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FORMAÇÃO MEDIÚNICA I

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FORMAÇÃO MEDIÚNICA I

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ESCLARECIMENTOS SOBRE O MAGNETISMO

MAGNETISMO MINERAL

Na região de Magnésia, na Ásia, foi encontrado um mineral que atraía o ferro. Epor ter sido encontrado em Magnésia, recebeu este mineral o nome de “Magneto”. Etambém por ter chamado magneto, deu-se o nome de magnetismo à ação que o referidomineral exercia sobre o ferro. Hoje em dia, chamamos de imã as pedras deste mineralque exercem atração sobre o ferro e, essas pedras não mais são chamadas de magneto,mas de magnetita.

MAGNETISMO ANIMAL

Assim chamado por analogia com o magnetismo mineral. Pode assim ser definido?“Ação recíproca de dois seres vivos por meio de um agente especial chamado fluídomagnético”. (Definição de Allan Kardec na “INTRODUÇÃO AO Estudo da DoutrinaEspírita”.)

MAGNETISMO HUMANO

Destacam-se da definição acima, os homens, que constituem um grupo importantedos seres vivos, e dá-se o nome de “Magnetismo Humano” à ação recíproca de doisseres humanos por meio de um agente especial, chamado fluido magnético.

DIFERENTES MANEIRAS DE PRODUZIR-SE A AÇÃO MAGNÉTICA

A ação magnética pode produzir-se por diversas maneiras:1. Pelo próprio fluido do magnetizador: é o Magnetismo Humano.2. Pelo fluido dos Espíritos: é o Magnetismo Espiritual.3. Pelo fluido que os Espíritos derramam sobre o magnetizador que atua como

condutor desse fluido: é o Magnetizador Humano-Espiritual. (Kardec - “AGênese”)

MAGNETIZAR

É dirigir o fluido vital por um esforço de vontade sobre um objeto ou pessoa (JoséLhomem).

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DIFERENÇA ENTRE MÉDIUM CURADOR E MAGNETIZADOR

A diferença capital entre o magnetizador e o médium curador é que o primeiromagnetiza com seu fluido, e o segundo, com o fluido depurado dos Espíritos.

PASSE

“É uma transfusão de fluidos”. É permuta de perispírito, muito semelhante àtransfusão de sangue.

ESPIRITISMO E MAGNETISMO

“O Espiritismo e o Magnetismo - nos dão a chave de uma imensidade defenômenos sobre os quais a ignorância teceu um sem-número de fábulas, em que osfatos se apresentam exagerados pela imaginação. O conhecimento lúcido dessasciências que, a bem dizer, formam uma única, mostrando a realidade das coisas e suasverdadeiras causas, constitui o melhor preservativo contra as idéias supersticiosas,porque revela o que é possível e o que é impossível, o que está nas leis da natureza e oque não passa de ridícula crendice”. (Allan Kardec - “O Livro dos Espíritos”).

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AÇÃO MAGNÉTICA DA PRECE

A PRECE DE ISMÁLIA

1. Livro:

Os Mensageiros - caps. XXII e XXV

2. Local:

Pavilhão de um dos “Postos de Socorro” da cidade espiritual “Campos da Paz”.

3. Serviço:

Atendimento de passes, sopro curador, alimentos, água fluida para os dois milanfermos que “dormiam em pesadelos” naquele pavilhão. Portanto, trata-se de umareunião de espíritos, numa cidade espiritual.

4. Descrição do Ambiente (Feita Por André Luiz):

“Ao primeiro sinal luminoso feito por Alfredo, o governador daquele posto desocorro, acenderam-se numerosas lâmpadas elétricas, e então, dominando a custo aprimeira impressão de horror, vi extensas filas de leitos ao ré-dochão, ocupados todos porpessoas mergulhadas em profundo sono. Muitos tinham o semblante horrendo. Erampoucos os que traziam as pálpebras cerradas, parecendo tranqüilos. Em quase todos,estampavam-se nos olhos, aparentemente vitrificados, o extremo pavor e o dolorosodesespero da morte. Cadavérica palidez cobria-lhes a face”.

Diante da impressão forte que o quadro lhe provocava, André Luiz pergunta aAniceto, instrutor a quem estava ligado:

- Explicai-me, por Deus! Que vemos aqui? Estamos, acaso na moradia da mortedepois da morte?

O instrutor sorriu complacente e explicou:- Sim, André, este sono é verdadeiramente, avançada imagem da morte. Aqui

permanecem, com a bênção do abrigo, alguns dos milhões dos nossos irmãos que aquidormem. São as criaturas que nunca se entregaram ao bem ativo e renovador, em tornode si, e mormente os que acreditaram convictamente na morte, como sendo o nada, o fimde tudo, o sono eterno. A crença na vida superior é atividade incessante na alma. Aferrugem ataca a enxada ociosa. O entorpecimento invade o Espírito vazio de idealcriador. Os que, nos círculos carnais, homens e mulheres, crêem na vida eterna, aindaque não sejam fundamentalmente cristãos, estão volvendo faculdades de movimentação

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espiritual e podem penetrar as esferas extra-terrenas e, estado animador, pelo menosquanto à locomoção, e juízo mais ou menos exato. No entanto, as criaturas queperseveram em negação deliberada e absoluta, não obstante, por vezes, filiadas a cultosexternos de atividade religiosa, que nada vêem além da carne nem desejam qualquerconhecimento espiritual, são verdadeiramente infelizes. Muitos penetram nessas regiõesde serviço, como embriões de vida, da câmara da Natureza sempre Divina. Um amigonosso costuma designa-los por fetos da espiritualidade; no entanto, a meu ver, seriamfelizes se estivessem nessa condição inicial. Temos a certeza, porém, de que muitos senegaram ao contato da fé, absolutamente por indiferença criminosa aos desígnos doEterno Pai. Dormem, porque estão magnetizados pelas próprias concepções negativistas;permanecem paralíticos, porque preferiram a rigidez ao entendimento; mas dia virá emque deverão levantar-se e pagar os débitos contrários. Eis porque os considerosofredores. Primeiramente, demoram no sono em que acreditaram, mais tarde acordam,porém, a maioria não pode fugir à perturbação. A fé sincera é ginástica do espírito. Quemnão exercita de algum modo, na Terra, preferindo deliberadamente a negaçãoinjustificável, encontrar-se-á mais tarde sem movimento. Semelhantes criaturasnecessitam de sono, de profundo repouso, até que despertem para o exame deresponsabilidades que a vida traduz”.

5. Descrição Dos Tratamentos:

Dentro do pavilhão haviam 1980 Espíritos que dormiam em pesadelos. André Luizdescreve que viu os servidores do Posto de Socorro distribuírem pequenas porções dealimento líquido e medicação bucal, em profundo silêncio. Em seguida, forneceramreduzidas quantidades de água efluviada aos infelizes, com exceção de muitos, quepareciam preparados somente para receber caldo e remédio.

Dois terços dos quatrocentos abrigados em tratamento mais intenso, receberampasses magnéticos. Alguns poucos receberam aplicações do sopro curador.

6. A Prece De Ismália:

Ismália, esposa de Alfredo, o governador do Posto, vinha de planos superiores,pois, por força de seus progressos espirituais, estava residindo em tais planosavançados, e estando em visita ao esposo, naquele dia, veio acompanhada de amigas.Sendo o Espírito mais evoluído presente ao Posto naquela tarde, coube-lhe a missãosublime de proferir a prece geral.

Apenas para efeito de estudo, da descrição total da prece de Ismália relatada nolivro em estudo, fazemos aqui um resumo, dividindo-a em três partes: o pedido aoSenhor, a descrição das pessoas para quem pediam e a descrição das pessoas queoravam.

a) No pedido, Ismália suplicava bênçãos e o atendimento do Senhor para todosaqueles que ali dormiam: rogando-lhe o desertamento dos enfermos daquelesono doloroso e infeliz;

b) Na descrição dos enfermos, Ismália descreve o quadro daquelas criaturascomo pais, mães, cônjuges, jovens, velhos, que de alguma forma se

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entregaram à ilusão, à indiferença, à descrença,à materialidade exclusivista,em suma, almas desviadas pelas sugestões da ignorância;

c) Na descrição dos que oravam, recorda que também eles, os que oravam,noutros tempos infligiram a lei, tendo eles sido atendidos noutra época empavilhões de socorro como aqueles.

7. Ocorrências Luminosas Durante A Prece:

André Luiz, com sua curiosidade sadia de sempre nos momentos de pausa naoração, observava a todos.

Assim observando Ismália, afirma: “por um momento, reparei a esposa de Alfredose transfigurava. Luzes diamantinas irradiavam de todo o seu corpo, em particular dotórax, cujo ângulo parecia conter lâmpadas acesas. Observando a nós outros, continuaAndré Luiz, verifiquei que o mesmo fenômeno se dava conosco, embora menosintensamente. Cada qual parecia ali, apresentar uma expressão luminosa gradativa. ASsenhoras que acompanhavam Ismália estavam quase semelhantes a ela, como setrajassem soberbos costumes radiosos em que predominava a cor azul. Depois delas, embrilho, vinha Aniceto, de um lilás surpreendente. Em seguida, vinha Alfredo, cuja luz erade um verde suave e sugestivo, sem grande esplendor. Depois dele vinham algunsservidores ostentando na fronte claridade sublime, expressas em variadas cores e logoapós, Vicente e eu, mostrávamos fraca luminosidade, a qual porém nos enchia de júbilointenso, considerando que a maioria dos cooperadores em serviço apresentava o corpoobscuro, como acontece na esfera carnal”.

8. O Problema Vibratório:

Aniceto orientou a André Luiz e Vicente, que segissem a prece de Ismália,repetindo em pensamento, cada expressão a fim de imprimir o máximo ritmo e harmoniaao verbo, ao som, e à idéia, numa só vibração.

9. Resposta Do Alto À Prece De Ismália:

Fizera Ismália nova pausa, agora mais longa. Suave calor, todavia, apossava-seda alma, afirma André Luiz, e continua: “E tão intensa era essa sensação nova deconforto, que interrompi a concentração em mim mesmo, a fim de olhar em torno.Fixando instintivamente o alto, enxerguei maravilhado, grande quantidade de flocosesbranquiçados de tamanhos variadíssimos, a caírem copiosamente sobre nós queorávamos, exceto sobre os que dormiam. Tive a impressão que eram derramados do céusobre nossa fronte caindo com a mesma abundância sobre todos, desde Ismália aoúltimo servidor.

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10. Mecanismo De Auxílio:

“Não cabia em mim de admiração, continua André Liz, quando novo fenômeno mesurpreendeu. Os flocos leves desapareciam ao tocar-nos, começando porém, a sair denossa fronte e do peito, grandes bolhas luminosas, elevando-se no ar e atingindo asmúmias numerosas. Ainda ai reparava o problema de gradação espiritual. As Luzesemitidas por Ismália eram mais brilhantes, intensas e rápidas, alcançado muitosenfermos de uma só vez. Em seguida vinham as fornecidas pelas senhoras do seucírculo pessoal. Depois tínhamos as de Aniceto, de Alfredo e dos demais. Os servidoresde corpo obscuro emitiam vibrações fracas mas visivelmente luminosas. Cada qual,naquele instante de contanto com o plano superior revelava o valor próprio nacooperação que podia prestar.

11. Instrução De Aniceto: Atuação Divina:

Na prece afirma o mentor Aniceto, encontramos a produção avançada deelementos-força. Eles chegam de Providências em quantidades iguais para todos os quedêem ao trabalho divino da intercessão, mas, cada Espírito tem uma capacidadediferente de receber. Essa capacidade é a conquista individual pra o mais alto. E comoDeus socorre o homem, e atende a alma pela alma, cada um de nós somente poderáauxiliar e colaborar com o senhor, com as qualidades de elevação já conquistadas navida.

12. Conseqüências Da Prece:

A múmias começaram a dar sinais de vida. Alguns daqueles infelizes deixavamescapar gemidos angustiosos, outros falavam em voz alta, dando conta dos pesadelosque os atormentavam, como sonâmbulos prestes a despertar. Muitos moviam os pés eas mãos, como a se esforçarem por fugir ao sono doloroso.

Dois se levantaram.

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CONCENTRAÇÃO

1. Livro:

Os Mensageiros

2. Local:

Reunião Espírita na residência de Dª Izabel, onde 35 pessoas e mais de 200espíritos estavam reunidos.

3. Espírito Instrutor:

Aniceto

4. Efeitos Da Falta De Concentração:

Bentes, o doutrinador do grupo encarnado fazia uso da palavra. André Luizcomenta:

A interpretação de Bentes, obedecendo à inspiração de um emissário de nobreposição, presente à assembléia, era recebia com respeito geral, no círculo das entidadesdesencarnadas.

Na esfera dos encarnados, porém, não se notava o mesmo traço de harmonia.Observa-se apreciável instabilidade do pensamento. A expectativa ansiosa dos presentesperturbava a corrente vibratória. De quando em quando, surpreendíamos determinadosdesequilíbrios, que afetavam, particularmente, a organização mediúnica de Dª Izabel eaposição receptiva do comentarista Bentes, que parecia perder o “fio das idéias”, tal qualna linguagem comum. Colaboradores ativos, do plano espiritual restabeleceram o ritmo,na medida do possível.

5. A Distração Mental Dos Encarnados, Vista Pelos Espíritos:

Continua André Luiz:Reparamos que alguns irmãos encarnados se mantinham inquietos, em demasia.

Mormente os mais novos em conhecimentos doutrinários exibiam enormeirresponsabilidade. A mente lhe vagava muito longe dos comentários edificantes. Via-se-lhe, distintamente as imagens mentais. Alguns se prendiam aos quefazeres domésticos,outros se impacientavam por não lograrem a realização com ardor despertando algunsdorminhocos e reajustando o pensamento dos invigilantes, para neutralizar certasinfluências nocivas.

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6. Comentários Do Instrutor Aniceto:

Muitos estudiosos do Espiritismo se preocupam com o problema da concentração,em muitos trabalhos de natureza espiritual. Não são poucos os que estabelecem padrãoao aspecto exterior da pessoa concentrada, os que exigem determinada atitude corporale os que esperam resultados rápidos nas atividades dessa ordem. Entretanto, quem dizconcentrar, forçosamente se refere ao ato de congregar alguma coisa. Ora, se os amigosencarnados não tomam a sério as responsabilidades que lhes dizem respeito, fora dosrecintos de prática espiritista, se, porventura, são cultores de leviandade, do errodeliberado e incessante, da teimosia, da inobservância interna dos conselhos deperfeição cedidos a outrem, que poderão concentrar nos momentos fugazes de serviçoespiritual?

Boa concentração exige vida reta.

Para que os nossos pensamentos se congreguem uns aos outros, fornecendo opotencial de nobre união para o bem, é indispensável o trabalho preparatório deatividades mentais na meditação de ordem superior. A atitude íntima de relaxamento,ante as lições evangélicas recebidas, não pode conferir ao crente, ou ao cooperador, aconcentração de forças espirituais no serviço de elevação, tão só porque estes seentreguem, apenas por alguns minutos na semana a pensamentos compulsórios de amorcristão. Como vêem, o assunto é complexo e demanda longas considerações eensinamentos.

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NA MADRUGADA: MALEDICÊNCIA E PESADELO, VICIAÇÃO EVERGONHA

1. Livro:

Missionários da Luz - Cap. VII

2. Descrição Do Ambiente:

Nobre instituição espiritista, a serviço dos necessitados, dos tristes, dossofredores. Nessa instituição, o instrutor Alexandre determinou que reunissem criaturasem preparação para as equipes de servidores espiritualistas, sob sua direção, desligadosmomentaneamente do corpo pelo sono físico. O número total destes estudantesterrestres era superior a trezentos associados; no entanto, apenas trinta e doisconseguiam regular freqüência vencendo as teias inferiores das mais baixas sensaçõesfisiológicas. E noites se verificavam em que mesmo alguns desses quebravam oscompromissos assumidos, atendendo às seduções comuns, reduzindo-se ainda mais afreqüência geral.

3. Instrução Programada

O tema da noite se desenvolveria relativamente a problemas de mediunidade epsiquismo, pelo instrutor Alexandre.

4. Alunos Faltosos

Inteirando-se da presença dos elementos da equipe, constatou-se a ausência dedois elementos: Vieira e Marcondes.

Alexandre designou Sertório, um de seus auxiliares diretos, para observar o que sepassava com os dois ausentes, prevendo a possibilidade de um acidente. Permitiu queAndré Luiz, dado o interesse demonstrado, acompanhasse Sertório aos lares doscompanheiros procurados.

5. Repouso Noturno E Caça De Emoções Frívolas:

Era indispensável atender o mandato com presteza, todavia, satisfazendo-me acuriosidade, relata André Luiz - Sertório explicou generoso:

- Quando encarnamos na Crosta, não temos bastante consciência dos serviçosrealizados durante o sono físico; contudo, esses trabalhos são inexprimíveis e imensos.

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Se todos os homens prezassem seriamente o valor da preparação espiritual,diante de semelhante gênero de tarefa, certo efetuariam as conquistas mais brilhantes,nos domínios psíquicos, ainda mesmo quando ligados aos envoltórios inferiores.Infelizmente, porém, a maioria se vale, inconscientemente, do repouso noturno para sairà caça de emoções frívolas ou menos dignas. Relaxam-se as defesas próprias, e certosimpulsos, longamente sopitados durante a vigília, extravasam em todas as direções, porfalta de educação espiritual, verdadeiramente sentida e vivida.

6. O Caso Vieira:

Que medo!Em poucos instantes - relata André Luiz, - encontrávamo-nos dentro do quarto

confortável, onde dormia um homem idoso, fazendo ruído singular. Via-se-lhe,perfeitamente o corpo perispirítico unido à forma física, embora parcialmente desligadosentre si. Ao seu lado permanecia uma entidade singular, trajando vestes absolutamentenegras. Notei que o companheiro adormecido permanecia sob impressão de dolorosopavor. Gritos agudos escapavam-lhe da garganta. Sufocava-se, angustiadamente,enquanto a entidade escura fazia gestos que eu não conseguia entender.

Sertório acercou-se de mim e observou:- Vieira está sofrendo um pesadelo cruel. E indicando a entidade estranha: - Creio que ele terá atraído até aqui o visitante que o espanta.Com efeito, muito delicadamente, - continua André Luiz - Sertório começou a

dialogar com a entidade de luto:- O amigo é parente do companheiro que dorme?- Não, não. Somos conhecidos velhos. - E muito impaciente, acentuou: - Hoje, à

noite, Vieira me chamou com as suas reiteradas lembranças e acusou-me de faltas quenão cometi, conversando levianamente com a família. Isso, como é natural, desgostou-me.

Não bastará o que tenho sofrido depois da morte? Ainda precisarei ouvir falsostestemunhos de amigos maledicentes? Não poderia esperar semelhante procedimentodele, em virtude das relações afetivas que nos uniam as famílias, desde alguns anos.Vieira foi sempre pessoa de minha confiança. Em razão da surpresa, deliberei espera-lonos momentos de sono, a fim de prestar-lhe os necessários esclarecimentos.

O estranho visitante, todavia, fez uma pausa sorriu irônico e continuou:- Entretanto, desde o momento em que me pus a explicar-lhe a situação do

passado, informando-o quanto aos verdadeiros móveis da minhas iniciativas eresoluções, Vieira fez este rosto de pavor que estão vendo e parece não desejar ouvir asminhas verdades.

- Vieira não poderá comparecer esta noite aos trabalhos, afirmou Sertório,dirigindo-se a André Luiz. E, sem pestanejar, sacudiu o adormecido, energicamente,gritando-lhe o nome com força.

Vieira despertou confuso, estremunhando, sob a enorme fadiga, e ouvi-o exclamar,palidíssimo:

- Graças a Deus acordei! Que pesadelo terrível! Será possível que eu tenha lutadocom o fantasma do velho Barbosa? Não! Não! Não posso acreditar!...

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7. O Caso Marcondes:

Que vergonha!...Daí a dois minutos, - continua André Luiz - penetrávamos outro apartamento

privado, todavia, o quarto agora era muito mais triste e constrangedor.Marcondes estava, de fato, ali mesmo, parcialmente desligado do corpo físico, que

descansava com bonita aparência, sob colchas rendadas. Não se encontrava ele sobimpressão de pavor, como acontecera com o primeiro visitado; entretanto, revelavaposição de relaxamento, característica dos viciados do ópio. Ao seu lado, três entidadesfemininas de galhofeira expressão permaneciam em atitudes menos edificantes.

Vendo-nos, de súbito, o dono do apartamento surpreendei-se, de maneiraindisfarçável, mormente em fizando Sertório, que era seu mais antigo conhecimento.Levantou-se envergonhado, e ensaiou algumas explicações com dificuldade:

- Meu amigo - começou a dizer, dirigindo-se ao auxiliar de Alexandre -, já sei quevem procurar-me. - Não sei como esclarecer o que ocorre...

Não pôde, contudo, prosseguir, e mergulhou a cabeça nas mãos, como sedesejasse esconder-se de si mesmo.

Também Marcondes não poderá ir. E aqui não podemos agir do mesmo modo -continua Sertório, acordando-o. Marcondes deve demorar-se em tal situação, para queamanhã a lembrança desagradável seja mais duradoura, fortificando-lhe a repugnânciapelo mal.

Esteja tranqüilo quanto à assistência que não lhes faltará no momento oportuno;não se esqueça, porém, de, se eles mesmos algemaram o coração em semelhantescárceres, é natural que adquiram alguma experiência proveitosa à custa do própriodesapontamento.

8. Adendo:

Trecho da carta do médium Francisco Cândido Xavier, no ano de 1966, ao seuamigo Zens Wantuil, presidente da FEB, e publicada no Reformador de janeiro de 79.

“Ultimamente, estou freqüentando, fora do corpo físico, uma noite por semana,uma escola do Espaço em que o nosso abnegado Emmanuel é professor de DoutrinaEspírita. Confesso-te que é uma experiência maravilhosa. Estou aprendendo o quenunca pensei de aprender e tenho conservado a lembrança do que vejo com o auxíliodos Amigos do Alto”.

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SEXO

1. Livro:

Missionários da Luz - Cap III

2. Sexo:

Pessoa observada. Rapaz que se exercitava no desenvolvimento mediúnico,freqüentando um centro numa cidade brasileira, em que o Espírito Alexandre era mentor.Casado há oito meses, no entanto era atraído irresistivelmente para ambientes malignos,não resistindo às atrações de atividades doentias no campo sexual, tornando-se por istomesmo ponto de atração para entidades grosseiras no mundo espiritual, que agiam àmaneira imperceptíveis vampiros.

Como André Luiz, Com Visão Espiritual De Poder Maior Que Os Raios X, Viu ORapaz

“- As glândulas geradores emitiam fraquíssima luminosidade que parecia abafa poraluviões de corpúsculos negros, a se caracterizarem por espantosa mobilidade.Começavam a movimentação sob a bexiga urinária e vibravam ao longo de todo o cordãoespermático, formando colônias compactas nas vesículas seminais, na próstata, nasmucosas uretrais, invadiam os canais seminíferos, e lutavam com as células sexuais,aniquilando-as. As mais vigorosas daquelas feras microscópicas, situavam-se noepidídimo, onde absorviam, famélicas, os embriões delicados da vida orgânica. Estavaassombrado. Que significava aquele acervo de pequeninos seres escuros? Pareciamimantados uns aos outros na mesma faina de destruição. Seriam expressões malconhecidas da sífilis?”

Resposta de Alexandre - “ - Não, André, não temos aí sob os olhos o espiroquetade Schaudinn, nem qualquer noca forma suscetível de análise material porbacteriologistas humanos. São bacilos psíquicos da tortura sexual, produzido pela sedefebril de prazeres inferiores. O dicionário médico do mundo não conhece e, na ausênciade terminologia adequada aos seus conhecimentos, chamemos-lhes de larvas,simplesmente. Têm sido cultivados por este companheiro não só pela incontinência nodomínio das emoções próprias, através de experiências sexuais variadas, senão tambémpelo contacto com entidades grosseiras, que se afinizam com as predileções dele,entidades que visitam com freqüência, à maneira de imperceptíveis vampiros. Opobrezinho ainda não pode compreender, que o corpo físico é apenas leve sombra docorpo perispiritual, e não se capacitou de que a prudência, em matéria de sexo, éequilíbrio da vida, e recebendo as nossas advertências sobre a temperança, acreditaouvir remotas lições de aspectos dogmático exclusivo, no exame da fé religiosa.

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A pretexto de aceitar o império da razão pura, na esfera da lógica, admite que osexo nada tem que ver com a espiritualidade, como se esta não fosse a existência em si.Esquece-se que tudo é espírito, manifestação divina e energia eterna.

O erro de nosso irmão e o de todos os religiosos que supõem a alma separada docorpo físico, quando todas as manifestações psicofísicas se derivam de influenciaçãoespiritual.

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ÁLCOOL

Pessoa observada - Cavalheiro maduro, que tentava a psicografia, na mesmareunião de desenvolvimento mediúnico.

1. Como O Espírito De André Luiz Viu O Interior Do Referido Cavalheiro:

“- Semelhava-se o corpo a um tonel de configuração caprichosa, de cujo interiorescapavam certos vapores muito leves, mais incessantes. Via-se-lhe a dificuldade parasustentar o pensamento com relativa calma. Não tive qualquer dúvida. Deveria ele utilizarde alcoólicos em quantidade. O aparelho gastro-intestinal parecia totalmente ensopadoem aguardente, porquanto essa substância invadia todos os escaninhos do estômago ecomeçando a fazer-se sentir nas paredes do estômago, manifestava a sua influência atéo bolo fecal. Espantava-me o fígado enorme. Pequeninas figuras horripilantes, postavam-se, vorazes, ao longo da veia horta, lutando desesperadamente com os elementossangüíneos mais novos. Toda a estrutura do órgão se mantinha alterada. Terrívelingurgitamento. Os lóbulos cilíndricos, modificados,abrigavam células doentes eempobrecidas. O baço apresentava anomalias estranhas.”

2. Esclarecimento De Alexandre:

“- Os alcoólicos aniquilavam-no vagarosamente:a. Este companheiro permanece completamente desviado em seus centros de

equilíbrio vital;b. Todo o sistema endocrínico foi atingido pela atuação tóxica;c. Inutilmente trabalha a medula para melhorar os valores da circulação;d. Em vão esforçam-se os centros genitais para ordenar as funções que lhe são

peculiares, porque o álcool excessivo determina modificações deprimentessobre a própria cromatina;

e. Debalde trabalham os rins na excreção dos elementos corrosivos, porque aação perniciosa da substância em estudo anula diariamente grande número denefrons;

f. Os pâncreas, viciado, não atende com exatidão ao serviço de desintegraçãodos alimentos;

g. Larvas destruidoras exterminam as células hepáticas;h. Profundas alterações modificam as disposições do sistema nervoso

vegetativos;i. Não fossem as glândulas sudoríparas, tonar-se-lhe-iam impossível a

continuação da vida física.

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GLUTONARIA

Pessoa observada: Dama simpática e idosa ao desenvolvimento da mediunidadede incorporação, na mesma reunião;

1. Quadro Visto Por André Luiz:

“- Fraquíssima luz emanava de sua organização mental e, desde o primeiroinstante, notara-lhe as deformações físicas.

a. O estômago dilatara-se horrivelmente;b. O fígado, consideravelmente aumentado, demonstrava indefinível agitação;c. Desde o duodeno à sigmóide, notavam-se anomalias de vulto;d. Guardava a idéia de presenciar não o trabalho de um aparelho digestivo usual,

e sim, de vasto alambique gorduroso, cheirando a vinagre de condimentaçãoativa;

e. Em grande zona do ventre superlotado de alimentação, viam-se parasitosconhecidos, mas além deles, divisava outros corpúsculos semelhantes alesmas voracíssimas que se agrupavam em grandes colônias desde osmúsculos e as fibras do estômago até a válvula íleo-cecal. Semelhantesparasitos atacavam os sucos nutritivos, com assombroso potencial dedestruição.

2. Alexandre Esclarece:

“- Temos aqui uma pobre amiga desviada nos excessos de alimentação. Todas assuas glândulas e centros nervosos trabalham para atender as exigências do sistemadigestivo. Descuidada de si mesma, caiu na glutonaria crassa, tornando-se presa deseres de baixa condição.”

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ESQUEMA DE VAMPIRIZAÇÃO

Baseando-se nos esclarecimentos feito pelo Espírito.Alexandre, no livro “Missionários da Luz” e pelo Espírito Aniceto, no Livro “Os

Mensageiros”, pode-se esquematizar os processos de vapirização da seguinte forma:

1. O CAMPO PROPÍCIO

Nas moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, antes da afecçãoexiste o ambiente:

Ações, sentimentos e pensamentos produzem efeitos, criações, formas.A cólera, desesperação, o ódio, o vício, oferecem campo perigoso a germes

psíquicos na esfera da alma.

2. A EXISTÊNCIA DA LARVAS MENTAIS

Estando André Luiz, Vicente e Aniceto nas proximidades de uma cidade da crostaterreste, olhando do alto, receberam a seguinte instrução de Aniceto:

“ - Estão vendo aquelas manchas escuras na via pública? São nuvens de bactériasvariadas, obedecendo ao princípio das afinidades”.

E indicando certos edifícios e certas regiões da cidade - “ Observem os grandesnúcleos pardacentos ou completamente obscuros... são zonas de matéria mental inferior,matéria que é explicada incessantemente por certa classe de pessoas”.

3. O CONTÁGIO

Alexandre: “ E qual acontece no terreno das enfermidades do corpo, o contágioaqui é fato consumado, desde que a imprevidência ou a necessidade de lutaestabeleçam ambiente propício entre companheiros do mesmo nível. Naturalmente nocampo da matéria mais grosseira, essa lei funciona com violência, enquanto entre nós(espíritos desencarnados), se desenvolve com as modificações naturais”.

Aniceto: - Tanto assalta o homem a nuvem de bactérias destruidoras da vida física,quanto as formas caprichosas das sombras que ameaçam o equilíbrio mental. Comovêem o “orai e vigiai” do Evangelho tem profunda importância em qualquer situação e emqualquer tempo.

Grupo 2

4. PRODUÇÃO DE LARVAS MENTAIS

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Pergunta de André Luiz a Aniceto: - A matéria mental emitida pelo homem inferiortem vida própria como o núcleo de corpúsculos microscópicos de que se originam asenfermidades corporais?

Respondeu Aniceto: - Como não? Vocês presentemente, (dirigindo-se aosEspíritos André Luiz e Vicente) não desconhecem que o homem terreno vive numaparelho psico-físico. Não podemos considerar somente no capítulo das moléstias, asituação fisiológica propriamente dita, mas também o quadro psíquico da personalidadeencarnada. Ora, se temos a nuvem das larvas mentais produzidas pela mente enferma,em identidade de circunstâncias. Desse modo, na esfera das criaturas desprevenidas derecursos espirituais, tanto adoecem corpos como almas. No futuro, por esse mesmomotivo, a medicina da alma absorverá a medicina do corpo. Poderemos na atualidade daterra, fornecer tratamentos ao organismo da carne. Semelhante tarefa dignifica a missãodo consolo, da instrução do alívio. Mas no que concerne à cura real, somos forçados areconhecer que esta pertence exclusivamente ao homem espírito.

Grupo 3

5. AS ENTIDADES EXPLORADORAS

Para melhor caracterizar as entidades exploradoras ou “vampiros”, estudemosatentos o trecho de umas instrução de Alexandre a André Luiz:

“... se o Pai misericordioso, é também infinitamente justo. Ninguém confundirá osdesígnios, e a morte do corpo quase sempre surpreende a alma em terrível condiçãoparasitária. Desse modo, a promiscuidade, entre os encarnados indiferentes à Lei Divinae os desencarnados que a ela têm sido indiferentes, é muito grande na crosta terrestre.Absolutamente sem preparo e tendo vivido muito mais de sensações animalizadas quede sentimentos e pensamentos puros, as criaturas humanas, além do túmulo, emmuitíssimos casos, prosseguem imantados aos ambientes domésticos que lhesalimentavam o campo emocional. Dolorosa ignorância prende-lhes os corações, repletosde particularismos, encarnados no magnetismo terrestre, enganando a si próprias efortificando suas antigas ilusões.

Aos infelizes que caíram em semelhante condição de parasitismo, as larvas quevocê observou servem de alimento habitual.

“Deus meu!” exclamou André Luiz sob forte espanto.Alexandre, porém acrescentou:“- Semelhante larvas são portadoras de vigoroso magnetismo animal.

Naturalmente que a fauna microbiana em análise, não será servida em pratos; bastará aodesencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância, ainda encarnados, qual ervadaninha aos galhos das árvores, sugando-lhes a substância vital.”

Grupo 4

6. O COMBATE AO VAMPIRISMO

Quanto ao combate sistemático ao vampirismo, nas múltiplas moléstias da alma,aqui também no plano de nossas atividades, afirma o Espírito Alexandre, não faltam

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processos saneadores e curativos de natureza exterior;no entanto, examinando o assuntona essência, somos compelidos a reconhecer que cada filho de Deus deve ser de simesmo, e só à plena aceitação desta verdade com as aplicações de seus princípios, acriatura estará sujeita a incessantes desequilíbrios.

OBSERVAÇÃO

Orientação para estudo - o rapaz atormentado pelos bacilos psíquicos da torturasexual, o primeiro deste estudo, foi atendido pela esposa ao chegar em sua residênciapara o descanso noturno, após terminada a reunião de desenvolvimento mediúnico emque tomava parte, constituindo-se no entanto, o atendimento a ele prestado, assunto doestudo intitulado a Prece de Cecília.

Grupo 5

ESCLARECIMENTOS EM TORNO DA VAMPIRIZAÇÃO

A fim de satisfazer às indagações de André Luiz, que também são de todos nós,quanto às causas profundas da existência de sres ou Espíritos como vimos, imperfeitos eatrasado, que se alimentam de larvas, Alexandre esclarece:

“- Porque tamanha estranheza? E nós outros, quando encarnados? Nossas mesasnão se mantinham às custas das vísceras dos touros e das aves? A pretexto de buscarrecursos protéicos, exterminávamos frangos e carneiros, leitões e cabritos incontáveis.Sugávamos os tecidos musculares, roíamos os ossos. Não contentes em matar ospobres seres que nos pediam roteiro de progresso e valores educativos para melhoratenderem à obra do Pai, dilatávamos os requintes da exploração milenária e infligíamosa muitos deles determinadas moléstias para que nos servissem ao paladar com a máximaeficiência. O suíno comum era localizado por nós, em regime de ceva, e o pobre animal,muitas vezes à custa de resíduos, devia criar para nosso uso, certas reservas de gorduraaté que se prostrasse de todo, ao peso, de banhas doentias e abundantes. Colocávamosgansos nas engordadeiras para que hipertrofiassem o fígado, de modo a obtermos pastassubstanciosas destinadas a quitutes que ficaram famosos, despreocupados das faltascometidas com a suposta vantagem de enriquecer os valores culinários. E nada nos doíao quadro comovente das vaca-mães, em direção ao matadouro para que nossas panelastranspirassem agradavelmente. Encarecíamos com toda responsabilidade da ciência, anecessidade de proteínas e gorduras diversas, mas esquecíamos de que a nossainteligência tão fértil na descoberta de comodidade e conforto, teria recursos de encontrarnovos elementos e meios de incentivar os suprimentos protéicos ao organismo, semrecorrer às indústrias da morte. Esquecíamos de que o aumento dos laticínios paraenriquecimento da alimentação constitui elevada tarefa,porque tempos virão, para ahumanidade terrestre em que o estábulo como o lar, será também sagrado”.

E o amparo superior?“- Se não protegemos nem educamos aqueles que o Pai nos confiou, como

germes frágeis da racionalidade nos pesados vasos do instinto; se abusamos largamentede sua incapacidade de defesa e conservação, como exige o amparo de superioresbenevolentes e sábios, cujas instruções mais simples são para nós difíceis de suportar

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pela nossa lastimável condição de infratores da Lei de Auxílio Mútuo? E a solução doproblema cabe a nós todos, conclui Alexandre”.

AÇÃO MAGNÉTICA DA PRECE

A PRECE DE CECÍLIA

1. LIVRO:

Missionários da Luz - Cap. VI

2. LOCAL:

Residência de Cecília, encarnada, numa cidade brasileira.

3. DESCRIÇÃO DO AMBIENTE:

Cecília, desligada do corpo pelo processo eo sono, prepara-se para atender àsnecessidades do esposo que acaba de deitar-se, vindo já tarde da noite, de uma sessãode desenvolvimento mediúnico.

4. ESTADO DO ESPOSO:

Desesperação íntima, face ao assédio incessante de parasitos escuros, situadosna região do sexo. O rapaz cultivava tais parasitos ou larvas, não só pela incontinência nodomínio das emoções próprias, através de experiências sexuais variadas, senão tambémpelo contato com entidades grosseiras que se afinizavam com as predileções dele,entidades que o visitavam com freqüência à maneira de imperceptíveis vampiros.

5. A PRECE DE CECÍLIA

“Cecília, desligada do corpo, sentou-se à cabeceira e no mesmo instante, o rapazcomo se estivesse ajeitando os travesseiros descançou a cabeça em seu regaçoespiritual. Cecília acariciando-lhe a cabeça com as mãos, elevava os olhos ao Alto,revelando-se em fervorosa prece. Luzes sublimes cercavam-na toda e eu podia sintonizarcom as suas expressões mais íntimas, ouvindo-lhes a rogativa pela iluminação docompanheiro a que parecia amar infinitamente. Comovido com a beleza de suas súplicas,reparei com assombro que o coração se lhe transformava num foco ardente de luz, doqual saíam inúmeras partículas resplandecentes, projetando-se sobre o corpo e sobre aalma do esposo com a rapidez de minúsculos raios. Os corpúsculos radiosos e muito

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particularmente na zona do sexo, concentravam-se em massa, destruindo as pequenasformas horripilantes do vampirismo devorador. Lutavam desesperados, com os agentesda luz. O rapaz como se houvera atingido um oásis perdera a expressão de angustiosocansaço. Demonstrava-se calmo, e gradativamente, cada vez mais forte e feliz, nomomento em curso. Restaurando em suas energias essenciais enlaçou devagarinho aesposa amorosa que se conservava maternalmente do seu lado, e adormeceu jubiloso”.

6. INSTRUÇÕES DE ALEXANDRE

“A oração é o mais eficiente antídoto do vampirismo... A prece não é movimentomecânico dos lábios, nem disco de fácil repetição no aparelho da mente. É vibração,energia, poder. A criatura que, mobiliza as próprias forças, realiza trabalhos deinexprimível significação. Semelhante estado psíquico, descortina forças ignoradas,revela a nossa origem divina e coloca-nos em contato com as fontes superiores. Dentrodessa realização, o Espírito, em qualquer forma, pode emitir raios de espantoso poder”.

E mais além continua Alexandre: “... toda criatura que cultiva a oração, com odevido equilíbrio do sentimento, transforma gradativamente, em foco irradiante deenergias da divindade”.

CONDIÇÕES PARA DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

1. LIVRO:

Missionários da Luz - Caps III e V

2. LOCAL:

Um Centro Espírita numa cidade brasileira.

3. ESPÍRITO INSTRUTOR

Alexandre, que desempenhava elevadas funções no plano espiritual e a quemAndré Luiz estava ligado em tarefa de aprendizado.

4. DESCRIÇÃO DO AMBIENTE:

Era noite, havendo grande movimentação nos serviços do plano espiritual, mesmoantes da chegada dos encarnados, sendo distribuídos socorro magnético à grandenúmero de entidades desencarnadas sofredoras. O diretor proferiu tocante prece, no que

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foi acompanhado por todos os presentes. Dezoito pessoas mantinham-se em expectativa;foi iniciada a sessão de desenvolvimento.

5. PESSOAS ESPECIALMENTE OBSERVADAS POR ANDRÉ LUIZ

Os três que foram objeto de estudo “ Sexo, álcool e glutonaria” - o rapaz, ocavalheiro maduro e a dama idosa e simpática, cuja conversação anterior ao início daabertura dos trabalhos da noite, foi a seguinte:

- Não tenho vindo assiduidade às experiências - comentou o rapaz - porque vivodesanimado... Há quanto tempo guardo o lápis na mão sem resultado algum?

- É pena - respondeu o senhor - a dificuldade desencoraja, de fato.- Parece-me que nada merecemos, no setor de estímulo, por parte dos benfeitores

invisíveis! - acrescentava a senhora idosa - há quantos meses procuro em vãodesenvolver-me? Em certos momentos, sinto vibrações espirituais intensas, junto de mim,contudo, não passo das manifestações iniciais.

E a palestra continuou interessante e pitoresca.

6. ANÁLISE DE ALEXANDRE: A MEDIUNIDADE CONSTRUTIVA

“- Alguns pretendem a psicografia, outros tentam a mediunidade de incorporação.Infelizmente, porém, quase todos confundem poderes psíquicos com funções fisiológicas.Acreditem no mecanismo absoluto da realização e esperam progresso eventual eproblemático, esquecidos de que toda edificação da alma requer disciplina, educação,esforço e perseverança. Mediunidade construtiva é a língua de fogo do Espírito Santo, luzpara a qual é preciso conservar o pavio do amor cristão, o azeite da boa vontade pura.Sem a preparação necessária, a execução dos que provocam o ingresso no reinoinvisível é, quase sempre, uma viagem nos círculos da sombra. Alcançam grandessensações e esbarram nas perplexidades dolorosas. Fazem descobertas surpreendentese acabam nas ansiedades e dúvidas sem fim. Ninguém pode trair a lei impunemente, epara subir, Espírito algum dispensará o esforço de si mesmo no aprimoramento íntimo...”.

7. AS PESQUISADAS FRONTEIRAS ENTRE MATÉRIA E ESPÍRITO

O espiritismo cristão é a reminiscência do evangelho de Nosso Senhor JesusCristo, e a mediunidade constitui um de seus fundamentos vivos. A mediunidade, porém,não é exclusiva dos chamados “médium”. Todas as criaturas a possuem, porquantosignifica percepção espiritual, que se deve incentivada em nós mesmos. (referia-se aeles, espíritos, por dirigia-se a André Luiz). Não bastará, entretanto, perceber, éimprescindível santificar essa faculdade, convertendo-a no ministério ativo do bem. Amaioria dos candidatos ao desenvolvimento dessa natureza, contudo, não se dispõe aosserviços preliminares de limpeza do vaso respectivo. Dividem, inexoravelmente a matériae o espírito, localizando-os em campos opostos,quando nós, estudante da verdade, aindanão conseguimos identificar rigorosamente as fronteiras entre uma e outra, integrados nacerteza de que toda a organização universal se baseia em vibrações puras.

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Inegavelmente, meu amigo - e sorriu -, não desejamos transformar o mundo em cemitériode tristeza e desolação. Atender a santificada missão do sexo, no seu plano respeitável,usar um aperitivo comum, fazer a boa refeição, de modo algum significa desviosespirituais; no entanto os excessos representam desperdícios lamentáveis de força, osquais retêm a alma nos círculos inferiores. Ora, para os que se trancafiam nos cárceresda sombra, não é fácil desenvolver percepções avançadas. Não se pode cogitar demediunidade construtiva, sem o equilíbrio construtivo dos aprendizes, na sublime ciênciado bem viver.

8. COMENTÁRIOS DE APÓS ENCERRAMENTO SOB IMPRESSÕES DAS BÊNÇÃOSRECEBIDAS

- Graças a Deus! - exclamou uma senhora da maneiras delicadas - fizemos nossaspreces em paz, com imenso proveito.

- Como me sinto melhor! Comentou uma das amigas mais idosas - a sessão foi umalívio. Trazia o espírito carregado de preocupações e agora, sinto-me reconfortada, feliz...Como necessitamos trabalhar! Jesus chama nossos serviços , é imprescindível atender.

Reconhecendo os característicos de gratidão e louvor da palestra, André Luizexpressou sincera admiração, exaltando a fidelidade dos cooperadores na fé, confiantesno futuro e interessados na extensão dos benefícios divinos, considerando as dores enecessidades dos semelhantes. Vendo-lhe as expressões elogiadas ao grupo, Alexandreobservou sorrindo:

- Não se impressione. O problema não é de entusiasmo e sim de esforçopersistente. Não podemos dispensar as soluções vagarosas. Raros amigos conseguemguardar uniformidade de emoção e idealismo nas edificações espirituais. Vai para noveanos, com algumas interrupções, que me encontro em concurso ativo nesta casa, emensalmente, vejo desfilar aqui as promessas novas e os votos de serviço. Ao primeiroembaraço com as necessidades reais do trabalho, reduzido número de companheirospermanece fiel à própria consciência. Nas horas calmas, grandes louvores. Nosmomentos difíceis, disfarçadas deserções, a pretexto de incompreensão alheia. Souforçado a dizer que na maioria dos casos, nossos irmãos são prestativos e caridosos como próximo, em se tratando das necessidades materiais, mas quase sempre continuamsendo menos bons para si mesmos, por se esquecerem de aplicação da luz à vidaprática. Prometem exclusivamente com as palavras; todavia, operam pouco no campodos sentimentos. Com exceções, irritam-se ao primeiro contato com a luta mais áspera,após reafirmarem os mais sadios propósitos de renovação e, comumente, voltando cadasemana ao núcleo de preces, estão nas mesmas condições, requisitando conforto eauxílio exterior. Não é com facilidade que cumprem a promessa de cooperação com oCristo, em si próprios, base fundamental da verdadeira iluminação.

9. A VOLTA AO LAR DO RAPAZ ATORMENTADO DO SEXO

Na rua, observa André Luiz que muitos agrupamentos de entidades infelizes einquietas se postavam nas cercanias. Questionando, Alexandre informou indicando aAndré Luiz pequeno grupo de desencarnados com sinais de desequilíbrio profundo:

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- Aqueles amigos constituem a corte quase permanente dos nossos companheirosencarnados, que voltam agora ao ninho doméstico. Os infelizes não têm permissão paraingressar em sessões especializadas como a dos desenvolvimento. Nas reuniõesdedicadas à assistência geral podem comparecer.

Duas dessas entidades, - observou André Luiz agarraram-se comodamente aosbraços do rapaz cuja expressão alterou-se; dos recursos recebidos na reunião, à seexpressarem na fronte luminosa, nada mais restou. Duas rugas de aflição e desânimovincaram-lhe as faces que perderam aquele halo de alegria luminosa e confiante.Dirigindo-se à mãe, que o acompanhava no retorno ao lar, juntamente com sua jovemirmã, disse: - Mamãe, enormes são as nossas imperfeições. Creio que a minha situação ébem difícil. Sinto-me vítima dos maus pensamentos. Casei-me há menos de oito meses,e não obstante o devotamento de minha esposa, tenho o coração, por vezes repleto detentações descabidas. Pergunto a mim mesmo a razão de tais idéias. A invencívelatração para os ambientes malignos confundem-me o espírito, que sinto inclinado ao beme a retidão de proceder.

- Quem sabe, mano, está você sob influência de entidades menos esclarecidas?Considerou a jovem, com boas maneiras.

- Sim - suspirou o rapaz -, por isso mesmo, venho tentando o desenvolvimento damediunidade, a fim de localizar a causa de semelhante situação.

Nesse instante, Alexandre murmurou:- Ajudemos a este amigo através da conversação. Sem perda de tempo, colocou a

destra na fronte da menina, mantendo-a sob vigoroso influxo magnético, e transmitindo-lhe suas idéias generosas.

10. A ÚLTIMA SOLUÇÃO, E A PRIMEIRA PROVIDÊNCIA

A menina, que as vistas espirituais de André Luiz recebia as radiações luminosasda mão de Alexandre, pareceu mais nobre e digna em sua expressão quase infantil erespondeu firmemente:

- Neste caso, concordou em que o desenvolvimento mediúnico deve ser a últimasolução, porque, antes de enfrentar os inimigos, filhos da ignorância, deveríamos armar ocoração com a luz do amor e da sabedoria. Se você descobrisse perseguidores invisíveis,em torno de suas atividades, como beneficia-los cristâmente, sem a necessáriapreparação espiritual? A reação educativa contra o mal, é sempre um dever nosso, masantes de cogitar desenvolvimento psíquico, que seria talvez prematuro, deveremosprocurar a elevação de nossas idéias e sentimentos. Não poderíamos contar com umaboa mediunidade sem a consolidação dos nossos bons propósitos, e para sermos úteis,nos reinos do Espírito, cabe-nos aprender, em primeiro lugar, a viver espiritualmente,embora ainda estejamos na carne.

11. REAÇÃO ÀS PALAVRAS INSPIRADAS DE ALEXANDRE

- Não tem você bastante idade, minha irmã, - exclamou, contrafeita, a velhagenitora -, não pode, pois, opinar neste assunto.

- Se algum dia - falou o rapaz, melancolicamente - experimentar as lutas que jáconheço, verá que tenho motivos de queixa contra a sorte e não me sobram outros

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recursos senão permanecer no círculo que me assaltam. Faço quanto posso paradesvencilhar-me das idéias sombrias e vivo a combater as inesperadas tentações; noentanto, sinto-me longe da libertação espiritual necessária. Não me falta vontade, mas...

12. ORIGEM DAS ENTIDADES ACOMPANHANTES

Alexandre que havia retirado a destra de sobre a fronte da jovem informou,dirigindo-se a André Luiz:

- Os dois infelizes que se apegam tão fortemente ao rapaz, são doiscompanheiros, ignorantes e perturbados que ele adquiriu em contato com o meretrício.De leviandade em leviandade, criou certos laços com certas entidades ainda atoladas nopântano de sensações do meretrício, das quais se destacam, por mais perseverantes, asduas criaturas que ora se lhe agarram, quase integralmente sintonizadas com o seucampo magnético pessoal. O pobrezinho não se apercebeu dos perigos que lhe sãoinvisíveis, tão fracos e viciados quanto ele próprio.

13. RECURSOS DE LIBERTAÇÃO

- E não haverá recurso para liberta-lo? - indagou André Luiz, emocionado.- mas quem deverá romper as algema, senão eles mesmos? - respondeu

Alexandre - nunca lhes faltou o auxílio exterior de nossa amizade permanente; noentanto, eles próprios alimentam-se uns aos outros, no terreno das sensações sutis,absolutamente imponderáveis para os que lhes não possa sondar o mecanismo íntimo. Éinegável que procuram, agora, os elementos de libertação. Aproximam-se da fonte deesclarecimento elevado, sentem-se cansados da situação, e experimentam, efetivamenteo desejo de vida nova; - contudo, esse desejo é mais dos lábios do que do coração, porconstituir aspirações muito vaga, quase nula. Se, de fato, cultivassem a resoluçãopositiva, transformariam suas forças pessoais, tornando-se determinantes, no domínio daação regeneradora. Esperam, energias próprias, únicas alavancas da realização.

14.TENTATIVAS FRACASSADAS

André Luiz, no afã de conseguir solução imediata para o desligamento dasentidades infelizes, propõe:

a) Provocar a retirada dos vampiros inconscientes

Esta solução foi tentada, - explicou Alexandre, mas nosso amigou afirmou,intimamente, sentir-se menos homem, levando humildade à conta de covardia, etomando o desapego aos impulsos inferiores por tédio destruidor, invocandomentalmente as duas entidades e atraindo-as novamente para o seu convívio.

b) Doutrinação das entidades

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- Semelhante recurso - falou Alexandre - não foi esquecido. Essa providência vemsendo efetuada com perseverança e métodos precisos. Todavia, nosso irmão encarnadoconverteu-se em poderoso imã de atração, e a medida exige tempo e tolerância fraternal.De qualquer modo, esteja convicto de que toda assistência tem sido prestada aos amigose sob nossas observações.

PASSE: CONDIÇÕES PARA PARTICIPAÇÃO

1. LIVRO:

Missionários da Luz - Caps XIX

2. LOCAL:

Um Centro Espírita na Crosta Terrestre, no qual o Espírito Alexandre funcionavacomo orientador

3. SERVIÇO

Passes magnéticos.

4. DESCRIÇÃO DO AMBIENTE, FEITA PELO ESPÍRITO ANDRÉ LUIZ:

O trabalho era atendido por seis entidades, (espíritos técnicos em auxíliomagnético) envoltas em túnicas muito alvas, como enfermeiros vigilantes. Falavamraramente e operavam com intensidade. Todas as pessoas, vindas ao recinto, recebiam-lhes o toque salutar e, depois de atenderem aos encarnados, ministravam socorroeficiente às entidades infelizes do plano espiritual, principalmente as que se constituemem séqüito familiar dos encarnados.

5. REQUISITOS NECESSÁRIOS AOS ESPÍRITOS PARA PARTICIPAREM COMO TÉCNICOS EMAUXÍLIO MAGNÉTICO

Alexandre, Espírito orientador geral dos trabalhos, interrogado por André Luiz seaqueles seis espíritos técnicos em auxilio magnético apresentavam requisitos especiais,responde:

- “Sim, na execução da tarefa que lhes está sbordinada, não basta a boa vontade,como acontece em outros setores de nossa atuação (espiritual). Precisam revelardeterminadas qualidades de ordem superior e certos conhecimentos especializados. Oservidor do bem, mesmo desencarnado, não pode satisfazer em semelhante serviço, se

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ainda não conseguiu manter um padrão de elevação mental contínua, condiçãoinsdispensável à exteriorização das faculdades radiantes. O missionário do do auxíliomagnético, na Crosta ou aqui em nossa esfera, necessita ter:

a) grande domínio sobre si mesmo;b) espontâneo equilíbrio de sentimentos;c) acentuado amor aos semelhantes;d) alta compreensão da vida;e) fé vigorosa;f) profunda confiança no Poder Divino.

“Constituem-se em nosso plano (espiritual) exigências a que não se pode fugir,quando na esfera carnal a boa vontade sincera, em muitos casos pode supriressa ouaquela dificiência, o que se justifica, em virtude da assistência prestada pelos benfeitoresde nosso círculo de ação ao servidor humano, incompleto no terreno das qualidadesdesejáveis.”

6. PARTICIPAÇÃO DE ENCARNADOS

- Os encarnados, de um modo geral, poderiam colaborar em semelhantesatividades de auxílio magnético? Perguntou André Luiz.

- “Todos, com maior ou menor intensidade, poderão prestar concurso fraterno,nesse sentido - respondeu o orientador Alexandre -, porquanto, revelada a disposição fielde cooperar a serviço do próximo, por esse ou aquele trabalhador, as autoridades denosso meio designam entidades sábias e benevolentes que orientam, indiretamente oneófito, utilizndo-lhe a boa vontade e enriquecendo-lhe a boa vontade e enriquecendo-lheo própriovalor. São muito raros, porém, os companheiros que demonstram a vocação deservior espontaneamente. Muitos, são obstante bondosos e sinceros nas suasconvicções, aguardam a mediunidade curadora, como se ela fosse um acontecimentomiraculoso em suas vidas enão um serviço do bem, que pede do candidato o esforçolaborioso do começo....” - Ainda mesmo que o operário humano revele valores muitoreduzidos, pode ser mobilizado? - interrogou André Luiz, curioso.

- “Perfeitamente, aduziu Alexanre, atencioso”.- “Desde que o interesse dele nas aquisições sagradas do bem seja mantido acima

de qualquer preocupação trensitória, deve esperar incessante progresso das faculdadesradiantes, não só pelo próprio esforço, senão também pelo concurso de Mais Alto, de quese faz merecedor.”

7. DESENVOLVIMENTO DA CAPACIDADE RADIANTE NOS ENCARNADOS

“- Conseguida a qualisase básica, ou seja, a boa vontade, - prosseguiu Alexandre -candidato ao serviço precisa considerar a necessidade de sua elevação urgente, paraque as suas obas se elevem no mesmo ritmo. Falaremos tão-somente das conquistasmais simples e imediatas que deve fazer dentro de si mesmo. Antes de tudo, énecessário equilibrar o campo das emoções. Não é possível fornecer forças construtivasa alguém, ainda mesmo na condição d instrumento útil, se fazemos sistemático

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desperdício das irradiações vitais. Um sistema nervoso esgotado, oprimido, é um canalque não responde pelas interrupções havidas. A mágoa excessiva, a paixão desveirada,a inquietude obsedante, constituem barreiras que impedem a passagem das energiasauxiliadoras. Por outro lado, é preciso examinar também as necessidades fisiológicas, àpar dos requisitos de ordem psíquica. A fiscalização dos elementos destinados aosarmazéns celulares é indispensável, por parte do própriointeressado em atender astarefas do bem. O excesso de alimentação, produz odores fétidos, através dos poros,bem como das saídas dos pulmões e do estômago, prejudicando as faculdadesradiantes, por quanto provocam dejeções anormais e desarmonias de vulto no aparelhogastro-intestibal, interessando a intimidade das células. O álcool e outras substânciastóxicas operam distúrbios nos centros nervosos, modificando certas funções psíquicas eanulando os melhores esforços na transmissão de elementos regeneradores e salutares.Quando nos referimos às qualidades necessáriasaos servidores desse campo de auxílio,a ninguém desejamos desencorajar, mas orientar ás aspirações do tabalhador para quesua tarefa cresça em valores positivos e eternos”.

COMPLEMENTO DO TEMA; ESTRAÍDO DO LIVRO “MECANISMO DAMEDIUNIDADE”

CAPÍTULO XXII - MEDIUNIDADE CURATIVA

SUB-TÍTULO: MÉDIUM PASSISTA

Entendemos quie a mediunidade curativa se reveste da mais altaimportância; desde que alicerçada nos sentimentos mais puros de mais purafraternidade.

É claro que não nos reportamos aos magnetizadores que desenvolvem asforças que lhes sãopeculiares, no trtao da saúde humana. Referimo-nos, sim, aosintérpretes da Espiritualidade Superior, consagrados à assistência providencial aosenfermos, para encorajar-lhes a ação. Decerto, o estudo da constituição humana lhes énaturalmente aconselhável, tanto quanto ao aluno de enfermagem, embora não sejamédico, se recomenda a aquisição de conhecimento do corpo em si. E do mesmo modoque esse aprendiz de rudimentos da Medicina precisa atentar para a assepsia do seuquadro de trabalho, o médium passista necessitará vigilância no seu campo de ação,porquanto de sua higiene espiritual resultará o reflexo benfazejo naqueles que seproponha socorrer. Eis porque se lhe pede a simplicidade e a humildade por alicerces noserviço de socorro as doentes, de vez que semelhantes fatores funcionarão à maneira dotunstênio na lâmina elétrica, suscetível de irradir a força da usina, produzindo a luznecessária à expulsão da sombra. O investimento cultural ampliar-lhe-áos recursospsicológicos, facilitando-lhe a recepção das ordens e avisos dos instrutores que lhepropiciem o amparo,e o asseio mental lhe consolidará a influência, purificando-a, além dedotar-lhe a presença com a indispensável autoridade moral, capaz de induzir o enfermoao despertamento das próprias forças de reação.

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