com as mãos juntas: Oremos; e, depois

de breve pausa em silêncio, de mãos estendidas, ajunta a coleta, pelo livro que o ministro lhe apresenta. O

Bispo junta as mãos ao concluir a oração, dizendo: Por nosso Senhor Jesus Cristo..., ou outras palavras. No

fim, o povo aclama: Amém.

Depois, o Bispo senta-se e, habitualmente, recebe a mitra de um dos diáconos. Todos se sentam; os

diáconos e os restantes ministros devem sentar-se consoante o permita a disposição do presbitério, mas de

maneira a não dar a idéia de que eles ocupam o mesmo grau que os presbíteros.

LITURGIA DA PALAVRA

137. Terminada a coleta o leitor vai ao ambão; e estando todos sentados, recita a primeira leitura, que todos

escutam. No fim da leitura, canta-se ou diz-se Palavra do Senhor, e todos respondem com a aclamação.

138. Em seguida, o leitor desce. Todos, em silêncio, meditam brevemente no que ouviram. Depois, o

salmista ou cantor, ou o próprio leitor, canta ou recita o salmo numa das formas previstas.

139. Outro leitor profere no ambão a segunda leitura, como acima, e todos escutam sentados.

140. Segue-se o Aleluia ou outro canto, conforme o tempo litúrgico. Começando o Aleluia, todos se

levantam, exceto o Bispo.

O turiferário aproxima-se e, enquanto um dos diáconos apresenta a naveta, o Bispo deita e benze o

incenso, sem dizer nada.

O diácono que houver de proclamar o Evangelho, inclina-se profundamente diante do Bispo e pede a

bênção em voz baixa, dizendo: Dá-me a tua bênção; o Bispo abençoa-o, dizendo: O Senhor esteja em teu

coração. O diácono benze-se e responde: Amém.

O Bispo depõe a mitra e levanta-se.

O diácono aproxima-se do altar; juntam-se-lhe o turiferário com o turíbulo fumegante e os acólitos

com as velas acesas. O diácono faz a inclinação ao altar, toma com reverência o livro dos Evangelhos e, sem

fazer inclinação ao altar, levando solenemente o livro, dirige-se para o ambão, precedido do turiferário e dos

acólitos com as velas.

141. No ambão, o diácono, de mãos juntas, saúda o povo. Às palavras Proclamação do Evangelho de Jesus

Cristo, faz o sinal da cruz primeiro sobre o livro e depois sobre si mesmo na fronte, nos lábios e no peito; e o

mesmo fazem todos os demais. O Bispo recebe o báculo. O diácono incensa o livro e proclama o Evangelho,

estando todos de pé, voltados para ele.

Terminado o Evangelho, o diácono leva o livro ao Bispo; este beija-o e diz em voz baixa: Que as

palavras do Evangelho, ou então o próprio diácono beija o livro, dizendo em voz baixa as mesmas palavras.

Por fim, o diácono e os outros ministros voltam para os seus lugares. O livro dos Evangelhos é levado para a

credencia ou para outro lugar conveniente.

142. Todos se sentam e o Bispo, de preferência de mitra e báculo, sentado no trono ou noutro lugar mais

adequado de onde possa ser visto e ouvido mais comodamente por todos, profere a homilia. Terminada esta,

podem-se guardar uns momentos de silêncio.

143. Finda a homilia, salvo quando se siga a celebração de algum rito sacramental ou consecratório, ou

alguma bênção, conforme o Pontifical ou o Ritual Romano, o Bispo depõe a mitra e o báculo, levanta-se, e,

estando todos de pé, canta-se ou recita-se o símbolo, segundo as rubricas.

Às palavras e se encarnou, todos se inclinam; genuflectem, porém, no Natal e na Anunciação do

Senhor.

144. Recitando o símbolo, o Bispo, de pé, na cátedra, de mãos juntas, dirige-se a monição a convidar os

fiéis à oração universal. Em seguida, um dos diáconos, um cantor, um leitor ou outra pessoa, do ambão ou de

outro lugar conveniente, profere as intenções, e o povo participa na parte que lhe compete. Por fim, o Bispo,

de mãos estendidas, diz a oração conclusiva.

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LITURGIA EUCARÍSTICA

145. Terminada a oração universal, o Bispo senta-se de mitra. Os concelebrantes e o povo sentam-se

também. Executa-se, então, o canto do ofertório, o qual se prolonga pelo menos até os dons terem sido

depostos no altar.

Os diáconos e os acólitos colocam no altar o corporal, o sanguinho, o cálice e o Missal.

Em seguida, apresentam-se as oferendas. Convém que os fiéis manifestem a sua participação,

apresentando o pão e vinho para a celebração da Eucaristia, e mesmo outros dons para atender às

necessidades da igreja e dos pobres. As ofertas dos fiéis são recebidas em lugar adequado pelos diáconos ou

pelo Bispo. O pão e o vinho são levados para o altar pelos diáconos; as outras ofertas para lugar conveniente

previamente preparado.

146. O Bispo vai para o altar, depõe a mitra, recebe do diácono a patena com o pão e, segurando-a com

ambas as mãos um pouco elevada acima do altar, diz em voz baixa a fórmula correspondente. Em seguida,

depõe a patena com o pão sobre o corporal.

147. Entretanto, o diácono deita o vinho e um pouco de água no cálice, dizendo em voz baixa: Pelo

mistério desta água. Depois, apresenta-se o cálice ao Bispo, o qual, segurando-o com ambas as mãos um

pouco elevado acima do altar, diz em voz baixa a fórmula prescrita, e depois coloca-o sobre o corporal; o

diácono cobre-o eventualmente com a pala.

148. Depois, o Bispo, inclinado no centro do altar, diz em voz baixa: De coração contrito e humilde.

149. A seguir, o turiferário aproxima-se do Bispo, e este apresentando-lhe o diácono a naveta, impõe o

incenso e benze-o; depois, o Bispo recebe o turíbulo das mãos do diácono e incensa as oblatas, o altar e a

cruz, como no princípio da Missa, acompanhado do diácono. Feito isto, todos se levantam, e o diácono,

postado ao lado do altar, incensa o Bispo, de pé, sem mitra, depois os concelebrantes e, a seguir, o povo. Haja

o cuidado de que a admonição Orai irmãos, e a oração sobre as oblatas não sejam proferidas antes de

terminada a incensação.

150. Incensado o Bispo, e estando este de pé, sem mitra, ao lado do altar, aproximam-se os ministros com o

jarro de água, a bacia e a toalha, para lavar e enxugar as mãos. O Bispo lava e enxuga as mãos. Se for

conveniente, um dos diáconos tira o anel ao Bispo, o qual lava as mãos, dizendo em voz baixa: Lavai-me,

Senhor. Enxugadas as mãos e retomado o anel, o Bispo volta ao meio do altar.

151. Virando-se para o povo, o Bispo, estende e junta as mãos, e convida o povo a orar, dizendo: Orai,

irmãos.

152. Depois da resposta Receba o Senhor, o Bispo estende as mãos e canta ou recita a oração sobre as

oferendas. No fim, o povo aclama: Amém.

153. Em seguida, o diácono tira o solidéu do Bispo e entrega-o ao ministro. Os concelebrantes aproximamse

do altar e colocam-se à volta dele, de modo, porém, que não impeçam o desenrolar dos ritos e os fiéis

possam ver bem a ação sagrada.

Os diáconos ficam atrás dos concelebrantes, para, quando for necessário, um deles ministrar ao cálice

ou ao missal. Ninguém se coloque entre o Bispo e os concelebrantes, nem entre os concelebrantes e o altar.

154. O Bispo dá início à Oração eucarística, recitando o prefácio. Estendendo as mãos, canta ou diz: O

Senhor esteja convosco. Ao prosseguir: Corações ao alto, eleva as mãos; e, de mãos estendidas, acrescenta:

Demos graças ao Senhor, nosso Deus. Depois de o povo responder: É nosso dever, o Bispo continua o

prefácio; concluído este, junta as mãos e, com os concelebrantes, ministros e povo, canta: Santo.

155. O Bispo continua a Oração eucarística, segundo os n. 171-191 da Instrução Geral sobre o Missal

Romano e as rubricas próprias de cada uma das Orações. As partes a proferir por todos os concelebrantes

simultaneamente, de mãos estendidas, devem ser recitadas em voz submissa, de modo que a voz do Bispo se

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possa ouvir distintamente. Nas Orações eucarísticas I, II, III e IV, o Bispo, depois das palavras: o nosso Papa

N., acrescenta: e comigo vosso indigno servo.

Se se cobrir o cálice e a píxide, o diácono descobre-os antes da epiclese.

Um dos diáconos deita incenso no turíbulo, e incensa a hóstia e o cálice a cada elevação.

Desde a epiclese até à elevação do cálice, os diáconos permanecem de joelhos.

Depois da consagração, o diácono, se for conveniente, cobre novamente o cálice e a píxide. Dito pelo

Bispo: Eis o mistério da fé, o povo profere a aclamação.

156. As intercessões especiais, mormente na celebração de algum rito sacramental, consecratório, ou de

bênção, dir-se-ão de harmonia com a estrutura de cada Oração eucarística, utilizando os formulários que vêm

no Missal ou nos outros livros litúrgicos.

157. Na Missa crismal, antes de o Bispo dizer: Por ele, não cessais de criar na I Oração eucarística, ou

antes da doxologia Por Cristo, nas restantes Orações eucarísticas, benze-se o óleo dos enfermos, como vem

no Pontifical Romano, a não ser que, por motivos pastorais, esta bênção se faça após a liturgia da palavra.

158. À doxologia final da Oração eucarística o diácono, pondo-se ao lado do Bispo, eleva o cálice,

enquanto o Bispo eleva a patena com a hóstia, até que o povo tenha dito a aclamação Amém. A doxologia

final da Oração eucarística é proferida pelo Bispo sozinho ou por todos os concelebrantes juntamente com o

Bispo.

159. Terminada a doxologia da Oração eucarística, o Bispo junta as mãos e proclama o convite à oração

dominical, a qual todos a seguir cantam ou recitam. Enquanto isso, o Bispo e os concelebrantes mantêm as

mãos estendidas.

160. O Livrai-nos de todos os males, só é dito pelo Bispo, com as mãos estendidas. Os presbíteros

concelebrantes, juntamente com o povo, proferem a aclamação final: Vosso é o Reino.

161. Depois o Bispo diz a oração: Senhor Jesus Cristo, dissestes; terminada esta, anuncia a paz, voltado

para o povo, dizendo: A paz do Senhor esteja sempre convosco. O povo responde: O amor de Cristo nos uniu.

Se for conveniente, um dos diáconos convide à paz, dizendo voltado para o povo: Meus irmãos, saudai-vos.

O Bispo dá a paz pelo menos aos dois diáconos. E todos, consoante os costumes locais, se dão mutuamente a

paz e a caridade.

162. O Bispo dá início à fração do pão, que alguns dos presbíteros concelebrantes continuam; enquanto

isso, repete-se Cordeiro de Deus, as vezes que for necessário, acompanhando a fração do pão. O Bispo deita

no cálice uma partícula da hóstia, dizendo em voz baixa: Esta união.

163. O Bispo diz em voz baixa a oração antes da comunhão, genuflete e pega na patena. Os concelebrantes,

um após outro, aproximam-se do Bispo, genufletem e recebem dele reverentemente o Corpo de Cristo, que

seguram com a mão direita, pondo por baixo a esquerda, e voltam para os seus lugares. Os concelebrantes

podem também permanecer nos seus lugares e aí tomar o Corpo de Cristo.

Depois o Bispo toma a hóstia e, levantando-a um pouco acima da patena, diz voltado para o povo: Eis

o Cordeiro de Deus; e continua com os concelebrantes e, o povo: Senhor, eu não sou digno.

Enquanto o Bispo comunga o Corpo de Cristo, começa o canto da Comunhão.

164. O Bispo, depois de tomar o Sangue do Senhor, entrega o cálice a um dos diáconos e distribui a

Comunhão aos diáconos e aos fiéis.

Os concelebrantes aproximam-se do altar, genuflectem e tomam o Sangue do Senhor, que os diáconos

lhes apresentam, limpando o cálice com um sanguinho depois da Comunhão de cada concelebrante.

165. Terminada a distribuição da Comunhão, um dos diáconos consome o resto do Sangue, leva o cálice

para a credência e aí, imediatamente ou depois da Missa, o purifica e o compõe. Enquanto isso, outro diácono

ou um dos concelebrantes leva para o sacrário as partículas consagradas que tiverem sobrado, e, na credência,

purifica a patena ou a píxide sobre o cálice, antes de o purificar.

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166. Tendo regressado à cátedra, após a comunhão, o Bispo retoma o solidéu e, se for necessário, lava as

mãos. Estando todos sentados, pode guardar-se silêncio sagrado durante um espaço de tempo, ou executa-se

um canto de louvor ou um salmo.

167. Depois, o Bispo, de pé na cátedra, enquanto um ministro segura o livro, ou voltando ao altar com os

diáconos, canta ou recita: Oremos; de mãos estendidas, acrescenta a oração depois da comunhão, a qual pode

ser precedida de breve silêncio, se o não tiver havido logo após a comunhão. No fim da oração, o povo

aclama: Amém.

RITOS FINAIS

168. Terminada a oração depois da Comunhão, façam-se breves avisos ao povo, no caso de os haver.

169. Por fim, o Bispo recebe a mitra e, estendendo as mãos, saúda o povo, dizendo: O Senhor esteja

convosco; o povo responde: Ele está no meio de nós. Um dos diáconos pode dirigir ao povo o convite:

Inclinai-vos para receber a bênção, ou outra fórmula de sentido idêntico. E o Bispo dá a bênção solene,

usando a fórmula adequada de entre as que vêm no Missal, no Pontifical ou no Ritual Romano. Enquanto

profere as primeiras invocações ou a prece, mantém as mãos estendidas sobre o povo, e todos respondem:

Amém. Depois recebe o báculo, e diz: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, e, fazendo o sinal da cruz sobre o

povo, acrescenta: Pai, Filho e Espírito Santo.

O Bispo pode também dar a bênção usando uma das fórmulas que vêm mais adiante nos n. 1120-

1121.

Quando, segundo as normas do direito, dá a bênção apostólica, esta é dada em vez da bênção habitual;

é anunciada pelo diácono e proferida com as fórmulas próprias.

170. Dada a bênção, um dos diáconos despede o povo dizendo: Vamos em paz...; e todos respondem:

Graças a Deus. Depois, o Bispo beija normalmente o altar, e faz-lhe a devida reverência. Os concelebrantes e

todos os demais que estão no presbitério saúdam o altar, como no princípio, e voltam processionalmente à

sacristia, pela mesma ordem que vieram.

Ao chegar à sacristia, todos, juntamente com o Bispo, fazem inclinação à cruz. Depois os

concelebrantes saúdam o Bispo e depõem cuidadosamente as vestes nos seus lugares. Os ministros saúdam

igualmente o Bispo ao mesmo tempo, depõem todas as coisas de que se serviram na celebração acabada de

realizar e, a seguir, tiram as vestes. Haja da parte de todos cuidado em guardar silêncio, em atitude de comum

recolhimento e de respeito para com a santidade da casa de Deus.

________________________________________________________________________________________

III. CONFIRMAÇÃO

455. O ministro ordinário da Confirmação é o Bispo. Este sacramento, por via de regra, é administrado por

ele pessoalmente, para uma mais clara referência à primeira efusão do Espírito Santo no dia de Pentecostes,

visto que, depois de terem sido repletos do Espírito Santo, os próprios Apóstolos o transmitiram aos fiéis

mediante a imposição das mãos. Deste modo, a recepção do Espírito Santo pelo ministério do Bispo significa

o vínculo mais estreito que liga os confirmados à Igreja, e bem assim o mandamento recebido de dar

testemunho de Cristo perante os homens.

456. Por uma causa grave, como acontece por vezes, devido ao grande número de confirmado, o Bispo

pode associar a si presbíteros que administrem este sacramento. Sugere-se que sejam convidados:

a) os que na diocese desempenhem múnus ou função especial, como sejam os Vigários gerais, os

Vigários episcopais, ou os Vigários forâneos;

b) os párocos dos lugares em que se administra a Confirmação, ou dos lugares a que os confirmandos

pertençam, ou ainda os presbíteros que colaboraram, de modo especial, na preparação catequética

dos mesmos.

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457. Para a administração da Confirmação, preparar-se-ão:

a) as vestes sagradas necessárias para a celebração, segundo se trate do rito dentro da Missa ou fora

da Missa, conforme vem indicado adiante, nos nn. 458 e 473;

b) assentos para os presbíteros que devam ajudar o Bispo;

c) vaso ou vasos com o sagrado crisma;

d) Pontifical Romano;

e) as coisas necessárias para lavar as mãos, após a unção dos confirmados;

f) no caso da Confirmação dentro da Missa com a comunhão sob as duas espécies, um cálice de

tamanho suficiente.

Em princípio, a celebração é feita junto da cátedra. Contudo, se for necessário para melhor

participação dos fiéis, prepara-se uma sede para o Bispo à frente do altar ou em lugar mais adequado.

Confirmação dentro da Missa

458. É de toda a conveniência que seja o Bispo a celebrar a Missa. Os presbíteros que o ajudarem a

administrar a Confirmação devem concelebrar com ele. Todos, portanto, devem ir revestidos dos paramentos

requeridos para a Missa.

Se acaso a Missa for celebrada por outro, convém que o Bispo presida à liturgia da Palavra e dê a

bênção no fim da Missa, como se indica acima, nos nn. 175-185. Neste caso, o Bispo vai paramentado com a

alva, cruz peitoral, estola e pluvial da cor correspondente à Missa, e usa mitra e báculo. Os presbíteros que o

ajudarem, vestem sobrepeliz por cima do hábito talar, alva, estola e, eventualmente, pluvial.

459. Nos dias em que são permitidas as Missas rituais, pode-se celebrar a Missa “Na Confirmação”, com as

leituras próprias, e paramentos vermelhos ou brancos.

Não se celebrando a Missa ritual, pode-se tomar uma das leituras das que vêm no Lecionário para a

referida Missa.

Na ocorrência dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a Missa do dia,

com suas leituras.

Para a bênção final, pode-se usar sempre a fórmula própria da Missa ritual.

460. Entrada na igreja, ritos iniciais e liturgia da Palavra até ao Evangelho, como de costume.

461. Proclamado o Evangelho, o Bispo senta-se, com mitra, na cátedra ou na sede para ele preparada. Os

presbíteros que o assistem sentam-se junto dele.

Os confirmados são apresentados pelo pároco, por outro presbítero, ou por diácono ou mesmo por

catequista, conforme o costume de cada região, deste modo: os confirmandos, podendo ser, são chamados um

por um pelos seus nomes, e vão-se dirigindo para o presbitério; as crianças são levadas por um dos padrinhos

ou pelo pai ou pela mãe; e põem-se todos em frente do Bispo. No caso de os confirmandos serem muito

numerosos, não são individualmente chamados; mas dispõem-se em lugar conveniente em frente do Bispo.

462. Então o Bispo profere breve homilia, na qual, comentando as leituras bíblicas, procura levar os

confirmandos, seus padrinhos e pais, e toda a assembléia dos fiéis à compreensão mais profundo do mistério

da Confirmação, podendo, se quiser, servir-se da alocução que vem no Pontifical.

463. Terminada a homilia, o Bispo senta-se de mitra e báculo, interroga os confirmandos, que continuam

todos de pé, pedindo-lhes que renovem as promessas do batismo, e no fim proclama a fé da Igreja à qual toda

a assembléia dá o seu assentimento mediante aclamação ou canto apropriado.

464. Em seguida, depõe o báculo e a mitra, levanta-se e (tendo junto de si os presbíteros que a si associou),

de mãos juntas e voltado para o povo, diz a monição: Roguemos, caros irmãos, depois da qual todos oram

em silêncio por uns momentos.

465. Depois o Bispo senta-se e recebe a mitra. Aproxima-se o diácono com o vaso ou vasos de santo

crisma. Se os presbíteros ajudam o Bispo a conferir a unção, todos os vasos do santo crisma são apresentados

pelo diácono ao Bispo, que os entrega a cada um dos presbíteros que se aproximam dele.

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466. Depois, os candidatos se aproximam do Bispo e dos presbíteros, ou, se for mais conveniente, o Bispo,

de mitra e báculo, e os presbíteros vão até junto de cada um dos confirmandos.

Aquele que apresentou o confirmando põe a mão direita sobre o ombro dele e diz ao Bispo o nome do

mesmo, ou então pode o confirmando dizer espontaneamente o seu nome.

467. O Bispo (ou presbítero) molha a extremidade do polegar da mão direita no crisma e faz com o mesmo

polegar o sinal da cruz na fronte do confirmando, proferindo a fórmula sacramental. E depois de o

confirmando responder Amém, acrescenta: A paz esteja contigo, ao que o confirmado responde: Amém.

Durante a unção, pode-se entoar um canto apropriado.

468. Terminada a unção, o Bispo (e os presbíteros) lava(m) as mãos.

469. Em seguida, o Bispo, de pé, sem mitra, profere a monição introdutória à oração universal e recita a

oração conclusiva.

470. Omite-se o Símbolo, visto já se ter feito a profissão de fé. E a Missa prossegue como de costume.

Enquanto se executa o canto das oferendas é bom que alguns dos confirmados levem ao altar o pão, o

vinho e a água, para a celebração da Eucaristia.

Na prece eucarística, faz-se memória dos confirmados, utilizando a fórmula do Missal.

Os confirmados, seus padrinhos, pais, catequistas e parentes podem receber a comunhão sob as duas

espécies.

471. Para a bênção no fim da Missa, o Bispo utilizará a bênção solene ou a oração sobre o povo, como vem

no Pontifical Romano.

Os recém-confirmados postam-se diante do Bispo. E este, de pé, com mitra, diz: O Senhor esteja

convosco. Um dos diáconos pode dizer a fórmula invitatória da bênção, e o Bispo, de mãos estendidas sobre o

povo, profere as invocações. Depois, recebe o báculo e diz: Abençoe-vos, e traça o sinal da cruz sobre o povo.

O Bispo pode também dar a bênção servindo-se das fórmulas que vêm mais adiante, nos nn. 1120-

1121.

472. Depois o diácono despede o povo, dizendo: Vamos em paz; e todos respondem; Demos graças a Deus.

Confirmação fora da Missa

473. O Bispo veste alva, cruz peitoral, estola e pluvial de cor branca e usa a mitra e o báculo. Os

presbíteros que a ele se associam vão revestidos de sobrepeliz por cima do hábito talar, ou de alva e estola e,

eventualmente, pluvial de cor branca. Os diáconos revestem alva e estola, e os outros ministros, vestes

branca, ou outras legitimamente aprovadas.

474. Reunidos os confirmandos, seus pais e padrinhos, bem como toda a comunidade dos fiéis, e enquanto

se executa um canto adequado, o Bispo, com os presbíteros, diáconos e restantes ministros, dirigem-se para o

presbitério. Feita inclinação ao altar, o Bispo vai para a cátedra, depõe o báculo e a mitra, saúda o povo, e

logo em seguida recita a oração: Ó Deus de poder e misericórdia.

475. A celebração da Palavra, a apresentação dos candidatos, a homilia e demais ritos realizam-se como

ficou descrito acima, nos nn. 461-469.

476. Terminada a oração universal, que o Bispo pode introduzir com uma monição adequada, todos

recitam a oração dominical. Depois, o Bispo acrescenta-se a oração: Ó Deus, que deste o Espírito Santo aos

apóstolos.

477. A bênção é dada pelo Bispo, no forma acima indicado, no n. 471. Em seguida, o diácono despede o

povo, dizendo: Vamos em paz. E todos respondem: Graças a Deus.

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CAPÍTULO II

SACRAMENTO DA ORDEM

INTRODUÇÃO

478. “Para apascentar e aumentar continuamente o povo de Deus, o Cristo Senhor instituiu na sua Igreja

vários ministérios, tendentes ao bem de todo o Corpo”.

Com efeito, “por meio dos seus Apóstolos, Cristo, a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, tornou

os Bispos, que são sucessores daqueles, participantes da sua consagração e missão: e estes transmitiram

legitimamente na Igreja o múnus do seu ministério em grau diverso e a diversos sujeitos.

Assim, o ministério eclesiástico, instituído por Deus, é exercido em ordens diversas, por aqueles que

desde a antigüidade são chamados Bispos, Presbíteros e Diáconos”.

Os Bispos, revestidos da plenitude do sacramento da Ordem, são os administradores da graça do

supremo sacerdócio, e, juntamente com o seu presbitério; governam as Igrejas particulares, que lhes foram

confiadas, como vigário e delegados de Cristo.

“Os presbíteros, embora não possuam a plenitude do sacerdócio e dependam dos Bispos no exercício

do seu poder, estão-lhes, contudo, associados na dignidade sacerdotal e, por força do sacramento da Ordem,

são consagrados, à imagem de Cristo sumo e eterno Sacerdote, para pregar o Evangelho, apascentar os fiéis e

celebrar o culto divino, como verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento”.

“Em grau inferior da hierarquia estão os diáconos, aos quais foram impostas as mãos, não para o

sacerdócio, mas para o ministério. Fortalecidos com a graça sacramental, servem ao Povo de Deus, em união

com o Bispo e o seu presbitério, no ministério da liturgia, da palavra e da caridade”.

I. ADMISSÃO A CANDIDATO AO DIACONATO E AO PRESBITERATO

479. O rito da admissão destina-se a que o aspirante ao Diaconato ou ao Presbiterato manifeste

publicamente a sua vontade de se dar a Deus e à Igreja, para exercer a Ordem sagrada. A Igreja, aceitando

esta doação, escolhe-o e chama-o, a fim de se preparar para receber a sagrada Ordem, passando assim a ser

contado legitimamente entre os candidatos ao Diaconato e ao Presbiterato.

Os professos, pertencentes aos Institutos religiosos clericais, aspirantes ao Presbiterato não são

obrigados a este rito.

480. O rito da admissão celebrar-se-á quando se verificar que, o propósito dos aspirantes, pressupostos os

dotes necessários, atingiu a maturidade suficiente.

É celebrado pelo Bispo ou pelo Superior maior do Instituto religioso clerical, conforme a condição do

aspirante.

481. O rito da admissão pode-se fazer em qualquer dia, de preferência nos dias festivos, na igreja ou noutro

lugar adequado, seja dentro da Missa, seja numa celebração da Palavra de Deus. Dada, porém, a sua natureza,

nunca se deve associar às sagradas Ordens ou à instituição dos leitores ou acólitos.

482. O Bispo terá a assisti-lo um diácono ou um presbítero, incumbido de fazer a chamada dos candidatos,

bem com outros ministros presentes.

Se o rito for realizado dentro da Missa, o Bispo reveste os paramentos próprios da celebração

eucarística, e usa mitra e báculo. Se for celebrado fora da Missa, pode pôr a cruz peitoral, estola e pluvial da

cor devida por cima da alva, ou só a cruz e a estola por cima do roquete e mozeta. Neste caso, não usa mitra

nem báculo.

483. Se o rito se celebrar dentro da Missa, pode-se dizer a Missa pelas Vocações às sagradas ordens (Pelas

Vocações sacerdotais) com as leituras próprias do rito da admissão, e paramentos brancos.

Ocorrendo algum dos dias indicados nos nn. 1-9 da tabela dos dias litúrgicos, celebra-se a Missa do

dia.

Não se celebrando a Missa pelas Vocações às sagradas Ordens (pelas Vocações sacerdotais) pode-se

tomar uma das leituras de entre as que vêm no Lecionário para o rito da admissão, exceto nos dias indicados

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nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos.

484. No caso de se fazer somente celebração da Palavra de Deus, esta pode começar com antífona

apropriada, seguida, após a saudação do bispo, da coleta da mesma Missa. As leituras tomam-se de entre as

que vêm indicadas no Lecionário para este ato.

485. Proclamado o Evangelho, o Bispo, senta-se na cátedra, e, de preferência faz a homilia, concluindo

com a alocução que vem no Pontifical ou com outras palavras semelhantes.

486. Depois, o diácono ou presbítero para isso deputado chama os aspirantes pelos seus nomes. Cada um

responde: Presente; e vão-se aproximando um por um do Bispo, a quem fazem reverência.

487. O Bispo interroga-os com as palavras do Pontifical, ou outras eventualmente estabelecidas pela

Conferência Episcopal. Além disso, se se quiser, pode também o propósito dos candidatos ser aceito

mediante algum sinal exterior, determinado pela Conferência Episcopal. O Bispo conclui, dizendo: A Igreja

recebe com alegria e todos respondem: Amém.

488. O Bispo depõe o báculo e a mitra, e levanta-se, e todos se levantam ao mesmo tempo. Recita-se o

Símbolo, se as rubricas o determinarem. Depois, o Bispo convida os fiéis a orar, dizendo: Caríssimos irmãos,

roguemos a Deus. O diácono ou outro ministro idôneo enuncia as intenções da oração, e todos respondem

com a respectiva aclamação. Em seguida, o Bispo reza a oração: Ouvi, Senhor ou Fazei, Senhor.

489. Se a admissão se celebra dentro da Missa, esta prossegue como de costume. Se for dentro da

celebração da Palavra de Deus, o Bispo saúda e abençoa a assembléia, e o diácono despede-a dizendo: Vamos

em paz, ao que todos respondem: Graças a Deus.

490. “Os candidatos ao diaconato, quer permanente quer temporário, e ao Presbiterato devem receber os

ministérios de leitor e acólito, salvo se já os tiverem recebido, e exercê-los durante um tempo conveniente, a

fim de melhor se prepararem para o futuro ministério da Palavra e do Altar”.

O rito da instituição dos leitores e dos acólitos vem descrito mais adiante, nos nn. 769-799.

II. ALGUMAS NORMAS GERAIS QUANTO AOS RITOS DAS SAGRADAS ORDENAÇÕES

491. A ordenação, tanto dos diáconos como dos presbíteros, mas sobretudo a do Bispo, deve realizar-se

com a maior assistência possível de fiéis, em domingo ou dia de festa, salvo se razões de ordem pastoral

aconselharem outro dia, por ex., no caso da ordenação dum Bispo, uma festa dos Apóstolos.

492. A Ordenação deve efetuar-se durante uma Missa solene, celebrada segundo o rito da Missa estacional,

geralmente na igreja catedral. Por motivos de ordem pastoral, pode celebrar-se noutra igreja ou oratório.

493. A Ordenação far-se-á habitualmente junto da cátedra; mas, se for necessário para facilitar a

participação dos fiéis, pode-se fazer à frente do altar ou noutro lugar mais indicado.

Os assentos para os ordenados devem dispor-se de modo que os fiéis possam ver bem o desenrolar da

ação litúrgica.

494. Fora dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela de precedência dos dias litúrgicos, e festas dos

Apóstolos, a Missa em que se conferem as sagradas Ordens pode ordenar-se do seguinte modo:

a) À entrada e à comunhão, cantam-se as antífonas da Missa ritual “Nas Ordenações”;

b) escolher-se-ão as orações mais apropriadas de entre as Missas e orações que vêm no Missal

Romano para as diversas necessidades: pelo Bispo, pelos sacerdotes, pelos ministros da Igreja;

c) as leituras escolher-se-ão de entre as que vêm indicadas no Lecionário para estas celebrações;

d) salvo quando se tenha de dizer outro prefácio mais próprio, no caso da ordenação dos presbítero,

pode-se tomar o prefácio da Missa do Crisma.

e) na Oração eucarística, faz-se memória dos ordenados, com a fórmula que vem no Missal.

Quando não se celebre a Missa ritual, pode-se tomar um das leituras do Lecionário, para a referida

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Missa.

Ocorrendo algum dos dias indicados nos nn. 1-4 da tabela dos dias litúrgicos, ou uma festa dos

Apóstolos, diz-se a Missa do dia, com suas leituras.

III. ORDENAÇÃO DE DIÁCONOS

495. Os ordenandos põem amito, alva e cíngulo. Devem estar também preparadas, para cada um deles,

estolas e dalmáticas.

Os paramentos serão da cor da Missa a celebrar, ou de cor branca ou festiva.

496. Além do que acima ficou enumerado e das coisas necessárias para a Missa estacional, preparar-se-á:

a) Pontifical Romano;

b) sede para o Bispo, caso a ordenação não se faça na cátedra;

c) cálice de tamanho suficiente para a comunhão sob as duas espécies.

497. Estando tudo devidamente preparado, organiza-se a procissão através da igreja em direção ao altar,

como de costume. Os ordenandos vão à frente do diácono que leva o livro dos Evangelhos.

498. Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra, até ao Evangelho inclusive, realizam-se como de costume.

Após a leitura do Evangelho, o diácono vai de novo colocar respeitosamente o livro dos Evangelhos

sobre o altar, onde permanece até ser entregue aos ordenados.

499. Proclamado o Evangelho, começa a ordenação dos diáconos. O Bispo senta-se e recebe a mitra, na

cátedra ou na sede para isso preparada.

500. Os ordenandos são chamados pelo diácono, deste modo: Queiram aproximar-se os que serão

ordenados Diáconos. E logo a seguir vai dizendo o nome de cada um, e cada um deles, ao ser chamado,

responde: Presente; e aproxima-se do Bispo, ao qual faz reverência.

501. Estando todos colocados diante do Bispo, o presbítero, por este designado, apresenta-os na forma

indicada no Pontifical. O Bispo conclui: Com o auxílio de Deus, todos respondem: Graças a Deus, ou dão o

seu assentimento à eleição por outra forma que houver sido determinada pela Conferência Episcopal.

502. Depois, todos se sentam. O Bispo, de mitra e báculo, se não lhe parecer melhor de outro modo,

profere a homilia. Nesta, tomando como ponto de partida o texto das leituras sagradas lidas na Missa, dirigese

ao povo e aos eleitos e fala-lhes sobre o ministério do diácono, o que pode fazer servindo-se das palavras

do Pontifical (n. 14) ou por palavras suas.

Se estiverem presentes ordenandos que devam abraçar o sagrado celibato, referir-se-á também à

importância e significado do mesmo na Igreja.

503. Terminada a homilia, faz-se a aceitação pública do celibato por parte dos candidatos ao Presbiterato e

candidatos solteiros ao Diaconato. Estes, chamados pelo diácono, levantam-se e apresentam-se diante do

Bispo, que lhes dirige a respectiva monição, como vem no Pontifical, ou por outras palavras semelhantes.

504. Depois, os eleitos manifestam o seu propósito de abraçar o sagrado celibato, seja com a simples

resposta: Quero, à pergunta feita pelo Bispo, seja por outra forma exterior determinado pela Conferência

Episcopal.

O Bispo conclui: Que o Senhor vos dê a graça de perseverar no vosso santo propósito; ao que os

eleitos respondem: Amém.

505. Aproximam-se depois os restantes eleitos ao Diaconato, não obrigados ao compromisso do sagrado

celibato. Estando todos os eleitos de pé diante dele, o Bispo interroga-os em conjunto com as palavras do

Pontifical Romano (n. 15), acrescentando, a seguir à terceira pergunta, a referente à celebração da Liturgia

das Horas.

506. Por fim, o Bispo depõe o báculo, e cada um dos eleitos se aproxima-se dele. Ajoelha-se diante dele e

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coloca as suas mãos juntas entre as mãos do Bispo.

O Bispo pede a cada um a promessa de obediência, segundo a fórmula do Pontifical Romano.

Se por acaso, nalguma região, este rito de pôr as mãos juntas entre as mãos do bispo parecer menos

conveniente, compete à Conferência Episcopal determinar outro rito.

507. Depois, o Bispo depõe a mitra e levanta-se, e todos se levantam ao mesmo tempo. A seguir, de pé,

voltado para o povo, de mãos juntas, dirige ao povo o convite: Roguemos, irmãos. Em seguida o diácono diz:

Ajoelhemo-nos.

O Bispo ajoelha-se diante da sua sede, enquanto os eleitos se prostram por terra; os restantes

ajoelham-se nos seus lugares.

Durante o tempo pascal e aos domingos, o diácono não diz: Ajoelhemo-nos; os eleitos prostram-se,

mas os restantes ficam de pé.

Então os cantores começam a ladainha, na qual se podem acrescentar, na altura própria, alguns nomes

de Santos, por ex., do Padroeiro, do Titular da igreja, do Fundador, dos Patronos dos que vão receber a

ordenação, ou algumas invocações mais adequadas às circunstâncias. A ladainha faz as vezes de oração

universal.

508. Terminada a ladainha, o Bispo levanta-se, só ele; e, de mãos estendidas diz a oração: Senhor Deus,

ouvi as nossas súplicas; terminada esta, o diácono acrescenta: Levantai-vos (se antes da ladainha tiver feito o

convite para ajoelhar), e todos se levantam.

509. Os eleitos, um por um, aproximam-se do Bispo, que está de pé em frente da sede, com mitra, e

ajoelham-se diante dele. O Bispo impõe as mãos sobre a cabeça de cada um deles, sem dizer nada.

510. Feito isto, o Bispo depõe a mitra. Enquanto os eleitos continuam de joelhos diante dele, canta ou

recita a oração consecratória, com as mãos estendidas.

511. Terminada a oração consecratória, o Bispo senta-se e recebe a mitra. Os ordenados levantam-se, e

alguns diáconos ou presbíteros impõem a cada um a estola à maneira diaconal e revestem-no com a

dalmática. Enquanto isso, pode-se cantar o Salmo 83 ou outro canto apropriado. O canto prossegue até que

todos os diáconos estejam revestidos da dalmática.

512. Os ordenados, revestidos das vestes diaconais, aproximam-se do Bispo, que faz a cada um, ajoelhado

diante de si, a entrega do livro dos Evangelhos, dizendo: Recebe o Evangelho de Cristo.

513. Por fim, o Bispo dá a cada um dos ordenados a saudação da paz, com as palavras: A paz esteja

contigo. O ordenado responde: O amor de Cristo nos uniu.

Se as circunstâncias o permitirem, os outros diáconos presentes podem expressar, mediante a

saudação da paz, que os novos diáconos lhes estão agregados na ordem.

Enquanto isso, pode-se cantar o Salmo 145 ou outro canto apropriado.

514. O Símbolo é dito segundo as rubricas. A oração universal, porém, omite-se.

515. A liturgia eucarística celebra-se conforme o Ordinário da Missa. Alguns dos ordenados apresentam ao

Bispo os dons para a celebração da Missa; e pelo menos um de entre eles ministra ao Bispo no altar.

516. Na Oração eucarística, faz-se memória dos ordenados com a fórmula indicada no Missal.

517. Os novos diáconos comungam sob as duas espécies. O diácono que ministra ao Bispo apresenta o

cálice. Alguns dos novos diáconos ajudam o Bispo a distribuir a comunhão aos fiéis.

Podem também receber a comunhão sob as duas espécies, os pais e parentes dos ordenados.

Os ritos de conclusão, são como de costume.

IV. ORDENAÇÃO DE PRESBÍTEROS

518. Na Missa da sua ordenação, todos os presbíteros concelebram com o Bispo. Muito convém que o

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Bispo admita também outros presbíteros à concelebração. Neste caso, os presbíteros neste dia ordenados têm

a precedência sob os outros presbíteros concelebrantes.

519. Os ordenandos vão revestidos de amito, alva, cíngulo e estola diaconal. Além disso, estarão

preparadas, para cada um dos ordenandos, as casulas.

Os paramentos serão da cor da Missa que é celebrada, ou de cor branca ou festiva.

520. Além do que atrás se enumerou e das coisas necessárias para a celebração da Missa estacional,

preparar-se-á:

a) Pontifical Romano;

b) estolas para os presbíteros que não concelebram, mas vão impor as mãos sobre os ordenandos;

c) gremial;

d) santo crisma;

e) o necessário para o Bispo e os ordenandos lavarem as mãos;

f) sede para o Bispo, se a ordenação não se fizer junto da cátedra;

g) cálice de tamanho suficiente para a comunhão dos concelebrantes e dos outros que têm direito a

ela.

521. Na procissão da entrada, os ordenandos vão atrás dos outros diáconos, à frente dos presbíteros

concelebrantes.

522. Os ritos iniciais e a liturgia da Palavra, até ao Evangelho inclusive são realizados como de costume.

523. Proclamado o Evangelho, começa a ordenação dos presbíteros. O Bispo senta-se na cátedra ou na sede

para isso preparada, e recebe a mitra.

524. O diácono faz a chamada dos ordenandos, dizendo: Queiram aproximar-se os que vão ser ordenados

Presbíteros. E logo chama cada um pelo seu nome; e estes, à medida que forem sendo chamados, respondem:

Presente; e acercam-se do Bispo, a quem fazem reverência.

525. Quando já todos estiverem diante do Bispo, o presbíteros por ele designado apresenta-os na forma

indicada no Pontifical. O Bispo conclui: Com o auxílio de Deus; e dizem todos: Graças a Deus, ou

expressam o seu assentimento por outra forma estabelecida pela Conferência Episcopal.

526. A seguir, estando todos sentados, o Bispo de mitra e báculo, se não preferir doutro modo, faz a

homilia. Nesta, tomando como ponto de partida as leituras sagradas que se leram na Missa, dirige-se ao povo

e aos eleitos e fala-lhes do ministério do presbítero, o que pode fazer, servindo-se das palavras do Pontifical

Romano (n. 14) ou por palavras suas.

527. Terminada a homilia, os eleitos levantam-se e ficam de pé diante do Bispo. Este interroga-os

conjuntamente, na forma prescrita no Pontifical.

528. Em seguida, o Bispo depõe o báculo. Os eleitos, aproximam-se dele um por um, ajoelham e põem as

mãos juntas entre as mãos do Bispo.

O Bispo pede a cada um a promessa de obediência, segundo a fórmula do Pontifical.

Se por acaso o rito de pôr as mãos juntas entre as mãos do Bispo parecer menos conveniente, compete

à Conferência Episcopal determinar outro rito.

529. Depois o Bispo tira a mitra e levanta-se; e todos se põem de pé. O Bispo, voltado para o povo, de

mãos juntas, profere o convite: Roguemos, irmãos, a Deus Pai.

Em seguida, o diácono diz: Ajoelhemo-nos; e logo o Bispo ajoelha diante da sua sede; os eleitos

prostram-se por terra; os demais ajoelham-se nos seus lugares.

Durante o tempo pascal e aos domingos, o diácono não diz: Ajoelhemo-nos; os eleitos prostram-se,

mas todos os demais ficam de pé.

Os cantores começam a ladainha, na qual se podem acrescentar, na devida altura, alguns nomes de

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Santos, por ex., do Padroeiro, do Titular da igreja, do Fundador, os do Patronos dos que vão ser ordenados,

ou algumas invocações mais apropriadas às circunstâncias. A ladainha toma das vezes da oração universal.

530. Terminada a ladainha, o Bispo levanta-se só ele; e de mãos estendidas diz a oração: Ouvi-nos, Deus

todo-poderoso. Terminada a qual, o diácono diz: Levantai-vos (se antes da ladainha tiver convidado para

ajoelhar), e todos se levantam.

531. Os eleitos, um por um, aproximam-se do Bispo, e ajoelham diante dele. O Bispo, de mitra, impõe as

mãos sobre a cabeça de cada um, sem dizer nada.

532. A seguir, os presbíteros concelebrantes e todos os outros presbíteros, desde que revestidos de estola

sobre a alva ou sobre o hábito talar com sobrepeliz, impõem as mãos sobre cada um dos eleitos, sem dizer

nada. Depois da imposição das mãos, os presbíteros deixam-se estar em volta do Bispo, até ao fim da oração

consecratória.

533. O Bispo depõe a mitra, e ajoelhados os eleitos diante dele, canta ou recita de mãos estendidas, a

oração consecratória.

534. Terminada a oração consecratória, o Bispo senta-se e recebe a mitra. Os ordenados levantam-se. Os

presbíteros presentes voltam para os seus lugares. Alguns deles impõem a cada ordenado a estola à maneira

presbiteral, e revestem-lhe a casula.

535. Depois, o Bispo põe o gremial e unge com o santo crisma as palmas das mãos, de cada ordenado,

ajoelhado diante dele, dizendo: Nosso Senhor Jesus Cristo. Terminada a unção, o Bispo e os ordenados lavam

as mãos.

536. Enquanto os ordenados se revestem da estola e da casula e o Bispo lhes unge as mãos, canta-se o hino:

Veni, Creator, (Ó, vinde, Espírito Criador), ou o Salmo 109 com a antífona indicada no Pontifical, ou outro

canto apropriado.

O canto prossegue até que todos os ordenados tenham regressado aos seus lugares.

537. Depois os fiéis apresentam o pão sobre a patena, e o cálice, este já com o vinho e água, para a

celebração da Missa. O diácono recebe estas oferendas e leva-as ao Bispo. E este entrega-as nas mãos de cada

um dos ordenados, ajoelhados diante dele, dizendo: recebe a oferenda.

538. Por fim, o Bispo transmite a cada um dos ordenados a saudação da paz, dizendo: A paz esteja contigo.

E o ordenado responde: O amor de Cristo nos uniu.

Se as circunstâncias o permitem, o mesmo fazem os outros presbíteros presentes, expressando, pela

saudação da paz, que os novos presbíteros lhes estão desde agora agregados na ordem.

Enquanto isso, pode-se cantar o Salmo 99, o responsório Sereis meus amigos, ou outro canto

apropriado. O canto prossegue até que todos tenham trocados entre si a saudação da paz.

539. Recita-se o Símbolo, segundo as rubricas. Omite-se, porém, a oração universal.

540. A Liturgia eucarística celebra-se segundo o rito da concelebração da Missa, omitida a preparação do

cálice.

541. Na Oração eucarística, faz-se memória dos ordenados, segundo a fórmula indicada no Missal.

542. Pais e parentes dos ordenados podem receber a comunhão sob as duas espécies. os ritos de conclusão

são como de costume.

V. ORDENAÇÃO DE DIÁCONOS E PRESBÍTEROS NUMA ÚNICA AÇÃO LITÚRGICA

543. A preparação dos ordenandos e da celebração é feita como atrás ficou descrito nos nn. 495-496 e 518-

520.

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544. Na procissão da entrada, os ordenandos a diácono vão adiante diácono que leva o livro dos

Evangelhos, os ordenandos a presbítero vão atrás dos outros diáconos, adiante dos presbíteros concelebrantes.

545. Os ritos iniciais e a liturgia da palavra, até ao Evangelho inclusive, fazem-se como de costume.

546. Proclamado o Evangelho, começa a ordenação. O Bispo senta-se na cátedra ou na sede preparada para

isso, e recebe a mitra.

547. Primeiro, os eleitos ao Diaconato são chamados pelo diácono e apresentados pelo presbítero para isso

designado, na forma atrás descrita, nos nn. 500-501; e a seguir, os eleitos ao Presbiterato, na forma indicada

nos nn. 524-525.

548. Depois, estando todos sentados, o Bispo igualmente sentado, de mitra e báculo, salvo se julgar

preferível de outro modo, faz a homilia. Partindo do texto das leituras sagradas lidas na Missa, dirige-se ao

povo e aos eleitos e fala-lhes sobre os ministérios do diácono e do presbítero. Havendo para ordenar diáconos

obrigados a abraçar o sagrado celibato, referir-se-á também à importância e significado do mesmo na Igreja.

Pode fazê-lo, servindo-se das palavras do Pontifical (n. 10) ou por palavras suas.

549. Terminada a homilia, os eleitos que hajam de assumir o compromisso do sagrado celibato levantamse,

e, chamados pelo diácono, apresentam-se diante do Bispo. Este dirige-se a eles, com a monição que para

isso vem no Pontifical, ou com outras palavras semelhantes.

550. Os eleitos manifestam o seu propósito de abraçar o sagrado celibato seja respondendo: Quero, à

pergunta do Bispo, seja por outra forma externa determinada pela Conferência Episcopal.

O Bispo conclui, dizendo: Que o Senhor vos dê a graça de perseverardes no vosso santo propósito, e

os eleitos respondem: Amém.

551. Aproximam-se depois os outros eleitos ao Diaconato, não obrigados ao compromisso do sagrado

celibato. O Bispo interroga conjuntamente todos os eleitos, que estão de pé, diante dele, com as palavras do

Pontifical Romano (n. 11), acrescentando, depois da terceira pergunta nele indicada, mais outra referente à

celebração da Liturgia das Horas.

552. Em seguida, o Bispo depõe o báculo. Os eleitos aproximam-se do Bispo, um por um, e, de joelhos,

diante dele, põem as mãos juntas entre as mãos do Bispo.

O Bispo pede a cada um a promessa de obediência, com a fórmula do Pontifical Romano (n. 12).

Se, por acaso, o rito de pôr as mãos juntas entre as mãos do Bispo parecer menos conveniente,

compete à Conferência Episcopal estabelecer outro rito.

553. Feito isto, os ordenandos a diácono afastam-se um pouco. Levantam-se os ordenandos a presbítero e

vão-se colocar diante do Bispo. Este interroga-os em conjunto, e cada um se aproxima do Bispo, ajoelha

diante dele e, com o mesmo rito, acima descrito, no n. 507, o Bispo pede a um por um a promessa de

obediência, servindo-se das fórmulas do Pontifical.

554. Em seguida, o Bispo depõe a mitra e levanta-se; e todos com ele se põem de pé. Diz-se então a

ladainha, com a respectiva monição introdutória e oração conclusiva, como acima se indica, nos nn. 507-508.

Terminada a ladainha, retiram-se os eleitos ao Presbiterato, e procede-se à ordenação dos diáconos.

555. A ordenação dos diáconos realiza-se como ficou descrito acima, nos nn. 509-512. A saudação da paz

só se dá depois de terminada a ordenação dos presbíteros.

556. Terminada a ordenação dos diáconos, estes voltam para os seus lugares, e aproximam-se os eleitos ao

Presbiterato.

O Bispo depõe a mitra e levanta-se; e todos com ele se põem de pé. O Bispo de pé, com as mãos

juntas, voltado para o povo, profere a monição: Roguemos, irmãos.

Em seguida, o diácono diz: Ajoelhemo-nos. Todos se põem de joelhos orando em silêncio durante

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certo espaço de tempo. Depois, o Bispo levanta-se, só ele. De mãos estendidas, diz a oração: Senhor Deus.

Terminada esta, o diácono diz: Levantai-vos, e todos se levantam.

Durante o tempo pascal e aos domingos, não se diz: Ajoelhemo-nos, nem se ajoelha.

557. Segue-se a ordenação dos presbíteros, na forma acima descrita, nos nn. 531-538.

558. Depois de o Bispo ter transmitido a saudação da paz aos presbíteros ordenados, transmite-a

igualmente aos diáconos. Se as circunstâncias o permitirem, os outros presbíteros presentes podem também

significar, mediante a saudação da paz, que os novos presbíteros lhes estão desde agora agregados na ordem.

E os diáconos poderão fazer o mesmo aos diáconos recém-ordenados.

Enquanto isso, canta-se o Salmo 99 ou o responsório Já não vos chamo servos, ou canto apropriado.

559. Recita-se o Símbolo, segundo as rubricas. Omite-se, porém, a oração universal.

560. A liturgia eucarística celebra-se segundo o rito da celebração, omitida a preparação do cálice. Um dos

novos diáconos ministra ao Bispo ao altar.

561. Na Oração eucarística faz-se a memória dos ordenados, segundo a fórmula que vem no Missal.

562. Os novos diáconos comungam sob as duas espécies. O diácono que assiste o Bispo desempenha o

ministério do cálice. Alguns dos novos diáconos ajudam o Bispo a distribuir a comunhão aos fiéis.

Pais e parentes dos ordenados podem receber a comunhão sob as duas espécies.

Os ritos de conclusão são como de costume.

VI. ORDENAÇÃO DO BISPO

563. Muito convém que a ordenação de Bispo se realiza na sua igreja catedral. Neste caso, apresentam-se e

lêem as Letras Apostólicas e o ordenado senta-se como se dirá adiante nos nn. 573 e 589.

564. O Bispo sagrante principal deve estar acompanhado pelo menos de mais dois Bispo consagrantes, que

juntamente com ele e com o eleito concelebrem a Missa. Mas convém que todos os Bispos presentes ordenem

o eleito juntamente com o sagrante principal.

565. É da maior conveniência que todos os Bispos consagrantes e os presbíteros assistentes do eleito

concelebrem a Missa juntamente com o sagrante principal e o eleito. Se a ordenação se realizar na igreja

própria do eleito, concelebrem também alguns presbíteros do seu presbitério.

Todavia, ter-se-á o cuidado em mostrar claramente a distinção entre Bispos e presbíteros, inclusive

pela disposição dos lugares.

566. O eleito é assistido por dois presbíteros.

567. O sagrante principal, bem como os Bispos e presbíteros concebrantes revestem os paramentos

respectivos requeridos para a celebração da Missa.

O eleito, além dos paramentos sacerdotais, porá a cruz peitoral e a dalmática.

Os Bispos consagrantes que não concelebrem vestem a alva, cruz peitoral, estola e, eventualmente,

pluvial e mitra. Os presbíteros assistentes do eleito, se não concelebrarem, vestem o pluvial sobre a alva ou a

sobrepeliz por cima do hábito talar.

Os paramentos serão da cor da Missa celebrada, ou branca ou festiva.

568. Além das coisas necessárias para a celebração da Missa estacional, preparar-se-á:

a) o Pontifical Romano;

b) livretos com a oração consecrátoria para os Bispos consagrantes;

c) gremial;

d) santo crisma;

e) anel para o eleito;

f) báculo pastoral e mitra para o eleito;

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g) cálice de tamanho suficiente para a Comunhão dos concelebrantes e dos outros que a ela tenham

direito.

569. A bênção do anel, do báculo pastoral e da mitra far-se-á em tempo oportuno, antes da ordenação,

como vem no Pontifical.

570. A cátedra para o sagrante principal e os assentos para os Bispos consagrantes, para o eleito e para os

presbíteros concelebrantes dispor-se-ão deste modo:

a) Durante a Liturgia da Palavra, o sagrante principal senta-se na cátedra, os Bispos consagrantes, de

um e de outro lado da cátedra; o eleito porém, entre os seus presbíteros assistentes, no lugar mais

adequado do presbitério;

b) A ordenação do eleito faz-se normalmente na cátedra; mas se for necessário para melhor

participação dos fiéis, preparem-se sedes para o sagrante principal e para os Bispos consagrantes à

frente do altar ou em outro lugar mais conveniente; as sedes para o eleito e seus presbíteros

assistentes dispõem-se de modo que a ação litúrgica possa ser facilmente acompanhada pelos fiéis.

571. Estando tudo devidamente preparado, organiza-se a procissão através da igreja em direção ao altar na

forma de costume.

O eleito, entre os dois presbíteros assistentes, segue atrás dos presbíteros concelebrantes, à frente dos

Bispos consagrantes.

572. Os ritos iniciais e a Liturgia da Palavra, até ao Evangelho inclusive, desenvolvem-se como de

costume.

573. Se o Bispo for ordenado na sua igreja catedral, após a saudação ao povo, um dos diáconos ou um dos

presbíteros concelebrantes apresenta as letras apostólicas ao Colégio dos consultores, na presença do

chanceler da Cúria, o qual exara a respectiva ata. Depois sobe ao ambão e lê as referidas Letras, que todos

escutam sentados e no fim proferem a aclamação: Graças a Deus ou outra aclamação adequada.

Nas dioceses recém-criadas, a comunicação das referidas Letras é dirigida ao clero e ao povo reunidos

na igreja catedral, e a ata é exarada pelo presbítero mais antigo de entre os presbíteros presentes.

574. Após a leitura do Evangelho, o diácono coloca reverentemente sobre o altar o livro dos Evangelhos,

que ficará até ao momento de ser imposto sobre a cabeça do ordenado.

575. Proclamado o Evangelho, dá-se início à ordenação do Bispo. Estando todos de pé, canta-se o hino:

Veni, Creator Spiritus, (Ó vinde, Espírito Criador), ou outro hino segundo os costumes locais.

576. Depois, o sagrante principal e os Bispos consagrantes aproximam-se, se for necessário, das sedes

preparadas para a ordenação do eleito, e sentam-se de mitra.

577. O eleito é conduzido pelos presbíteros assistentes à presença do sagrante principal, e faz-lhe a devida

reverência. Um dos presbíteros assistentes pede ao sagrante que proceda à ordenação do eleito. O sagrante

principal manda ler o Mandato apostólico, que todos escutam sentados e ao qual respondem no fim: Graças a

Deus; ou expressam o seu assentimento à eleição por outra forma, segundo os costumes locais.

578. Em seguida, o sagrante principal pronuncia a homilia. Partindo do texto das leituras da Sagrada

Escritura lidas na Missa, dirige-se ao clero e ao povo, bem como ao eleito e fala-lhes sobre o ministério do

Bispo; o que pode fazer, servindo-se das palavras que vêm no Pontifical Romano ou com palavras suas

equivalentes a estas.

579. Terminada a homilia, o eleito levanta-se ele só, e fica de pé diante do sagrante principal. Este faz-lhe

as perguntas que vêm no Pontifical, acerca do seu propósito de guardar a fé e de cumprir o seu ministério.

580. Depois os Bispos depõem a mitra e levantam-se, e todos se põem de pé. O sagrante principal, de pé,

de mãos juntas, voltado para o povo, convida à oração: Oremos, irmãos.

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62

O diácono acrescenta: Ajoelhemo-nos.

O sagrante principal e os Bispos consagrantes ajoelham-se diante das suas sedes; o eleito prostra-se

por terra; os demais, põem-se também de joelhos.

Durante o Tempo Pascal e aos domingos, omite-se o convite: Ajoelhemo-nos; os eleito, no entanto,

prostra-se; todos os outros ficam de pé.

Os cantores começam a ladainha, na qual se podem intercalar, na devida altura, alguns nomes de

Santos, por ex., do Padroeiro, do Titular da igreja, do Fundador, do Patrono do ordenando, ou algumas

invocações mais adaptadas às circunstâncias. A ladainha faz as vezes de oração universal.

581. Terminada a ladainha, o sagrante principal levanta-se e, de mãos estendidas diz a oração: Atendei, ó

Pai. No fim, o diácono, se antes da ladainha convidou a ajoelhar, diz: Levantai-vos, e todos se levantam.

582. O eleito levanta-se, aproxima-se do sagrante principal e ajoelha diante dele.

O sagrante principal recebe a mitra, e a seguir impõe as mãos sobre a cabeça do eleito, sem dizer

nada.

Em seguida, todos os Bispos se aproximam um por um do eleit e lhe impõem as mãos, sem dizer

nada; e ficam ao lado do sagrante principal até ao fim da oração consecratória.

583. O sagrante principal recebe o livro dos Evangelhos de um dos diáconos e coloca-o aberto sobre a

cabeça do eleito; de pé, um à direita e outro à esquerda do eleito sustentam o livro dos Evangelhos sobre a

cabeça do eleito até ao fim da oração consecratória.

584. O sagrante principal, sem mitra, tendo a seu lado os Bispos consagrantes, também sem mitra, canta-se

ou recita, de mãos estendidas a oração consecratória: Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

As palavras da oração desde, Enviai agora sobre este eleito até para glória e perene louvor do vosso

nome, são proferidas por todos os consagrantes, de mãos juntas.

O resto da oração consecratória, até ao fim, é dito só pelo sagrante principal. No fim, todos dizem:

Amém.

585. Terminada a oração consecratória, todos se sentam. O sagrante principal e os outros Bispos põem a

mitra. Os diáconos retiram o livro dos Evangelhos, que sustentavam sobre a cabeça do ordenado, e um deles

segura-o até ser entregue ao ordenado.

586. O sagrante principal põe o gremial, recebe de um dos diáconos o vaso do santo crisma e unge a cabeça

do ordenado, ajoelhado diante dele dizendo: Deus, que te fez participar da plenitude do sacerdócio de Cristo.

Depois da unção, lava as mãos.

587. Em seguida, recebe do diácono o livro dos Evangelhos e entrega-o ao ordenado, com as palavras:

Recebe o Evangelho. Depois o diácono retoma o livro e coloca-o no seu lugar.

588. O sagrante principal entrega ao ordenado as insígnias pontificais. Primeiro, põe-lhe o anel no dedo

anular da mão direita, dizendo: Recebe este anel, símbolo da fé. Em seguida, impõe-lhe a mitra, sem dizer

nada. Finalmente, entrega-lhe o báculo pastoral, com as palavras: Recebe o báculo, símbolo do serviço

pastoral.

Se o ordenado tiver direito ao pálio, o sagrante principal entrega-lho antes de lhe impor a mitra, com o

rito descrito mais adiante, no n. 1154.

589. Todos se levantam. Se a ordenação se efetuar na própria igreja do ordenado, o sagrante principal o

conduz até à cátedra e convida-o a sentar-se. Se a ordenação se fizer diante do altar, ele o conduz a outra

sede.

Fora da igreja do novo Bispo, o sagrante principal convida-o a sentar-se no primeiro lugar entre os

Bispos concelebrantes.

590. Por fim, o ordenado, deixa o báculo, levanta-se e recebe do sagrante principal e de todos os outros

Bispos a saudação da paz.

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Depois da entrega do báculo até ao fim da ordenação, pode cantar-se o Salmo 95 o outro canto

apropriado.

O canto prossegue até que todos tenham trocado entre si a saudação da paz.

591. Se a ordenação se realizar na igreja do novo Bispo, o sagrante principal pode convidá-lo a presidir,

desde aquele momento, à concelebração da liturgia eucarística. Sendo a ordenação feita noutra igreja, é o

sagrante principal quem preside à concelebração. Neste caso, o novo Bispo ocupa o primeiro lugar entre os

demais concelebrantes.

592. Recita-se o Símbolo, segundo as rubricas; omite-se, porém a oração dos fiéis.

593. Na liturgia eucarística, segue-se em tudo o rito da concelebração da Missa estacional.

Na oração eucarística, é feita por um dos Bispos concelebrantes memória do ordenado, segundo a

fórmula do Missal.

Pais e parentes do ordenado podem receber a Comunhão sob as duas espécies.

594. Terminada a oração depois da comunhão, canta-se o hino A vós, ó Deus, louvamos (Te Deum), ou

outro hino semelhante segundo os costumes locais. Enquanto isso, o ordenado recebe a mitra e o báculo e,

acompanhado por dois dos consagrantes percorre a igreja, abençoando a todos.

595. No fim do hino, o ordenado, de pé junto do altar, ou da cátedra, se for na própria igreja, pode dirigir

umas breves palavras ao povo.

596. Depois, o Bispo que tiver presidido à liturgia eucarística dá a bênção. De pé, com a mitra, voltado

para o povo, diz: O Senhor esteja convosco.

Um dos diáconos pode proferir o convite à benção; e o Bispo, de mãos estendidas sobre o povo, diz as

invocações da bênção. Em seguida, recebe o báculo e diz: Abençoe-vos, e traça o sinal da cruz sobre o povo.

O formulário das invocações é diferente, conforme o que preside for o novo Bispo ou o sagrante

principal.

597. Dada a bênção, o diácono despede o povo e faz-se a procissão de regresso à sacristia como de

costume.

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INSTRUÇÃO GERAL SOBRE O MISSAL ROMANO

PROÊMIO

1. Quando ia celebrar com seus discípulos a ceia pascal, onde instituiu o sacrifício do seu Corpo e

Sangue, o Cristo Senhor mandou preparar uma sala ampla e mobiliada

(Lc 22,12). A Igreja sempre julgou dirigida a si esta ordem, estabelecendo como preparar as pessoas, os

lugares, os ritos e os textos, para a celebração da Santíssima Eucaristia. Assim, as normas atuais, prescritas

segundo determinação do Concílio Vaticano II, e o Novo Missal, que a partir de agora será usado na Igreja de

Rito romano para a celebração da Missa, são provas da solicitude da Igreja, manifestando sua fé e amor

imutáveis para com o supremo mistério eucarístico, e testemunhando uma contínua e ininterrupta tradição,

ainda que algumas novidades sejam introduzidas.

Testemunho de fé inalterada

2. A natureza sacrifical da Missa, que o Concílio de Trento solenemente afirmou1, em concordância com

a universal tradição da Igreja, foi de novo proclamada pelo Concílio Vaticano II que proferiu sobre a Missa

estas significativas palavras: "O nosso Salvador na última Ceia instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e

Sangue para perpetuar o sacrifício da cruz através dos séculos até a sua volta, e para confiar à Igreja, sua

esposa muito amada, o memorial de usa morte e ressurreição"2.

O que o Concílio ensinou com estas palavras encontra-se expresso nas fórmulas da Missa. Com efeito,

a doutrina já expressa concisamente nesta frase de antigo Sacramentário, conhecido como Leoniano: "Todas

as vezes que se celebra a memória deste sacrifício, renova-se a obra da nossa redenção"3, é desenvolvida clara

e cuidadosamente nas Orações eucarísticas; nestas preces, ao fazer a anamnese, dirigindo-se a Deus em nome

de todo o povo, dá-lhe graças e oferece o sacrifício vivo e santo, ou seja, a oblação da Igreja e a vítima por

cuja imolação Deus quis ser aplacado4, e ora também para que o Corpo e Sangue de Cristo sejam um

sacrifício agradável ao Pai e salutar para todo o mundo5.

Assim, no novo Missal a regra da oração da Igreja corresponde à regra perene da fé, que nos ensina a

identidade, exceto quanto ao modo de oferecer, entre o sacrifício da cruz e sua renovação sacramental na

Missa, que o Cristo Senhor instituiu na última Ceia e mandou os Apóstolos fazerem em sua memória. Por

conseguinte a Missa é simultaneamente sacrifício de louvor, de ação de graças, de propiciação e de satisfação.

3. Igualmente, o admirável mistério da presença real do Senhor sob as espécies eucarísticas foi

confirmado pelo Concílio Vaticano II6 e por outros documentos do Magistério Eclesiástico7, no mesmo

sentido e na mesma forma com que fora proposto à nossa fé pelo Concílio de Trento8. Este Mistério é

proclamado na celebração da Missa, não apenas nas palavras da consagração, pelas quais o Cristo se torna

presente através da transubstanciação, mas também no espírito e manifestação de sumo respeito e adoração

que ocorrem na Liturgia eucarística. Por este mesmo motivo, o povo cristão é levado a prestar a este

admirável Sacramento na Quinta-feira da Ceia do Senhor e na solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de

Cristo um culto especial de adoração.

4. A natureza do sacerdócio ministerial, próprio do bispo e do presbítero que oferecem o Sacrifício na

pessoa de Cristo e presidem a assembléia do povo santo, se evidencia no próprio rito, pela eminência do lugar

e da função do sacerdote. As razões desta função são enunciadas e explicadas mais profusamente na ação de

graças da Missa Crismal da Quinta-feira da Semana Santa, dia em que se comemora a instituição do

sacerdócio. Aquele texto celebra a transmissão, pela imposição das mãos, do poder sacerdotal que é a

continuação do poder de Cristo, Sumo Pontífice do Novo Testamento, e enumera todas as suas funções.

5. Esta natureza do sacerdócio ministerial esclarece ainda outra realidade de grande importância: o

sacerdócio régio dos fiéis, cujo sacrifício espiritual atinge a plena realização pelo ministério do Bispo e dos

presbíteros, em união com o sacrifício de Cristo, único Mediador9. Com efeito, a celebração da Eucaristia é

uma ação de toda a Igreja, onde cada um deve fazer tudo e só o que lhe compete, segundo o lugar que ocupa

no Povo de Deus. Por isso se deve prestar maior atenção a certos aspectos da celebração que, no decurso dos

séculos, foram negligenciados. Na verdade, este povo é o Povo de Deus, adquirido pelo Sangue de Cristo,

reunido pelo Senhor, alimentado por sua palavra; povo chamado para elevar a Deus as preces de toda a família

humana, e dar graças em Cristo pelo mistério da salvação, oferecendo o seu sacrifício; povo enfim que cresce

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na unidade pela comunhão do Corpo e Sangue de Cristo. Este povo, embora santo por sua origem, cresce

continuamente em santidade pela participação consciente e frutuosa do mistério eucarístico10.

Testemunho de uma tradição ininterrupta

6. Ao enunciar as normas segundo as quais o Ordinário da Missa deveria ser reformado, o Concílio

Vaticano II ordenou, entre outras coisas, que alguns ritos fossem restaurados "segundo a forma primitiva dos

Santos Padres"11, retomando assim as mesmas palavras com que S. Pio V, na Constituição Apostólica "Quo

primum" de 1570, promulgou o Missal Tridentino. Por esta coincidência de palavras pode-se observar como

ambos os Missais Romanos, ainda que separados por quatro séculos, conservam uma única e mesma tradição.

Porém, ponderando-se os elementos internos desta tradição, verificam-se a sabedoria e a felicidade com que o

segundo missal completa o primeiro.

7. Naqueles tempos, verdadeiramente difíceis, em que a fé católica corria perigo em relação à índole

sacrifical da Missal, o sacerdócio ministerial e a presença real e permanente do Cristo sob as espécies

eucarísticas, era necessário que S. Pio V conservasse uma tradição mais recente, injustamente impugnada,

introduzindo o mínimo de modificações nos ritos sagrados. Na verdade, aquele Missal de 1570 pouco difere

do primeiro Missal impresso em 1474, que por sua vez reproduz com fidelidade o do tempo do Papa

Inocêncio III. Além disso, os manuscritos da Biblioteca Vaticana, ainda que sugerissem algumas correções,

não permitiam que se fosse além dos comentários litúrgicos medievais, na investigação dos "antigos e

provados autores".

8. Hoje, pelo contrário, aquela "norma dos Santos Padres" seguida pelos que corrigiram o Missal de São

Pio V foi enriquecida por inúmeros trabalhos de eruditos. Depois do Sacramentário Gregoriano, editado pela

primeira vez em 1571, os antigos Sacramentários romanos e ambrosianos foram publicados em numerosas

edições críticas, assim como os antigos livros litúrgicos espanhóis e galicanos, trazendo assim à luz muitas

preces de grande valor espiritual até então ignoradas.

Igualmente as tradições dos primeiros séculos, anteriores à formação dos ritos do Oriente e do

Ocidente, são agora melhor conhecidas, depois que se descobriram tantos documentos litúrgicos.

Além disso, o progresso dos estudos patrísticos lançou sobre a teologia do mistério eucarístico a luz da

doutrina dos Padres mais eminentes da antigüidade cristã, como Santo Irineu, Santo Ambrósio, São Cirilo de

Jerusalém e São João Crisóstomo.

9. Por isso, "a norma dos Santos Padres" não exige apenas que se conserve o que os nossos antepassados

mais recentes nos legaram, mas também que se assuma e se julgue do mais alto valor todo o passado da Igreja

e todas as manifestações de fé, em formas tão variadas de cultura humana e civil como as semitas, gregas e

latinas. Esta visão mais ampla nos permite perceber como o Espírito Santo concede ao povo de Deus uma

admirável fidelidade na conservação do imutável depósito da fé, apesar da enorme variedade de orações e

ritos.

Adaptação às novas condições

10. O novo Missal, portanto, dando testemunho da norma de oração da Igreja romana e conservando o

depósito da fé legado pelos concílios mais recentes, constitui por sua vez uma etapa de grande importância na

tradição litúrgica.

Quando os Padres do Concílio Vaticano II reafirmaram os dogmas do Concílio Tridentino, falaram

numa época da história bastante diferente; por isso formularam, em matéria pastoral, desejos e conselhos que

há quatro séculos não se podiam prever.

11. O Concílio de Trento já reconhecera o grande valor catequético da celebração da Missa, mas não

pudera tirar todas as suas conseqüências para a vida prática. Muitos, na verdade, pediam que se permitisse o

uso da língua vernácula na celebração do Sacrifício Eucarístico. Porém, por ocasião deste pedido, o Concílio,

tendo em conta as circunstâncias daquele tempo, julgou dever reafirmar a doutrina tradicional da Igreja,

segundo a qual o Sacrifício Eucarístico é antes de tudo uma ação do próprio Cristo, cuja eficácia não depende

do modo de participação dos fiéis. Por isso, ele se exprimiu com estas palavras firmes e moderadas: "Ainda

que a Missa contenha um grande ensinamento para o povo fiel, os Padres não julgaram oportuno que seja

celebrada em língua vernácula indistintamente"12. E condenou quem julgasse ser reprovável "o rito da Igreja

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romana, onde parte do Cânon e as palavras da consagração são proferidas em voz baixa; ou que a Missa

devesse ser celebrada somente em língua vernácula"13. Contudo, ao proibir o uso da língua vernácula na

Missa, ordenou aos pastores de almas que o substituíssem pela catequese em momento oportuno: "Para que as

ovelhas de Cristo não sintam fome ..., ordena o Santo Sínodo aos pastores e a todos os que têm cura de almas

que freqüentemente, durante a celebração da Missa, por si mesmos ou por outrem, expliquem alguns dos

textos que se lêem na Missa e ensinem entre outras coisas algo sobre o mistério do Santíssimo Sacrifício,

principalmente nos Domingos e festas"14.

12. O Concílio Vaticano II, reunido para adaptar a Igreja às necessidades de seu múnus apostólico nos

nossos dias, examinou em profundidade, como o Concílio de Trento, o aspecto catequético e pastoral da

sagrada Liturgia15. E, como nenhum católico negue a legitimidade e a eficiência de um rito sagrado realizado

em língua latina, ele pôde reconhecer que "não raro o uso da língua vernácula seria muito útil para o povo" e

conceder a licença para usá-la16. O ardente entusiasmo com que esta deliberação foi acolhida por toda parte

fez com que logo, sob a direção dos Bispos e da própria Sé Apostólica, todas as celebrações litúrgicas

participadas pelo povo pudessem realizar-se em língua vernácula, para que mais plenamente se

compreendesse o mistério celebrado.

13. Contudo, como o uso da língua vernácula na sagrada Liturgia é apenas um instrumento, embora de

grande importância, pelo qual mais claramente se realiza a catequese do mistério contido na celebração, o

Concílio Vaticano II ordenou que algumas prescrições do Concílio de Trento, ainda não cumpridas em todos

os lugares, fossem postas em prática, com a homilia nos domingos e dias de festa17, ou a introdução de

algumas explicações durante os ritos sagrados18.

Mas o Concílio Vaticano II, aconselhando "aquela participação mais perfeita na missa, em que os fiéis,

depois da comunhão do sacerdote, recebem o Corpo do Senhor consagrado no mesmo sacrifício"19, urgiu que

se pusesse em prática um outro desejo dos Padres de Trento, ou seja, que, para participar mais plenamente na

sagrada Eucaristia, "os fiéis presentes em cada Missa não comunguem apenas espiritualmente, mas também

pela recepção sacramental da Eucaristia"20.

14. Movido pelo mesmo desejo e zelo pastoral, o Concílio Vaticano II pôde reexaminar o que o Tridentino

determinara a respeito da Comunhão sob as duas espécies. Com efeito, como hoje já não se põem mais em

dúvida os princípios doutrinários quanto à plena eficácia da Comunhão recebida apenas sob a espécie de pão,

permitiu ele que se dê algumas vezes a Comunhão sob as duas espécies, a fim de que, através de uma

apresentação mais elucidativa do sinal sacramental, haja uma oportunidade para se compreender melhor o

mistério de que os fiéis participam21.

15. Deste modo, enquanto permanece fiel ao seu múnus de mestra da verdade, a Igreja, conservando "o

que é antigo", isto é, o depósito da tradição, cumpre também o seu dever de julgar e de prudentemente assumir

"o que é novo" (cf. Mt 13, 52).

Na verdade, certa parte do novo Missal relaciona mais claramente as preces da Igreja com as

necessidades do nosso tempo. Isto acontece sobretudo com as Missas rituais e as Missas "para as diversas

circunstâncias", nas quais a tradição e a inovação harmoniosamente se associam. Por isso, enquanto muitos

textos hauridos na mais antiga tradição da Igreja e divulgados pelas diversas edições do Missal Romano

permanecem inteiramente intactos, outros foram adaptados às aspirações e condições hodiernas. Outros,

finalmente, como as orações pela Igreja, pelos leigos, pela santificação do trabalho humano, pela comunidade

de todos os povos e por algumas necessidades do nosso tempo, foram integralmente compostas a partir de

pensamentos, e, muitas vezes, das próprias palavras dos documentos conciliares.

Igualmente, devido à consciência da nova situação do mundo de hoje, não se julgou comprometer o

venerável tesouro da tradição, modificando-se algumas expressões de textos antiquíssimos, para que melhor se

adaptassem à atual linguagem teológica e correspondessem melhor à atual disciplina eclesiástica. Assim,

foram mudadas algumas expressões referentes à estima e ao uso dos bens terrenos, como também algumas

fórmulas que acentuavam certas modalidades de penitência externa, mais apropriadas a outros tempos da

Igreja.

Deste modo, as normas litúrgicas do Concílio Tridentino foram em muitos pontos completadas e

aperfeiçoadas pelas normas do Vaticano II, que levou a bom termo os esforços que visavam a aproximar os

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fiéis da sagrada Liturgia, empreendidos nos quatro últimos séculos, principalmente nos últimos tempos, graças

sobretudo à estima pelos estudos litúrgicos, promovidos por S. Pio X e seus sucessores.

CAPÍTULO I

IMPORTÂNCIA E DIGNIDADE DA CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA

16. A celebração da Missa, como ação de Cristo e do povo de Deus hierarquicamente ordenado, é o centro

de toda a vida cristã tanto para a Igreja universal como local e também para cada um dos fiéis22. Pois nela se

encontra tanto o ápice da ação pela qual Deus santifica o mundo em Cristo, como o do culto que os homens

oferecem ao Pai, adorando-o pelo Cristo, Filho de Deus23. Além disso, nela são de tal modo relembrados, no

decorrer do ano, os mistérios da redenção, que eles se tornam de certo modo presentes24. As demais ações

sagradas e todas as atividades da vida cristã a ela estão ligadas, dela decorrendo ou a ela sendo ordenadas25.

17. É por isso de máxima conveniência dispor a celebração da Missa ou Ceia do Senhor de tal forma que

os ministros sagrados e os fiéis, participando cada um conforme sua condição, recebam mais plenamente

aqueles frutos26 que o Cristo Senhor quis prodigalizar, ao instituir o sacrifício eucarístico de seu Corpo e

Sangue, confiando-o à usa dileta esposa, a Igreja, como memorial de sua paixão e ressurreição27.

18. Isto se conseguirá de modo adequado se, levando em conta a natureza e as circunstâncias de cada

assembléia litúrgica, toda a celebração for disposta de tal modo que leve os fiéis à participação consciente,

ativa e plena do corpo e do espírito, animada pelo fervor da fé, da esperança e da caridade. Esta é a

participação ardentemente desejada pela Igreja e exigida pela própria natureza da celebração; ela constitui um

direito e um dever do povo cristão em virtude do seu batismo28.

19. Embora às vezes não se possa contar com a presença dos fiéis e sua participação ativa, que manifestam

mais claramente a natureza eclesial da celebração29, a celebração eucarística conserva sempre sua eficácia e

dignidade, uma vez que é ação de Cristo e da Igreja, na qual o sacerdote cumpre seu múnus principal e age

sempre pela salvação do povo.

Por isso, recomenda-se que ele, na medida do possível, celebre mesmo diariamente o sacrifício

eucarístico30.

20. Realizando-se a celebração da Eucaristia, como também toda a Liturgia, por meio de sinais sensíveis

que alimentam, fortalecem e exprimem a fé31, deve-se escolher e dispor com o maior cuidado as formas e

elementos propostos pela Igreja que, em vista das circunstâncias de pessoas e lugres, promovam mais

intensamente a participação ativa e plena dos fiéis, e que melhor respondam às suas necessidades espirituais.

21. A presente Instrução, portanto, visa apresentar as linhas gerais segundo as quais se deve ordenar a

celebração da Eucaristia, bem como expor as regras para cada forma particular de celebração32.

22. De máxima importância é a celebração da Eucaristia na Igreja particular. O Bispo diocesano, o

principal dispenseiro dos mistérios de Deus na Igreja particular a ele confiada, é o moderador, o promotor e

guarda de toda a vida litúrgica33. Nas celebrações que se realizam sob a sua presidência, sobretudo na

celebração eucarística realizada por ele, com a participação do presbitério, dos diáconos e do povo, manifesta-

se o mistério da Igreja. Por isso, tais celebrações da Missa devem ser tidas como modelares para toda a

diocese. É, pois, seu dever esforçar-se para que os presbíteros, os diáconos e os féis cristãos leigos

compreendam sempre mais profundamente o sentido autêntico dos ritos e dos textos litúrgicos e assim sejam

levados a uma celebração ativa e frutuosa da Eucaristia. Com a mesma finalidade cuide que cresça sempre a

dignidade das próprias celebrações, para cuja promoção muito contribui a beleza do espaço sagrado, da

música e da arte.

23. Além disso, para que a celebração atenda mais plenamente às normas e ao espírito da sagrada Liturgia

e aumente sua eficácia pastoral, apresentam-se neste Instrução Geral e no Ordinário da Missa alguns ajustes e

adaptações.

24. Estas adaptações, na maioria, consistem na escolha de alguns ritos ou textos, ou seja, de cantos,

leituras, orações, munições e gestos mais correspondentes às necessidades, preparação e índole dos

participantes, atribuídas ao sacerdote celebrante. Contudo o sacerdote deve estar lembrado de que ele é

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servidor da sagrada Liturgia e de que não lhe é permitido, por própria conta, acrescentar, tirar ou mesmo

mudar qualquer coisa na celebração da Missa34.

25. Além disso, no Missal são indicadas, no devido lugar, certas adaptações que, conforme a Constituição

sobre a Sagrada Liturgia, competem respectivamente ao Bispo diocesano ou à Conferência dos Bispos35. (cf.

infra, n. 387, 388-293).

26. No que se refere, porém, às diversidades e adaptações mais profundas, que atendam às tradições e à

índole dos povos e regiões, a serem por utilidade ou necessidade introduzidas à luz do art. 40 da Constituição

sobre a Sagrada Liturgia, observe-se o que se expõe na Instrução "De Liturgia Romana et inculturatione"36

que vem exposto (n. 395-399) mais adiante.

CAPÍTULO II

ESTRUTURA, ELEMENTOS E PARTES DA MISSA

I. ESTRUTURA GERAL DA MISSA

27. Na Missa ou Ceia do Senhor, o povo de Deus é convocado e reunido, sob a presidência do sacerdote

que representa a pessoa de Cristo, para celebrar a memória do Senhor ou sacrifício eucarístico37. Por isso, a

esta reunião local da santa Igreja aplica-se, de modo eminente, a promessa de Cristo: "Onde dois ou três estão

reunidos no meu nome, eu estou no meio deles" (Mt 18, 20). Pois, na celebração da Missa, em que se perpetua

o sacrifício da cruz38, Cristo está realmente presente tanto na assembléia reunida em seu nome, como na

pessoa do ministro, na sua palavra, e também, de modo substancial e permanente, sob as espécies

eucarísticas39.

28. A Missa consta, por assim dizer, de duas partes, a saber, a liturgia da palavra e a liturgia eucarística,

tão intimamente unidas entre si, que constituem um só ato de culto40. De fato, na Missa se prepara tanto a

mesa da Palavra de Deus como a do Corpo de Cristo, para ensinar e alimentar os fiéis41. Há também alguns

ritos que abrem e encerram a celebração.

II. OS DIVERSOS ELEMENTOS DA MISSA

Leitura e explanação da Palavra de Deus

29. Quando se lêem as Sagradas Escrituras na Igreja, o próprio Deus fala a seu povo, e Cristo, presente em

sua palavra, anuncia o Evangelho.

Por isso todos devem escutar com veneração as leituras da Palavra de Deus, elemento de máxima

importância da Liturgia. Embora a palavra divina contida nas leituras da Sagrada Escritura se dirija a todos os

homens de qualquer época, e seja entendida por eles, a sua mais plena compreensão e eficácia é aumentada

pela exposição viva, isto é, a homilia, que é parte da ação litúrgica42.

Orações e outras partes próprias do sacerdote

30. Entre as partes que competem ao sacerdote ocupa o primeiro lugar a Oração eucarística, cume de toda

a celebração. A seguir, vêm as orações, isto é, a oração do dia (coleta), a oração sobre as oferendas e a oração

depois da Comunhão. O sacerdote, presidindo a comunidade como representante de Cristo, dirige a Deus estas

orações em nome de todo o povo santo e de todos os circunstantes43. É com razão, portanto, que são

chamadas "orações presidenciais".

31. Da mesma forma cabe ao sacerdote, no desempenho da função de presidente da assembléia, proferir

certas admoestações previstas no próprio rito. Quando estiver estabelecido pelas rubricas, o celebrante pode

adaptá-las um pouco para que atendam à compreensão dos participantes; cuide, contudo, o sacerdote de

manter sempre o sentido da exortação proposta no Missal e a expresse em poucas palavras. Cabe ao Sacerdote

presidente também moderar a palavra de Deus e dar a bênção final. Pode, além, disso, com brevíssimas

palavras, introduzir os fiéis na missa do dia, após a saudação inicial e antes do ato penitencial, na liturgia da

palavra, antes das leituras; na Oração eucarística, antes do Prefácio, nunca, porém, dentro da própria Oração;

pode ainda encerrar toda a ação sagrada antes da despedida.

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32. A natureza das partes "presidenciais" exige que sejam proferidas em voz alta e distinta e por todos

atentamente escutadas44. Por isso, enquanto o sacerdote as profere, não haja outras orações nem cantos, e

calem-se o órgão e qualquer outro instrumento.

33. Na verdade, o sacerdote, como presidente, reza em nome da Igreja e de toda a comunidade reunida e,

por vezes, também somente em seu nome para cumprir o seu ministério com atenção e piedade. Estas orações,

propostas antes da proclamação do Evangelho, na preparação das oferendas e antes e depois da Comunhão do

sacerdote, são rezadas em silêncio.

Outras fórmulas que ocorrem na celebração

34. Sendo a celebração da Missa, por sua natureza, de índole "comunitária"45, assumem grande

importância os diálogos entre o sacerdote e os fiéis reunidos, bem como as aclamações46, pois não constituem

apenas sinais externos da celebração comum, mas promovem e realizam a comunhão entre o sacerdote e o

povo.

35. As aclamações e respostas dos fiéis às orações e saudações do sacerdote constituem o grau de

participação ativa que os fiéis congregados, em qualquer forma de Missa, devem realizar, para que se

promova e exprima claramente a ação de toda a comunidade47.

36. Outras partes, muito úteis para manifestar e fomentar a participação ativa dos fiéis e que competem a

toda a assembléia convocada, são principalmente o ato penitencial, a profissão de fé, a oração universal e a

oração do Senhor.

37. Por fim, dentre as outras fórmulas:

a) algumas constituem um rito ou ato independente, como o hino do Glória, o salmo responsorial, o Aleluia e

o versículo antes do Evangelho, o Sanctus, a aclamação da anamnese e o canto depois da Comunhão;

b) algumas, porém, acompanham um rito, tais como o canto da entrada, das oferendas, da fração (Agnus Dei)

e da Comunhão.

Maneiras de proferir os diversos textos

38. Nos textos que o sacerdote, o diácono, o leitor ou toda a assembléia devem proferir em voz alta e

distinta, a voz corresponda ao gênero do próprio texto, conforme se trate de leitura, oração, exortação,

aclamação ou canto; como também à forma de celebração e à solenidade da assembléia. Além disso, levem-se

em conta a índole das diversas línguas e o gênio dos povos.

Nas rubricas, portanto, e nas normas que se seguem, as palavras "dizer" ou "proferir" devem aplicar-se

tanto ao canto como à recitação, observados os princípios acima propostos.

Importância do canto

39. O Apóstolo aconselha os fiéis, que se reúnem em assembléia para aguardar a vinda do Senhor, a

cantarem juntos salmos, hinos e cânticos espirituais (cf. Cl 3, 16), pois o canto constitui um sinal de alegria do

coração (cf. At 2, 46). Por isso, dizia com razão Santo Agostinho: "Cantar é próprio de quem ama"48, e há um

provérbio antigo que afirma: "Quem canta bem, reza duas vezes".

40. Portanto, dê-se grande valor ao uso do canto na celebração da Missa, tendo em vista a índole dos

povos e as possibilidades de cada assembléia litúrgica. Ainda que não seja necessário cantar sempre todos os

textos de per si destinados ao canto, por exemplo nas Missas dos dias de semana, deve-se zelar para que não

falte o canto dos ministros e do povo nas celebrações dos domingos e festas de preceito.

Na escolha das partes que de fato são cantadas, deve-se dar preferência às mais importantes e

sobretudo àquelas que o sacerdote, o diácono, o leitor cantam com respostas do povo; ou então àquelas que o

sacerdote e o povo devem proferir simultaneamente49.

41. Em igualdade de condições, o canto gregoriano ocupa o primeiro lugar, como próprio da Liturgia

romana. Outros gêneros de música sacra, especialmente a polifonia, não são absolutamente excluídos,

contanto que se harmonizem com o espírito da ação litúrgica e favoreçam a participação de todos os fiéis50.

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Uma vez que se realizam sempre mais freqüentemente reuniões internacionais de fiéis, convém que

aprendam a cantar juntos em latim ao menos algumas partes do Ordinário da Missa, principalmente o símbolo

da fé e a oração do Senhor, empregando-se melodias mais simples51.

Gestos e posições do corpo

42. Os gestos e posições do corpo tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do povo devem

contribuir para que toda a celebração resplandeça pelo decoro e nobre simplicidade, se compreenda a

verdadeira e plena significação de suas diversas partes e se favoreça a participação de todos52. Deve-se, pois,

atender às diretrizes desta Instrução geral e da prática tradicional do Rito romano e a tudo que possa contribuir

para o bem comum espiritual do povo de Deus, de preferência ao próprio gosto ou arbítrio.

A posição comum do corpo, que todos os participantes devem observar é sinal da unidade dos

membros da comunidade cristã, reunidos para a sagrada Liturgia, pois exprime e estimula os pensamentos e os

sentimentos dos participantes.

43. Os fiéis permaneçam de pé, do início do canto da entrada, ou enquanto o sacerdote se aproxima do

altar, até a oração do dia inclusive; ao canto do Aleluia antes do Evangelho; durante a proclamação do

Evangelho; durante a profissão de fé e a oração universal; e do convite Orai, irmãos antes da oração sobre as

oferendas até o fim da Missa, exceto nas partes citadas em seguida.

Sentem-se durante as leituras antes do Evangelho e durante o salmo responsorial; durante a homilia e

durante a preparação das oferendas; e, se for conveniente, enquanto se observa o silêncio sagrado após a

Comunhão.

Ajoelhem-se, porém, durante da consagração, a não ser que, por motivo de saúde ou falta de espaço ou

o grande número de presentes ou outras causas razoáveis não o permitam. Contudo, aqueles que não se

ajoelham na consagração, façam inclinação profunda enquanto o sacerdote faz genuflexão após a consagração.

Compete, porém, à Conferência dos Bispos adaptar, segundo as normas do direito, à índole e às

legitimas tradições dos povos, os gestos e posições do corpo descritos no Ordinário da Missa53. Cuide-se,

contudo, que correspondam ao sentido e à índole de cada parte da celebração. Onde for costume o povo

permanecer de joelhos do fim da aclamação do Santo até ao final da Oração eucarística e antes da Comunhão

quando o sacerdote diz Eis o Cordeiro de Deus, é louvável que ele seja mantido.

Para se obter a uniformidade nos gestos e posições do corpo numa mesma celebração, obedeçam os

fiéis aos avisos dados pelo diácono, por um ministro leigo ou pelo sacerdote, de acordo com o que vem

estabelecido no Missal.

44. Entre os gestos incluem-se também as ações e as procissões realizadas pelo sacerdote com o diácono e

os ministros ao se aproximarem do altar; pelo diácono antes da proclamação do Evangelho ou ao levar o Livro

dos evangelhos ao ambão; dos fiéis, ao levarem os dons e enquanto se aproximam da Comunhão. Convém que

tais ações e procissões sejam realizadas com dignidade, enquanto se executam cantos apropriados, segundo as

normas estabelecidas para cada uma.

O silêncio

45. Oportunamente, como parte da celebração deve-se observar o silêncio sagrado54. A sua natureza

depende do momento em que ocorre em cada celebração. Assim, no ato penitencial e após o convite à oração,

cada fiel se recolhe; após uma leitura ou a homilia, meditam brevemente o que ouviram; após a comunhão,

enfim, louvam e rezam a Deus no íntimo do coração.

Convém que já antes da própria celebração se conserve o silêncio na igreja, na sacristia, na secretaria e

mesmo nos lugares mais próximos, para que todos se disponham devota e devidamente para realizarem os

sagrados mistérios.

III. AS PARTES DA MISSA

A) RITOS INICIAIS

46. Os ritos que precedem a liturgia da palavra, isto é, entrada, saudação, ato penitencial, Kýrie, Glória e

oração do dia, têm o caráter de exórdio, introdução e preparação.

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Sua finalidade é fazer com que os fiéis, reunindo-se em assembléia, constituam uma comunhão e se

disponham para ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia.

Em certas celebrações que, de acordo com as normas dos livros litúrgicos se ligam com a Missa,

omitem-se os ritos iniciais ou são realizados de um modo próprio.

Entrada

47. Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com o diácono e os ministros, começa o canto da entrada.

A finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir no mistério do

tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros.

48. O canto é executado alternadamente pelo grupo de cantores e pelo povo, ou pelo cantor e pelo povo,

ou só pelo grupo de cantores. Pode-se usar a antífona com seu salmo, do Gradual romano ou do Gradual

simples, ou então outro canto condizente com a ação sagrada55 e com a índole do dia ou do tempo, cujo texto

tenha sido aprovado pela Conferência dos Bispos.

Não havendo canto à entrada, a antífona proposta no Missal é recitada pelos fiéis, ou por alguns deles,

ou pelo leitor; ou então, pelo próprio sacerdote, que também pode adaptá-la a modo de exortação inicial (cf. n.

31).

Saudação ao altar e ao povo reunido

49. Chegando ao presbitério, o sacerdote, o diácono e os ministros saúdam o altar com uma inclinação

profunda.

Em seguida, em sinal de veneração o sacerdote e o diácono beijam o altar; e o sacerdote, se for

oportuno, incensa a cruz e o altar.

50. Executado o canto da entrada, o sacerdote, de pé junto à cadeira, junto com toda a assembléia faz o

sinal da cruz; a seguir, pela saudação, expressa à comunidade reunida a presença do Senhor. Esta saudação e a

resposta do povo exprimem o mistério da Igreja reunida.

Feita a saudação do povo, o sacerdote, o diácono, ou um ministro leigo, pode com brevíssimas

palavras introduzir os fiéis na Missa do dia.

Ato penitencial

51. Em seguida, o sacerdote convida para o ato penitencial, que após breve pausa de silêncio, é realizado

por toda a assembléia através de uma fórmula de confissão geral, e concluído pela absolvição do sacerdote,

absolvição que, contudo, não possui a eficácia do sacramento da penitência.

Aos domingos, particularmente, no tempo pascal, em lugar do ato penitencial de costume, pode-se

fazer, por vezes, a bênção e aspersão da água em recordação do batismo56.

Senhor, tende piedade

52. Depois do ato penitencial inicia-se sempre o Senhor, tende piedade, a não ser que já tenha sido rezado

no próprio ato penitencial. Tratando-se de um canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua

misericórdia, é executado normalmente por todos, tomando parte nele o povo e o grupo de cantores ou o

cantor.

Via de regra, cada aclamação é repetida duas vezes, não se excluindo, porém, um número maior de

repetições por causa da índole das diversas línguas, da música ou das circunstâncias. Quando o Senhor é

cantado como parte do ato penitencial, antepõe-se a cada aclamação uma "invocação"("tropo").

Glória a Deus nas alturas

53. O Glória é um hino antiqüíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no Espírito Santo,

glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro. O texto deste hino não pode ser substituído por outro. Entoado

pelo sacerdote ou, se for o caso, pelo cantor ou o grupo de cantores, é cantado por toda a assembléia, ou pelo

povo que o alterna com o grupo de cantores ou pelo próprio grupo de cantores. Se não for cantado, deve ser

recitado por todos juntos ou por dois coros dialogando entre si.

É cantado ou recitado aos domingos, exceto no tempo do Advento e da Quaresma, nas solenidades e

festas e ainda em celebrações especiais mais solenes.

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Oração do dia (coleta)

54. A seguir, o sacerdote convida o povo a rezar; todos se conservam em silêncio com o sacerdote por

alguns instantes, tomando consciência de que estão na presença de Deus e formulando interiormente os seus

pedidos. Depois o sacerdote diz a oração que se costuma chamar "coleta", pela qual se exprime a índole da

celebração. Conforme antiga tradição da Igreja, a oração costuma ser dirigida a Deus Pai, por Cristo, no

Espírito Santo57 e por uma conclusão trinitária, isto é com uma conclusão mais longa, do seguinte modo:

- quando se dirige ao Pai: Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo;

- quando se dirige ao Pai, mas no fim menciona o Filho: Que convosco vive e reina, na unidade do

Espírito Santo;

- quando se dirige ao Filho: Vós, que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.

O povo, unindo-se à súplica, faz sua a oração pela aclamação Amém.

Na Missa sempre se diz uma única oração do dia.

B) LITURGIA DA PALAVRA

55. A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura e pelos cantos

que ocorrem entre elas, sendo desenvolvida e concluída pela homilia, a profissão de fé e a oração universal ou

dos fiéis. Pois nas leituras explanadas pela homilia Deus fala ao seu povo58, revela o mistério da redenção e

da salvação, e oferece alimento espiritual; e o próprio Cristo, por sua palavra, se acha presente no meio dos

fiéis59. Pelo silêncio e pelos cantos o povo se apropria dessa palavra de Deus e a ela adere pela profissão de

fé; alimentado por essa palavra, reza na oração universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação

do mundo inteiro.

O silêncio

56. A liturgia da palavra deve ser celebrada de tal modo que favoreça a meditação; por isso deve ser de

todo evitada qualquer pressa que impeça o recolhimento. Integram-na também breves momentos de silêncio,

de acordo com a assembléia reunida, pelos quais, sob a ação do Espírito Santo, se acolhe no coração a Palavra

de Deus e se prepara a resposta pela oração. Convém que tais momentos de silêncio sejam observados, por

exemplo, antes de se iniciar a própria liturgia da palavra, após a primeira e a segunda leitura, como também

após o término da homilia60.

Leituras bíblicas

57. Mediante as leituras é preparada para os fiéis a mesa da palavra de Deus e abrem-se para eles os

tesouros da Bíblia61. Por isso, é melhor conservar a disposição das leituras bíblicas pela qual se manifesta a

unidade dos dois Testamentos e da história da salvação; nem é permitido trocar as leituras e o salmo

responsorial, constituídos da palavra de Deus, por outros textos não bíblicos62.

58. Na celebração da Missa com povo, as leituras são sempre proferidas do ambão.

59. Por tradição, o ofício de proferir as leituras não é função presidencial, mas ministerial. As leituras

sejam pois proclamadas pelo leitor, o Evangelho seja anunciado pelo diácono ou, na sua ausência, por outro

sacerdote. Na falta, porém, do diácono ou de outro sacerdote, o próprio sacerdote celebrante leia o Evangelho;

igualmente, na falta de outro leitor idôneo, o sacerdote celebrante proferirá também as demais leituras.

Depois de cada leitura, quem a leu profere a aclamação; por sua resposta, o povo reunido presta honra

à palavra de Deus, acolhida com fé e de ânimo agradecido.

60. A leitura do Evangelho constitui o ponto alto da liturgia da palavra. A própria Liturgia ensina que se

lhe deve manifestar a maior veneração, uma vez que a cerca mais do que as outras, de honra especial, tanto

por parte do ministro delegado para anunciá-la, que se prepara pela bênção ou oração; como por parte dos fiéis

que pelas aclamações reconhecem e professam que o Cristo está presente e lhes fala, e que ouvem de pé a

leitura; ou ainda pelos sinais de veneração prestados ao Evangeliário.

Salmo responsorial

61. À primeira leitura segue-se o salmo responsorial, que é parte integrante da liturgia da palavra,

oferecendo uma grande importância litúrgica e pastoral, por favorecer a meditação da palavra de Deus.

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O Salmo responsorial deve responder a cada leitura e normalmente será tomado do lecionário.

De preferência, o salmo responsorial será cantado, ao menos no que se refere ao refrão do povo.

Assim, o salmista ou cantor do salmo, do ambão ou outro lugar adequado profere os versículos do salmo,

enquanto toda a assembléia escuta sentada, geralmente participando pelo refrão, a não ser que o salmo seja

proferido de modo contínuo, isto é, sem refrão. Mas, para que o povo possa mais facilmente recitar o refrão

salmódico, foram escolhidos alguns textos de refrões e de salmos para os diversos tempos do ano e as várias

categorias de Santos, que poderão ser empregados em lugar do texto correspondente à leitura, sempre que o

salmo é cantado. Se o salmo não puder ser cantado, seja recitado do modo mais apto para favorecer a

meditação da palavra de Deus.

Em lugar do salmo proposto no lecionário pode-se cantar também um responsório gradual do Gradual

romano ou um salmo responsorial ou aleluiático do Gradual Simples, como se encontram nesses livros.

Aclamação antes da proclamação do Evangelho

62. Após a leitura que antecede imediatamente o Evangelho, canta-se o Aleluia ou outro canto

estabelecido pelas rubricas, conforme exigir o tempo litúrgico. Tal aclamação constitui um rito ou ação por si

mesma, através do qual a assembléia dos fiéis acolhe o Senhor que lhe vai falar no Evangelho, saúda-o e

professa sua fé pelo canto. É cantado por todos, de pé, primeiramente pelo grupo de cantores ou cantor, sendo

repetido, se for o caso; o versículo, porém, é cantado pelo grupo de cantores ou cantor.

a) O Aleluia é cantado em todo o tempo, exceto na Quaresma. O Versículo é tomado do lecionário ou

do Gradual.

b) No Tempo da Quaresma, no lugar do Aleluia, canta-se o versículo antes do Evangelho proposto no

lecionário. Pode-se cantar também um segundo salmo ou trato, como se encontra no Gradual.

63. Havendo apenas uma leitura antes do Evangelho:

a) no tempo em que se diz o Aleluia, pode haver um salmo aleluiático, ou um salmo e o Aleluia com

seu versículo;

b) no tempo em que não se diz o Aleluia, pode haver um salmo e o versículo antes do Evangelho ou somente o

salmo;

c) O Aleluia ou o versículo antes do Evangelho podem ser omitidos quando não são cantados.

64. A seqüência que, exceto nos dias da Páscoa e de Pentecostes, é facultativa, é cantada antes do Aleluia.

Homilia

65. A homilia é uma parte da liturgia e vivamente recomendada63, sendo indispensável para nutrir a vida

cristã. Convém que seja uma explicação de algum aspecto das leituras da Sagrada Escritura ou de outro texto

do Ordinário ou do Próprio da Missa do dia, levando em conta tanto o mistério celebrado, como as

necessidades particulares dos ouvintes64.

66. A homilia, via de regra é proferida pelo próprio sacerdote celebrante ou é por ele delegada a um

sacerdote concelebrante ou, ocasionalmente, a um diácono, nunca, porém, a um leigo65. Em casos especiais e

por motivo razoável a homilia também pode ser feita pelo Bispo ou presbítero que participa da celebração sem

que possa concelebrar.

Aos domingos e festas de preceito haja homilia, não podendo ser omitida a não ser por motivo grave,

em todas as Missas celebradas com participação do povo; também é recomendada nos outros dias, sobretudo

nos dias de semana do Avento, Quaresma e Tempo pascal, como ainda em outras festas e ocasiões em que o

povo acorre à igreja em maior número66.

Após a homilia convém observar um breve tempo de silêncio.

Profissão de fé

67. O símbolo ou profissão de fé tem por objetivo levar todo o povo reunido a responder à palavra de Deus

anunciada da sagrada Escritura e explicado pela homilia, bem como, proclamando a regra da fé através de

fórmula aprovada para o uso litúrgico, recordar e professar os grandes mistérios da fé, antes de iniciar sua

celebração na Eucaristia.

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68. O símbolo deve ser cantado ou recitado pelo sacerdote com o povo aos domingos e solenidades; pode-

se também dizer em celebrações especiais de caráter mais solene.

Quando cantado, é entoado pelo sacerdote ou, se for oportuno, pelo cantor ou pelo grupo de cantores; é

cantado por todo o povo junto, ou pelo povo alternando com o grupo de cantores.

Se não for cantado, será recitado por todos juntos, ou por dois coros alternando entre si.

Oração universal

69. Na oração universal ou oração dos fiéis, o povo responde de certo modo à palavra de Deus acolhida na

fé e exercendo a sua função sacerdotal, eleva preces a Deus pela salvação de todos. Convém que normalmente

se faça esta oração nas Missas com o povo, de tal sorte que se reze pela Santa Igreja, pelos governantes, pelos

que sofrem necessidades, por todos os seres humanos e pela salvação do mundo inteiro67.

70. Normalmente serão estas as séries de intenções:

a) pelas necessidades da Igreja;

b) pelos poderes públicos e pela salvação de todo o mundo;

c) pelos que sofrem qualquer dificuldade;

d) pela comunidade local.

No entanto, em alguma celebração especial, tal como Confirmação, Matrimônio, Exéquias, as

intenções podem referir-se mais estreitamente àquelas circunstâncias.

71. Cabe ao sacerdote celebrante, de sua cadeira, dirigir a oração. Ele a introduz com breve exortação,

convidando os fiéis a rezarem e depois a conclui. As intenções propostas sejam sóbrias, compostas por sábia

liberdade e breves palavras e expressem a oração de toda a comunidade.

As intenções são proferidas, do ambão ou de outro lugar apropriado, pelo diácono, pelo cantor, pelo

leitor ou por um fiel leigo68.

O povo, de pé, exprime a sua súplica, seja por uma invocação comum após as intenções proferidas,

seja por uma oração em silêncio.

C) LITURGIA EUCARÍSTICA

72. Na última Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e a ceia pascal, que tornam continuamente presente na

Igreja o sacrifício da cruz, quando o sacerdote, represente do Cristo Senhor, realiza aquilo mesmo que o

Senhor fez e entregou aos discípulos para que o fizessem em sua memória69.

Cristo, na verdade, tomou o pão e o cálice, deu graças, partiu o pão e deu-o a seus discípulos dizendo:

Tomai, comei, bebei; isto é o meu Corpo; este é o cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória de mim. Por

isso a Igreja dispôs toda a celebração da liturgia eucarística em partes que correspondem às palavras e gestos

de Cristo. De fato:

1) Na preparação dos dons levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, aqueles elementos que

Cristo tomou em suas mãos.

2) Na Oração eucarística rendem-se graças a Deus por toda a obra da salvação e as oferendas tornam-

se Corpo e Sangue de Cristo.

3) Pela fração do pão e pela Comunhão os fiéis, embora muitos, recebem o Corpo e o Sangue do

Senhor de um só pão e de um só cálice, do mesmo modo como os Apóstolos, das mãos do próprio Cristo.

Preparação dos dons

73. No início da liturgia eucarística são levadas ao altar as oferendas que se converterão no Corpo e

Sangue de Cristo.

Primeiramente prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro de toda a liturgia eucarística70,

colocando-se nele o corporal, o purificatório, o missal e o cálice, a não ser que se prepare na credência.

A seguir, trazem-se as oferendas. É louvável que os fiéis apresentem o pão e o vinho que o sacerdote

ou o diácono recebem em lugar adequado para serem levados ao altar. Embora os fiéis já não tragam de casa,

como outrora, o pão e o vinho destinados à liturgia, o rito de levá-los ao altar conserva a mesma força e

significado espiritual.

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Também são recebidos o dinheiro ou outros donativos oferecidos pelos fiéis para os pobres ou para a

igreja, ou recolhidos no recinto dela; serão, no entanto, colocados em lugar conveniente, fora da mesa

eucarística.

74. O canto do ofertório acompanha a procissão das oferendas (cf. n. 37, b) e se prolonga pelo menos até

que os dons tenham sido colocados sobre o altar. As normas relativas ao modo de cantar são as mesmas que

para o canto da entrada (cf. n. 48). O canto pode sempre fazer parte dos ritos das oferendas, mesmo sem a

procissão dos dons.

75. O pão e o vinho são depositados sobre o altar pelo sacerdote, proferindo as fórmulas estabelecidas; o

sacerdote pode incensar as oferendas colocadas sobre o altar e, em seguida, a cruz e o próprio altar, para

simbolizar que a oferta da Igreja e sua oração sobem, qual incenso, à presença de Deus. Em seguida, também

o sacerdote, por causa do ministério sagrado e o povo, em razão da dignidade batismal, podem ser incensados

pelo diácono ou por outro ministro.

76. Em seguida, o sacerdote lava as mãos, ao lado do altar, exprimindo por esse rito o seu desejo de

purificação interior.

Oração sobre as oferendas

77. Depositadas as oferendas sobre o altar e terminados os ritos que as acompanham, conclui-se a

preparação dos dons e prepara-se a Oração eucarística com o convite aos fiéis a rezarem com o sacerdote, e

com a oração sobre as oferendas.

Na Missa se diz uma só oração sobre as oferendas, que termina com a conclusão mais breve, isto é: Por Cristo,

nosso Senhor; se, no fim, se fizer menção do Filho, a conclusão será: Que vive e reina para sempre.

O povo, unindo-se à oração, a faz sua pela aclamação Amém.

Oração eucarística

78. Inicia-se agora a Oração eucarística, centro e ápice de toda a celebração, prece de ação de graças e

santificação. O sacerdote convida o povo a elevar os corações ao Senhor na oração e ação de graças e o

associa à prece que dirige a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo, em nome de toda a comunidade. O

sentido desta oração é que toda a assembléia se una com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na

oblação do sacrifício. A oração eucarística exige que todos a ouçam respeitosamente e em silêncio.

79. Podem distinguir-se do seguinte modo os principais elementos que compõem a Oração eucarística:

a) Ação de graças (expressa principalmente no Prefácio) em que o sacerdote, em nome de todo o povo

santo, glorifica a Deus e lhe rende graças por toda a obra da salvação ou por um dos seus aspectos, de acordo

com o dia, a festividade ou o tempo.

b) A aclamação pela qual toda a assembléia, unindo-se aos espíritos celestes canta o Santo. Esta

aclamação, parte da própria Oração eucarística, é proferida por todo o povo com o sacerdote.

c) A epiclese, na qual a Igreja implora por meio de invocações especiais a força do Espírito Santo para

que os dons oferecidos pelo ser humano sejam consagrados, isto é, se tornem o Corpo e Sangue de Cristo, e

que a hóstia imaculada se torne a salvação daqueles que vão recebê-la em Comunhão.

d) A narrativa da instituição e consagração, quando pelas palavras e ações de Cristo se realiza o

sacrifício que ele instituiu na última Ceia, ao oferecer o seu Corpo e Sangue sob as espécies de pão e vinha, e

entregá-los aos apóstolos como comida e bebida, dando-lhes a ordem de perpetuar este mistério.

e) A anamnese, pela qual, cumprindo a ordem recebida do Cristo Senhor através dos Apóstolos, a

Igreja faz a memória do próprio Cristo, relembrando principalmente a sua bem-aventurada paixão, a gloriosa

ressurreição e a ascensão aos céus.

f) A oblação, pela qual a Igreja, em particular a assembléia atualmente reunida, realizando esta

memória, oferece ao Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada; ela deseja, porém, que os fiéis não apenas

ofereçam a hóstia imaculada, mas aprendam a oferecer-se a si próprios71, e se aperfeiçoem, cada vez mais,

pela mediação do Cristo, na união com Deus e com o próximo, para que finalmente Deus seja tudo em

todos72.

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g) As intercessões, pelas quais se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a

Igreja, tanto celeste como terrestre, que a oblação é feita por ela e por todos os seus membros vivos e

defuntos, que foram chamados a participar da redenção e da salvação obtidas pelo Corpo e Sangue de Cristo.

h) A doxologia final que exprime a glorificação de Deus, e é confirmada e concluída pela aclamação

Amém do povo.

Ritos da Comunhão

80. Sendo a celebração eucarística a ceia pascal, convém que, segundo a ordem do Senhor, o seu Corpo e

Sangue sejam recebidos como alimento espiritual pelos fiéis devidamente preparados. Esta é a finalidade da

fração do pão e os outros ritos preparatórios, pelos quais os fiéis são imediatamente encaminhados à

Comunhão.

A Oração do Senhor

81. Na Oração do Senhor pede-se o pão de cada dia, que lembra para os cristãos antes de tudo o pão

eucarístico, e pede-se a purificação dos pecados, a fim de que as coisas santas sejam verdadeiramente dadas

aos santos. O sacerdote profere o convite, todos os fiéis recitam a oração com o sacerdote, e o sacerdote

acrescenta sozinho o embolismo, que o povo encerra com a doxologia. Desenvolvendo o último pedido do

Pai-nosso, o embolismo suplica que toda a comunidade dos fiéis seja libertada do poder do mal.

O convite, a própria oração, o embolismo e a doxologia com que o povo encerra o rito são cantados ou

proferidos em voz alta.

Rito da paz

82. Segue-se o rito da paz no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si mesma e para toda a família

humana e os fiéis se exprimem a comunhão eclesial e a mútua caridade, antes de comungar do Sacramento.

Quanto ao próprio sinal de transmissão da paz, seja estabelecido pelas Conferências dos Bispos, de

acordo com a índole e os costumes dos povos, o modo de realizá-lo*.

Convém, no entanto, que cada qual expresse a paz de maneira sóbria apenas aos que lhe estão mais

próximos.

Fração do pão

83. O sacerdote parte o pão eucarístico, ajudado, se for o caso, pelo diácono ou um concelebrante. O gesto

da fração realizado por Cristo na última ceia, que no tempo apostólico deu o nome a toda a ação eucarística,

significa que muitos fiéis pela Comunhão no único pão da vida, que é o Cristo, morto e ressuscitado pela

salvação do mundo, formam um só corpo ( 1Cor 10, 17). A fração se inicia terminada a transmissão da paz, e

é realizada com a devida reverência, contudo, de modo que não se prolongue desnecessariamente nem seja

considerada de excessiva importância. Este rito é reservado ao sacerdote e ao diácono.

O sacerdote faz a fração do pão e coloca uma parte da hóstia no cálice, para significar a unidade do

Corpo e do Sangue do Senhor na obra da salvação, ou seja, do Corpo vivente e glorioso de Cristo Jesus. O

grupo dos cantores ou o cantor ordinariamente canta ou, ao menos, diz em voz alta, a súplica Cordeiro de

Deus, à qual o povo responde. A invocação acompanha a fração do pão; por isso, pode-se repetir quantas

vezes for necessário até o final do rito. A última vez conclui-se com as palavras dai-nos a paz.

Comunhão

84. O sacerdote prepara-se por uma oração em silêncio para receber frutuosamente o Corpo e Sangue de

Cristo. Os fiéis fazem o mesmo, rezando em silêncio.

A seguir, o sacerdote mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice e convida-os

ao banquete de Cristo; e, unindo-se aos fiéis, faz um ato de humildade, usando as palavras prescritas do

Evangelho.

85. É muito recomendável que os fiéis, como também o próprio sacerdote deve fazer, recebam o Corpo do

Senhor em hóstias consagradas na mesma Missa e participem do cálice nos casos previstos (cf. n. 283), para

que, também através dos sinais, a Comunhão se manifeste mais claramente como participação no sacrifício

celebrado atualmente73.

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86. Enquanto o sacerdote recebe o Sacramento, entoa-se o canto da comunhão que exprime, pela unidade

das vozes, a união espiritual dos comungantes, demonstra a alegria dos corações e realça mais a índole

"comunitária" da procissão para receber a Eucaristia. O canto prolonga-se enquanto se ministra a Comunhão

aos fiéis74. Havendo, porém, um hino após a Comunhão, encerre-se em tempo o canto da Comunhão.

Haja o cuidado para que também os cantores possam comungar com facilidade.

87. Para o canto da comunhão pode-se tomar a antífona do Gradual romano, com ou sem o salmo, a

antífona com o salmo do Gradual Simples ou outro canto adequado, aprovado pela Conferência dos Bispos. O

canto é executado só pelo grupo dos cantores ou pelo grupo dos cantores ou cantor com o povo.

Não havendo canto, a antífona proposta no Missal pode ser recitada pelos fiéis, por alguns dentre eles

ou pelo leitor, ou então pelo próprio sacerdote, depois de ter comungado, antes de distribuir a Comunhão aos

fiéis.

88. Terminada a distribuição da Comunhão, ser for oportuno, o sacerdote e os fiéis oram por algum tempo

em silêncio. Se desejar, toda a assembléia pode entoar ainda um salmo ou outro canto de louvor ou hino.

89. Para completar a oração do povo de Deus e encerrar todo o rito da Comunhão, o sacerdote profere a

oração depois da Comunhão, em que implora os frutos do mistério celebrado.

Na Missa se diz uma só oração depois da Comunhão, que termina com a conclusão mais breve, ou

seja:

- se for dirigida ao Pai: Por Cristo, nosso Senhor;

- se for dirigida ao Pai, mas no fim se fizer menção do Filho: Que vive e reina para sempre;

se for dirigida ao Filho: Que viveis e reinais para sempre.

O povo pela aclamação Amém faz sua a oração.

D) RITOS DE ENCERRAMENTO

90. Aos ritos de encerramento pertencem:

a) breves comunicações, se forem necessárias;

b) saudação e bênção do sacerdote, que em certos dias e ocasiões é enriquecida e expressa pela oração

sobre o povo, ou por outra fórmula mais solene;

c) despedida do povo pelo diácono ou pelo sacerdote, para que cada qual retorne às suas boas obras,

louvando e bendizendo a Deus;

d) o beijo ao altar pelo sacerdote e o diácono e, em seguida, a inclinação profunda ao altar pelo

sacerdote, o diácono e os outros ministros.

CAPÍTULO III

FUNÇÕES E MINISTÉRIOS NA MISSA

91. A Celebração eucarística constitui uma ação de Cristo e da Igreja, isto é, o povo santo, unido e

ordenado sob a direção do Bispo. Por isso, pertence a todo o Corpo da Igreja e o manifesta e afeta; mas atinge

a cada um dos seus membros de modo diferente, conforme a diversidade de ordens, ofícios e da participação

atual75. Desta forma, o povo cristão, "geração escolhida, sacerdócio real, gente santa, povo de conquista",

manifesta sua organização coerente e hierárquica76. Todos, portanto, quer ministros ordenados, quer fiéis

leigos, exercendo suas funções e ministérios, façam tudo e só aquilo que lhes compete77.

I. FUNÇÕES DE ORDEM SACRA

92. Toda celebração legítima da Eucaristia é dirigida pelo Bispo, pessoalmente ou através dos presbíteros,

seus auxiliares78.

Quando o Bispo está presente à Missa com afluência do povo, é de máxima conveniência que ele

celebre a Eucaristia e associe a si os presbíteros na sagrada ação como concelebrantes. Isto se faz, não para

aumentar a solenidade exterior do rito, mas para manifestar mais claramente o mistério da Igreja, "sacramento

da unidade"79.

Se o Bispo não celebra a Eucaristia, mas delega outro para fazê-lo, convém que ele próprio, de cruz

peitoral, de estola e revestido do pluvial sobre a alva, presida a liturgia da palavra, e no fim da Missa, dê a

bênção80.

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93. O presbítero, que na Igreja tem o poder sagrado da Ordem para oferecer o sacrifício em nome de

Cristo81, também está à frente do povo fiel reunido, preside à sua oração, anuncia-lhe a mensagem da

salvação, associa a si o povo no oferecimento do sacrifício a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo, dá aos

seus irmãos o pão da vida eterna e participa com eles do mesmo alimento. Portanto, quando celebra a

Eucaristia, ele deve servir a Deus e ao povo com dignidade e humildade, e, pelo seu modo de agir e proferir as

palavras divinas, sugerir aos fiéis uma presença viva de Cristo.

94. Depois do presbítero, o diácono, em virtude da sagrada ordenação recebida, ocupa o primeiro lugar

entre aqueles que servem na celebração eucarística. A sagrada Ordem do diaconado, realmente, foi tida em

grande apreço na Igreja já desde os inícios da era apostólica82. Na Missa, o diácono tem partes próprias no

anúncio do Evangelho e, por vezes, na pregação da palavra de Deus, na proclamação das intenções da oração

universal, servindo o sacerdote na preparação do altar e na celebração do sacrifício, na distribuição da

Eucaristia aos fiéis, sobretudo sob a espécie do vinho e, por vezes, na orientação do povo quanto aos gestos e

posições do corpo.

II. FUNÇÕES DO POVO DE DEUS

95. Na celebração da Missa os fiéis constituem o povo santo, o povo adquirido e o sacerdócio régio, para

dar graças a Deus e oferecer o sacrifício perfeito, não apenas pelas mãos do sacerdote, mas também

juntamente com ele, e aprender a oferecer-se a si próprios83. Esforcem-se, pois, por manifestar isto através de

um profundo senso religioso e da caridade para com os irmãos que participam da mesma celebração.

Por isso, evitem qualquer tipo de individualismo ou divisão, considerando sempre que todos têm um

único Pai nos céus e, por este motivo, são todos irmãos entre si.

96. Formem um único corpo, seja ouvindo a palavra de Deus, seja tomando parte nas orações e no canto,

ou sobretudo na oblação comum do sacrifício e na comum participação da mesa do Senhor. Tal unidade se

manifesta muito bem quando todos os fiéis realizam em comum os mesmos gestos e assumem as mesmas

atitudes externas.

97. Os fiéis não se recusem a servir com alegria ao povo de Deus, sempre que solicitados para algum

ministério particular ou função na celebração.

III. MINISTÉRIOS PARTICULARES

O ministério do acólito e do leitor instituídos

98. O acólito é instituído para o serviço do altar e auxiliar o sacerdote e o diácono. Compete-lhe

principalmente preparar o altar e os vasos sagrados, e, se necessário, distribuir aos fiéis a Eucaristia, da qual é

ministro extraordinário84.

No ministério do altar, o acólito possui partes próprias (cf. n. 187-193) que ele mesmo deve exercer.

99. O leitor é instituído para proferir as leituras da sagrada Escritura, exceto o Evangelho. Pode igualmente

propor as intenções para a oração universal, e faltando o salmista, proferir o salmo entre as leituras.

Na celebração eucarística, o leitor tem uma função própria (cf. n. 194-198), que ele mesmo deve

exercer.

As demais funções

100. Não havendo acólito instituído, podem ser delegados ministros leigos para o serviço do altar e ajuda ao

sacerdote e ao diácono, que levem a cruz, as velas, o turíbulo, o pão, o vinho e a água, ou também sejam

delegados como ministros extraordinários para a distribuição da sagrada Comunhão85.

101. Na falta de leitor instituído, sejam delegados outros leigos, realmente capazes de exercerem esta

função e cuidadosamente preparados, para proferir as leituras da Sagrada Escritura, para que os fiéis, ao

ouvirem as leituras divinas, concebam no coração um suave e vivo afeto pela Sagrada Escritura86.

102. Compete ao salmista proclamar o salmo ou outro cântico bíblico colocado entre as leituras. Para bem

exercer a sua função é necessário que o salmista saiba salmodiar e tenha boa pronúncia e dicção.

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103. Entre os fiéis, exerce sua função litúrgica o grupo dos cantores ou coral. Cabe-lhe executar as partes

que lhe são próprias, conforme os diversos gêneros de cantos, e promover a ativa participação dos fiéis no

canto87. O que se diz do grupo de cantores vale também, com as devidas ressalvas, para os outros músicos,

sobretudo para o organista.

104. Convém que haja um cantor ou regente de coro para dirigir e sustentar o canto do povo. Mesmo não

havendo um grupo de cantores, compete ao cantor dirigir os diversos cantos, com a devida participação do

povo88.

105. Exercem também uma função litúrgica:

a) O sacristão, que dispõe com cuidado os livros litúrgicos, os paramentos e outras coisas necessárias

na celebração da Missa.

b) O comentarista, que, oportunamente, dirige aos fiéis breves explicações e exortações, visando a

introduzi-los na celebração e dispô-los para entendê-la melhor. Convém que as exortações do comentarista

sejam cuidadosamente preparadas, sóbrias e claras. Ao desempenhar sua função, o comentarista fica em pé em

lugar adequado voltado para os fiéis, não, porém, no ambão.

c) Os que fazem as coletas na igreja.

d) Os que, em certas regiões, acolhem os fiéis às portas da igreja e os levam aos seus lugares e

organizam as suas procissões.

106. É conveniente, ao menos nas igrejas catedrais e outras igrejas maiores, que haja algum ministro

competente ou mestre de cerimônias, a fim de que as ações sagradas sejam devidamente organizadas e

exercidas com decoro, ordem e piedade pelos ministros sagrados e os fiéis leigos.

107. As funções litúrgicas, que não são próprias do sacerdote ou do diácono e das quais se trata acima (n.

100-106), podem ser confiadas também pelo pároco ou reitor da igreja a leigos idôneos89 com bênção

litúrgica ou designação temporária. Quanto à função de servir ao sacerdote junto ao altar, observem-se as

normas dadas pelo Bispo para sua diocese.

IV. A DISTRIBUIÇÃO DAS FUNÇÕES E A PREPARAÇÃO DA CELEBRAÇÃO

108. Um e o mesmo sacerdote deve exercer a função presidencial sempre em todas as suas partes, com

exceção daquelas que são próprias da Missa com a presença do Bispo (cf. acima, n. 92).

109. Achando-se presentes várias pessoas aptas a exercerem o mesmo ministério, nada impede que

distribuam entre si e exerçam as diversas partes do mesmo ministério ou ofício. Por exemplo, um diácono

pode ser destinado a proferir as partes cantadas e outro, ao ministério do altar; havendo várias leituras, é bom

que sejam distribuídas entre diversos leitores; e assim por diante. Mas não convém de modo algum que várias

pessoas dividam entre si um único elemento da celebração, por exemplo, a mesma leitura feita por dois, um

após o outro, a não ser se trate da Paixão do Senhor.

110. Se na Missa com o povo houver apenas um ministro, ele mesmo exerça diversas funções.

111. A preparação prática de cada celebração litúrgica, com espírito dócil e diligente, de acordo com o

Missal e outros livros litúrgicos, seja feita de comum acordo por todos aqueles a quem diz respeito, seja

quanto aos ritos, seja quanto ao aspecto pastoral e musical, sob a direção do reitor da igreja e ouvidos também

os fiéis naquilo que diretamente lhes concerne. Contudo, ao sacerdote que preside a celebração, fica sempre o

direito de dispor sobre aqueles elementos que lhe competem90.

CAPÍTULO IV

AS DIVERSAS FORMAS DE CELEBRAÇÃO DA MISSA

112. Na Igreja local deve-se dar o primeiro lugar, por causa de sua significação, à Missa presidida pelo

Bispo, cercado de seu presbitério, diáconos e ministros leigos91, e na qual o povo santo de Deus participa

plena e ativamente, visto que aí se dá a principal manifestação da Igreja.

Na Missa celebrada pelo Bispo, ou à qual ele se faz presente sem que celebre a Eucaristia, observem-se

as normas que se encontram no Cerimonial dos Bispos92.

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113. Dê-se igualmente grande valor à Missa celebrada com uma comunidade, sobretudo a paroquial, uma

vez que esta representa a Igreja universal, em determinado tempo e lugar, principalmente quando se trata da

celebração comunitária do dia do Senhor93.

114. Entre as Missas celebradas em certas comunidades, possui dignidade particular a Missa conventual,

que faz parte do Ofício cotidiano, ou a Missa chamada "da comunidade". Embora estas Missas nada tenham

de especial em sua celebração, é de suma conveniência que sejam celebradas com canto, e sobretudo com a

plena participação de todos os membros da comunidade, religiosos ou cônegos. Nessas Missas, cada um

exerça a sua função segundo a Ordem ou o ministério que recebeu. Convém ainda que todos os sacerdotes,

não obrigados a celebrar individualmente por motivo pastoral, concelebrem na medida do possível. Além

disso, todos os membros da comunidade, isto é, os sacerdotes obrigados a celebrar individualmente para o

bem pastoral dos fiéis, podem também concelebrar a Missa conventual ou "da comunidade" no mesmo dia94.

Convém que os presbíteros que participam da celebração eucarística, a não ser que estejam escusados por

justa causa, exerçam normalmente a função da própria Ordem, participando de preferência como

concelebrantes, revestidos das vestes sagradas. Caso contrário, portam a veste coral própria ou sobrepeliz

sobre a veste talar.

I. A MISSA COM POVO

115. Entende-se por Missa com povo a que é celebrada com participação de fiéis. Convém, na medida do

possível, que a celebração, sobretudo nos domingos e festas de preceito, se realize com canto e conveniente

número de ministros95, pode, porém, ser realizada sem canto e com um ministro apenas.

116. Na celebração de qualquer Missa em que esteja presente o diácono, este exerça a sua função. Convém,

entretanto, que o sacerdote celebrante seja assistido normalmente por um acólito, um leitor e um cantor. O rito

descrito em seguida prevê, porém, a possibilidade de maior número de ministros.

O que é necessário preparar

117. O altar seja coberto ao menos com uma toalha de cor branca. Sobre ele ou ao seu redor, coloquem-se,

em qualquer celebração, ao menos dois castiçais com velas acesas, ou então quatro ou seis, sobretudo quando

se trata de Missa dominical ou festiva de preceito, ou quando celebrar o Bispo diocesano, colocam-se sete.

Haja também sobre o altar ou em torno dele, uma cruz com a imagem do Cristo crucificado. Os castiçais e a

cruz, ornada com a imagem do Cristo crucificado, podem ser trazidos na procissão de entrada. Pode-se

também colocar sobre o altar o Evangeliário, distinto do livro das outras leituras.

118. Preparem-se também:

a) junto à cadeira do sacerdote: o missal e, se for oportuno, um livro de cantos;

b) no ambão: o Lecionário;

c) na credência: cálice, corporal, purificatório e, se for oportuno, pala; patena e, se necessário, cibórios;

pão para a Comunhão do sacerdote que preside, do diácono, dos ministros e do povo; galhetas com vinho e

água, a não ser que todas estas coisas sejam apresentadas pelos fiéis na procissão das oferendas; recipiente

com água a ser abençoada se houver aspersão; patena para a Comunhão dos fiéis; e o que for necessário para

lavar as mãos.

O cálice, como convém, seja coberto com um véu, que pode ser da cor do dia ou de cor branca.

119. Na sacristia, conforme as diversas formas de celebração, preparem-se as vestes sagradas (cf. n. 337-

341) do sacerdote, do diácono e dos demais ministros:

a) para o sacerdote: alva, estola e casula ou planeta;

b) para o diácono: alva, estola e dalmática, que pode ser dispensada em sua falta, como também em

celebrações menos solenes;

c) para os demais ministros: alva ou outras vestes legitimamente aprovadas96.

Quando se realiza a procissão da entrada preparem-se também o Evangeliário; nos domingos e dias

festivos, o turíbulo e a naveta com incenso, quando se usa incenso; cruz a ser levada na procissão e castiçais

com velas acesas.

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A) MISSA SEM DIÁCONO

Ritos iniciais

120. Reunido o povo, o sacerdote e os ministros, revestidos das vestes sagradas, dirigem ao altar na

seguinte ordem:

a) o turiferário com o turíbulo aceso, quando se usa incenso;

b) os ministros que portam as velas acesas e, entre eles, o acólito ou outro ministro com a cruz;

c) os acólitos e os outros ministros;

d) o leitor, que pode conduzir um pouco elevado o Evangeliário, não, porém, o lecionário;

e) o sacerdote que vai celebrar a Missa.

Quando se usa incenso, antes de iniciar a procissão, o sacerdote põe incenso no turíbulo, abençoando-o

com o sinal da cruz, sem nada dizer.

121. Enquanto se faz a procissão para o altar, canta-se o canto da entrada (cf. n. 47-48).

122. Chegando ao altar, o sacerdote e os ministros fazem inclinação profunda.

A cruz, ornada com a imagem do Cristo crucificado trazida eventualmente na procissão, pode ser

colocada junto ao altar, de modo que se torna a cruz do altar, que deve ser uma só; caso contrário, ela será

guardada em lugar adequado; os castiçais são colocados sobre o altar ou junto dele; o Evangeliário seja

colocado sobre o altar.

123. O sacerdote sobe ao altar e beija-o em sinal de veneração. Em seguida, se for oportuno, incensa a cruz

e o altar, contornando-o.

124. Em seguida, o sacerdote dirige-se à cadeira. Terminado o canto da entrada, e estando todos de pé, o

sacerdote e os fiéis fazem o sinal da cruz. O sacerdote diz: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. O

povo responde: Amém.

Voltado para o povo e abrindo os braços, o sacerdote saúda-o com uma das fórmulas propostas. Ele

mesmo ou outro ministro, pode, com brevíssimas palavras, introduzir os fieis na Missa do dia.

125. Segue-se o ato penitencial. Em seguida, é cantado ou recitado o Senhor, tende piedade, conforme as

rubricas (cf. n. 52).

126. Nas celebrações previstas, canta-se ou se recita o Glória (cf. n. 53).

127. Em seguida, o sacerdote convida o povo a rezar, dizendo, de mãos unidas: Oremos. E todos,

juntamente com ele, oram um momento em silêncio. Então o sacerdote, abrindo os braços, diz a oração do dia.

Ao terminar, o povo aclama: Amém.

Liturgia da Palavra

128. Concluída a oração do dia, todos se assentam. O sacerdote pode, com brevíssimas palavras, introduzir

os fiéis na liturgia da Palavra. O leitor, por sua vez, dirige-se ao ambão, e do Lecionário já aí colocado antes

da Missa, proclama a primeira leitura, que todos escutam. No fim, o leitor profere a aclamação Palavra do

Senhor, respondendo todos Graças a Deus.

Se for oportuno, pode-se, então, observar um breve espaço de silêncio, para que todos meditem o que

ouviram.

129. Em seguida, o salmista ou o próprio leitor, profere os versículos do salmo ao que o povo normalmente

responde com o refrão.

130. Se houver uma segunda leitura antes do Evangelho, o leitor a proclama do ambão, enquanto todos

escutam, respondendo, no fim, com a aclamação, como se disse acima (n. 128). Em seguida, se for oportuno,

pode-se observar um breve espaço de silêncio.

131. Depois, todos se põem de pé e canta-se o Aleluia ou outro canto, conforme as exigências do tempo

litúrgico (cf. n. 62-64).

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132. Enquanto se canta o Aleluia ou outro canto, o sacerdote, se usar incenso, coloca-o no turíbulo e o

abençoa. A seguir, com as mãos unidas, e profundamente inclinado diante do altar, diz em silêncio: Ó Deus

todo-poderoso, purificai-me.

133. Toma, então, o Evangeliário, se estiver no altar e, precedido dos ministros leigos, que podem levar o

turíbulo e os castiçais, dirige-se para o ambão, conduzindo o Evangeliário um pouco elevado. Os presentes

voltam-se para o ambão, manifestando uma especial reverência ao Evangelho de Cristo.

134. No ambão, o sacerdote abre o livro e, de mãos unidas, diz: O Senhor esteja convosco, respondendo o

povo: Ele está no meio de nós e, a seguir, Proclamação do Evangelho, fazendo com o polegar o sinal da cruz

sobre o livro e sobre si mesmo, na fronte, na boca e no peito, acompanhado nisso por todos. O povo aclama,

dizendo: Glória a vós, Senhor. O sacerdote incensa o livro, se usar incenso (cf. n. 276-277). A seguir,

proclama o Evangelho e, ao terminar, profere a aclamação: Palavra da Salvação, respondendo todos: Glória a

vós, Senhor. O sacerdote beija o livro, dizendo em silêncio: Pelas palavras do Santo Evangelho.

135. Se não houver leitor, o próprio sacerdote, de pé ao ambão, diz todas as leituras bem como o salmo.

Também aí, se usar incenso, ele o coloca e abençoa e, profundamente inclinado, diz: Ó Deus todo-poderoso,

purificai-me.

136. O sacerdote, de pé junto à cadeira ou no próprio ambão, ou ainda, se for oportuno, em outro lugar

adequado, profere a homilia; ao terminar, pode-se observar um tempo de silêncio.

137. O símbolo é cantado ou recitado pelo sacerdote com o povo (cf. n. 68), estando todos de pé. Às

palavras E se encarnou pelo Espírito Santo, todos se inclinam profundamente, mas nas solenidades da

Anunciação do Senhor e do Natal do Senhor todos se ajoelham.

138. Terminado o símbolo, o sacerdote, de pé junto à cadeira e de mãos unidas, com breve exortação

convida os fiéis à oração universal. A seguir, o cantor, o leitor ou outra pessoa, do ambão ou de outro lugar

apropriado e voltado para o povo propõe as intenções, às quais o povo, por sua vez, responde suplicante. Por

fim, o sacerdote, de mãos estendidas, conclui a prece por uma oração.

Liturgia eucarística

139. Terminada a oração universal, todos se assentam e tem início o canto do ofertório (cf. n. 74).

O acólito ou outro ministro leigo coloca sobre o altar o corporal, o purificatório, o cálice, a pala e o

missal.

140. Convém que a participação dos fiéis se manifeste através da oferta do pão e vinho para a celebração da

Eucaristia, ou de outras dádivas para prover às necessidades da igreja e dos pobres.

As oblações dos fiéis são recebidas pelo sacerdote, ajudado pelo acólito ou outro ministro. O pão e o

vinho para a Eucaristia são levados para o celebrante, que as depõe sobre o altar, enquanto as outras dádivas

são colocadas em outro lugar adequado (cf. n. 73).

141. Ao altar, o sacerdote recebe a patena com pão, e a mantém levemente elevada sobre o altar com ambas

as mãos, dizendo em silêncio: Bendito sejais, Senhor. E depõe a patena com o pão sobre o corporal.

142 Em seguida, de pé, no lado do altar, derrama vinho e um pouco d'água no cálice, dizendo em silêncio:

Por esta água, enquanto o ministro lhe apresenta as galhetas. Retornando ao centro do altar, com ambas as

mãos mantém um pouco elevado o cálice preparado, dizendo em silêncio: Bendito sejais, Senhor; e depõe o

cálice sobre o corporal, cobrindo-o com a pala, se julgar oportuno.

Contudo, se não houver canto de preparação das oferendas ou não houver música de fundo do órgão, na

apresentação do pão e do vinho, o sacerdote pode proferir em voz alta as fórmulas de bendição, respondendo o

povo: Bendito seja Deus para sempre.

143. Depois de colocado o cálice sobre o altar, o sacerdote, profundamente inclinado, diz em silêncio: De

coração contrito.

144. A seguir, se usar incenso, o sacerdote o coloca no turíbulo, abençoa-o sem nada dizer e incensa as

oferendas, a cruz e o altar. O ministro, de pé, ao lado do altar, incensa o sacerdote e, sem seguida, o povo.

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145. Após a oração De coração contrito, ou depois da incensação, o sacerdote, de pé ao lado do altar, lava

as mãos, dizendo em silêncio: Lavai-me, Senhor, enquanto o ministro derrama a água.

146. Outra vez no centro do altar, o sacerdote, de pé e voltado para o povo, estendendo e unindo as mãos,

convida o povo a rezar, dizendo: Orai, irmãos e irmãs etc. O povo põe-se de pé e responde, dizendo: Receba o

Senhor. Em seguida, o sacerdote, de mãos estendidas, diz a Oração sobre as oferendas. No fim o povo aclama:

Amém.

147. O sacerdote inicia a Oração eucarística. Conforme as rubricas (cf. n. 365) ele escolhe uma das Orações

eucarísticas do Missal Romano, ou aprovadas pela Sé Apostólica. A Oração eucarística, por sua natureza,

exige que somente o sacerdote, em virtude de sua ordenação, a profira. O povo, por sua vez, se associe ao

sacerdote na fé e em silêncio e por intervenções previstas no decurso da Oração eucarística, que são as

respostas no diálogo do Prefácio, o Santo, a aclamação após a consagração, e a aclamação Amém, após a

doxologia final, bem como outras aclamações aprovadas pela Conferência dos Bispos e reconhecidas pela

Santa Sé.

É muito conveniente que o sacerdote cante as partes da Oração eucarística, enriquecidas pela música.

148. Iniciando a Oração eucarística, o sacerdote, estendendo as mãos, canta ou diz: O Senhor esteja

convosco, e o povo responde: Ele está no meio de nós. Enquanto prossegue: Corações ao alto, eleva as mãos.

O povo responde: O nosso coração está em Deus. O sacerdote, de mãos estendidas, acrescenta: Demos graças

ao Senhor, nosso Deus, e o povo responde: É nosso dever e nossa salvação. Em seguida, o sacerdote, de mãos

estendidas, continua o Prefácio; terminado este, une as mãos e com todos os presentes, canta ou diz em voz

alta: Santo (cf. n. 79,b).

149. O sacerdote continua a Oração eucarística conforme as rubricas, que se encontram em cada uma dessas

Orações.

Se o celebrante é Bispo, nas Preces, após as palavras: pelo vosso servo o Papa N., acrescenta: e por

mim, vosso indigno servo. Quando o Bispo celebra fora de sua diocese, após as palavras: pelo vosso servo o

Papa N., acrescenta: por mim, vosso indigno servo e por meu irmão N., Bispo desta Igreja N., ou após as

palavras: de nosso Papa N., acrescenta: de mim, vosso indigno servo e de meu irmão N., Bispo desta Igreja N.

O Bispo diocesano, ou quem for de direito equiparado a ele, deve ser nomeado com esta fórmula: com

o Papa N., com o nosso Bispo (ou: Vigário, Prelado, Prefeito, Abade) N.

O Bispo Coadjutor e os Auxiliares, não, porém, outros bispos, eventualmente, presentes, podem ser

nomeados na Oração eucarística. Quando vários devem ser nomeados, pode-se fazê-lo em forma geral: e o

nosso Bispo N. e seus Bispos auxiliares.

Em cada Oração eucarística, estas fórmulas se usam conforme exigirem as normas gramaticais.

150. Um pouco antes da consagração, o ministro, se for oportuno, adverte os fiéis com um sinal da

campainha. Faz o mesmo em cada elevação, conforme o costume da região.

Se for usado incenso, ao serem mostrados ao povo a hóstia e o cálice após a consagração, o ministro os

incensa.

151. Após a consagração, tendo o sacerdote dito: Eis o mistério da fé, o povo profere a aclamação, usando

uma das fórmulas prescritas.

No fim da Oração eucarística, o sacerdote, tomando a patena com a hóstia e o cálice ou elevando

ambos juntos profere sozinho a doxologia: Por Cristo. Ao término, o povo aclama: Amém. Em seguida, o

sacerdote depõe a patena e o cálice sobre o corporal.

152. Concluída a Oração eucarística, o sacerdote, de mãos unidas, diz a exortação que precede a Oração do

Senhor e, a seguir, de mãos estendidas, proclama-a juntamente com o povo.

153. Terminada a Oração do Senhor, o sacerdote, de mãos estendidas, diz sozinho, o embolismo: Livrai-nos

de todos os males, no fim do qual o povo aclama: Vosso é o reino.

154. Em seguida, o sacerdote, de mãos estendidas, diz em voz alta a oração Senhor Jesus Cristo, dissestes;

terminada esta, estendendo e unindo as mãos, voltado para o povo, anuncia a paz, dizendo: A paz do Senhor

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esteja sempre convosco. O povo responde: O amor de Cristo nos uniu. Depois, conforme o caso, o sacerdote

acrescenta: Meus irmãos e minhas irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus.

O sacerdote pode dar a paz aos ministros, mas sempre permanecendo no âmbito do presbitério, para

que não se perturbe a celebração. Faça o mesmo se por motivo razoável quiser dar a paz para alguns poucos

fiéis. Todos, porém, conforme as normas estabelecidas pela Conferência dos Bispos, expressam mutuamente a

paz, a comunhão e a caridade. Enquanto se dá a paz, pode-se dizer: A paz do Senhor esteja sempre contigo,

sendo a resposta: Amém.

155. A seguir, o sacerdote toma a hóstia, parte-a sobre a patena e deixa cair uma partícula no cálice, dizendo

em silêncio: Esta união. Enquanto isso, o coral e o povo cantam ou dizem o Cordeiro de Deus (cf. n. 83).

156. Em seguida, o sacerdote, em silêncio, e com as mãos juntas, diz a oração da Comunhão: Senhor Jesus

Cristo, Filho de Deus vivo, ou Senhor Jesus Cristo, o vosso Corpo.

157. Terminada a oração, o sacerdote faz genuflexão, toma a hóstia consagrada na mesma missa e

segurando-a um pouco elevada sobre a patena ou sobre o cálice, diz voltado para o povo: Felizes os

convidados etc, e, juntamente com o povo, acrescenta uma só vez: Senhor, eu não sou digno.

158. De pé e voltado para o altar, o sacerdote diz em silêncio: O Corpo de Cristo me guarde para a vida

eterna, e comunga com reverência o Corpo de Cristo. A seguir, segura o cálice e diz em silêncio: Que o

Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna, e com reverência bebe o Sangue de Cristo.

159. Enquanto o sacerdote comunga o Sacramento, entoa-se o canto da Comunhão (cf. n. 86).

160. O sacerdote toma, então, a patena ou o cibório e se aproxima dos que vão comungar e que

normalmente se aproximam em procissão.

Não é permitido aos fiéis receber por si mesmos o pão consagrado nem o cálice consagrado e muito

menos passar de mão em mão entre si. Os fiéis comungam ajoelhados ou de pé, conforme for estabelecido

pela Conferência dos Bispos. Se, no entanto, comungarem de pé, recomenda-se que, antes de receberem o

Sacramento, façam devida reverência, a ser estabelecida pelas mesmas normas.

161. Se a Comunhão é dada sob a espécie do pão somente, o sacerdote mostra a cada um a hóstia um pouco

elevada, dizendo: O Corpo de Cristo. Quem vai comungar responde: Amém, recebe o Sacramento, na boca ou,

onde for concedido, na mão, à sua livre escolha. O comungante, assim que recebe a santa hóstia, consome-a

inteiramente.

Quando a Comunhão se fizer sob as duas espécies, observe-se o rito descrito no lugar próprio (cf. n. 284-287).

162. Outros presbíteros eventualmente presentes podem ajudar o sacerdote na distribuição da Comunhão.

Se não houver e se o número dos comungantes for muito grande, o sacerdote pode chamar ministros

extraordinários para ajudá-lo, ou seja, o acólito instituído bem como outros fiéis, que para isso foram

legitimamente delegados97. Em caso de necessidade, o sacerdote pode delegar fiéis idôneos para o caso

particular98.

Estes ministros não se aproximem do altar antes que o sacerdote tenha tomado a Comunhão, recebendo

sempre o vaso que contém as espécies da Santíssima Eucaristia a serem distribuídas aos fiéis, da mão do

sacerdote celebrante.

163. Terminada a distribuição da Comunhão, o próprio sacerdote, no altar, consome imediatamente todo o

vinho consagrado que tenha sobrado; as hóstias que sobram, ele as consome ao altar ou as leva ao lugar

destinado à conservação da Eucaristia.

Tendo voltado para o altar, o sacerdote recolhe os fragmentos, se os houver; a seguir, de pé ao altar, ou

junto da credência, purifica a patena ou o cibório sobre o cálice; depois, purifica o cálice dizendo em silêncio:

Fazei, Senhor, e enxuga-o com o sanguinho. Se os vasos foram purificados sobre o altar, o ministro leva-os

para a credência. Pode-se também deixar, devidamente cobertos no altar ou na credência, sobre o corporal, os

vasos a purificar, sobretudo quando são muitos, e purificá-los imediatamente após a Missa, depois da

despedida do povo.

164. Em seguida, o sacerdote pode voltar à cadeira. Pode-se guardar durante algum tempo um sagrado

silêncio, ou entoar um salmo ou outro canto ou hino de louvor (cf. n. 88).

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165. A seguir, de pé, junto à cadeira ou ao altar, voltado para o povo, o sacerdote diz, de mãos unidas

Oremos, e de mãos estendidas, recita a Oração depois da Comunhão, que pode ser precedida de um momento

de silêncio, a não ser que já se tenha guardado silêncio após a Comunhão. No fim da oração o povo aclama:

Amém.

Ritos finais

166. Terminada a oração depois da comunhão, façam-se, se necessário, breves comunicações ao povo.

167. Em seguida, o sacerdote, estendendo as mãos, saúda o povo, dizendo: O Senhor esteja convosco, e o

povo responde: Ele está no meio de nós. E o sacerdote, unindo novamente as mãos, acrescenta logo,

recolhendo a mão esquerda sobre o peito e elevando a mão direita: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, e

traçando o sinal da cruz sobre o povo, prossegue: Pai, e Filho, e Espírito Santo. Todos respondem: Amém.

Em certos dias e ocasiões, esta bênção é enriquecida e expressa, conforme as rubricas, pela oração

sobre o povo ou outra fórmula mais solene.

O Bispo abençoa o povo com fórmula apropriada, traçando três vezes o sinal da cruz sobre o povo99.

168. Logo após a bênção, o sacerdote, de mãos unidas, acrescenta: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe e

todos respondem: Graças a Deus.

169. O sacerdote beija o altar, como de costume e, feita a ele com os ministros leigos profunda inclinação,

com eles se retira.

170. Se houver depois da Missa alguma ação litúrgica, omitem-se os ritos finais, isto é, a saudação, a

bênção e a despedida.

B) MISSA COM DIÁCONO

171. Quando está presente à celebração eucarística, o diácono, revestido das vestes sagras, exerça seu

ministério. Assim, o diácono:

a) assiste o sacerdote e caminha a seu lado;

b) ao altar, encarrega-se do cálice e do livro;

c) proclama o Evangelho e, por mandado do sacerdote celebrante, pode fazer a homilia (cf. n. 66);

d) orienta o povo fiel através de oportunas exortações e enuncia as intenções da oração universal;

e) auxilia o sacerdote celebrante na distribuição da Comunhão e purifica e recolhe os vasos sagrados;

f) se não houver outros ministros, exerce as funções deles, conforme a necessidade.

Ritos iniciais

172. Conduzindo o Evangeliário, pouco elevado, o diácono precede o sacerdote que se dirige ao altar; se

não, caminha a seu lado.

173. Chegando ao altar, se conduzir o Evangeliário, omitida a reverência, sobe ao altar. E, tendo colocado o

Evangeliário com deferência sobre o altar, com o sacerdote venera o altar com um ósculo.

Se, porém, não conduzir o Evangeliário, faz, como de costume, com o sacerdote profunda inclinação

ao altar e, com ele, venera-o com um ósculo.

Por fim, se for usado incenso, assiste o sacerdote na colocação do incenso e na incensação da cruz e do

altar.

174. Incensado o altar, dirige-se para a sua cadeira com o sacerdote, permanecendo aí ao lado do sacerdote

e servindo-o quando necessário.

Liturgia da palavra

175. Enquanto é proferido o Aleluia ou outro canto, o diácono, quando se usa incenso, serve o sacerdote na

imposição do incenso. Em seguida, profundamente inclinado diante do sacerdote, pede, em voz baixa a

bênção, dizendo: Dá-me a tua bênção. O sacerdote o abençoa, dizendo: O Senhor esteja em teu coração. O

diácono faz o sinal da cruz e responde: Amém. Em seguida, feita uma inclinação ao altar, toma o

Evangeliário, que louvavelmente se encontra colocado sobre o altar e dirige-se ao ambão, levando o livro um

pouco elevado, precedido do turiferário com o turíbulo fumegante e dos ministros com velas acesas. Ali, ele

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saúda o povo, dizendo de mãos unidas: O Senhor esteja convosco e, em seguida, às palavras Proclamação do

Evangelho, traça o sinal da cruz com o polegar sobre o livro e, a seguir, sobre si mesmo, na fronte, sobre a

boca e o peito, incensa o livro e proclama o Evangelho. Ao terminar, aclama: Palavra da Salvação,

respondendo todos: Glória a vós, Senhor. Em seguida, beija o livro, dizendo em silêncio: Pelas palavras do

santo Evangelho, e volta para junto do sacerdote.

Quando o diácono serve ao Bispo, leva-lhe o livro para ser osculado ou ele mesmo o beija, dizendo em

silêncio: Pelas palavras do santo Evangelho. Em celebrações mais solenes o Bispo, conforme a oportunidade,

abençoa o povo com o Evangeliário.

Por fim, o Evangeliário pode ser levado para a credência ou outro lugar adequado e digno.

176. Não havendo outro leitor preparado, o diácono profere também as outras leituras.

177. Após a introdução do sacerdote, o diácono propõe, normalmente do ambão, as intenções da oração dos

féis.

Liturgia eucarística

178. Terminada a oração universal, enquanto o sacerdote permanece em sua cadeira, o diácono prepara o

altar com a ajuda do acólito; cabe-lhe ainda cuidar dos vasos sagrados. Assiste o sacerdote na recepção das

dádivas do povo. Entrega ao sacerdote a patena com o pão que vai ser consagrado; derrama vinho e um pouco

d'água no cálice, dizendo em silêncio: Pelo mistério desta água e, em seguida, apresenta o cálice ao sacerdote.

Ele pode fazer esta preparação do cálice também junto à credência. Quando se usa incenso, serve o sacerdote

na incensação das oferendas, da cruz e do altar, e depois ele mesmo ou o acólito incensa o sacerdote e o povo.

179. Durante a Oração eucarística, o diácono permanece de pé junto ao sacerdote, mas um pouco atrás, para

cuidar do cálice ou do missal, quando necessário.

A partir da epiclese até a apresentação do cálice o diácono normalmente permanece de joelhos. Se

houver vários diáconos, um deles na hora da consagração pode colocar incenso no turíbulo e incensar na

apresentação da hóstia e do cálice.

180. À doxologia final da Oração eucarística, de pé ao lado do sacerdote, eleva o cálice, enquanto o

sacerdote eleva a patena com a hóstia, até que o povo tenha aclamado: Amém.

181. Depois que o sacerdote disse a oração pela paz e: A paz do Senhor esteja sempre convosco, o povo

responde: O amor de Cristo nos uniu, o diácono, se for o caso, faz o convite à paz, dizendo, de mãos juntas e

voltado para o povo: Meus irmãos e minhas irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus. Ele, por sua vez, recebe a paz

do sacerdote e pode oferecê-la aos outros ministros que lhe estiverem mais próximos.

182. Tendo o sacerdote comungado, o diácono recebe a Comunhão sob as duas espécies do próprio

sacerdote e, em seguida, ajuda o sacerdote a distribuir a Comunhão ao povo. Sendo a Comunhão ministrada

sob as duas espécies, apresenta o cálice aos comungantes e, terminada a distribuição, consome logo com

reverência, ao altar, todo o Sangue de Cristo que tiver sobrado, com a ajuda, se for o caso, dos demais

diáconos e dos presbíteros.

183. Concluída a distribuição da Comunhão, o diácono volta com o sacerdote ao altar e reúne os

fragmentos, se os houver. A seguir, leva o cálice e os outros vasos sagrados para a credência, onde os purifica

e compõe como de costume, enquanto o sacerdote regressa à cadeira. Podem-se deixar devidamente cobertos

na credência, sobre o corporal, os vasos a purificar e purificá-los imediatamente após a Missa, depois da

despedida do povo.

Ritos finais

184. Após a Oração depois da Comunhão, o diácono faz breves comunicações que se fizerem necessárias ao

povo, a não ser que o próprio sacerdote prefira fazê-lo.

185. Se for usada a oração sobre o povo ou a fórmula da bênção solene, o diácono diz: Inclinai-vos para

receber a bênção. Dada a bênção pelo sacerdote, o diácono despede o povo, dizendo de mãos unidas e voltado

para o povo: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.

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186. A seguir, junto com o sacerdote, venera com um ósculo o altar e, feita uma inclinação profunda, retira-

se como à entrada.

C) FUNÇÕES DO ACÓLITO

187. As funções que o acólito pode exercer são de diversos tipos; alguns deles podem ocorrer

simultaneamente. Convém, por isso, que sejam oportunamente distribuídas entre várias pessoas; mas se

estiver presente um único acólito, este execute o que for mais importante, distribuindo-se as demais entre

outros ministros.

Ritos iniciais

188. Na procissão para o altar, o acólito pode levar a cruz, entre dois ministros que levam velas acesas.

Depois de chegar ao altar, depõe a cruz perto do altar, de modo que se torne a cruz do altar; se não, guarda-a

em lugar digno. Em seguida, ocupa o seu lugar no presbitério.

189. Durante toda a celebração, cabe ao acólito aproximar-se do sacerdote ou do diácono, para lhes

apresentar o livro e ajudá-los em outras coisas necessárias. Convém, portanto, que, na medida do possível,

ocupe um lugar do qual possa comodamente cumprir o seu ministério, quer junto à cadeira quer junto ao altar.

Liturgia eucarística

190. Não havendo diácono, depois de concluída a oração universal, enquanto o sacerdote permanece junto à

cadeira, o acólito põe sobre o altar o corporal, o purificatório, o cálice, a pala e o missal. A seguir, se for o

caso, ajuda o sacerdote a receber os donativos do povo e, oportunamente, leva para o altar o pão e o vinho e os

entrega ao sacerdote. Usando-se incenso, apresenta ao sacerdote o turíbulo e o auxilia na incensação das

oferendas, da cruz e do altar. Em seguida, incensa o sacerdote e o povo.

191. O acólito legalmente instituído, como ministro extraordinário, pode, se for necessário, ajudar o

sacerdote a distribuir a Comunhão ao povo100.Se a Comunhão for dada sob as duas espécies, na ausência do

diácono, o acólito ministra o cálice aos comungantes, ou segura o cálice, se a comunhão for dada por intinção.

192. Do mesmo modo, o acólito legalmente instituído, terminada a distribuição da Comunhão, ajuda o

sacerdote ou o diácono a purificar e arrumar os vasos sagrados. Na falta de diácono, o acólito devidamente

instituído leva os vasos sagrados para a credência e ali, como de costume, os purifica, os enxuga e os arruma.

193. Terminada a Missa, o acólito e os demais ministros, junto com o sacerdote e o diácono, voltam

processionalmente à sacristia, do mesmo modo e na mesma ordem em que vieram.

D) FUNÇÕES DO LEITOR

Ritos iniciais

194. Na procissão ao altar, faltando o diácono, o leitor, revestido de vestes aprovadas, pode levar o

Evangeliário um pouco elevado; neste caso, caminha à frente do sacerdote; do contrário, com os demais

ministros.

195. Ao chegar ao altar, faz com os outros profunda inclinação. Se levar o Evangeliário, sobe ao altar e

depõe o Evangeliário sobre ele. A seguir, ocupa, com os demais ministros, seu lugar no presbitério.

Liturgia da palavra

196. O acólito profere, do ambão, as leituras que precedem o Evangelho. Não havendo salmista, pode

proferir também o salmo responsorial depois da primeira leitura.

197. Na falta de diácono, depois que o sacerdote fez a introdução, pode proferir, do ambão, as intenções da

oração universal.

198. Se não houver canto à Entrada e à Comunhão, e os fiéis não recitarem as antífonas propostas no

missal, o leitor as pode proferir no momento oportuno (cf. n. 48 e 87).

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II. MISSA CONCELEBRADA

199. A concelebração, que manifesta convenientemente a unidade do sacerdócio e do sacrifício, bem como

a unidade de todo o povo de Deus, é prescrita pelo próprio rito: na ordenação de Bispo e de Presbíteros, na

bênção de Abade e na Missa do Crisma.

Além disso, se recomenda, a não ser que o bem pastoral dos fiéis exija ou aconselhe outra coisa:

a) na Missa vespertina na Ceia do Senhor;

b) na Missa de Concílios, Reuniões de Bispos e de Sínodos;

c) na Missa conventual e na Missa principal nas igrejas e oratórios;

d) nas Missas de reuniões sacerdotais de qualquer tipo, seja de seculares seja de religiosos101.

Contudo, a cada sacerdote é permitido celebrar a Eucaristia de forma individual, mas não no mesmo

tempo, em que na mesma igreja ou oratório, se realiza uma concelebração. No entanto, na Quinta-feira, na

Ceia do Senhor e na Missa da Vigília pascal, não é permitido oferecer o sacrifício de modo individual.

200. Os presbíteros em peregrinação, sejam acolhidos de bom grado para a concelebração eucarística,

contanto que seja reconhecida sua condição sacerdotal.

201. Onde houver grande número de sacerdotes, a concelebração pode realizar-se várias vezes no mesmo

dia, onde a necessidade ou utilidade pastoral o aconselhar; mas deve ser feita em momentos sucessivos ou em

lugares sagrados diversos102.

202. Compete ao Bispo, segundo as normas do direito, dirigir a disciplina da concelebração em todas as

igrejas e oratórios de sua diocese.

203. Tenha-se em particular apreço a concelebração em que os presbíteros de uma diocese concelebram

com o próprio Bispo, na Missa estacional, principalmente nas maiores solenidades do ano litúrgico, na Missa

de ordenação de um novo Bispo da diocese ou do seu Coadjutor ou Auxiliar, na Missal do Crisma, na Missa

vespertina, na Ceia do Senhor, nas celebrações do Santo Fundador da Igreja local ou Patrono da diocese, nos

aniversários do Bispo e por ocasião de um Sínodo ou visita pastoral.

Pelo mesmo motivo, recomenda-se a concelebração todas as vezes que os presbíteros se reúnem com o

seu Bispo, por ocasião dos exercícios espirituais ou de algum encontro. Nesses casos se manifesta de forma

ainda mais clara a unidade do sacerdócio e da Igreja, que caracteriza cada concelebração103.

204. Por motivo especial, quer pela significação do rito, quer pela importância da festa, é permitido celebrar

ou concelebrar mais vezes no mesmo dia, nos seguintes casos:

a) se alguém, na Quinta-feira Santa, celebrou ou concelebrou a Missa do Crisma, pode celebrar ou

concelebrar a Missa vespertina, na Ceia do Senhor;

b) se alguém celebrou ou concelebrou a Missa da Vigília pascal pode celebrar ou concelebrar a Missa

no dia da Páscoa;

c) no Natal do Senhor, todos os sacerdotes podem celebrar ou concelebrar três Missas, contanto que

sejam celebradas em suas horas próprias;

d) na Comemoração de todos os fiéis defuntos, todos os sacerdotes podem celebrar ou concelebrar três

Missas, contanto que as celebrações se façam em momentos diversos, e observado o que é prescrito a respeito

da aplicação da segunda e da terceira Missa104;

e) se alguém concelebra com o Bispo ou seu delegado no Sínodo, na visita pastoral ou em reuniões de

sacerdotes, pode, para o bem dos fiéis, celebrar outra Missa. O mesmo vale, com as devidas ressalvas, para os

encontros de religiosos.

205. A Missa concelebrada, nas suas diversas modalidades, segue as normas previstas (cf. n. 112-198),

observando-se, ou mudando-se o que vem exposto a seguir.

206. Ninguém se associe nem seja admitido a concelebrar, depois de já iniciada a Missa.

207. Preparem-se no presbitério:

a) cadeiras e livretes para os sacerdotes concelebrantes;

b) na credência: cálice de tamanho suficiente ou vários cálices.

208. Se não houver diácono suas funções serão desempenhadas por alguns dos concelebrantes.

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Se também não houver outros ministros, partes que lhes são próprias podem ser confiadas a outros

fiéis capacitados; caso contrário, serão desempenadas por alguns dos concelebrantes.

209. Os concelebrantes vestem na secretaria ou noutro lugar adequado, os paramentos que usam

normalmente ao celebrarem a Missa. Se houver motivo justo, como, por exemplo, grande número de

concelebrantes e escassez de paramentos, podem os concelebrantes, exceto sempre o celebrante principal,

dispensar a casula ou planeta, e usar apenas a estola sobre a alva.

Ritos iniciais

210. Estando tudo preparado, faz-se como de costume a procissão pela igreja até o altar. Os sacerdotes

concelebrantes seguem à frente do celebrante principal.

211. Ao chegarem ao altar, os concelebrantes e o celebrante principal, feita profunda inclinação, veneram o

altar com um ósculo, e se encaminham para as suas cadeiras. O celebrante principal, se for oportuno, incensa a

cruz e o altar e, em seguida, vai até a cadeira.

Liturgia da palavra

212. Durante a liturgia da Palavra, os concelebrantes ocupam os seus lugares e levantam-se com o

celebrante principal.

Iniciado o Aleluia, todos se levantam, exceto o Bispo, que coloca incenso, sem nada dizer e dá a

bênção ao diácono ou, na sua ausência, ao concelebrante que vai proclamar o Evangelho. Contudo, na

concelebração presidida por um presbítero, o concelebrante que, na ausência do diácono proclama o

Evangelho, não pede nem recebe a bênção do celebrante principal.

213. A homilia normalmente será feita pelo celebrante principal ou por um dos concelebrantes.

Liturgia eucarística

214. A preparação dos dons (cf. n. 139-146) é feita pelo celebrante principal, enquanto os outros

concelebrantes permanecem nos respectivos lugares.

215. Depois que o celebrante principal concluiu a oração sobre as oferendas, os concelebrantes aproximam-

se do altar e colocam-se em torno dele, mas de tal forma que não dificultem a realização dos ritos e a visão das

cerimônias sagradas por parte dos fiéis, nem impeçam o acesso do diácono ao altar ao exercer a sua função.

O diácono exerce o sua função junto ao altar, ministrando, quando necessário, o cálice e o Missal.

Contudo, quanto possível, permanece de pé, um pouco atrás, após os sacerdotes concelebrantes, colocados em

torno do celebrante principal.

O modo de proferir a Oração eucarística

216. O Prefácio é cantado ou proclamado somente pelo sacerdote celebrante principal; mas o Santo é

cantado ou recitado por todos os concelebrantes junto com o povo e o grupo de cantores.

217. Terminado o Santo, os sacerdotes concelebrantes prosseguem a Oração eucarística na maneira como se

determina a seguir. Só o celebrante principal fará os gestos indicados, caso não se determine outra coisa.

218. As partes que são proferidas conjuntamente por todos os concelebrantes e, sobretudo as palavras da

consagração, que todos devem expressar, quando forem recitadas, sejam ditas em voz tão baixa de tal modo

que se ouça claramente a voz do celebrante principal. Dessa forma as palavras são mais facilmente entendidas

pelo povo.

As partes a serem proferidas por todos os concelebrantes juntos, ornadas com notas no missal, são de

preferência cantadas.

Oração eucarística I, ou Cânon romano

219. Na Oração eucarística I, ou Cânon romano, o Pai de misericórdia é dito somente pelo celebrante

principal, de mãos estendidas.

220. O Lembrai-vos, ó Pai e o Em comunhão convém que sejam confiados a um ou dois sacerdotes

concelebrantes, que, cada um, em voz alta e de mãos estendidas, diz sozinho a sua parte.

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221. O Recebei, ó Pai, é dito novamente apenas pelo celebrante principal de mãos estendidas.

222. Do Dignai-vos, ó Pai, aceitar até o Nós vos suplicamos, o celebrante principal realiza os gestos, enquanto

todos os concelebrantes dizem tudo juntos, da seguinte forma:

a) O Dignai-vos, ó Pai, aceitar, com as mãos estendidas para as oferendas;

b) Na noite e Do mesmo modo, de mãos unidas;

c) as palavras do Senhor, com a mão direita estendida para o pão e o cálice, se parecer oportuno; à

apresentação, olham para a hóstia e o cálice e depois se inclinam profundamente;

d) o Celebrando, pois, a memória e o Recebei, ó Pai, esta oferenda, de mãos estendidas;

e) o Nós vos suplicamos, inclinados e de mãos unidas até as palavras recebendo o Corpo e o Sangue e

erguem-se fazendo o sinal da cruz às palavras sejamos repletos de todas as graças e bênçãos do céu.

223. O Lembrai-vos, ó Pai e o E a todos nós pecadores convém que sejam confiados a um ou dois

sacerdotes concelebrantes, que, cada um, em voz alta e de mãos estendidas, diz sozinho a sua parte.

224. Às palavras E a todos nós pecadores todos os concelebrantes batem no peito.

225. O Por ele não cessais de criar é dito apenas pelo celebrante principal.

Oração eucarística II

226. Na Oração eucarística II, o Na verdade, ó Pai, vós sois santo é proferido apenas pelo celebrante

principal, de mãos estendidas.

227. Desde o Santificai pois até o E nós vos suplicamos os concelebrantes proferem tudo juntos, da seguinte

forma:

a) o Santificai pois, de mãos estendidas em direção às oferendas;

b) o Estando para ser entregue e Do mesmo modo, de mãos unidas;

c) as palavras do Senhor, com a mão direita estendida para o pão e o cálice, se parecer oportuno; à

apresentação, olham para a hóstia e o cálice e depois se inclinam profundamente;

d) o Celebrando, pois, a memória e o E nós vos suplicamos, de mãos estendidas.

228. As intercessões pelos vivos: Lembrai-vos, ó Pai, e pelos falecidos: Lembrai-vos também dos nossos

irmãos, convém que sejam confiados a um ou dois sacerdotes concelebrantes, que, cada um, em voz alta e de

mãos estendidas, diz sozinho a sua parte.

Oração eucarística III

229. Na Oração eucarística III, o Na verdade, vós sois santo é proferido apenas pelo celebrante principal, de

mãos estendidas.

230. Do Por isso, nós vos suplicamos até o Olhai com bondade, todos os concelebrantes proferem tudo

juntos, da seguinte maneira:

a) o Por isso, nós vos suplicamos, com as mãos estendidas para as oferendas;

b) o Na noite em que ia ser entregue e o Do mesmo modo, de mãos unidas;

c) as palavras do Senhor, com a mão direita estendida para o pão e o cálice, se parecer oportuno; à

apresentação, olham para a hóstia e o cálice e depois se inclinam profundamente;

d) o Celebrando agora e o Olhai com bondade, de mãos estendidas.

231. As intercessões: Que ele faça de nós, o E agora nós vos suplicamos e o Acolhei com bondade, convém

que sejam confiados a um ou dois sacerdotes concelebrantes, que, cada um, em voz alta e de mãos estendidas,

diz sozinho a sua parte.

Oração eucarística IV

232. Na Oração eucarística IV, Nós proclamamos até levando à plenitude a sua obra é proferido apenas pelo

celebrante principal, de mãos estendidas.

233. Do Por isso, nós vos pedimos, até o Olhai com bondade, todos os concelebrantes recitam tudo juntos,

da seguinte maneira:

a) o Por isso, nós vos pedimos, de mãos estendidas para as oferendas;

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b) o Quando, pois, chegou a hora e o Do mesmo modo, de mãos unidas;

c) as palavras do Senhor, com a mão direita estendida para o pão e o cálice, se parecer oportuno; à

apresentação, olham para a hóstia e o cálice e depois se inclinam profundamente;

d) o Celebrando agora e o Olhai com bondade, de mãos estendidas.

234. Intercessões: o E agora, ó Pai, lembrai-vos de todos, o Lembrai-vos também e o E a todos nós, convém

que sejam confiados a um mais concelebrantes, que as recita sozinho, em voz alta, de mãos estendidas.

235. Quanto a outras Orações eucarísticas aprovadas pela Sé Apostólica, observem-se a normas

estabelecidas para cada uma delas.

236. A doxologia final da Oração eucarística é proferida somente pelo sacerdote celebrante principal e, se

se preferir, junto com os demais concelebrantes, não, porém, pelos fiéis.

Rito da Comunhão

237. A seguir, o celebrante principal, de mãos unidas, diz a exortação que precede a Oração do Senhor e,

com as mãos estendidas, reza a Oração do Senhor com os demais concelebrantes, também de mãos estendidas

e com todo o povo.

238. O Livrai-nos é dito apenas pelo celebrante principal, de mãos estendidas. Todos os concelebrantes

dizem com o povo a aclamação final: Vosso é o reino.

239. Depois do convite do diácono ou, na sua ausência, de um dos concelebrantes: Meus irmãos e minhas

irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus, todos se cumprimentam. Os que se encontram mais próximos do celebrante

principal recebem a sua saudação antes do diácono.

240. Durante o Cordeiro de Deus, os diáconos ou alguns dos concelebrantes podem auxiliar o celebrante

principal a partir as hóstias para a Comunhão dos concelebrantes e do povo.

241. Após depositar no cálice a fração da hóstia, só o celebrante principal, de mãos juntas, diz em silêncio a

oração Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, ou Senhor Jesus Cristo, o vosso Corpo e o vosso Sangue.

242. Terminada a oração antes da Comunhão, o celebrante principal faz genuflexão e afasta-se um pouco.

Um após os outros, os concelebrantes se aproximam do centro do altar, fazendo genuflexão e tomam do altar,

com reverência, o Corpo de Cristo; segurando-o com a mão direita e colocando por baixo a esquerda,

retornam a seus lugares. Podem, no entanto, permanecer nos respectivos lugares e tomar o Corpo de Cristo da

patena que o celebrante principal, ou um ou vários dos concelebrantes seguram, passando diante deles; ou

então passam a patena de um a outro até o último.

243. A seguir, o celebrante principal toma a hóstia, consagrada na própria Missa, e, mantendo-a um pouco

elevada sobre a patena ou sobre o cálice, voltado para o povo, diz: Felizes os convidados, e continua com os

concelebrantes e o povo, dizendo: Senhor, eu não sou digno.

244. Em seguida, o celebrante principal, voltado para o altar, diz em silêncio: Que o Corpo de Cristo me

guarde para a vida eterna, e comunga com reverência o Corpo de Cristo. Os concelebrantes fazem o mesmo,

tomando a Comunhão. Depois deles, o diácono recebe das mãos do celebrante principal o Corpo do Senhor.

245. O Sangue do Senhor pode ser tomado diretamente do cálice, ou por intinção, ou ainda com uma cânula

ou uma colher.

246. Quando a Comunhão é feita diretamente do cálice, pode-se usar um dos seguintes modos:

a) O celebrante principal, de pé ao meio do altar, toma o cálice e diz em silêncio: Que o Sangue de

Cristo me guarde para a vida eterna, bebe um pouco do Sangue e entrega o cálice ao diácono ou a um

concelebrante. A seguir, distribui a Comunhão aos fiéis (cf. n. 160-162).

Os concelebrantes aproximam-se do altar, um a um, ou dois a dois quando se usam dois cálices, fazem

genuflexão, tomam do Sangue, enxugam a borda do cálice e voltam para a respectiva cadeira.

b) O celebrante principal, de pé, no centro do altar, toma normalmente o Sangue do Senhor.

Os concelebrantes podem tomar o Sangue do Senhor nos seus respectivos lugares, bebendo do cálice

que o diácono, ou um dos concelebrantes lhes apresenta; ou também passando sucessivamente o cálice uns aos

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outros. O cálice é sempre enxugado, seja por aquele que bebe, seja por aquele que apresenta o cálice. Cada

um, depois de ter comungado, volta à sua cadeira.

247. O diácono, junto ao altar, consome, com reverência, todo o Sangue que restar, ajudado, se for preciso,

por alguns dos concelebrantes; leva-o, em seguida, à credência, onde ele mesmo ou um acólito legitimamente

instituído, como de costume, o purifica, enxuga e compõe (cf. n. 183).

248. A Comunhão dos concelebrantes pode também realizar-se de modo que um depois do outro

comunguem, no altar, do Corpo e, logo em seguida, do Sangue de Cristo.

Neste caso, o celebrante principal toma a Comunhão sob as duas espécies, como de costume (cf. n.

158), observando-se o rito escolhido, em cada caso, para a Comunhão do cálice, que os demais concelebrantes

hão de seguir.

Assim, terminada a Comunhão do celebrante principal, coloca-se o cálice num lado do altar, sobre

outro corporal. Um depois do outro, os concelebrantes aproximam-se do centro do altar, fazem genuflexão e

comungam o Corpo do Senhor; passam em seguida para o lado do altar e tomam o Sangue do Senhor,

conforme o rito escolhido para a Comunhão do cálice, como se disse acima.

A Comunhão do diácono e a purificação do cálice se realizam também como foi descrito acima.

249. Se a Comunhão dos concelebrantes se faz por intinção, o celebrante principal comunga como de

costume, o Corpo e o Sangue do Senhor, cuidando que fique ainda bastante do precioso Sangue para a

Comunhão dos concelebrantes. A seguir, o diácono, ou um dos concelebrantes, dispõe o cálice, de modo

conveniente, no meio do altar ou num dos lados sobre outro corporal, junto com a patena com as partículas.

Os concelebrantes, um depois do outro, aproximam-se do altar, fazem genuflexão, tomam a partícula,

mergulham-na parcialmente no cálice e, com a patena sob a boca, tomam a partícula embebida e voltam aos

seus lugares como no início da Missa.

O diácono também comunga por intinção, respondendo Amém ao concelebrante que lhe diz: O Corpo

e o Sangue de Cristo.

O diácono, junto ao altar, consome, com reverência, todo o Sangue que restar, ajudado, se for preciso,

por alguns dos concelebrantes; leva-o, em seguida, à credência, onde ele mesmo ou um acólito legitimamente

instituído, como de costume, o purifica, enxuga e compõe.

Ritos finais

250. O celebrante principal procede ao mais como de costume até o final da Missa (cf. n. 166-168),

permanecendo os concelebrantes em suas cadeiras.

251. Os Concelebrantes, antes de se afastarem do altar, fazem-lhe uma profunda inclinação. O celebrante

principal, com o diácono, porém, como de costume, beija o altar em sinal de veneração.

III. MISSA COM ASSISTÊNCIA DE UM SÓ MINISTRO

252. Na Missa celebrada por um sacerdote, ao qual assiste e responde um só ministro, observa-se o rito da

Missa com povo (cf. n. 120-169), proferindo o ministro, quando for o caso, as partes do povo.

253. Se o ministro for diácono, ele exerce as funções que lhe são próprias (cf. n. 171-186), e desempenha

outrossim, as outras partes do povo.

254. A celebração sem ministro ou ao menos de um fiel, não se faça a não ser por causa justa e razoável.

Neste caso, omitem-se as saudações, as exortações e a bênção no final da Missa.

255. Os vasos sagrados necessários são preparados antes da Missa, seja na credência perto do altar, seja

sobre o altar, do lado direito.

Ritos iniciais

256. O sacerdote, aproxima-se do altar e, feita profunda inclinação, o venera pelo ósculo e ocupa seu lugar

na cadeira. Se preferir, o sacerdote pode permanecer ao altar; neste caso, prepara-se aí também o missal. Em

seguida, o ministro ou o sacerdote diz a antífona da entrada.

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257. A seguir, o sacerdote com o ministro, de pé, faz o sinal da cruz, dizendo: Em nome do Pai; voltado

para o ministro, saúda-o com uma das fórmulas propostas.

258. Em seguida, realiza-se o ato penitencial e, conforme as rubricas, se dizem o Senhor e o Glória.

259. A seguir, de mãos unidas, diz Oremos e, fazendo uma pausa conveniente, profere a oração do dia, com

as mãos estendidas. Ao terminar, o ministro aclama: Amém.

Liturgia da palavra

260. As leituras, na medida do possível, são proferidas do ambão ou da estante.

261. Depois da oração do dia, o ministro lê a primeira leitura e o salmo e, quando prescrita, a segunda

leitura e o versículo do Aleluia ou outro canto.

262. Depois, inclinado, o sacerdote diz: Ó Deus todo-poderoso, purificai-me, e, em seguida, lê o Evangelho.

Ao terminar diz: Palavra da Salvação, e o ministro responde: Glória a vós, Senhor. Em seguida, o sacerdote

venera o livro, beijando-o e dizendo em silêncio: Pelas palavras do santo Evangelho.

263. A seguir, o sacerdote recita com o ministro o símbolo, de acordo com as rubricas.

264. Segue-se a oração universal, que também pode ser dita nesta Missa. O sacerdote introduz e conclui a

oração, ao passo que o ministro profere as intenções.

Liturgia eucarística

265. Na liturgia eucarística tudo é feito como na Missa com povo, exceto o que se segue.

266. Feita a aclamação no final do embolismo, que segue a Oração do Senhor, o sacerdote diz a oração

Senhor Jesus Cristo, dissestes; em seguida, acrescenta: A paz do Senhor esteja sempre convosco, a que o

ministro responde: O amor de Cristo nos uniu. Se for oportuno, o sacerdote saúda o ministro.

267. A seguir, enquanto diz com o ministro o Cordeiro de Deus, o sacerdote parte a hóstia sobre a patena.

Terminado o Cordeiro de Deus, depõe no cálice a fração da hóstia, dizendo em silêncio: Esta união.

268. Em seguida, o sacerdote diz em silêncio a oração Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo ou Senhor

Jesus Cristo, o vosso Corpo; depois, faz genuflexão, toma a hóstia e, se o ministro comungar, diz, voltado para

ele e segurando a hóstia um pouco elevada sobre o cálice: Felizes os convidados e diz com ele uma só vez:

Senhor, eu não sou digno. Em seguida, voltado para o altar, comunga o Corpo de Cristo. Se o ministro não

receber a Comunhão, o sacerdote, tendo feito a genuflexão, toma a hóstia e, voltado para o altar, diz uma vez

em silêncio: Senhor, eu não sou digno e O Corpo de Cristo me guarde e comunga o Corpo de Cristo. Depois

toma o cálice e diz em silêncio: O Sangue de Cristo me guarde para a vida eterna, e toma o Sangue.

269. Antes de ser dada a Comunhão ao ministro, é dita a antífona da Comunhão pelo ministro ou pelo

próprio sacerdote.

270. O sacerdote purifica o cálice na credência ou ao altar ou. Se o cálice for purificado no altar, pode ser

levado para a credência pelo ministro ou ser colocado a um lado, sobre o altar.

271. Após a purificação do cálice, convém que o sacerdote observe algum tempo de silêncio; a seguir, diz a

Oração depois da Comunhão.

Ritos finais

272. Os ritos finais são realizados como na Missa com povo, omitindo-se, porém, o Ide em paz. O

sacerdote, como de costume, venera o altar com um beijo e, feita inclinação profunda, retira-se com o

ministro.

CAPÍTULO IV

ALGUMAS NORMAS MAIS GERAIS PARA TODAS AS FORMAS DE MISSA

Veneração do altar e do Evangeliário

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273. Conforme uso consagrado, a veneração do altar e do Evangeliário é feita pelo ósculo. Mas, onde esse

sinal não se coadunar com as tradições ou a índole da região, compete à Conferência dos Bispos estabelecer

outro sinal para substituí-lo, com o consentimento da Sé Apostólica.

Genuflexão e inclinação

274. A genuflexão, que se faz dobrando o joelho direito até o chão significa adoração; por isso, se reserva

ao Santíssimo Sacramento, e à santa Cruz, desde a solene adoração na Ação litúrgica da Sexta-feira na Paixão

do Senhor até o início da Vigília pascal.

Na Missa o sacerdote celebrante faz três genuflexões, a saber: depois da apresentação da hóstia, após a

apresentação do cálice e antes da Comunhão. As particularidades a serem observadas na Missa concelebrada,

vêm indicadas nos respectivos lugares (cf. n. 210-251).

Se, porém, houver no presbitério tabernáculo com o Santíssimo Sacramento, o sacerdote, o diácono e

os outros ministros fazem genuflexão, quando chegam ao altar, e quando dele se retiram, não, porém, durante

a própria celebração da Missa.

Também fazem genuflexão todos os que passam diante do Santíssimo Sacramento, a não ser que

caminhem processionalmente.

Os ministros que levam a cruz processional e as velas, em vez de genuflexão, fazem inclinação da

cabeça.

275. Pela inclinação se manifesta a reverência e a honra que se atribuem às próprias pessoas ou aos seus

símbolos. Há duas espécies de inclinação, ou seja, de cabeça e de corpo:

a) Faz-se inclinação de cabeça quando se nomeiam juntas as três Pessoas Divinas, ao nome de Jesus,

da Virgem Maria e do Santo em cuja honra se celebra a Missa.

b) Inclinação de corpo, ou inclinação profunda, se faz: ao altar; às orações Ó Deus todo-poderoso,

purificai-me e De coração contrito; no símbolo às palavras E se encarnou; no Cânon Romano, às palavras Nós

vos suplicamos. O diácono faz a mesma inclinação quando pede a bênção antes de proclamar o Evangelho.

Além disso, o sacerdote inclina-se um pouco quando, na consagração, profere as palavras do Senhor.

Incensação

276. A turificação ou incensação exprime a reverência e a oração, como é significada na Sagrada Escritura

(cf. Sl 140, 2; Ap 8,3).

O incenso pode ser usado facultativamente em qualquer forma de Missa:

a) durante a procissão de entrada;

b) no início da Missa, para incensar a cruz e o altar;

c) à procissão e à proclamação do Evangelho;

d) depostos o pão e o cálice sobre o altar, para incensar as oferendas, a cruz e o altar, bem como o

sacerdote e o povo.

e) à apresentação da hóstia e do cálice, após a consagração.

277. Ao colocar o incenso no turíbulo, o sacerdote o abençoa com o sinal da cruz, sem nada dizer.

Antes e depois da turificação faz-se inclinação profunda à pessoa ou à coisa que é incensada, com

exceção do altar e das oferendas para o sacrifício da Missa.

São incensados com três ductos do turíbulo: o Santíssimo Sacramento, as relíquias da santa Cruz e as

imagens do Senhor expostas para veneração pública, as oferendas para o sacrifício da Missa, a cruz do altar, o

Evangeliário, o círio pascal, o sacerdote e o povo.

Com dois ductos são incensadas as relíquias e as imagens dos Santos expostas à veneração pública,

mas somente uma vez no início da celebração, após a incensação do altar.

O altar é incensado, cada vez com um só icto, da seguinte maneira:

a) se o altar estiver separado da parede, o sacerdote o incensa, andando ao seu redor;

b) se, contudo, o altar não estiver separado da parede, o sacerdote, caminhando, incensa primeiro a

parte direita do altar, depois a parte esquerda.

Se a cruz estiver sobre o altar ou junto dele, é turificado antes da incensação do altar; caso contrário,

quando o sacerdote passa diante dele.

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As oferendas são incensadas pelo sacerdote com três ductos do turíbulo, antes da incensação da cruz e

do altar, ou traçando com o turíbulo o sinal da cruz sobre as oferendas.

Purificação

278. Sempre que algum fragmento da hóstia aderir aos dedos, principalmente após a fração ou a Comunhão

dos fiéis, o sacerdote limpe os dedos sobre a patena ou, se necessário, lave-os. Da mesma forma recolha os

fragmentos, se os houver fora da patena.

279. Os vasos sagrados são purificados pelo sacerdote ou pelo diácono ou pelo acólito instituído depois da

Comunhão ou da Missa, na medida do possível junto à credência. A purificação do cálice é feita com água, ou

com água e vinho, a serem consumidos por aquele que purifica o cálice. A patena seja limpa normalmente

com o sanguinho.

Cuide-se que a sobra do Sangue de Cristo que eventualmente restar após a distribuição da Comunhão

seja tomado logo integralmente ao altar.

280. Se a hóstia ou alguma partícula cair no chão, seja recolhida com reverência; se for derramado um

pouco do Sangue, lave-se com água o lugar onde caiu, e lance-se depois esta água na piscina construída na

sacristia.

Comunhão sob as duas espécies

281. A Comunhão realiza mais plenamente o seu aspecto de sinal, quando sob as duas espécies. Sob esta

forma se manifesta mais perfeitamente o sinal do banquete eucarístico e se exprime de modo mais claro a

vontade divina de realizar a nova e eterna Aliança no Sangue do Senhor, assim como a relação entre o

banquete eucarístico e o banquete escatológico no reino do Pai105.

282. Cuidem os pastores de lembrar, da melhor forma possível, aos fiéis que participam do rito ou a ele

assistem, a doutrina católica a respeito da forma da Sagrada Comunhão, segundo o Concílio Ecumênico

Tridentino. Antes de tudo advirtam os fiéis de que a fé católica ensina que, também sob uma só espécie, se

recebe Cristo todo e inteiro, assim como o verdadeiro sacramento; por isso, no que concerne aos frutos da

Comunhão, aqueles que recebem uma só espécie não ficam privados de nenhuma graça necessária à

salvação106.

Ensinem ainda que a Igreja, na administração dos sacramentos, tem o poder de determinar e mudar,

salva a sua substância, o que julgar conveniente à utilidade dos que os recebem e à veneração dos mesmos

sacramentos, em razão da diversidade das coisas, dos tempos e dos lugares107. Ao mesmo tempo exortem os

fiéis a desejarem participar mais intensamente do rito sagrado, pelo qual se manifesta do modo mais perfeito o

sinal do banquete eucarístico.

283. Além dos casos previstos nos livros rituais, a Comunhão sob as duas espécies é permitida nos

seguintes casos:

a) aos sacerdotes que não podem celebrar ou concelebrar o santo sacrifício;

b) ao diácono e a todos que exercem algum ofício na Missa;

c) aos membros das comunidade na Missa conventual ou na Missa chamada "da comunidade", aos

alunos dos Seminários, a todos os que fazem exercícios espirituais ou que participam de alguma reunião

espiritual ou pastoral.

O Bispo diocesano pode baixar normas a respeito da Comunhão sob as duas espécies para a sua

diocese, a serem observadas inclusive nas igrejas dos religiosos e nos pequenos grupos. Ao mesmo Bispo se

concede a faculdade de permitir a Comunhão sob as duas espécies, sempre que isso parecer oportuno ao

sacerdote a quem, como pastor próprio, a comunidade está confiada, contanto que os fiéis tenham boa

formação a respeito e esteja excluído todo perigo de profanação do Sacramento, ou o rito se torne mais difícil,

por causa do número de participantes ou por outro motivo.

Contudo, quanto ao modo de distribuir a sagrada Comunhão sob as duas espécies aos fiéis, e à

extensão da faculdade, as Conferências dos Bispos podem baixar normas, a serem reconhecidas pela Sé

Apostólica*.

284. Quando a Comunhão é dada sob as duas espécies:

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a) quem serve ao cálice é normalmente o diácono, ou, na sua ausência, o presbítero; ou também o

acólito instituído ou outro ministro extraordinário da sagrada Comunhão; ou outro fiel a quem, em caso de

necessidade, é confiado eventualmente este ofício;

b) o que por acaso sobrar do precioso Sangue é consumido ao altar pelo sacerdote, ou pelo diácono, ou

pelo acólito instituído, que serviu ao cálice e, como de costume, purifica, enxuga e compõe os vasos sagrados.

Aos fiéis que, eventualmente, queiram comungar somente sob a espécie de pão, seja-lhes oferecida a

sagrada Comunhão dessa forma.

285. Para distribuir a Comunhão sob as duas espécies, preparem-se:

a) quando a Comunhão do cálice é feita tomando diretamente do cálice, prepare-se um cálice de

tamanho suficiente ou vários cálices, tendo-se sempre o cuidado de prever que não sobre mais do Sangue de

Cristo do que se possa tomar razoavelmente no fim da celebração;

b) quando a Comunhão se realiza por intinção, as hóstias não sejam demasiado finas nem pequenas,

mas um pouco mais espessas que de costume, para que possam ser distribuídas comodamente depois de

molhadas parcialmente no Sangue.

286. Se a Comunhão do Sangue se faz bebendo do cálice, o comungando, depois de ter recebido o Corpo de

Cristo, aproxima-se do ministro do cálice e fica de pé diante dele. O Ministro diz: O Sangue de Cristo; o

comungando responde: Amém, e o ministro lhe estende o cálice, que o próprio comungando, com as mãos,

leva à boca. O comungando toma um pouco do cálice, devolve-o ao ministro e se retira; o ministro, por sua

vez, enxuga a borda do cálice com o purificatório.

287. Se a Comunhão do cálice é feita por intinção, o comungando, segurando a patena sob a boca,

aproxima-se do sacerdote, que segura o vaso com as sagradas partículas e a cujo lado tem o ministro

sustentando o cálice. O sacerdote toma a hóstia, mergulha-a parcialmente no cálice e, mostrando-a, diz: O

Corpo e o Sangue de Cristo; o comungando responde: Amém, recebe do sacerdote o Sacramento, na boca, e se

retira.

CAPÍTULO V

DISPOSIÇÃO E ORNAMENTAÇÃO DAS IGREJAS PARA A CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA

I. PRINCÍPIOS GERAIS

288. Para celebrar a Eucaristia o povo de Deus se reúne geralmente na igreja, ou na falta ou insuficiência

desta, em outro lugar conveniente, digno de tão grande mistério. As igrejas e os demais lugares devem prestar-

se à execução das ações sagradas e à ativa participação dos féis. Além disso, os edifícios sagrados e os objetos

destinados ao culto sejam realmente dignos e belos, sinais e símbolos das coisas divinas108.

289. Por isso, a Igreja não cessa de solicitar a nobre contribuição das artes e admite as expressões artísticas

de todos os povos e regiões109. Ainda mais, assim como se esforça por conservar as obras e tesouros

artísticos legados pelos séculos precedentes110 e, na medida do necessário, adaptá-las às novas necessidades,

também procura promover formas novas que se adaptem à índole de cada época111.

Portanto, nos programas propostos aos artistas, bem como na seleção de obras a serem admitidas na

igreja, procure-se uma verdadeira qualidade artística, para que alimentem a fé e a piedade e correspondam ao

seu verdadeiro significado e ao fim a que se destinam112.

290. Todas as igrejas sejam dedicadas ou ao menos abençoadas. Contudo, as igrejas catedrais e paroquiais

sejam solenemente dedicadas.

291. Para edificar, reformar e dispor convenientemente os edifícios sagrados, consultem os responsáveis a

Comissão diocesana de Liturgia e Arte Sacra. O Bispo diocesano recorra também ao parecer e auxílio da

mesma Comissão, quando se tratar de estabelecer normas nesta matéria, de aprovar projetos de novos edifícios

sagrados ou resolver questões de certa importância113.

292. A ornamentação da igreja deve visar mais a nobre simplicidade do que a pompa. Na escolha dessa

ornamentação, cuide-se da autenticidade dos materiais e procure-se assegurar a educação dos fiéis e a

dignidade de todo o local sagrado.

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293. Para corresponder às necessidade de nossa época, a organização da igreja e de suas dependências

requer que não se tenha em vista apenas o que se refere às ações sagradas, mas também tudo o que contribua

para uma justa comodidade dos fiéis, como se costuma providenciar nos lugres onde se realizam reuniões.

294. O povo de Deus, que se reúne para a Missa, constitui uma assembléia orgânica e hierárquica que se

exprime pela diversidade de funções e ações, conforme cada parte da celebração. Por isso, convém que a

disposição geral do edifício sagrado seja tal que ofereça uma imagem da assembléia reunida, permita uma

conveniente disposição de todas as coisas e favoreça a cada um exercer corretamente a sua função.

Os fiéis e o grupo dos cantores ocuparão lugares que lhes favoreçam uma participação ativa114.

O sacerdote celebrante, o diácono e demais ministros tomarão lugar no presbitério. Aí se prepararão as

cadeiras dos concelebrantes; se, porém, seu número for grande, as cadeiras serão dispostas em outro lugar da

igreja, mas próximo do altar.

Tudo isso, além de exprimir a ordenação hierárquica e a diversidade das funções, deve constituir uma

unidade íntima e coerente pela qual se manifeste com evidência a unidade de todo o povo de Deus. A natureza

e beleza do local e de todas as alfaias alimentem a piedade dos fiéis e manifestem a santidade dos mistérios

celebrados.

II. DISPOSIÇÃO DO PRESBITÉRIO PARA A ASSEMBLÉIA SAGRADA

295. O presbitério é o lugar, onde se encontra localizado o altar, é proclamada a palavra de Deus, e o

sacerdote, o diácono e os demais ministros exercem o seu ministério. Convém que se distinga do todo da

igreja por alguma elevação, ou por especial estrutura e ornato. Seja bastante amplo para que a celebração da

Eucaristia se desenrole comodamente e possa ser vista por todos115.

O altar e sua ornamentação

296. O altar, onde se torna presente o sacrifício da cruz sob os sinais sacramentais, é também a mesa do

Senhor na qual o povo de Deus é convidado a participar por meio da Missa; é ainda o centro da ação de graças

que se realiza pela Eucaristia.

297. A celebração da Eucaristia, em lugar destinado ao culto, deve ser feita num altar; fora do lugar

sagrado, pode se realizar sobre uma mesa apropriada, sempre, porém, com toalha e corporal, cruz e castiçais.

298. Convém que em toda igreja exista um altar fixo, que significa de modo mais claro e permanente Jesus

Cristo, Pedra vida (1Pd 2,4; cf. Ef 2, 20); nos demais lugares dedicados às sagradas celebrações, o altar pode

ser móvel.

Chama-se altar fixo quando é construído de tal forma que esteja unido ao pavimento, e não possa ser

removido; móvel, quando pode ser removido.

299. O altar seja construído afastado da parede, a fim de ser facilmente circundado e nele se possa celebrar

de frente para o povo, o que convém fazer em toda parte onde for possível. O altar ocupe um lugar que seja de

fato o centro para onde espontaneamente se volte a atenção de toda a assembléia dos fiéis116. Normalmente

seja fixo e dedicado.

300. Tanto o altar fixo como o móvel seja dedicado conforme o rito apresentado no Pontifical Romano;

contudo, o altar móvel pode também ser apenas abençoado.

301. Segundo tradicional e significativo costume da Igreja, a mesa do altar fixo seja de pedra, e mesmo de

pedra natural. Contudo, pode-se também usar outro material digno, sólido e esmeradamente trabalhado, a

juízo da Conferência dos Bispos. Os pés ou a base de sustentação da mesa, podem ser feitos de qualquer

material, contanto que digno e sólido.

O altar móvel pode ser construído de qualquer material nobre e sólido, condizente com o uso litúrgico

e de acordo com as tradições e costumes das diversas regiões.

302. Se for oportuno, mantenha-se o uso de depositar sob o altar a ser dedicado relíquias de Santos, ainda

que não sejam mártires. Cuide-se, porém, de verificar a autenticidade de tais relíquias.

303. Nas novas igrejas a serem construídas, convém erigir um só altar, que na assembléia dos fiéis

signifique um só Cristo e uma só Eucaristia da Igreja.

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Contudo, nas igrejas já construídas, quando o altar antigo estiver colocado de tal maneira que torne

difícil a participação do povo, nem puder ser transferido sem detrimento de seu valor artístico, construa-se

outro altar fixo com valor artístico e a ser devidamente dedicado; e somente nele se realizem as sagradas

celebrações. Para não distrair a atenção dos fiéis, do novo altar, o altar antigo não seja ornado de modo

especial.

304. Em reverência para com a celebração do memorial do Senhor e o banquete em que se comungam o seu

Corpo e Sangue, ponha-se sobre o altar onde se celebra ao menos uma toalha de cor branca, que combine, por

seu formato, tamanho e decoração, com a forma do mesmo altar.

305. Na ornamentação do altar observe-se moderação.

No Tempo do Advento se ornamente o altar com flores com moderação tal que convenha à índole desse

tempo, sem contudo, antecipar aquela plena alegria do Natal do Senhor. No Tempo da Quaresma é proibido

ornamentar com flores o altar. Excetuam-se, porém, o domingo "Laetare" (IV na Quaresma), solenidades e

festas.

A ornamentação com flores seja sempre moderada e, ao invés de se dispor o ornamento sobre o altar,

de preferência seja colocado junto a ele.

306. Sobre a mesa do altar podem ser colocadas somente aquelas coisas que se requerem para a celebração

da Missa, ou seja: o Evangeliário, do início da celebração até a proclamação do Evangelho; desde a

apresentação das oferendas até a purificação dos vasos sagrados, o cálice com a patena, o cibório, se

necessário, e, finalmente, o corporal, o purificatório, a pala e o missal.

Além disso, se disponham de modo discreto os aparelhos que possam ajudar a amplificar a voz do

sacerdote.

307. Os castiçais requeridos pelas ações litúrgicas para manifestarem a reverência e o caráter festivo da

celebração (cf. n. 117), sejam colocados, como parecer melhor, sobre o altar ou junto dele, levando em conta

as proporções do altar e do presbitério, de modo a formarem um conjunto harmonioso e que não impeça os

fiéis de verem aquilo que se realiza ou se coloca sobre o altar.

308. Haja também sobre o altar ou perto dele uma cruz com a imagem do Cristo crucificado que seja bem

visível para o povo reunido. Convém que tal cruz que serve para recordar aos fiéis a paixão salutar do Senhor,

permaneça junto ao altar também fora das celebrações litúrgicas.

O ambão

309. A dignidade da palavra de Deus requer na igreja um lugar condigno de onde possa ser anunciada e

para onde se volte espontaneamente a atenção dos fiéis no momento da liturgia da Palavra117.

De modo geral, convém que esse lugar seja uma estrutura estável e não uma simples estante móvel. O

ambão seja disposto de tal modo em relação à forma da igreja que os ministros ordenados e os leitores possam

ser vistos e ouvidos facilmente pelos fiéis.

Do ambão são proferidas somente as leituras, o salmo responsorial e o precônio pascal; também se

podem proferir a homilia e as intenções da oração universal ou oração dos fiéis. A dignidade do ambão exige

que a ele suba somente o ministro da palavra.

Convém que o novo ambão seja abençoado antes de ser destinado ao uso litúrgico conforme o rito

proposto no Ritual Romano118.

A cadeira para o sacerdote celebrante e outras cadeiras

310. A cadeira do sacerdote celebrante deve manifestar a sua função de presidir a assembléia e dirigir a

oração. Por isso, o seu lugar mais apropriado é de frente para o povo no fundo do presbitério, a não ser que a

estrutura do edifício sagrado ou outras circunstâncias o impeçam, por exemplo, se a demasiada distância torna

difícil a comunicação entre o sacerdote e a assembléia, ou se o tabernáculo ocupar o centro do presbitério atrás

do altar. Evite-se toda espécie de trono119. Antes de ser destinada ao uso litúrgico, convém que se faça a

bênção da cadeira da presidência segundo o rito descrito no Ritual Romano120.

Disponham-se também no presbitério cadeiras para os sacerdotes concelebrantes, bem como para

presbíteros que, revestidos de veste coral, participem da concelebração, sem que concelebrem.

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A cadeira para o diácono esteja junto da cadeira do celebrante. Para os demais ministros, as cadeiras

sejam dispostas de modo que se distingam claramente das cadeiras do clero e eles possam exercer com

facilidade a função que lhes é confiada121.

III. A DISPOSIÇÃO DA IGREJA

O lugar dos fiéis

311. Disponham-se os lugares dos fiéis com todo o cuidado, de sorte que possam participar devidamente

das ações sagradas com os olhos e o espírito. Convém que haja habitualmente para eles bancos ou cadeiras.

Mas, reprova-se o costume de reservar lugares para determinadas pessoas122. Sobretudo nas novas igrejas

que são construídas, disponham-se os bancos ou as cadeiras de tal forma que os fiéis possam facilmente

assumir as posições requeridas pelas diferentes partes da celebração e aproximar-se sem dificuldades da

sagrada Comunhão.

Cuide-se que os fiéis possam não só ver o sacerdote, o diácono ou os leitores, mas também, graças aos

instrumentos técnicos modernos, ouvi-los com facilidade.

O lugar do grupo de cantores e dos instrumentos musicais

312. O grupo dos cantores, segundo a disposição de cada igreja, deve ser colocado de tal forma que se

manifeste claramente sua natureza, isto é, que faz parte da assembléia dos fiéis, onde desempenha um papel

particular; que a execução de sua função se torne mais fácil; e possa cada um de seus membros facilmente

obter uma participação plena na Missa, ou seja, participação sacramental123.

313. O órgão e outros instrumentos musicais legitimamente aprovados sejam colocados em tal lugar que

possam sustentar o canto do grupo de cantores e do povo e possam ser facilmente ouvidos, quando tocados

sozinhos. Convém que o órgão seja abençoado antes de ser destinado ao uso litúrgico, segundo o rito descrito

no Ritual Romano124.

No Tempo do Advento o órgão e outros instrumentos musicais sejam usados com moderação tal que

convenha à índole desse tempo, sem contudo, antecipar aquela plena alegria do Natal do Senhor.

No Tempo da Quaresma o toque do órgão e dos outros instrumentos é permitido somente para

sustentar o canto. Excetuam-se, porém, o domingo "Laetare" (IV na Quaresma), as solenidades e as festas.

O lugar de conservação da Santíssima Eucaristia

314. De acordo com a estrutura de cada igreja e os legítimos costumes locais, o Santíssimo Sacramento seja

conservado num tabernáculo, colocado em lugar de honra da igreja, suficientemente amplo, visível,

devidamente decorado e que favoreça a oração125.

Normalmente o tabernáculo seja um único, inamovível, feito de material sólido e inviolável não transparente,

e fechado de tal modo que se evite ao máximo o perigo de profanação126. Convém, além disso, que seja

abençoado antes de ser destinado ao uso litúrgico, segundo o rito descrito no Ritual Romano127.

315. Em razão do sinal é mais conveniente que no altar em que se celebra a Missa não haja tabernáculo

onde se conserva a Santíssima Eucaristia128.

É preferível, pois, a juízo do Bispo diocesano, colocar o tabernáculo:

a) no presbitério, fora do altar da celebração, na forma e no lugar mais convenientes, não estando

excluído o altar antigo que não mais é usado para a celebração (n. 306);

b) ou também numa capela apropriada para a adoração e oração privada dos fiéis129, que esteja

organicamente ligada com a igreja e visível aos fiéis.

316. Conforme antiga tradição mantenha-se perenemente acesa uma lâmpada especial junto ao tabernáculo,

alimentada por óleo ou cera, pela qual se indique e se honre a presença de Cristo130.

317. Além disso, de modo algum se esqueça tudo o mais que se prescreve, segundo as normas do direito,

sobre a conservação da Santíssima Eucaristia131.

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As imagens sagradas

318. Na liturgia terrena, antegozando, a Igreja participa da liturgia celeste, que se celebra na cidade santa de

Jerusalém, para a qual, peregrina, se encaminha, onde Cristo está sentado à direita de Deus, e venerando a

memória dos Santos, espera fazer parte da sociedade deles132.

Por isso, segundo antiqüíssima tradição da Igreja, as imagens do Senhor, da Bem-aventurada Virgem

Maria e dos Santos sejam legitimamente apresentadas à veneração dos fiéis nos edifícios sagrados133 e sejam

aí dispostas de modo que conduzam os fiéis aos mistérios da fé que ali se celebram. Por isso, cuide-se que o

seu número não aumente desordenadamente, e sua disposição se faça na devida ordem, a fim de não

desviarem da própria celebração a atenção dos fiéis134. Normalmente, não haja mais de uma imagem do

mesmo santo. De modo geral, procure-se na ornamentação e disposição da igreja, quanto às imagens,

favorecer a piedade de toda a comunidade e a beleza e a dignidade das imagens.

CAPÍTULO VI

REQUISITOS PARA A CELEBRAÇÃO DA MISSA

I. O PÃO E O VINHO PARA A CELEBRAÇÃO DA EUCARISTIA

319. Seguindo o exemplo de Cristo, a Igreja sempre utilizou pão e vinho com água para celebrar o banquete

do Senhor.

320. O pão para a celebração da Eucaristia deve ser de trigo sem mistura, recém-feito e ázimo conforme

antiga tradição da Igreja latina.

321. A verdade do sinal exige que a matéria da celebração eucarística pareça realmente um alimento.

Convém, portanto, que, embora ázimo e com a forma tradicional, seja o pão eucarístico de tal modo preparado

que o sacerdote, na Missa com povo, possa de fato partir a hóstia em diversas partes e distribuí-las ao menos a

alguns dos fiéis. Não se excluem, porém, as hóstia pequenas, quando assim o exigirem o número dos

comungantes e outras razões pastorais. O gesto, porém, da fração do pão, que por si só designava a Eucaristia

nos tempos apostólicos, manifestará mais claramente o valor e a importância do sinal da unidade de todos

num só pão, e da caridade fraterna pelo fato de um único pão ser repartido entre os irmãos.

322. O vinho para a celebração eucarística deve ser de uva (cf. Lc 22, 18), natural e puro, isto é, sem

mistura de substâncias estranhas.

323. Cuide-se atentamente que o pão e o vinho destinados à Eucaristia sejam conservados em perfeito

estado, isto é: que o vinho não azede, nem o pão se corrompa ou se torne demasiado duro, difícil de partir.

324. Se depois da consagração ou quando vai comungar, o sacerdote percebe que no cálice não foi colocado

vinho, mas água, derrame a água em algum recipiente, coloque vinho com água no cálice, consagrando-o com

a parte da narração da instituição correspondente à consagração do cálice, sem ser obrigado a consagrar

novamente o pão.

II. AS SAGRADAS ALFAIAS EM GERAL

325. Como na construção de igrejas, também em relação a todas as alfaias, a Igreja admite a expressão

artística de cada região, aceitando adaptações que concordem com a índole e as tradições de cada povo,

contanto que tudo corresponda devidamente ao uso a que se destinam as alfaias135.

Também neste ponto cuide-se atentamente de obter a nobre simplicidade que se coadune perfeitamente

com a verdadeira arte.

326. Na escolha dos materiais para as alfaias, admitem-se igualmente, além dos tradicionais, aqueles que

são considerados nobres pela mentalidade atual, são duráveis e se prestam bem para o uso sagrado. Compete à

Conferência dos Bispos de cada região decidir a esse respeito (cf. n. 390).

III. OS VASOS SAGRADOS

327. Entre as coisas necessárias para a celebração da Missa, honram-se especialmente os vasos sagrados e,

entre eles, o cálice e a patena, onde se oferecem, consagram e consomem o vinho e o pão.

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328. Os vasos sagrados sejam feitos de metal nobre. Se forem de metal oxidável ou menos nobres do que o

ouro sejam normalmente dourados por dentro.

329. A juízo da Conferência dos Bispos, com aprovação da Sé Apostólica, os vasos sagrados podem ser

feitos também de outros materiais sólidos e considerados nobres em cada região, por exemplo, o ébano ou

outras madeiras mais duras, contanto que convenham ao uso sagrado. Neste caso, prefiram-se sempre

materiais que não se quebrem nem se alterem facilmente. Isso vale para todos os vasos destinados a receber as

hóstias como patena, cibório, teca, ostensório e outros do gênero.

330. Os cálices e outros vasos destinados a receber o Sangue do Senhor, tenham a copa feita de matéria que

não absorva líquidos. O pé pode ser feito de outro material sólido e digno.

331. Para consagrar as hóstias, é conveniente usar uma patena de maior dimensão, onde se coloca tanto o

pão para o sacerdote e o diácono, bem como para os demais ministros e fiéis.

332. Quanto à forma dos vasos sagrados, o artista tem a liberdade de confeccioná-los de acordo com os

costumes de cada região, contanto que coadunem com o uso litúrgico a que são destinados e se distingam

claramente daqueles destinados ao uso cotidiano.

333. Quanto à bênção dos vasos sagrados, observem-se os ritos prescritos nos livros litúrgicos136.

334. Conserve-se o costume de construir na sacristia uma piscina, em que se lance a água da purificação dos

vasos sagrados e da lavagem das toalhas de linho (cf. n. 280).

IV. AS VESTES SAGRADAS

335. Na Igreja, que é o Corpo de Cristo, nem todos os membros desempenham a mesma função. Esta

diversidade de funções na celebração da Eucaristia manifesta-se exteriormente pela diversidade das vestes

sagradas, que por isso devem ser um sinal da função de cada ministro. Importa que as próprias vestes sagradas

contribuam também para a beleza da ação sagrada. As vestes usadas pelos sacerdotes, os diáconos, bem como

pelos ministros leigos são oportunamente abençoados antes que sejam destinados ao uso litúrgico, conforme o

rito descrito no Ritual Romano137.

336. A alva é a veste sagrada comum a todos os ministros ordenados e instituídos de qualquer grau; ela será

cingida à cintura pelo cíngulo, a não ser que o seu feitio o dispense. Antes de vestir a alva, põe-se o amito,

caso ela não encubra completamente as vestes comuns que circundam o pescoço. A alva não poderá ser

substituída pela sobrepeliz, nem sobre a veste talar, quando se deve usar casula ou dalmática, ou quando, de

acordo com as normas, se usa apenas a estola sem a casula ou dalmática.

337. A não ser que se disponha de outro modo, a veste própria do sacerdote celebrante, tanto na Missa

como em outras ações sagradas em conexão direta com ela, é a casula ou planeta sobre a alva e a estola.

338. A veste própria do diácono é a dalmática sobre a alva e a estola; contudo, por necessidade ou em

celebrações menos solenes a dalmática pode ser dispensada.

339. Os acólitos, os leitores e os outros ministros leigos podem trajar alva ou outra veste legitimamente

aprovadas pela Conferência dos Bispos em cada região (cf. n. 390).

340. A estola é colocada pelo sacerdote em torno do pescoço, pendendo diante do peito; o diácono usa a

estola a tiracolo sobre o ombro esquerdo, prendendo-a do lado direito.

341. A capa ou pluvial é usada pelo sacerdote nas procissões e outras ações sagradas, conforme as rubricas

de cada rito.

342. Quanto à forma das vestes sagradas, as Conferências dos Bispos podem definir e propor à Sé

Apostólica as adaptações que correspondam às necessidades e costumes da região138*.

343. Na confecção das vestes sagradas, podem-se usar, além dos tecidos tradicionais, os materiais próprios

de cada região e mesmo algumas fibras artificiais que se coadunem com a dignidade da ação sagrada e da

pessoa, a juízo da Conferência dos Bispos139.

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344. Convém que a beleza e nobreza de cada vestimenta decorram não tanto da multiplicidade de ornatos,

mas do material usado e da forma. Os ornatos apresentem figuras ou imagens ou então símbolos que indiquem

o uso sagrado, excluindo-se os que não se prestam bem a esse uso.

345. As diferentes cores das vestes sagradas visam manifestar externamente o caráter dos mistérios

celebrados, e também a consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do ano litúrgico.

346. Com relação à cor das vestes sagradas, seja observado o uso tradicional, a saber:

a) O branco é usado nos Ofícios e Missas do Tempo pascal e do Natal do Senhor; além disso, nas

celebrações do Senhor, exceto as de sua Paixão, da Bem-aventurada Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos

Santos não Mártires, nas solenidades de Todos os Santos (1º de novembro), de São João Batista (24 de junho),

nas festas de São João Evangelista (27 de dezembro), da Cátedra de São Pedro (22 de fevereiro) e da

Conversão de São Paulo (25 de janeiro).

b) O vermelho é usado no domingo da Paixão e na Sexta-feira da Semana Santa, no domingo de

Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas natalícias dos Apóstolos e Evangelistas e nas

celebrações dos Santos Mártires.

c) O verde se usa nos Ofícios e Missas do Tempo comum.

d) O roxo é usado no tempo do Advento e da Quaresma. Pode também ser usado nos Ofícios e Missas

dos Fiéis defuntos.

e) O preto pode ser usado, onde for costume, nas Missas dos Fiéis defuntos.

f) O rosa pode ser usado, onde for costume, nos domingos Gaudete (III do Advento) e Laetare (IV na

Quaresma).

g) Em dias mais solenes podem ser usadas vestes sagradas festivas ou mais nobres, mesmo que não

sejam da cor do dia.

No que se refere às cores litúrgicas, as Conferências dos Bispos podem determinar e propor à Sé

Apostólica adaptações que correspondam à necessidades e ao caráter de cada povo.

347. As Missas rituais são celebradas com a cor própria, a branca ou a festiva; as Missas por diversas

necessidades, com a cor própria do dia ou do Tempo, ou com a cor roxa, se tiverem cunho penitencial, por

exemplo, n. 31, 33 e 38; as Missas votivas, com a cor que convém à Missa a ser celebrada, ou também com a

cor própria do dia ou do tempo.

V. OUTROS OBJETOS USADOS NA IGREJA

348. Além dos vasos e das vestes sagradas, para os quais se prescreve determinado material, as demais

alfaias destinadas ao culto litúrgico140 ou a qualquer uso na igreja, sejam dignas e condizentes com o fim a

que se destinam.

349. Deve-se cuidar de modo especial que os livros litúrgicos, particularmente, o Evangeliário e o

lecionário, destinados à proclamação da palavra de Deus, gozando, por isso, de veneração peculiar, sejam na

ação litúrgica realmente sinais e símbolos das realidades celestes, e, por conseguinte, verdadeiramente dignos,

artísticos e belos.

350. Além disso, deve-se atender com todo o cuidado às coisas que estão ligadas diretamente com o altar e

a celebração eucarística, como sejam, por exemplo, a cruz do altar e a cruz que é levada em procissão.

351. Tenha-se o cuidado de observar as exigências da arte também em coisas de menor importância, e de

sempre aliar uma nobre simplicidade a um apurado asseio.

CAPÍTULO VII

A ESCOLHA DA MISSA E DE SUAS PARTES

352. A eficácia pastoral da celebração aumentará certamente, se os textos das leituras, das orações e dos

cantos corresponderem, na medida do possível, às necessidades, à preparação espiritual e à mentalidade dos

participantes. Isto se obterá mais facilmente usando-se a múltipla possibilidade de escolha que se descreve

adiante.

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Por conseguinte, na organização da Missa, o sacerdote levará mais em conta o bem espiritual de toda a

assembléia do que o seu próprio gosto. Lembre-se ainda de que a escolha das diversas partes deve ser feita em

comum acordo com os que exercem alguma função especial na celebração, sem excluir absolutamente os fiéis

naquilo que se refere a eles de modo mais direto.

Sendo muito grande a possibilidade de escolha para as diversas partes da Missa, é necessário que antes

da celebração, o diácono, os leitores, o salmista, o cantor, o comentarista, o grupo dos cantores, saibam

exatamente cada um quais os textos que lhes competem, para que nada se faça de improviso, pois a

harmoniosa organização e execução dos ritos muito contribuem para dispor os fiéis à participação da

Eucaristia.

I. A ESCOLHA DA MISSA

353. Nas solenidades o sacerdote deve seguir o calendário da igreja em que celebra.

354. Nos domingos, nos dias de semana do Advento, do Natal, da Quaresma e da Páscoa, nas festas e nas

memórias obrigatórias:

a) se a Missa é celebrada com povo, o sacerdote siga o calendário da igreja em que celebra;

b) se a Missa é celebrada com a participação de um só ministro, o sacerdote pode escolher tanto o

calendário da igreja como o calendário próprio.

355. Nas memórias facultativas:

a) Nos dias de semana do Advento, de 17 a 24 de dezembro, nos dias da Oitava da Páscoa e nos dias

de semana da Quaresma, exceto Quarta-feira de Cinzas e os dias de semana da Semana Santa, diz-se a Missa

do dia litúrgico ocorrente; mas se poderá tomar a oração do dia da memória que conste no calendário geral

para aquele dia, exceto na Quarta-feira de Cinzas ou num dia de semana da Semana Santa. Nos dias de

semana do Tempo pascal a memória dos Santos pode realizar-se integralmente conforme as rubricas.

b) Nos dias de semana do Advento anteriores a 17 de dezembro, nos dias de semana do Tempo do

Natal desde o dia 2 de janeiro e nos dias de semana do Tempo pascal, pode-se escolher tanto a Missa do Santo

ou de um dos Santos cuja memória se celebra, ou ainda de qualquer outro que conste do Martirológio naquele

dia.

c) Nos dias de semana do Tempo comum, pode-se escolher entre a Missa do dia de semana, a da

memória facultativa ocorrente, a de algum Santo que conste do Martirológio naquele dia, uma das Missas para

diversas necessidades ou votiva.

Se o sacerdote celebra com povo, cuidará de não omitir muitas vezes e sem razão suficiente, as leituras

indicadas no lecionário cada dia para os dias de semana, pois a Igreja deseja que a mesa da palavra de Deus

seja oferecida aos fiéis com maior riqueza141.

Pela mesma razão não tome com freqüência as Missas dos Fiéis defuntos, pois qualquer Missa é

oferecida tanto pelos vivos como pelos falecidos, e há um memento para eles em cada Oração eucarística.

Onde os fiéis tiverem grande estima pelas memórias facultativas da Virgem Maria ou dos Santos,

satisfaça-se a legítima piedade do povo.

Quando houver liberdade de optar entre a memória do calendário universal e a do calendário diocesano

ou religioso, dê-se preferência, em pé de igualdade e segundo a tradição, à memória particular.

II. A ESCOLHA DAS PARTES DA MISSA

356. Ao escolher os textos das diversas partes da Missa, tanto do Tempo como dos Santos, observem-se as

normas que se seguem.

Leituras

357. Para os domingos e solenidades estão marcadas três leituras, isto é, do Profeta, do Apóstolo e do

Evangelho, que levam o povo cristão a compreender a continuidade da obra da salvação, segundo a admirável

pedagogia divina. Estas leituras sejam realmente feitas. No Tempo pascal, conforme a tradição da Igreja, em

lugar do Antigo Testamento, a leitura tomada dos Atos dos Apóstolos.

Para as festas são previstas duas leituras. Mas, se a festa, segundo as normas, for elevada ao grau de

solenidade, acrescenta-se uma terceira leitura, tirada do Comum.

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Na memória dos Santos, a não ser que haja próprias, lêem-se normalmente as leituras indicadas para o

dia de semana. Em alguns casos propõem-se leituras apropriadas, ou seja, que realçam um aspecto peculiar da

vida espiritual ou da atividade do Santo. O uso destas leituras não deve ser urgido, a não ser que uma razão

pastoral realmente o aconselhe.

358. No Lecionário semanal propõem-se leituras para cada dia da semana durante todo o ano. Por isso, via

de regra, tais leituras serão tomadas nos dias em que estão marcadas, a não ser que ocorra uma solenidade ou

festa ou memória que tenha leituras próprias do Novo Testamento, ou seja, nas quais se faça menção do Santo

celebrado.

Se, no entanto, a leitura contínua da semana for interrompida por alguma solenidade, festa ou

celebração particular, poderá o sacerdote, considerando a disposição das leituras de toda a semana, juntar às

outras as leituras omitidas, ou então decidir quais os textos que deverão ser preferidos.

Nas Missas para grupos particulares, poderá o sacerdote escolher textos mais adaptados àquela

celebração, contanto que sejam selecionados entre os que constem do lecionário aprovado.

359. Existe também uma seleção especial de textos da Sagrada Escritura no lecionário para as Missas rituais

em que ocorra a celebração de algum Sacramento ou Sacramental ou para as Missas que são celebradas por

alguma necessidade.

Estes lecionários foram compostos para levar os fiéis, por uma audição mais adequada da palavra de

Deus, a compreender mais plenamente o mistério de que participam, e estimar cada vez mais a palavra de

Deus.

Por isso, ao determinar os textos a serem proferidos na celebração, levem-se em conta as razões de

ordem pastoral e a faculdade de opção concedida nesta matéria.

360. Por vezes se apresenta uma forma mais longa ou outra mais breve de um mesmo texto. Na escolha

entre as duas formas tenha-se em vista o critério pastoral. No caso, é preciso atender à capacidade dos fiéis de

ouvir com fruto a leitura mais ou menos longa; à sua capacidade de ouvir um texto mais completo a ser

explicado pela homilia142.

361. Quando se concede a faculdade de escolher entre um ou outro texto já determinado, ou quando se

deixa à escolha, será mister atender à utilidade dos que participam. Isso pode acontecer quando se trata de usar

um texto que seja mais fácil ou mais adequado à assembléia reunida, ou de um texto a ser repetido ou reposto,

indicado como próprio em alguma celebração ou seja leitura de livre escolha, sempre que a utilidade pastoral

o aconselhe143.

Isso pode acontecer quando o mesmo texto deva ser proclamado de novo dentro de alguns dias, por

exemplo, no domingo e num dia de semana que se segue imediatamente, ou quando se teme que algum dos

textos escolhidos apresente dificuldades para a assembléia reunida. Cuide-se, porém, que na escolha dos

textos da Sagrada Escritura, algumas de suas partes sejam permanentemente excluídas.

362. Além das faculdades de escolher textos mais apropriados, conforme foi exposto acima, dá-se às

Conferências dos Bispos, em circunstâncias peculiares, a faculdade de indicar algumas adaptações relativas às

leituras, mantendo-se, no entanto, o princípio de que os textos sejam escolhidos do lecionário devidamente

aprovado.

Orações

363. Em cada Missa, a não ser que se indique outra coisa, dizem-se as orações que lhe são próprias.

Nas memórias dos Santos, diz-se a oração do dia própria ou, em sua falta, do Comum correspondente;

as orações sobre as oferendas e depois da Comunhão, não sendo próprias, podem ser tomadas do Comum ou

dos dias de semana do Tempo comum.

Nos dias de semana do Tempo comum, porém, além das orações do domingo precedente, podem

tomar-se as orações de outro domingo do Tempo comum ou uma das orações para diversas necessidades

consignadas o Missal. Mas será sempre lícito tomar apenas a oração do dia das mesmas Missas.

Desta maneira se oferece maior riqueza de textos, capazes de nutrir com maior abundância as preces

dos fiéis.

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Nos tempos mais importantes do ano, essa adaptação já é feita pelas orações que lhes são próprias,

contidas no Missal para cada dia da semana.

Oração eucarística

364. O grande número de prefácios com que o Missal Romano foi enriquecido tem por objetivo pôr em

plena luz os temas da ação de graças na Oração eucarística e realçar os vários aspectos do mistério da

salvação.

365. A escolha entre as várias Orações eucarísticas, que se encontram no Ordinário da Missa, segue,

oportunamente, as seguintes normas:

a) A Oração eucarística I, ou Cânon romano, que sempre pode ser usada, é proclamada mais

oportunamente, nos dias em que a Oração eucarística tem o Em comunhão próprio ou nas Missas enriquecidas

com o Recebei, ó Pai, próprio, como também nas celebrações dos Apóstolos e dos Santos mencionados na

mesma Oração; também nos domingos, a não ser que por motivos pastorais se prefira a Terceira Oração

eucarística.

b) A oração eucarística II, por suas características particulares, é mais apropriadamente usada nos dias

de semana ou em circunstâncias especiais. Embora tenha Prefácio próprio, pode igualmente ser usada com

outros prefácios, sobretudo aqueles que de maneira sucinta apresentem o mistério da salvação, por exemplo,

os prefácios comuns. Quando se celebra a Missa por um fiel defunto, pode-se usar a fórmula própria proposta

no respectivo lugar, a saber antes do Lembrai-vos também.

c) A Oração eucarística III pode ser dita com qualquer Prefácio. Dê-se preferência a ela nos domingos

e festas. Se, contudo, esta Prece for usada nas Missas pelo fiéis defuntos, pode-se tomar a fórmula especial

pelo falecido, no devido lugar, ou seja, após as palavras: Reuni em vós, Pai de misericórdia todos os vossos

filhos e filhas dispersos pelo mundo inteiro.

d) A Oração eucarística IV possui um Prefácio imutável e apresenta um resumo mais completo da

história da salvação. Pode ser usada quando a Missa não possui Prefácio próprio, bem como nos domingos do

Tempo comum. Não se pode inserir nesta Oração, devido à sua estrutura, uma fórmula especial por um fiel

defunto.

Cantos

366. Não é lícito substituir os cantos colocados no Ordinário da Missa, por exemplo, o Cordeiro de Deus,

por outros cantos.

367. Na seleção dos cantos interlecionais e dos cantos da Entrada, das Oferendas e da Comunhão,

observem-se as normas estabelecidas nos respectivos lugares (cf. n. 40-41, 47-48, 61-64, 74, 87-88).

CAPÍTULO VIII

MISSAS E ORAÇÕES PARA DIVERSAS CIRCUNSTÂNCIAS E MISSAS DOS FIÉIS DEFUNTOS

I. MISSAS E ORAÇÕES PARA DIVERSAS CIRCUNSTÂNCIAS

368. Como a liturgia dos Sacramentos e Sacramentais obtém para os fiéis devidamente preparados que

quase todos os acontecimentos da vida sejam santificados pela graça divina que flui do mistério pascal144, e

como a Eucaristia é o sacramento dos sacramentos, o Missal fornece formulários de Missas e orações que, nas

diversas ocasiões da vida cristã, podem ser usadas pelas necessidades do mundo inteiro, da Igreja universal e

da Igreja local.

369. Tendo em vista a mais ampla faculdade de escolher leituras e orações, convém que as Missas para as

diversas circunstâncias sejam empregadas moderadamente, isto é, quando a oportunidade o exigir.

370. Em todas as Missas para as diversas circunstâncias, a não ser que se disponha de outro modo, é

permitido usar as leituras dos dias de semana bem como os seus cantos interlecionais, se combinarem com a

celebração.

371. Entre essas Missas contam-se as Missas rituais, para diversas necessidades, para as diversas

circunstâncias e votivas.

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372. As Missas rituais estão unidas à celebração de certos Sacramentos e Sacramentais. São proibidas nos

domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa, nas solenidades, nos dias da oitava da Páscoa, na

Comemoração de Todos os Fiéis defuntos, na Quarta-feira de Cinzas e nos dias de semana da Semana Santa,

observando-se, além disso, as normas contidas nos livros rituais e nas próprias Missas.

373. As Missas para várias necessidades ou para diversas circunstâncias são usadas em algumas

circunstâncias, que ocorrem de tempos em tempos, ou em épocas estabelecidas. Dentre elas a autoridade

competente pode escolher as Missas para as rogações, cuja celebração, no decorrer do ano, será decidida pela

Conferência dos Bispos*.

374. Ao ocorrer uma necessidade mais grave ou por utilidade pastoral, pode celebrar-se em qualquer dia a

Missa conveniente com ordem ou permissão do Bispo diocesano, exceto nas solenidades, nos domingos do

Advento, da Quaresma e da Páscoa, nos dias da oitava da Páscoa, na Comemoração de Todos os Fiéis

Defuntos, na Quarta-feira de Cinzas e nos dias de semana da Semana Santa.

375. As Missas votivas sobre os mistérios do Senhor ou em honra da Bem-aventurada Virgem Maria, dos

Anjos, de algum Santo ou de todos os Santos, podem ser celebradas para favorecer a devoção dos fiéis nos

dias de semana do Tempo comum, mesmo que ocorra uma memória facultativa. Contudo não podem ser

celebradas como votivas as Missas que se referem aos mistérios da vida do Senhor ou da Bem-aventurada

Virgem Maria, com exceção da Missa de sua Imaculada Conceição, pelo fato de a sua celebração estar unida

ao círculo do ano litúrgico.

376. Nos dias em que ocorra uma memória obrigatório ou um dia de semana do Advento até ao dia 16 de

dezembro, do Tempo de Natal desde o dia 2 de janeiro, e do Tempo pascal depois da oitava da Páscoa, de per

si são proibidas as Missas para diversas necessidades e votivas. Se, porém, verdadeira necessidade ou

utilidade pastoral o exigir, poderá ser usada na celebração com povo a Missa que corresponda a tal

necessidade ou utilidade, a juízo do reitor da igreja ou do próprio sacerdote celebrante.

377. Nos dias de semana do Tempo comum em que ocorra uma memória facultativa ou se celebra o Ofício

semanal, é permitido celebrar qualquer Missa ou usar qualquer oração para diversas circunstâncias,

excetuando-se as Missas rituais.

378. Recomenda-se de modo particular a memória de Santa Maria no Sábado, pelo fato de se tributar na

Liturgia da Igreja à Mãe do Redentor uma veneração acima e de preferência a todos os Santos145.

II. MISSAS PELOS FIÉIS DEFUNTOS

379. A Igreja oferece o Sacrifício eucarístico da Páscoa de Cristo pelos defuntos, a fim de que, pela

comunhão de todos os membros de Cristo entre si, o que obtém para uns o socorro espiritual traga aos outros a

consolação da esperança.

380. Entre as Missas dos fiéis defuntos ocupa o primeiro lugar a Missa de exéquias, que pode ser celebrada

todos os dias, exceto nas solenidades de preceito, na Quinta-feira da Semana Santa, no Tríduo pascal e nos

domingos do Advento, da Quaresma e da Páscoa, observado, além disso, tudo o que é de direito146.

381. A Missa dos fiéis defuntos ao receber-se a notícia da morte, ou por ocasião da sepultura definitiva, ou

no dia do primeiro aniversário, pode ser celebrada também nos dias dentro da oitava de natal, nos dias em que

ocorrer uma memória obrigatória ou um dia de semana, exceto Quarta-feira de Cinzas e os dias de semana da

Semana Santa.

As outras Missas dos fiéis defuntos, ou Missas "cotidianas", podem ser celebradas nos dias de semana

do Tempo comum, quando ocorre uma memória facultativa ou é rezado o Ofício semanal, contanto que

realmente sejam celebradas em intenção dos falecidos.

382. Nas Missas exequiais haja, normalmente, uma breve homilia, excluindo-se no entanto qualquer tipo de

elogio fúnebre.

383. Os fiéis, sobretudo os da família do falecido, sejam convidados a participar também pela sagrada

Comunhão do sacrifício eucarístico oferecido por um falecido.

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384. Se a Missa exequial é imediatamente seguida pelo rito dos funerais, terminada a oração depois da

Comunhão e omitidos os ritos finais, realiza-se a última encomendação ou despedida. Este rito é celebrado

apenas quando estiver presente o corpo.

385. Na organização e escolha das partes da Missa dos fiéis defuntos, principalmente da Missa exequial,

que podem variar (por exemplo, orações, leituras e oração universal), convém levar-se em conta, por motivos

pastorais, as condições do falecido, de sua família e dos presentes.

Além disso, os pastores levem especialmente em conta aqueles que por ocasião das exéquias comparecem às

celebrações litúrgicas e escutam o Evangelho, tanto os não católicos, como católicos que nunca ou raramente

participam da Eucaristia, ou parecem ter perdido a fé, pois os sacerdotes são ministros do Evangelho de Cristo

para todos.

CAPÍTULO IX

ADAPTAÇÕES QUE COMPETEM AOS BISPOS E ÀS SUAS CONFERÊNCIAS

386. A renovação do Missal Romano, realizada segundo as exigências do nosso tempo, de acordo com as

normas do Concílio Vaticano II, teve o máximo cuidado para que todos os fiéis pudessem garantir, na

celebração eucarística, aquela plena, consciente e ativa participação que a própria natureza da Liturgia exige e

à qual os próprios fiéis, por força de sua condição, têm direito e obrigação147.

Para que a celebração corresponda mais plenamente às normas e ao espírito da sagrada Liturgia,

propõem-se nesta Instrução e no Ordinário da Missa algumas adaptações, confiadas ao critério do Bispo

diocesano ou às Conferências dos Bispos.

387. O Bispo diocesano, que deve ser tido como o sumo sacerdote de sua grei, do qual, de algum modo,

deriva e depende a vida de seus fiéis em Cristo148, deve fomentar, coordenar e vigiar a vida litúrgica em sua

diocese. Conforme esta instrução, cabe a ele orientar a disciplina da concelebração (cf. n. 202, 374),

estabelecer normas para o serviço do sacerdote ao altar (cf. n. 107), sobre a distribuição da sagrada Comunhão

sob as duas espécies (cf. n. 283) e sobre a construção e restauração de igrejas (cf. n. 291). Mas, cabe-lhe antes

de tudo alimentar o espírito da sagrada Liturgia nos sacerdotes, diáconos e fiéis.

388. As adaptações, de que se trata abaixo, que pedem uma coordenação mais ampla, devem ser

especificadas, conforme as normas do direito, na Conferência dos Bispos.

389. Compete às Conferências dos Bispos antes de tudo preparar e aprovar a edição deste Missal Romano

nas diversas línguas vernáculas, para que, reconhecidas pela Sé Apostólica, sejam usadas nas respectivas

regiões149.

O Missal Romano deve ser publicado integralmente tanto no texto latino como nas versões em

vernáculo legitimamente aprovadas.

390. Compete às Conferências dos Bispos definir as adaptações, e introduzi-las no próprio Missal, com a

aprovação da Sé Apostólica, pontos indicados nesta Instrução geral e no Ordinário da Missa, como:

- gestos e posições do corpo dos fiéis (cf. acima, n. 43);

- gestos de veneração ao altar e ao Evangeliário (cf. acima, n. 273);

- textos dos cantos da Entrada, da Preparação das oferendas e da Comunhão (cf. acima, n. 48, 74 e 87);

- a escolha de leituras da Sagrada Escritura a serem usadas em circunstâncias peculiares (cf. acima, n.

362);

- a forma de dar a paz (cf. acima, n. 82);

- o modo de receber a sagrada Comunhão (cf. acima, n. 160 e 283);

- o material para a confecção do altar e das sagradas alfaias, sobretudo dos vasos sagrados, bem como

a forma e a cor das vestes litúrgicas (cf. acima, n. 301, 326, 329, 339, 342-346).

Contudo, Diretórios ou Instruções pastorais, consideradas úteis pelas Conferências dos Bispos, após

prévia aprovação da Sé Apostólica, poderão ser introduzidas, em lugar apropriado, no Missal Romano.

391. Às mesmas Conferências compete cuidar com especial atenção das traduções dos textos bíblicos

usados na celebração da Missa. Pois, da Sagrada Escritura são lidas as lições e explicadas na homilia, e

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cantam-se os salmos, e é de sua inspiração e bafejo que surgiram as preces, orações e hinos litúrgicos, de

modo que é dela que os atos e sinais recebem a sua significação150.

Use-se uma linguagem que corresponda à compreensão dos fiéis e que se adapte à proclamação em público,

considerando, porém, as características próprias aos diversos modos de falar usados nos livros sagrados.

392. Compete, igualmente, às Conferências dos Bispos preparar com muito cuidado a versão dos demais

textos, para que, garantida a índole de cada língua, se transmita plenamente e com fidelidade o sentido do

texto original latino. Na execução deste empreendimento é preciso considerar os diversos gêneros literários

usados no Missal, como as orações presidenciais, as antífonas, as aclamações, as respostas, as preces litânicas

etc.

Deve-se ter em mente que a tradução dos textos não visa primeiramente à meditação, mas, antes, à

proclamação ou ao canto no ato da celebração.

Faça-se uso de uma linguagem adaptada aos fiéis da respectiva região, mas que seja nobre e dotada de

valor literário, permanecendo sempre a necessidade de alguma catequese sobre o sentido bíblico e cristão de

certas palavras ou frases.

É melhor que nas regiões em que se fala a mesma língua, se tenha, na medida do possível, uma só

versão para os textos litúrgicos, sobretudo para os textos bíblicos e para o Ordinário da Missa151.

393. Tendo em vista o lugar proeminente que o canto recebe na celebração, como parte necessária ou

integrante da liturgia152, compete às Conferências dos Bispos aprovar melodias adequadas, sobretudo para os

textos do Ordinário da Missa, para as respostas e aclamações do povo e para celebrações peculiares que

ocorrem durante o ano litúrgico.

Cabe-lhes igualmente decidir quanto aos gêneros musicais, melodias e instrumentos musicais, que

possam ser admitidos no culto divino e, até que ponto realmente são adequados ou poderão adaptar-se ao uso

sagrado.

394. Convém que cada diocese tenha o seu calendário e o próprio das Missas. A Conferência dos Bispos,

por sua vez, prepare o calendário próprio da nação, ou, em colaboração com outras Conferências um

calendário mais amplo, a ser aprovado pela Sé Apostólica153.

Nesta iniciativa deve-se considerar e defender ao máximo o dia do Senhor, como dia de festa

primordial, de modo que outras celebrações, a não ser que sejam de máxima importância, não se lhe

anteponham154. Igualmente se cuide que o ano litúrgico renovado por decreto do Concílio Vaticano II não

seja obscurecido por elementos secundários.

Na elaboração do Calendário do país, sejam indicados (cf. n. 373) os dias das Rogações e das Quatro

Têmporas do ano, bem como as formas e os textos para celebrá-las155; e tenham-se em vista outras

determinações peculiares.

Convém que, na edição do Missal, as celebrações próprias de toda a nação ou de uma região mais

ampla sejam inseridas no devido lugar entre as celebrações do calendário geral, ao passo que as celebrações

próprias de uma região ou de uma diocese tenham lugar em Apêndice particular.

395. Finalmente, se a participação dos fiéis e o seu bem espiritual exigirem variações e adaptações mais

profundas, para que a sagrada celebração responda à índole e às tradições dos diversos povos, as Conferências

dos Bispos podem propô-las à Sé Apostólica, segundo o art. 40 da Constituição sobre a sagradas Liturgia, para

introduzi-las com o seu consentimento, sobretudo em favor de povos a quem o Evangelho foi anunciado mais

recentemente156. Observem-se atentamente as normas peculiares emanadas pela Instrução "A Liturgia

Romana e a Inculturação"157.

Quanto ao modo de proceder neste ponto, observe-se o seguinte:

Primeiramente se apresente um projeto pormenorizado à Sé Apostólica, para, com a devida

autorização, proceder à elaboração de cada uma das adaptações.

Depois de estas propostas serem devidamente aprovadas pela Sé Apostólica, realizem-se as

experimentações nos períodos de tempos e lugares estabelecidos. Se for o caso, esgotado o tempo de

experimentação, a Conferência dos Bispos determinará a continuação das adaptações, apresentando à

apreciação da Sé Apostólica uma formulação madura sobre o assunto158.

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396. Contudo, antes que se dê início a novas adaptações, sobretudo, mais profundas, dever-se-á ter o grande

cuidado de promover sábia e ordenadamente a devida formação do clero e dos fiéis; que as faculdades já

previstas sejam levadas a efeito e as normas pastorais, correspondentes ao espírito da celebração, sejam

plenamente aplicadas.

397. Observe-se também o princípio, segundo o qual cada Igreja particular deve estar de acordo com a

Igreja universal não só quanto à doutrina da fé e os sinais sacramentais, mas também quanto aos usos

universalmente aceitos pela tradição apostólica e ininterrupta, que devem ser observados não só para evitar os

erros, mas também para transmitir a integridade da fé, visto que a regra da oração da Igreja corresponde à sua

regra da fé159.

O Rito Romano constitui uma parte notável e preciosa do tesouro litúrgico e do patrimônio da Igreja

católica, cujas riquezas contribuem para o bem da Igreja universal, a tal ponto que sua perda gravemente a

prejudicaria.

Tal rito no decorrer dos séculos não só conservou os usos litúrgicos originários da cidade de Roma,

mas de modo profundo, orgânico e harmonioso integrou também em si muitos outros que se derivavam dos

costumes e da índole de povos diversos e de diferentes Igrejas particulares tanto do Ocidente como do

Oriente, adquirindo assim um certo caráter supra-regional. Nos tempos atuais, a identidade e a expressão

unitária deste rito encontra-se nas edições típicas dos livros litúrgicos promulgados pela autoridade do Sumo

Pontífice e nos correspondentes livros litúrgicos aprovados pelas Conferências dos Bispos para suas dioceses

e confirmados pela Sé Apostólica160.

398. A norma estabelecida pelo Concílio Vaticano II, segundo a qual as inovações na reforma litúrgica não

se façam a não ser que a verdadeira e certa utilidade da Igreja o exija e tomando a devida cautela de que as

novas formas de um certo modo brotem como que organicamente daquelas que já existiam161, também

devem aplicar-se à inculturação do próprio Rito Romano162. Além disso, a inculturação necessita de um

tempo prolongado para que, na precipitação e imprudência, não se prejudique a autêntica tradição litúrgica.

Finalmente, a busca da inculturação não leva, de modo algum, à criação de novas famílias rituais, mas

ao tentar dar resposta às necessidades de determinada cultura o faz de tal modo que as adaptações introduzidas

no Missal ou nos outros livros litúrgicos não prejudiquem o caráter proporcionado, típico do Rito romano163.

399. Assim pois, o Missal Romano, ainda que na diversidade de línguas e em certa variedade de

costumes164, para o futuro, deverá ser conservado como instrumento e sinal preclaro da integridade e unidade

do Rito romano165.

FONTES: MATERIAIS E DOCUMENTOS DISPONÍVEIS NA INTERNET

EDIÇÃO, ORGANIZAÇÃO E REVISÃO: FRATER MARCELL SANTIAGO MARCELINO, SCJ.