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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
FUNDOS DE INVESTIMENTOS
CURITIBA / 2012
GUILHERME RODRIGUES DE SOUZA MARCELO SASSAKI
SIMONE RAMOS THICIANE FLORENCIO DE OLIVEIRA
FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Este trabalho tem por finalidade apresentar o projeto de monografia dos alunos MBA em Finanças, orientados pelo Prof. Benedito.
CURITIBA / 2012
“A experiência ensina e investigações confirmam que todos nós recordamos melhor aquilo que fazemos ativamente.”
(SALOMON, 1999, p. 127).
SUMÁRIO INTRODUÇÃO.............................................................................................................4 1. PRODUTOS OFERTADOS PELO MERCADO FINANCEIRO.................................6 1.1 NTN B ....................................................................................................................6
1.2 LETRAS FINANCEIRAS DO TESOURO – LFT.....................................................6
1.3 LETRAS DO TESOURO NACIONAL – LTN..........................................................6
2. DEPÓSITOS DE POUPANÇA.................................................................................7
2.1 NOVA POUPANÇA................................................................................................7
3. CDB – CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO E RDB- RECIBOS DE DEPÓSITO BANCÁRIO...............................................................................................8
3.1 RENTABILIDADE...................................................................................................9
3.2 PRAZO...................................................................................................................9
3.3 RISCO....................................................................................................................9
3.4 TRIBUTAÇÃO.............................................................................................9
4. DEBÊNDURES.......................................................................................................10
4.1. TIPOS DE DEBÊNDURES..................................................................................10
4.2. LETRA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO...................................................................11
4.2.1. PRAZOS...........................................................................................................12
4.2.2. TRIBUTAÇÃO..................................................................................................12
4.3. LETRAS DE CRÉDITO AGRONEGÓCIO...........................................................12
4.3.1. VANTAGENS...................................................................................................13
4.3.2. PÚBLICO ALVO...............................................................................................13
4.4. LETRA HIPOTECÁRIA........................................................................................13
4.5. ETF – European Training Foundation ................................................................14
4.5.1. VANTAGENS DE INVESTIR EM ETFs............................................................15
4.6. MERCADO DE CARBONO.................................................................................16
4.7. MERCADOS VOLUNTÁRIOS.............................................................................17
4.8. TIPOS DE FUNDO DE INVESTIMENTOS..........................................................17
4.8.1. OS FUNDOS QUE SE ADEQUAM AOS SEUS OBJETIVOS..........................18
5. INVESTIDOR QUALIFICADO................................................................................19
5.1. CONCEITO..........................................................................................................19
5.2. DIFERENÇA DOS FUNDOS...............................................................................19
6. TIPOS DE FUNDO.................................................................................................20
6.1. FUNDOS DE CURTO PRAZO............................................................................21
6.2. FUNDO REFERENCIADO..................................................................................22
6.3. FUNDO DE RENDA FIXA DI...............................................................................22
6.4. FUNDO DE RENDA FIXA PRÉ-FIXADOS..........................................................23
6.5. FUNDO DE RENDA FIXA PÓS FIXADOS..........................................................24
6.5.1. PRÉ-FIXADOS PREDOMINAM AO REDOR DO MUNDO..............................25
6.5.2. COMPOSIÇÃO DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO......................................25
6.6.. FUNDOS DE AÇÕES.........................................................................................25
6.6.1. COBRANÇA DE IMPOSTO DE RENDA(IR)....................................................26
6.6.2 IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS(IOF)...................................26
6.6.3. RISCOS............................................................................................................27
6.6.4. TAXAS COBRADAS.........................................................................................27
6.7. FUNDOS CAMBIAIS...........................................................................................28
6.8. FUNDOS DERIVATIVOS....................................................................................29
6.8.1. MERCADO DE RISCO.....................................................................................29
6.8.2. OBJETIVOS.....................................................................................................30
6.8.3. HEDGERS........................................................................................................31
6.8.4. GLOSSÁRIO SIMPLIFICADO..........................................................................31
6.9. FUNDOS MÚTUOS DE PRIVATIZAÇÃO/FGTS.................................................34
6.9.1. COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA DE UM FMP-FGTS........................................34
6.9.2. RECURSOS QUE CONSTITUEM O FMP-FGTS............................................34
6.9.3. CLUBE DE INVESTIMENTO – FGTS (CI-FGTS)............................................34
6.9.4. COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA DO CI-FGTS..................................................35
6.9.5. CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO DOS FMP-FGTS.................................35
6.9.6. COTISTA DO FMP-FGTS................................................................................35
6.9.7. CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO DOS CI-FGTS.....................................35
6.9.8. LIMITE PARA APLICAÇÃO NOS FMP-FGTS E CI-FGTS...............................36
6.9.9. RISCOS DE APLICAÇÃO NOS FMP-FGTS OU CI-FGTS..............................36
6.9.10. SALDO DO FGTS X APLICAR NOS FMP-FGTS E CI-FGTS........................36
6.9.11. CONDIÇÃO DE FUNCIONAMENTO E RISCOS ENVOLVIDOS DE UM FMP-
FGTS OU CI-FGRTS..................................................................................................37
6.9.12 TAXAS QUE INCIDEM SOBRE OS FMP-FGTS e CI-FGTS..........................37
6.9.13. RESGATE E TRANSFERIBILIDADE DAS COTAS DOS FMP-FGTS...........37
6.9.14 RESGATE POR CLUBE DE INVESTIMENTO – FGTS..................................38
6.9.15. CONDIÇÕES PARA SACAR O SALDO DA APLICAÇÃO.............................38
6.9.16. FUNDO MÚTUO DE PRIVATIZAÇÃO – FGTS – CARTEIRA LIVRE (FMP-
FGTS-CL)...................................................................................................................38
6.9.17. COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA DOS FMP-FGTS-CL....................................39
6.10. FUNDO DA DÍVIDA PÚBLICA..........................................................................40
6.11. FUNDOS FAPI – FUNDO DE APOSENTADORIA PROGRAMADA
INDIVIDUAL...............................................................................................................41
7. TAXAS, IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES............................................................41
7.1. TAXA DE ADMINISTRAÇÃO..............................................................................41
7.2. TAXA DE PERFORMANCE................................................................................42
7.3. TAXA DE ENTRADA E SAÍDA............................................................................42
7.4. TRIBUTAÇÃO EM FUNDOS DE INVESTIMENTOS..........................................42
7.4.1. IMPOSTO DE RENDA.....................................................................................43
7.4.1.1. RECOLHIMENTO DE IR E “COME-COTAS”................................................44
7.4.2. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS - IOF.................................45
7.4.3. CPMF...............................................................................................................46
7.5. CONTA INVESTIMENTO....................................................................................46
8. PESQUISA.............................................................................................................46
8.1. METODOLOGIA UTILIZADA NA PESQUISA....................................................46
8.2. RESULTADOS...................................................................................................48
9. CENÁRIO ATUAL...................................................................................................50
9.1 SELIC...................................................................................................................50
9.1.1 REFLEXO DAS ALTERAÇÕES NOS INVESTIMENTOS.................................51
9.2 BOLSA..................................................................................................................52
CONCLUSÃO.............................................................................................................54
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................55
ANEXOS.....................................................................................................................56
RESUMO – FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Transmitir aos investidores o conceito de que a diversificação da carteira
contribui para reduzir o risco e pode aumentar o retorno no longo prazo é sempre um
desafio para os profissionais de finanças. O investidor fica muito desconfortável com
as oscilações de curto prazo e exige rentabilidade, segurança e liquidez para as
aplicações.
No Brasil, devido ao longo histórico de instabilidade financeira, juros altos e
inflação elevada, as discussões conceituais sobre os benefícios da diversificação
sempre tiveram pouco sentido prático. As aplicações, obrigatoriamente, deveriam
prever a possibilidade de resgates a qualquer momento e precisavam estar
vinculadas às taxas de juros do mercado financeiro.
A explicação estava na percepção de que o governo brasileiro, para financiar
o orçamento desequilibrado, rolar uma dívida pública crescente, administrar
eventuais déficits no balanço de pagamentos e evitar uma crise financeira de
grandes proporções, tinha que garantir remuneração elevada aos bancos. Os
investidores pegavam carona nesse ambiente de insegurança, mas com o cuidado
de preservar a liquidez das aplicações para tentar evitar os prejuízos com
desvalorizações cambiais, confiscos ou congelamentos.
Os investimentos em bolsa eram vistos como oportunidades apenas para
aqueles que poderiam ter algum tipo de informação exclusiva. Compensaria apenas
se fosse possível lucrar com as consequências das eventuais medidas
macroeconômicas, tomadas como tentativa de domar a inflação. A diversificação da
carteira era vista como sinônimo de especulação, restrita a poucos mais bem
informados.
Os números da economia davam suporte à atitude reticente dos investidores.
Na década de 70 a inflação média foi de 33% ao ano, patamar semelhante ao dos
juros das operações de curto prazo. Nos anos 80 e 90, a inflação média anual saltou
para 265% e 270%, respectivamente. Já os juros das aplicações interfinanceiras
subiram ainda mais, para 280% ao ano na década de 80 e 340% ao ano durante o
período entre 1990 e 1999.
O rendimento acima da inflação — chamado de juro real — dos investimentos
vinculados aos juros dos Certificados de Depósitos Interfinanceiros (CDI) atingiu o
ponto máximo nos anos 90, quando foi de 18% ao ano. Ainda que o Imposto de
Renda (IR) sobre os rendimentos das aplicações tenha consumido boa parte desse
ganho real, os lucros foram excelentes.
Nos dez anos entre 2000 e 2009 houve a queda acentuada da inflação média
anual, para 6,6%. No entanto, apesar da maior estabilidade financeira, a
rentabilidade das aplicações de curto prazo continuou proporcionalmente elevada,
ficando na média de 16% ao ano. O ambiente financeiro continuou inibindo a
diversificação.
Atualmente, com a inflação no patamar de 5,5% ao ano e os juros de curto
prazo, balizados pela taxa Selic, em 7,25% ao ano, houve uma mudança de
comportamento. Os investidores passaram a buscar o alongamento do prazo dos
investimentos de renda fixa e a diversificação passou a ser fundamental para
conseguir aumentar os ganhos, apesar dos riscos.
A remuneração da caderneta de poupança hoje é de 70% da taxa Selic,
equivalente a 5,08% ao ano, livre de IR. É o piso para as aplicações de renda fixa e,
ainda assim, vem atraindo volumes cada vez maiores. Mas existem alternativas.
O Tesouro Direto, o sistema de negociação de títulos públicos via internet, é
uma delas. O investidor pode comprar diversos tipos de papéis e as simulações da
rentabilidade podem ser feitas com a calculadora disponível no próprio site.
A tarifa de negociação sobre o montante da transação, a taxa da custódia dos
títulos e o impacto do recolhimento do Imposto de Renda sobre o rendimento dos
papéis no vencimento são padronizados e já estão incluídos nos cálculos. Mas é
preciso estimar a taxa de administração da instituição financeira intermediadora, por
que é um valor livremente estabelecido por cada banco ou corretora.
Considerando que a taxa é de 0,3% ao ano e partindo da suposição de que a
Selic continuará em 7,25% ao ano e a inflação ficará estável em 5,5% ao ano, é
possível comparar o retorno líquido dos diferentes papéis disponíveis. No próprio
site do Tesouro há uma lista com os valores cobrados por cada instituição.
Prever o comportamento da Selic e da inflação para os próximos três anos é tarefa quase
impossível. No entanto, considerando que a margem de erro das estimativas é muito mais baixa do
que já foi no passado, a relação entre a possibilidade de ganhos adicionais e o risco de perdas
inesperadas parece bem favorável.
INTRODUÇÃO
Os fundos de investimento vêm se expandindo ano a ano e já é a principal
modalidade de poupança no Brasil. Essa expansão aumenta a importância da
participação do investidor prudente para operar mercados a partir de conhecimento
e estratégias defensivas, que não significam uma avaliação acovardada das
oportunidades, mas grande ênfase na preservação dos capitais investidos.
A partir dos dados obtidos nessa pesquisa, poder-se-á, através de sua
divulgação, contribuir para a melhoria da qualidade de informações prestadas,
orientando aos cidadãos de forma clara e objetiva como aplicar seu patrimônio
optando em assumir riscos e tendo uma previsão de taxas e impostos que irão
incidir sobre o capital aplicado. Iremos abordar sobre algumas modalidades de
investimentos seus produtos e as modalidades de fundos de investimento. Neste
cenário econômico que estamos vivenciando a desvalorização cambial consolidada
e absorvida pela economia brasileira trouxe um leque de possibilidades de expansão
do mercado e, consequentemente, o desenvolvimento das atividades produtivas. A
expansão de mercado para nossos produtos, viabilizada com a desvalorização do
real diante do dólar, está assentada nos seguintes eixos. Crescimento da produção
de produtos de exportação, uma vez que, diante da nova taxa de câmbio, os preços
dos nossos produtos de exportação garantem maiores ganhos aos exportadores. A
desvalorização cambial garante maior poder de competitividade dos produtos
nacionais com os importados. Assim, há estímulos à produção para atendimento ao
mercado interno em substituição a grande parte dos produtos importados que se
tornaram-se mais caros. Outra possibilidade de expansão do mercado interno está
ligada a tendência de queda continuada da taxa de juros para o consumidor. É
provável que em novembro e dezembro as taxas de juros para o consumidor final
estejam ainda mais baixas que as taxas atuais. Isto irá, evidentemente, estimular
ainda mais o consumo interno e expandir o mercado, mesmo sem a elevação da
renda média dos trabalhadores. O sucesso do governo em continuar reduzindo a
taxa de juros vai depender também do cenário macroeconômico e não somente de
medidas como a redução da taxa de depósitos compulsórios, uma vez que a
expansão do crediário depende não só da redução das taxas de juros, mas,
também, de prazos de financiamentos mais dilatados. E isto só se consegue com
expectativas positivas dos agentes econômicos em relação ao futuro desempenho
da economia.
Tratando de pessoas físicas, a decisão de tomar um empréstimo baseia-se
mais no valor da prestação que, por sua vez, é determinado também pelo prazo. As
medidas do Banco Central são importantes para reduzir as taxas de juros na ponta,
mas seu efeito prático sobre o movimento de vendas depende também de um
cenário econômico mais bem definido.
É este novo cenário econômico e político que irá permitir sensíveis quedas
das taxas de juros através de política do Banco Central como, também, redução do
grau de incerteza quanto ao futuro de nossa economia e, assim, permitir a dilatação
dos prazos de financiamentos. E, finalmente, é neste cenário de estabilidade
econômica e política e juros baixos que irá ancorar, brevemente, o gigante de nosso
potencial de crescimento: a construção civil. O Brasil já transformou em realidade o
sonho de uma economia estabilizada. O nosso grande sonho hoje é o de uma
economia em crescimento com mais igualdade.
1. PRODUTOS OFERTADOS PELO MERCADO FINANCEIRO
Ao analisar a dinâmica do mercado financeiro no que concerne aos objetivos
maiores da politica monetária e, por consequencia, da politica economica global do
governo a Secretaria do Tesouro Nacional, como caixa do governo, capta recursos
no mercado Financeiro via emissão primária de titulos, para execução e
financiamento das dividas internas do governo, inicialmente, via ORTN e LTN, após
o Plano Cruzado via OTN, depois via BTN e LFT e, atualmente, via LTN, LFT e NTN
– uma série infindavel de siglas que identificam titulos com caracteristicas diferentes
de prazo de remuneração, mas que, na sua essencia, cumprem a missao basica de
rolagem da divida interna pelo Tesouro Nacional. Todos os titulos de emissão do
Tesouro cujas caracteristicas serão descritas a seguir estão de acordo com Decreto
3.859, de 04/07/2001.
1.1 NTN B NTN B: O valor nominal do titulo na data-base é atualizado pela variação do Indice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA – do IBGE, desde a data base de
emissão, e paga juros semestralmente com ajuste no primeiro periodo de fluencia
quando couber.
1.2 LETRAS FINANCEIRAS DO TESOURO – LFT
LFTs são emitidas com o objetivo de prover os recursos necessários à
cobertura de deficits orçamentários ou à realização de operações de crédito por
antecipação de receitas para atendimento de determinações legais.
1.3 LETRAS DO TESOURO NACIONAL – LTN
LTN é um título prefixado, o que significa que possui rentabilidade definida no
momento da compra. Esse título possui fluxo de pagamento simples, ou seja, o
investidor faz a aplicação e recebe o valor de face (valor investido somado à
rentabilidade), na data de vencimento do título.
A base legal, objetivos, forma de emissão e prazos da LTN são idênticos aos
da LFT básica. É um título prefixado com valor nominal múltiplo de R$ 1.000,00 sem
fator de remuneração, e os juros a serem pagos estão implícitos no deságio do título
quando de sua emissão e pagos quando de seu resgate pelo valor nominal ou de
face.
2. DEPÓSITOS DE POUPANÇA
Recursos dos depósitos de poupança, sejam os captados por bancos
múltiplos com carteira de crédito imobiliário, bancos comerciais, sociedades de
crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo – APE – e caixas
economicas.
2.1 NOVA POUPANÇA
As regras da nova poupança deram início em maio, quando o Banco Central
anunciou o corte da Selic para 8,5% ao ano. Além de ser a menor taxa básica de
juros da história do país, este é o valor que aciona as novas regras de rentabilidade
da poupança para os depósitos efetuados a partir do dia 4 de maio. A nova
rentabilidade é menor que a clássica fórmula de 0,5% ao mês mais Taxa Referencial
(TR), mas nem por isso os brasileiros ficaram intimidados. Entre os dias 4 e 22 de
maio, a captação líquida da caderneta de poupança foi de quase 2 bilhões de reais,
um aumento de 215% em relação à captação entre janeiro e abril, quando ainda
vigorava a regra antiga. Os donos desse dinheiro agora terão uma rentabilidade
atrelada à Selic enquanto a taxa de juros for igual ou menor que 8,5%; e voltarão a
receber a rentabilidade antiga sempre que a Selic estiver acima deste patamar.
Atuais regras de remuneração da poupança
Depósitos a partir de 04/05/12 com Selic menor ou igual a 8,5% ao ano
Depósitos a partir de 04/05/12 com Selic maior que 8,5% ao ano
Depósitos até 03/05/12 em qualquer patamar de Selic
70% da Selic + TR 0,5% ao mês + TR 0,5% ao mês + TR
Fonte: www.economia.terra.com.br
Quem tinha dinheiro depositado até o dia 3 de maio numa das 98 milhões de
contas poupança abertas no Brasil manterá a remuneração de 0,5% ao mês mais
TRl. Se a queda dos juros se mantiver, com o tempo a tendência é essas pessoas
se tornarem “ricas” em relação aos poupadores mais novos. Se a Selic cair abaixo
de 6% ao ano, essa diferença se tornará ainda mais acentuada, pois os antigos
poupadores garantirão uma remuneração fixa maior que a taxa básica da economia.
Aqueles que estiverem fazendo novos depósitos na mesma conta onde
mantinham os depósitos antigos poderão acompanhar, pelos extratos, qual parcela
do dinheiro é remunerada pela regra antiga e qual é remunerada pela regra nova. Ao
sacar, o poupador resgatará primeiro as quantias sujeitas às novas regras, e apenas
quando estas acabarem passará a sacar o “dinheiro antigo”. Uma alternativa para
não confundir os dois tipos de depósitos é abrir uma nova conta para receber os
novos aportes e manter a conta antiga inalterada. Atualmente, a diferença entre as
rentabilidades da “velha” e da “nova” poupança está em torno de 4%.
3. CDB – CERTIFICADO DE DEPÓSITO BANCÁRIO E RDB- RECIBOS DE DEPÓSITO BANCÁRIO
O CDB e o RDB são títulos de renda fixa, representativos de depósitos a
prazo, utilizados pelos bancos comerciais como mecanismos de captação de
recursos. Estes tipos de investimento envolvem uma promessa de pagamento futuro
do valor investido, acrescido da taxa pactuada no momento da transação. Ao final do
prazo contratado, o banco deve lhe pagar o valor aplicado (principal), acrescido da
remuneração prevista quando da aplicação. Esta remuneração nunca é negativa. A
diferença entre os CDBs e os RDBs é que os CDBs podem ser negociados antes do
vencimento, enquanto os RDBs são inegociáveis e intransferíveis. Porém, no caso
do CDB, negociar o título antes do prazo mínimo implica em perda de parte da
remuneração (devolução com deságio). É importante lembrar que tanto o CDB
quanto o RDB podem ser resgatados junto à instituição emissora, antes do prazo
contratado, desde que decorrido o prazo mínimo de aplicação. Antes do prazo
mínimo não são auferidos rendimentos.
3.1 RENTABILIDADE
As taxas podem ser prefixadas, pós-fixadas ou flutuantes e podem ter mais
de uma base de remuneração, desde que prevaleça a mais vantajosa para o cliente.
3.2 PRAZO
Os prazos mínimos para aplicação e resgate de CDBs e RDBs variam de 1
dia a 12 meses, dependendo do tipo de remuneração contratada.
3.3 RISCO
O risco é baixo por se tratar de renda fixa, estando associado o recebimento
do principal à solidez da instituição, ou seja, caso o banco quebre você pode não
receber aquilo que aplicou. A aplicação é garantida até o limite de R$ 70.000,00 por
CPF, pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), quando realizados em uma
instituição associada ao referido fundo, ou em mais de uma instituição associada ao
mencionado fundo, do mesmo conglomerado financeiro.
3.4 TRIBUTAÇÃO
A tributação do imposto de renda é decrescente em função do prazo da aplicação:
• aplicações até 180 dias: 22,5%
• aplicações até 181 a 360 dias: 20%
• aplicações até 361 a 720 dias: 17,5%
• aplicações acima de 720 dias: 15%
Para prazos inferiores há 30 dias, incidirá o IOF conforme a Tabela
Regressiva de IOF. No vencimento do CDB, o cliente recebe o rendimento bruto
obtido no período descontado o imposto de renda.
4. DEBÊNTURES 4.1 TIPOS DE DEBÊNDURES
As debêntures se apresentam sob duas formas:
Debênture Nominativa: Na debênture Nominativa a companhia emite a debênture
em nome do investidor inicial e realiza o registro e controle de transferências em livro
de registro próprio.
Nominativa Escritural: A debênture Nominativa Escritural é mantida em conta de
custódia, em nome do investidor, em uma instituição financeira devidamente
autorizada pela CVM. As instituições financeiras realizam também o registro e
controle de transferências, procedimento semelhante ao da ação escritural. O
recebimento do valor devido pelo emissor ao investidor, ou seja, o crédito, no
vencimento, pode ser:
Simples: O resgate, ou amortização, se dá em moeda corrente.
Permutável: O investidor recebe, por sua própria opção, ativos ou ações da
empresa, como forma de pagamento, especificados na escritura de emissão.
Conversível: O valor de resgate pode ser trocado por ações, na forma prevista nos
documentos de emissão, por opção do investidor.
• Debêntures não conversíveis
• Debêntures conversíveis em ações
• Debêntures Padronizadas
• Debêntures Simplificadas
• Outros Tipos
• Securitização de Recebíveis com Debêntures
A debênture simples ou não conversível é o tipo mais comum de debênture
que permite às empresas captar recursos de médio e longo prazo, conforme as
características estabelecidas na sua escritura de emissão. Do ponto de vista do
investidor desse tipo de título, seu objetivo é receber periodicamente rendimento
sobre seu investimento e, no seu vencimento, o reembolso de seu valor nominal
acrescido de juros.
Dessa forma, as debêntures simples são títulos de renda fixa adquiridos por
investidores com o objetivo de terem rendimento, que é composto por juros e
prêmios pagos pelo emissor ao comprador (investidor). Os juros podem ser
prefixados ou pós-fixados e, ao adquirir esse título, o investidor sabe a sua data de
vencimento ou de resgate, que nada mais é do que a data em que os títulos serão
pagos. Os rendimentos pagos por esses títulos são definidos em função do risco de
crédito dos seus emissores e das garantias associadas aos títulos, e quanto maior o
rendimento, maior é seu o risco de crédito. Assim como as demais, todas as
condições relativas à emissão de debêntures, como prazos, condições de
remuneração dos compradores, formas de resgates, entre outras, devem ser fixadas
na escritura de emissão.
4.2 LCI – LETRAS DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO
As LCIs – Letras de Crédito Imobiliário, são lastreadas por créditos
imobiliários, são alternativas para investidores que querem correr pouco risco. O
movimento de queda das taxas de juros no Brasil e as expectativas de que tal
trajetória siga em curso têm levado muitos investidores à busca de alternativas mais
atrativas de renda fixa. Em paralelo, este cenário é favorável também para o
mercado de crédito imobiliário, já que torna o financiamento mais abrangente e
favorece a negociação de títulos de longo prazo. Neste contexto, novos produtos
financeiros têm sido oferecidos, ampliando o leque de alternativas para o investidor
e, simultaneamente, contribuindo para o crescimento do mercado de crédito
imobiliário. Embora relativamente recentes no mercado, operações estruturadas e
diferenciadas, como securitizações, por exemplo, certamente devem ganhar cada
vez mais importância. Os bancos comerciais, múltiplos, a Caixa Econômica Federal
e demais intuições que têm autorização do Banco Central para realizar operações
de crédito imobiliário poderão emitir LCIs, cuja contratação deve ser,
obrigatoriamente, registrada na Cetip. Ou seja, estas instituições financeiras utilizam
parte de suas carteiras de créditos imobiliários como lastro para uma aplicação
financeira que pode ser oferecida a seus clientes. Os recursos aplicados, desta
forma, são direcionados para financiamentos habitacionais.
4.2.1 PRAZOS
O prazo de vencimento destes papéis é limitado pelo prazo das obrigações
imobiliárias que serviram de base para o seu lançamento. Vale lembrar que os
créditos dados em caução de determinada LCI podem ser substituídos por outros da
mesma natureza, o que poderia acontecer, por exemplo, no caso de vencimento
antecipado ou liquidação antes do prazo das operações imobiliária dada em
garantia. No caso da Caixa Econômica Federal, atualmente a instituição mais ativa
em crédito imobiliário no Brasil, o prazo mínimo dessa aplicação é de dois meses e o
máximo de 25 meses.
4.2.2 TRIBUTAÇÃO
Do ponto de vista de tributação, o produto é atrativo. Desde 2004 a
remuneração é isenta de Imposto de Renda para pessoas físicas e condomínios de
edifícios residenciais ou comerciais. Já para pessoas jurídicas a tributação segue
adequado com a de renda fixa, começando com alíquotas de 22,5% para aplicações
de até 180 dias, até 15% para prazos superiores a 720 dias.Vale lembrar que
algumas LCIs são oferecidas ao investidor em uma operação vinculada com um
contrato de swap indexado a um percentual do CDI. Ou seja, ao invés de receber
seu retorno indexado à TR (como ocorre na grande maioria das aplicações
relacionadas a financiamento imobiliário, como a poupança, por exemplo) o
investidor tem uma aplicação que paga um percentual do CDI. Considerando
pessoas físicas e condomínios, haverá incidência de Imposto de Renda sobre o
resultado positivo entre a remuneração de LCI (TR + Juros) e a variação do CDI.
4.3 LETRAS DE CRÉDITO AGRONEGÓCIO
A LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) é título de crédito nominativo, de
livre negociação, representativo de promessa de pagamento em dinheiro e constitui
título executivo extrajudicial de emissão exclusiva de instituições financeiras para a
captação de recursos. A LCA é vinculada a direitos creditórios originários de
negócios realizados por agentes da cadeia produtiva do agronegócio.
4.3.1 VANTAGENS
• Alíquota zero de IOF, independentemente do prazo da aplicação;
• Para investidores pessoas físicas: isenção de recolhimento de Imposto de
Renda para Pessoa Física (IRF) na fonte e na Declaração de Ajuste Anual das
Pessoas Físicas (DIRPF);
• Flexibilidade de aplicação com ou sem liquidez, pré ou pós-fixada;
• Risco de crédito do Banco Fator é mitigado pelo direito creditório que lastreia
a LCA.
4.3.2 PÚBLICO-ALVO
Destina-se a clientes: investidores Pessoas Física e Jurídica, que desejam
diversificar seus investimentos;
4.4 LETRA HIPOTECÁRIA
A letra hipotecária é um título lastreado em crédito imobiliário. São poucos os
bancos que a emitem, pois a maioria deles não precisa de recursos, além dos
captados por meio da caderneta de poupança, para conceder financiamentos
imobiliários.Com a queda da taxa de juros, a procura por investimentos de mais
longo prazo aumenta. O principal atrativo dessas aplicações está na remuneração,
que costuma ser bem maior, já que prazos mais longos significam mais risco. As
letras hipotecárias estão entre as opções de investimento para quem pode deixar o
dinheiro aplicado por, no mínimo, seis meses. Durante esse período não é
aconselhável fazer resgates. A vantagem é que elas são isentas de Imposto de
Renda, isso faz com que a sua rentabilidade seja melhor que a de outros produtos,
como fundos e CDB´s. A principal emissora desses títulos é a CEF (Caixa
Econômica Federal), e a partir de fevereiro de 2001 vai diminuir o valor mínimo para
esta aplicação. Passará de R$ 300 mil para R$ 30 mil. Atualmente a CEF tem 9.000
clientes que aplicam em letras hipotecárias. Há um ano era apenas 200 investidores.
Existem três tipos de letra hipotecária:
• As que pagam a TR (Taxa Referencial) mais uma taxa de juros, que depende
do prazo do título e do montante aplicado;
• As que remuneram de acordo com o CDI;
• As que têm uma rentabilidade prefixada.
A letra hipotecária tem apresentado rentabilidade superior à média de outros
investimentos de renda fixa. Geralmente, o mercado de letra hipotecária gira em
torno de 84% do CDI, o que dá aproximadamente 1% ao mês, mas essa
remuneração depende do prazo do investimento e do volume da aplicação. A
rentabilidade líquida de um fundo de renda fixa, por exemplo, deverá variar, nos
próximos meses, de 0,74% a 0,85% ao mês.
O risco do investimento é só no caso de a instituição falir, mas, como a
principal emissora é a CEF, que é da União, ele é considerado pequeno. Elas são
vistas em todo o mundo como o investimento de segundo melhor risco, pois tem
garantia real, que é o imóvel financiado com seus recursos. O investimento
considerado de melhor risco é o título do governo.
4.5 ETF - EUROPEAN TRAINING FOUNDATION
Os fundos de índices, conhecidos no mundo todo como ETFs (Exchange
TradedFunds), são fundos espelhados em índices e suas cotas são negociadas em
Bolsa da mesma forma que as ações. É um tipo de investimento inovador no Brasil,
mas que vem registrando um crescimento constante no volume de ativos. Ao
adquirir cotas de um determinado Fundo, o investidor passa a deter todas as ações
componentes do índice a ele relacionado, sem ter de comprar separadamente os
papéis de cada empresa. Desta forma, os Fundos de Índices podem proporcionar
maior praticidade, rapidez e eficiência no momento de investir, além de facilidade
para acompanhar seu desempenho, que está associado ao do respectivo índice.
Investir em ações faz parte da categoria de renda variável de investimentos. E como
todo investimento de renda variável, está relacionado a fatores externos, que trazem
alguns riscos para o seu negócio. Ou seja, a rentabilidade do seu investimento não
pode ser garantida.
4.5.1 VANTAGENS DE INVESTIR EM ETFs
ETFs listados
Preço (RS) Nome Código Data
Abert. Min. Máx. Méd. Último Osc.(%)
Nº Neg.
ISHARES
BOVA CI BOVA11 19/10/2012 58,74 57,73 58,82 57,97 57,80 -1,60 8.658
ISHARES
BRAX CI BRAX11 19/10/2012 41,83 41,83 41,83 41,83 41,83 -0,35 1
ISHARES
CSMO CI CSMO11 19/10/2012 44,68 44,68 44,68 44,68 44,68 -0,95 1
ISHARES
ECOO CI ECOO11 19/10/2012 52,30 51,76 52,45 52,16 51,91 -0,95 11
ISHARES MILA
CI MILA11 19/10/2012 45,66 45,66 45,66 45,66 45,66 -0,41 1
ISHARES
MOBI CI MOBI11 19/10/2012 18,68 18,68 18,68 18,68 18,68 -1,68 1
ISHARES
SMAL CI SMAL11 19/10/2012 73,27 71,60 73,27 72,67 71,60 -2,37 16
ISHARES UTIP
CI UTIP11 19/10/2012 23,30 23,30 23,30 23,30 23,30 0,21 1
IT NOW IDIV
CI DIVO11 19/10/2012 32,94 32,71 33,00 32,84 33,00 0,30 25
IT NOW IFNC
CI FIND11 19/10/2012 35,35 35,33 35,35 35,33 35,33 -1,09 3
Preço (RS) Nome Código Data
Abert. Min. Máx. Méd. Último Osc.(%)
Nº Neg.
IT NOW IGCT
CI GOVE11 19/10/2012 20,01 20,01 20,01 20,01 20,01 -0,89 1
IT NOW IMAT
CI MATB11 19/10/2012 17,47 17,47 17,47 17,47 17,47 -2,56 1
IT NOW ISE CI ISUS11 19/10/2012 22,39 22,39 22,40 22,40 22,40 -0,97 2
IT NOW PIBB
CI PIBB11 19/10/2012 88,69 87,30 89,01 87,96 87,30 -1,58 136
Fonte: www.bmfbovespa.com.br
4.6 MERCADO DE CARBONO
O Brasil dispõe de uma matriz energética limpa e que alcançou um elevado
grau de desenvolvimento tecnológico no setor de bio-combustíveis. Em
contrapartida, o “Estudo de Baixo Carbono para o Brasil”, desenvolvido pelo Banco
Mundial e publicado em julho de 2010, demonstrou que o país ainda enfrenta
diversos desafios e apresenta boas oportunidades locais de redução das emissões
de GEE (Gases do Efeito Estufa). Desde 1992, quando o país sediou a Conferência
das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, é cada vez mais
evidente o comprometimento do Brasil em relação às mudanças climáticas. Este
posicionamento ganhou reforço recentemente com a promulgação, em dezembro de
2009, da Política Nacional de Mudanças Climáticas do Brasil e, consequentemente,
da adoção do compromisso nacional voluntário para reduzir, na ordem de 36%, as
emissões de GEE projetadas até 2020. O Brasil também tem se mostrado atuante
no mercado de carbono global. No entanto, diante das discussões acerca do cenário
pós-2012, vislumbra-se a necessidade de potencializar o desenvolvimento do
mercado de créditos de carbono no país, de forma que possa atuar como uma
ferramenta efetiva para a mitigação do processo de aquecimento global do clima.
O mercado de carbono na BM&FBOVESPA é um ambiente eletrônico de
negociação desenvolvido para viabilizar, de forma ágil, segura e transparente, o
fechamento de negócios com créditos gerados por projetos de Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL) e no âmbito do mercado voluntário. As operações
são realizadas por meio de leilões eletrônicos, via web, e agendados pela
BM&FBOVESPA a pedido de entidades – públicas ou privadas – que desejem
ofertar seus créditos de carbono no mercado.
• Por convenção, 1ton de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito
de carbono.
• O homem lança mais de 35,5 bilhões de toneladas de dióxido de carbono
(CO2) na atmosfera por ano.
4.7 MERCADOS VOLUNTÁRIOS
Consistem nos mercados de créditos de carbono cujas regras não são
regidas ou não se relacionam com as metas e/ou mecanismos estabelecidos no
Protocolo de Quioto.
4.8 TIPOS DE FUNDOS DE INVESTIMENTOS
A ANBID – Associação Nacional dos Bancos de Investimento dividiu os
fundos em 17 tipos de fundos. Eles foram classificados a partir de sua política de
investimento, ou, secundariamente, por seus fatores de risco. As principais classes
são:
Curto Prazo: Investem em títulos de renda fixa, e sua rentabilidade está atrelada à
taxa de juros utilizada nas operações entre os bancos (CDI). São considerados os
mais conservadores pelo fato dos títulos de suas carteiras possuírem um prazo mais
curto. Papéis com prazo máximo a decorrer de 375 dias e prazo médio da carteira
de, no máximo, 60 dias.
DI: São os preferidos por muitos investidores brasileiros, pois sua performance
segue a variação diária das taxas de juros (Selic/CDI) e tendem a render mais cada
vez que ocorre uma alta das taxas de juros domésticas. Os fundos DI aplicam a
maior parte do seu patrimônio em títulos do governo federal e são considerados de
baixo risco.
Renda Fixa: Estes fundos aplicam uma parcela de seu patrimônio em títulos
prefixados. Estes títulos rendem uma taxa fixa previamente acordada. O que
acontece com os fundos de renda fixa é justamente o oposto dos fundos DI. Quando
os juros estão caindo, estes fundos tendem a render mais que os fundos DI. Quando
as taxas de juros sobem, a tendência é que os fundos DI rendam mais que os de
renda fixa.
Multimercados: Estes fundos combinam investimentos em ativos de renda fixa,
câmbio e ações além de utilizarem ativamente os derivativos. Procuram as melhores
oportunidades destes mercados para obter rentabilidades maiores. Devido à
flexibilidade, dependem do talento do gestor na escolha do melhor momento de
alocar os recursos do fundo em cada um destes mercados.
Ações: São fundos que investem majoritariamente seus recursos em ações
negociadas em bolsa de valores. Dessa forma, estão sujeitos às oscilações de
preços das ações que compõem sua carteira. Devido a essas variações e ao risco,
são mais indicados para quem tem objetivos de investimento de longo prazo.
4.8.1 OS FUNDOS QUE SE ADÉQUAM AOS SEUS OBJETIVOS
Existem dois tipos de fundo que devem ser analisados buscando adequar ao
melhor objetivo. Primeiramente, os fundos que podem ter a rentabilidade melhor se
comparada ao CDI (Fundos de Curto Prazo, DI, Renda Fixa e Multimercados), e
depois os fundos mais arriscados, vinculados a outros indicadores (Fundos de
Ações e Cambiais).
Como a Gestão Ativa Investimentos possui uma política de aplicação que
busca os melhores retornos, para os fundos indexados ao CDI, entende-se como
melhor indicador o da rentabilidade futura, a % do CDI apresentada por aquele
fundo, ou seja, qual a proporção da taxa de juros que normalmente é paga pelo
banco. Com este valor (exemplo: 104,87% do CDI), unido-se às projeções
econômicas do CDI, têm-se uma ideia de qual o retorno se terá com este fundo. A
ideia é buscar o fundo que apresente a maior proporção do CDI, em diferentes
períodos (busque este dado para o mês, últimos 6 meses, 12 meses e 36 meses,
para verificar a consistência do gestor). Já para os fundos de ações e os cambiais,
uma boa alternativa é a procura de projeções dos analistas para aquele mercado
(Dólar, Euro ou Bolsa de Valores) para o próximo ano, lembrando-se sempre de um
fato que já foi comprovado cientificamente, os analistas, via de regra, recomendam
sempre que a Bolsa de Valores, ou o investimento em ações será um bom
investimento para aquele ano, e sua taxa de acerto, historicamente, é de 50% das
vezes eles acertarem.
5. INVESTIDOR QUALIFICADO 5.1 CONCEITO De acordo com a Instrução CVM nº 409, de 18 de agosto de 2004, são
considerados investidores qualificados as pessoas físicas ou jurídicas que possuam
investimentos financeiros no valor superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) e
que, adicionalmente, atestem por escrito sua condição de investidor qualificado
mediante termo próprio.
Em outras palavras, o investidor precisa ter capital aplicado em quaisquer
aplicações onde o montante total supere o valor de R$ 300 mil. Além disso, ele
precisa assinar uma declaração atestando que possui conhecimento sobre o
mercado de capitais suficiente, pois existe uma série de proteções legais que não se
aplicam a esse tipo de investidor.
Com isso, o investidor admite ter conhecimento dos riscos existentes nestas
aplicações e do conjunto de proteções legais e regulamentares que não mais o
protegem. Por se tratar de investimento em títulos com maior risco ou ações de
baixíssima liquidez, as principais regras estão relacionadas a fundos de
investimentos. Por esse motivo, a necessidade de ser investidor qualificado para
investir em CRI tem sido muito questionada.
5.2 DIFERENÇAS DOS FUNDOS
As principais diferenças desses fundos de investimento são:
- Admitir a utilização de títulos e valores mobiliários na integralização ou resgate de
cotas. Em outras palavras, é possível, por exemplo, que ao solicitar um resgate, o
administrador repasse um determinado ativo para o seu nome, ao invés do dinheiro,
e você ficaria com a responsabilidade de vendê-lo.
- Dispensar a elaboração de prospecto. Essa dispensa acontece justamente porque
o investidor garante ter conhecimento sobre o mercado, não sendo necessário a
elaboração desse documento.
- Cobrar taxa de performance conforme estabelecido no regulamento. Essa taxa
também pode ser cobrada em fundos para investidores não-qualificados.
- Estabelecer prazos para conversão (apuração do valor da cota) e para pagamento
de resgates diferentes daqueles previstos para investidores não-qualificados. Isso
implica em aceitar que o resgate só seja apurado e pago após vários dias, muitas
vezes superando 30 dias úteis. Para ter o dinheiro imediatamente, pode até ser
cobrado um desconto (10%, por exemplo), sobre o valor a ser resgatado.
6. TIPOS DE FUNDO
Tradicionalmente, o mercado classifica os fundos de investimentos em:
- Fundos de Renda Fixa - Fundos de Renda Variável
Essa divisão é feita em função da composição da carteira do fundo em
relação à característica de rendimento dos títulos. Assim, um Fundo de Renda
Variável aplicará, no máximo, 49% do total de ativos em títulos de renda fixa e um
Fundo de Renda Fixa concentrará suas aplicações em títulos de renda fixa, podendo
possuir até 49% em ações. Com essa classificação, é criada uma diversidade de
fundos em função dos interesses dos investidores, relacionada ao maior ou menor
risco – composição risco/retorno – a que estão dispostos a se sujeitar. Os fundos
são diferenciados em função de sua composição e política de investimento, porque,
quando as instituições financeiras estruturam seus fundos, estão observando duas
variáveis. Primeiramente, os limites de composição da carteira segundo determinado
pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Esse limite irá
determinar o perfil de liquidez do fundo. A segunda variável é a escolha dos títulos
que irão compor a carteira em função do retorno desejado, o que dará personalidade
ao fundo. Seguindo essa composição, os fundos podem, ainda, ser divididos em
grupos, como são atualmente conhecidos no mercado financeiro:
- Renda Fixa DI;
- Renda Fixa (pré e pós);
- Fundos de Ações;
- Fundos Cambiais;
- Fundos Derivativos;
- Fundos Mútuos de Privatização/FGTS;
- Fundos da Dívida Pública;
- Fundos FAPI;
- Fundos Específicos;
Existem ainda os Fundos de Direitos Creditórios, FIEX (Fundos de
Investimentos no Exterior) e Fundos Imobiliários que possuem legislação
diferenciada. O tipo de investidores que o fundo pretende atingir e o esclarecimento
do risco a que estão vulneráveis é uma exigência feita às instituições financeiras
quando da venda do produto ao investidor. A instituição deverá oferecer as opções
de fundos existentes de modo que o investidor decida por aquele que mais lhe
convier, ciente do grau de risco inerente. Dispositivo regulamentar da Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) que classifica os fundos de investimento. O processo de
classificação de fundos se completa com a classificação da Associação Nacional
dos Bancos de Investimento (ANBID). A classificação, com a composição das
diferentes carteiras, é a seguinte.
6.1 FUNDOS DE CURTO PRAZO
Pode aplicar exclusivamente em títulos públicos federais pré-fixados ou
indexados à taxa SELIC, ou títulos indexados a índices de preços, com prazo
máximo a decorrer de 375 dias, e prazo médio da carteira do fundo inferior a 60
dias, sendo permitida a utilização de derivativos somente para proteção da carteira e
a realização de operações compromissadas lastreadas em títulos públicos federais.
6.2 FUNDO REFERENCIADO
Deve identificar na denominação a referência do seu indicador de
desempenho - que deve estar expressamente definido na denominação do fundo -
em função da estrutura dos ativos financeiros integrantes da respectiva carteira,
desde que atendidas, cumulativamente, as seguintes condições:
a) tenha 80%, no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou
cumulativamente, por títulos públicos federais, e títulos e valores mobiliários de
renda fixa cujo emissor esteja classificado na categoria baixo risco de crédito ou
equivalente, com certificação por agência de classificação de risco localizada no
País, exceto em relação aos fundos referenciados em índices do mercado de ações;
b) estipule que 95%, no mínimo, da carteira seja composta por ativos financeiros de
forma a acompanhar, direta ou indiretamente, a variação do indicador de
desempenho ("benchmark") escolhido;
c) restrinja a respectiva atuação nos mercados de derivativos à realização de
operações com o objetivo de proteger posições detidas a vista, até o limite dessas.
6.3 FUNDO DE RENDA FIXA DI
Nos fundos DI, pelo menos 95% da carteira é composta por títulos que
acompanham a variação do CDI, sendo que pelo menos 80% da carteira deve ser
aplicado em títulos públicos federais, ou privado, com baixo risco de crédito. Além
disso, esses fundos não podem utilizar derivativos para aumentar a rentabilidade,
podendo usá-los somente para efeito de hedge. Por aplicarem a maior parte dos
seus recursos em títulos pós-fixados, os fundos DI são indicados para momentos de
alta dos juros.
6.4 FUNDO DE RENDA FIXA PRÉ-FIXADOS
Quando um investidor aplica em um título de renda fixa pré-fixado como um
CDB ou uma LTN, ele já sabe quantos reais vai receber no vencimento do título. Isto
é, no início da operação ele já sabe qual será sua riqueza no fim da operação. Mas
uma coisa que pode causar surpresa a algumas pessoas é que, até o vencimento do
título de renda fixa, a riqueza do investidor pode até diminuir. A riqueza de um título
de renda fixa para o investidor é quando o título vale no mercado, independente do
investidor querer vendê-lo ou não. Qual é a sua riqueza hoje com respeito a seu
automóvel? Sua riqueza é quanto vale seu carro no mercado, ou seja, quanto você
receberia se o vendesse para alguém, independente de concretizar o negócio ou
não. Sua riqueza não é R$ 30.000,00, pois esse valor só será recebido em um ano,
mas sua riqueza é o valor que o mercado paga pelo carro hoje, por exemplo, R$
30.500,00. O mesmo raciocínio vale para os títulos pré-fixados. A riqueza a ser
proporcionada pelo título no vencimento já está determinada, mas essa não é a sua
riqueza hoje. Esta riqueza depende do valor de mercado do título, mesmo que o
investidor não queira negociá-lo. Como o mercado define o valor de um título pré-
fixado? O mercado olha o valor de resgate do título, seu prazo até o vencimento e a
taxa de juros adequada ao prazo e ao risco de crédito da operação. As operações
de renda fixa têm risco de crédito como um elemento muito relevante, uma vez que
esse tipo de risco está ligado à possibilidade do emissor do título não honrar o
pagamento no seu vencimento, ou seja, não honrar o seu resgate. Quanto maior é o
risco de crédito, maior é a rentabilidade esperada do título, portanto, maior é a taxa
de juros a ele associada. Essa relação entre risco e juros deve-se ao fato de que um
investidor racional só aceita correr mais risco se tiver a esperança de ter maior
retorno. Assim, dois títulos pré-fixados, com o mesmo valor de resgate, mas com
riscos de crédito diferentes, possuem taxa de juros diferentes. O de maior risco tem
maior taxa de juros, já o de menor risco tem menor taxa. Sendo assim, pode-se
concluir que o título com maior risco de crédito, possui uma qualidade pior, portanto,
possui menor valor, enquanto que o título com melhor risco de crédito, por ter melhor
qualidade, possui maior valor. Em resumo, o título com maior risco de crédito tem
maior taxa de juros e menor valor. Por outro lado, o título com menor risco de crédito
tem menor taxa de juros e maior valor. Resumindo esses conceitos identifica-se que,
para títulos de renda fixa pré-fixados, quanto maior a taxa de juros, menor é o valor
do título, quanto menor a taxa de juros maior o valor do título e vice-versa. A taxa de
juros no mercado não é constante, ela varia continuamente, em função das
condições da economia e em função dos riscos associados às operações,
principalmente o risco de crédito. É um erro pensar que o valor de um título de renda
fixa é estável, pelo contrário, ele é volátil. Assim, dada a volatilidade das taxas de
juros, o valor de um título de renda fixa pode até diminuir, basta para tal que as
taxas de juros do mercado subam abruptamente. Isto é claramente verificado nos
fundos de renda fixa, os quais são obrigados a reconhecer o valor de mercado dos
seus ativos. Nesse caso, um aumento da taxa de juros implica na perda de valor dos
títulos que o fundo tem em carteira e na diminuição do valor da cota, levando o
investidor a ter perdas. A pergunta pertinente é: para que serve a taxa original do
título de renda fixa, se usamos apenas a taxa de mercado para avaliar o valor do
título? A taxa original do título prefixado serve apenas para calcular seu valor de
resgate, ou seja, a riqueza no vencimento.
6.5 FUNDOS DE RENDA FIXA PÓS-FIXADOS
Os títulos pós-fixados funcionam de forma diferente. Quando se investe em
um pós-fixado, o quanto irá receber será identificado somente no final da aplicação.
Isso ocorre porque o rendimento é determinado pela variação de um determinado
índice mais uma taxa de juros determinada no início. Esses títulos têm o seu
rendimento fixado como sendo a soma da variação da inflação (medida pelo IGP-M
ou IPCA) mais uma taxa de juros pré-determinada. Portanto, se a inflação for 7% e a
taxa pré-determinada for de 6%, então a taxa bruta (excluindo impostos) será de
13%. Se a inflação subir para 9%, então a taxa bruta sobe para 15%. É exatamente
por isto que a maioria dos analistas fala que um investimento pós-fixado é mais
adequado quando se espera um aumento da inflação, ou da taxa de juros. Pois,
neste tipo de cenário o rendimento do título tende a subir aumentando o retorno para
o investidor.
6.5.1 PRÉ-FIXADOS PREDOMINAM AO REDOR DO MUNDO
Embora no mercado brasileiro exista uma elevada participação dos títulos
pós-fixados, na maior parte do mundo são os títulos pré-fixados que predominam,
principalmente quando somente os títulos públicos são levados em consideração.
Esta é a situação, por exemplo, dos mercados norte-americano, europeu e japonês.
Vale lembrar, porém, que, em mercados como o norte-americano, títulos pós-fixados
indexados pela inflação têm ganhado maior espaço. Em um mercado dominado por
títulos do tesouro norte-americano, os TIPS, que são corrigidos pela inflação, têm se
popularizado.
6.5.2 COMPOSIÇÃO DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO
Boa parte dos fundos de investimentos não divulga a composição de suas
carteiras com a intenção de proteger sua estratégia do mercado ou até mesmo
esconder operações arriscadas. O investidor não deveria se contentar em saber
apenas a rentabilidade passada, mas sim, como ela foi atingida. O site da CVM
mostra a composição da carteira de todos os fundos mês a mês, com três meses de
atraso. A carteira pode ser composta por ações (Ex: Petr4, Vale5), Opções, Caixa,
CDBs, Títulos do Governo, Títulos privados, CDBs, operações no mercado futuro de
dólar e juros, cotas em outros fundos, etc.
6.6 FUNDOS DE AÇÕES
Um fundo de ações é um condomínio que reúne recursos de um conjunto de
investidores, com o objetivo de obter ganhos financeiros a partir da aquisição de
uma carteira de títulos e valores mobiliários com no mínimo 67% de ações de
empresas listadas na Bovespa. Através dos fundos, os pequenos investidores têm
acesso a melhores condições de mercado, menores custos e contam com
administração profissional, colocando-os em igualdade com os grandes investidores.
Os fundos tornam possível a diversificação dos investimentos, através da aplicação
em diferentes setores, visando diluir o risco e aumentar o potencial de retorno. É
válido também ressaltar que os recursos dos fundos nunca se misturam aos da
instituição administradora. Atualmente funcionam sobre a autorização da CVM -
Comissão de Valores Mobiliários, órgão responsável por sua regulação e
fiscalização, buscando a proteção do investidor. A Instrução CVM nº: 409 dispõe
sobre a constituição, a administração, o funcionamento e a divulgação de
informações dos fundos de investimento, conceituados como: "uma comunhão de
recursos constituída sob a forma de condomínio, destinado à aplicação em títulos e
valores mobiliários, bem como em quaisquer outros ativos disponíveis no mercado
financeiro e de capitais". Cabe à ANBID auxiliar na construção, modernização e
aperfeiçoamento da legislação de fundos de investimento, influenciar e dar suporte à
indústria para explorar adequadamente as oportunidades de crescimento e melhorar
constantemente seus pilares.
6.6.1 COBRANÇA DE IMPOSTO DE RENDA (IR)
Alíquota de Imposto de Renda na fonte é única e incidente apenas no
resgate.
Alíquota Prazo de Permanência
15% Sem necessidade de cumprimento de prazo mínimo
Importante: não há "come-cotas" para os Fundos de Ações. O imposto de
renda só incide no momento do resgate.
6.6.2 IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS (IOF)
O imposto sobre operações financeiras ( IOF ) incide caso o prazo entre
aplicação e o resgate seja inferior a 30 dias e as suas alíquotas são decrescentes
em função do prazo como o imposto de renda , as alíquotas incidem sobre a
rentabilidade obtida.
6.6.3 RISCOS
Os Fundos podem sofrer fortes oscilações, tanto positivas quanto negativas,
dependendo da composição da carteira que o fundo é composto, porém também ,é
uma excelente oportunidade quando os preços das ações estão baixos e há
perspectivas reais de crescimento das empresas e do país. São referenciados em
um índice, conhecido como “Ibovespa”. Os fundos passivos costumam espelhar o
Ibovespa, com o objetivo de igualar a performance do fundo com o índice. Outros
fundos, os ativos, tem como meta superar o rendimento do Ibovespa. Também há os
fundos setoriais, que dirigem os investimentos em papéis de determinados setores
como telecomunicações, energia e bancos.
O investidor ao aplicar os seus recursos financeiros em um fundo de
investimento estará adquirindo uma certa quantidade de cotas que representarão o
patrimônio do fundo de investimento. Para calcular o valor da cota o administrador
utiliza a seguinte metodologia: Cota de Fechamento. O Administrador irá determinar
o valor da cota no final do dia e para tanto irá se utilizar o valor do patrimônio do
fundo constante no final do dia, nessa situação o investidor somente irá saber o
valor da cota no dia seguinte ao da aplicação.
6.6.4 TAXAS COBRADAS
As taxas que podem ser cobradas pelo Administrador do Fundo são:
Taxa de administração: É uma taxa que o administrador cobra para executar os
trabalhos relativos a administração da carteira do fundo , essa taxa é definida ( em
geral ) em termos anuais e incide diariamente sobre o patrimônio do fundo . Assim
ao divulgar o valor da cota o administrador já terá descontado o valor da taxa de
administração.
Taxa de performance: É uma taxa que é cobrada em função dos objetivos de
rentabilidade que são definidos no estatuto social do fundo , assim caso o gestor do
fundo ultrapasse esses objetivos ele fará jus a uma remuneração . De igual forma o
administrador ao divulgar o valor da cota do fundo já terá descontado o valor da taxa
de performance do fundo . Além destas taxas, o Fundo também cobra taxa do
CETIP, CVM , e Auditoria.
6.7 FUNDOS CAMBIAIS
Os fundos cambiais investem em títulos atrelados à variação da taxa de
câmbio do real frente a uma moeda estrangeira, como o dólar norte-americano e o
euro, por exemplo. O principal fator de risco da carteira de um fundo classificado
como "Cambial" é a variação de preços de moeda estrangeira ou a variação do
cupom cambial. É recomendado para investidores moderados, que buscam
preservar o poder de compra de seu patrimônio na moeda estrangeira ao longo do
tempo. Porém, nestes fundos o investidor também está sujeito às oscilações das
taxas de juros domésticas sobre a moeda estrangeira. O fundo cambial aplica
recursos em títulos emitidos em moeda estrangeira por bancos e empresas,
acompanhando assim o comportamento da moeda. Por isso, com a valorização do
dólar, a rentabilidade aumenta. Segundo Marcelo Pacheco, gerente executivo de
fundos multimercado do BB DTVM, a tendência é que a rentabilidade se mantenha
em alta. “O fundo deve se manter atraente porque a economia americana irá iniciar
um processo de recuperação, e o dólar continuará se valorizando”, avalia. Por
garantir a proteção contra a variação cambial, processo chamado de hedge cambial,
a aplicação vale principalmente para investidores que tenham qualquer
compromisso no exterior que deve ser pago no futuro com a moeda estrangeira.
Seja eles uma dívida, um negócio, um curso ou uma viagem. Além deste tipo de
fundo ser composto por títulos atrelados à variação cambial, ele tem aplicações em
títulos que pagam juros sobre a variação da moeda, taxa chamada de cupom
cambial. Dessa forma, mesmo que a moeda referida tenha sofrido uma alta no
período, se a Taxa Selic aumentar e o fundo tiverem papéis com juros de longo
prazo, as cotas podem sofrer uma perda. Outro ponto positivo, já que a Selic tem
perspectiva de queda para os próximos meses. Apesar dos apelos momentâneos,
os fundos cambiais são arriscados para fins de multiplicação de patrimônio. Eles
podem trazer prejuízos em um cenário de desvalorização dólar. Um investidor que
aplicou 19.000 reais em um fundo cambial, com o dólar a 1,90 real terá 10.000
dólares. Se o dólar passar a 1 real, o investidor continua a ter 10.000 dólares, mas
se fizer o resgate em reais terá apenas 10.000 investidos.
6.8 FUNDOS DERIVATIVOS
Derivativos são instrumentos financeiros que têm seus preços derivados (daí
o nome) do preço de mercado de um bem ou de outro instrumento financeiro. Por
exemplo, o mercado futuro de petróleo é uma modalidade de derivativo cujo preço é
referenciado dos negócios realizados no mercado à vista de petróleo, seu
instrumento de referência. No caso de um contrato futuro de dólar, ele deriva do
dólar à vista; o futuro de café, do café à vista, e assim por diante.
6.8.1 MERCADO DE RISCO
O gestor de um fundo de derivativos pode, por exemplo, achar que o preço de
um determinado ativo a ser negociado vai subir daqui a seis meses, de 50 para 70.
Ele entra na operação como comprador. Assim, garante que, mesmo que daqui a
um tempo o preço suba, ele comprará pelo preço combinado. Porém, se esse valor,
de 50 para 30, o investidor pode ter que pagar pela quantia combinada, que pode
ser maior do que a encontrada no mercado à vista. É nessa incerteza que entende-
se o risco na operação. Esses ativos podem ser preços de commodities, como soja,
feijão e arroz, preços de ações, cotações do dólar, ouro ou até o índice futuro da
Bovespa. Além dessa modalidade, conhecida como mercado de "futuros", o
mercado de derivativos inclui operações "a termo" e "opções". No primeiro caso, os
interessados negociam o ativo para liquidação em data futura, e com entrega
obrigatória da mercadoria, seja dólar, ouro ou o que for. É muito utilizado em
operações de financiamento, quando se compra um papel à vista para vendê-lo a
termo e ganhar na diferença de valor. Nas opções, o investidor compra o direito de
exercer sua vontade num prazo determinado, e por isso paga uma parte do valor do
ativo. Na data marcada, ou seja, no vencimento das opções, o investidor pode
exercer esse direito, ou não, caso em que seu dinheiro vira pó. Uma operação com
derivativos pode ter diferentes objetivos, mas os quatro principais são: Hedge,
alavancagem, especulação e arbitragem.
6.8.2 OBJETIVOS
Hedge: São os instrumentos de proteção financeira mais eficiente para a
administração de riscos decorrentes das incertezas quanto ao comportamento futuro
de índices, taxas ou moedas. Por isso, em sua grande maioria, são usados por
empresas com dívidas em dólar para fazer "hedge" (seguro). Se uma empresa tem
dívidas a pagar em dólar pode fechar na BM&F (Bolsa de Mercadoria e Futuros) um
contrato de dólar futuro para garantir que pagará a cotação desejada quando tiver
que quitar a dívida. O mesmo vale para um produtor agrícola, que quiser se proteger
contra possíveis quedas no preço de sua mercadoria. Mas o investidor comum pode
se aventurar nesse mercado? Segundo o economista Álvaro Fontes, somente se for
uma quantia absolutamente dispensável. "Não é recomendado que a maior parte da
carteira fosse alocada em derivativos", considera. Ele explica que esse segmento
exige uma grande capacidade de avaliação de risco para investir com maior grau de
segurança.
Alavancagem: os derivativos têm grande poder de alavancagem, já que a
negociação com esses instrumentos exige menos capital do que a compra do ativo à
vista. Assim, ao adicionar posições de derivativos a seus investimentos, você pode
aumentar a rentabilidade total deles a um custo menor.
Especulação: o mesmo que tomar uma posição no mercado futuro ou de opções
sem uma posição correspondente no mercado à vista. Nesse caso, o objetivo é
operar a tendência de preços do mercado.
Arbitragem: significa tirar proveito da diferença de preços de um mesmo produto
negociado em mercados diferentes. O objetivo é aproveitar as discrepâncias no
processo de formação de preços dos diversos ativos e mercadorias e entre
vencimentos. O mercado de derivativos abrange um amplo leque de operações que
estão sempre inseridas nos mercados a termo, de futuros, de opções ou de swap.
Em qualquer um deles, o investidor poderá negociar tanto commodities quanto
ativos financeiros, como taxas de juro, índices de mercado etc. É comum vermos
investidores à procura de operações com derivativos para especular e para buscar
proteção. Esta segunda atitude caracteriza o investidor como um hedger.
6.8.3 HEDGERS
Para eles, o mercado de derivativos oferece proteção e pouco risco. Funciona
como uma espécie de apólice de seguro, em que o comprador paga um prêmio para
limitar suas perdas. Se o investidor não precisar utilizar sua “apólice” de seguro,
perderá apenas o prêmio pago para a contração do “serviço”. Acontecendo algum
incidente, estará ele protegido. Na prática, a forma de limitar as perdas significa
travar um preço para o ativo. Assim, seja qual for o andamento dos preços dos
ativos no mercado à vista, o investidor tem a garantia de determinando preço para
esses mesmo ativos em certa data futura.
Se cair e ele tiver garantido um bom preço de venda, ganha dinheiro. Se subir
e ele tiver garantido um baixo preço de compra, ele compra e vende. Se nada disso
acontecer, suas opções “viram pó” e ele perde a oportunidade. No Brasil, o mercado
de futuros é gerenciado e acontece através da BM&F – Bolsa de Mercadorias &
Futuros.
6.8.4 GLOSSÁRIO SIMPLIFICADO
O mercado de derivativos possui um linguajar específico, sendo:
Opção: é um direito de comprar ou vender um montante de um determinado ativo a
um preço pré-estabelecido dentro de um certo intervalo de tempo. Pode ser
comparado a um seguro, pelo qual o agente paga um prêmio e tem o direito, e não a
obrigação, de exercê-lo. Leia mais;
Put: termo em inglês que equivale a uma opção de venda. Ou seja, quem compra
uma put tem o direito de vender um certo ativo por um preço pré-determinado;
Call: expressão análoga à put, porém que corresponde à uma opção de compra;
Opções americanas: diferentemente do que se pode imaginar em um primeiro
momento, o termo não tem qualquer referência à geografia, mas refere-se às opções
que podem ser exercidas em qualquer momento, ou seja, desde sua data de
aquisição até sua data de vencimento.
Opções europeias: contrastam-se às opções americanas, podendo ser exercidas
somente na data do vencimento;
Prêmio da opção: valor a ser pago pelo investidor para adquirir uma opção. As
variáveis que influenciam a determinação do prêmio são: preço e volatilidade do
ativo objeto, tempo até o vencimento, taxa de juros e preço de exercício.
Black & Scholes: modelo matemático, desenvolvido pelos economistas Fisher
Black e Myron Scholes, mais difundido para a determinação do valor justo do prêmio
de uma opção. O modelo funciona para opções de compra ou venda do tipo
europeu. No caso de opções do tipo americanas, somente para aquelas sobre ações
sem dividendos;
Ativo objeto (ou base): designa o ativo primário dos derivativos. As opções, por
exemplo, podem ser referenciadas em: ações, índices, moedas, contratos futuros,
entre outros;
Preço de Exercício: valor pelo qual a opção pode ser exercida. Ou seja, o titular de
uma opção poderá comprar ou vender ativo base por um determinado preço de
exercício;
Virar pó: quando uma opção não é exercida, o investidor perde o valor total pago
como prêmio. Diz-se, então, que a opção “virou pó”;
Opção atthemoney: é uma opção que apresenta preço de exercício igual ao preço
do ativo objeto no mercado à vista;
Opção in themoney: supondo uma opção de compra, é aquela em que o preço do
ativo base no mercado à vista é superior ao preço de exercício, ou seja, caso
exercida, o investidor apresentará lucro. Se for uma opção de venda, é aquela cujo
preço de exercício está acima do preço do ativo objeto no mercado à vista;
Opção out of the money: contrapõe-se à opção in the money. Em caso de ser uma
opção de compra, o preço de exercício acima do preço do ativo no mercado à vista.
Sendo uma opção de venda, o preço do ativo no mercado à vista é superior ao
preço de exercício;
Valor intrínseco: diferença entre o valor do ativo no mercado à vista e o preço de
exercício;
Combinação de opções: operação em que um mesmo investidor compra ou vende
duas ou mais opções sobre o mesmo ativo objeto, mas com preços de exercício
e/ou datas de vencimento distintas. São exemplos as travas – em que se aposta na
alta ou na baixa do mercado – e o butterfly spread – em que o agente ganha se o
preço do ativo objeto não apresentar grande volatilidade.
Cap: esta expressão de língua inglesa representa a fixação por parte do investidor
de um patamar máximo para a flutuação de suas aplicações;
Floor: estratégia equivalente ao cap, porém o agente estabelece um nível mínimo
para a rentabilidade de seus papéis;
Collar: representa a construção simultânea de um cap e de um floor. O intervalo
entre eles é o collar.
Swaps: são operações de troca de fluxo de caixa. Um investidor é remunerado por
uma determinada aplicação e oferece outro ativo como forma de rentabilidade. Leia
mais;
Contratos futuros: trata-se de um compromisso de comprar ou vender determinado
ativo numa data específica do futuro, por um preço previamente estabelecido. Leia
mais.
6.9 FUNDOS MÚTUOS DE PRIVATIZAÇÃO/FGTS
O Fundo Mútuo de Privatização – FGTS (FMP-FGTS) é um Fundo Mútuo de
Investimento em Títulos e Valores Mobiliários. A sua característica principal é que,
inicialmente, esse fundo vai aplicar os recursos disponíveis em ações de empresas
que estão sendo privatizadas pelo governo Federal ou pelos governos Estadual e
Municipal, ou que estejam procedendo a operações de venda de participações
acionárias de propriedade da União, dos Estados ou dos Municípios, objetivando a
pulverização da base acionária. Cada FMP-FGTS será constituído com o objetivo de
participar da privatização de uma única empresa e a denominação do fundo será
complementada com a identificação desta empresa.
6.9.1 COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA DE UM FMP-FGTS
A primeira aplicação de um FMP-FGTS deverá ser exclusivamente em valores
mobiliários adquiridos no âmbito do Programa Nacional de Desestatização ou dos
Programas Estaduais de Desestatização, mediante aprovação do CND (Conselho
Nacional de Desestatização). O fundo poderá, também, aplicar até 10% de seu
patrimônio líquido em título de renda fixa, privados ou públicos federais.
6.9.2 RECURSOS QUE CONSTITUEM O FMP-FGTS
Serão constituídos de recursos transferidos de saldos das contas vinculadas
do FGTS, por opção do trabalhador.
6.9.3 CLUBE DE INVESTIMENTO – FGTS (CI-FGTS)
Os Clubes de Investimento são outra forma de se participar do processo de
privatização, aplicando recursos no mercado de valores mobiliários.
Os CI-FGTS também são um condomínio constituído exclusivamente de
pessoas físicas, que os utilizam para aplicar uma parcela de seu Fundo de Garantia
de Tempo de Serviço – FGTS na aquisição de cotas de FMP-FGTS. Da
denominação do condomínio a que se refere este artigo constará, obrigatoriamente,
a expressão "Clube de Investimento – FTGS" complementada com a identificação da
companhia pertinente ao investimento pretendido.
6.9.4 COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA DO CI-FGTS
Os CI-FGTS deverão aplicar seus recursos em cotas de FMP-FGTS, podendo
aplicar até 100% de seu patrimônio em cotas de um mesmo FMP-FGTS.
6.9.5 CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO DOS FMP-FGTS
As condições de funcionamento dos FMP-FGTS constarão de um documento
chamado "REGULAMENTO", que deverá ser lido pelos interessados antes de seu
ingresso no Fundo. Os FMP-FGTS podem ter Regulamentos diferentes, mas todos
devem observar a mesma legislação e ser aprovados pela CVM. Os participantes do
FMP-FGTS serão chamados de "cotistas".
6.9.6 COTISTA DO FMP-FGTS
Só poderão participar do FMP-FGTS e dos CI-FGTS pessoas físicas
detentoras de contas vinculadas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço –
FGTS. Para tanto deverá se dirigir ao administrador de um dos FMP-FGTS ou CI-
FGTS já constituídos e autorizados a operar pela CVM, manifestando sua pretensão.
6.9.7 CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO DOS CI-FGTS
As condições de funcionamento dos CI-FGTS constarão de um documento
chamado "ESTATUTO", que deverá ser lido pelos interessados antes de seu
ingresso no Clube. Os CI-FGTS podem ter Estatutos diferentes, mas todos devem
observar a mesma legislação. Os participantes do CI-FGTS serão chamados de
"condôminos".
6.9.8 LIMITE PARA APLICAÇÃO NOS FMP-FGTS E CI-FGTS
Cada trabalhador poderá aplicar em cotas de FMP-FGTS e CI-FGTS até o
limite total de 50% do saldo de suas contas no FGTS.
A participação dar-se-á por meio de um único FMP-FGTS ou CI-FGTS a cada
privatização ou operações de venda de participações acionárias de propriedade da
União, dos Estados ou dos Municípios, objetivando a pulverização da base
acionária. Cada conta no FGTS só poderá estar vinculada, até o limite de 50%, a um
determinado FMP-FGTS ou CI-FGTS.
6.9.9 RISCOS DE APLICAÇÃO NOS FMP-FGTS OU CI-FGTS
O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS é corrigido pela variação
da TR (Taxa Referencial), além de render juros de 3% ao ano, ou seja, o FGTS é
uma aplicação típica de renda fixa. Os FMP-FGTS terão sua rentabilidade em
função das aplicações feitas no mercado de renda variável, isto é, sem fixação de
parâmetros, além de não poderem garantir uma remuneração mínima para seus
participantes. Poderão apresentar rentabilidade superior à da conta do FGTS, como
poderão também apresentar rentabilidade inferior e até mesmo negativa. Afinal,
trata-se de um mercado de risco.
6.9.10 SALDO DO FGTS X APLICAR NOS FMP-FGTS E CI-FGTS
Não cabe a Comissão de Valores Mobiliários, como órgão regulador e
fiscalizador do Mercado de Valores Mobiliários, nos termos da Lei nº 6.385/76, emitir
opinião sobre a valorização de títulos no mercado. A CVM não pode garantir
investimentos, cabendo-lhe assegurar a ampla divulgação das informações
necessárias ao investidor de modo que este possa avaliar conscientemente
investimento que pretende realizar. Investimentos realizados no mercado de valores
mobiliários constituem-se em aplicações de risco, não tendo rentabilidade pré ou
pós-fixada ou indexada a qualquer ativo financeiro como no caso das contas do
FGTS.
6.9.11 CONDIÇÃO DE FUNCIONAMENTO E RISCOS ENVOLVIDOS DE UM FMP-FGTS OU CI-FGRTS
As políticas de investimento do FMP-FGTS, assim como as taxas cobradas
constam do Regulamento do Fundo, já as do CI-FGTS constam do Estatuto do
Fundo. No Regulamento encontram-se definidas as condições operacionais de
funcionamento e riscos envolvidos, podendo decidir se ele se adapta, ou não, ao
perfil do investidor.
6.9.12 TAXAS QUE INCIDEM SOBRE OS FMP-FGTS e CI-FGTS
Sobre os FMP-FGTS e os CI-FGTS incidirão a taxa de administração, que
objetiva remunerar os serviços do Administrador de Carteira, podendo também, em
virtude de descontos oferecidos pelo vendedor dos valores mobiliários para compras
realizadas através dos FMP-FGTS haver a cobrança de uma taxa de resgate
antecipado, com o objetivo de restituir ao vendedor das ações o desconto concedido
no momento de sua aquisição. Cabe ressaltar que o CI-FGTS é considerado um
cotista quando compra cotas de FMP-FGTS, sendo assim, o Clube também poderá
pagar uma taxa de administração aos administradores de FMP-FGTS, havendo,
neste caso, a incidência de duas taxas de administração, a do Fundo como cotista e
a do Clube como condômino.
6.9.13 RESGATE E TRANSFERIBILIDADE DAS COTAS DOS FMP-FGTS
É permitida a transferência e o resgate de cotas, totais ou parciais, nas seguintes
hipóteses:
a) O resgate, total ou parcial, só será nas situações previstas para os saques e
transferências estabelecidos na legislação do FGTS, estando sujeita à prévia
autorização da Caixa Econômica Federal.
b) A transferência a cada período de seis meses da data da integralização de cada
cota, para transferência total ou parcial do investimento para outro Fundo Mútuo de
Privatização – FGTS, para um Fundo Mútuo de Privatização – FGTS – Carteira Livre
ou para um Clube de Investimento – FGTS. Após decorrido o prazo de doze meses
da data da integralização da cota para retorno ao FGTS;
6.9.14 RESGATE POR CLUBE DE INVESTIMENTO – FGTS
O resgate deverá ser efetivado no período máximo de cinco dias úteis,
contados a partir da data da formalização do pedido. O resgate será efetuado pelo
valor da cota do dia seguinte ao da solicitação.
6.9.15 CONDIÇÕES PARA SACAR O SALDO DA APLICAÇÃO
Somente nas condições estabelecidas na legislação do FGTS, quais sejam:
- Despedida sem justa causa;
- Extinção total da empresa;
- Aposentadoria concedida pela Previdência Social;
- Falecimento do trabalhador;
- Aquisição de casa própria;
- Tratamento de câncer do titular ou dependentes;
- Tratamento de AIDS do titular.
O saque estará condicionado à prévia autorização da Caixa Econômica
Federal. Nos casos de aquisição de casa própria e falecimento do trabalhador, ao se
resgatar as cotas de FMP-FGTS ou CI-FGTS, o valor correspondente será
transferido para a conta vinculada no FGTS, de modo que a Caixa Econômica
Federal autorize a sua liberação.
6.9.16 FUNDO MÚTUO DE PRIVATIZAÇÃO – FGTS – CARTEIRA LIVRE (FMP-FGTS-CL)
Decorrido o prazo de seis meses da data da venda, o trabalhador poderá, se
assim desejar, solicitar ao Administrador do Fundo que modifique sua aplicação para
outro tipo de fundo (FUNDO MÚTUO DE PRIVATIZAÇÃO – FGTS – CARTEIRA
LIVRE), no qual tenha liberdade para aplicar os recursos disponíveis da forma que
ele julgar mais conveniente. Sendo assim, os FMP-FGTS-CL terão suas cotas
integralizadas exclusivamente com recursos resultantes da transferência de recursos
dos FMP-FGTS. Esses fundos poderão aplicar em outros valores mobiliários que
não os objeto da privatização. Em qualquer hipótese, o resgate ocorrido antes do
prazo previsto no Regulamento, sujeitará o cotista ao pagamento de uma Taxa de
Resgate antecipado.
6.9.17 COMPOSIÇÃO DA CARTEIRA DOS FMP-FGTS-CL
Os FMP-FGTS-CL poderá aplicar, observado o disposto no seu regulamento,
em valores mobiliários de companhias abertas (ações, debêntures etc), títulos de
renda fixa e derivativos com o objetivo exclusivo de proteger as posições detidas à
vista e até o limite destas. A instituição administradora deverá remeter a cada
cotista, bimestralmente, até quinze dias após o encerramento do mês, um
documento contendo informações sobre:
- Número de cotas possuídas e o seu valor;
- A rentabilidade auferida em cada um dos meses do bimestre anterior;
- Valor e composição da carteira, discriminando quantidade, espécie e cotação dos
títulos e valores mobiliários que a integram;
- Valor da cada aplicação e sua percentagem sobre o valor total da carteira;
- Remuneração da instituição administradora;
- Outras informações relevantes relativas ao Fundo.
Além disso, deverá remeter, semestralmente, a cada cotista:
- Balanço e demais demonstrações financeiras referentes ao período,
acompanhados do parecer do auditor independente;
- Informações sobre o valor dos encargos debitados ao fundo, devendo ser
especificado o seu valor e percentual em relação ao patrimônio líquido médio anual
do Fundo, em cada ano.
A instituição administradora deverá remeter a cada condômino, pelo menos
bimestralmente, correspondência, contendo, no mínimo:
- Número de cotas possuídas e o seu valor;
- Valor e a composição da carteira, discriminando quantidade, espécie e valor das
cotas do
Fundo Mútuo de Privatização – FGTS constante da carteira do Clube;
- Balancetes e demonstrações financeiras referentes ao período;
- Qualquer informação relevante para a adequada avaliação pelo condômino quanto
ao seu investimento no Clube;
- A remuneração do administrador.
6.10 FUNDO DA DÍVIDA PÚBLICA
Os títulos públicos são ativos de renda fixa que se constituem em boa opção
de investimento para a sociedade. Os títulos públicos possuem a finalidade
primordial de captar recursos para o financiamento da dívida pública, bem como
para financiar atividades do Governo Federal, como educação, saúde e
infraestrutura. Anteriormente, sem muitos recursos, somente poderia comprar títulos
públicos indiretamente pela aquisição de cotas de fundos de investimento. Neste tipo
de investimento, as instituições financeiras funcionam como intermediários ao
adquirirem os títulos públicos, que compõem as carteiras dos fundos, com os
recursos oriundos de suas aplicações. No caso do Tesouro Direto, o investidor
compra diretamente os títulos que desejar, com redução do custo de intermediação.
Esse programa permite que o pequeno investidor administre diretamente suas
aplicações. Pode-se também autorizar uma das instituições financeiras habilitadas a
operar o Tesouro Direto (Agentes de Custódia) em seu nome, realizando as
compras e as vendas de seus títulos públicos. Essa nova alternativa de aplicação
dos recursos permite investimentos a partir de R$ 30,00, com rentabilidade e
segurança. Uma vez comprados os seus títulos, pode-se aguardar o vencimento do
papel (data predeterminada para resgate do título), quando os recursos são
depositados em sua conta. O investidor poderá vendê-los antecipadamente ao
Tesouro Nacional nas recompras semanais pelo preço vigente no mercado.
6.11 FUNDOS FAPI – FUNDO DE APOSENTADORIA PROGRAMADA INDIVIDUAL
Fundo de investimento criado para constituir um programa de
complementação de aposentadoria, com incentivo fiscal de 12% de desconto sobre
a renda bruta anual, na declaração de ajuste (imposto de renda da pessoa física).
Operado como fundo de investimento com objetivo de poupança de longo prazo,
sem garantia de rendimento mínimo. Não deve ser confundido com fundo de
previdência.
Podem ser comercializados por bancos ou por seguradoras. A partir de 1º de
janeiro de 2005, as deduções relativas às contribuições para o FAPI, cujo ônus seja
da própria pessoa física, ficam condicionadas ao recolhimento, também, de
contribuições para o regime geral de previdência social ou, quando for o caso, para
regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargo efetivo da
União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios observado a contribuição
mínima, e limitadas a 12% do total dos rendimentos computados na determinação
da base de cálculo do imposto devido na declaração de rendimentos.
7. TAXAS, IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES 7.1 TAXA DE ADMINISTRAÇÃO
É o preço cobrado pelo administrador do fundo, que poderá ser expresso em
uma taxa ao ano valor fixo. Sendo uma despesa do fundo, quanto maior a taxa
cobrada, menor será a rentabilidade do fundo. Sua cobrança é prevista no
regulamento e não pode ser aumentada sem prévia aprovação da Assembléia Geral
dos Cotistas.
7.2 TAXA DE PERFORMANCE
É uma taxa relacionada ao desempenho do fundo. Normalmente é colocado
um indexador do mercado como referência, e sempre que o fundo apresentar
resultados maiores, é cobrada uma taxa de performance. Essa taxa é um percentual
sobre a diferença entre o que fundo rendeu e o índice de referência ou benchmark.
A cobrança desse tipo de taxa não é livre e foi regulamentada pela Instrução
Normativa 409 da CVM. Na verdade, a cobrança da taxa de performance
(remuneração baseada no resultado do fundo) dos cotistas de fundos de
investimento é permitida em alguns casos expressamente definidos pela legislação.
7.3 TAXA DE ENTRADA E SAÍDA
A Taxa de Entrada é cobrada por alguns fundos no momento da aplicação e a
Taxa de Saída é cobrada no resgate, e pode ser utilizada para penalizar uma saída
antes de um prazo estabelecido.
7.4 TRIBUTAÇÃO EM FUNDOS DE INVESTIMENTOS
É interessante notar que a nova classificação de fundos de investimento
instituída pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) procura se adequar à nova
estrutura tributária do mercado de capitais para títulos e valores mobiliários, a qual
procura diferenciar os investimentos de curto, médio e longo prazo, assim como os
investimentos em renda fixa dos investimentos em renda variável. Sobre sua
tributação, existe incidência dos seguintes impostos: Imposto de Renda e IOF.
7.4.1 IMPOSTO DE RENDA
O Imposto sobre a Renda (IR) é um tributo cobrado pela Receita Federal das
pessoas físicas e jurídicas, e ele incide sobre o rendimento recebido em aplicações
de renda fixa ou sobre o ganho de capital, em investimento em renda variável.
Segundo determinação da Secretaria da Receita Federal, os Fundos de
Investimento são classificados em três categorias para efeitos de Imposto de Renda,
e a incidência do imposto dependerá do período que cada aplicação permanecer no
Fundo:
Nos fundos de ações que devem ter, no mínimo, 67% (sessenta e sete por
cento) da carteira alocada em ações negociadas em Bolsa de Valores. Esses fundos
contam com alíquota única de Imposto de Renda independente do prazo que o
investidor permanecer com os recursos investidos. O imposto será cobrado sobre o
rendimento bruto do fundo quando você resgatar sua aplicação.
A alíquota de Imposto de Renda sobre Fundos de Ações independe do prazo da
aplicação.
- Alíquota de IR = 15%
São considerados fundos de investimento de curto prazo aqueles cuja carteira
de títulos tenha prazo médio igual ou inferior a 365 dias. Eles estão sujeitos à
incidência de Imposto de Renda na fonte às seguintes alíquotas:
Prazo de
Aplicação
Alíquota
Básica
Alíquota
Complementar
Alíquota Total
do IR
Até 180 dias 20% 2.50% 22.50%
Acima d 180
dias 20% - 20%
Fonte: CMA – Banco Brasil
Mesmo se o investidor permanecer com os recursos investidos por um prazo
superior a um ano, nos fundos de curto prazo não há a alíquota abaixo dos 20%.
Nos fundos de longo prazo para fins de tributação, são considerados fundos
de investimento de longo prazo, aqueles cuja carteira de títulos tenha prazo médio
igual ou superior a 365 dias. Eles estão sujeitos à incidência de Imposto de Renda
na fonte às seguintes alíquotas:
Prazo de
Aplicação
Alíquota
Básica
Alíquota
Complementar
Alíquota Total
do IR
Até 180 dias 15% 7,50% 22.50%
De 181 a 360
dias 15% 5% 20%
De 361 a 720
dias 15% 2.50% 17.50%
Acima de 720
dias 15% - 15%
Fonte: CMA – Banco Brasil
Observa-se neste tipo de fundo, que a aplicação do investidor deixar sendo
realizada por uma período superior a dois anos ele pagará 15% de Imposto de
Renda sobre o rendimento do fundo nesse período. Esses fundos, por terem uma
carteira de ativos com títulos de prazo médio superior a 365 dias, podem ter uma
maior oscilação no valor da cota se comparada aos fundos similares com prazo
inferior.
7.4.1.1 RECOLHIMENTO DE IR E “COME-COTAS”
O Imposto de Renda dos fundos de investimentos é recolhido
semestralmente, no último dia útil dos meses de maio e novembro, sobre o
rendimento obtido pelo fundo nesse período em um sistema denominado "come
cotas". Para esse recolhimento é usada a menor alíquota de cada tipo de fundo:
20% para fundos de tributação de curto prazo e 15% para fundos de tributação de
longo prazo.
No caso dos fundos de renda variável, a incidência de IR ocorre,
exclusivamente, no resgate.
Além disso, no momento do resgate da aplicação do investidor, se for o caso,
será feito o recolhimento da diferença, de acordo com a alíquota final devida,
conforme o prazo de permanência do investimento no fundo.
7.4.2 IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS - IOF
O Imposto sobre Operações Financeiras incide nos resgates feitos num
período inferior a 30 dias. O percentual do imposto pode variar de 96% a 0%,
dependendo do número de dias decorridos da aplicação, e incide sobre o
rendimento do investimento.
Cobrança regressiva de IOF:
Nº de dias decorridos
após a aplicação IOF em %
Nº de dias decorridos
após a aplicação IOF em %
1 96 16 46
2 93 17 43
3 90 18 40
4 86 19 36
5 83 20 33
6 80 21 30
7 76 22 26
8 73 23 23
9 70 24 20
10 66 25 16
11 63 26 13
12 60 27 10
13 56 28 6
14 53 29 3
15 50 30 0
Fonte: CMA – Banco Brasil
No caso dos fundos com carência, se o resgate ocorrer antes do prazo, esses
fundos sofrem a incidência do IOF.
7.4.3 CPMF
A Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores
e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF) foi um tributo brasileiro, que
se cobrava sempre que havia saída de dinheiro da sua conta corrente, inclusive
quando havia movimentações da conta corrente para a aplicação financeira. Sua
esfera de aplicação foi federal e vigorou de 1997 a 2007. Sua última alíquota foi de
0,38%.
* Desde 1º de janeiro de 2008, a CPMF está extinta, não havendo mais cobrança
inclusive para as aplicações de recursos provenientes da conta corrente.
7.5 CONTA INVESTIMENTO
A Conta Investimento, instituída pela Lei 10.892, de 13.07.2004, é uma
modalidade de conta corrente de depósito à vista com alíquota zero de CPMF,
destinada exclusiva e obrigatoriamente para a realização de aplicações financeiras.
Objetivo: possibilitar ao investidor a realização de aplicações, resgates e
transferências de recursos da Conta Investimento sem o custo da CPMF.
* A abertura da Conta Investimento foi suspensa por determinação da Circular
Bacen 3.494, de2010.
8. PESQUISA 8.1. METODOLOGIA UTILIZADA NA PESQUISA
Elaborou-se um questionário com seis perguntas, que foram realizadas em
forma de entrevista a clientes de um dos maiores bancos privados do país.
Considerou-se apenas cliente com renda superior a 5 mil reais e com mais de 5
anos de conta e que mantenha aplicações a pelos menos 360 dias nessa instituição
financeira. A pesquisa foi realizada entre 01 setembro de 2012 à 15 de Outubro de
2012 com noventa e cinco clientes, dos quais setenta e três aceitaram realizar o
processo de entrevista respondendo a todas as questões e com o tempo que julgava
necessário para resposta. Vinte e duas entrevistas foram descartadas por não ter
sido possível a realização de todas as questões ou o entrevistado não tinha certeza
da resposta a ser apresentada. As entrevistas foram realizadas com os clientes, que
responderam as perguntas sem interferência de consultores ou gerente de contas,
alguns após ouvirem as perguntas preferiram marcar uma outra data para conclusão
das entrevistas, as perguntas (em anexo), foram elaboradas de maneira muito
simples para facilitar o entendimento, buscando saber como anda o conhecimento
dos clientes em relação às tipos de investimentos apresentados no mercado
financeiro, bolsa de valores, comportamento em relação ao risco de perda nos seus
investimentos, percentual dos seus investimentos pode precisar de resgate imediato.
No segundo momento, pegou-se as aplicações dos clientes e identificou-se o atual
momento do cliente como investidor, identificando as aplicações e o percentual de
risco destas, considerou-se os clientes com a seguinte nomenclatura:
- Conservador: Aplicadores com 80% ou mais de seus investimentos em Poupança,
CDB pré e pós até 70 mil e tesouro direto.
- Moderado: Aplicadores com 80% ou mais em Poupança, CDB pré e pós acima de
70 mil;
Previdência PGBL/VGBL e Fundos Renda Fixa e DI.
- Arrojado: Aplicadores com pelos menos 30% em Fundos Balanceados; Fundos
Cambiais e Fundos Derivativos, além de demais aplicações consideradas
conservadoras e moderadas.
- Agressivo: Aplicadores com pelos menos 30% de seus recursos aplicados em
Fundos Derivativos;
Fundos de Ações e Bolsa de Valores, além de demais aplicações
consideradas conservadoras e moderadas. De posse destas informações, todas as
entrevistas foram tabuladas, levando em conta que todas as perguntas respondidas
são de extrema importância, já que os dados refletem a atual situação do mercado
financeiro, e assim pode-se ver um retrato fiel de como é o entendimento do cliente
em relação ao mercado financeiro e comparamos com suas atuais aplicações em
instituições financeiras.
8.2 RESULTADOS Em relação ao questionário aplicado em forma de entrevista, identificamos
que a 47% aceitam investimentos com risco Moderado, 25% são totalmente
conservadores, já 19% estão dispostos a colocar pelo menos 30% de suas
aplicações em algum tipo de aplicação com certo grau de risco e, apenas 10% dos
entrevistados, aceitam as aplicações com maior grau de risco.
Gráfico 1 - Identificação Perfil do Investidor – Pesquisa
Fonte: Entrevistas clientes de instituições bancárias.
Agora, analisando as aplicações dos mesmos clientes que participaram da
entrevista, identificou-se uma grande disparidade em relação as respostas obtidas
quando comparadas com os recursos dos clientes aplicados, pois, 67% dos cliente
mantém aplicações em produtos conservadores, 21% em aplicações moderas, 9%
em aplicações arrojadas e apenas 3% em aplicações agressivas.
Gráfico 2 - Identificação Perfil do Investidor – Aplicações
Fonte: Base de dados clientes de uma instituição bancária privada.
9. CENÁRIO ATUAL
Gráfico 3 - Recentes alterações da Selic no Governo Dilma
Fonte:Banco Central do Brasil
9.1 SELIC
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou em
Outubro/12 a redução de 0,25% na taxa básica de juros, a Selic. Com a decisão, a
taxa caiu de 7,5% para 7,25% ao ano e bate o quarto recorde consecutivo de baixa -
o menor patamar da série histórica iniciada em 1986. Este é o décimo corte seguido
da Selic, em uma trajetória de declínio que teve início há mais de um ano em agosto
de 2011, quando foi reduzida de 12,5% para 12%. O corte contraria a estimativa do
último relatório Focus, feito pelo BC a partir de consultas a instituições financeiras.
Nesta semana, a previsão divulgada era de que a Selic deve terminar 2012 com a
taxa em 7,50%. No entanto, as projeções de analistas apontavam para uma queda
de 0,25%. Essa falta de consenso nas previsões reflete o dilema que o BC enfrenta.
Com a inflação dando sinais de alta, o desafio é não estourar a meta do governo, de
4,5% (com teto de 6,5%), em um cenário de alta dos preços, mas com a atividade
baixa e precisando de estímulos ao consumo. A taxa de juros é um dos principais
instrumentos de controle dos preços no país. Em tese, baixando os juros, estimula-
se o consumo em razão do alívio no preço dos produtos e serviços. No acumulado
dos últimos 12 meses (Set/2012) a inflação soma alta de 5,28%.
Para Claudemir Galvani, professor de Economia da PUC-SP e diretor da
Metha Consultoria, a decisão do Copom ocorreu como o mercado esperava. As
condições internacionais adversas influenciaram a decisão do colegiado, de reduzir
o ritmo de corte: "Considerando o balanço de riscos para a inflação, a recuperação
da atividade doméstica e a complexidade que envolve o ambiente internacional, o
Comitê entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de
tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a
convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear", afirmaram os
membros do Copom ao fim da reunião.
9.1.1 REFLEXO DAS ALTERAÇÕES NOS INVESTIMENTOS
Redução da taxa básica de juros (Selic) impacta diretamente na rentabilidade
dos investimentos. A renda fixa (como os fundos DI, CDB e caderneta de poupança)
passa a render menos. Enquanto a renda variável (ações) ganha fôlego e pode
trazer retornos mais significativos ao investidor. O rendimento das novas poupanças
volta a cair a partir de amanhã devido a nova regra para o investimento, anunciada
em maio/12. A medida determina que com a taxa básica de juros abaixo de 8,5%,
um gatilho será acionado e as novas cadernetas de poupança e novos depósitos
terão seus rendimentos calculados com base em 70% da Selic, acrescidos da TR
(Taxa Referencial, que não muda). Com a Selic a 7%, a poupança terá rendimento
de 5,07% ao ano mais a TR. Ou seja, uma poupança de R$ 10 mil renderia, pelo
menos, R$ 507,5 após 12 meses.
Para depósitos antigos (feitos até dia 3 de maio) nada muda, ou seja, o rendimento
continua sendo de 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais a TR. O mesmo ocorre para
novos depósitos quando a Selic for superior a 8,5%. A competitividade da poupança
fica maior conforme o juro cai, porém, o que é preciso incluir nesta conta é a
inflação. Se o juro cai, mas a inflação continua alta,as rentabilidades são ainda mais
afetadas. Portanto, este número também deve entrar no cálculo. Os títulos do
Tesouro Direto, embora também se enquadrem na modalidade da renda fixa,
também devem continuar atraentes e vantajosos ao investidor – mesmo em relação
à caderneta de poupança. O motivo também é o fato de os títulos terem custo baixo
para a aquisição. Porém os investidores devem evitar comprar títulos do Tesouro
pré-fixados, pois podem vir a perder dinheiro com uma possível alta da inflação. No
caso de investidores pouco propensos a riscos, os títulos do Tesouro com
rentabilidade vinculada à variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
- que mede a inflação oficial, acrescido dos juros definidos no momento da compra -
são a melhor opção para garantir ganhos. Existe também a real possibilidade de os
investidores irem para fundos multimercados, que costumam variar as aplicações
nos mercados que estão com maior rentabilidade, mas que não deixam de ter um
perfil mais moderado. Eles são indicados para quem quer correr um pouco de risco,
porque permite juntar ações, moedas e derivativos em uma única carteira, existindo
a possibilidade de entrar em um fundo de capital protegido, que tenha parte das
aplicações em derivativos e outra parte na bolsa de valores. Quanto mais
diversificado for o fundo, menor o risco. Os fundos de previdência privada também
são boas opções de investimento. Os fundos de ações só são recomendados para
quem não precisa usar o dinheiro em curto prazo, sendo um prazo aceitável de pelo
menos de três anos.
9.2 BOLSA
Juro alto significa custo financeiro alto às empresas. Se a taxa cai, esse custo
também recua e o valor das companhias, consequentemente, sobe. Dessa forma,
teoricamente, as cotações das ações dessas empresas tende a subir, explicam
especialistas. Além disso, comparativamente às modalidade da renda fixa, que
perdem com a redução do juro, o investimento no mercado acionário também tende
a ganhar competitividade. A situação do mercado externo, porém, também é fator
relevante para a Bolsa. A Bolsa, teoricamente é beneficiada com a queda dos juros,
mas a modalidade está sofrendo demais com a situação na Europa, portanto, não é
previsto uma forte recuperação de imediato. Para o diretor presidente do Instituto de
Pesquisas Fractal, Celso Grisi, a rentabilidade de todos os títulos de renda fixa
perde com a queda da Selic. "Os ganhos ficam menores, quase ínfimos para o
mercado. Assim os investidores devem procurar a bolsa de valores para prosperar."
CONCLUSÃO
Devido ao longo histórico de instabilidade financeira, juros altos e inflação
elevada, as discussões conceituais sobre os benefícios da diversificação sempre
tiveram pouco sentido prático. As aplicações, obrigatoriamente, deveriam prever a
possibilidade de resgates a qualquer momento e precisavam estar vinculadas às
taxas de juros do mercado interfinanceiro. Porém a nova realidade das taxas de
juros tem causado alterações profundas no cenário econômico brasileiro. E com o
universo dos investimentos não foi diferente. Os rendimentos das aplicações mais
tradicionais e de menor risco, como a poupança, os fundos DI e o CDB estão
menores, mas isso não quer dizer que esses investimentos se tornaram
desinteressantes.
Orientar os investidores em relação a o que fazer com o dinheiro também é
uma tarefa de todos que trabalham com o mercado financeiro em geral. A maneira
mais assertiva de ajudar o investidor é através da utilização da ferramenta de
identificação do perfil e, principalmente, a aplicação do seu resultado. Depois de
identificado o desafio passa a ser onde e como investir.
Os ganhos com investimentos mais tradicionais e conservadores estão
menores e essa realidade deve se manter e dificilmente voltaremos a obter ganhos
semelhantes aos que tivemos no passado. Isso é uma consequência direta da
redução das taxas de juros. Mas isso não quer dizer que não vale a pena investir na
poupança, no CDB ou nos Fundos DI. Pelo contrário, investir é algo que toda pessoa
deve ser orientada a fazer, desde que estudando e entendendo cada vez mais sobre
este mercado, e assim assimilar o risco com uma visão de ganho e não apenas de
incertezas.
Conforme identificado na pesquisa, os investidores estão dispostos a aceitar a
diversificar em suas aplicações incorrendo em maior grau de risco, sendo o segredo
das instituições é saber investir os recursos de seus clientes, analisando a melhor
aplicação para cada investidor de acordo com o seu perfil e com o seu momento de
vida. Se o investidor não for orientado a mudar a forma de investir desde já, tendo
em vista a real queda da taxa de juros e o despertar para o aumento da longevidade
brasileira, este não terá como usufruir do estilo de vida esperado para o futuro. Não
existe investimento ruim, existe investimento inadequado.
BIBLIOGRAFIA
Sites da Internet:
�Fonte: site do Banco Central do Brasil (www.bcb.gov.br), item "Serviços
Bancários", subitem "Aplicações Financeiras".
�Conforme art.3º, parágrafo 1º da Resolução do Conselho Monetário Nacional nº
3.400, de 06.09.2006.
�Cf. art. 1º da Lei nº 11.033/2004 c/c art.8º da Instrução Normativa SRF nº 487 de
30.12.04.
�Cf. art. 1º da Portaria do Ministério da Fazenda nº 264 de 30.06.99.
http://www.infomoney.com.br/onde-investir/noticia/635110
http://www.bancofator.com.br/banco/tesouraria/titulos/titulos_privados/LCA.html
Livros:
- FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: produtos e serviços. 16 ed. Rio de
Janeiro: Qualitymark Editora, 2005.
- CROUHY, Michel. Gerenciamento de Risco. 5 ed. Rio de Janeiro: Qualitymark
Editora, 2005.
- DAMODARAN, Aswath. Avaliação de Investimento: ferramentas e técnicas para a
determinação do valor de qualquer título, 3 ed. Comissão Nacional Bolsa de Valores,
2003.
- LAGE, Antonio Carlos Vianna, Mercado de Capitais. 4 ed. Comissão Nacional
Bolsa de Valores, 1998.
- MARSHALL, Christopher. Medindo e gerenciando riscos operacionais em
instituições financeiras. 6 ed. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, 2002.
Publicações:
Bolsa de Valores em São Paulo:
- Guia de investidor
- Revista ANBID
- Revista Bovespa
- Revista Mercado de capitais
- Informativos mensais CVM.
- Jornais Gazeta Mercantil, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo
ANEXO
QUESTIONÁRIO - RECOMENDAÇÃO PARA INVESTIMENTO
1) Você costuma acompanhar o mercado financeiro?
A) Não acompanho;
B) Acompanho apenas as notícias mais comentadas, sem regularidade;
C) Sim, acompanho por meio de jornais e revistas semanais;
D) Sim, acompanho regularmente por meio de veículos especializados.
2) Que objetivo de desempenho você tem para seus investimentos?
A) Crescimento agressivo, mesmo com risco e oscilações;
B) Crescimento moderado, mesmo que envolva um pouco de risco;
C) Quero manter meu patrimônio, sem risco;
3) Que afirmativa melhor descreve o seu comportamento em relação ao risco de
perda nos seus investimentos?
A) Não quero perder capital, mesmo que a minha rentabilidade seja menor;
B) Posso aceitar perdas ocasionais em busca de retornos maiores no longo prazo,
desde que sejam pequenas cotas do total;
C) Posso aceitar perdas ocasionais em busca de retornos elevados;
4) Em um dia de crise, o índice Bovespa* teve perda de 15%. O que você faria se
tivesse investimento em ações nesse dia?
A) Venderia minhas ações, mesmo com perdas expressivas;
B) Aguardaria alguns dias antes de tomar uma decisão;
C) Esperaria até 6 meses para tentar recuperar o meu investimento;
D) Compraria mais ações.
*Índice composto pelas ações mais negociadas na BMF&Bovespa
5) Que percentual dos seus investimentos pode precisar de resgate imediato?
A) até 30%;
B) de 30% a 40%;
C) de 40% a 60%;
D) de 60 a 70%;
E) Mais de 70%
6) Em cumprimento às normas da Comissão de Valores Mobiliários, para aplicações
em fundos de investimento é necessário que seja mantido atualizado renda e
patrimônio no máximo a cada 2 anos, poderia nos fornecer esses dados?