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Este trabalho de conclusão de curso apresenta os principais fundamentos teóricos necessários às boas práticas docentes para a mediação da aprendizagem. Seu objetivo consiste em realizar pesquisa bibliográfica sobre as estratégias de ensino e os fundamentos da mediação docente a partir da análise da Situação de Aprendizagem (SA) “Atuação do professor como facilitador na aquisição do conhecimento”, utilizada na Unidade Curricular “Relações Interpessoais, Ética e Cidadania na Prática Docente” do curso de Pós-graduação em Docência na Educação Profissional e Tecnológica do SENAI CETIQT. Portanto, empregou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica, com o objetivo de fundamentar o trabalho a partir de materiais publicados em livros, periódicos, artigos e sites. Deseja-se aprimorar as práticas docentes tornando a mediação da aprendizagem instigadora, incentivadora e motivadora. Sendo que a metodologia por competências requer uma ampla interação do professor com o aluno, tanto na mediação do conhecimento como também do contraditório e dos possíveis conflitos que possam emergir das relações de ensino-aprendizagem. Não se trata apenas da interação professor–aluno, mas de uma integração entre todos os docentes e discentes, objetivando o processo educacional. Conclui-se que o ser humano é capaz de criar, mas deve ser motivado continuamente pelo professor, que precisa criar estratégias de ensino que estimulem a descoberta do discente pela novidade, através de atividades que auxiliem a aquisição do conhecimento.
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SENAI CETIQT
PÓS-GRADUAÇÃO EM DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA
Diego Volpini Fabrício Veloso Reis
Josefa Renata Queiroz da Costa Magno Marques Perez
Rafael Gustavo Schreiber
FUNDAMENTOS DE MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Rio de Janeiro/RJ
2014
Diego Volpini Fabrício Veloso Reis
Josefa Renata Queiroz da Costa Magno Marques Perez
Rafael Gustavo Schreiber
FUNDAMENTOS DE MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Relatório apresentado ao SENAI CETIQT, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Docência na Educação Profissional e Tecnológica.
Rio de Janeiro
2014
Diego Volpini Fabrício Veloso Reis
Josefa Renata Queiroz da Costa Magno Marques Perez
Rafael Gustavo Schreiber
FUNDAMENTOS DE MEDIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao SENAI CETIQT como requisito final para a obtenção do grau de especialista em Docência na Educação Profissional e Tecnológica.
Aprovada em ... de ... de 2014
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
Suzana Silveira de Almeida
Professora Orientadora
RESUMO
Este trabalho de conclusão de curso apresenta os principais fundamentos teóricos necessários às boas práticas docentes para a mediação da aprendizagem. Seu objetivo consiste em realizar pesquisa bibliográfica sobre as estratégias de ensino e os fundamentos da mediação docente a partir da análise da Situação de Aprendizagem (SA) “Atuação do professor como facilitador na aquisição do conhecimento”, utilizada na Unidade Curricular “Relações Interpessoais, Ética e Cidadania na Prática Docente” do curso de Pós-graduação em Docência na Educação Profissional e Tecnológica do SENAI CETIQT. Portanto, empregou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica, com o objetivo de fundamentar o trabalho a partir de materiais publicados em livros, periódicos, artigos e sites. Deseja-se aprimorar as práticas docentes tornando a mediação da aprendizagem instigadora, incentivadora e motivadora. Sendo que a metodologia por competências requer uma ampla interação do professor com o aluno, tanto na mediação do conhecimento como também do contraditório e dos possíveis conflitos que possam emergir das relações de ensino-aprendizagem. Não se trata apenas da interação professor–aluno, mas de uma integração entre todos os docentes e discentes, objetivando o processo educacional. Conclui-se que o ser humano é capaz de criar, mas deve ser motivado continuamente pelo professor, que precisa criar estratégias de ensino que estimulem a descoberta do discente pela novidade, através de atividades que auxiliem a aquisição do conhecimento. Palavras-chave: Prática Docente; Mediação do Conhecimento; Situação de Aprendizagem; Unidade Curricular.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5
2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................. 6
3 OBJETIVOS ...................................................................................................................... 8
3.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................................... 8
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ......................................................................................... 8
4 METODOLOGIA .............................................................................................................. 8
5 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS ........................................................................................ 9
5.1 METODOLOGIA SENAI DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL ................................. 10
5.2 O FAZER PEDAGÓGICO: MEDIAÇÃO DOCENTE E BOAS PRÁTICAS ............ 13
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................. 17
7 CONCLUSÕES E / OU RECOMENDAÇÕES ............................................................ 23
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 25
5
1 INTRODUÇÃO
“Se enxerguei além dos outros é por que estava no ombro de gigantes.” [René Descartes]
Ao longo dos séculos a importância do professor nos processos de ensino
aprendizagem sempre foi inquestionável. Tal afirmação ganha corpo ao lembrar que todos os
saberes dos quais a humanidade é detentora hoje em dia foram transmitidos ou
compartilhados por alguém. Assim, num simples exercício de silogismo, não será difícil de
concluir que a perpetuação, manutenção e progresso da atual base de conhecimentos do
mundo foi, é, e sempre será realizada pelos aprendestes e ensinastes. O professor deve
conhecer a estrutura básica da mediação os fundamentos o início para pode conseguir
transmitir seus conhecimentos . Uma vez que todas as pessoas são capazes de ensinar bem
como de aprender constantemente.
Os avanços tecnológicos das últimas décadas, capitaneados hoje em dia pela internet,
tem modificado a forma como as pessoas lidam com a informação e, por consequência a
maneira como aprendem. Esta tarefa secular, no entanto, não teve sempre a mesma dinâmica.
Ela vem sendo executada de diversas formas ao longo do tempo, sempre a reboque das
mudanças da sociedade. Desta forma, apesar de as práticas pedagógicas estarem em constante
mudanças, elas não conseguem acompanhar o ritmo da evolução social, obrigando os
professores a se esforçarem cada vez mais para adequarem-se à realidade dos seus alunos.
O anacronismo que pode ser observado entre as aspirações da sociedade atual e as
práticas pedagógicas docentes serviram de inspiração para esse trabalho. É surpreendente que
na aurora do século XXI alguns docentes ainda sigam o Ratio Studiorum1 jesuítico, ao invés
de optarem por uma construção coletiva de conhecimento.
Os impactos trazidos por esta mudança de paradigma, são explanados por Faria (2004,
p.58) quando diz que,
Nessa proposta pedagógica, torna-se cada vez menor a utilização do quadro- negro, do livro-texto e do professor conteúdista, enquanto aumenta a aplicação de novas tecnologias. Elas se caracterizam pela interatividade, não-linearidade na aprendizagem (é uma ‘teia’ de conhecimentos e um ensino em rede) e pela
1 Manual prático elaborado pelos jesuítas da Companhia de Jesus no século XVI para padronizar as ações de ensino (FRANCA, 1952).
6
capacidade de simular eventos do mundo social e imaginário. Não se trata, porém, de substituir o livro pelo texto tecnológico, a fala do docente e os recursos tradicionais pelo fascínio das novas tecnologias. Não se pode esquecer que os mais poderosos e autênticos "recursos" da aprendizagem continuam sendo o professor e o aluno que, conjunta e dialeticamente, poderão descobrir novos caminhos para a aquisição do saber.
Observa-se que apesar da mudança na forma, a relação aluno-professor ainda
encontra-se no cerne da questão. Assim, ao apresentar os principais fundamentos teóricos
necessários às boas práticas docentes para a mediação do conhecimento, modestamente
deseja-se, em última análise, contribuir para que essa metodologia seja ainda mais
disseminada junto aos docentes.
A julgar pela vanguarda que o SENAI possui frente às demais instituições de ensino
no tocante às praticas pedagógicas para a educação profissional e tecnológica, acredita-se que
a sua metodologia possa servir de vetor para que mudanças ainda mais profundas possam
ocorrer, uma vez que sua capilaridade atinge cerca de 3300 munícipios distribuídos por todo
Brasil, acolhendo 2,5 milhões de alunos por ano (SENAI, 2014).
Para tais propósitos, utiliza-se como pano de fundo em todo o trabalho a Situação de
Aprendizagem (SA)2 “Atuação do professor como facilitador na aquisição do
conhecimento”, que contextualizará, dessa forma, a temática escolhida. Com isso, as páginas
que seguem estarão emolduradas pelos assuntos abordados na SA em questão, com destaque
para as relações interpessoais, a ética e a cidadania na prática docente.
2 JUSTIFICATIVA
A SA “Atuação do professor como facilitador na aquisição do conhecimento3”
utilizou atividades desafiadoras, motivando o aluno a pesquisar e refletir sobre as possíveis
causas e soluções para os problemas propostos. Pois de acordo com Freire e Prado (1995), as
2 “A Situação de Aprendizagem não se refere apenas a uma atividade, mas a um conjunto de ações que norteiam o desenvolvimento da Prática Docente.” SENAI(2013, p.208). 3 SA utilizada na Unidade Curricular “Relações Interpessoais, Ética e Cidadania na Prática Docente” do curso de Pós-graduação em Docência na Educação Profissional e Tecnológica do SENAI CETIQT.
7
SA devem ser baseadas no construcionismo propiciando ao aluno uma vivência de ações
reflexivas que o permita “aprender fazendo”, a fim de construir algo que lhe seja significativo,
que o envolva afetiva e cognitivamente com o que está sendo produzido. Assim, é importante
que seja algo tangível, e passível de ser compreendido, que permita ao discente reconhecer ao
longo do processo de produção uma utilidade imediata para o que está sendo feito e
aprendido.
Desta forma, conforme Perrenoud (1999), a formação profissional por competências
exige que o docente aplique SA desencadeadas por estratégias desafiadoras, visando formar
alunos com autonomia, iniciativa, pro atividade, capazes de solucionar problemas, realizar
auto avaliação e, consequentemente, conduzir sua auto formação e aperfeiçoamento. Como
consequência desta prática deseja-se que os alunos mobilizem conhecimentos, habilidades e
atitudes para a vida pessoal e profissional, em um processo de aprendizado contínuo.
Esta característica da metodologia por competências requer uma ampla interação do
professor com o aluno, tanto na mediação do conhecimento como também do contraditório e
dos possíveis conflitos que possam emergir das relações de ensino-aprendizagem. Assim,
como sugere Aguiar (2013, p.39), “a Psicologia Cognitiva4 pode ser uma excelente ferramenta
para auxiliar no estabelecimento de relações interpessoais condizentes com a importância dos
ambientes educacionais”. Não se trata apenas da interação professor–aluno, mas de uma
integração entre todos os docentes e discentes, objetivando o processo educacional.
Pela ótica discente, o fato desta SA propor um grande desafio e a possibilidade de
pesquisa pelos alunos, assim como o fato de estimular a ação autônoma e criativa para
resolução de problemas, pode-se concluir que, pela proposta pedagógica, esta situação é uma
ferramenta fundamental para o desenvolvimento do aluno e se destaca em relação às demais.
4 Área da psicologia que estuda a aprendizagem, sendo suas principais subdivisões: atenção e consciência; memória; resolução de problemas e criatividade (AGUIAR, 2014).
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3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Apresentar os principais fundamentos teóricos necessários às (boas práticas docentes)
para a mediação do conhecimento.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
§ Realizar o levantamento bibliográfico a respeito da Metodologia SENAI de
Educação Profissional (SENAI, 2013);
§ Realizar o levantamento bibliográfico a respeito das (boas práticas docentes);
§ Relacionar às (boas práticas docentes) descritas por autores consagrados
àquelas preconizadas pela Metodologia SENAI de Educação Profissional
(SENAI, 2013).
4 METODOLOGIA
A pesquisa realizada neste trabalho científico é qualitativa, uma vez que analisa em
profundidade os fundamentos teóricos que embasam as boas práticas docentes de forma
conceitual e com um viés exploratório. Segundo Godoy (1995) a abordagem qualitativa enseja
que a imaginação e a criatividade permitam a proposição de novos enfoques a uma mesma
problemática.
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O autor sugere, ainda, que dentro dessa abordagem, “a pesquisa documental representa
uma forma que pode se revestir de um caráter inovador, trazendo contribuições importantes
no estudo de alguns temas” (GODOY, 1995, p.21). Assim sendo, este trabalho é construído a
partir da pesquisa bibliográfica de obras pertinentes ao assunto, onde se busca os subsídios
que dão suporte a elucidação do tema proposto. Através das bibliografias consultadas, foi
realizada uma avaliação a respeito da temática debatida entre vários teóricos que são
referência na área estudada.
Estes referenciais teóricos podem ser encontrados em livros, artigos e periódicos
acadêmicos de relevância na área e observação do participante, visto uma vez que os
pesquisadores e pesquisadora estão envolvidos em todo o processo escolar analisado,
observando os resultados continuamente com os discentes.
5 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
Compreende-se que, embora o discente seja capaz de ser criativo, é necessário que
aluno seja provocado, motivado e estimulado. Esse objetivo pode ser alcançado quando
docente interage com os alunos de modo instigador e incentivador, correlacionando a teoria
com a prática, com intuito de estimular os alunos ao aprendizado. Assim, o docente estará
atendendo às necessidades dos alunos, sendo que os alunos estão sedentos para aprender algo
novo, após serem estimulados.
Portanto, serão abordadas as boas práticas docentes através de pesquisas
bibliográficas, expondo as melhores estratégias para aplicação de Situação Aprendizagem,
com o intuito de contribuir para o aluno ser criativo e possuir habilidades para o mercado de
trabalho.
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5.1 METODOLOGIA SENAI DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
O SENAI é uma instituição nacional que provê para a indústria serviços técnicos e
tecnológicos, ensaios laboratoriais além da educação profissional em níveis de
aperfeiçoamento, aprendizagem, qualificação, técnico, tecnólogo e superior. Sua formação é
voltada para atender às necessidades que a indústria demonstra no que concerne ao
desenvolvimento do capital intelectual para o crescimento de seus negócios.
Para tanto, o SENAI busca uma abordagem diferenciada em educação como meio de
fomentar um desenvolvimento de forma integrada, participativa, com estratégias e objetivos
bem delineados. Essa abordagem é classificada como Metodologia SENAI baseada na
formação por competências. Isto implica mobilização de conhecimentos, habilidades, e
atitudes profissionais necessários ao desempenho de atividades ou funções típicas, segundo
padrões de qualidade e produtividade requeridos pela natureza do trabalho (BONETTI, 2013.
p, 63).
Para o SENAI (2009a), a competência profissional é a mobilização de conhecimentos,
habilidades e atitudes profissionais necessários ao desempenho de atividades ou funções
típicas, segundo padrões de qualidade e produtividade requeridos pela natureza do trabalho.
As competências enquanto ações e operações mentais articulam conhecimentos,
habilidades e atitudes (CHA), constituídos de forma conjugada e mobilizados em realizações
profissionais com padrões de qualidade requeridos, normal ou distintivamente, das produções
de uma área profissional (BRASIL, 2000).
Toda a competência é fundamentada em um conjunto de capacidades. Estas assumem
a condição de competência apenas no momento em que são mobilizadas para a realização de
uma ação específica. As capacidades podem e devem estar associadas a outros tipos de
aspectos tangíveis como instalações, materiais didáticos e equipamentos. Destaca-se que a
seleção e combinação dessas capacidades que serão mobilizadas sob forma de competência
são diretamente dependentes do resultado que se pretende atingir com essas ações e das
condições dadas no contexto para executá-las (BONETTI, 2013).
De acordo com as orientações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) as escolas
profissionalizantes transmitem métodos de conhecimentos específicos sobre as tarefas de uma
determinada área profissional, bem como das atitudes necessárias à formação do indivíduo
para convivência em sociedade. Trabalham a educação profissional através da certificação de
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competências utilizando o compromisso com as propostas de inclusão social, constituindo um
desafio para as instituições educativas e de política social voltado para o desenvolvimento das
pessoas. (BRASIL, 2000).
A orientação da legislação propõe que a educação profissional atue com a concepção
curricular interdisciplinar e contextualizada, de forma que as marcas das linguagens, das
ciências e das tecnologias estejam presentes em todos os componentes, intercruzando-se e
construindo uma rede de ações, agregando o teórico e o prático, o conceitual e o aplicado, bem
como os pilares de aprender a: conhecer, conviver, ser e fazer (BRASIL, 2000).
Com base na formação por competências as atividades desenvolvidas nas unidades
curriculares devem propiciar o desenvolvimento das habilidades cognitivas e sociais, onde um
bom profissional precisa desempenhar bem a técnica, mas é indispensável características
como ética, respeito ao próximo, trabalho em equipe, entre outros. Sendo que todos esses
conhecimentos e atitudes são igualmente importantes no formação de qualquer pessoa.
Concomitante a essa percepção o SENAI (2008, p.11) destaca que:
Realizar uma certificação para promover qualidade com inclusão social representa uma tarefa estimulante para todos os sistemas programados ou já em atividade. Por sua natureza, a certificação de pessoas busca criteriosamente classificar os melhores desempenhos, concretos ou potenciais.
Tal certificação mencionada tem a finalidade de propiciar qualidade e inclusão social
através da educação, visando destacar os melhores profissionais com desempenhos bem
estipulados e mensurados para atingir metas concretas, que demonstre seu potencial competitivo
superior ao encontrado em outros funcionários da área, sem a qualificação técnica de
competências.
Para o desenvolvimento das atividades na educação profissional, os docentes são
direcionados e orientados de acordo com a pedagogia por competências. Depresbiteris (2010,
p.70) enfatiza os tipos de saberes necessários para essa constituição:
As diretrizes de educação profissional definem competência como capacidade pessoal de articular autonomamente os saberes (saber, saber-fazer, saber - ser) inerentes a situações concretas de trabalho. É um saber operativo, dinâmico e flexível, capaz de guiar desempenhos num mundo do trabalho em constante mutação e permanente desenvolvimento.
De acordo com o SENAI (2009) a pedagogia por competências remete a adoção de
uma prática pedagógica que:
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§ Privilegia metodologias ativas centradas no sujeito que aprende, a partir de
ações desencadeadas por desafios, problemas e projetos;
§ Desloca o foco do trabalho educacional do ensinar para o aprender no mundo
contemporâneo e futuro;
§ Valoriza o docente no papel facilitador e mediador do processo de
aprendizagem;
§ Visa formar alunos com autonomia, iniciativa, pró-atividade, capazes de
solucionar problemas, alcançar a metacognição, realizar auto avaliação e por consequência,
conduzir a sua auto formação e aperfeiçoamento;
§ Enfatiza a importância do planejamento sistemático das atividades pedagógicas
pelos docentes em termos de atividades e projetos para o exercício das competências
pretendidas, bem como do processo de avaliação.
Desta forma, o desafio da educação profissional atual é transformar os antigos
métodos de ensino e aprendizagem (enfadonhos e defasados) em um processo de
aprendizagem ativa, onde o discente aprende a aprender, através de ferramentas satisfatórias
para responder as condições de contínua transformação em que o mercado se encontra. Para
uma formação consistente com a necessidade que o mercado exige, bem como as expectativas
geradas, o professor necessita entender que suas ações em sala de aula irão impactar
fortemente nos resultados das empresas que recebem esses alunos.
Por isso, segundo Turra (1995), o professor deve elaborar e organizar planos de
diferentes níveis de complexidade para atender seus alunos, estimulando a participação deles
para que haja uma aprendizagem efetiva. E, no processo ensino aprendizagem, é preciso atuar
efetivamente, reconhecendo que dependerá da organização, coerência e flexibilidade do
planejamento e da execução do mesmo para o sucesso da prática.
É necessário que dentre as múltiplas variáveis a serem levadas em consideração neste
processo de planejamento esteja a percepção de que o docente não é mais a única fonte de
conhecimento, nem tampouco a maior e quiçá, muitas vezes, não seja nem a melhor. Aguiar
(2013, p.26) convida o docente a reflexão ao sugerir que os futuros alunos “terão à disposição
ferramentas de pesquisa que serão capazes de antecipar o assunto da sua aula”.
Assim, se a tarefa principal do professor não é mais a de simplesmente transmitir o
conhecimento, as práticas pedagógicas devem ser estruturadas para fazer com os que os
discentes pensem criticamente, ao invés de esperarem respostas prontas, devem ser propostas
atividades desafiadoras.
Segundo Bento e Barrichello (2011, p. 176):
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(...) os discentes possuem expectativas de médio prazo, e, muitas vezes, o interesse pelo curso não é o suficiente para garantir a permanência desses alunos. Uma das possibilidades para manter o empenho dos alunos pode ser o uso de metodologias diferenciadas.
Desta forma, torna-se indispensável ao docente a utilização de SA contextualizadas e
desafiadoras, que despertem o interesse e a curiosidade dos alunos, motivando-os a buscar
conhecimento e desenvolver novas capacidades.
De acordo com SENAI (2013, p. 14) as estratégias de aprendizagem aplicada às
situações de aprendizagem podem ser:
§ Situação Problema: apresenta ao aluno uma situação real ou hipotética, levando-o a mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes na busca de soluções inusitadas para o problema proposto; § Estudo de Caso: apresenta um caso a ser estudado com sua respectiva solução, a fim de que os alunos façam uma análise crítica e proponham diferentes soluções para o problema apresentado; § Projeto: deve integrar teoria e prática e pode visar à construção de algo tangível, como a fabricação de um protótipo. Ao final de um projeto, pode ser solicitado ao aluno um relatório, uma maquete, uma descrição de uma experiência em um laboratório ou mesmo a elaboração de um esquema ou mapa mental como atividade avaliativa; § Pesquisa Aplicada: tem como objetivo oportunizar ao aluno o conhecimento técnico e o aprofundamento sobre determinado tema. Para isso, o aluno deve recorrer à leitura, à análise e à interpretação de livros, periódicos, artigos, entre outros.
As situações – problema, estudo de caso, projetos, entre outros, são de extrema
importância, no entanto cada ferramenta deve ser aplicada em diferentes contextos sobre
diferentes situações. Mas o que é necessário ao docente para encontrar o momento adequado
para cada estratégia pedagógica?
5.2 O FAZER PEDAGÓGICO: MEDIAÇÃO DOCENTE E BOAS PRÁTICAS
A “educação significativa” é constituída de estratégias que evidenciem a importância
de um determinado assunto em sua vivência, seja ela profissional ou não. Dessa forma o
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professor encontra um grande desafio em seu planejamento escolar, o de tornar o processo
interessante e construtivo, utilizando como principal ferramenta a criatividade.
Aguiar (2013, p. 20) sob esta perspectiva, indica que:
A inteligência tradicionalmente é associada à capacidade de raciocinar convencionalmente e chegar a soluções corretas para os problemas. A criatividade, por sua vez, depende do pensamento divergente, uma habilidade mental inovadora e original que não siga os padrões convencionais.
O professor em sua essência necessita de criatividade, pois ele não foge dos
problemas, ele os transforma em SA de grande relevância para o contexto da aprendizagem
discente. Não é uma via de mão única, consiste em buscar inovações na forma como se vê
uma situação e inspirar seus alunos a transcenderem o ambiente da sala de aula e irem além
do pré-estabelecido, como afirma Aguiar (2013).
A ideia de desenvolvimento por competências supõe uma aprendizagem por meio de
situações desafiadoras, que permitem aos discentes lidar com mudanças e crescer com
autonomia. É muito comum encontrar resistência ao novo, e estimular a participação é muitas
vezes desafiador para o docente, que precisa de uma melhor preparação para conduzir
situações adversas, e que rotineiramente não lhe sobra tempo. No entanto, esta preparação é
fundamental, uma vez que “não há como ter sucesso na tarefa de educar sem que haja
qualidade na interação social entre o educador e o educando” (AGUIAR, 2013, p. 62).
Uma aprendizagem significativa considera as diferenças individuais, que refletem
contextos reais privilegiando o fazer e a motivação de se realizar de determinada forma,
estimulando a criatividade e a autonomia, com ambientes escolares que correspondam a esses
objetivos.
De acordo com o SENAI (2009), a prática pedagógica de qualidade se viabiliza a
partir de condições reais e concretas, onde alguns eixos estruturantes devem ser considerados:
formação docente, concepção educacional e metodológica e ambiente de aprendizagem.
O SENAI (2009) também assegura que uma prática pedagógica eficaz elege alguns
princípios facilitadores de uma aprendizagem significativa: Interdisciplinaridade5;
Contextualização; Desenvolvimento de Capacidades; Aproximação da formação ao mundo
5 Caracteriza-se pela abordagem integrada e contextualizada de campos de conhecimentos afins e de práticas profissionais, possibilitando o diálogo entre eles. Uma ação educativa interdisciplinar contribui para a flexibilidade curricular, atendendo às demandas sociais, ao contexto do mundo do trabalho, das empresas e das necessidades dos alunos (SENAI, 2013).
15
real, ao trabalho e às práticas sociais; Integração entre teoria e prática; Avaliação de
aprendizagem e afetividade.
O processo de ensino se mostra como um grande precipício onde o docente se lança, e
não conhece muito profundamente o que encontrará ao chegar ao fundo. Todos os alunos têm
necessidades, experiência e expectativas muito diversas. O alinhamento entre a perspectiva do
aluno, os objetivos da Unidade Curricular e da missão organizacional são apenas alguns dos
muitos aspectos que devem ser considerados no momento da condução dos caminhos que
devem ser permeados.
A mediação de aprendizagem parte do princípio que toda situação educativa deve
considerar a presença de três elementos: o docente, o aluno e a situação criada para a
interação entre eles (SENAI, 2009).
Deve-se levar os alunos a aprender a aprender sem a dependência das respostas ditadas
em sala de aula, incluindo o pensamento crítico nesse ser pensante. Não se deve responder,
mas sim fazer novas perguntas que façam os discentes refletirem, transcenderem e evoluírem
seu capital cognitivo e intelectual. Todas essas nuances pedagógicas consiste na mediação
docente.
Meier e Garcia (2007) afirmam que a mediação é um tipo especial de interação entre
alguém que ensina (o mediador) e alguém que aprende (o mediado). Essa interação é
caracterizada por uma interposição intencional e planejada, onde o mediador age entre as
fontes externas de estímulo e o aluno.
Segundo Franciosi, Medeiros e Colla (2003), a ação do professor – como mediador – é
transitiva e visa: colocar o pensamento do grupo em movimento; propor situações e atividades
de conhecimento; provocar situações em que os interesses possam emergir; dispor
objetos/elementos/situações; propor condições para acesso a novos elementos, possibilitando
a elaboração de respostas aos problemas; interagir com o sujeito; construir e percorrer
caminhos, favorecendo a reconstrução das relações existentes entre o grupo e o objeto de
conhecimento.
A prática docente mediadora tem um movimento de coordenação e, ao mesmo tempo,
de descentralização. Sendo que de acordo com Veiga (2004), cabe ao professor produzir e
orientar atividades didáticas, necessárias para que os alunos desenvolvam seu processo de
aprender, auxiliando-os a sistematizar os processos de produção e assimilação de
conhecimentos, coordenando, problematizando e instaurando o diálogo.
O diálogo pode ser definido uma relação na qual estão presentes uma série de valores
e intenções, conforme Freire (1994, p 115) ressalta:
16
E que é o diálogo? É uma relação horizontal de A com B. (...) Nutre-se do amor, da humildade, da esperança, da fé, da confiança. Por isso, só o diálogo comunica. E quando os dois polos do diálogo se ligam assim, com amor, com esperança, com fé um no outro, se fazem críticos na busca de algo. Instala-se então, uma relação de simpatia entre ambos. Só aí há comunicação
Desta maneira, o diálogo quando utilizado de forma efetiva, pode ser utilizado pelo
docente como ferramenta fundamental para orientar e conduzir o aluno a lidar com o novo,
produzindo um nível abstrato de pensamento, onde as habilidades mentais de reflexão ficam
mais complexas e permitem lidar melhor com o mundo e se sentir como agente transformador
do mesmo.
Segundo Aguiar (2013, p. 30):
(...) as interações com o ambiente e as decorrentes avaliações das situações sentidas serão fortemente influenciadas por abstrações e concepções individuais do mundo, ou seja, pelos esquemas cognitivos construídos através da experiência, da educação e da cultura às quais o indivíduo está submetido. Nesse contexto incluem se identificar a conduta e as respostas apropriadas para determinadas situações, conhecer os costumes sociais, saber se colocar no lugar do outro e ser capaz de solucionar problemas.
A forma como indivíduo percebe o mundo a sua volta interfere diretamente em seu
aprendizado e desenvolvimento. Por isso o processo de planejamento de aulas deve proceder
de acordo com as necessidades individuais dos alunos e das características da turma, como
também da Unidade Curricular e de seus objetivos.
Para Aguiar (2013) partindo desse pressuposto, o docente pode desenhar as
ferramentas que serão utilizadas, bem como os ambientes de aprendizagem e o formato de
avaliação mais adequados. Logicamente, trata-se de um planejamento, um roteiro, que pode e
deve ser alterado de acordo com o desenrolar da Unidade Curricular e do desempenho dos
discentes.
Em virtude disso torna-se indispensável por parte do docente a seleção de uma estratégia
de ensino que de fato desperte o interesse do aluno e potencialize suas capacidades. Conforme
SENAI (2013), uma estratégia de ensino deve ser selecionada a partir da análise da capacidade
que se deseja desenvolver e da carga horária disponível, sendo algumas dessas estratégias:
§ Exposição Dialogada: exposição de diversos temas a fim de instigar o interesse, a
curiosidade e a participação dos alunos, através da utilização de recursos didáticos adequados;
§ Atividade Prática: realizada em laboratórios, oficinas ou em campo, possibilitando
que o aluno “aprenda a fazer fazendo”, através da integração entre teoria e prática;
17
§ Trabalho em Grupo: atividade com objetivo de construção coletiva do
conhecimento com atividades que promovam a cooperação e o diálogo entre os alunos sobre a
temática trabalhada;
§ Dinâmica de Grupo: utilizada para integrar o grupo ou sensibilizá-lo para
determinada temática. Deve ser selecionada de acordo com o contexto e os objetivos a serem
alcançados, bem como o perfil do grupo;
§ Visita Técnica: tem como objetivo a observação de um produto (bem ou serviço)
ou de um processo em contexto real de trabalho;
§ Demonstração: apresentação de técnicas, procedimentos, funcionamento de
máquinas, uso de equipamentos, execução de um conjunto de operações relativas às
atividades de uma Ocupação;
§ Ensaio Tecnológico: neste escopo, compreendem-se as análises laboratoriais, os
testes de bancada, entre outros.
Desta forma se destaca que cada estratégia de ensino possui características
diferentes, onde, uma mesma ferramenta não deve ser replicada da mesma maneira em várias
turmas, pois cada uma tem suas especificidades, e cada aula deve ser planejada de acordo com
esses parâmetros de características individuais.
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A SA escolhida “Atuação do professor como facilitador na aquisição do
conhecimento”, pertencente à Unidade Curricular Relações interpessoais, ética e cidadania
na pratica docente do curso de Pós-graduação em Docência na educação Profissional e
Tecnológica, utiliza uma situação-problema como estratégia desafiadora. Esta SA propõe a
análise de uma instituição de ensino particular que apresentou baixo desempenho na avaliação
realizada pelos especialistas do Ministério da Educação (MEC), sendo que o coordenador da
instituição se mostrou preocupado com a situação e convocou uma reunião para discutir
medidas para melhoria na qualidade do curso.
18
Nesta reunião, o aluno da SA (atualmente docente da instituição) foi nomeado
subcoordenador em um campus. Ao assumir seu novo posto na instituição, este tomou
conhecimento de um relatório com os seguintes problemas:
§ O índice de faltas dos alunos está elevado;
§ O professor também está faltando muito (com e sem justificativa);
§ Algum professor horistas reclama de perda de carga horária, com a consequente
diminuição do salário;
§ As reclamações dos alunos, relativas ao conteúdo das disciplinas e ao envolvimento
dos docentes, aumenta a cada dia tornando a situação insustentável.
§ Com base na análise desta situação, o aluno desta Unidade Curricular foi desafiado
a executar as seguintes tarefas:
§ Discutir em um fórum as causas e possíveis soluções para os problemas
apresentados nesta situação-problema;
§ Prepara e compartilha uma pesquisa para diagnosticar corretamente a situação da
instituição de ensino;
§ A partir do diagnóstico e do fórum de discussão, escreve um relatório onde
relaciona as causas com os problemas apresentados.
O principal tema abordado nesta Unidade Curricular para resolução desta SA foi “As
habilidades sociais e suas técnicas de avaliação”. Por definição, as relações interpessoais e a
vida em sociedade são indissociáveis. É impossível haver relacionamento sem que haja
convivência social. Desta forma, é nítida a importância que as habilidades sociais exercem
sobre as interações entre aluno e professor no processo de mediação do conhecimento.
Outro tema abordado foi “A Psicologia Cognitiva e a Psicometria nos processos
educacionais”. Segundo (STENBERG, 2000, p.22) a psicologia cognitiva trata do modo
como se percebe, aprende, recorda e pensa sobre alguma informação. Por exemplo: O que se
estuda em um livro didático sobre psicologia cognitiva?
19
Ilutração 1 – A Psicologia Cognitiva e a Psicometria nos processos educacionais
Fonte: Elaborado pelos autores (2014) apud Stenberg, (2000, p.22).
Um dos principais representantes desta linha é Piaget, que não elabora uma teoria da
aprendizagem, mas sim uma teoria do desenvolvimento mental. Conforme Piaget a
aprendizagem é "aumento do conhecimento" - só há aprendizagem quando o esquema de
assimilação sofre acomodação, gerando uma reestruturação da estrutura cognitiva (esquemas
de assimilação existentes) do indivíduo, o que resulta em novos esquemas de assimilação
mental.
De certa forma, um problema gera outro. Ou seja, o aluno que não tem uma
consciência pessoal de saber o que realmente quer para o seu futuro e não possui uma
referência dada pela família e ainda pelo professor, não está motivado para aprender. Por isso
o professor precisa ser o mediador e motivador da aprendizagem do discente, embora muitos
achem que esse não seja o papel do professor. A metodologia deve ser sempre reformulada e
adequada às variadas situações e contextos escolares, às limitações do aluno, pois não se deve
imaginar que todos são iguais e suas formas de percepção e aprendizado é igual a de todos os
estudantes.
Segundo Aguiar (2013), a qualidade do nosso aprendizado é diretamente proporcional
ao nosso interesse pelo assunto. No entanto, quando o aluno tem interesse nos conteúdos
lecionados pelo docente, o processo de aprendizado é bem mais rápido e estimulante. O
docente deve dominar o conteúdo e ser capaz de transmitir a informação, passando a
demonstrar gosto pelo que faz, gerando segurança ao aluno, tanto em relação ao que é
ministrado quanto em relação à interação social entre eles, pois quando o aluno sente que o
professor se interessa por ele estabelecem-se laços de afetividade e confiança que facilitam o
aprendizado.
Cognição – A pessoa
pensa
Psicologia cognitiva - O
cientista pensa a respeito de como a pessoa pensa
Estudante de psicologia cognitiva- A pessoa pensa sobre a maneira como o cientista pensa a respeito de como a pessoa pensa;
Professor que ensina psicologia cognitiva ao estudante - Você capta a idéia.
20
Em uma análise detalhada dos alunos percebe-se que “muitos deles têm a ânsia pelo
conhecimento, o prazer pela descoberta a alegria em sentir a metamorfose da formação
intelectual” (SILVA, 2012) . Apesar disso, é possível notar que trazem vícios do ensino
médio como o paradigma conteudista e a memorização descontextualizada, no entanto,
contenta-se observá-los ensaiando voos autônomos e a superar a insegurança e a dependência
diante da figura do professor, conforme abordado na SA As habilidades sociais e suas
técnicas de avaliação .
A experiência docente nos mostra que o fato de um aluno não atingir as expectativas
criadas pelo professor, deve-se principalmente a uma idealização exagerada deste último
quanto ao desempenho discente. O jovem estudante na maioria das vezes está isento desta
responsabilidade, uma vez que vive numa sociedade que o pressiona a preparar-se para a
competição. Em alguns casos os alunos são pressionados pelos próprios pais a seguirem
determinadas carreiras, mesmo que contra sua vocação. Assim, é equivocado esperar que
desenvolva o interesse pelo conhecimento de tal curso. Talvez este seja um dos fatores que
explique a falta e/ou desistência.
Com base em uma análise crítica da SA descrita anteriormente pode-se relacionar os
seguintes pontos fortes quando se aplica a seguinte situação-problema:
§ Instiga o aluno a apresentar soluções coerentes para a resolução de problemas,
favorecendo o pensamento crítico;
§ Estimula a capacidade de autocrítica e de auto avaliação, onde promove o
pensamento criativo e a busca de soluções inusitadas;
§ Incentiva a socialização pelo compartilhamento de informações em equipes, onde
favorece o desenvolvimento das relações interpessoais, através das atividades de
fóruns;
§ Discorre sobre a criatividade, onde diferencia da inteligência. Fornece subsídios ao
aluno que usa sua criatividade, e não só a inteligência, na resolução de problemas.
Esta SA também apresenta uma busca da melhora, sendo caracterizados como pontos
fracos em sua aplicação. Estes são relacionados a seguir:
§ Carga horária destinada (20 horas) inferior à necessária para a ciência dos
fundamentos teóricos necessários às boas práticas pedagógicas;
§ Não levam em consideração os fatores culturais e climáticos, que apenas são
identificados no cotidiano e que, mesmo sendo índices abstratos, são essenciais no
levantamento das informações para resolução de problemas;
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§ A relação de problemas apresentados na situação foi levantada em uma reunião,
sendo assim, outros problemas em potencial podem não ter sido elencados;
§ Os fundamentos da Psicologia Cognitiva e da Psicometria que se apresenta no
material didático está dissociado de exemplos ou de contextualizações, o que
impossibilita, assim, que seja efetivamente para ferramentas na ação docente.
As conexões das estratégias de ensino aprendizagem escolhida com o professor que
facilita o conhecimento, estão explicitas quando se menciona os pontos relevantes da SA ,
visto que instiga o aluno quando apresenta soluções coerentes, estimula a capacidade de
autocritica, incentiva a socialização pelo compartilhamento de informações e estimula a usar
sua criatividade.
Diante desses desafios, o aperfeiçoamento do professor como facilitador na aquisição
do conhecimento, não nos deixa qualquer dúvida que aquele que se aperfeiçoa, demonstra
uma maior qualidade em repassar seus conhecimentos, e com isso, consegue muitas vezes
despertar no aluno um interesse, até então, quase impossível de ser obtido.
Desta forma, os docentes precisam estar atentos que suas ações, irão impactar os
futuros colaboradores em seu âmbito profissional. Ou seja, o que o aluno leva da educação
profissional é o que ele irá demonstrar na indústria, onde irá aplicar na prática o que absorveu.
Na Unidade Curricular que inspirou este trabalho, Aguiar (2013) menciona que ter
uma boa escuta é uma característica das pessoas socialmente capazes. Assim, olhando para
outro fragmento, encontrar-se-á em SENAI (2013) outra Unidade Curricular chamada
Processos de Ensino e Aprendizagem que ratifica e complementa a anterior, fornecendo um
profundo manancial sobre o ato de ouvir, escutar, interpretar e recriar durante a interação
aluno-professor. As múltiplas dimensões da docência, olhar, escutar e criar estão diretamente
ligadas com o que escolhe e fazendo uma analise transforma nosso ponto de vista a fim de
compreender, diagnosticar e estruturar ações de modo que instrui a pratica docente.
Conforme Unidade Curricular Planejamento do Processo de Ensino e Aprendizagem
deve existir planejamento, atualização, para entender os métodos de avaliação, saber que
professor deseja-se ser, debater situações problemas destacando as contribuições para uma
prática pedagógica inovadora. A prática da avaliação do uso de recursos de forma coerente e
significativa para o aprimoramento do aluno e da instituição.
Nota-se que a inclusão social através do ensino, aumenta significativamente, onde se
destaca os melhores profissionais, que atinge metas concretas, onde demonstra seu potencial,
superando a outros funcionários da mesma área. Porém, sem as qualificações técnicas, e é ai,
que o resultado, do docente que se aprimora se destaca, na qualidade que repassa ao
22
profissional. Como ressaltou a Unidade Curricular indicadores de qualidade educacional
foram de grande relevância nessa SA, pois aponta falhas do sistema de ensino da instituição, o
que dificulta quando se constrói o conhecimento.
Assim não tão menos importante a Unidade Curricular Educação profissional e
Tecnológico mostrou o valor condizente com os anseios de uma formação que torne
indissociáveis a teoria e a pratica. O grande desafio da educação profissional moderna é olhar
o antigo e ao invés de descartá-lo, aprimorá-lo, tornando-se um docente participativo,
envolvido com o processo de ensino-aprendizagem, e com isso, estar apto a realizar uma troca
de experiências, onde aluno e docente se completam. Para tanto deve-se lançar mão das
inúmeras ferramentas didático-pedagógicas que hoje estão a disposição, para que se tenha um
ensino de qualidade sempre atento às mudanças. Caso contrário o ensino sairá defasado e
desatualizado.
A educação, sem dúvidas é o caminho certo para o desenvolvimento, e os professores
tem uma responsabilidade relevante na preparação de cidadãos conscientes, comprometidos
com a evolução e a transformação da sociedade. As mudanças não beneficiam somente
alunos, mas também os professores que podem melhorar sua prática docente e o processo
ensino-aprendizagem.
Tais mudanças, sobretudo as tecnológicas, potencializam as boas práticas docentes,
da mesma forma que tornam os vícios e inaptidões mais evidentes. Um smartboard, ou seja, o
quadro interativo, por exemplo, na mão de um professor dinâmico que conduz uma aula bem
planejada, pode ajudar a despertar o interesse imediato do aluno que talvez se recorde daquela
experiência para sempre. Já, este mesmo quadro interativo, na mão de um professor ortodoxo
que não previu a sua ação mediadora, pode levar a uma aula monótona. Neste caso a
utilização de um quadro convencional pudesse até tornar a aula um pouco mais “palatável”.
Neste exemplo fica evidente que os meios subsidiam as práticas docentes e não o
contrário. É preferível uma didática6 brilhante, executada com parcos recursos que possuir
instrumentalização abundante e uma didática pobre. Deve ser característica primordial do
docente compreender o tempo do discente, sua necessidade, os objetivos pedagógico dentre
outros, partindo desses princípios o meio, ou seja, as estratégias utilizadas, são apenas
ferramentas básicas que darão suporte a sua reflexão do que será mais adequado, de mais fácil
compreensão e mais significativo no processo de desenvolvimento intelectual dos alunos.
6 É um dos ramos de estudo da Pedagogia. A Didática “é uma disciplina que estuda os objetivos, os conteúdos, os meios e as condições do processo de ensino tendo em vista finalidades educacionais, que são sempre sociais” (LIBÂNEO, 1994, p. 16).
23
Assim, o professor engloba comportamentos, conhecimentos, atitudes e valores, que
são característicos da profissão, cujas competências ele precisa dominar para que seja eficaz
no exercício de sua atividade. Cada profissional que envereda pelos caminhos da docência
precisa compreender sua responsabilidade na mudança de vida das pessoas com as quais
convivem diariamente, e são a chave para a transformação do mundo, de sua realidade e da
sociedade da qual faz parte.
7 CONCLUSÕES E / OU RECOMENDAÇÕES
Diante de um cenário cada vez mais desafiador no que concerne a educação e a
continuidade da formação do cidadão, cabe ao docente o difícil papel de mediador entre o
mundo a ser descoberto e o explorador de novos horizontes. O diálogo se faz necessário como
uma ponte entre professor e aluno, que possibilita entender qual a melhor estratégia de ensino-
aprendizagem que se fará mais adequada a cada estágio do processo de amadurecimento do
conhecimento adquirido e desenvolvido ao longo do caminho percorrido.
O docente precisa conhecer, antes de mais nada, sua parcela de contribuição na
formação de outro ser humano. Estudar e se aprofundar a respeito da didática, das estratégias
de ensino, dos fundamentos da mediação docente, que são princípios indispensáveis para o
bom desempenho de um docente em sua atividade.
Neste processo é fundamental que o professor tenha amor por sua atividade e pelos
discentes, a fim de tratá-los com humanidade, procurando compreender suas necessidades.
Desta forma o mediador buscará a estratégia mais adequada, através das boas práticas
docentes para a mediação do conhecimento, tendo como o foco o aprender, compreendendo
que a educação transforma de dentro para fora, mas também de fora para dentro, em uma
estrada de mão dupla, onde o caminho muda de acordo com os viajantes encontrados ao longo
da vida.
A referida SA estudada nesse trabalho está intimamente relacionada a Unidade
Curricular Planejamento do processo de ensino e aprendizagem, onde indica que a prática
docente é formulada com base na autorreflexão do professor, através de fatores essenciais a
24
exemplo da sua experiência e bagagem profissional e educacional, que deve ser alinhada a
novos conhecimentos adquiridos continuamente ao longo de sua jornada educacional e
aplicada de forma intencional para exercer siginicado junto aos alunos.
Esse mesmo olhar crítico pode ser utilizado na análise da SA Relações Interpessoais,
Ética e Cidadania na Prática Docente que baseou este trabalho. Essa privilegiou o
relacionamento interpessoal ao encorajar os alunos envolvidos a compartilhar informações,
conduzindo-os ao diálogo, sendo que durante esta interação ampliam-se as bases do
conhecimento e aprimora-se o poder analítico. Assim, inicia-se um ciclo em que o ser
humano quando transforma a informação em conhecimento, adiciona a este sua análise
crítica, exercitando sua criatividade e produzindo ainda mais conhecimento.
Relações interpessoais, segundo Antunes (2012), formam um conjunto de
procedimentos que, facilitando a comunicação e as linguagens, estabelecem laços sólidos nas
relações humanas. Algumas pessoas são mais sérias, outras mais extrovertidas, enfim, cada
pessoa possui particularidades que a torna única e singular. É importante que o docente
entenda essas particularidades e as utilize para agregar valor ao aprendizado. Quando isso
acontece, os laços de amizade se estreitam e se fortalecem, à medida que há interação.
Neste contexto, as Relações interpessoais, ética e cidadania na prática docente, já
estudada, nos possibilitou entender como a Psicologia Cognitiva é importante no processo
ensino-aprendizagem, haja vista que segundo Aguiar (2013), trata das percepções das pessoas,
de seus valores e de suas atribuições. Conhecer essas informações ajuda o docente a valorizar
as opiniões de seus alunos e a respeitá-las.
No caso da referida SA, é possível sugerir a apresentação de fatores culturais e
climáticos no levantamento do problema, pois ainda que estes sejam índices abstratos, podem
ser essenciais no levantamento das informações para resolução de problemas. Sugere-se
ainda a possibilidade de o aluno realizar levantamento de outros problemas potenciais na
situação, a fim de promover a transcendência no processo de aprendizagem. Em relação à
carga horária destinada às atividades da SA (vinte horas), recomenda-se que seja aumentada
para trinta horas, com o objetivo de ser feito levantamento, estudo e pesquisa de forma mais
criteriosa e rica em detalhes, revendo ações, causas e soluções dos problemas, gerando
experiência.
É evidente que o sucesso do processo de ensino-aprendizagem depende da qualidade
da informação a qual as pessoas são expostas. Desta forma, caso as informações estejam
muito aquém da capacidade de assimilação do grupo, ou descontextualizadas da realidade das
pessoas, as informações não se transformarão em conhecimento. O que ocorreu com os
25
Fundamentos da Psicologia Cognitiva e da Psicometria. Como tais assuntos, até então eram
desconhecidos da maioria das pessoas envolvidas, houve prejuízo na retenção das
informações apresentadas.
Este ponto a melhorar apresentado na SA analisada ressalta a importância da avaliação
diagnóstica nos processos de mediação. Neste caso, se o desconhecimento de tal assunto fosse
detectado previamente, poder-se-ia abordar o assunto com um viés diferente, facilitando a
aquisição do conhecimento e o atingimento dos objetivos. Além de que a relação entre a SA e
os assuntos abordados na Unidade Curricular poderiam ser melhor conectados se, por
exemplo, fosse proposto a identificação dos motivos pelos quais os alunos da escola estudada
no problemas estavam apresentando dificuldades de aprendizagem. Este assunto teria relação
direta com a Psicologia Cognitiva.
É necessário compreender que as boas práticas docentes estão intimamente
relacionadas às constantes atualizações tecnológicas e sociais, alta competitividade no
mercado de trabalho, mas principalmente às necessidades individuais dos alunos em seu
desenvolvimento cognitivo ao longo da jornada escolar. A sensiblidade do professor em
encontrar estratégias adequadas a cada situação deve proceder de muita pesquisa, estudo e
compreensão de sua responsabilidade enquanto mediador de situações de aprendizagem
significativas na vida de seus discentes, atuando de forma interdisciplinar e contextualizada.
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