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M U S S O RG S K Y P RO K O F I E VS A R A S A T E T C H A
I K O V S K Y
FORTISSIMO Nº 17 — 2016
ALLEGRO
VIVACE
1 5 /0 9
16/09
MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DE MINAS GERAIS E CEMIG APRESENTAM
Nossos concertos são possíveis graças à Lei Rouanet e a nossos patrocinadores.
ALLEGRO
VIVACE
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Um dos maiores violinistas da
atualidade, Vadim Gluzman retorna
a Belo Horizonte e divide conosco
seu talento e arte na interpretação
de duas obras marcantes – o belo e
lírico Primeiro Concerto de Prokofiev,
seguido da intensidade e virtuosismo
das Árias Ciganas de Sarasate.
O maestro convidado é o norte-
americano Dorian Wilson, que
explorará o repertório russo de
Mussorgsky e Tchaikovsky, trazendo,
neste início de primavera, os sonhos
de inverno das estepes russas.
A eles nossas boas-vindas e
nossos calorosos aplausos.
FABIO MECHETTIDiretor Artístico e Regente Titular
Caros amigos e amigas,
54
FABIO MECHETTIdiretor artístico e regente titular
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Desde 2008, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular
da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sendo responsável
pela implementação de um dos projetos mais bem-sucedidos
no cenário musical brasileiro. Com seu trabalho, Mechetti
posicionou a orquestra mineira nos cenários nacional e
internacional e conquistou vários prêmios. Com ela, realizou
turnês pelo Uruguai e Argentina e gravações para o selo Naxos.
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti serviu recentemente como
Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia, tornando-se
o primeiro regente brasileiro a ser titular de uma orquestra asiática.
Depois de quatorze anos à frente da Orquestra Sinfônica de Jacksonville,
Estados Unidos, atualmente é seu Regente Titular Emérito. Foi
também Regente Titular da Sinfônica de Syracuse e da Sinfônica
de Spokane. Desta última é, agora, Regente Emérito.
Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra
Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos
no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da
Orquestra Sinfônica de San Diego, foi Regente Residente.
Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a
Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras
norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester,
Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais
de verão nos Estados Unidos, entre
eles os de Grant Park em Chicago
e Chautauqua em Nova York.
Realizou diversos concertos no México,
Espanha e Venezuela. No Japão dirigiu
as orquestras sinfônicas de Tóquio,
Sapporo e Hiroshima. Regeu também a
Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia,
a Orquestra da Rádio e TV Espanhola
em Madri, a Filarmônica de Auckland,
Nova Zelândia, e a Orquestra
Sinfônica de Quebec, Canadá.
Vencedor do Concurso Internacional de
Regência Nicolai Malko, na Dinamarca,
Mechetti dirige regularmente na
Escandinávia, particularmente a
Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a
de Helsingborg, Suécia. Recentemente
fez sua estreia na Finlândia, dirigindo
a Filarmônica de Tampere, e na Itália,
dirigindo a Orquestra Sinfônica de
Roma. Em 2016 fará sua estreia com a
Filarmônica de Odense, na Dinamarca.
No Brasil, foi convidado a dirigir a
Sinfônica Brasileira, a Estadual de
São Paulo, as orquestras de Porto
Alegre e Brasília e as municipais de
São Paulo e do Rio de Janeiro.
Trabalhou com artistas como Alicia
de Larrocha, Thomas Hampson,
Frederica von Stade, Arnaldo Cohen,
Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil
Shaham, Midori, Evelyn Glennie,
Kathleen Battle, entre outros.
Igualmente aclamado como regente
de ópera, estreou nos Estados Unidos
dirigindo a Ópera de Washington.
No seu repertório destacam-se
produções de Tosca, Turandot, Carmem,
Don Giovanni, Così fan tutte, La Bohème,
Madame Butterfly, O barbeiro de
Sevilha, La Traviata e Otello.
Fabio Mechetti recebeu títulos
de mestrado em Regência e em
Composição pela prestigiosa
Juilliard School de Nova York.
6
Modest MUSSORGSKYORQUESTRAÇÃO DE RIMSKY-KORSAKOV
Boris Godunov: Introdução e Polonaise
Sergei PROKOFIEV Concerto para violino nº 1 em Ré maior, op. 19
Andantino Scherzo: Vivacissimo
Moderato – Allegro moderato – Moderato – Più tranquillo
Pablo de SARASATE Árias Ciganas, op. 20
Piotr Ilitch TCHAIKOVSKY Sinfonia nº 1 em sol menor, op. 13, “Sonhos de Inverno”
Allegro tranquilo, “Sonhos de uma viagem de inverno” Adagio cantabile ma non tanto, “Terra sombria, terra de bruma”
Allegro scherzando giocoso Andante lugubre
DORIAN WILSON, regente convidado
VADIM GLUZMAN, violino
PROGRAMA
INTERVALO
MPST
9
Dorian Wilson, um dos últimos
alunos de Leonard Bernstein, obteve
reconhecimento internacional ao
vencer o Concurso Internacional de
Regência Nicolai Malko aos 24 anos.
Logo em seguida, recebeu o convite
para atuar como segundo regente da
Filarmônica de Moscou, tornando-se o
primeiro convidado norte-americano em
quinze anos e o regente mais jovem na
história da orquestra. Mais tarde, seria
também o primeiro maestro convidado
da Orquestra Nacional da Rússia.
Rege com frequência a Filarmônica de
São Petersburgo e a Deutsche Radio
Philharmonie e é maestro convidado
permanente da Sinfônica de São
Petersburgo. Foi diretor artístico da
Filarmônica de Belgrado e regeu mais de
120 orquestras em todo o mundo. Já se
apresentou em grandes salas de concerto
de Paris, Roma, Moscou, Tóquio,
Frankfurt, Helsinki, Copenhague,
Berlim, Amsterdã, Florença, Seul,
Atenas, Bucareste e São Petersburgo.
O contato de Wilson com óperas
começou aos vinte anos, quando
foi maestro assistente na produção
de O Anel, de Wagner, na Seattle
Opera. Foi diretor artístico do Teatro
Vorpommern, Alemanha, onde regeu
mais de cinquenta produções em
mais de trezentas apresentações.
Dorian Wilson é um maestro fortemente
premiado em todo o mundo e
venceu, entre outras, as competições
internacionais Dimtri Mitropoulos,
Atenas; Kiril Kondrashin, Amsterdã;
Internacional de Tóquio; Antonio
Pedrotti, Itália; Arturo Toscanini,
Itália; Nicolai Malko, Dinamarca;
e Jean Sibelius, Finlândia.
O maestro apresentou ao público da
Alemanha oriental muitos trabalhos
que lhe eram desconhecidos, incluindo
obras de Ginastera, Copland, Martinu,
Piazzolla, C. Koechlin, Britten,
Respighi e de Falla. Ao todo, comandou
mais de 35 estreias internacionais.
Wilson já trabalhou com alguns dos
mais renomados solistas, entre eles Shura
Cherkassky, Mstislav Rostropovich, Yo-Yo
Ma, Thomas Zehetmair, Sol Gabetta,
Gary Hoffman, Barry Douglas, Boris
Berezovsky, Nelson Freire e Nabuko Imai.
Dorian Wilson estudou piano, viola,
composição, história da arte e regência no
Conservatório Oberlin, na Universidade
de Indiana, na Universidade de
Michigan e no Hochschule für Musik,
em Viena. Entre seus professores
estão Seiji Ozawa, Gustav Meier,
Dmitri Kitaenko, Rudolph Barshai,
Jorma Panula e Leonard Bernstein.
Em sua agenda estão apresentações
com a Filarmônica do Japão, Sinfônica
Metropolitana de Tóquio, Filarmônica
de Osaka, Filarmônica da Cidade
de Tóquio, Filarmônica de Nagoya,
Sinfônica de Beethoven-Bonn, Teatro
Nacional Sérvio, Filarmônica de Madri
e Deutsch Radio Philharmonie.
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DORIANWILSON
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A arte de Vadim Gluzman une a tradição
violinística dos séculos XIX e XX ao
dinamismo de hoje. O violinista israelense
se apresenta regularmente com orquestras
como as sinfônicas NHK, de Chicago, de
Londres e de São Francisco; orquestras da
Filadélfia e de Minnesota; filarmônicas de
Londres, Israel e de Munique. Trabalha
com regentes importantes como Neeme
Järvi, Michael Tilson Thomas, Tugan
Sokhiev, Andrew Litton, Marek Janowski,
Semyon Bychkov, Jukka-Pekka Saraste,
Itzhak Perlman, Paavo Järvi, Rafael
Frühbeck de Burgos, Hannu Lintu e Peter
Oundjian. Suas apresentações em festivais
incluem Verbier, Ravinia, Lockenhaus,
Pablo Casals, Colmar, Jerusalém e
o Festival de Música de Câmara da
Costa Norte, realizado em Northbrook,
Illinois, e fundado por Gluzman e pela
pianista Angela Yoffe – sua esposa e
companheira de longa data nos palcos.
Após apresentações com a Filarmônica
de Berlim e a Orquestra de Cleveland,
a temporada 2015/2016 incluirá
estreias de Gluzman com a Sinfônica
de Boston e Christoph von Dohnányi,
com a Sinfônica Nacional e Andrew
Litton, com a Orquestra Gewandhaus
e Riccardo Chailly, além das orquestras
Konzerthausorchester de Berlim,
Sinfônica da Cidade de Birmingham,
L’Orchestre de la Suisse Romande,
sinfônicas de Detroit, Oregon e Lucerna;
filarmônicas de Dresden, Stuttgart,
São Petersburgo e Monte Carlo. Fará
recitais em Londres, Jerusalém, Lyon e
Kronberg. Estará com os grupos Moscow
Virtuosi, Sinfonietta Cracóvia e Sinfônica
de Vancouver, além de continuar seu
trabalho como principal artista convidado
da Orquestra de Câmara ProMusica.
Vadim Gluzman estreou composições
de Giya Kancheli, Peteris Vasks,
Lera Auerbach e Sofia Gubaidulina. Em
2016 fará estreia mundial de obra de Lera
Auerbach para violino, orquestra e coro
com a Orquestra Filarmônica de Bergen,
a Orchestre de la Suisse Romande e com
a Sinfônica da BBC no festival Proms.
Sua extensa discografia, pelo selo
BIS Records, recebeu o Diapason d’Or
do ano, Escolha do Editor da revista
Gramophone, prêmio Choc de Classica
da Classica Magazine e foi Disco do Mês
nas revistas The Strad, BBC Music
Magazine, ClassicFM e outras.
Nascido na antiga União Soviética,
Gluzman começou a estudar violino aos
sete anos. Antes de se mudar para Israel,
onde foi aluno de Yair Kless, estudou
com Roman Sne, na Letônia, e Zakhar
Bron, na Rússia. Nos Estados Unidos,
seus professores foram Arkady Fomin e,
na Escola Julliard, a falecida Dorothy
DeLay e Masao Kawasaki. No início de
sua carreira, recebeu apoio e incentivo de
Isaac Stern. Em 1994, recebeu o prêmio
de carreira da Fundação Henryk Szeryng.
Vadim Gluzman se apresenta com um
Stradivari de 1690, “ex-Leopold Auer”,
generosamente cedido pela Sociedade
Stradivari de Chicago.
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VADIMGLUZMAN
12MINSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 3 clarinetes, 3 fagotes, 4 trompas,
4 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas.
PARA OUVIRCD Mussorgsky – Boris Godunov –
Orquestra e coro do Teatro Mariinsky – Valery Gergiev, regente – Decca – 2012
PARA ASSISTIRUSSR State Academic Symphony – Yevgeni
Svetlanov, regente | Acesse: fil.mg/mgodunov
PARA LERMontagu Montagu-Nathan –
Moussorgsky – Ulan Press – 2012
Rússia, 1839 – 1881
Os movimentos nacionalistas, que irromperam na Europa a partir da
segunda metade do século XIX, trouxeram para o campo da ópera
um movimento de reação, contrário à hegemonia italiana e alemã,
que teve resultados de inegável interesse histórico e estético. É nesse
cenário que desponta a música dramática na Rússia. Arraigada em
uma cultura autóctone – não apenas pela língua, mas pela escolha
dos temas e por uma linguagem que encontra na tradição musical
popular uma de suas fontes principais –, a ópera russa confere aos
coros e aos trechos de dança um relevo especial. Isso, de certa forma,
a aproxima das próprias tradições musicais populares russas.
Já não se diga de Tchaikovsky, cujas óperas, de beleza inegável,
se inserem sem muitos problemas na grande tradição musical europeia.
Diga-se, sobretudo, do Príncipe Igor, de Borodin, e de Boris Godunov,
a obra-prima de Modest Mussorgsky. O sucesso estrondoso deste
monumento da música russa foi uma espécie de revanche de Mussorgsky
às críticas que sempre recebeu por ignorar as regras, por sua suposta
inépcia nas disciplinas clássicas, por suas posições de vanguarda. Após
sua estreia, em 1874, que esgotou os ingressos do Teatro Mariinsky,
em São Petesburgo, os estudantes cantavam seus coros nas ruas. A ópera
foi encenada outras vinte e uma vezes durante a vida do compositor
e, após sua morte, em 1881, mais cinco vezes no mesmo ano.
Mussorgsky elaborou duas versões para Boris Godunov. A primeira,
concluída em 1869, foi rejeitada pela censura dos teatros imperiais.
A segunda, concluída em 1872, foi a versão encenada na estreia. No
entanto, muitos trabalhos póstumos de correção e revisão da obra
(como da maior parte do trabalho do compositor) foram feitos por seu
colega e amigo Rimsky-Korsakov. Mais tarde, até mesmo Shostakovich
se empenhou nessa empresa. Durante todo o século XX a versão de
Rimsky-Korsakov, que data de 1908,
foi a única encenada. Em tempos
mais recentes, porém, a partitura de
1872 tem tido relativa predileção.
O próprio Mussorgsky escreveu o
libreto de Boris Godunov e manteve-se
fiel aos dados históricos do czar que
reinou sobre a Rússia no século XVI.
O compositor baseou-se principalmente
na peça homônima de Pushkin, mas
afasta-se dela pelo enfoque: há, na obra
de Mussorgsky, uma espécie de realismo
que lembra o tom de Dostoievsky.
A Polonaise tem lugar no terceiro ato
e ambienta a cena em que aristocratas
poloneses despontam de um castelo,
dançando e cantando ao ritmo de sua
terra de origem. Curiosamente, esse
foi o primeiro trecho da ópera que
Rimsky-Korsakov revisou, trabalhando
vivamente sobre a orquestração. Desse
trabalho, surgiu uma obra autônoma
que logo se incorporou ao repertório
sinfônico. Isso comprova o fato de
que os episódios de dança e de coros
têm, realmente, importância capital
na ópera de Mussorgsky. Mesmo
desvinculada da ópera, mesmo com
as interferências de Rimsky-Korsakov,
a Polonaise (e sua Introdução)
continuam a revelar a genialidade
tão radicalmente original do nome
mais relevante do Grupo dos Cinco.
Modest
MUSSORGSKY
13
MOACYR LATERZA FILHO Pianista e cravista, Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa, professor da Universidade do Estado de Minas Gerais e da Fundação de Educação Artística.
BORIS GODUNOV: INTRODUÇÃO E POLONAISE (1872, orquestrada por Rimsky-Korsakov em 1908) 7 min
14 PINSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, tuba,
tímpanos, percussão, harpa, cordas.
PARA OUVIRCD Great Violinists — Szigeti – Prokofiev;
Bartók; Bloch – London Philharmonic Orchestra – Thomas Beecham, regente – Joseph Szigeti, violino – Naxos Historical,
8.110973 (gravado em 23 de agosto de 1935)
CD Prokofiev – Violin concertos; Sonata for two violins – BBC Symphony
Orchestra – Gennady Rozhdestvensky, regente – Itzhak Perlman, violino –
EMI Classics, 0724356259256 – 2003 (The Perlman Edition)
PARA ASSISTIRSergei Eisenstein – Alexander Nevsky – 1938
(trilha sonora de Sergei Prokofiev)
Symphony Orchestra of the Mariinsky Theatre – Valery Gergiev, regente – Leonidas Kavakos,
violino | Acesse: fil.mg/pviolino1
PARA LERSergei Prokofiev – Autobiography, Articles,
Reminiscences – Rose Prokofieva, tradução – University Press of the Pacific – 2000
Sergei Prokofiev – Sergey Prokofiev, diários 1915 a 1923 (por trás da máscara) – Anthony
Phillips, tradução – Faber & Faber – 2008
Richard Taruskin – On Russian Music – University of California Press – 2009
Filho de família abastada e influente, Prokofiev recebeu ainda cedo uma
educação sólida. Estudou ciências naturais com o pai e artes com a mãe,
além de alemão e francês com suas três governantas. Aos quatro anos
iniciou as aulas de piano e esboçou suas primeiras composições. Entre
1904 e 1909 estudou composição no Conservatório de São Petersburgo e
em 1914 concluiu os estudos de regência e piano na mesma instituição.
Em seu recital de formatura executou seu Concerto para piano nº 1 e
pela obra recebeu o primeiro prêmio do Conservatório. No início de
1915, Prokofiev passou a trabalhar na composição de um concertino
para violino e orquestra. No outono do mesmo ano, abandonou o
concertino para concentrar-se na composição de O Jogador, ópera
inspirada no romance de Dostoievski. Apenas no verão de 1917
Prokofiev retomaria o antigo projeto tendo em vista não mais a composição
de um concertino, mas a de um concerto para violino e orquestra.
A Rússia de 1917 se faz lembrar devido a mudanças estruturais e
instabilidade política. A Revolução de Fevereiro depôs o czar Nicolau II
em março daquele ano (segundo o calendário ocidental) e, em
novembro, a Revolução de Outubro instaurou o governo socialista
soviético. Prokofiev, no entanto, manteve-se distante dos movimentos
revolucionários, seja isolando-se na cidade termal de Kislovodsk, no
Cáucaso, ou refugiando-se durante o verão numa casa de campo
próximo a São Petersburgo. Foi ali que finalizou a composição de
sua Sinfonia Clássica, inspirada no estilo de Haydn, e do seu
Concerto para violino nº 1, obras que, juntamente com seu Concerto
para piano nº 1, configuram, na opinião do musicólogo Richard
Taruskin, “um trio de precoces e virtualmente perfeitas obras-primas”.
Devido às turbulências políticas, o Concerto para violino nº 1 veio a ser
estreado apenas em 18 de outubro de 1923, nos Concertos Koussevitzky
da Ópera de Paris, tendo como solista
Marcel Darrieux. Em razão de seu
lirismo ou mendelssonismo, como
colocado pela crítica, a obra foi recebida
com desinteresse por uma audiência
acostumada a uma linguagem musical
ousada e provocadora. A peça, porém,
entrou para o repertório de concerto
graças aos esforços do importante
violinista húngaro Joseph Szigeti,
que a incluíra numa bem-sucedida
turnê pelas principais cidades
europeias, em 1924. O Concerto
conta com três movimentos: Andantino,
Scherzo: Vivacissimo e Moderato.
Embora, em termos de grande forma,
a obra seja um tanto convencional,
com o primeiro e o terceiro movimentos
fazendo alusão à forma sonata, o
segundo movimento surpreende ao
apresentar um scherzo volátil em
substituição ao tradicional movimento
lento de concerto. Seu tema de abertura
é o motivo meditativo concebido para
o concertino e ilustra, na opinião
do próprio compositor, a natureza
lírica de sua música. O Concerto para
violino nº 1 mescla traços da escola
nacionalista russa, principalmente de
Rimsky-Korsakov e Glazunov, com
alusões à peça Mitos, do polonês
Karol Szymanowski, e apresenta, nas
palavras do violinista Szigeti, uma
“mistura de ingenuidade dos contos de
fadas com uma selvageria ousada”.
15
IGOR REYNER Pianista, Mestre em Música pela UFMG, doutorando de Francês no King’s College London e colaborador do ARIAS/Sorbonne Nouvelle Paris 3.
Ucrânia, 1891 – Rússia, 1953
Sergei
PROKOFIEV CONCERTO PARA VIOLINO Nº 1 EM RÉ MAIOR, OP. 19 (1917) 23 min
16 S17
INSTRUMENTAÇÃO
2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, percussão, cordas.
PARA OUVIRCD Great Violinists - Heifetz - Viextemps; Saint-Saëns; Sarasate; Waxman – London
Symphony Orchestra – John Barbirolli, regente – Jascha Heifetz, violino –
Naxos Historical – 2000
PARA ASSISTIROrquestra Sinfônica Nacional Russa –
Mikhail Pletnev, regente – Sergej Krylov, violino | Acesse: fil.mg/sciganas
PARA LERMaria Nagore – Pablo Sarasate: El violín
de Europa – Instituto Complutense de Ciencias Musicales (ICCMU) – 2014
O século XIX trouxe, com o Romantismo, o interesse do público pela
performance virtuosística. Nicolò Paganini (1782-1840) e Franz Liszt
(1811-1886) foram, para o violino e o piano, respectivamente, o
ápice do domínio absoluto da técnica. Liszt viveu suficientemente
para realizar uma obra genial de compositor e de antecipar caminhos
revolucionários para a linguagem da música. Paganini, embora
compositor de muitos méritos, não teve sua influência descolada de
seu lendário virtuosismo, do magnetismo de seus malabarismos.
Ainda no século XIX, o célebre violinista Joseph Joachim (1831-1907)
exibia técnica e interpretação que primavam pela solidez e pelo
rigor do estilo, opondo-se ao virtuosismo gratuito. As escolas de
violino a partir de então se multiplicam e passam a ser conhecidas
por suas características próprias e diversas – a russa, a franco-belga,
a germânica, cujos representantes rivalizam em sua propagação.
Em 1856, no Conservatório de Paris, o eminente Delphin Alard
recebe em sua classe o menino Pablo de Sarasate, violinista
espanhol de Pamplona, com doze anos, prodígio famoso em seu país,
onde a Rainha Isabel lhe ofertara seu primeiro Stradivarius. Com
apenas alguns meses de frequência às aulas, o Conservatório lhe
confere o Primeiro Prêmio, considerando concluída sua formação
violinística. Pablo termina seus estudos teóricos em Paris aos quinze
anos e dá início à carreira internacional de concertista que o viria
projetar como um dos maiores violinistas de todos os tempos.
A segunda metade do século XIX foi uma idade de ouro dos violinistas;
celebridades como Joachim, Wieniawski, Vieuxtemps, Ysaÿe, Auer e
também Sarasate, entre outros, cruzavam a Europa, a Rússia, as Américas.
Os depoimentos sobre a arte incomparável de Pablo de Sarasate,
por parte de outros violinistas e críticos, são numerosos. Elegância,
suavidade, graça – são adjetivos
frequentemente empregados para
descrever sua sonoridade. Sua técnica
perfeita e pessoal, seu staccato
característico, seu vibrato – são
comentados com admiração.
Muitos compositores contemporâneos
de Sarasate lhe dedicaram obras, a
exemplo de Saint-Saëns – o Concerto nº 3
e a Introdução e Rondó Caprichoso –
e Édouard Lalo – a Sinfonia Espanhola.
Sarasate foi um dos primeiros violinistas
que fizeram gravações, datadas de 1904.
Como compositor, o grande
violinista deixou mais de cinquenta
obras catalogadas, quase sempre
inspiradas no folclore espanhol,
magnificamente escritas para violino
e piano, e violino e orquestra. Entre
estas estão as Árias Ciganas (editadas
com o título alemão Zigeunerweisen),
baseadas em temas gitanos preexistentes
que o autor indicou na partitura. Seu
charme e romantismo irresistíveis
fazem delas uma das mais populares
peças curtas do repertório de violino.
Também faz parte do repertório atual
a Fantasia sobre temas da Carmem de
Bizet, além de várias danças espanholas.
BERENICE MENEGALE Pianista, fundadora e diretora da Fundação de Educação Artística.
Espanha, 1844 – França, 1908
Pablo de
SARASATEÁRIAS CIGANAS, OP. 20 (1878) 8 min
18 TINSTRUMENTAÇÃO
Piccolo, 2 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas,
2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, cordas.
PARA OUVIRCD Tchaikovsky – Symphonies nos. 1-3
– London Symphony Orchestra – Valery Gergiev, regente – LSO Live – 2012
PARA ASSISTIRFrankfurt Radio Symphony
Orchestra – Paavo Järvi, regente Acesse: fil.mg/tsonhosdeinverno
PARA LERAnthony Holden – Piotr Ilitch Tchaikovsky:
uma biografia – Record – 1999
Tchaikovsky chegou a Moscou em janeiro de 1866, aos vinte e
cinco anos de idade, convidado por Nikolai Rubinstein para lecionar
teoria musical no futuro Conservatório de Música da cidade, que
seria inaugurado em setembro daquele ano. Desejoso de se firmar
como compositor, Tchaikovsky logo se empenhou em uma tarefa
por demais árdua para um jovem recém-formado: a composição de
uma sinfonia. Em março ele começou, com dificuldade, a traçar
os primeiros rascunhos, mas, no mês seguinte, a publicação de
uma crítica devastadora do compositor César Cui a respeito de sua
cantata An die Freude, apresentada três meses antes em seu concerto
de formatura, desencadeou uma série de problemas psicológicos
que o acompanhariam por toda a vida. Tchaikovsky passou a sofrer
de ansiedade nervosa e insônia e a apresentar ataques apopléticos
constantes. Ao final de maio ele conseguiu, com muito esforço, terminar
o esboço da Sinfonia e, nos meses de junho e julho, em São Petersburgo,
passou várias noites acordado trabalhando na orquestração.
Com a saúde física e mental em frangalhos, Tchaikovsky cometeu
um erro de cálculo que, por pouco, não lhe provocaria um colapso
mental devastador. Antes de voltar a Moscou para a inauguração do
Conservatório, resolveu submeter a Sinfonia, ainda inacabada, à crítica
de seus antigos professores Anton Rubinstein e Nikolai Zaremba. Os dois
foram impiedosos, atacando cruelmente a obra. Hipersensível a críticas,
Tchaikovsky voltou a Moscou completamente arrasado. Porém, assumiu
suas funções no Conservatório e no mês de dezembro conseguiu voltar
à Sinfonia. Trechos dela foram apresentados por Nikolai Rubinstein
naquele final de ano e no início do seguinte (fevereiro de 1867), mas o
compositor ainda teve de esperar doze meses para ter sua Sinfonia nº 1
executada na versão completa, em 3 e 15 de fevereiro de 1868,
em Moscou, sob a regência de Nikolai Rubinstein. A versão que
hoje conhecemos data de quando
Tchaikovsky revisou a obra pela última
vez, antes de sua publicação, em 1875.
Essa versão, definitiva, foi executada em
público, pela primeira vez, em 1883.
O título da Sinfonia, “Sonhos de inverno”,
é do próprio Tchaikovsky, assim como
os títulos para o primeiro e segundo
movimentos. O primeiro movimento,
“Sonhos de uma viagem de inverno”,
possui dois temas: o primeiro, vivo,
ouvido logo no início na flauta e no
fagote, e o segundo, doce, executado pelo
clarinete. O segundo movimento, “Terra
sombria, terra de bruma”, é pungente,
construído sobre o belíssimo tema do
oboé. Quando nos aproximamos do fim,
as duas primeiras trompas apresentam o
tema em caráter majestoso. O Scherzo
é rápido e possui, na seção central, um
alegre tema de valsa. O Finale é sombrio
e, em certo sentido, melancólico,
mesmo depois de atingido o Allegro.
Apenas na grandiosa Coda Tchaikovsky
deixa entrever um pouco de sol. Trata-se
de uma obra madura, evidenciando o
temperamento típico da música russa,
tanto em seus temas de sabor folclórico
quanto no brilhante colorido orquestral.
19
GUILHERME NASCIMENTO
Compositor, Doutor em Música pela Unicamp, professor na Escola de Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos floridos não voam e Música menor.
Rússia, 1840 – 1893
Piotr Ilitch
TCHAIKOVSKY SINFONIA Nº 1 EM SOL MENOR, OP. 13, “SONHOS DE INVERNO” (1874) 45 min
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23Ilustrações: Mariana Simões
DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Fabio Mechetti
REGENTE ASSOCIADO
Marcos Arakaki
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Instituto Cultural Filarmônica
GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAISFernando Damata Pimentel
VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAISAntônio Andrade
(Oscip – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)
SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAISAngelo Oswaldo de Araújo Santos
SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAISJoão Batista Miguel
PROKOFIEVRepresentante exclusivo: Boosey & Hawkes
FORTISSIMO
setembro nº 17 / 2016 ISSN 2357-7258
EDITORA Merrina Godinho Delgado
EDIÇÃO DE TEXTO Berenice Menegale
Conselho Administrativo
PRESIDENTE EMÉRITO Jacques Schwartzman
PRESIDENTE Roberto Mário Soares
CONSELHEIROS Angela Gutierrez Berenice MenegaleBruno VolpiniCelina SzrvinskFernando de AlmeidaÍtalo GaetaniMarco Antônio PepinoMauricio FreireMauro BorgesOctávio ElísioPaulo BrantSérgio Pena
Diretoria Executiva
DIRETOR PRESIDENTE Diomar Silveira
DIRETOR ADMINISTRATIVO-FINANCEIROEstêvão Fiuza
DIRETORA DE COMUNICAÇÃO Jacqueline Guimarães Ferreira
DIRETORA DE MARKETING E PROJETOS Zilka Caribé
DIRETOR DE OPERAÇÕES Ivar Siewers
DIRETOR DE PRODUÇÃO MUSICAL Kiko Ferreira
Equipe Técnica
GERENTE DE COMUNICAÇÃO Merrina Godinho Delgado
GERENTE DE PRODUÇÃO MUSICAL Claudia da Silva Guimarães
ASSESSORA DE PROGRAMAÇÃO MUSICALGabriela Souza
PRODUTORES Luis Otávio RezendeNarren Felipe
ANALISTAS DE COMUNICAÇÃO Marciana Toledo (Publicidade) Mariana Garcia (Multimídia)Renata GibsonRenata Romeiro (Design gráfico)
ANALISTA DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Mônica Moreira
ANALISTAS DE MARKETING E PROJETOSItamara KellyMariana Theodorica
ASSISTENTE DE MARKETING DE RELACIONAMENTO Eularino Pereira
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO Rildo Lopez
Equipe Administrativa
GERENTE ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA Ana Lúcia Carvalho
GERENTE DE RECURSOS HUMANOSQuézia Macedo Silva
ANALISTAS ADMINISTRATIVOS João Paulo de OliveiraPaulo Baraldi
ANALISTA CONTÁBIL Graziela Coelho
SECRETÁRIA EXECUTIVAFlaviana Mendes
ASSISTENTE ADMINISTRATIVACristiane Reis
ASSISTENTE DE RECURSOS HUMANOSVivian Figueiredo
RECEPCIONISTA Lizonete Prates Siqueira
AUXILIAR ADMINISTRATIVO Pedro Almeida
AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS Ailda Conceição
MENSAGEIROSBruno RodriguesDouglas Conrado
MENOR APRENDIZMirian Cibelle
Sala Minas Gerais
GERENTE DE INFRAESTRUTURA Renato Bretas
GERENTE DE OPERAÇÕES Jorge Correia
TÉCNICO DE ÁUDIO E ILUMINAÇÃOMauro Rodrigues
TÉCNICO DE ILUMINAÇÃO E ÁUDIO Rafael Franca
ASSISTENTE OPERACIONALRodrigo Brandão
* principal ** principal associado *** principal assistente **** músico convidado
PRIMEIROS VIOLINOS Anthony Flint – SpallaRommel Fernandes – Spalla AssociadoAra Harutyunyan – Spalla AssistenteAna Paula SchmidtAna ZivkovicArthur Vieira TertoBojana PantovicDante BertolinoHyu-Kyung JungJoanna BelloRoberta ArrudaRodrigo BustamanteRodrigo M. BragaRodrigo de Oliveira
SEGUNDOS VIOLINOSFrank Haemmer *Leonidas Cáceres ***Gideôni LoamirJovana TrifunovicLuka MilanovicMartha de Moura PacíficoMatheus BragaRadmila BocevRodolfo ToffoloTiago EllwangerValentina Gostilovitch
VIOLASJoão Carlos Ferreira *Roberto Papi ***Flávia MottaGerry VaronaGilberto Paganini Juan DíazKatarzyna Druzd Luciano GatelliMarcelo NébiasNathan Medina
VIOLONCELOSPhilip Hansen *Felix Drake ***Camila PacíficoCamilla RibeiroEduardo SwertsEmilia NevesLina RadovanovicRobson Fonseca William Neres
CONTRABAIXOSNilson Bellotto *Marcelo CunhaMarcos LemesPablo Guiñez Rossini ParucciWalace Mariano
FLAUTASCássia Lima *Renata Xavier ***Alexandre BragaElena Suchkova
OBOÉSAlexandre Barros *Israel MunizMoisés Pena
CLARINETESMarcus Julius Lander *Jonatas Bueno ***Ney FrancoAlexandre Silva
FAGOTESCatherine Carignan *Victor Morais ***Andrew HuntrissFrancisco Silva
TROMPASAlma Maria Liebrecht *Evgueni Gerassimov ***Gustavo Garcia Trindade José Francisco dos SantosLucas Filho Fabio Ogata
TROMPETESMarlon Humphreys *Érico Fonseca **Daniel Leal ***Tássio Furtado TROMBONESMark John Mulley *Diego Ribeiro **Wagner Mayer ***Renato Lisboa
TUBAEleilton Cruz *
TÍMPANOSPatricio Hernández Pradenas *
PERCUSSÃO Rafael Alberto *Daniel Lemos ***Sérgio AluottoWerner Silveira
HARPAMarcelo Penido ****
TECLADOSAyumi Shigeta *
GERENTE Jussan Fernandes
INSPETORAKarolina Lima
ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Débora Vieira
ARQUIVISTAAna Lúcia Kobayashi
ASSISTENTESClaudio StarlinoJônatas Reis
SUPERVISOR DE MONTAGEMRodrigo Castro
MONTADORESAndré BarbosaHélio SardinhaJeferson SilvaKlênio CarvalhoRisbleiz Aguiar
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PARA APRECIAR UM CONCERTO
CONCERTOS COMENTADOSAgora você pode assistir a palestras sobre temas dos concertos das séries Allegro, Vivace, Presto e Veloce. Elas acontecem na Sala de Recepções, à esquerda do foyer principal, das 19h30 às 20h, para as primeiras 65 pessoas a chegar.
CUMPRIMENTOSApós o concerto, caso queira cumprimentar os músicos e convidados, dirija-se à Sala de Recepções.
ESTACIONAMENTOPara seu conforto e segurança, a Sala Minas Gerais possui estacionamento, e seu ingresso dá direito ao preço especial de R$ 15 para o período do concerto.
PONTUALIDADE Uma vez iniciado um concerto, qualquer movimentação perturba a execução da obra. Seja pontual e respeite o fechamento das portas após o terceiro sinal. Se tiver que trocar de lugar ou sair antes do final da apresentação, aguarde o término de uma peça.
APARELHOS CELULARESConfira e não se esqueça, por favor, de desligar o seu celular ou qualquer outro aparelho sonoro.
FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEONão são permitidas durante os concertos.
APLAUSOSAplauda apenas no final das obras. Veja no programa o número de movimentos de cada uma e fique de olho na atitude e gestos do regente.
CONVERSAA experiência do concerto inclui o encontro com outras pessoas. Aproveite essa troca antes da apresentação e no seu intervalo, mas nunca converse ou faça comentários durante a execução das obras. Lembre-se de que o silêncio é o espaço da música.
CRIANÇASCaso esteja acompanhado por criança, escolha assentos próximos aos corredores. Assim, você consegue sair rapidamente se ela se sentir desconfortável.
COMIDAS E BEBIDASSeu consumo não é permitido no interior da sala de concertos.
TOSSEPerturba a concentração dos músicos e da plateia. Tente controlá-la com a ajuda de um lenço ou pastilha.
0 PROGRAMA DE CONCERTOS
O Fortissimo é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Mas, caso não precise dele após o concerto, por favor, devolva-o nas caixas receptoras para que possamos reaproveitá-lo.
O Fortissimo também está disponível no formato digital em nosso sitewww.filarmonica.art.br.
Para que sua noite seja ainda mais especial, nos dias de concerto, apresente seu ingresso no restaurante Haus München e, na compra de um prato principal, ganhe outro de igual ou menor valor.
Rua Juiz de Fora, 1.257, pertinho da Sala Minas Gerais.
VISITE A CASA VIRTUAL DA NOSSA ORQUESTRA
www.filarmonica.art.brFILARMÔNICA ONLINE
CONCERTOS set
Veja detalhes em filarmonica.art.br/concertos/agenda-de-concertos.
1º e 2 / set, 20h30Villa-Lobos, Debussy, Ravel, Dvorák
9 / set, 20h30Nova Lima — Quinteto de Metais
11 / set, 11hInhotim
15 e 16 / set, 20h30Mussorgsky, Prokofiev, Sarasate, Tchaikovsky
22 e 23 / set, 20h30Takemitsu, Rodrigo, Dutilleux, Ravel
PRESTO VELOCE
PRESTO VELOCE
• Séries de assinatura: Allegro, Vivace, Presto, Veloce, Fora de Série• Concertos para a Juventude• Clássicos na Praça• Concertos Didáticos• Festival Tinta Fresca• Laboratório de Regência• Turnês estaduais• Turnês nacionais e internacionais• Concertos de Câmara
Visite filarmonica.art.br/filarmonica/sobre-a-filarmonica e conheça cada uma delas.
CONHEÇA AS APRESENTAÇÕES DA FILARMÔNICA
ALLEGRO VIVACE
TURNÊ ESTADUAL
A TEMPORADA 2017 VEM AÍ
COMO ASSINAR
Pela internet filarmonica.art.br/assinaturas
Na bilheteria da Sala Minas Gerais
De terça a sexta, das 12h às 21h
Sábado, das 12h às 18h
CONFIRA AS DATAS E GARANTA SUA ASSINATURA.
Renovação — De 22/09 a 15/10
Troca — De 18/10 a 05/11
Novas assinaturas —
De 08/11/2016 a 28/01/2017
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SALA MINAS GERAIS
Rua Tenente Brito Melo, 1.090 | Barro Preto | CEP 30.180-070 | Belo Horizonte - MG
(31) 3219.9000 | Fax (31) 3219.9030
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