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FUNDAÇÃO PEDRO LEOPOLDO
MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO
Danilo Emanuel de Oliveira Santos de Treminio Salas
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS: análise em uma Instituição
Pública
Pedro Leopoldo
2013
Danilo Emanuel de Oliveira Santos de Treminio Salas
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS: análise em uma Instituição
Pública
Dissertação apresentada ao Mestrado Profissional em Administração da Fundação Pedro Leopoldo como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Administração. Área de concentração: Gestão da Inovação e Competitividade. Linha de Pesquisa: Gestão Empresarial e Competividade Orientador: Prof. Dr. José Edson Lara
Pedro Leopoldo
2013
658.40382 SALAS, Danilo E. de Oliveira Santos de Tremino S264s Sistemas de Informações Gerenciais : análise em uma Instituição Pública / Danilo E. de Oliveira San- tos de Tremino Salas. - Pedro Leopoldo : FPL, 2013. 105 p. Dissertação: Mestrado Profissional em Administração, Fundação Cultural Dr. Pedro Leopoldo, Pedro Leopol- do, 2013. Orientador : Prof. Dr. José Edson Lara l.. Gestão de Informações. 2. Polícia Federal. 3. Sistema de Informação Gerencial. 4. Sistema de Concessão de Diárias de Passagens. 5. Tomada de Decisões.I. Título. II .LARA, Dr. José Edson, orient. CDD: 658.40382
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Ficha catalográfica elaborada por Maria Luiza Diniz Ferreira CRB 6 -1590
A minha mãe, Gladys de Oliveira Santos,
meu exemplo de vida
que fez da minha educação sua fé
e a minha vó, Maria,
que do oriente eterno
me acolhe com a sua presença carinhosa,
eu dedico.
À minha mulher Poliana Aparecida Figueira Rezende,
Ao filhote João Pedro
meus amores,
pela compreensão, paciência, companheirismo e incentivo.
Eu ofereço.
AGRADECIMENTOS
A Deus, Grande Arquiteto do Universo! Glória a sua sabedoria, força e beleza.
Ao meu orientador, Prof. Dr. José Edson Lara, professor de nível internacional,
pela confiança na minha pessoa e no meu trabalho de mestrado.
Aos professores do Mestrado Profissional em Administração, pelo entusiasmo,
conhecimento e disponibilidade. Em especial, ao Prof. Dr. Mauro Calixta Tavares,
professor de paciência indestrutível, pelas contribuições desde as aulas,
passando pela qualificação até a defesa.
Aos funcionários do MPA da Fundação Pedro Leopoldo, pelo carinho e atenção.
Em especial a querida Jussara Silva Batista na sua paciência acolhedora e
simpatia cativante.
Aos colegas do mestrado, pelo companherismo durante as aulas. Em especial,
as minha irmãs de coração Daíze Coimbra (Professora exemplar - MT) e Ms.
Dimanar Cristina Pereira Rocha (Delegada de Polícia Federal delicada, firme e
confidente - DPF/DF), que sempre tiveram seus olhares carinhosos para comigo.
Ao meu irmão de coração Ms. Sidney dos Santos Souza (Professor e empresário
genial de energia inesgotável - GO) que com sua enorme benevolência e
inigualável persistência não me deixou para trás. Luz sempre!
Aos raros irmãos de coração, Ms.Rafael de Oliveira Costa (Exemplar Promotor de
Justiça em SP, professor nato, de caráter elevado e companheiro dos tempos de
IATE) e Ms. Aline Piroutek (Professora e profissional de estatísca - UFMG de
inteligência privilegiada), pelo carinho, atenção, paciência, e contribuição mais do
que técnica no trabalho.
Aos Policiais Federais de todo o Brasil principalmente nos lotados na Delegacia
de Polícia Federal em Uberaba/MG e na Superintendencia Regional da Polícia
Federal em Belo Horizonte/MG em especial os Delegados de Polícia Federal
Sergio Barboza Menezes (Superintendende Regional em Minas Gerais de
coração enorme, elevada estima e incansável bom senso), Rodrigo Morais
Fernandes (Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado/MG com seu
jeito mineiro de ser e antigo companheiro de diversas campanhas vitoriosas),
João Geraldo de Oliveira (Chefe da Delegacia de Represão à Entorpecente/MG,
profissional dedidado e valorozo de simplidade única) e Richard Murad Macedo
(Supervisor do Grupo de Investigações Sensíveis em BH/MG de educação
privilegiada, alegria e portas sempre abertas ao diálogo) que nos brindaram com a
valiosa coluna da amizade;
À minha amiga Ms. Mônica Baëta Neves Pereira Diniz (Professora no CEFET/MG
e Perita (PC/MG) Aposentada) pela cativante simpatia que sempre me acolhe e
pela boa vontade na leitura do texto.
A minha amiga Regina Moreira ( Brilhante Profissional de TI e Técnica da Receita
Estatudal - SEPLAG/MG) pela confiança, torcida de sempre e enorme esforço em
participar deste momento;
Ao amigo João Rettore (Professor Doutor na PUC/MG de sabedoria admirável)
pelo carinho, acolhimento fraterno e simpatia em participar deste momento;
E a todos aqueles parentes, amados irmãos e amigos que contribuíram de todas
as formas para a realização desta dissertação.
“Sabemos que estamos caminhando, trazendo
muita coisa que podemos deixar pelos caminhos
da terra, para que as nossas almas sejam aladas
e consigam empreender o grande vôo para o
cimo da Luz. "
Bezerra de Menezes
RESUMO
SALAS, Danilo Emanuel de Oliveira Santos de Treminio. Sistemas de Informações Gerenciais: Análise em uma Instituição Pública. Pedro Leopoldo, 2013, 105 f. Dissertação (Mestrado em Administração), Fundação Pedro Leopoldo, Pedro Leopoldo/MG 2013. A atividade policial brasileira vem sofrendo um grande processo de modernização no contexto da gestão de informações. Sobre o gerenciamento dos recursos financeiros este processo vai de encontro ao princípio da eficiência e da economia na gestão de recursos públicos. No caso do Departamento de Polícia Federal o pagamento de diárias aos servidores policiais e administrativos obteve sua ampla melhoria devido à adesão ao Sistema de Concessão de Diárias e Passagens – SCDP do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A utilização do referido ambiente virtual via internet tornou o procedimento mais transparente e ágil. Além disso, essa ferramenta de gerenciamento criou condições para a melhoria na tomada de decisão com relação aos recursos financeiros disponíveis para o pagamento de diárias e passagens que são utilizados nas operações policiais na Polícia Federal. O Objetivo deste trabalho foi investigar se a ferramenta de relatórios do SCDP tem viabilizado a obtenção de informações pertinentes à melhoria da tomada de decisão na Delegacia da Polícia Federal em Uberaba/MG. A pesquisa foi metodologicamente classificada como descritiva com objetivo geral de analisar características dos relatórios situacionais do sistema, no período de 2008 a 2012, por quantidade, em especial ao de viagem completa realizada, que possam influenciar na tomada de decisão com relação ao gestor da unidade policial. Concluiu-se que o Sistema de Concessão de Diárias e Passagens – SCDP do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão possibilita uma visão geral do empenho de recursos financeiros bem como cria condições de acesso à informação de forma a dar condições com maior eficiência à gestão das operações policiais. Entretanto, o sistema ofereceu limitações que podem prejudicar a análise das informações pesquisadas. Palavras–chaves: Policial Federal. Gestão de Informações. Sistema de Informação Gerencial. Sistema de Concessão de Diárias e Passagens. Tomada de decisão
ABSTRACT SALAS, Danilo Emanuel de Oliveira Santos de Treminio. Management Information Systems: Analysis in a Public Institution. Pedro Leopoldo, 2013. 105 f. Dissertation (Masters in Business Administration), Pedro Leopoldo Foundation, Pedro Leopoldo/MG, 2013. Brazilian police activity has been suffering a major process of modernization in the context of information management. On the management of financial resources this process goes against the principle of efficiency and economy in the management of public resources. In the case of the Federal Police Department daily payments to police and administrative servers obtained its huge improvement due to adherence to Daily system and passes-SCDP from the Ministry of planning, budget and management. The use of this virtual environment via internet has made the procedure more transparent and responsive. Still, this management tool created conditions for improvement in decision-making with respect to financial resources available for the payment of per diem and passages that are used in police operations in the Federal Police. The aim of this study was to investigate if the reporting tool of the SCDP has made possible to obtain relevant information to improve decision-making in the Federal police station in UberabaMG. The survey was methodologically classifies as descriptive with general objective to analyse characteristics of situational reports, the period of 2008-2012, by quantity, in particular to complete travel held, which might influence in decision making with respect to the police unit manager. It was concluded that the system for granting daily and Passages-SCDP from the Ministry of planning, budget and management provides an overview of the commitment of financial resources as well as creates conditions for access to information in order to give conditions with greater efficiency to the management of police operations. However, the system offered limitations that may harm the analysis of researched information. Key words: Federal Police. Information management. Management information system. Daily system and passes. Decision making
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURAS
1 Classificação de processos......................................................................... 19
2 Conceito de sistema de informação………………………............................ 21
3 Página de acesso do SCDP………….......................................................... 44
4 Página inicial do SCDP após login.............................................................. 44
5 Função de consultas do SCDP.................................................................... 45
6 Função de consulta relatórios do SCDP………………………….................. 45
7 Função de consulta relatórios – Solicitação de viagem completa do
SCDP.........................................................................................................
46
GRÁFICOS
1 Densidade Relativa de viagens Ano 2008………………………...................
51
2 Densidade Relativa de viagens Ano 2009………………………...................
3 Densidade Relativa de viagens Ano 2010……………………......................
52
53
4 Densidade Relativa de viagens Ano 2011……………………......................
5 Densidade Relativa de viagens Ano 2012……………………......................
6 Densidade Relativa de viagens Ano 2008 a 2012…………….....................
7 Densidade Relativa de viagens Estados-destino 2008……........................
8 Densidade Relativa de viagens Estados-destino 2009……........................
9 Densidade Relativa de viagens Estados-destino 2010…….......................
10 Densidade Relativa de viagens Estados-destino 2011…….....................
11 Densidade Relativa de viagens Estados-destino 2012…….....................
12 Densidade Relativa de viagens Estados-destino 2008 a 2012..................
13 Densidade Relativa de viagens Cidades-destino 2008 a 2012.................
14 Densidade Relativa de viagens em Duração de dias em 2008................
15 Densidade Relativa de viagens em Duração de dias em 2009................
16 Densidade Relativa de viagens em Duração de dias em 2010................
17 Densidade Relativa de viagens em Duração de dias em 2011................
18 Densidade Relativa de viagens em Duração de dias em 2012................
19 Densidade Relativa de viagens em Duração de dias 2008 a 2012
54
55
56
60
61
62
63
64
65
67
70
71
72
73
74
75
20 Densidade Relativa de viagens no Mês em 2008.....................................
21 Densidade Relativa de viagens no Mês em 2009.....................................
22 Densidade Relativa de viagens no Mês em 2010.....................................
23 Densidade Relativa de viagens no Mês em 2011.....................................
24 Densidade Relativa de viagens no Mês em 2012.....................................
25 Densidade Relativa de viagens no Mês de 2008 a 2012..........................
26 Densidade Relativa de viagens em relação ao Dia de 2008....................
27 Densidade Relativa de viagens em relação ao Dia de 2009....................
28 Densidade Relativa de viagens em relação ao Dia de 2010....................
29 Densidade Relativa de viagens em relação ao Dia de 2011....................
30 Densidade Relativa de viagens em relação ao Dia de 2012....................
31 Densidade Relativa de viagens relação Dia de 2008 a 2012...................
32 Densidade Relativa de viagens pela condição do servidor de 2008........
33 Densidade Relativa de viagens pela condição do servidor de 2009........
34 Densidade Relativa de viagens pela condição do servidor de 2010........
35 Densidade Relativa de viagens pela condição do servidor de 2011........
36 Densidade Relativa de viagens pela condição do servidor de 2012........
37 Densidade Relativa de viagens pela condição do servidor de 2008 a
2012................................................................................................................
38 Densidade Relativa de viagens por cargo em 2008.................................
39 Densidade Relativa de viagens por cargo em 2009.................................
40 Densidade Relativa de viagens por cargo em 2010.................................
41 Densidade Relativa de viagens por cargo em 2011.................................
42 Densidade Relativa de viagens por cargo em 2012.................................
43 Densidade Relativa de viagens por cargo de 2008 a 2012......................
77
78
79
80
81
82
84
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95
96
97
97
97
97
98
98
QUADROS
1 Modelo de dados de relatório de viagem completa do SCDP..................... 48
2 Proporção percentual de casos analisados.................................................
49
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
APF Agente de Polícia Federal
CV Comissão de Vistoria
DPF Departamento de Polícia Federal
DPF Delegado de Polícia Federal
DPF/UDI/MG Delegacia de Polícia Federal em Uberlândia/MG
DPF/URA/MG Delegado de Polícia Federal em Uberaba/MG
EPF Escrivão de Polícia Federal
ERP Enterprise Resource Planning
GAB Gabinete
MPA Mestrado Profissional em Administração
MPOG Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
NID Núcleo de Identificação
NO Núcleo de Operações
NUCART Núcleo de Cartório
NUMIG Núcleo de Imigração
PCDP Processo de Concessão de Diárias e Passagens
PF Polícia Federal
PPF Papiloscopista Polícia Federal
SERPRO Serviço Federal de Processamento de Dados
SCDP Sistema de Concessão de Diárias e Passagens
TI Tecnologia da Informação
UIP Unidade de Inteligência Policial
UTEC Unidade Técnico-Científica
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 14
1.1 Justificativa..................................................................................................... 15
1.2 O problema.................................................................................................... 15
1.3 Objetivos da pesquisa.................................................................................... 16
1.4 Método de pesquisa....................................................................................... 17
1.5 Estrutura da dissertação................................................................................ 17
2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................ 18
2.1 Gestão de Processos e da Tecnologia da informação ……………………... 18
2.2 Sistema de Informação……………................................................................ 21
2.3 Cultura da informação.................................................................................... 23
2.4 Informação estratégica.................................................................................. 28
2.5 Vantagem competitiva………………………................................................... 29
2.6 Uso de softwares em empresa pública......................................................... 29
2.7 Logística da Informação………………………………..................................... 34
3 METODOLOGIA................................................................................................ 40
3.1 Ambientes da pesquisa.................................................................................. 40
3.2 Caracterização da pesquisa.......................................................................... 41
3.3 Unidade de análise e observação.................................................................. 42
3.4 O instrumento de coleta de dados................................................................. 43
3.5 Técnica de coleta de dados........................................................................... 43
3.6 Técnicas de análise e tratamento dos dados................................................. 46
4 DEMONSTRAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS............. 47
4.1 Descrição do perfil dos dados........................................................................ 47
4.2 Análise e discussão dos dados……………………………………………....... 48
4.2.1 Densidade por servidores das viagens da DPF/URA/MG de 2008 a 2012 51
4.2.2 Densidade de Estado-destino das viagens da DPF/URA/MG …................ 60
4.2.3 Densidade de Cidades-destino das viagens tendo como origem
Uberaba/MG de 2008 a 2012............................................................................... 67
4.2.4 Densidade de duração de dias das viagens da DPF/URA/MG de 2008 a
2012.....................................................................................................................
70
4.2.5 Densidade de mês das viagens da DPF/URA/MG de 2008 a 2012 .......... 77
4.2.6 Densidade de dia das viagens da DPF/URA/MG de 2008 a 2012.......... 84
4.2.7 Densidade de condição de servidor em janeiro de 2013 das viagens da
DPF/URA/MG.......................................................................................................
91
4.2.8 Densidade por cargo das viagens da DPF/URA/MG............................ 97
5 CONCLUSÃO.................................................................................................. 99
5.1 Tendência e recomendação para fins práticos.............................................. 101
6 LIMITAÇÕES E SUGESTÕES PARA OUTROS ESTUDOS............................
102
REFERÊNCIAS................................................................................................... 103
APÊNDICES........................................................................................................ 105
16
1 INTRODUÇÃO
Nos tempos atuais a humanidade vem se desenvolvendo com maior rapidez
devido às inovações tecnológicas e a melhoria das comunicações via internet. As
ferramentas derivadas desta intensa revolução têm impulsionado diversas áreas
da sociedade moderna devido à utilização de bases de dados de grande porte
que permitem o compartilhamento de informações em tempo real em qualquer
lugar que o usuário tenha acesso a um terminal eletrônico.
Em relação à segurança pública não poderia ser diferente. A melhoria dos
métodos investigativos e de produção de prova por meio de equipamentos
eletrônicos e softwares de inteligência possibilitaram um grande avanço na
repressão à criminalidade. Sendo considerado um setor prioritário em todos os
governos (municipal, estadual e federal) e por toda a sociedade este tem recebido
grandes investimentos financeiros para o seu desenvolvimento efetivo.
As inovações não foram apenas na atividade fim. Na área de administração e
logística na Polícia tornou-se necessário o gerenciamento eficiente de recursos
públicos e a criação de condições para desenvolvimento de um processo
decisório que ao mesmo tempo fosse eficiente e econômico. Neste contexto, um
conjunto de ambientes virtuais foi desenvolvido para dar espaço à burocracia
física. Esses ambientes foram modelados de acordo com as rotinas
administrativas reguladas pela legislação vigente.
No caso em especial da União, para concessão de diárias e passagens, foi criado
o Sistema de Concessão de Diárias e Passagens – SCDP pelo Serviço Federal
de Processamento de Dados – SERPRO que passou a ser a principal ferramenta
para a gestão dos referidos recursos incluindo o Departamento de Polícia Federal.
Finalmente, o supracitado sistema possibilitou uma nova fase de gestão de
informações na atividade policial federal permitindo um maior controle físico e
financeiro de forma a propiciar uma condição mais eficiente na alocação de
recursos, diminuição do tempo de emissão, melhorando o atendimento dos
usuários e a execução operacional.
17
1.1 Justificativa
A gestão de informações na segurança pública brasileira tomou um lugar de
destaque ao longo dos últimos anos. Referida gestão teve fator decisivo na
melhoria das condições operacionais das Polícias principalmente devido ao
aumento considerável de investimentos financeiros e educacionais na inteligência
policial e na administração e logística.
No caso da Administração e Logística, o planejamento da execução dos recursos
financeiros disponíveis à Polícia Federal tornou-se fundamental para se alcançar
resultados esperados pela sociedade brasileira com eficiência. Neste caso a
administração policial possui atividades que facilitam a tomada de decisão por
parte dos gestores policiais com a finalidade de se obter a maior eficiência no
gasto do dinheiro público.
Ademais, a nova administração policial tem diversos desafios a serem
enfrentados pelos dirigentes e policiais principalmente na busca de maior
produtividade na repressão à criminalidade organizada. Gerenciar questões
administrativas sem prejudicar as ações operacionais tornou-se um desafio cada
vez mais presente. E, pode-se afirmar que o ofício policial federal possui
peculiaridades que implicam na elevação das limitações quando comparado a
outros órgãos da União.
Portanto, a gestão de informações relacionadas aos gastos públicos na
segurança pública, em especial na Polícia Federal, também devem gerar
condições de se obter informações e conhecimentos necessários a fundamentar a
melhoria de decisões na gestão dos órgãos policiais e ainda torna-se uma
fornecedora de ferramentas que possam vir a melhorar a gestão das ações
policiais.
1.2 O problema
Desde 2008, o maior aliado da gestão policial federal no âmbito da concessão de
diárias e passagens é o Sistema de Concessões de Diárias e Passagens (SCDP)
do Ministério do Planejamento. Inserido no banco de dados do Serviço Federal de
18
Processamento de Dados (SERPRO) este é parte fundamental no processo de
decisão do complexo sistema de gestão da Polícia Federal. Mas qual é a
informação emitida pelo SCDP em relação às viagens completas realizadas? È
possível ter uma informação acessível e consistente com o relatório apresentado
pelo SCDP sobre essas viagens completas realizadas? O gestor de uma unidade
policial federal possui todas as informações para fundamentar a sua tomada de
decisão?
1.3 Objetivos da pesquisa
Esta dissertação tem como objetivo geral avaliar o relatório de viagem completa
do Sistema de Concessões de Diárias e Passagens (SCDP) do Ministério do
Planejamento inserido no banco de dados do Serviço Federal de Processamento
de Dados (SERPRO) e as informações que dele podem ser extraídas. Ainda, a
pesquisa está fundamentada na descrição da ferramenta de pesquisa, do relatório
gerado por ela, dos dados que compõe o relatório e das informações gerenciais
que estão disponíveis para tomada de decisão
No caso dos objetivos específicos a pesquisa irá verificar se esta ferramenta de
consulta de viagem completa do SCDP possibilita recursos informacionais
suficientes para que o gestor policial federal possa tomar decisões eficientes em
relação à utilização dos recursos financeiros disponíveis em uma unidade policial
da Polícia Federal.
Ainda, vai buscar esclarecimentos sobre as informações que são geradas pelos
relatórios gerenciais, em específico o relatório de viagem completa, que possam
dar condições de tomada de gestão e melhoria da execução das ações policiais
pelos gestores das unidades policiais.
E, finalmente, irá constatar a realidade da concessão de diárias e passagens
efetuada pela Delegacia de Polícia Federal nos anos de 2008 a 2012 de forma de
montar um padrão sobre os gastos dos referidos recursos.
19
1.4 Método de pesquisa
Para o desenvolvimento desta dissertação utilizou-se o método descritivo de
natureza exploratória para o seu desenvolvimento. Foi possível descrever os
procedimentos metodológicos que foram adotados para o desenvolvimento da
presente pesquisa que foram: caracterização e classificação da pesquisa, seu
modelo, unidade de análise e observação, universo e amostra, bem como
procedimentos de coleta e análise de dados.
1.5 Estrutura da dissertação
A dissertação está proposta em cinco partes. A primeira é uma abordagem sobre
o contexto da administração pública contemporânea; a segunda aborda a gestão
de informações na execução de recursos financeiros; a terceira aborda a
utilização de tecnologia e ambientes corporativos gerenciais na quarta parte serão
apresentados os resultados e discussões da pesquisa levantada; e na quinta
parte as considerações finais do autor.
20
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo é apresentada a literatura que sustenta à pesquisa e esta foi
distribuída de forma a facilitar o entendimento do assunto e de sua
problematização.
2.1 Gestão de Processos e da Tecnologia da Informação
Do desenvolvimento do computador eletrônico a partir do início da década de
1950, ao boom da internet após o ano de 1990, a sociedade presenciou,
simultaneamente, as automações dos processos produtivos e a informatização do
trabalho de escritório. A gestão na atualidade é mediada por sistemas de
informação que incorporam as regras de negócio e definem, em certa medida,
quão competitivo uma empresa ou setor serão (LAURINDO; ROTONDARO,
2011).
Batalha (2001) realça que a implantação dos sistemas de gestão corporativos ou
Enterprise Resource Planning (ERP) consolidou-se e tornou-se imprescindível em
vários segmentos econômicos. Passou a ser, em alguns casos, imprescindível
para vários segmentos econômicos em sua administração de negócio. Goleman
et al. (2009) consideram que os gestores devem avaliar o impacto da internet nos
negócios e, a partir disso, desenvolveram estratégias para integrar seus
processos nos mundos físico e virtual.
Os componentes tecnológicos da internet auxiliam as empresas no
desenvolvimento dos seus processos a serem desenhados, planejados,
executados ou nas três esferas juntas. Deming (1982) afirma que tudo que é
praticado nas empresas dá-se por meio de processos. Porém, se eles forem
maldefinidos, as empresas podem perder tempo, dinheiro e lugar no mercado. O
supracitados processos devem ser modelados de acordo com o negócio e a via
informacional mais eficiente de que à empresa ou instituição dispõe para sua
produção ou negócios.
21
Processo é conceituado por Davenport (1994, p. 23) como:
Um conjunto de atividades estruturadas e medidas destinadas a resultar em um produto especificado para um determinado cliente ou mercado [...] É uma ordenação específica das atividades de trabalho no tempo e no espaço, com começo, fim e inputs1 e outputs2 claramente identificados: uma estrutura para a ação. (DAVENPORT,1994, p. 23)
Para uma organização, trabalhar com processos representa melhora na qualidade
e na velocidade da tomada de decisão, reduzindo os riscos de mercado e
trabalhando estratégias de defesa contra os concorrentes, ao mesmo tempo em
que também criam novas estratégias para captar novos clientes (MATTAR, 2007).
Ainda, segundo Matar (2007) o processo dá-se à medida que são aplicadas
ferramentas que equalizam suas atividades e fazem fluir os processos de
negócio, organizacionais e gerenciais. A FIG. 01 classifica e explica essas áreas.
FIGURA 01- Classificação de processos
Fonte: adaptado de Goleman et al. (2009) por MATAR (2007)
1 Inputs - é tudo aquilo que recebemos, que lemos e escutamos.
2 Outputs - é tudo o que produzimos, tudo o que falamos e escrevemos.
22
Segundo Goleman et al. (2009), os processos de negócio tratam de fabricação de
produtos ou prestação de serviço; os processos organizacionais respondem ao
funcionamento da organização e a seus subsistemas; os processos gerenciais
têm sua atuação junto à gerência e à supervisão das empresas, direcionando
novas ações, monitorando e dando apoio a novas decisões.
Processo, para Tanenbaum (2003), é basicamente um programa em execução.
Mesmo que não seja um programa técnico, representa uma forma de organizar
atividades e tarefas para que a empresa não se desvie de suas atividades.
Velloso (2004) refere que, onde há processos bem desenhados e definidos, há
também o uso de TI. Ele adverte que o desenvolvimento e a gestão dos negócios
apoiam-se, invariavelmente, em conexões, seja com a internet ou com outras
tecnologias.
Tecnologia da informação é o conjunto de recursos tecnológicos e computacionais, desde os voltados à elementar geração de dados, até os pertinentes a sofisticadas redes de comunicação, presentes nos processos de utilização da informação (VELLOSO, 2004, p. 44).
Para ele, um arranjo de dados (nomes, palavras, números, sons, imagens) deve
ser confiável e capaz de dar forma ou sentido a algo do interesse de alguém. E
considera que em qualquer organização as informações são essenciais ao
processo de tomada de decisão e, portanto, seu conjunto de dados tem que ser
confiável.
É importante ressaltar a diferença conceitual entre dado e informação. Segundo
Davenport e Prusak (1998, p. 3), “dados descrevem apenas parte daquilo que
aconteceu; não fornecem julgamento nem interpretação nem qualquer base
sustentável para a tomada de ação. [...] são matéria-prima essencial para a
criação da informação”. Logo, a informação é o dado trabalhado, tratado, inserido
num cenário. Os autores afirmam que se deve pensar em informação como dados
que fazem diferença (DAVENPORT; PRUSAK, 1998, p. 4). Jamil (2001, p. 161)
salienta: “A informação, portanto, é algo mais trabalhado e trabalhoso. Envolve,
usualmente, diversas medições e obtenção de dados associados – como o do
ambiente a que se aplicam as medições feitas”.
23
Goleman et al. (2009) enfatiza que a humanidade está na era da informação e
que a TI está influenciando em cada aspecto da sociedade, de forma
surpreendente e inevitável para alguns e de surpresa para outros.
Para entender como os sistemas de gestão causam impacto na organização das
empresas, é preciso colocar os sistemas no contexto. Isso significa que, antes de
olhar para as mudanças, é necessária abrangente análise da empresa. Aprimorar
sistemas de gestão não é diferente de aperfeiçoar qualquer outro aspecto da
empresa, iniciando com uma avaliação, promovendo ações específicas que
removam entraves e criem novas oportunidades (LAURINDO; ROTONDARO,
2011).
2.2 Sistema de informação
Muitas pessoas questionam qual o significado de um sistema de informação,
assim como o motivo pelo qual o mesmo se tornou primordial para tomadas de
decisão nos negócios nos dias atuais. Para responder, adere-se ao seguinte
conceito de O’Brien (2004, p. 6): “Sistema de informação é um conjunto
organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicação e recursos de
dados que coletam, transformam e disseminam informações em uma
organização.” Isso é representado na FIG. 02.
FIGURA 02 - Conceito de sistema de informação
Fonte: componentes básicos dos sistemas de informação computadorizados. Adaptado de O’Brien (2004).
Recursos do Sistema de Informação
Pessoas
Hardware
Redes
Software
Dados
24
Davis (1994, p. 112) sugere a seguinte definição: “[...] conjunto de dados,
máquinas e métodos organizados de modo a cumprir certo número de funções
específicas”. Para Jamil (2001), a TI, a partir do desenvolvimento de sistemas,
possibilita a implementação de ferramentas adequadas de armazenamento de
dados e informações, visando à sua recuperação de forma e qualidade,
necessárias ao processo de tomada de decisão.
Laudon e Laudon (1999) definem sistema de informação como sistemas
sociotécnicos envolvendo a coordenação de tecnologia, organização e pessoas.
Esses sistemas devem se ajudar de forma recíproca, para melhor desempenho
da organização que os utiliza, para adaptar-se às novas situações. Os autores
defendem que os sistemas de informações dependem de recursos humanos, de
hardwares, softwares, dados e tecnologias de rede de comunicações para coletar,
transformar e disseminar informações em uma organização e auxiliá-la na tomada
de decisões que envolvem mercado, risco e incertezas.
Um sistema de informação envolve muito mais que apenas computadores. A sua
aplicação requer um conhecimento de negócio, ambiente e gestão no qual a
empresa está inserida, assim como noções de estratégias para apoio a decisões
mercadológicas.
O avanço tecnológico permitiu significativa melhoria no acesso à informação.
Porém, o excesso de informações traz consequências que, em alguns casos,
podem causar problemas aos gestores. Jamil (2001, p. 38) chama a atenção para
mudança do contexto quando envolve as informações. Segundo o autor, “até
meados da década passada eram ainda encontrados países onde havia variados
mecanismos de controle legal sobre emissões radiofônicas e de TV, bem como
sobre imprensa escrita”. Esse autor relata que, atualmente, é possível publicar
informações de forma mais fácil e sem amarras. Isso acarreta um problema
perante a seleção das fontes e as informações por elas emitidas. Ter acesso a um
volume cada vez maior de informação não significa ter acesso a informações de
qualidade e relevantes para o negócio no momento oportuno.
25
Segundo O’Brien (2004), informações antiquadas, inexatas ou difíceis de serem
entendidas não são muito significativas, úteis ou valiosas para qualquer um que
busque dada informação. Para ele, as pessoas desejam informação de alta
qualidade.
Segundo Porter (1992), as empresas concluíram que a efetividade (eficiência +
eficácia) operacional é importante e necessária, mas não suficiente. Estão
reconhecendo que uma estratégia sólida e exclusiva aliada ao bom uso de
sistemas de informações gerenciais traz resultados rápidos e sólidos e, ao mesmo
tempo, serve como estratégia de defesa para o mercado.
O enfoque dado ao papel da informação e dos sistemas de informação dentro das
empresas varia com o tempo. Isso foi identificado por Laudon e Laudon (2010)
que apregoam que, durante algum tempo, a informação era considerada um mal
necessário, associada à burocracia do projeto, fabricação e distribuição de um
produto ou serviço, e enfocava apenas redução de custos na rotina diária das
empresas. Em seguida, percebeu-se que a informação poderia ser usada no
gerenciamento, dando suporte a decisões corporativas. Posteriormente, ela
tornou-se um recurso estratégico e valioso para todo e qualquer tipo de
organização com adequado plano de manutenção no mercado competidor por
muito tempo.
2.3 Cultura da informação
Segundo Prado (1999), toda empresa, qualquer empresa, em qualquer momento
da sua existência, está sob a ameaça real ou potencial de não sobreviver. A
continuidade temporal de qualquer organização está sempre sendo posta à prova.
Para fazer frente a essa ameaça, a Alta Administração da empresa elabora um
conjunto de contramedidas que anulam ou reduzem a intensidade da ameaça.
A esse conjunto de contramedidas, planejadas para terem seus efeitos durante
alguns anos são consideradas metas de sobrevivência e que, uma vez
explicitadas, constituem o Planejamento Estratégico Corporativo. Uma dessas
metas de sobrevivência usualmente é a de informação ótima.
26
Ou seja, para Meireles (2001) para que a sobrevivência da empresa seja
assegurada, é necessário um grande conjunto de causas, (contramedidas ou
metas de sobrevivência) e, entre estas, está a necessidade de informação ótima:
informação certa, no tempo, no lugar e na forma desejada. Isto implica decidir:
o que deve ser informado, ou seja, a síntese dos dados originais;
por que se deve proceder à informação;
quem informa ou deve ser informado;
como deve ser informado, isto é: a forma do relatório; e quando o usuário
deve ser informado: a especificação temporal a partir da qual a informação
deve estar disponível ou entregue.
A meta de sobrevivência que requer informação ótima deve ser realizada através
de um certo conjunto de ações operacionais, isto é, ações imediatamente
realizáveis pelos operadores da corporação, quaisquer que sejam eles. Não basta
definir a meta de informação ótima para que a existência de informação ótima
passe a ser observada na organização. É preciso um longo caminho de
desdobramento da meta de sobrevivência, de forma a que esta torne-se
realizável. O desdobramento da meta de sobrevivência informação ótima em
ações que expressem essa característica, é uma ação administrativa de
planejamento, e tal ação cabe ao administrador (PRADO, 1999).
Segundo Pressman (1995) o administrador que se ocupa da informação, sabe
que os objetivos dos seus esforços de liderança e coordenação de pessoas
devem satisfazer a necessidade de informação de inúmeros clientes [internos,
externos] da organização. Este é o fim da sua ação administrativa: prover os
diversos clientes da empresa com informação ótima. Desta forma, ele precisa
conhecer o que quer dizer informação ótima para cada um dos clientes da
organização: os operadores que requerem informações para atender as
necessidades de seus clientes [funcionários, consumidores, fornecedores,
sindicatos, , governos], e os administradores [alta administração e gerência] que
requerem informações para atender as necessidades dos acionistas.
27
Muitas vezes se usa o termo gerente, em vez de administrador. Neste caso
segundo Oliveira (2008) deve-se entender qualquer indivíduo que, dentro da
empresa exerça atividade de liderança e coordenação de pessoas.
Para prover a informação ótima o administrador que se ocupa da informação deve
ter ao seu dispor alguns meios sobre os quais possui autoridade e pelo uso
adequado dos quais responde (responsabilidade). Tais meios usualmente pode
ser divididos em algumas categorias: Mão-de-Obra, Meio-Ambiente, Máquinas,
Matéria Prima, Métodos e Medidas. OLIVEIRA (2008).
Fazendo uso de meios específicos, segundo Prado (1999) adequadamente
arranjados, o administrador da informação deve prover a informação ótima que a
empresa requer para a sua sobrevivência. Tais meios para Prado (1999)
usualmente constituem em:
Mão de Obra: analistas de sistemas, programadores,
operadores/digitadores (isto é: people ware);
Meio Ambiente: salas de trabalho, espaço físico;
Máquinas: equipamentos, rede; terminais, tecnologia informática (isto é:
hardware);
Matéria Prima: dados, programas [=Base Lógica de Dados];
Métodos: processo para planejar, implementar e assegurar continuamente
a informação ótima; programas (software); e
Medidas: indicadores que adequadamente aplicados mostrem o nível de
efetividade da informação.
Para Oliveira (2008) a este conjunto de meios ou causas é um Sistema de
Informação, cujo fim é prover informação ótima. O administrador de informação
que gerencia as causas que contribuem para tal fim, designa-se Administrador de
Sistemas de Informações
Porém, não basta falar do papel do Administrador do Sistema de Informações. Tal
administrador não é uma pessoa isolada do meio onde tua: ele faz parte do meio,
do ambiente e, portanto, ele faz parte de um todo maior que é a organização. E
28
toda e qualquer organização possui o que se denomina cultura - um conjunto de
crenças, de valores, de princípios geralmente comuns à maioria das pessoas que
nela trabalham PORTER (1992).
Marchand (1997) afirma que a cultura da informação é vital para a empresa que
quer mudar, isto é, para a empresa que quer ajustar-se para superar ameaças
reais ou potenciais externas; para a empresa que quer adequar-se aos novos
mercados, aos desafios da economia. Marchand afirma, assim, que a cultura da
informação é algo importante para as organizações.
A cultura da informação segundo Marchand (1997) é o conjunto de valores,
atitudes e comportamentos que influenciam na forma como as pessoas, dentro da
organização, avaliam, aprendem, recolhem, organizam, processam, comunicam e
utilizam a informação. Ainda, segundo Marchand (1997) é a forma como as
pessoas lidam, encaram e dão valor à informação sendo um conjunto muito
específico da cultura organizacional da organização.
Adequar a empresa aos mercados nas quais ela se insere requer planejamento -
requer a idéia de como o mercado será no futuro. Para tanto a empresa necessita
da assimilação de diversas fontes de informação - referentes à própria empresa,
às demais empresas concorrentes, às empresas do mesmo setor, do mesmo
mercado; referentes a tecnologia, a aspectos sociais, políticos, etc. Ou seja: para
que a empresa se possa adequar, se possa ajustar ao mercado, ela precisa
antever o futuro e isso requer uma série de informações, informações essas
procedentes de diversas fontes que necessitam de ser sintetizadas para serem
apreendidas. E isto só é possível se as pessoas, dentro da organização,
possuírem uma cultura da informação que valorize ou leve em conta tais aspectos
OLIVEIRA (2008).
Neste sentido a cultura da informação - a valorização da informação e uma
postura pró-ativa para com a informação - passa a ser relevante para as
empresas, especialmente aquelas que querem vencer os desafios impostos pelo
mercado. Esta concepção não é nova: a escola de pensadores associados à
Teoria dos Sistemas deu uma relevante atenção à informação. A escola sistêmica
29
afirma que administrar é tomar decisões (Simon, 1965), e para tomar decisões é
preciso dispor de informações. Logo: a administração consiste na capacidade de
utilizar informações para a tomada de decisões.
A concepção sistêmica de organização para Simon (1965), está centralizada,
portanto, na tomada das decisões necessária à realização dos objetivos, de forma
eficaz. Para tal a informação deve ser planejada de forma a facilitar a tomada de
decisões. Como as decisões dependem das informações e estas das
comunicações, a organização é construída a partir da análise das necessidades
de informações e das redes de comunicações.
Oliveira (2008) afirma que o planejamento da organização é desenvolvido
observando-se as seguintes fases:
Especificação dos objetivos com apoio nas informações sobre as
tendências econômicas, políticas, sociais e tecnológicas, bem como na
disponibilidade de recursos;
Determinação dos subsistemas de decisões se dos principais problemas
que normalmente caracterizam o empreendimento;
Análise das medidas e dos critérios de decisões e especificações das
necessidades de informações exatas e oportunas;
Projeto dos canais de comunicação para facilitar o fluxo de informações e a
coordenação, bem como para invalidar os conflitos, as distorções de
sentido das palavras, etc;
Agrupamento dos centros de decisão com o fim de reduzir ou eliminar os
problemas de comunicação e de melhorar a comunicação
Por sua vez, Goleman (2009) diz que a cultura da informação, de uma forma
simplificada, é o modo como as pessoas utilizam a informação, informação esta
difundida por tecnologia. As redes de computadores e os recursos de multimídia
possibilitam a partilha da informação - mas, importante: não garantem o uso
inteligente da informação.
30
A falta de uma cultura da informação adequada, a falta de uma visão comum da
importância da informação para a empresa, dificulta a forma como as pessoas
analisam, recolhem, organizam, processam, comunicam e utilizam a informação.
E dificuldades com a informação significa não saber utilizar adequadamente a
informação, significa ter dúvidas quanto à forma de obter resultados por meio da
informação.
2.4 Informação estratégica
Porter (1995), diz que o que vale é a estratégia, e aborda os sistemas de
informação, classificando-os em dois tipos:
de informação operativa que ajuda as diversas funções a executar algumas
tarefas especializadas; e
de informação competitiva, necessária para auxiliar a criar e manter uma
vantagem competitiva sobre a concorrência.
Para Prado (1999) o sistema de informação competitiva possui quatro pontos:
a) na vantagem competitiva;
b) fatores-chave de sucesso (fontes da vantagem competitiva);
c) grupo de informação composto por base de dados; e
d) por aplicativos destinados a distribuir a informação.
Ainda, segundo Prado (1999) a aplicação de um sistema de informação
competitivo deve ter como fundamento uma fórmula competitiva (vantagem
competitiva) que deve estar associada à relações efetivas e funções diversas que
são fatores essenciais para o sucesso.
2.5 Vantagem competitiva
Para Zaccarelli (1996, p.67) vantagem competitiva: “é qualquer característica do
produto ou serviço da empresa que os clientes reconhecem como um
diferenciador positivo em relação a outras empresas e, por isso, são atraídos para
comprar da empresa”.
31
Neste contexto, a vantagem competitiva é um fator decisivo para o sucesso da
empresa sobre os concorrentes e interfere diretamente na sobrevivência da
organização. Para Zaccarelli (1996), não é indispensável que a característica
forneça um acréscimo de valor para o cliente. O acréscimo de valor é sempre
desejável, porém não é obrigatório. Também, a condição de reconhecimento
pelos clientes exclui da estratégia aspectos considerados usualmente como da
máxima importância.
Também, toda a estratégia moderna, para Zaccarelli (1996), existe em função da
vantagem competitiva do presente e do futuro sendo que a lógica da competição
não leva em consideração valores absolutos.
No caso do setor público a vantagem competitiva pode ser comparada com a
eficência da prestação de serviços em relação cidadão. Neste caso, a vantagem
competitiva é oferecer serviço mais eficiente possível com poucos recursos e
resultados abrangentes.
2.6 Uso de softwares em empresa pública
O entendimento sobre um software de gerenciamento, primeiramente, passa pela
ordem das informações, ou seja, a clareza e a precisão de um sistema de
informação gerencial adequado à realidade de cada empresário público ou
privado, faz com que os mesmos tomem decisões mais assertivas.
Essas informações possibilitam aos tomador de decisão selecionar indicadores
que permitem desempenho e levantamento de informações relativas a esses
indicadores. Estes, por sua vez, viabilizam seu monitoramento, disponibilizando
relatórios de indicadores com desvios em relação ao que foi previamente
planejado. Com isso, os problemas poderão ser identificados e diagnosticados,
com o desenvolvimento de ações preventivas e/ou corretivas (BATALHA 2001).
Para Norton (1996) o software possibilita que a máquina (computador) tenha vida.
Já os programas são instruções eletrônicas que informam ao computador como
realizar certas tarefas, interagir com o usuário, como usar os dispositivos de
32
hardware conectado ao computador e realizar as tarefas exigidas pelo usuário.
O processo de software é definido por Prado (1999) como um conjunto de
procedimentos e atividades, estruturas organizacionais, tecnologias, políticas,
procedimentos e particularidades necessárias para conceber, desenvolver, dispor
e manter um produto.
Farmer e Venema (2007) aludem à arquitetura de sistemas de computador e
afirmam que seus sistemas não evoluíram muito. Para os autores, é importante a
separação de interesses, dividindo-os nos níveis: processo e sistema.
Processo
Sistema
Todo sistema operacional é um software e nem todo software é um sistema
operacional, justamente pela finalidade que ambos possuem (DEITEL; DEITEL;
CHOFFNES, 2005).
Sistema operacional é um software que habilita as aplicações a interagir com o hardware de um computador. O software que contém os componentes centrais do sistema operacional é denominado núcleo. Sistemas operacionais podem ser encontrados em dispositivos que vão de telefones celulares e automóveis a computadores pessoais e computadores de grande porte (mainframes). Na maioria dos sistemas operacionais um usuário requisita ao computador que realize uma ação (por exemplo, executar uma aplicação ou imprimir um documento), e o sistema operacional gerencia o software e o hardware para produzir o resultado desejado (DEITEL; DEITEL; CHOFFNES, 2005, p. 4).
Contudo, observa-se que o software pode ter várias funções, dependendo do seu
desenvolvimento, pois ele apenas irá reproduzir aquilo que lhe foi programado e
pronto, na maioria das vezes, com base no uso de hardwares.
Hardwares, sistemas operacionais e softwares de aplicação para computadores,
como é o caso dos de gerenciamento, são projetados para alavancar o tempo das
Programa executável
Biblioteca de sistema
Kernel do sistema operacional
Hardware
33
pessoas, para melhorar eficiência e produtividade (STALLINGS, 2002). O autor
ainda afirma que alto desempenho é essencial a partir dos softwares, que são
fundamentais para a melhor tomada de decisões e desenvolvimento de
estratégias de mercado.
Pressman (1995, p. 3) preconiza que “o software ultrapassa o hardware como a
chave para o sucesso de muitos sistemas baseados em computador”. Seja o
computador usado para dirigir um negócio, controlar um produto ou capacitar um
sistema, o software é o fator que diferencia. Neste contexto o sistema operacional
por meio de seus aplicativos veio facilitar o gerenciamento de informações.
Os computadores profissionais e pessoais, auxiliados pelos seus sistemas
operacionais e softwares, permitem que usuários acessem a internet, consultem
páginas na Web, apresentem gráficos, vídeos e ouçam músicas, joguem,
interajam e outras coisas mais. Os mesmos aumentam a produtividade,
gerenciando grandes quantidades de dados, fornecendo ferramentas de
desenvolvimento de aplicações e apresentando uma interface intuitiva para a
autoria de conteúdo (OLIVEIRA; TOSCANI; CARISSIMI, 2004).
Batalha (2001) salienta que não há diferenciação entre gerenciamento de
informações e processos entre empresas, uma vez que possuem o mesmo
objetivo de se manterem rentáveis (dando lucro) para seus proprietário ou
acionistas. Para isso, é importante, para ambas, igualmente, a aplicação de
tecnologia em gerenciamento de informação.
Um administrador de valor, conforme Copeland, Koller e Murrin (2002), deve se
concentrar nos retornos de longo prazo em termos de fluxo de caixa, com
disposição para adotar uma visão das atividades corporativas voltadas para valor.
Esse administrador deve considerar o negócio como um investimento em nova
capacidade produtiva, que pode ou não proporcionar retorno além do custo de
oportunidade do capital, independentemente do modelo de empresa ou
segmento. O autor finaliza assegurando que o administrador de valor inclui em
seu trabalho a necessidade de desenvolver e institucionalizar em toda a
34
organização uma filosofia de administração do valor.
Pressman (1995) trata de duas coisas importantes no entendimento de software:
a importância e seu papel evolutivo. No tocante à importância, ele lembra que
durante três décadas - as primeiras do computador -, diga-se de passagem, o
principal desafio era desenvolver um hardware que reduzisse o custo de
processamento e armazenagem de dados. E que hoje (década de 90) esse
desafio é melhorar a qualidade de soluções baseadas em computador, soluções
que são implementadas em softwares. Para Pressman (1995, p. 65), “o software é
o mecanismo que nos possibilita aproveitar e dar vazão a esse potencial”.
Quanto ao tema evolutivo, o mesmo autor lembra que foram necessárias a cinco
décadas de evolução dos sistemas computadorizados e que nesse tempo o
software era visto por muitos como uma reflexão posterior ao desenvolvimento
dos hardwares. Seu desenvolvimento era feito virtualmente, sem administração,
até que os prazos começassem a se esgotar e os custos a subir. Depois desse
período, o software era projetado sob medida para cada aplicação e tinha
distribuição limitada. Mas eles evoluíram e começaram a surgir os sistemas em
tempo real que podiam coletar, analisar e transformar dado em informação,
depois vieram os softwares por encomendas, até chegarem nos aplicativos
eficientes de gestão que se tem hoje em dia.
Os softwares de gerenciamento de informação tornam-se versáteis em sua
utilização no setor público, assim como a eficácia e a rapidez das informações
geradas e gerenciadas para suporte à tomada de decisão na administração
pública. Isso faz com que esses administradores públicos ganhem em
competitividade, produtividade e eficiência de gestão em inovação e informação
frente às necessidades da sociedade.
Pressman (1995) complementa que há 20 anos menos de 1% do público poderia
descrever de forma inteligível o que significava “software de computador”. Hoje, a
maioria dos profissionais bem como a maior parte do público, em grande medida,
acha que entende o que é software. Para que se possa obter a compreensão do
que é software, o autor reconhece que é importante examinar as características
35
do software que o torna diferente das outras coisas que os seres humanos
constroem.
Os softwares de gerenciamento (ERP) tornaram-se, desde o início do ano 2000,
uma “ferramenta” de auxílio à alta administração, pois permitem nortear as ações
gerenciais da empresa dentro de um plano previamente determinado de metas e
estratégias, diminuindo, com isso, a possibilidade de tomada de decisões
equivocadas, num mercado extremamente competitivo e sem margem de erro.
Além da necessidade dos empresários de obter softwares de gerenciamento para
sua rápida informatização e ganhos por intermédio da gerência de informação, há
também o governo federal, que investe no setor de TI, estimulando o segmento
de desenvolvimento de software. Como exemplo, o governo federal apresentou,
no dia 19/08/2012, um programa que destinará 486 milhões de reais para o setor
de software até 2015. E isso é a primeira política específica para a indústria
nacional de software e serviços de TI (REVISTA EXAME, 2012).
Pressman (1995) relata, quanto à aplicação do software, que o mesmo pode
acontecer a qualquer situação em que um conjunto previamente especificado de
passos procedimentais tiver sido definido.
Tanenbaum (2003) descreve um sistema operacional como um gerenciador de
recursos que não permite que os programas entre em conflito durante operações
simultaâneas. Imagine-se o que aconteceria se três programas em execução em
algum computador tentassem imprimir suas saídas simultaneamente na mesma
impressora. O resultado seria uma confusão. Então o sistema operacional pode
trazer ordem a essa confusão potencial.
Com isso, fica evidenciada a importância de se trabalhar melhor as tecnologias de
software em um segmento importante no setor público.
36
2.7 Logística da informação
Mesmo tendo a economia mundial se desenvolvido com o auxílio de atividades e
conhecimentos logísticos, no ambiente organizacional a Logística permaneceu
adormecida por muito tempo, sendo despertada após a 2ª Guerra Mundial, onde
as atividades logísticas militares foram utilizadas e influenciaram
significativamente os conceitos logísticos utilizados atualmente.
A Logística, segundo Fleury (2000), é paradoxal, ao ser uma das atividades
econômicas mais antiga e um dos conceitos gerenciais mais modernos. O autor
comenta que, ao abandonar o extrativismo, o homem iniciou a organização das
atividades produtivas, produção especializada com troca de excedentes com ou-
tros produtores, possibilitando o surgimento de três funções logísticas essenciais:
o estoque, a armazenagem e o transporte.
Christopher (1997), diz que logística é o processo de gerenciar estrategicamente
a aquisição, a movimentação e a armazenagem de materiais, peças e produtos
acabados (e os fluxos de informações correlatos) através da organização e seus
canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e
futura por meio de atendimento dos pedidos a baixo custo.
Ballou (2001) por sua vez revela que é o processo de planejamento,
implementação e controle do fluxo eficiente e economicamente eficaz de
matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações
relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de
atender às exigências dos clientes.
O uso do conhecimento e práticas logísticas no campo de batalha para o
abastecimento das tropas com suprimentos diversos (armas, munições,
alimentos, medicamentos, entre outros.), rapidamente foi apropriado pelas
indústrias manufatureiras para disponibilizar suas mercadorias junto aos
mercados consumidores e, mais recentemente, pelo segmento dos serviços com
o intuito de planejar e executar de forma mais eficiente suas atividades,
37
disponibilizando serviços mais sintonizados com as necessidades, desejos e
expectativas de seus clientes e consumidores.
De acordo com Ballou (1993), até meados do Século XX, a Logística estava em
estado de dormência, sem ser conduzida ou referenciada por nenhuma filosofia
administrativa, ficando suas principais atividades sob a responsabilidade de
outras áreas da organização, como marketing, produção, finanças e vendas.
Novaes (2001) enfatiza que todos os elementos do processo logístico devem
focar na satisfação das necessidades e preferências dos consumidores finais.
Para tal, todos os integrantes dessa cadeia logística devem conhecer as
necessidades de seus clientes tanto internos (departamentos e setores) como
externos (integrantes da cadeia) ao longo do processo, gerando fluxos ágeis,
confiáveis e rápidos, com custos reduzidos.
Segundo Ching (1999) as principais missões da área de Logística são fornecer
em quantidade desejada serviços aos clientes alcançando custos aceitáveis e
competitivos, proporcionar subsídios e condições para transporte rápide e eficaz e
contribuir para a confiabilidade e eficácia da gestão comercial da organização.
É importante analisar que embora os vários conceitos logísticos e importâncias
citados até o momento, todos passam por uma questão importante que é
informação, pois o processo logístico sem informação torna-se grave o insucesso
de qualquer processo que se deseje praticar.
Ballou (2001) defende o emprego da logística em vários elos da cadeia produtiva,
que são: padrão de serviço ao cliente; transporte; gestão de estoque;
processamento de pedidos; armazenagem, manuseio e embalagem; compras;
cooperação com as operações; e manutenção da informação.
No caso da manutenção da informação a logística seria responsável por possuir
dados e informações referentes a programas de ação que permitirão análises
mais aprofundadas que irão facilitar o planejamento de programas futuros,
38
minimizando perdas e auxiliando na alocação de recursos mais adequados às
ações vindouras.
Muitas organizações ainda desconhecem o potencial aumento de eficiência e
eficácia em seus resultados quando as atividades do nível de serviço logístico são
organizadas e realizadas em sincronia, de forma econômica e ajustadas às
demandas dos clientes e consumidores.
Lambert, Stock e Vantine (1998) colocam que o conceito de gestão da Logística
Integrada concerne ao tratamento das diversas atividades como um sistema
único, eliminando a fragmentação de um gerenciamento por atividade, com
respectivos orçamentos, prioridades e medições.
Em plena Sociedade da Informação o fato é que o desenvolvimento das
organizações depende da eficiente e eficaz utilização do recurso informacional
que está fundamentado na sua capacidade de armazenar e recordar. As
atenções estão voltadas para a informação, nas plataformas tecnológicas que
sustentam a sua produção, armazenamento e comunicação e nas profundas
mudanças exigidas às entidades singulares ou colectivas, públicas ou privadas
que desenvolvem a sua actividade neste preciso contexto.
Todavia este enfoque não resulta da mera inclusão das organizações numa
envolvente sistémática onde abundam programas e projetos fortemente
caracterizados por termos como: Informação, Sociedade da Informação,
Tecnologias de Informação e Comunicação, Internet/Intranet, governo eletrônico,
transferências eletrónicas de dados, pagamento eletrónico, comércio eletrônico,
digitalização da administração pública, infra-estrutura nacional de informação
geo-referenciada, reaproveitamento da informação,democratização do acesso à
informação, Estado aberto, nova cultura de serviço público, reinvenção da
organização do Estado, integração, transversalidade, inovação, eficácia,
eficiência, produtividade, qualificação dos recursos humanos.
Já sobre o planejamento logístico enquanto melhoria do serviço, segundo Ballou
(2001) a logística envolve todas as operações relacionadas com planejamento e
39
controle de produção, movimentação de materiais, embalagem, armazenagem e
expedição, distribuição física, transporte e sistemas de comunicação que,
realizadas de modo sincronizado, podem fazer com que as empresas agreguem
valor aos serviços oferecidos aos clientes e também oportunizem um diferencial
competitivo perante a concorrência.
Para Bowersox e Closs (2001), o objetivo central da logística é o de atingir um
nível de serviço ao cliente pelo menor custo total possível buscando oferecer
capacidades logísticas alternativas com ênfase na flexibilidade, na agilidade, no
controle operacional e no compromisso de atingir um nível de desempenho que
implique um serviço perfeito. Christopher (1997) descrevem que o serviço ao
cliente é o conjunto de atividades desenvolvidas pela empresa na busca da
satisfação dos clientes, proporcionando ao mesmo tempo, uma percepção de que
a empresa pode ser um ótimo parceiro comercial.
Segundo Ballou (2001), o planejamento logístico tem por objetivo desenvolver
estratégias que possam resolver os problemas de quatro áreas de destaque em
empresas de transporte que são: i) o nível de serviços oferecido aos clientes; ii)
localização das instalações de centros de distribuição; iii) decisões de níveis de
estoque e; iv) decisões de transportes que devem ser utilizados no
desenvolvimento de todo o processo.
Para definir a importância da logística, Ballou (2001) salienta que ela é
responsável por oferecer mercadorias ou serviços esperados pelos clientes, nos
locais apropriados em relação às suas necessidades, nos prazos acertados ou
esperados e nas melhores condições físicas possíveis, a fim de atender as
necessidades dos clientes, proporcionando o máximo de retorno financeiro para a
empresa. Novaes (2001) reforça essa ideia afirmando que a logística busca, de
um lado, otimizar as atividades da empresa de forma a gerar retorno através de
uma melhoria no nível de serviço a ser oferecido ao cliente e, de outro lado,
prover a empresa de condições para competir no mercado, como por exemplo,
através da redução dos custos.
40
O mercado sofre mudanças rápidas e, muitas vezes, as empresas não estão
preparadas para absorver estas mudanças dificultando sua adaptação ao novo
ambiente de negócios. Portanto, desenvolver um bom processo de planejamento,
é fundamental para a empresa, pois um planejamento logístico, orientado para
atender às necessidades impostas pelo mercado, faz com que se mantenha o
controle da empresa. Esse controle advém do equilíbrio dos recursos financeiros
disponíveis e da oferta de serviços especializados, de forma que se agregue valor
aos mesmos e, também, oportunizando um diferencial competitivo perante a
concorrência sem afetar a rentabilidade da empresa.
Ballou (2003) afirma que o desenvolvimento de um sistema de serviços que
atenda às necessidades dos clientes se torna mais fácil no momento que se tenha
um planejamento logístico estruturado. Pois, na medida que se opera diante das
incertezas proporcionadas pelas expectativas dos clientes, a empresa, que já tem
um planejamento logístico estruturado, terá maior facilidade em mensurar o nível
de serviço que será oferecido ao cliente, principalmente em relação ao máximo
que poderá ser oferecido sem comprometer sua rentabilidade.
No processo de elaboração de um planejamento logístico deve ficar claro que
nem tudo que foi planejado funcionará perfeitamente o tempo todo. Inclusive
porque o ambiente informacional muda em uma velocidade cada vez mais rápida.
Ballou (2001) afirma que, quando implementada a estratégia, no desenvolver das
atividades, serão necessárias modificações à medida que as condições
ambientais ou organizacionais sofrerem alterações, sendo que estas alterações
são, muitas vezes, difíceis de serem previstas. Neste contexto, existe a
possibilidade de que alguns fatores internos (quebra de veículos, incêndios em
centros de distribuição, etc.) e fatores externos (interrupção de estradas, greves,
etc.), dificultem o desenvolvimento do nível de serviço previamente programado
com o cliente.
Assim, os gestores das organizações devem elaborar planejamentos logísticos
flexíveis de forma que possam ser ajustados aos elementos críticos logísticos,
estabelecendo ações apropriadas que devem ser utilizadas caso algum evento
inesperado venha a ocorrer.
41
Com a evolução do mercado e com a preocupação das empresas em relação ao
nível de serviço oferecido aos seus clientes, procurou-se identificar e quantificar
os fatores necessários para a elaboração de novos níveis de serviço como: prazo
de execução e respectivo nível de confiabilidade; tempo de processamento de
tarefas; disponibilidade de pessoal e dos equipamentos solicitados; facilidade em
sanar erros e falhas; agilidade e precisão em fornecer informações sobre os
serviços em processamento; agilidade e precisão no rastreamento de cargas em
processamento ou em trânsito; agilidade no atendimento de reclamações e no
encaminhamento de soluções; estrutura tarifária fácil de entender e simples de
aplicar.
No passado, as empresas tratavam o serviço logístico como algo fixo.
Atualmente, a escolha do serviço pelos clientes é influenciada pelos níveis de
serviços logísticos oferecidos. Ainda, estes serviços estão cada vez mais
complexos e necessitando de um fluxo de informações cada vez maior. Desta
forma é cada vez mais necessário sistemas de informações gerenciais que
possam facilitar a tomada de decisão.
Para Novaes (2001) a meta da empresa de transportes é prover serviços que
satisfaçam os clientes com maior efetividade e eficiência que seus concorrentes.
Portanto, transporte especial, processamento mais rápido, tempo de entrega
reduzido, embalagem padronizada, entre outros, afetam diretamente a venda do
serviço, tornando a empresa mais competitiva, pois está agregando valor ao
serviço oferecido.
Neste contexto, os sistemas de informações gerenciais são essenciais para que a
informação possa fluir e possibilitar condições de planejar as ações de logística. O
sistema de informação influenciará não apenas no planejamento mas também no
fluxo informacional de criação e disseminação das informações. No caso do
serviço público o empenho logístico será mais eficiente possibilitando economia
para os cofres públicos e ainda otimizando todos os recursos envolvidos nestas
ações.
Na sequência, aborda-se a metodologia desta pesquisa.
42
3 METODOLOGIA
Este capítulo delineia de maneira mais específica às formas e métodos para o
desenvolvimento da pesquisa de dados e análise dos resultados, evidenciando a
compreensão sobre sua importância e colaboração deste trabalho para pesquisas
futuras sobre o tema em questão.
Método é o caminho ou maneira pela qual se pode chegar a um determinado
objetivo, diferenciando-se, assim, do conceito de metodologia, que se refere aos
procedimentos e regras utilizadas pelo métodos (Richardson, 1999).
Para tanto, foi realizada pesquisa de dados no SCDP referente aos anos de 2008
a 2012, a fim de se obter informações sobre as viagens completas cumpridas por
servidores policiais na Delegacia de Polícia Federal em Uberaba/MG.
Os relatórios de viagem completa, objeto de estudo desta dissertação, permitiram
analisar a existência de informações importantes para o desenvolvimento de
novas estratégias de gestão de recursos financeiros tanto em relação aos
aspectos relacionados à concessão de diárias e passagens bem como questões
relacionadas à gestão de pessoas e administração e logística na atividade policial
federal. Desta forma, referidas informações podem auxiliar nas construções de
decisões mais eficientes nas áreas supracitadas.
3.1 Ambientes da pesquisa
O Sistema de Sistema de Concessão de Diárias e Passagens – SCDP pelo
Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO foi criado pelo Ministério
do Planejamento Orçamento e Gestão para toda a administração direta federal e
não foi desenvolvido diretamente para um órgão em particular. No Departamento
de Polícia Federal foi implementado em janeiro de 2008 e desde então a
DPF/URA/MG teve o seu procedimento de concessão de diárias e passagens
direcionado para o SCDP.
43
Este processo demandou cursos de capacitação e treinamento bem como a
nomeação de responsáveis pela sua execução e gestão em todos os âmbitos da
PF e ainda emissão de senhas de acesso a todos os servidores lotados em todas
as unidades. No caso da DPF/URA/MG foram designados o proponente e o
assessor da proponência. Na figura do proponente está o chefe da unidade
policial e, na sua falta o chefe substituto da unidade. A assessoria é realizada por
um policial lotado na unidade.
3.2 Caracterização da pesquisa
O estudo caracteriza-se como descritivo quanto à natureza da pesquisa e tem por
finalidade “observar, registrar e analisar os fenômenos sem, entretanto, entrar no
mérito do seu conteúdo” (OLIVEIRA, 2004). Neste tipo de pesquisa não existe a
interferência do investigador, que procura descobrir com a devida cautela a
frequência com que o fenômeno acontece.
O modelo utilizado para a abordagem dos dados foi o qualitativo. Collins e Hussey
(2005) preleciona que em pesquisas qualitativas “[…] há uma relação dinâmica
entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo
objetivo e a subjetividade do sujeito, que não pode ser traduzido em números”. A
interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no
processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas
estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para a coleta de dados e o
pesquisador é o instrumento chave. Os pesquisadores tendem a analisar seus
dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de
abordagem (COLLIS;HUSSEY, 2005, p. 26).
De acordo com Yin (2005) o método quantitativo não deve ser confundido com
estudo de caso. E para Malhotra (2001) a pesquisa qualitativa é uma metodologia
não estruturada e de natureza exploratória, baseada em amostras pequenas, para
prover critérios e compreensão do cenário do problema. Também, para Gonçaves
e Meirelles (2004) o método qualitativo é mais adequado para investigação de
valores e o pesquisador é o principal instrumento de investigação.
44
Quanto ao método e as técnicas de análise adotadas constituem-se na
experiência analítica e de solução do problema pelo pesquisador. Desta forma
pode-se ter um estudo analítico com relatórios de viagens realizadas por policiais
federais da Delegacia de Polícia Federal em Uberaba/MG nos anos de 2008 a
2012. As informações dispostas nestes relatórios foram coletadas com a
preocupação de entendê-las em sua profundidade oferecendo um entendimento
mais subjetivo sobre o problema investigado.
3.3 Unidade de análise e observação
A Polícia Federal em Minas Gerais possui em Uberaba/MG a sua representação
regional na Delegacia de Polícia Federal em Uberaba/MG. Esta delegacia além
de ser a mais antiga do estado, possui hoje em sua circunscrição 28 municípios
do triângulo mineiro incluindo nestes, os municípios fronteiriços com o estado de
São Paulo. Subordinada à Superintendência Regional da Polícia Federal em
Minas Gerais localizada em Belo Horizonte/MG, a DPF/URA/MG como é
conhecida, possui ainda como coirmãs no estado as delegacias de Uberlândia,
Juiz de fora, Montes Claros, Governador Valadares, Varginha e Divinópolis.
Os municípios da circunscrição da DPF/URA/MG são: Água Comprida, Araxá,
Campina Verde, Campo Florido, Campos Altos, Carneirinho, Comendador
Gomes, Conceição das Alagoas, Conquista, Delta, Fronteira, Frutal, Ibiá,
Itapagipe, Iturama, Limeira do Oeste, Pedrinópolis, Perdizes, Pirajuba, Planura,
Pratinha, Sacramento, Santa Juliana, São Francisco de Sales, Tapira, Uberaba,
União de Minas e Veríssímo.
A unidade de análise é a Delegacia de Polícia Federal em Uberaba/MG e Com
relação ao número exato de policiais lotados atualmente este dado é
caracterizado como de natureza reservada devido à segurança da unidade.
Quanto à unidade de observação, os cinco relatórios de viagem completa foram
gerados no sistema SCDP pela ferramenta de relatórios sendo cada um referente
a cada ano pesquisado.
45
3.4 O instrumento de coleta de dados
A pesquisa foi realizada no Sistema de Concessão de Diárias e Passagens –
SCDP pelo Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO, por meio de
pesquisa direcionada a ferramenta de consulta relatórios, em especial os de
viagem completa, sendo o período de pesquisa de dados o dos anos de 2008,
2009, 2010, 2011 e 2012. A pesquisa em questão refere-se às viagens realizadas
por policiais federais que estavam lotados na Delegacia de Polícia Federal em
Uberaba/MG nos anos pesquisados.
O instrumento de coleta de dados é o relatório gerado pela ferramenta de
consulta do próprio SCDP que possui 11 variáveis que se referem a cada viagem
completa realizada.
A primeira e a segunda variáveis são de identificação, a terceira, a quarta, a
quinta e sexta variáveis são de trechos de viagem, a sétima e a oitava do período
da viagem e a nona, a décima e a décima primeira são de valores pertinentes às
diárias e às passagens das viagens e o total de recurso dispensado.
3.5 Técnica de coleta de dados
Os cinco anos escolhidos para coleta de dados por meio dos relatórios de viagem
completa do SCDP foram elencados devido à implementação do SCDP no DPF
em 2008 e o ano de 2013 ainda não ter os dados consolidados. As pesquisas
foram feitas em maio de 2013 sendo os relatórios gerados por meio da ferramenta
de consulta de relatórios de viagem completa, cujo acesso é permitido a qualquer
servidor do DPF lotado na DPF/URA/MG.
Os dados não são considerados sigilosos já que não foram designados como tal
pelo MPOG de acordo com quesitos estipulados pela Lei de acesso à informação.
Portanto, os dados não podem ser acessados pelo público em geral devido a
protocolos de acesso do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Os
dados considerados reservados foram suprimidos.
46
Segue o passo a passo para a geração do relatório:
FIGURA 03 – Página de acesso do SCDP.
FIGURA 04 – Página inicial do SCDP após login.
48
FIGURA 07– Função de a consulta relatórios – Solicitação de viagem completa do
SCDP.
3.6 Técnicas de análise e tratamento dos dados
A análise dos dados tem como objetivo organizar e classificar os dados de forma
a permitir o fornecimento de respostas ao problema estudado e a interpretação
dos dados na busca por um sentido mais amplo das respostas e conhecimento
obtidos anteriormente (GIL, 1999).
Segundo Laville e Dionne (1999), a análise de conteúdo busca esclarecer
diferentes características e extrair a significação do conteúdo, a partir da
demonstração e estruturação dos seus elementos.
O software estatístico utilizado para o processamento dos dados se chama R.
Para que fosse possível este processamento foi criado um algorítimo específico
para as análises. Os dados pertinentes às análises totalizam 180 páginas em
formato XL.
49
4 DEMONSTRAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS
4.1 Descrição do perfil dos dados
Após consulta a ferramenta de relatórios do SCDP, no caso deste estudo o
relatório de viagem completa, foi possível gerar relatórios de viagem completa
com a seguinte sequência de dados:
Coluna A: Proposto: Nomes dos solicitantes que viajaram com diária e/ou
passagem aérea com inserção de solicitação no sistema pela DPF/URA/MG.
Pode ser servidor e/ou cidadão previamente cadastrado devido a situações
especiais normatizadas por lei;
Coluna B: Número da Solicitação: Número dado pelo SCDP logo que é inserida e
encaminhada uma solicitação no sistema;
Coluna C: Tipo de viagem: Denominação dada para a finalidade da viagem pelo
usuário ao preencher a SCDP;
Colunas D, E, F e G: Estas colunas denominam o trecho que é composto por:
origem, unidade da federação, destino e unidade da federação. Foram
considerados para o estudo a origem da cidade de Uberaba/MG. Em relação ao
destino as cidades não estão compreendidas apenas na circunscrição da unidade
policial pesquisada;
Colunas H e I: Estas colunas denominam o período que é composto por: início e
término. Em relação ao período, esse pode ser compreendido entre ida e retorno
no mesmo dia e ida com retorno diverso da saída;
Coluna J: Valor da diária que é constituída pelos valores recebidos pelos
solicitantes de acordo com a legislação vigente. Foram excluídos das análises os
50
dados deste item devido à mudança de valor de diária de 2008 para 2009 e por
existir um relatório mais específico sobre o assunto;
Coluna K: Valor das passagens e taxas: Valores empenhados na compra de
passagens mais as taxas quando emitidas em nome do proposto. Com relação ao
valor da passagem, este item também foi desconsiderado por já existir uma
ferramenta específica para o assunto;
Coluna L: Valor Total: Valor total gasto por viagem e também o somatório de cada
ano pesquisado Também, foi excluído da pesquisa devido às mesmas
fundamentações das colunas J e K.
Após a geração dos relatórios dos anos de 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012 foram
os mesmo mesclados em uma única planilha para análises unificadas dos cinco
anos pesquisados.
Forak substituídos os nomes dos solicitantes por um número de controle para
manutenção da privacidade. Além disso, foi suprimido o número da solicitação já
que o mesmo não seria utilizado nas análises.
Cabe ainda, cabe ressaltar que o relatório gerado pelo SCDP está na formatação
texto. A tabela proveniente deste relatório ficou da seguinte forma:
Proposto Número
Solicitação Tipo de Viagem Trecho Período
Valor das
Diárias
Valor das Passagens e Taxas
Valor Total
Origem UF Destino UF Início Término
QUADRO 01 – Quadro modelo de dados de relatório de viagem completa do
SCDP
4.2 Análise e discussão dos resultados
Conforme a metodologia apresentada, as análises e a discussão dos dados
coletados serão consideradas com a finalidade de se alcançar o objetivo geral. O
51
referido objetivo é entender se a ferramenta de relatório de viagem completa do
SCDP e as informações dele extraídas, possibilitam recursos informacionais
suficientes para que o gestor policial federal possa tomar decisões eficientes em
relação à utilização dos recursos financeiros e de pessoal disponíveis na
Delegacia de Polícia Federal de Uberaba/MG.
Foram tratados 936 registros de viagem tendo a cidade de Uberaba/MG como
ponto de partida. Importante ressaltar que durante os cinco anos focados a
unidade teve 03 Chefes de Delegacia. A tabela abaixo demonstra a proporção em
percentual por ano analisado.
Registros Ano % Chefia
97 2008 10,36 Chefe 1
343 2009 36,64 Chefe 2
276 2010 29,48 Chefe 2
97 2011 10,36 Chefe 2
123 2012 13,14 Chefe 3
936 Total 99,98
QUADRO 02 – Proporção percentual de casos analisados
Assim, neste capítulo está apresentado o que foi colhido nos relatórios gerados
pelo SCDP para os anos de 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012 de forma separada e
como um todo.
Antes de analisar os gráficos apresentamos alguns limitadores que são:
1. Os dados estão parcialmente incompletos devido às seguintes limitações:
a) Não existe registro de viagens de servidores da DPF/URA/MG inseridas
por outras unidades do DPF;
b) As viagens inseridas pela DPF/URA/MG de servidores lotados na
circunscrição do Estado de Minas Gerais não estão constando no
relatório;
52
2. Alguns servidores foram removidos e regressaram ou se aposentaram.
Entretanto, este percentual não foi suficiente para interferir nos resultados;
3. Existe uma sombra de informação em relação à situação dos servidores.
Não foram colocados em questão os desvios relacionados a licenças
médicas, licenças para capacitação, viagens de longa duração que se
referem a apenas uma PCDP e férias.
4. As viagens cadastradas podem não se referir muitas vezes a expedientes
relacionados aos setores de lotação do servidor;
5. As atividades sigilosas foram consideradas um desvio percentual que
influenciou no resultado. Desta forma os resultados podem não demonstrar
totalmente a realidade de quem realmente viajou. Entretanto, é possível
fazer um modelo descritivo considerando o gráfico 06 bem como se
considerar as análises anuais.
O processo de análise foi realizado com os dados gerados nos relatórios
buscando-se a relação entre as variáveis, quantificação dos dados, inserção de
variáveis de análise apresentando resultados analíticos qualitativos. Assim, em
seguida seguem às análises dos gráficos ano à ano e dos gráficos unificados.
53
4.2.1 Densidade por servidores das viagens da DPF/URA/MG de 2008 a 2012.
GRÁFICO 01 – Densidade Relativa de viagens Ano 2008
O gráfico acima representa o resultado de viagens do ano de 2008 por densidade
relativa e demonstra que os policiais 29, 23 e 21 foram os que mais viajaram no
ano analisado. Ambos estavam lotados no NO/DPF/URA/MG e são agentes de
Polícia Federal. Demonstra ainda que os policiais 48, 33, 19, 16, 13 e 12 foram os
que viajaram menos no ano de 2008. Os policiais federais 12, 33, 48 são
delegados de Polícia Federal e inclusive o policial 48 era o chefe da unidade à
época. O policial 16 é APF e era lotado no NO/DPF/URA/MG e estava no serviço
de plantão. Já o policial 13 é APF era o responsável pelo setor de intimações da
delegacia. Finalmente o policial 19 é EPF e estava lotado no
NUCART/DPF/URA/MG.
54
GRÁFICO 02 – Densidade Relativa de viagens Ano 2009
O gráfico acima representa o resultado de viagens do ano de 2009 por densidade
relativa e demonstra que os policiais 38,41e 4 foram os que mais viajaram no ano
analisado. Ambos estavam lotados na CV/DPF/URA/MG, sendo os dois primeiros
agentes de Polícia Federal e o último Papiloscopista Policial Federal e acumulava
também a responsabilidade de NID/DPF/URA/MG. Demonstra ainda que os
solicitantes 35, 34, 32, 11 e 1 foram os que viajaram menos no ano de 2009.
Neste caso ocorreu um pequeno desvio, pois, os solicitantes 35, 11, e 1 são
parentes de policial removido naquele ano e tiveram suas despesas com
passagens aéreas custeadas conforme legislação sobre remoções na União. Já o
policial 32 era APF lotado na UIP/DPF/URA/MG à época e atualmente ocupa o
cargo de DPF em outra unidade. O Policial 34 é EPF e estava lotado no
NUCART/DPF/URA/MG.
55
GRÁFICO 03 – Densidade Relativa de viagens Ano 2010
O gráfico acima representa o resultado de viagens do ano de 2010 por densidade
relativa e demonstra que os solicitantes 41, 9 e 7 foram os que mais viajaram no
ano analisado. Neste ponto deve-se esclarecer que o solicitante 9 é designado
pela nomenclatura de “Atividade Sigilosa” e desta forma podem ser vários
policiais em momentos diferentes. Já os policiais 41 e 7 estavam lotados na
CV/DPF/URA/MG, sendo os dois agentes de Polícia Federal. Demonstra ainda
que os solicitantes 44, 40, 25, 13 e 8 foram os que viajaram menos no ano de
2010. Neste caso ocorreu um pequeno desvio, pois, os solicitantes 40 e 25 são
parentes de policial removido naquele ano e tiveram suas despesas com
passagens aéreas custeadas conforme legislação sobre remoções na União. Já o
policial 44 é EPF se aposentou naquele ano e estava lotado no
NUCART/DPF/URA/MG. O policial 8 é APF e estava lotado na UIP/DPF/URA/MG
56
e foi removido naquele ano. Já o policial 13 é APF e era responsável pelo setor de
intimações da delegacia.
GRÁFICO 04 – Densidade Relativa de viagens Ano 2011
O gráfico acima representa o resultado de viagens do ano de 2011 por densidade
relativa e demonstra que os solicitantes 41, 38 e 10 foram os que mais viajaram
no ano analisado. Os policiais 41 e 38 estavam lotados na CV/DPF/URA/MG. O
policial 10 é Delegado de Polícia Federal e responsável pela VC/DPF/URA/MG.
Demonstra ainda que os solicitantes 45, 39, 23, 15 e 4 foram os que viajaram
menos no ano de 2011. A policial 45 é EPF lotada no NUCART/DPF/URA/MG e
estava de licença gestante. O policial 39 é DPF é era o responsável pela
UIP/DPF/URA/MG. O policial 23 é APF e estava lotado no Serviço de
Plantão/DPF/URA/MG. O policial 15 é DPF e estava lotado no GAB/DPF/URA/MG
57
e se aposentou no início de 2011. E, finalmente, o policial 4 é PPF e estava lotado
no NID/DPFURA/MG e na UIP/DPF/URA/MG.
GRÁFICO 05 – Densidade Relativa de viagens Ano 2012
O gráfico acima representa o resultado de viagens do ano de 2012 por densidade
relativa e demonstra que os solicitantes 23, 21, 10 e 4 foram os que mais viajaram
no ano analisado. O policial 23 é APF e está lotado no SP/DPF/URA/MG. Além
disso, é o responsável pelo transporte de materiais diversos para a DPF/UDI/MG.
O policial 4 é PPF e estava lotado no NID/DPFURA/MG e na UIP/DPF/URA/MG.
O policial 21 é APF e era lotado na UIP/DPF/URA/MG, tendo sido removido no
final de 2012 para outra unidade. O policial 10 é DPF e responsável pela
VC/DPF/URA/MG e está lotado no GAB/DPF/URA/MG. O gráfico demonstra
ainda que os solicitantes 48, 47, 31, 28, 12 e 9 foram os que viajaram menos no
ano de 2012. O policial 48 é DPF e chefe substituto da unidade. O policial 47 é
58
APF e estava lotado na UIP/DPF/URA/MG tendo sido removido no início de 2012
para outra unidade policial. O policial 31 é DPF e está lotado no
GAB/DFP/URA/MG. O policial 28 é DPF, lotado na DPF/URA/MG e está à
disposição da Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos do Ministério da
Justiça em Brasília/DF. O policial 12 é DPF é estava como chefe da
DPF/URA/MG. E finalmente, o solicitante 9 é designado pela nomenclatura de
“Atividade Sigilosa” e desta forma podem ser vários policiais em momentos
diferentes.
GRÁFICO 06 – Densidade Relativa de viagens Ano 2012
O gráfico acima representa o resultado médio de viagens dos anos de 2008 a
2012 por densidade relativa e demonstra que os solicitantes 41, 38, 9, 7 e 4 foram
os que mais viajaram ao longo dos cinco anos analisados. Os policiais 41, 38, e 7
59
eram lotados na CV/DPF/URA/MG sendo que o policial 38 foi removido no final de
2012 para outra unidade policial. O policial 4 estava lotado no CV/DPF/URA/MG,
NID/DPF/URA/MG e UIP/DPF/URA/MG.
O gráfico demonstra ainda que os policiais 43, 37, e 17 foram os que viajaram
menos nos anos de 2008 a 2012. Serão desconsiderados estes policiais já que
ambos aposentaram ao longo dos anos sob análise. Também desconsideradas as
exceções descritas nos gráficos anteriores que dizem respeito a parentes de
policiais removidos que tiveram as passagens aéreas custeadas pela PF devido à
legislação de remoção vigente. Assim, serão considerados para fins desta
pesquisa, os policiais 44, 42, 22 e 6. Destes os, policiais 44 é EPF e se aposentou
em 2009; 42 é o policial responsável pelo NUMIG/DPF/URA/MG e teve o gozo de
uma licença maternidade;v22 é APF lotado na UIP/DPF/URA/MG e tomou posse
em 2009 no DPF e 6 é APF e foi removido em 2008 regressando à unidade em
2012. Este estava lotado, em ambas as situações, no NO/DPF/URA/MG.
Assim, considerando as descrições observadas pelos gráficos de 01 a 06
podemos afirmar as seguintes questões:
1. Que 70,42% (30 dos 49) dos solicitantes encontrados nos relatórios
ficaram abaixo da taxa de 2% de densidade relativa das solicitações de
viagem completa da DPF/URA/MG;
2. Que 22,44% (11 dos 49) dos solicitantes encontrados nos relatórios
ficaram entre a taxa de 2% a 4% de densidade relativa das solicitações de
viagem completa da DPF/URA/MG;
3. Que 6,12% (3 dos 49) dos solicitantes encontrados nos relatórios ficaram
entre a taxa de 4% a 6% de densidade relativa das solicitações de viagem
completa da DPF/URA/MG;
4. Que 6,12% (3 dos 49) dos solicitantes encontrados nos relatórios ficaram
entre a taxa de 6% a 8% de densidade relativa das solicitações de viagem
completa da DPF/URA/MG. Entretanto, estes 03 solicitantes ao longo dos
cinco anos analisados reponderam por mais de 20% de densidade relativa
60
das solicitações de viagem completa da DPF/URA/MG. Deve-se pontuar,
neste momento, que o solicitante 9 é designado pela nomenclatura de
“Atividade Sigilosa” e desta forma podem ser quaisquer policiais em
situações diferentes. Desconsiderando-se o solicitante 9 neste contexto, os
2 (dois) outos solicitantes sozinhos responderam por mais 14% das
solicitações encontradas.
5. Que 4,08% (2 dos 49) dos solicitantes encontrados nos relatórios ficaram
entre a taxa de 6% a 8% de densidade relativa das solicitações de viagem
completa da DPF/URA/MG. Entretanto, estes 02 solicitantes que mais
viajaram ao longo dos cinco anos analisados reponderam por mais de 16%
de densidade relativa das solicitações de viagem completa da
DPF/URA/MG.
6. Que o setor que mais demandou solicitações de viagem completa na
DPF/URA/MG, em quantidade de solicitações, considerando as lotações
dos servidores que mais viajaram foi a Comissão de Vistoria da delegacia
(CV/DPF/URA/MG). Cabe ressaltar que esta comissão possui no caso da
DPF/URA/MG a responsabilidade de fiscalização de bancos, produtos
químicos e registro de armas.
7. Que o setor que mais demandou em 2° lugar solicitações de viagem
completa na DPF/URA/MG, em quantidade de solicitações, considerando
as lotações dos servidores que mais viajaram foi o Núcleo de Operações
da delegacia (NO/DPF/URA/MG). Cabe ressaltar que este setor tem a
responsabilidade de responder a todas as ações operacionais e rotineiras
da unidade:
8. Que a distribuição de solicitações de viagem conforme os relatórios
gerados pelo sistema demonstrou uma desproporção muito acentuada
entre os que mais tiveram solicitações inseridas no SCPD e os que menos
tiveram solicitações;
9. Que considerando os itens 8 e 9 pode-se afirmar que os setores
NO/DPF/URA/MG e CV/DPF/URA/MG foram os mais demandados em
61
quantidade de solicitações de viagem durante os anos de 2008 a 2012 com
base em seus servidores;
10. Com base nos dados apresentados, o gestor policial pode ter mais um
parâmetro para designar o perfil dos servidores que poderão trabalhar nos
setores elencados no item 9;
11. Ainda, com base nos dados apresentados, o gestor policial poderá avaliar
se a quantidade de servidores lotados nos setores elencados no item 9 é
suficiente para o atendimento das demandas registradas e, neste cenário
planejar um possível recrutamento de pessoal;
12. Também, com base nos dados apresentados, o gestor policial poderá
avaliar se as condições operacionais de equipamentos e viaturas estão de
acordo com a demanda apresentada;
13. E, o gestor policial poderá melhorar a proporção de solicitações de viagens
por servidor de forma a aperfeiçoar a distribuição de viagens e assim
aumentar a eficiência dos servidores de toda a delegacia;
14. Finalmente, o gestor poderá apontar os servidores que mais viajaram em
termos de solicitações do SCDP e até criar um indicador de produtividade
em relação a este assunto bem como identificar os servidores que menos
viajaram ou que não viajaram no período pesquisado;
62
4.2.2 Densidade de Estado-destino das viagens da DPF/URA/MG
Estes dados referem-se aos estados brasileiros que mais constaram como
destino nas solicitações registradas nos relatórios pesquisados. O parâmetro
utilizado foi estipular o ponto de partida a cidade de Uberaba/MG onde fica a sede
da DPF/URA/MG.
GRÁFICO 07 – Densidade Relativa de viagens Estados-destino 2008
No gráfico apresentado acima observa-se:
1. Que no ano de 2008 mais de 80% de densidade relativa de destinos das
PCDP cadastradas pela DPF/URA/MG tiveram como destino da viagem o
estado de Minas Gerais.
63
2. Em segundo lugar está o Distrito Federal e empatados em terceiro lugar os
estados de Goiás e São Paulo. Ao todo foram catalogados 12 estados de
atuação. O item relacionado pela nomenclatura “outro” refere-se a viagens
ao estrangeiro.
GRÁFICO 08 – Densidade Relativa de viagens Estados-destino 2009
No gráfico mostrado acima observa-se:
1. Que no ano de 2008 mais de 80% de densidade relativa de destinos das
PCDP cadastradas pela DPF/URA/MG tiveram como destino da viagem o
estado de Minas Gerais.
2. Em segundo lugar está o Distrito Federal, em terceiro lugar o estado de
São Paulo e em quarto lugar o estado de Goiás. Ao todo foram
catalogados 12 estados de atuação. O item relacionado pela nomenclatura
“outro” refere-se a viagens ao estrangeiro.
64
GRÁFICO 09 – Densidade Relativa de viagens Estados-destino 2010
No gráfico acima observa-se:
1. Que no ano de 2008 mais de 80% de densidade relativa de destinos das
PCDP cadastradas pela DPF/URA/MG tiveram como destino da viagem o
estado de Minas Gerais.
2. Em segundo lugar está o Distrito Federal, em terceiro lugar o estado de
São Paulo, em quarto lugar o estado do Rio Grande do Sul, em quinto
lugar o estado de Goiás empatado com o estado do Mato Grosso.
3. Ao todo foram catalogados 12 estados de atuação. O item relacionado pela
nomenclatura “outro” refere-se a viagens ao estrangeiro.
65
GRÁFICO 10 – Densidade Relativa de viagens Estados-destino 2011
No gráfico que se vê acima foi observado:
1. Que no ano de 2008 mais de 80% de densidade relativa de destinos das
PCDP cadastradas pela DPF/URA/MG tiveram como destino da viagem o
estado de Minas Gerais.
2. Em segundo lugar está o Distrito Federal, em terceiro empatados, os
estados de São Paulo, Rondônia, Mato Grosso, e Amazonas. Ao todo
foram catalogados 12 estados de atuação. O item relacionado pela
nomenclatura “outro” refere-se a viagens ao estrangeiro.
66
GRÁFICO 11– Densidade Relativa de viagens Estados-destino 2012
No gráfico acima pode-se observar:
1. Que no ano de 2012, 80% de densidade relativa de destinos das PCDP
cadastradas pela DPF/URA/MG tiveram como destino da viagem o estado
de Minas Gerais.
2. Em segundo lugar está o Distrito Federal, em terceiro o Estado de São
Paulo, em quarto lugar o estado do Rio de Janeiro e em quinto o item
outro. Ao todo foram catalogados 12 estados de atuação. O item
relacionado pela nomenclatura “outro” refere-se a viagens ao estrangeiro.
3. Cabe salientar que o ano de 2012 foi o que teve maior percentual de
estados de atuação em relação aos demais anos analisados.
67
GRÁFICO 12 – Densidade Relativa de viagens Estados-destino 2008 a 2012
No gráfico postado acima observa-se:
1. A confirmação da tendência identificada em todos os anos pesquisados em
que mais 80% de densidade relativa de destinos das PCDP cadastradas
pela DPF/URA/MG tiveram como destino da viagem o estado de Minas
Gerais.
2. Em segundo lugar o Distrito Federal, em terceiro lugar o Estado de São
Paulo, em quarto lugar o estado de Goiás. Ao todo foram catalogados 12
estados de atuação. O item relacionado pela nomenclatura “outro” refere-
se a viagens ao estrangeiro.
Diante dos dados apresentados pode-se afirmar:
68
a) Que mais de 80% das viagens pesquisadas nos relatórios analisados
referem-se ao destino sendo o estado de Minas Gerais. Isto se deve
principalmente à sede da Polícia Federal no estado de Minas Gerais estar
localizada na cidade de Belo Horizonte/MG e a circunscrição da
DPF/URA/MG ser composta por 28 municípios do estado mineiro;
b) Que o segundo lugar em destinos é o Distrito Federal. Isto se deve
principalmente à sede da Polícia Federal ser em Brasília/DF, bem como
outras unidades policiais da instituição, além da Academia Nacional de
Polícia. Na ANP/DPF realizam-se grande parte dos cursos oferecidos às
demais unidades da PF distribuídas por todo o país;
c) Que existe uma atuação constante da DPF/URA/MG nos Estados de Goiás
e ainda no estado de São Paulo, cabendo ressaltar que este último faz
fronteira com o estado de Minas Gerais na área do triângulo mineiro;
d) Que existe para o gestor da unidade policial uma necessidade de
planejamento referente aos entes federados DF. SP e GO como destinos
prováveis para missões policiais e de capacitação ao longo do ano;
69
4.2.3 Densidade de Cidades-destino das viagens tendo como origem
Uberaba/MG de 2008 a 2012.
GRÁFICO 13 – Densidade Relativa de viagens Cidades-destino 2008 a 2012
70
O gráfico de densidade de cidades-destino das viagens tendo como origem
Uberaba/MG de 2008 a 2012 delimita o rol de cidades que foram destino por
solicitações cadastradas na DPF/URA/MG ao longo dos anos de 2008 a 2012.
Foram registradas 53 cidades nos estados do MG, MT, RO, PR, RS, SP, AM, GO,
RJ, TO, SC e no DF. De acordo com os resultados que delinearam o gráfico
pode-se informar que:
1. duas cidades se destacaram no rol destinos: A cidade de Uberlândia/MG
com aproximadamente 17,5% da densidade relativa e a cidade de Belo
Horizonte/MG com 16,9% da densidade relativa. Ao todo essas duas
cidades correspondem a 34,4% da densidade relativa total;
2. duas cidades ficaram empadas em terceiro lugar. São elas Frutal/MG e
Iturama/MG com 7,2% cada uma da densidade relativa;
3. a cidade de Araxá/MG ficou em quinto lugar com 6,7% da densidade
relativa;
4. as cidades Sacramento/MG, Brasília/DF, Montes Claros/MG, Delta/MG,
Varginha/MG e São Paulo/SP ficaram com percentuais alocados entra 5%
e 2,5%;
5. as demais cidades ficaram entre 2,5% e 0% de densidade relativa;
6. dentre as 53 cidades, 21 correspondem a cidades que integram a
circunscrição da unidade de 28 municípios. Desta forma ao longo de cinco
anos, as viagens solicitadas com destino a cidades da circunscrição da
DPF/URA/MG atingiram o índice de 39,6% do total da densidade relativa;
Assim, com base nos dados acima pode-se discutir algumas questões:
a) Que existe um volume significativo de viagens para as cidades de
Uberlândia/MG e Belo Horizonte/MG. Isso ocorre por diversos motivos. No
caso de Uberlândia/MG, esta DPF/UDI/MG faz divisa de circunscrição com
a DPF/URA/MG e as duas cidades são municípios fronteiriços. Ademais,
encontra-se instalado nessa unidade policial o serviço de perícia policial
federal (UTEC/DPF/UDI/MG) que atende as duas unidades. No caso de
71
Belo Horizonte/MG, por se tratar da sede da Superintendência Regional da
Polícia Federal em Minas Gerais. Desta forma, é constante e regular
ocorrerem viagens em missão policial, administração e logística como para
retirada de materiais (consumo, permanente, veículos, armamentos etc).
b) Que dentro da circunscrição da DPF/URA/MG existem três cidades de
relevo estratégico que são Frutal/MG, Iturama/MG e Araxá/MG que nos
últimos cinco anos (2008 a 2012) tiveram uma demanda significativa para a
unidade policial;
c) Que solicitações para as cidades de Sacramento/MG, Brasília/DF, Montes
Claros/MG, Delta/MG, Varginha/MG e São Paulo/SP que ficaram com
percentuais alocados entra 5% e 2,5% devem ser observadas com cuidado
pelo gestor. No caso de Sacramento/MG, é caminho para Araxá/MG pela
BR-262 e está na circunscrição. No caso de Delta/MG está na fronteira
com o estado de São Paulo a 30 km de distância na BR-050. Já
Brasília/DF, por se tratar da capital federal e ter a sede do DPF, outras
unidades policiais federais e a ANP, é natural o deslocamento para cursos
e tratativas administrativas. Sobre Montes Claros/MG e Varginha/MG,
estas cidades possuem delegacias de Polícia Federal e demandam
solicitações de viagem da DPF/URA/MG. No caso de São Paulo/SP
algumas hipóteses podem ser levantadas, como o envio de policiais para
missões permanente na repressão ao tráfico de drogas. Para outras,
entretanto, seria necessário o acesso aos fins das missões para interpretar
as informações pertinentes.
d) Que é possível com base nos dados observados, ao gestor policial federal
tanto da unidade policial quanto da superintendência planejar a execução
de gastos financeiros, firmar parcerias públicas, e especificar padrões de
logística (postos de combustíveis, hotéis, bases , autoridades locais etc.)
principalmente nas cidades atinentes à circunscrição da DPF/URA/MG.
72
4.2.4 Densidade de duração de dias das viagens da DPF/URA/MG de 2008 a
2012.
Os gráficos abaixo mostrados informam a duração em dias de cada viagem de
acordo como dados analisados.
GRÁFICO 14 – Densidade Relativa de viagens em Duração de dias em 2008
De acordo com o gráfico acima 70% das viagens solicitadas em 2008 foram de 01
dia de duração. Em seguida vieram as viagens de 03 dias de duração que
corresponderam a 10% do total. As viagens de 02 dias totalizaram
aproximadamente 8% e as viagens de 05 dias aproximadamente 5%.
73
GRÁFICO 15 – Densidade Relativa de viagens em Duração de dias em 2009
De acordo com o gráfico acima 35% das viagens solicitadas em 2009 foram de 01
dia de duração. Em seguida vieram as viagens de 02 dias de duração que
corresponderam a 25% do total. As viagens de 03 dias totalizaram
aproximadamente 20% e as viagens de 05 dias aproximadamente 5%. As viagens
de 04 dias totalizaram aproximadamente 8%. Do período de 2008 para 2009 as
viagens de um dia de duração perderam 35% de densidade. As viagens de 2 dias
aumentaram em 15 % sua densidade. E as viagens de 03 dias aumentaram 10%
sua densidade.
74
GRÁFICO 16 – Densidade Relativa de viagens em Duração de dias em 2010
De acordo com o gráfico acima 40% das viagens solicitadas em 2010 foram de 01
dia de duração. Em seguida vieram as viagens de 02 dias de duração que
corresponderam a mais 15% do total. As viagens de 03 dias totalizaram
aproximadamente 10% e as viagens de 05 dias aproximadamente mais 15%. O
que chamou a atenção neste gráfico foi que as viagens de 05 dias aumentaram
em quase 10% a sua densidade em relação ao ano de 2009.
75
GRÁFICO 17 – Densidade Relativa de viagens em Duração de dias em 2011
De acordo com o gráfico acima 35% das viagens solicitadas em 2011 foram de 01
dia de duração. Em seguida vieram as viagens de 02 dias de duração que
corresponderam a mais 25% do total. As viagens de 03 dias totalizaram
aproximadamente mais de 15% e as viagens de 04 dias aproximadamente mais
8%. O que chamou a atenção neste gráfico foi que as viagens com mais de 10
dias até 90 dias tiveram um aumento de registros.
76
GRÁFICO 18 – Densidade Relativa de viagens em Duração de dias em 2012
De acordo com o gráfico acima 35% das viagens solicitadas em 2011 foram de 01
dia de duração. Em seguida vieram as viagens de 02 dias de duração que
corresponderam a mais 25% do total. As viagens de 03 dias totalizaram
aproximadamente mais de 15% e as viagens de 04 dias aproximadamente mais
8%. O que chamou a atenção neste gráfico foi que as viagens com mais de 10
dias até 90 dias tiveram um aumento de registros.
77
GRÁFICO 19 – Densidade Relativa de viagens em Duração de dias 2008 a 2012
O gráfico acima demonstra que durante os últimos cinco anos (2008 a 2012):
1. mais de 35% das viagens foram de apenas 01 dia;
2. mais de 20% das viagens foram de 02 dias;
3. 15% das viagens foram de 03 dias;
4. quase 10% das viagens foram de 05 dias
5. as viagens da DPF/URA/MG tiveram a variação de 1 a 90 dias nos últimos
cinco anos. Deve-se salientar, nesta oportunidade, que algumas viagens
podem durar até mais. Entretanto, estão elencadas em exceções a serem
compostas por mais de uma exceção.
78
Após os comentários anteriores pode-se afirmar:
a) Que o foco das viagens das solicitações da DPF/URA/MG de 2008 a 2012
foram viagens de 01, 02, 03 e 05 dias que responderam juntas por 80% de
toda a densidade relativa de viagens. Com base nesses dados o gestor
policial poderá preparar estratégias de gestão de pessoal que possam
minimizar os impactos na unidade devido ao deslocamento de solicitantes;
b) Que se observa que viagens de 02, 03 e 05 dias (45%) são um foco
expressivo na dinâmica operacional já que o solicitante normalmente usa o
primeiro e o último dia da missão para seu deslocamento;
c) Que o gestor policial poderá com base nos dados proporcionar uma melhor
distribuição de viagens em relação a quantidade de viagens e aos
solicitantes cadastrados;
d) E ainda que o gestor policial federal poderá avaliar com maior clareza os
parâmetros técnicos para a realização da missão;
79
4.2.5 Densidade de mês das viagens da DPF/URA/MG de 2008 a 2012
GRÁFICO 20 – Densidade Relativa de viagens no Mês em 2008
De acordo com o gráfico acima pode-se avaliar:
1. Que no ano de 2008, mais de 40% das viagens foram realizadas no mês
11 (novembro);
2. Que ocorreu uma breve elevação de viagens na margem de mais de 10 %
no mês 6 (junho);
3. Que ocorreu uma concentração de viagens nos meses 10,11 e 12 (outubro,
novembro e dezembro) com o percentual total de aproximadamente mais
de 60% de viagem nesses 03 meses. Este percentual pode estar
relacionado a questões relacionadas ao processo eleitoral municipal que
ocorreu de outubro a novembro no ano em questão;
80
GRÁFICO 21 – Densidade Relativa de viagens no Mês em 2009
De acordo com o gráfico acima pode-se avaliar:
1. Que no ano de 2009, mais de 15% das viagens foram realizadas no mês 8
(agosto);
2. Que no ano de 2009, em duas ocasiões as viagens passaram de 10% e
esta situação ocorreu nos meses 6 e 9 (junho e setembro);
3. Que a não ser pelos dados trazidos nos itens 1 e 2, as viagens no ano de
2009 foram distribuídas ao longo do ano com percentuais por mês entre 5
e 10 %;
81
GRÁFICO 22 – Densidade Relativa de viagens no Mês em 2010
De acordo com o gráfico acima pode-se avaliar:
1. Que no ano de 2010, a média percentual de viagens ficou em
aproximadamente 10% ao longo de todo o ano analisado, exceto para os
meses 1 e 12 em que o volume de férias regulamentares é elevado;
2. Que no ano de 2010, mesmo tendo ocorrido processo eleitoral estadual e
federal não houve um desvio de concentração de viagens nos meses 10 e
11 (outubro e novembro);
3. Que ocorreu uma breve elevação de viagens nos meses 7 e 8 (julho e
agosto) acima dos 10%;
82
GRÁFICO 23 – Densidade Relativa de viagens no Mês em 2011
De acordo com o gráfico acima pode-se avaliar:
1. Que no ano de 2011, o mês 6 foi o que teve maior percentual de viagens
com aproximadamente mais de 17% de densidade relativa;
2. Que ocorreram elevações de densidade relativa acima de 10% nos meses
2, 4 6 e 9 (fevereiro, abril, junho e setembro) tendo o volume de viagens
seguido um contexto em onda de altos e baixos;
3. Que diferentemente dos anos anteriores, os meses 1 e 12 tiveram
elevação percentual acima dos 7%;
83
GRÁFICO 24 – Densidade Relativa de viagens no Mês em 2012
De acordo com o gráfico acima pode-se avaliar:
1. Que no ano de 2012, os meses 6 (15%) e 10 (15%) foram responsáveis
por aproximadamente mais de 30% de densidade relativa de viagens;
2. Que o mês 7 foi responsável por aproximadamente 14% da densidade
realtiva;
3. Que a provável explicação para o mês 10 seria a correspondência com o
ano eleitoral municipal;
84
GRÁFICO 25 – Densidade Relativa de viagens no Mês de 2008 a 2012
Após as análises por ano nos gráficos anteriores pode-se conforme o gráfico
acima analisar o cenário de viagens por mês da DPF/URA/MG nos últimos 05
anos e afirmar:
1. Que o mês 6 (junho) teve ao longo dos cinco anos (2008 a 2012) o maior
percentual de densidade relativa de viagens com mais de 12%;
2. Que o mês 8 (agosto) teve o segundo lugar ao longo dos cinco anos (2008
a 2012) o maior percentual de densidade relativa de viagens com
aproximadamente 11%;
3. Que o segundo semestre em termos percentuais teve um volume de
viagens mais acentuado que o primeiro semestre;
85
4. Que os meses 1 e 12 (janeiro e dezembro) tiveram os menores percentuais
de densidade relativa;
Observando os resultados do gráfico pode-se afirmar:
a) Que existe uma tendência que o maior volume de viagens sejam
realizadas no segundo semestre e que este ciclo inicia-se ainda no final
do primeiro semestre no mês de junho;
b) Que existiu uma distribuição uniforme de viagens ao longo do ano já
que apenas o mês 6 ficou acima dos 10% de densidade relativa;
c) Que o gestor policial federal pode com os dados objetivos planejar com
maior eficiência o período de férias dos solicitantes de forma a atender
aos critérios do serviço;
d) Que os gastos com PCDP se avolumam no segundo semestre trazendo
uma necessidade de acompanhamento mais criterioso ao longo do
primeiro semestre;
86
4.2.6 Densidade de dia das viagens da DPF/URA/MG de 2008 a 2012.
GRÁFICO 26 – Densidade Relativa de viagens em relação ao Dia de 2008
Considerando o gráfico acima, é possível visualizar:
1. Que o dia 24 foi o dia que teve maior densidade relativa de viagens ao
longo de todo o ano de 2008 com mais de 12% de incidência;
2. Que o dia 4 foi o segundo lugar em incidência com o percentual de 8% de
taxa relativa;
3. Que a não ser os dias 24, 17, 13 e 4 todos os outros dias tiveram suas
densidades abaixo de 6% da densidade relativa;
87
GRÁFICO 27 – Densidade Relativa de viagens em relação ao Dia de 2009
Considerando o gráfico acima, é possível visualizar:
1. Que o dia 17 foi o dia que teve maior densidade relativa de viagens ao
longo de todo o ano de 2009 com mais de 14% de incidência;
2. Que o dia 12 foi o segundo lugar em incidência com o percentual de
aproximadamente 9% de taxa relativa;
3. Que a não ser os dias 17, 12 e 9 todos os outros dias tiveram suas
densidades abaixo de 6% da densidade relativa;
88
GRÁFICO 28 – Densidade Relativa de viagens em relação ao Dia de 2010
Considerando o gráfico acima, é possível visualizar:
1. Que o dia 29 foi o dia que teve maior densidade relativa de viagens ao
longo de todo o ano de 2010 com mais de 8% de incidência;
2. Que o dia 26 foi o segundo lugar em incidência com o percentual de
aproximadamente 7% de taxa relativa;
3. Que a não ser os dias 29 e 26 todos os outros dias tiveram suas
densidades abaixo de 6% da densidade relativa;
89
GRÁFICO 29 – Densidade Relativa de viagens em relação ao Dia de 2011
Considerando o gráfico acima, é possível visualizar:
1. Que o dia 8 foi o dia que teve maior densidade relativa de viagens ao longo
de todo o ano de 2011 com mais de 8% de incidência;
2. Que os dias 31 e 4 ficaram empatados no segundo lugar em incidência
com o percentual de aproximadamente 7% um de taxa relativa;
3. Que a não ser os dias 31, 29, 14, 9, 8, 4, 3 todos os outros dias tiveram
suas densidades abaixo de 6% da densidade relativa;
90
GRÁFICO 30 – Densidade Relativa de viagens em relação ao Dia de 2012
Considerando o gráfico acima, é possível visualizar:
1. Que o dia 3 foi o dia que teve maior densidade relativa de viagens ao longo
de todo o ano de 2012 com mais de 15% de incidência;
2. Que o dia 15 ficou no segundo lugar em incidência com o percentual de
aproximadamente 8% de taxa relativa;
3. Que a não ser os dias 19, 15, 5 e 3 todos os outros dias tiveram suas
densidades abaixo de 6% da densidade relativa;
91
GRÁFICO 31 – Densidade Relativa de viagens em relação ao Dia de 2008 a
2012
Considerando o gráfico acima, é possível visualizar:
1. Que o dia 17 foi o dia que teve maior densidade relativa de viagens ao
longo de todos os cinco anos analisados (2008 a 2012), com mais de 7%
de incidência;
2. Que o dia 26 ficou no segundo lugar em incidência com o percentual de
aproximadamente 5,5% de taxa relativa;
3. Que a não ser os dias 17 e 26, todos os outros dias tiveram suas
densidades abaixo de 5% da densidade relativa;
Considerando os dados obtidos pode-se avaliar:
92
a) Que o volume de viagens ficou concentrado no percentual de 5% de
densidade relativa. A partir deste ponto de vista o gestor policial federal
poderá avaliar e criar um parâmetro para que a distribuição de viagens nos
dias do mês seja realizada com maior eficiência;
b) Soma-se a isso que, o gestor poderá planejar as ações policiais evitando
os dias sobre os quais haja maior volume de viagens;
93
4.2.7 Densidade de condição de servidor em janeiro de 2013 das viagens da
DPF/URA/MG
Com relação a este estudo, os dados não se encontram nos relatórios analisados.
Ele só foi possível com a correlação entre o solicitante e o quadro de lotação da
DPF/URA/MG. Neste caso os gráficos servirão de ilustração para o entendimento
de alguns questionamentos apresentados na conclusão.
GRÁFICO 32 – Densidade Relativa de viagens pela condição do servidor de
2008
No gráfico acima é possível identificar que nas viagens no ano de 2008 mais de
50% dos solicitantes de acordo com a densidade relativa foram servidores que já
haviam sido removidos da DPF/URA/MG em janeiro de 2013. E que o número de
solicitantes ativos foi de mais de 35%.
94
GRÁFICO 33 – Densidade Relativa de viagens pela condição do servidor de
2009
No gráfico acima é possível identificar que nas viagens no ano de 2009 mais de
50% dos solicitantes de acordo com a densidade relativa foram servidores que
estavam ativos na DPF/URA/MG em janeiro de 2013. Ocorreu nesta análise uma
inversão em relação ao ano de 2008, pois percentual de servidores removidos da
DPF/URA/MG foi de 30%.
95
GRÁFICO 34 – Densidade Relativa de viagens pela condição do servidor de
2010
No gráfico acima é possível identificar que nas viagens no ano de 2010 mais de
50% dos solicitantes de acordo com a densidade relativa, foram servidores que
continuavam ativos na DPF/URA/MG em janeiro de 2013. Pode-se observar ainda
que ocorreu uma semelhança de valores em 20% de densidade relativa entre
solicitantes removidos e indefinidos (Atividade Sigilosa).
96
GRÁFICO 35 – Densidade Relativa de viagens pela condição do servidor de
2011
No gráfico acima é possível identificar que nas viagens no ano de 2011mais de
70% dos solicitantes, de acordo com a densidade relativa, foram servidores que
estavam ativos na DPF/URA/MG em janeiro de 2013. E o número de solicitantes
removidos chegou a 30%.
97
GRÁFICO 36 – Densidade Relativa de viagens pela condição do servidor de
2012
No gráfico acima é possível identificar que nas viagens no ano de 2012 mais de
80% dos solicitantes de acordo com a densidade relativa foram servidores que
continuavam ativos na DPF/URA/MG em janeiro de 2013. E o número de
solicitantes removidos chegou a mais de 15%.
98
GRÁFICO 37 – Densidade Relativa de viagens pela condição do servidor de
2008 a 2012
No gráfico acima é possível identificar que durante o período de 2008 a 2012 mais
de 60% dos solicitantes de acordo com a densidade relativa foram servidores que
permaneciam ativos na DPF/URA/MG em janeiro de 2013. E o número de
solicitantes removidos chegou a quase 30%. Tem-se também, que as viagens
pertinentes aos aposentados foram 5% de todo o percentual.
Assim, podemos avaliar que ao longo de 05 anos, no período de 2008 a 2012
ocorreu um ciclo de aposentadoria de solicitantes na DPF/URA/MG e de
remoções que interferiu diretamente no aumento do volume de viagens para os
servidores que permaneceram ativos ao longo do mesmo período.
99
4.2.8 Densidade por cargo das viagens da DPF/URA/MG
Com relação a este estudo os dados não se encontram nos relatórios analisados.
Ele só foi possível com a correlação entre o solicitante e o quadro de lotação da
DPF/URA/MG. Neste caso os gráficos servirão de ilustração para o entendimento
de alguns questionamentos apontados na conclusão.
GRÁFICOS 38 e 39 – Densidade Relativa de viagens por cargo em 2008 e 2009
GRÁFICOS 40 e 41 – Densidade Relativa de viagens por cargo em 2010 e 2011
100
GRÁFICOS 42 e 43 – Densidade Relativa de viagens por cargo em 2012 e 2008
a 2012
Com relação aos gráficos anteriores e ao acima exposto pode-se afirmar que:
1. O cargo de APF foi o que mais viajou ao longo do período analisado;
2. O cargo de DPF ficou em segundo lugar e o cargo de EPF em terceiro
lugar;
3. Empatados em quarto lugar o cargo de PPF e o cargo indefinido
(Atividades Sigilosas);
4. No caso dos resultados apresentados não foram encontradas surpresas
devido às atribuições dos cargos. Ficou claro que mais de 60% das
viagens realizadas foram solicitadas para o cargo de APF que também são
o maior número de solicitantes lotados na DPF na proporção de mais de
50% do efetivo.
101
5 CONCLUSÃO
A proposta desta dissertação foi realizar pesquisa de dados no SCDP referente
aos anos de 2008 a 2012, a fim de se obter informações sobre as viagens
completas cumpridas por servidores policiais na Delegacia de Polícia Federal em
Uberaba/MG.
A proposta desta pesquisa está fundamentada na descrição da ferramenta de
pesquisa, do relatório gerado por ela, dos dados que compõem o relatório e das
informações gerenciais que estão disponíveis para a tomada de decisão. A
finalidade é buscar esclarecimentos sobre as informações que são geradas pelos
relatórios gerenciais, em específico o relatório de viagem completa, que possam
dar condições de tomada de gestão e melhoria da execução das ações policiais
pelos gestores das unidades policiais.
Para isso foi feita a abordagem sobre gestão de processos e da tecnologia da
informação (LAURINDO; ROTONDARO, 2011; BATALHA, 2001; e GOLEMAN ET
AL. ,2009; DEMING,1982;) e conceituou-se o tema juntamente com outros termos
importantes como processo (DAVENPORT,1994; MATTAR, 2007; GOLEMAN ET
AL. 2009; TANENBAUM, 2003). Pesquisou-se sobre o tema de tecnologia da
informação (VELLOSO,2004; DAVENPORT; PRUSAK, 1998; JAMIL ,2001;
GOLEMAN ET AL. 2009; e LAURINDO; ROTONDARO, 2011)
Na sequência, fez-se um levantamento sobre sistema de informação
(O’BRIEN,2004; DAVIS,1994; JAMIL,2001; LAUDON E LAUDON,1999) alinhando
a importância da informação nos processos decisórios (O’BRIEN,2004;
PORTER,1992; LAUDON E LAUDON, 2010), a cultura da informação
(MARCHAND,1997; MEIRELES, 2001) e a infomação estratégica (Porter ,1995;
Prado, 1999). Nesta fase também se procurou esclarecer sobre vantagem
competitiva (ZACCARELLI,1996;)
Finalmente, no referencial teórico apresentou-se o fenômeno do uso de softwares
em empresa pública (BATALHA, 2001; NORTON, 1996; PRADO,1999; FARMER
102
E VENEMA, 2007; DEITEL; DEITEL; CHOFFNES, 2005; STALLINGS, 2002;
PRESSMAN, 1995; OLIVEIRA; TOSCANI; CARISSIMI, 2004;) apresentando
conceito de administrador de valor (COPELAND, KOLLER E MURRIN,2002;) e da
importância do software para o gerenciamento de recursos (REVISTA EXAME,
2012;). Para dar suporte ao aspecto da logística da informação considerando a
melhoria da eficiência da administração conceituou-se a logística (FLEURY,2000;
CHRISTOPHER,1997; BALLOU, 2001; BALLOU,1993; NOVAES,2001) e as suas
principais missões (CHING,1999) e a forma de emprego (CHING,1999;
LAMBERT, STOCK E VANTINE ,1998)
A investigação em relação a realidade da concessão de diárias e de passagens
efetuada pela Delegacia de Polícia Federal nos anos de 2008 a 2012 foi
propositiva de forma de montar um padrão sobre os gastos dos referidos
recursos.
O referido objetivo foi entender se a ferramenta de relatório de viagem completa
do SCDP e as informações dele extraídas, possibilitam recursos informacionais
suficientes para que o gestor policial federal possa tomar decisões eficientes em
relação à utilização dos recursos financeiros e de pessoal disponíveis na
Delegacia de Polícia Federal de Uberaba/MG.
A pesquisa foi descritiva e qualitativa e identificou correlações nas viagens entre
servidores, destinos por estado e cidades, duração em dias, mês das viagens, dia
da viagem e ainda foram possíveis análises pertinentes à condição do servidor e
ao seu cargo.
A análise estatística foi dificultada devido aos relatórios estarem imcompletos de
acordo com a realidade do sistema e em formato texto.
Ademais, não se teve a pretensão de esgotar os questionamentos sobre o tema,
que foi conduzido com apenas os relatórios de viagem completa do período de
2008 a 2012 de solicitantes da Delegacia de Polícia Federal em Uberaba/MG. Os
resultados obtidos são pouco generalizáveis.
103
Também, foi possivel propor que o gestor policial poderá após implementação de
serviço de análise anual, utilizar o SCDP enquanto ferramenta de gestão
estratégica para a melhoria no processo de tomada de decisão nas áreas de
gestão de pessoal, logística, execução de recursos financeiros e planejamento de
operações policiais.
Finalmente, observou-se que a ferramenta de relatórios do SCDP, em especial de
viagem completa, pode ser um instrumento viável para criação de cenários e
ainda que o Sistema de Concessão de Diárias e Passagens – SCDP do Ministério
do Planejamento, Orçamento e Gestão possibilita uma visão geral do empenho de
recursos financeiros bem como cria condições de acesso à informação de forma a
dar condições com maior eficiência à gestão das operações policiais.
E, vislumbra-se vasto campo de investigação sobre os dados pertinentes ao
Sistema de Concessão de Diárias e Passagens, utilizado pelo Departamento de
Polícia Federal, enquanto sistema de informações gerenciais e ferramenta de
tomada de decisão
5.1 Tendência e recomendação para fins práticos
Após a coleta de dados para o presente estudo e posteriormente às análises
realizadas pelo pesquisador concluiu-se que a utilização do SCDP tem a
tendência de ser utilizado pelos gestores policiais com um olhar no processo de
tomada de decisão, tornando este sistema gerencial uma ferramenta estratégica.
104
6 LIMITAÇÕES E SUGESTÕES PARA OUTROS ESTUDOS
Embora este estudo tenha se desenvolvido e sido realizado de forma a atingir os
objetivos inicialmente propostos, algumas considerações e recomendações
devem ser feitas sobre as limitações a que ele está sujeito.
Sugere-se também que a pesquisa seja repetida em outras unidades da Polícia
Federal em Minas Gerais e em outras superintendências de outros estados da
federação, objetivando um quadro comparativo mais abrangente.
Acredita-se ser pertinente ainda realizar estudos centrados na melhoria dos
relatórios gerenciais e no monitoramento integral dos relatórios gerados pelo
sistema desenvolvendo-se uma estrutura de análise gerencial que promovesse a
melhoria na tomada de decisão pelo gestor policial.
Também, suger-se analisar se é cabível a revisão sobre a nomenclatura utilizada
substituindo o termo Estado-cidade por Destino, o termo permanência por
duração e ainda utilizar se for de interesse os termos frequência, epóca do ano,
do mês, causa e razão da viagem e categoria e função.
Sugere-se apresentar gráfico, tabela sintétca e desdobramento dos dados
coletados sugerindo algumas variantes como por exemplo destino versos
duração.
Tais sugestões de investigações objetivam contribuir para o aprofundamento do
estudo dos sistemas gerenciais na Polícia Federal no gerenciamento de
administração e logística policial, melhoria na tomada de decisão sob o viés da
estratégia, da Ciência da informação e da TI.
Desta forma, estudos conclusivos que adotam outros métodos de investigação
científica, cujos resultados poderiam ser comparados com os desta pesquisa,
utilizando métodos confirmatórios, ampliariam o entendimento do tema.
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