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FRANZ HARTMANN (Pensamentos) Franz Hartmann Rodolfo Domenico Pizzinga

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FRANZ HARTMANN

(Pensamentos)

Franz Hartmann

Rodolfo Domenico Pizzinga

Objetivo do Estudo

Este estudo apresenta para reflexão alguns

pensamentos e algumas traduções do ocultista, teosofista, médico alemão e eminente membro da Santa Igreja Gnóstica da Alemanha Franz Hartmann. Excepcionalmente, não farei nenhum comentário sobre os pensamentos de Hartmann. Mas, ao final, faço uma confissão, que, salvo melhor juízo, seja mesmo de todos nós.

Nota Biográfica

Franz Hartmann (1838 – 1912) foi um célebre

escritor teosófico alemão, estudioso das doutrinas de Paracelso, de Jakob Böehme e da Tradição Rosacruz.

Foi discípulo de Helena Blavatsky, na Índia.

Posteriormente, fundou a Sociedade Teosófica na Alemanha em 1896. Traduziu o Bhagavad Gita para o alemão e escreveu numerosos artigos na sua revista Lotusblüten. Tentou estabelecer um mosteiro teosófico na cidade alemã Kempten, tal como relata na sua obra Uma Aventura na Mansão dos Adeptos Rosacruzes. Participou de vários grupos ocultistas como a Ordo Templi Orientis e o Rito de Memphis e Mizraim, da Maçonaria. Nos seus últimos anos de vida, estudou também as doutrinas de Guido von List, um autor místico anti-semita austríaco que escreveu sobre a raça ariana e criou a Ariosofia.

Pensamentos Hartmannianos

O superior não pode atuar sobre o inferior sem

um elo intermediário que os una. O espírito não pode atuar sobre o corpo sem o elo de ligação da alma, nem a alma sobre o corpo, senão por meio da vida. Não podemos preparar, por meio do amor, um prato de sopa para um mendigo que perece de fome; porém, o amor move a Vontade e gera ações que a mente orienta, e, assim, pode-se preparar a sopa, graças ao amor e à caridade.

Não digo que o homem não deva investigar as

ciências naturais, e adquirir experiências relacionadas as coisas externas. Com certeza, esse estudo é útil, mas o raciocínio do homem, não deve ser a base de seu conhecimento. O homem não deve ter a sua conduta guiada meramente pela luz da razão exterior, mas deve sim, com todo seu raciocínio e todo o seu ser, curvar-se em profunda humildade diante de Deus. (Jakob Böehme, citação organizada por Franz Hartmann).

De fato, os homens não conhecem Deus, porque

não ouvem a Palavra de Deus dentro de suas próprias almas.(Jakob Böehme, citação organizada por Franz Hartmann).

O homem não deve fazer com que a força de seus

argumentos dependa meramente do raciocínio externo ou de interpretações literais da Bíblia. (Jakob Böehme, citação organizada por Franz Hartmann).

De que adianta ficar consultando a Bíblia,

conhecê-la de memória, mas não conhecer o Espírito que inspira os homens santos que escreveram aquele livro nem a fonte da qual receberam tal conhecimento? (Jakob Böehme,citação organizada por Franz Hartmann).

Os Elementais habitam os quatros elementos:

Ninfas, na água; Silfos, no ar; Pigmeus, na terra e Salamandras, no fogo. São também chamados Ondinas, Silvestres, Gnomos e Vulcanos. Cada espécie somente pode habitar e se locomover no Elemento ao qual pertence, e nenhum pode subsistir fora do Elemento apropriado. O Elemento está para o Elemental como a atmosfera está para o Homem e a água para os peixes, e nenhum deles sobrevive em elemento pertencente à outra classe. Para o Ser Elemental o Elemento no qual vive é transparente, invisível e respirável, como a atmosfera para nós mesmos. (Philosophia Occulta, Paracelso, tradução de Franz Hartman).

Salamandras têm sido vistas de diversas formas,

desde bolas de fogo e línguas de fogo, correndo sobre os campos ou espreitando nas casas. (Philosophia Occulta, Paracelso, tradução de Franz Hartman).

Os Elementais não são espíritos porque têm carne,

sangue e ossos. Vivem e se reproduzem, falam, agem, dormem, acordam e, conseqüentemente, não podem ser chamados propriamente de espíritos. Estes seres ocupam um lugar entre os homens e os espíritos, sendo semelhantes a ambos. Lembram homens e mulheres em sua organização e forma, e lembram espíritos na rapidez de sua locomoção. Os Elementais possuem habitações, roupagens, costumes, linguagem e governo próprios, no mesmo sentido que as abelhas têm suas rainhas e os bandos e/ou as comunidades animais têm seus líderes. (Philosophia Occulta, Paracelso, tradução de Franz Hartman).

É um erro confundir a Alquimia com a Química. A

Química moderna é uma ciência que trata apenas das manifestações exteriores da matéria. Nunca produz algo novo. Podemos misturar, compor e decompor duas ou três substâncias químicas quantas vezes quisermos, e fazê-las reaparecer em diferentes formas, mas, ao final, não há aumento na

substância, apenas a combinação das substâncias usadas no início. A Alquimia não compõe nem mistura: ela aumenta e ativa o que já existe em estado latente. Portanto, a Alquimia pode ser mais exatamente comparada com a Botânica ou com a Agricultura. Com efeito, o crescimento de uma planta, uma árvore ou um animal é um processo alquímico que acontece no Laboratório Alquímico da Natureza e é conduzido pelo Sumo Alquimista – o poder ativo de Deus em a Natureza.

Enquanto a imaginação do homem permanecer

cativa de cobiças e de paixões e o seu desejo for inflamado pelo fogo do Plano Astral, seus pensamentos e suas aspirações não penetrarão na pura Região de Verdade.

A alma não pode se desenvolver nem progredir

sem um órgão apropriado. Este órgão é o corpo físico, que fornece o material para o seu desenvolvimento.

O início de todo o conhecimento é o conhecimento

de si mesmo, ou seja, o conhecimento da alma, e não os caprichos do cérebro.

A capacidade de perceber a verdade depende da

tranqüilidade da alma.

Não acredite que possa haver qualquer coisa no

Universo maior do que o seu próprio Eu Divino. Você será exatamente o que você se permitir tornar.

O conhecimento de Deus e o conhecimento do

homem são, em última análise, idênticos, e quem conhece a si mesmo conhece Deus.

A Verdadeira Religião e a Verdadeira Ciência são

uma e a mesma coisa.

A Magia é uma Ciência que ensina a verdadeira

natureza do Homem Interior, bem como a organização do homem exterior.

Cada um é constrangido por seus próprios ideais.

Se os seus ideais forem mortais, ele morrerá quando seus ideais morrerem. Se os seus ideais forem imortais, ele deverá se tornar imortal para alcançá-los.

Deus não redime o homem pessoal pela morte. O

homem deverá se redimir libertando-se do seu ego.

Para entrar no Caminho da Vida Infinita é

necessário Saber, Querer, Ousar e aprender a ficar em Silêncio.

A Verdade nunca muda. Nós, sim, mudamos; e

isto muda a nossa percepção da Verdade.

Não podemos melhor amar a Deus do que

obedecendo a Sua Lei. Para prestarmos, conscientemente, esta obediência devemos conhecer a Lei. E o conhecimento Dela só se adquire por meio da prática.

Amai a Deus sobre todas as coisas. Amar a Deus

sobre todas as coisas quer dizer amar a Sabedoria (ShOPhYa) e a Verdade.

Dedicai vossa vida inteira ao progresso do

Espírito – à evolução espiritual. Desenvolvei vossas

faculdades e poderes latentes para perceber a Realidade.

Sede completamente desinteressados. Agi, sempre,

sem esperar ou contar com qualquer vantagem pessoal. Toda ação inspirada pelo egoísmo é Magia Negra.

Sede silenciosos, modestos, pacientes e calmos,

mas enérgicos. Energia não é violência, e a pesada Porta do Templo só se abre quando o discípulo adquire a necessária força para descerrá-la.

Aprendei a conhecer a origem dos metais que

existem em vosso Corpo Físico. As enfermidades decorrem desta ignorância. A hipervisão de um clarividente permite este desiderato, observando as irradiações áuricas do vosso duplo.

Guardai-vos dos impostores e dos charlatães.

Aquele que se julga sábio é o mais ignorante de todos. Quem sabe, realmente, não ignora que lhe falta o conhecimento de muita coisa.

Votai-vos ao inteiro serviço do Bem. Não basta ser

forte, inteligente e culto; antes de tudo, é preciso ser bom. Ninguém tem o direito de ser inútil e de prejudicar os outros.

Aprendei a teoria antes da prática. Sem

conhecerdes o caminho, não chegareis à cidade à qual vos destinais.

Sede caridosos para com todos os seres viventes.

Procurai ouvir e perceber a Sagrada Voz do Cristo que reside em vosso Coração. Quem não compreende esta Sagrada Voz não conhece a verdadeira caridade.

Só encontrareis Verdadeira

Sabedoria (ShOPhYa) nas páginas dos livros antigos. Antes de adquirirdes a intuição, os livros deverão ser os vossos guias.

Esforçai-vos em compreender o sentido oculto dos

Vetustos Conhecimentos. Os olhos da carne só vêem a matéria, mas os Olhos do Espírito vêem o que os olhos da carne não conseguem observar.

O Fogo é uma atividade interna cujas

manifestações externas são calor e luz. Esta atividade difere em caráter consoante o plano em que se manifesta. No plano espiritual, representa o amor ou o ódio; no plano astral, o desejo e a paixão; no plano físico, a combustão. O Fogo é o elemento purificador, que, no limite, se identifica com a Essência da Vida.

A Fraternidade dos Rosacruzes é uma sociedade

secreta de homens possuidores de poderes super-humanos, senão sobrenaturais. São capazes de prever os eventos futuros, de penetrar nos mais profundos mistérios da Natureza, de transformar ferro, cobre, chumbo ou mercúrio em ouro, de preparar um Elixir da Vida (ou Panacéia

Universal), pelo uso do qual poderiam preservar sua juventude. Acredita-se, ainda, que eram capazes de comandar os Espíritos da Natureza. Conheciam também o segredo da Pedra Filosofal, uma substância que facultava ao seu possuidor todos os poderes, incluindo a imortalidade e a Suprema Sabedoria.

É dever de um Rosa+Cruz aliviar os sofrimentos e

curar as enfermidades sem aceitar qualquer remuneração. A Medicina que os Rosacruzes dão vale mais do que o ouro. Além disso, é invisível e não se compra com dinheiro.

É dever de um Rosa+Cruz se vestir de acordo com

os costumes dos países em que habita temporariamente, devendo ser adaptável às condições do país em que reside.

É dever de um Rosa+Cruz se reunir uma vez por

ano em lugar determinado.

É dever de um Rosa+Cruz procurar uma pessoa

adequada para o suceder. Todo homem é o criador

do ser cuja personalidade adota no degrau seguinte da escala evolutiva.

As letras R. C. (Rosa+Cruz) são o emblema da

Ordem. Os que verdadeiramente tenham entrado na Ordem terão no corpo os sinais, como reconhecerá facilmente quem for capaz disto.

A existência da Fraternidade deve se manter em

segredo durante cem anos, contados a partir da época de sua primeira fundação. Os cem anos não terão transcorrido até que o homem tenha despertado a consciência de sua Divina Natureza.

Algumas pessoas possuem grandes poderes

intelectuais, mas pouca espiritualidade; outras têm grande poder espiritual, com uma inteligência débil. Aqueles que possuem as energias espirituais equilibradas com uma forte inteligência são os eleitos.

Um verdadeiro Cristão é inteiramente diverso do

meramente externo. Os primeiros cristãos formavam uma organização secreta, uma escola de ocultistas, adotando certos símbolos e sinais a fim

de representarem as verdades que compreenderam, e, desta maneira, poderem comunicá-la entre si, ocultando-se dos ignorantes. Do mesmo modo um Teósofo verdadeiro não é um sonhador, mas uma pessoa essencialmente prática. Por sua pureza de vida, consegue adquirir verdades elevadas, impossíveis de ser recebidas por indivíduos comuns.

Certas verdades, que só podem ser percebidas

espiritualmente pela alma, poderão ser percebidas pelo entendimento da mente externa, mas, será de pequena utilidade para quem não tem o poder de perceber a verdade.

Aquele que se desvia do centro da Divina

Sabedoria se torna esquecido de sua própria natureza espiritual, perdendo-se no labirinto dos pequenos detalhes do mundo externo.

O homem é, de uma vez, um mineral, uma planta,

um animal e um Deus, e cada uma destas partes constituintes tem seu próprio estado de consciência, sensações próprias, desejos, sentimentos e percepções.

No Eterno Espírito de Deus, não há passado nem

futuro, mas, eterno presente.

Se a mente humana for elevada acima do reino do

egoísmo, se tornará Illuminada pela Luz do Espírito.

Todos nós poderemos ultrapassar espiritualmente

os obstáculos materiais que obscurecem o nosso universo mental, e, assim, ser capazes de ver a Luz Solar da Verdade em sua pureza.

O Templo Divino do poder vivo do Espírito de

Deus é o homem.

A mera curiosidade, os propósitos egoístas, a

ganância ou a vingança distorcem a fagulha da intuição.

Uma mente vacilante tem pouco poder para a

alcançar a Verdade.

Eventualmente, ao ser previsto um evento futuro,

não temos permissão para mudar o seu curso, porque, se este evento já não existisse no futuro, ele não poderia ser previsto, enquanto, se ele fosse alterado, a alteração também seria antevista na previsão.

A Natureza nos empresta todas as coisas, e depois

que fazemos uso do que nos foi emprestado, devolvemos à Natureza.

O homem não precisa ser governado pelas

estrelas, mas pode ser superior a elas.

A Vontade é um poder real capaz de tornar reais e

significativos os frutos dos nossos pensamentos.

Como a Lua, que sem a luz do Sol seria escura e

fria, igualmente as imagens produzidas pela imaginação não têm nenhum poder, a menos que sejam fortalecidas pela Vontade. Todavia, a Vontade será inútil, a menos que seja guiada e trazida à forma pela ação da imaginação. Se a imaginação e a Vontade estiverem divididas, ambos

serão inefetivas; mas, se a imaginação e a Vontade estiverem em harmonia, elas serão efetivas e constituirão uma Unidade.

Uma pessoa para se tornar um Alquimista deverá

ter em si a 'Magnésia'. Isto significa ser possuidor da Força Magnética que 'atrai' e 'coagula' os elementos astrais invisíveis.

A forma material é somente a sombra da Luz do

Ideal Divino. Desta forma, a matéria é a mesma coisa que o Espírito, só que em um estado inerte ou condensado.

Continuamente, com ou sem seu consentimento, o

homem é influenciado por forças espirituais que agem sobre ele, não havendo outro meio para se proteger, exceto a Razão e a Vontade .

Tudo é governado pela ordem e pela harmonia.

O homem pode oscilar à direita ou à esquerda em

sua órbita, mas não pode se afastar da linha do seu destino, que é o resultado de causas produzidas em estados prévios de existência.

Da mesma forma que no mar há oscilações nas

marés, há oscilações nas marés no oceano de pensamento. Há conjunções e oposições nas influências espirituais no mundo das idéias, como existem entre os planetas corpóreos. Há, portanto, momentos nos quais todo o gênero humano se eleva a um estado mais alto de esclarecimento espiritual, e, desta forma, se aproxima mais de Deus; e há outros momentos nos quais a Humanidade afunda profundamente na ignorância e na superstição.

'Aqueles que desejarem viver do Altar terão que

servir ao Altar'. Esta expressão pretende dizer que aqueles que desejarem saber e ser vivificados pela Verdade terão que servir à Verdade, amando-a com todo o Coração, manifestando seu amor em pensamentos, palavras e ações.

A Verdade deverá ser buscada dentro da própria

alma.

Sol Sabedoria (ShOPhYa) + Amor + Vontade + I

nteligência.

Sol SOL-OM-ON —› Sol da Divina Sabedoria.

Lua Imaginação + Ilusões + Sonhos.

A idéia se torna poderosa somente quando é

impregnada pela Vontade , e se torna luminosa somente quando é iluminada pelo Amor.

Marte Força.

Mercúrio Intelecto.

Júpiter Poder.

Vênus Amor. O amor puro é Divino. É aquele

que só dá e não busca receber.

Saturno Elemento Material. Não a Terra

tangível e visível, mas, a Substância Primordial da qual todas as coisas foram feitas.

A morte é somente uma mudança de estado – o

fim de uma velha forma. Com a morte, sempre surge o começo de um novo estado [mais refinado] do ser.

A Porta para o Templo no qual a Verdade pode ser

vista sem um véu é cuidadosamente guardada pelo dragão do egoísmo, e só aqueles que puderem derrotar a besta poderão entrar no Santuário.

Os Mistérios Sagrados do Templo Interno jamais

poderão ser divulgados aos não-iniciados.

A segurança dos zombadores e dos cépticos está

em suas respectivas ignorâncias, pois, o mau uso do Conhecimento adquirido geraria suas próprias perdições.

Áries ou Ram Representa o Princípio Universal

da Vida ou o Sol, que é a fonte de todas as coisas.

Touro ou Taurus Representa o Poder Divino do

Princípio Universal.

Gêmeos ou Gemini Representa o Homem

Espiritual, de quem o corpo mortal somente é uma imagem imperfeita ou um reflexo.

Câncer ou Caranguejo Representa o retrocesso,

ou seja, a descida do Espírito ao plano material.

Leão ou Leo Representa o Poder Divino de

Cristo – o Homem ungido pelo Conhecimento Espiritual.

Virgem ou Virgo Representa a Alma Espiritual

do homem e do Universo – a Virgem Celestial, a Mãe Eterna do Homem-Deus.

Libra ou Balança Representa o ponto de

equilíbrio – o inimaginável estado de Nirvana, que não pode ser descrito nem há como explicar esta condição.

Escorpião ou Scorpio Representa o desejo pelo

Conhecimento, que induz o Espírito Celestial a descer na obscuridade das formas materiais.

Sagitário Representa a Divina Vontade para

criar um mundo novo.

Capricórnio Representa o exercício do Poder

construtivo do Universo.

Aquário ou o Barqueiro Representa o produto

da imaginação atuando com a Vontade e o pensamento.

Peixes ou Pisces Representa, em um dos seus

aspectos, o homem como um ser imerso em um oceano de idéias espirituais. Em outro aspecto, pode representar o Mundo das Idéias existente na Luz Astral.

Se a mente não estiver tranqüila e calma, a Arte

da Geomancia não deverá ser praticada. Se o campo da visão mental estiver nublado por medo ou por dúvida, por aflição ou por desejos egoístas, se estiver habitado por negociantes ecoando as disputas dos fariseus e dos escribas, será impossível ouvir a Voz da Verdade. Cornelius Agrippa dizia que a Geomancia não deveria ser praticada 'em um dia nublado ou chuvoso, ou quando o tempo estiver tempestuoso, nem quando a mente estiver transtornada por raiva ou oprimida por preocupações.'

A alma do homem possui íntimo relacionamento

com a Alma do Universo, e as influências do Mundo Superior atuam correspondentemente no mundo inferior.

Aquele que ascende ao alto da

montanha,/encontra os mais elevados picos envoltos em neve;/Aquele que sobrepuja ou submete a Humanidade,/deve contemplar o ódio dos que estão lá embaixo. Embora no alto o Sol da glória brilhe,/e muito abaixo terra e oceano se espraiem,/à sua volta há rochas gélidas e poderosamente ressoam tempestades/por sobre sua cabeça descoberta,/recompensando assim as lutas que a essas alturas conduziram.(George Gordon Byron, 6º Barão Byron, apud Franz Hartmann).

Já nos limites do Mosteiro Teosófico dos Irmãos da

Rosa-Cruz Dourada, o Imperator desta Fraternidade ensina ao visitante: ... se imaginas que tens uma ‘Vontade própria’, com um modo de ação diferente do da Vontade Universal, apenas pervertes uma parte insignificante da mesma e a opões ao grande Poder Original... Tua Vontade só poderá agir poderosamente se permanecer idêntica à Vontade do Espírito Universal. Tua Vontade será mais forte se não tiveres Vontade própria e, em tudo, permaneceres obediente à Lei.

A Vida é Universal e está em toda a parte; Ela é

uma só com a Vontade .

O fundamento das coisas e do qual todas as coisas

nascem é um Princípio Dual da Natureza. Seus pais são o Sol e a Lua; produzem água e vinho, ouro e prata, pelo Deus Bendito.

Se você torturar a águia, o leão se tornará

delicado.

A distinção entre o homem e o bruto está no

direito [Privilégio] que cabe ao primeiro de raciocinar.

Não existe nenhuma dúvida em nossa mente de

que o ouro pode ser fabricado e aumentado por meios Alquímicos, porém, para que o experimento tenha êxito é necessária a participação de um Alquimista, mas que ele não seja atraído pelo poder do ouro, pois, se assim for, ele jamais alcançará a posse do Poder Espiritual necessário para a prática da Arte Sagrada.

A Magia pode ser considerada a ciência que lida

com as faculdades mentais e morais do homem, e

mostra o que ele pode exercer controle sobre si mesmo e sobre outros.

Antes de poder se tornar um Mago, o homem deve

aprender a controlar sua própria mente, pois a mente é a substância com a qual o Mago atua, e o poder de controlá-la é o início da Magia.

O início de todo o conhecimento é o conhecimento

de si mesmo.

A Verdadeira Religião é a realização da Verdade.

Às vezes, um sofrimento inaudito poderá, desde

cedo, fazer nascer a flor da espiritualidade.

A pergunta mais importante que tem sido feita

avidamente, e amiúde com receio, é a mesma que foi proposta pela Esfinge Egípcia milhões de anos atrás, e ela devorava os que, sem êxito, tentassem decifrar o enigma: Quem é o Homem? Eras se passaram desde que essa questão foi levantada pela primeira vez. Nações apunhalam-se umas às outras

em cruéis guerras religiosas e tentam, em vão, impor às outras a solução do grande mistério que julgam ter solucionado. Mas, das tumbas do passado, reecoa a mesma questão: Quem é o Homem? A resposta, todavia, parece simples. A razão despojada de preconceitos científicos ou religiosos nos revela que o Homem, como qualquer outra forma no Universo, é um centro de energia coletivizada; um raio solitário daquela Luz Divina universalmente presente, que é a Fonte Comum de tudo o que existe. Ele é o verdadeiro filho do grande Sol Espiritual. E da mesma forma que os raios que provêm do nosso Sol só se tornam visíveis aos nossos olhos quando se refletem na poeira, o Raio Divino só se faz perceber quando absorvido e refletido pela matéria. Os raios do Sol acariciam as águas do oceano, e o calor gerado pelo contato da água com a luz do alto extrai matéria livre de impurezas das profundezas inferiores. Os vapores sobem ao céu onde, qual fantasmas marinhos, vagueiam em nuvens multiformes que viajam livremente pelo ar, brincando na brisa. Mas, chega um tempo em que as energias que as mantêm suspensas se exaurem, fazendo com que desçam uma vez mais à Terra. Semelhantemente, um Raio Divino do Sol Espiritual mescla-se à matéria enquanto habita o plano terrestre, absorvendo e assimilando tudo o que corresponda à sua própria natureza. Da mesma forma que uma borboleta esvoaça de flor em flor, sorvendo o néctar de cada uma, também assim a mônada humana passa, de vida em vida, de planeta em planeta, acumulando experiência, conhecimento e força.

A arte da Magia consiste em empregar alguns dos

chamados agentes espirituais invisíveis para gerar resultados visíveis. Tais agentes não são necessariamente entidades invisíveis, que vagueiam pelo espaço, prontas a atender ao chamado de qualquer um que tenha aprendido certas fórmulas cerimoniais e encantamentos. Consistem, sobretudo, na força invisível, mas não menos poderosa, das emoções e da Vontade , dos desejos e das paixões, do pensamento e da imaginação, do amor e do ódio, do medo e da esperança, da fé e da dúvida etc. São poderes pertinentes à chamada Alma, os quais são, até certa medida, empregados por todos diariamente, de forma consciente ou inconsciente, voluntária ou involuntária. Alguns não conseguem controlá-los nem resistir à sua influência, e, por conseguinte, passam a ser controlados por eles. Convertem-se em instrumentos passivos: 'médiuns' por meio dos quais esses poderes operam, e, muitas vezes, o fazem na condição de escravos sem Vontade própria. Outros conseguem controlar sua influência; adquirem autocontrole e, paulatinamente, com sua capacidade para guiar essas forças, convertem-se em Magos genuínos que poderão usar esses poderes para o bem ou para o mal. Vemos, portanto, que, salvo o caso das pessoas desajuizadas que não possuem domínio pleno das faculdades mentais, qualquer um que possua força de Vontade pode fazer uso dela, e, destarte, se converter em um Mago ativo; Mago Branco, se empregá-la para o bem, e, mago negro, se o fizer

com propósitos malignos. Muitos orientais e algumas pessoas no Ocidente realizam façanhas extraordinárias, geralmente qualificadas como Magia. Não se depreende disto que sejam Magos conscientes. O que se observa é apenas a presença de um poder atuando em seus organismos. É certamente um poder mágico, mas o suposto mago pode ser apenas o instrumento por meio do qual outras forças inteligentes, mas invisíveis, operam sem que mesmo o suposto mago saiba quem ou o que são. Não podemos honestamente afirmar que possuímos a Vida, pois a Vida não nos pertence e, portanto, não temos como controlá-la ou monopolizá-la. Tudo o que podemos asseverar, sem arrogância e presunção, é que somos canais por meio dos quais a Vida Una se manifesta na forma de ser humano. Somos todos médiuns nos quais a Vida Una atua. Somente quando chegamos a conhecer nossa própria personalidade passamos a controlar o Princípio Vital em nós mesmos e nos transformamos em nossos próprios Mestres. Aquele que acredita possuir qualquer poder por si só, demonstra ser bastante ingênuo, pois todos os poderes que possui lhe são, na verdade, emprestados pela Natureza, ou mais corretamente falando, pelo Poder Espiritual e Eterno que age a partir do âmago da Natureza, e que os homens denominam Deus, justamente por haverem constatado ser Ele a Fonte de todo o Bem, a Realidade Una no centro do Universo e de cada ser humano.

O Amor é a única maneira de podermos chegar à

verdade.

Por bem ou por mal, nós somos a Vontade de

Deus. O que quer que se manifeste em nós, é o que somos, seja no inferno, seja no céu. (Jakob Böehme, apud Franz Hartmann).

O sábio encontra a Sabedoria em todas as coisas,

até mesmo na conversa com uma criança. Já o tolo vê a sua própria imagem em todo lugar.

A vivissecção e o assassinato estão em um e no

mesmo nível; são o produto da cegueira espiritual e da depravação moral... O alegado objetivo de trabalhar para o bem da Humanidade é uma mentira. Eu sei que a maioria dos vivisseccionistas busca mais satisfazer a sua vaidade do que sua curiosidade científica. Cada um deles espera, de alguma forma, fazer alguma descoberta que, mesmo que seja sem valor, possa dar a eles a oportunidade de se gabar diante de todos e de jogar areia nos olhos dos estúpidos.

O homem é a quintessência de todos os elementos

e um filho do Universo, ou seja, uma cópia em miniatura da do Universo, e tudo o que existe ou tem lugar na constituição do homem é um reflexo do Universo.

A Razão nos ensina que a verdadeira cura das

doenças e a manutenção da saúde consistem em libertar o corpo [e a mente] de impurezas e mantendo-o limpo.

A Pedra Filosofal [Lapis Philosophorum] é o

Cristo que está no homem; é o Amor Divino e a Essência que nos cura.

Um Rosa+Cruz é uma pessoa que, pelo processo

do despertar espiritual, adquiriu um conhecimento prático do Segredo da Rosa e da Cruz.

Ex Deo nascimur. In Jesu morimur. Per Spiritum

Sanctum reviviscimus. Nascemos de Deus. Morremos em Jesus. Através do Espírito Santo voltamos à vida.

Trabalhei muito tempo como aprendiz no Templo

em construção. Ninguém me elogiava, ainda que trabalhasse com todo o afinco. Designaram-me, pelo contrário, um companheiro mais prático, que nos instantes de folga, instruía-me no ofício. Certo dia, dirigi-me ao sítio onde trabalhava, e vi, não muito longe, uma pedra abandonada sobre o solo, sobre a erva, cuja escultura me chamou atenção; mostrei-a ao meu camarada, perguntando-lhe por que tinha sido ali esquecida. 'Esta pedra' — respondeu-me — 'é uma obra de arte, porém, não se adapta ao plano da construção.' Fiquei profundamente surpreendido. 'Reparai' —

continuou – 'aqui há um guerreiro em relevo, ali uma mulher, mais além, à esquerda, outra mulher com uma flauta; em baixo, uma figura de narciso, contemplando-se a si mesmo; em cima, um déspota, cujos escravos lhe oferecem incenso, e, ao redor de tudo, uma grinalda de louros. Quando o Mestre mediu esta pedra, a rejeitou.' Fiquei assombrado. Julgava que o trabalho e a boa Vontade deste companheiro deveria ter merecido alguma consideração. Meu companheiro indicou-me a oficina e afirmou severamente: — 'Se cada trabalhador trabalhasse como lhe parecesse, a sua pedra, seria impossível de ser ajustada perfeitamente na edificação do Templo. Cada peça precisa ter as dimensões exatamente necessárias; o que trabalha sem observar estas medidas rigorosas, trabalha por sua conta e não para o Templo. A obediência é o dever primordial do aprendiz e do companheiro. Sem o fiel cumprimento da Lei não pode haver a mínima recompensa. Aí vem o Vigilante; preciso volver ao meu trabalho. Se quiserdes, podereis me acompanhar'. Conduziu-me junto a uma pedra lavrada, cuja ornamentação, de uma sim-plicidade absoluta, não me passou despercebida, e devia se unir a outras, a fim de formar o conjunto desejado. Salientei a falta de expressão individual da escultura e ele me respondeu laconicamente: — 'O plano do Mestre necessita deste trabalho.' O Vigilante aproximou-se, contemplou a pedra que meu camarada havia cinzelado, mediu-a com a régua, o compasso e o esquadro, murmurando, depois de minucioso exame: — 'Proporções justas; em tudo as medidas do Mestre, e terminada com esmero; não há jaça

nem falha. Quando o Mestre examinar esta pedra verificará, ele próprio, o seu mérito real. Trabalhastes com carinho e zelo, a feição do conjunto é a Vontade do Mestre, que vos colocará, certamente, em um plano de maior atividade.' Partiu o Vigilante. Os olhos do meu companheiro demonstravam a sua emoção, enquanto eu me sentia confuso. Ele, então, falou deste modo: — 'Não mereci o que me deram, o meu maior prazer era obedecer-lhe;é excessivamente indul-gente e demasiadamente bom. Que este exemplo vos dê ânimo e fervor!' Notou a minha confusão e continuou: — 'Não desespereis nunca. Quem sabe querer alcança com facilidade. Quereis me mostrar o vosso trabalho?' — 'Agora não' — respondi — 'outra vez em que esteja mais tranqüilo. Ele se calou. Senti, porém, que não estava em situação de julgar por mim. O meu ser mais interno o dizia. Pequei a sua mão, e exclamei: — 'Vinde comigo.' E o levei ao local onde estava a minha pedra. Assim que a avistou, foi dizendo: — 'Nada fizestes.' 'Aproximai-vos e a examinai' — murmurei. Olhou, tristemente, o meu trabalho; parecia indeciso sobre se deveria me falar ou guardar silencio. — 'Não podeis contestar que trabalhei muito.' 'Sim' — respondeu tranqüilamente'. — Todos julgam que trabalham muito, todos pensam do mesmo modo. Todos cometem este erro, e felizes os que percebem essa verdade.' Então, eu disse: — 'Preciso que me consoleis minha cegueira, minha obstinação, meu orgulho, meu tempo perdido.' — 'Quem tem a coragem de corrigir os seus erros nada perde' – foi a sua resposta. Examinou o meu trabalho, detalhadamente. No meu entender era uma obra-

prima. Esculpira relevos tão pronunciados, que cada um parecia formado para constituir uma peça à parte, qual pirâmide projetada de um só ponto. Não podia imaginar a supressão dessas pirâmides, e tratava de ajustá-las o melhor possível em uma forma retangular. Cada bloco me custara um grande esforço. Onde havia espaço coloquei vários desenhos; aqui a música, ali a poesia, deste lado uma casa, do outro um templo, um grupo de crianças em torno dos pais, festas populares, campos de batalha, reformas políticas. Em uma palavra, todos os conhecimentos capazes de interessar o homem. — 'Fizestes, realmente, muitas coisas' — disse meu companheiro. — 'Mas, que significação tem o meu trabalho?' — perguntei. — 'A significação de que sois capazes de trabalhar. Sereis capaz de ouvir um conselho?' – perguntou-me. Inclinei a cabeça, e ele continuou: — 'Nunca estive na oficina do Mestre e, por conseguinte, não posso explicar o plano da construção, em que trabalhamos; porém, do que tenho ouvido, posso concluir que este plano foi traçado com a máxima Sabedoria, e, ainda que faltassem miríades de séculos para a sua conclusão, não seria alterado em nenhuma das suas linhas, por mais insignificantes. Não sucede a esta construção o mesmo que poderia suceder a outra qualquer; o seu plano não depende do lugar, dos materiais, dos meios do construtor e de outros mil detalhes. Não pode, também, este plano sofrer alterações, durante a respectiva construção. O plano do Templo é diverso; o da nossa construção é único. Quando se termine este nobre Templo, sua infinita extensão exprimirá um único pensamento. Uma única idéia. Agora, podeis

compreender, porque foi rejeitada a pedra, que primeiro encontramos, e aprender a trabalhar a vossa.' Dito isto, apertou minha mão e se retirou. Fiquei, por muito tempo, de olhos baixos, ressentido, sem poder me afastar daquele lugar. No dia seguinte, fui examinar a minha pedra, e não pude reprimir minha satisfação ante a sua beleza, e monologuei: 'Não se pode contestar o valor deste trabalho. O meu esforço. O requinte, a perícia artística da sua execução. Mas, ocorreu-me logo: para quem trabalhei? De que maneira utilizei as minhas capacidades? Para a minha satisfação e prazer egotistas, em meu exclusivo interesse, dentro de um plano individual. Fiquei silencioso e ouvi, como um eco distante, uma voz interna que me dizia: O que é inútil ao plano do Mestre deve ser rejeitado.' Apanhei, imediatamente, a minha ferramenta e não descansei enquanto não destruí, na pedra, o maior dos relevos. Quando caiu, senti como se uma parte de minha vida tivesse extinguido, e me senti realmente aniquilado. Nesse dia, não pude fazer mais nada. No dia seguinte, mantive a mesma luta, isto é, continuei a minha obra de destruição, até que destruí todas as pirâmides. E, ao lado desse bloco de pedra, assim mutilado, experimentei a sensação de que me achava esquecido e separado do resto do mundo. Blasfemei contra a minha habilidade, contra mim mesmo, contra a Natureza, e não obtive sossego enquanto não vi, completamente, extinta a minha obra, isto é, enquanto não me afastei, inteiramente do sitio onde trabalhava. Mas, senti que ainda era atraído. Comecei a duvidar da vitória contra mim mesmo. Decidi despedaçar o que restava da minha

obra e assim fiz, reduzindo-a a pó. Agora, nada restava capaz de me atrair, e trabalhei quase sem sentir a minha áspera pedra. Quando, finalmente, encontrei o meu companheiro, ele apertou a minha mão, e indagou o que havia feito. Levei-o ao lugar da destruição, e ele me abraçou efusivamente. — 'Vencestes' — disse-me — 'destes o primeiro passo. Avançastes ousadamente. Breve descerá sobre vós o Espírito da Paz. Nestes últimos tempos, tive a graça de ingressar nas dependências do Mestre. Tudo o que Ele diz é verdade, e não posso acrescentar mais nada: — 'Sede firmes. A Sabedoria está próxima e Ela conduzirá.' Dito isto, partiu. Continuei a minha obra, e, pouco a pouco, vi como se obscureciam as imagens do passado, até que cheguei a convicção de que as leis que fazemos não nos permitem satisfação, e que só a Lei Eterna pode oferecer a Liberdade. Minha pedra foi lavrada e aceita; entreguei-a ao meu companheiro, e, então, pude penetrar no Santuário do Mestre e ouvir a Sua Voz. Ali adquiri a certeza absoluta de que só o que faz parte do plano do Mestre é aceito; o mais é posto de lado. Onde e como? A Voz guarda silencio. Eterna Luz, conduz-nos! Se nos dás a pedra, ajuda-nos a cinzelá-la! O que devemos esculpir em primeiro lugar é o Amor. Só através do Amor é possível a União Eterna; este sentimento é a verdadeira fonte de felicidade.

Tantas Vezes...

Andanças sem conta...

Vai-não-vai, adiamentos...

Sai-não-sai, sonolência...

Sempre falta uma Ponta!

Tantas vezes comecei

a cinzelar minha Pedra...

Vidas e vidas escoaram,

mas, eu nunca finalizei!

Sempre me predisponho

a começar tudo de novo.

Mas, a vontade é tépida,

e a coisa fica no sonho.

Sei que preciso inteirar,

mas, não de carregação.

Sei que é sine qua non

para poder me alforriar.

Deus de meu Coração!

Ajude-me nesta labuta!

Já não consigo suportar!

Eu preciso me tornar são!