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SOM NAS IGREJAS
O projeto de sonorização do templo no Rio de Janeiro foi elaborado com aproposta de adaptar equipamentos que a igreja já possuía ao novosistema de P.A.
Karyne [email protected]
Igreja Sara
D
Nossa Terra da Ilha do Governador
evido à estrutura do novo templo
não suportar um P.A. Fly ou um
sistema de caixas com cornetas, a
solução foi a utilização do Vertical Line
System, da Meteoro, que pode ser em-
butido na parede ou em suportes de cai-
xas. São quatro caixas, sendo que cada
uma possui oito falantes de cinco pole-
gadas, quatro subgraves e rack de am-
plificadores da Meteoro, que fazem par-
te do sistema.
O Vertical Line SystemO projeto inicial do Vertical Line
System foi há quatro anos e uma das
características principais seria atender
à proposta de som das bandas que to-
cam em locais fechados, seja para mi-
nistério das igrejas, auditórios, bandas
de bares à noite, teatros, etc.
Foi desenvolvido por Zé Luiz, da
Meteoro, para se obter alta qualidade
de som com um sistema pequeno e fá-
cil de transportar.
O Vertical Line System utiliza um
power com potência de 1600 watts
RMS e já está preparado com dois ca-
nais para a caixa de grave, dois para a
caixa do Line e já vem com seus res-
pectivos volumes processados.
O inícioA igreja existe há sete anos no bairro da
Praia da Bica, na Ilha do Governador (RJ),
e depois de alugarem uma casa e em segui-
da um clube para realizar os cultos, o pastor
Jonas da Silva e a pastora Nayra Pedrine da
Silva viram a necessidade de ter um local
próprio e investir no ministério de música e
som. Ele optou por montar uma estrutura
em lona, pois em pouco tempo poderia
comportar todos os membros no novo local.
O sistema de som foi prioridade dentro do
projeto do templo e num período de sete
meses, a partir da compra do terreno, a igre-
ja já estava instalada.
Foto
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ação
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SOM NAS IGREJAS
Logo que palco e estruturas internas
estavam prontos, o pastor Jonas contra-
tou o consultor técnico Macgyver para
visitar o local e elaborar o projeto de
sonorização, que deveria atender às se-
guintes metas: readaptar equipamen-
tos que a igreja já tinha de forma que
pudessem ser aproveitados, elaborar
um sistema de P.A. que preenchesse
todos os espaços e não tivesse uma ca-
racterística de som focado, não interfe-
risse na estética da igreja e, por fim,
que atendesse à igreja que tem como
característica principal a música, sem
incomodar um público de 800 pessoas
com volume muito alto.
“O pastor acertou em optar pela
lona, porque é mais rápido montar o
templo, e mais econômico. Outra van-
tagem é que quando a igreja quiser
mudar de terreno não precisa quebrar
nada da estrutura anterior, ela conti-
nua do mesmo jeito, é só desmontar e
levar para outro lugar. No caso da igre-
ja se expandir, basta abrir espaços e
completar a lona. Esse processo não
vai interferir no projeto inicial, porque
o sistema de P.A. está sendo usado
com aproximadamente 50% de seu
potencial. Seria necessário somente
aumentar o dB na área do templo”,
explicou Macgyver.
Sistema de somAnderson Damasceno, líder de lou-
vor, ressaltou que o pastor confiou na
equipe de profissionais para fazer o proje-
to e participou de forma efetiva de todas
as etapas. “Nosso pastor sempre apoiou a
música e fez questão de investir em equi-
pamentos novos e sofisticados”.
Em princípio, na primeira visita de
Macgyver foram testados alguns sistemas
no local e conversou-se sobre a possibilida-
de de um P.A. Fly. Mas as condições da
estrutura não permitiram e por causa do
tipo de ambiente a igreja não poderia com-
portar sistemas de cornetas porque, depois
desses testes, existia muita reflexão.
Macgyver sugeriu então testar o sistema
Vertical Line da Meteoro. Ele explicou que,
por causa do material plástico da lona e das
cadeiras, o som refletiria muito dentro do
templo e, pelas características deste sistema
da Meteoro, seria o ideal para a igreja.
O Vertical Line não é um sistema de cor-
neta (de tiro longo) e, segundo Macgyver, é
possível determinar onde o som será direci-
onado. “Esse sistema não endereça o som
somente para uma direção (nem para
cima nem para baixo), o som é frontal. Es-
sas caixas têm a configuração que a gente
queria. Quem senta próximo ao púlpito,
no meio do templo ou nas últimas cadei-
ras, recebe o som na mesma intensidade.
As caixas possuem falantes que respon-
dem às freqüências de médio grave até as
altas”, disse Macgyver. Não foi preciso in-
cluir um sistema de delay porque a igreja
Power Vertical Line
Características principais:
- Potência: 1600 watts RMS
- Processador com crossover duas vias
24db/180Hz
- 4 Canais
(dois Satélites e dois Subgraves)
- Peso: 28,2Kg
- Dimensões: 220 x 470 x 500mm
- Consumo: 2000W
- Alimentação: 120/240V
Características do Vertical Line
Subvertical Line
Características principais:
- Potência: 350 watts RMS
- Falante de 12"
- Peso: 23,4Kg
- Dimensões: 580 x 420 x 410mm
Satélite Vertical Line
Características principais:
- Potência: 240 watts RMS
- 8 falantes de 5"
- Peso: 14,3Kg
- Dimensões: 70 x 90 x 1160mm
Uma das caixas do P.A. Vertical Line System, da
Meteoro, com oito falantes de cinco polegadas
Caixa de subgrave do sistema de P.A. Vertical Line
System da Meteoro
Anderson Damasceno,líder de louvor,
ressaltou que o pastorconfiou na equipe de
profissionais para fazero projeto e participoude forma efetiva de
todas as etapas
Um dos amplificadores que fazem parte do sistema
Vertical Line System
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SOM NAS IGREJAS
foi planejada para ser utilizada lateral-
mente e o som cobre os 15 metros que vão
do palco até as últimas fileiras.
Mesa digitalDe acordo com a avaliação de Macgy-
ver, nada implicaria no uso de uma mesa
analógica. Ela atenderia à igreja, porém,
foram discutidas questões de orçamento
para compra de uma boa quantidade de
periféricos (efeitos, compressores, equali-
zadores, etc) e, no final, uma digital ficou
mais viável para a igreja. A console é uma
Mackie TT24. Rui Chaneton, diácono da
Igreja Sara Nossa Terra da Ilha do Gover-
nador há sete anos, fiscaliza tudo relacio-
nado ao som da igreja e aprovou o uso da
digital. “O P.A., hoje, sobressai com uma
qualidade melhor através da mesa digital,
e gosto da sonoridade dos compressores e
efeitos que pertencem à Mackie. Antiga-
mente, muita gente chegava para operar
o som e, hoje, minimizamos a quantidade
de pessoas para essa função. A igreja pre-
cisava disso, pois é mais fácil controlar
quem fica responsável pelo som”, con-
cluiu Rui Chaneton. O diácono conta que
um dos antigos problemas era o ajuste de
som para o grupo de louvor. Os técnicos
Davi e Michel não trabalham fixos na igre-
ja e costumam chegar pouco tempo antes
do culto. Com toda a programação pronta
na mesa digital, equalizar voz, instrumen-
tos e passagem de som deixou de ser uma
preocupação para o diácono. “A idéia é
que a equipe técnica trabalhe em tempo
integral. Estamos finalizando nossas obras e
o próximo passo é pensar em ter técnicos
full time para que o serviço no ministério de
louvor e no som seja de melhor qualidade”,
disse o diácono Rui.
PalcoSeguindo a idéia de aproveitar equipa-
mentos que a igreja adquiriu para o pri-
meiro sistema, as caixas Mackie SRM 450
que eram utilizadas para P.A. hoje têm
função de monitor para o backing vocal.
Os monitores do pastor são do novo proje-
to: dois Sky 300 da Studio R amplificados.
Segundo Anderson Damasceno, líder de
louvor, a qualidade sonora aumentou por-
que diminuíram o som do palco com o uso
de sistema de monitoração in-ear para os
músicos (são dois Powerplay da Behringer
HA 4700 e fones Porta Pro da Koss) e uma
redoma para bateria.
“No começo, houve certa dificuldade de
adaptação aos fones, pois antes eram usadas
caixas de retornos para todos os instrumen-
tos e vozes ao mesmo tempo”, lembrou
Anderson. A bateria é microfonada da se-
guinte forma: AKG D112 (bumbo), um kit
Samson e SM58 (tons) e JTS PDM57 (cai-
xa). Os microfones para vocal e músicos são
Samson Q7 e PGS e SM58 para o pastor.
A mudançaAnderson disse que a igreja estava pre-
parada para a mudança de local, mas em
relação ao som, não. “Recebemos auxílio do
técnico Macgyver para que a equipe de lou-
vor se adaptasse ao novo sistema de som”,
disse. O líder de louvor também participou
dando sugestões durante a etapa de conclu-
são do projeto de som e isso ajudou os músi-
cos a se adaptarem ao som. “Acho que as
igrejas estão preparadas para este tipo de
mudança, desde que existam pessoas que já
tenham algum tipo de experiência com a
profissão (técnico de som) e ajudem a orien-
tar pastores, técnicos e líderes de louvor”,
disse Anderson, que também toca teclado e
violão no ministério de louvor.
De acordo com o diácono Rui, o equipa-
mento utilizado anteriormente era de quali-
dade, mas não era adequado para a igreja.
Hoje, com a conclusão no projeto que se-
guiu as metas do pastor, não há reclamação
de ninguém. “Temos inteligibilidade dentro
do templo e, além dos membros elogiarem o
novo sistema, os vizinhos também notaram a
diferença”, finalizou Rui.
Console digital Mackie TT24 utilizada para monitorção de palco e P.A.
Monitor Studio R utilizado como retorno de palco
pelo pastor